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br
Além dos limites dos eventos
inda no primeiro tos e outros, fora do país, A reportagem de capa desta

A semestre deste ano,


uma sucessão de
eventos relacionados à
para, como de hábito, ofe-
recer a seu público a mais
ampla cobertura. Essa é
edição mostra, por exem-
plo, um pouco do que pode
acontecer quando as em-
cadeia de embalagem, todos uma promessa – mais que presas, às vezes inadverti-
em São Paulo, estará mobi- isso, um compromisso – damente, substituem insu-
lizando as empresas e os que aqui se cumpre. mos de qualidade, homolo-
Wilson Palhares profissionais atuantes nos Mas, para que esse serviço gados, por sucedâneos ou
mais diversos segmentos do seja efetivamente útil e di- piratas. A matéria aborda
Procuramos antecipar mercado de bens de consu- ferenciado, a revista procu- especificamente a área de
tendências e inovações, mo. Desde a Fiepag, que ra antecipar tendências e codificação, mas por exten-
evitando mostrar ocorrerá ainda este mês, e inovações, evitando mos- são o perigo é o mesmo em
da Luxe Pack, em abril, à trar apenas aquelas que são todos os campos. Já a entre-
apenas o que se
Label Summit Latin Améri- apresentadas nas feiras, vista do mês, com Luiz
vê em eventos.
ca e à Fispal, ambas em conferências, seminários e Seabra, presidente funda-
O mundo dos maio, o mundo do packa- acontecimentos similares. dor da Natura, é o exemplo,
negócios vai além ging terá muito a mostrar e Afinal, o mundo dos negó- no outro extremo, de como
desses limites. a ver em termos de proces- cios vai muito além dos li- o trabalho com ética e res-
Cabe à imprensa sos e de produtos. mites dos eventos, e cabe peito ao consumidor é, sim,
especializada EMBALAGEMMARCA acom- ao jornalismo especializado a chave do sucesso.
tentar descortiná-lo panhará todos esses even- tentar descortiná-lo. Até abril.
nº 67 • março 2005 Diretor de Redação
Wilson Palhares
palhares@embalagemmarca.com.br

8 32
Entrevista: Tecnologia Reportagem
Luiz Seabra Lançada na Europa caixinha Flávio Palhares
longa vida capaz de ir ao flavio@embalagemmarca.com.br
O presidente fundador da
forno de microondas Guilherme Kamio
Natura fala da loja da
guma@embalagemmarca.com.br
empresa em Paris,
Leandro Haberli Silva
trampolim para a Europa
leandro@embalagemmarca.com.br
Ricardo Santhiago

14 Reciclagem redacao@embalagemmarca.com.br
Metalúrgica Nematec
anuncia novo coletor de Diretor de Arte

34
Carlos Gustavo Curado
resíduos sólidos Metálicas arte@embalagemmarca.com.br
Barris auto-refrigerantes para

16
Reportagem de capa cerveja começam a ganhar espaço Assistente de Arte
no auto-serviço nacional José Hiroshi Taniguti
Codificação
Frente ao cresci- Administração

36
mento da utilização Pesquisa Marcos Palhares (Diretor de Marketing)
de consumíveis Estudo revela o que o trade Eunice Fruet (Diretora Financeira)
espera das embalagens
alternativos pela Departamento Comercial
clientela, dis-

38
comercial@embalagemmarca.com.br
tribuidoras Refeições Rápidas
Karin Trojan
reforçam comuni- Lançamentos da Sadia trazem ino-
Wagner Ferreira
cação dos riscos que vações de embalagem no mercado
de alimentos de conveniência Circulação e Assinaturas
essa prática traz ao
bom funcionamento das Marcella de Freitas Monteiro

42
codificadoras industriais Exportações assinaturas@embalagemmarca.com.br
Assinatura anual: R$ 90,00

22
Abertura de oportunidades no
Perfil de usuário exterior demanda embalagens Público-Alvo
Sakura faz sucesso ao engenhosas de papelão ondulado EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que
aliar alimentos orientais a ocupam cargos técnicos, de direção, gerência

44
embalagens com perso- Perfil e supervisão em empresas fornecedoras, con-
nalidade Perto de completar 25 anos, Braga vertedoras e usuárias de embalagens para ali-
comemora evolução do mercado mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,

26
nacional de auto-adesivos materiais de limpeza e home service, bem
Eventos como prestadores de serviços relacionados
Fiepag 2005 bate com a cadeia de embalagem.
recordes, apesar da
expectativa em torno de Filiada ao
novas feiras gráficas

