Você está na página 1de 1

Resoluo define papis de psiclogos peritos e assistentes tcnicos no Poder Judicirio O psiclogo perito profissional designado para assessorar

r a Justia e emitir parecer sobre temas de sua competncia terico-tcnica, que subsidiar decises judiciais. O psiclogo assistente tcnico de confiana de uma das partes do processo, contratado para assessor-la e garantir o direito ao contraditrio. A cooperao mtua entre profissionais que realizam essas funes tornou-se um desafio e os Conselhos de Psicologia vm acompanhando diversos conflitos a ela relacionados. Foi para resolver esse tipo de questo que os Conselhos passaram a discutir o tema e, aps consultas realizadas pelos Conselhos Regionais, sistematizaram os consensos em Resoluo que dispe sobre a atuao desses profissionais. De acordo com a conselheira do CFP Cynthia Ciarallo, a resoluo tem entre seus objetivos definir parmetros que deem especificidade aos lugares que tais psiclogos ocupam em seu trabalho na esfera judicial, a fim de salvaguardar um exerccio profissional de qualidade, que preserve a intimidade dos atores envolvidos em um processo judicial, em especial os direitos infanto-juvenis. A rotina, antes determinada apenas a partir da discricionariedade da autoridade judicial, agora encontra- se uniformizada e legalmente respaldada pelo Conselho Profissional. A resoluo veda a presena do assistente tcnico no momento da avaliao realizada pelo perito e viceversa, respeitando, assim, a autonomia tcnica dos profissionais e evitando situaes constrangedoras para as partes envolvidas em um processo judicial. vedado ao psiclogo que esteja atuando como psicoterapeuta das partes em litgio atuar como perito ou assistente tcnico de pessoas atendidas por ele. Fica vedada tambm a produo de documentos advindos do processo psicoterpico com a finalidade de fornecer informaes instncia judicial acerca das pessoas atendidas, sem o consentimento formal destas ltimas ou de pelo menos um dos respectivos responsveis, exceo de declaraes. De acordo com a conselheira Cynthia, esses dois ltimos aspectos foram, at agora, motes para diversos processos ticos movidos contra profissionais que tm elaborado documentos psicolgicos para compor processos judiciais como provas, especialmente em casos relacionados a crianas e adolescentes. Entendemos que essa Resoluo inibir tal prtica, pois a disputa de guarda entre os responsveis legais, no cabendo ao psiclogo psicoterapeuta utilizar-se de informaes que violaro o direito intimidade dos que atende e/ou de terceiros, para estabelecer alianas com um dos litigantes, avalia a conselheira Cynthia.

Você também pode gostar