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12 Fevereiro 2009 7

PORTUGAL
Economia recua 1,1 por cento Sete querem morrer APAV contabilizou 18669 crimes
Há portugueses a contactar
A economia portuguesa deverá ter recuado 1,1 % no quarto organizações internacionais no A APAV anunciou ter contabilizado nos seus atendimentos no
trimestre, terminando 2008 em recessão técnica, com o sentido de garantirem suicídio ano passado 18669 crimes, dos quais 90% se referem a casos
financiamento e o esgotamento dos motores de crescimento assistido no final da vida. de violência doméstica. Globalmente, os casos continuados de
interno como principais problemas na economia nacional, Segundo adiantou Laura Santos, crimes ascendem a cerca de 80% das situações assinaladas,
segundo os analistas. Depois de no terceiro trimestre de 2008, professora da Universidade do com uma média a rondar os dois a três anos de duração. Em
o PIB português ter caído 0,1 por cento, face aos três meses Minho, só na associação suíça 2008, foram abertos 7852 processos na APAV onde se
anteriores, nos últimos três meses de 2008 deverá ter recuado Dignitate, que ajuda pessoas registaram casos de vitimação e em mais de 36% dos casos foi
1,1 por cento. Com dois trimestres consecutivos de descida do com doenças terminais a morrer, efectuada queixa/denúncia. Na violência doméstica, 90% das
PIB, a economia está em recessão técnica. estão inscritos sete portugueses. vítimas foram mulheres e 90% dos agressores homens.

Sócrates acusa PSD de ataques pessoais Portugueses não confiam nos políticos
José Sócrates acusou o PSD de desenvolver uma referindo que o Conselho de Fiscalização dos Serviços Os bombeiros são os profissionais que mais confiança inspiram
campanha contra si, após ser questionado sobre a de Informação da República Portuguesa, órgão com aos portugueses, ao contrário dos políticos, que conquistam
eventual actuação ilegal dos serviços de informações membros eleitos pelo Parlamento, deu “a mesma apenas uma em cada 100 pessoas, segundo um estudo feito a
em relação aos magistrados que investigam o caso garantia”. Em seguida, o primeiro-ministro qualificou mais de 10.500 assinantes da revista Reader’s Digest.
Freeport Durante o debate quinzenal no Parlamento, o de “insultuosa” a pergunta de Paulo Rangel. “O senhor O estudo, feito anualmente desde 2000, avalia as marcas e
líder parlamentar do PSD questionou o primeiro- deputado é que utiliza esses truques e essas tácticas, de profissões em que as populações de 16 países europeus mais
ministro “enquanto autoridade máxima e responsável quem quer trazer a questão do Freeport, dos serviços de confiam e tem uma margem de erro de 3,4 por cento.
directo” pelos serviços de informações sobre notícias informações para o debate na AR. Faça-o De acordo com as conclusões do “European Trusted Brands
de que estes “estariam a fazer vigilância sobre frontalmente, faça-o com coragem”, declarou. 2009”, os bombeiros, os pilotos de aviação e os farmacêuticos
magistrados em pleno processo de investigação “Essa ideia de que os serviços de informações de são as profissões mais confiáveis, conquistando todas mais de 9
criminal”. “Trata-se de uma matéria gravíssima para o certa forma investigariam magistrados é insultuosa em cada 10 portugueses.
Estado de direito”, considerou Paulo Rangel. para o regime e também para este Governo, mas não No pólo oposto encontram-se os políticos, que mereceram a
“Está em condições de garantir ao Parlamento que me espanta porque o PSD já desenvolveu essa confiança de 1 em cada 100 inquiridos e os vendedores de
não há qualquer interferência nem qualquer campanha há quatro anos e procura agora desenvolvê- automóveis, em quem confiam 10 em cada 100 portugueses.
condicionamento dos serviços de informações sobre la na mesma, afixando cartazes com ataques pessoais”, Da lista das profissões menos confiáveis constam ainda os
investigações criminais em curso?”, perguntou o líder acusou Sócrates. A acusação motivou um pedido de jogadores de futebol (com 15 por cento), os líderes sindicais (com
parlamentar do PSD. defesa da honra por parte do líder parlamentar do PSD, 17 por cento) e os advogados, que conquistam quase um quarto
José Sócrates respondeu que “enquanto for primeiro- que defendeu ter o direito e o dever de questionar o (24 por cento) dos portugueses.
ministro os serviços de informações cumprirão a lei”, primeiro-ministro sobre o assunto no Parlamento.
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