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da Ripasa, termolaminada com filme Prolam® aplicado pela Lamimax.
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53 Panorama
Filiada à
Movimentação na indústria de embalagens e seus lançamentos

54 Display
Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens www.embalagemmarca.com.br
56 Painel Gráfico
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58 Almanaque de Comunicação Ltda. Opiniões expressas em
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Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens mente a opinião da revista.
entrevista >>> Luiz Seabra

A experiência brasileira
entra na cova dos leões
m seus 35 anos de existência, a Natura, maior dade de sua população. Nesta entrevista, Luiz Seabra abor-

E indústria brasileira de cosméticos, produtos


de higiene e perfumaria, teve apenas uma loja
e se prepara para inaugurar a segunda, dia 22
de abril próximo. Naturalmente, além da dis-
tância no tempo, há enormes diferenças entre esses dois es-
da essas questões e destaca a importância do uso das emba-
lagens na consolidação e no crescimento da Natura.

Apesar da trajetória de êxito da Natura, há quem considere


ousadia entrar na Europa justamente pela França, a porta
paços, que o presidente fundador da empresa, Antonio Luiz principal do mundo da perfumaria e da cosmética. O que dá
da Cunha Seabra, chama carinhosamente de “lojinhas”. à Natura a consciência de que poderá enfrentar marcas in-
A primeira, inaugurada em 1970 na rua Oscar Freire, em São ternacionais consagradas num terreno em que teoricamen-
Paulo, tinha ele e mais ninguém atuando na consultoria de te não entra com a vantagem competitiva do renome?
beleza, um conceito de atendimento e de relação pessoal O reconhecimento internacional que temos é de núcleos,
com os clientes criado pelo próprio Seabra. Foi dali que sur- como ONGs e institutos que vêem na Natura certo pioneiris-
giu um complexo industrial que em 2004 vendeu 173,4 mi- mo na questão da responsabilidade social. Absolutamente
lhões de unidades e alcançou receita bruta de 2,5 bilhões de não temos a embriaguez de que sejamos conhecidos do pú-
reais. No Brasil e no exterior a empresa conta com 433 000 blico francês. Somos ilustrissimamente desconhecidos.
revendedoras autônomas (as Consultoras Natura), 3 000 co- Quem não é desconhecido na França quando a Natura lá
laboradores diretos, e 1 000 temporários e terceirizados. chega é o Brasil. Embora lá haja pessoas que talvez tenham
A segunda “lojinha”, a primeira loja mundial da Natura, com uma idéia muito pálida do que o Brasil venha a ser, a ima-
200 metros quadrados e investimento inicial de 16 milhões gem do país é muito favorável na França. Quanto a como
de dólares, terá como endereço o Carrefour de la Croix Rou- nos vemos lá competindo, não temos a ilusão de que será
ge, em Saint-Germain-des-Prés, um dos bairros mais insti- simples. Estamos indo com um projeto de cortes no tempo
gantes de Paris. Na verdade, é uma espécie de cova dos leões para reavaliação da experiência alcançada. Aquele ponto-de-
para uma marca brasileira encetar a disputa pelo mercado venda é muito mais que uma lojinha – e o termo lojinha nos
europeu de estética, beleza e bem estar: naquela área, sínte- é particularmente simpático, porque foi com uma lojinha em
se do espírito e da originalidade da capital francesa, berço da São Paulo que viemos do nada, em fevereiro de 1970.
perfumaria moderna, reúne-se um conglomerado de lojas de
estreladas grifes mundiais do setor. Para enfrentá-las, sem A experiência brasileira pode ser transplantada?
resvalar para a bravata, a Natura leva alguns conceitos de Do ponto de vista arquetípico, estamos recriando a experiên-
gestão que embasaram sua caminhada de sucesso, como a cia Natura, como ela nasceu no Brasil. Estamos indo com a
busca do equilíbrio e a integração entre os aspectos econô- força da experiência brasileira e com a força das convicções
mico-financeiro, social e ambiental. Leva também, como que temos, absolutamente conscientes de que tudo está por
diferenciais, produtos feitos com base na riqueza da biodi- ser feito. E vamos viver uma experiência diversa daquela
versidade do Brasil e o atendimento marcado pela cordiali- que nos notabilizou no Brasil. Não vamos fazer venda dire-

Luiz Seabra, presidente fundador da Natura, fala da


internacionalização da companhia, através da abertura
de uma loja na França, e do desafio de se obter uma
marca forte – e qual o papel da embalagem nisso

