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Pronunciamentos Para especialista em participação popular,


Currículo modelo atual é clientelista
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Por: SCS-Redação Data: 14/03/2003 - Hora: 15:56
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Deputado Bernardo de Souza coordenou seminário sobre participação popular
Frases e Idéias

Orçamento Participativo O professor mineiro Frederico Sotero, consultor em gestão de


Prêmios conhecimento e políticas públicas, afirmou hoje (14) que o atual
modelo de participação popular é impregnado de clientelismo. A
Artigos
afirmação do especialista baseia-se na organização burocrática do
webmaster@al.rs.gov.br Estado, a qual considera incompatível com a participação direta e
efetiva da população. Presidente do Instituto Gestão Participativa
em Rede, de Belo Horizonte, Sotero ressaltou que a participação
popular precisa ser institucionalizada, para evitar que se torne um
“apêndice do governo de plantão”. As declarações foram dadas no
seminário Participação Popular: Caminhos Possíveis, promovido
pela bancada do PPS na Assembléia Legislativa. Estiveram
presentes no debate, coordenado pelo líder da bancada do PPS,
Bernardo de Souza, os deputados Adão Villaverde (PT), Cézar
Busatto e Berfran Rosado, do PPS, e Heitor Schuch (PSB), além do
vice-governador Antônio Hohlfeldt.

Sotero defendeu a implantação, por parte dos governos federal e


estaduais, de processo de gestão participativa em rede, com
políticas públicas complementares, simultâneas e continuadas. “As
administrações mostram-se burocratizadas e hierarquizadas. Por
que, em vez de uma escola limitar-se à educação, também não se
empenha em ampliar aspectos relativos à saúde, lazer, esporte,
meio ambiente e economia?”, indagou.

Hohlfeldt, por sua vez, defendeu um debate, com todos os


partidos, sobre o tema. Disse que o processo que substituirá o
Orçamento Participativo, proposto pelo governador Germano
Rigotto, não pretende ser único ou estático. “Poderá sofrer
modificações ainda na sua construção ou quando estiver sendo
aplicado”, assegurou. O vice-governador acredita que, junto com

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prefeitos e moradores, seja possível trabalhar as reivindicações de
cada município, sem desconsiderar diferenças regionais. Destacou
também que é importante a comunidade acompanhar e fiscalizar o
processo e exigir o cumprimento das obras no prazo estipulado.

O líder partidário do PT, deputado Adão Villaverde, acredita que


essa nova proposta pode prejudicar a participação direta da
sociedade gaúcha nas decisões do futuro do Estado. Ressaltou
que a melhor forma de superação da polêmica é a combinação da
representação direta e indireta.

O deputado Cézar Busatto, líder partidário do PPS, chamou a


atenção para o risco da desilusão da sociedade com experiências
de participação popular fracassadas. Reafirmou que o sistema
político não pode criar mecanismos em que cidadãos sejam
levados a tomar decisões coletivas que não podem ser cumpridas
pelo poder público. “Isso leva a população à descrença em relação
ao funcionamento da própria democracia”, argumentou.
Manifestação semelhante foi feita pelo ex-prefeito de Muçum,
Humberto Chitto, que associou as dificuldades do Orçamento
Participativo no Estado, na administração do governador Olívio
Dutra, à falta de recursos para cumprir o que a sociedade decidia
como prioridades.

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