8 >>> EmbalagemMarca >>> março 2005


entrevista >>> Luiz Seabra

ta conceitual lá, via consultoras. Estaremos vivendo com o reotipada, de carnaval, futebol e tragédia social que o país
varejo, mas num espaço que vai nos permitir desenvolver vive. Tecnologia é absolutamente uma surpresa, como foi
aquele aspecto da venda para nós fundamental – o cultivo de para a imprensa francesa, ao constatar quanto, em termos de
relações humanas. Não é pura e simplesmente atender al- cosmética, temos uma linguagem peculiar e uma qualidade
guém que chega e escolhe um produto na prateleira. Vamos que nos diferencia. Não temos pretensões de ultrapassar a
ter atendentes habilitadas a falar da Natura, de sua visão de tecnologia lá encontrada, mas de nos igualar, sim. Então,
mundo, e que tenham a condição de estarem abertas para o voltando ao cerne da pergunta, não foi isso que retardou a
diálogo, de sentirem a necessidade decisão. Ela foi tomada no momen-
de cada visitante, de demonstrarem “Tecnologia é absolutamen- to que julgamos acertado.
que os produtos ali expostos podem
atender aos seus anseios. Mas, antes te uma surpresa, como foi Mas quanto à questão da, chame-
de mais nada, vamos estar lá desen- mos assim, contaminação de ima-
volvendo o que consideramos duas gem, da confusão que um estrangei-
das nossas paixões fundamentais.
para a imprensa francesa, ro pode fazer entre seu imaginário
Uma é a paixão pela cosmética e em relação ao Brasil e a realidade
nossa visão de mundo em torno dela ao constatar quanto, em das marcas de produtos brasileiros?
e do quanto pode ser um instrumen- Essa questão continua sendo um
to para o bem estar das nossas clien- termos de cosmética, temos problema. O governo e os empresá-
tes. A outra, derivada da primeira, é rios brasileiros têm ante si um desa-
a paixão pelas relações. São essas uma linguagem peculiar e fio de comunicação. É preciso con-
relações que visualizam a relação seguir evidenciar outras realidades,
do indivíduo consigo próprio e o do potencial de mercado do Brasil e
que daí deriva: a relação com o
uma qualidade que nos da força de certas instituições, como
mundo que o cerca, com as pessoas a força que temos em termos empre-
que fazem a sua vida. diferencia. Não temos sariais. Não significa que se deva
eclipsar as outras realidades, pois o
Essas atendentes estão sendo trei- pretensões de ultrapassar carnaval e as nossas tragédias so-
nadas em Paris? ciais continuam exportando ima-
Além de contratados nossos que há a tecnologia lá encontrada, gens para o mundo todo. O nó da
dois anos estão no projeto de im- comunicação tem contribuído para
plantação da lojinha lá, neste mo-
mento estamos em processo de con-
mas de nos igualar, sim” conter o desafio da internacionaliza-
ção deste país. Temos de passar pelo
tratação de pessoas. Tem um número surpreendente de bra- choque civilizatório do processo de internacionalização.
sileiras e brasileiros instalados em Paris que demonstraram
interesse em trabalhar conosco. Não posso dizer que serão Como a Natura fará isso? Como vai operar na França?
só brasileiras. Mas já há um bom número daquelas lá esta- É uma experiência para a qual vimos nos preparando há
belecidas por diversas razões que há tempos estão sendo muitos anos. O nosso maior potencial de internacionalização
treinadas para bem representar a Natura. se concretizou na América Latina, através da venda direta.
Agora, tanto na Europa quanto no chamado Primeiro Mun-
Vamos retomar a primeira questão. Sem citarmos aspectos do como um todo, não há facilitador para venda direta. Es-
da violência, da má distribuição de renda e de outras maze- pecificamente a Europa não se notabiliza como um bom ter-
las do país, a imagem do Brasil no exterior está muito asso- reno para a venda direta. Então, nós achamos que temos ma-
ciada a temas como praia, futebol, carnaval, sexo e sol. Isso turidade empresarial, e especificamente com a linha Ekos,
teria retardado a decisão da Natura de dar o passo que ago- para atuar de outra maneira. Nisso somos beneficiados pela
ra está dando? Foi discutido se a imagem do país não inter- questão da riqueza da biodiversidade brasileira, um aspecto
feriria negativamente na decisão de abrir a loja em Paris? que tem sido muito valorizado lá fora. O fato é que todos os
De fato, o que até aqui tem sido mais freqüente no exterior, testes de avaliação que fizemos com consumidores, tanto em
relativamente ao Brasil, é uma imagem estereotipada. Na Paris quanto em Londres, foram absolutamente entusias-
França, pela simpatia que os franceses têm pelo Brasil, pelo mantes. Eles nos demonstraram que há uma oportunidade e
grande número deles que visitam o país, pelo fato de o fute- que evidentemente estaremos vivendo a experiência da ven-
bol de certa forma ser também uma paixão dos franceses, há da num ambiente, vamos dizer assim, seletivo, um ambien-
uma aproximação. Ainda assim prevalece uma visão este- te distante da experiência da venda direta. Mas, com a con-

10 >>> EmbalagemMarca >>> março 2005


fiança de que nossa forma diferenciada de abordar cosméti- está! O que pretendemos é ser essa expressão de brasilidade,
ca, via linha Ekos, que traz para os consumidores uma expe- é cultivar relações, com real e genuíno interesse pelo outro.
riência sensorial que nos aproxima também da riqueza da
biodiversidade brasileira e do contato com suas comunida- No noticiário referente à Natura sempre se insiste na impor-
des tradicionais, temos certeza de que há um espaço expres- tância de parcerias entre a empresa e governos comprome-
sivo, para o qual estamos nos dirigindo com total serenida- tidos com o ambiente e com as pessoas. O compromisso da
de. Não estamos chegando deslumbradamente, achando que Natura com esse aspecto é percebido no exterior?
Paris está ansiosa à nossa espera. É um trabalho a ser desen- Como disse antes, de certa forma isso é observado por enti-
volvido, como outros que já desenvolvemos. dades e não pelo público consumidor. A Natura tem um bom
elenco de iniciativas relativas à responsabilidade social e à
Segundo foi noticiado, a loja em Paris será também “um lo- conservação ambiental. As consumidoras e os consumidores
cal de encontro de pessoas que se identificam com o Brasil”. franceses vão começar agora a entrar em contato com isso.
Além da biodiversidade, que outros atributos da chamada
brasilidade podem, a seu ver, ser explorados? Quanto a Natura investe em pesquisa e desenvolvimento e
Uma das formas de abordar brasilidade, e nós temos feito em projetos sociais e ambientais?
isso, é visualizar de uma outra forma aquele traço funda- Em 2004 a Natura investiu R$ 47,4 milhões em pesquisa e
mental do brasileiro, a cordialidade. Esse aspecto nos pare- desenvolvimento. O número de lançamentos aumentou de
ce bastante distintivo do Brasil. A brasilidade – da qual que- 117 em 2003 para 182 em 2004. Em 2004 foram investidos
remos ser a expressão, sem estar botando a mão no ombro, 2,7% da receita líquida em P&D e, para os próximos anos,
sem dar abraços – é esse genuíno interesse pelo outro, a pretendemos manter um patamar superior a 3%. Os dados de
abertura para o outro. Quem viaja sabe como as pessoas são investimentos para projetos sociais e ambientais serão divul-
recebidas pelo chamado comércio no exterior. Em geral, é gados em abril, com a publicação do relatório anual 2004.
uma relação que só tem o verniz da cortesia, da etiqueta.
Mas que desencanto, que desinteresse pelo outro que ali Com a globalização de tudo, em tese as matérias-primas e
entrevista >>> Luiz Seabra

a tecnologia para fazer um cosmético ou um perfume pre- por trazer da natureza e de contatos com comunidades uma
mium estão ao alcance de indústria em qualquer país. Aca- linguagem assemelhada à especificidade da linha Ekos. O
bou então o diferencial das marcas? total do produto no seu todo transcende, pois ele tem alma,
A tendência crescente no mundo, não apenas em relação à ele traz identidades da Natura, da empresa. Ele tem aspectos
cosmética, mas especificamente em relação a ela, é de que o que contemplam o consumidor, a consumidora, de uma for-
avanço tecnológico realmente estreita distâncias em relação ma que transcende a especificidade física. É a mágica da
ao que se oferece do ponto de vista físico. Esse avanço apro- marca. Tem também essa questão da especificidade da Ama-
xima em qualidade, em especifici- zônia e toda a sua riqueza de biodi-
dade, uns produtos de outros. Aque- “Embalagem é versidade.
les com condição de investir em
pesquisa e desenvolvimento estarão fundamentalmente Qual a importância das embala-
oferecendo coisas assemelhadas. gens no projeto de Paris e também
Mas o que é esse assemelhado? É na própria trajetória da Natura?
produto sem alma, sem aquilo que
expressão de estilo, É a importância que damos na em-
conforma sua alma e sua imagem. presa para aquilo que é expresssão
Para a Natura, esse tem sido o desa- o que dá a identidade de si mesma. Embalagem é funda-
fio ao longo dos anos. mentalmente expressão de estilo,
da empresa. As soluções que dá a identidade da empresa. O
O desenvolvimento de pesquisa em desafio que nos acompanha desde
cosmética é muito avançado em propostas devem ter a sempre, e nos últimos anos ainda
universidades do país. A Natura in- mais, é que todos aqueles muitos
centiva e tira proveito das conquis- agentes que pensam em embala-
tas alcançadas nessa área?
condição de instaurar na gem por nós tenham não apenas
A estratégia da empresa inclui uma formação, informação, capacidade
rede de parcerias com as principais intimidade de cada do ponto de vista estético e técnico
universidades e com institutos, para desenvolver embalagens. Es-
centros de pesquisas e empresas no cliente a expressão da peramos que tenham intimidade
Brasil, na Europa e nos Estados com aquilo que consideramos a
Unidos. Mantém um network com alma e de tudo que é a alma da empresa, como essa alma
essas organizações, assimilando se expressa – que é através do esti-
conhecimentos da comunidade
científica e transformando-os em
linguagem da Natura” lo – e como sua identidade se anun-
cia. É da soma dessas vivências
conceitos e produtos. A empresa tem parcerias com as prin- que se produz na mente do mercado o que vem a ser a ima-
cipais universidades brasileiras e com instituições interna- gem de alguém ou de uma empresa. Assim, as soluções
cionais. Com o Instituto Derm, instituto de pesquisa em propostas devem ter a condição de instaurar na intimidade
ciência da pele na França, a Natura desenvolveu a tecnolo- de cada cliente a expressão da alma e de tudo que é a lin-
gia do Elastinol, que está na fórmula dos produtos anti-si- guagem da Natura.
nais da linha Natura Chronos. Implementamos sete proje-
tos com as principais universidades de São Paulo (USP, Em que proporção a Natura se abastece com embalagens
UNESP). Junto à USP, licenciamos a patente de pariparo- produzidas no país e com embalagens importadas?
ba. Há dois anos lançamos o Natura Campus, um progra- Devido à sua complexidade técnica, alguns frascos, como os
ma que estimula a formação de competência em ciência e das linhas Perfume do Brasil e Revelar, são produzidos na
tecnologia aplicada a cosméticos e fitoterápicos. O progra- França pelas empresas Saint-Gobain e Pochet. As válvulas
ma se dá por meio de parcerias entre a empresa e funda- são em grande parte importadas. As partes plásticas injeta-
ções de amparo à pesquisa, laboratórios de universidades e das ou sopradas são produzidas no Brasil. Os cartuchos,
institutos de pesquisa. também são 100% nacionais. E toda a linha que vai ser ven-
dida em Paris será exportada em embalagens brasileiras.
Esse esforço resultou em produtos muito específicos, com o
que no Brasil se chama de “marca da Natura”. Isso é per- O senhor diria que a indústria de embalagem do Brasil está
cebido como diferencial, na entrada da Natura na França? atingindo nível internacional em termos de qualidade?
Sim, é um diferencial ligado à especificidade, mesmo que Na minha percepção, sim. Em termos tecnológicos depende-
amanhã algum grupo francês venha a se notabilizar também mos de processos produtivos ainda não disponíveis no

12 >>> EmbalagemMarca >>> março 2005


Brasil. Mas essa dependência originou oportunidades de
mercado que acabaram influenciando a entrada de grandes
indústrias de tampas, frascos, injeção, no país. Hoje gran-
de parte desses itens é produzida por multinacionais com
subsidiárias no Brasil. A Rexam e a Augros, por exemplo,
se instalaram aqui para atender projetos da Natura.

Os designers de embalagem no Brasil se queixam de que


a indústria de cosméticos e perfumes dá preferência a pro-
jetos de escritórios estrangeiros, independente de terem
preços maiores. Isso tem fundamento?
A Natura busca trabalhar o design nacional e desenvolvê-
lo, mas acredita que a complementaridade e o intercâmbio
com profissionais internacionais são importantes. De for-
ma geral, existem poucas empresas grandes que investem
em design de cosméticos no Brasil. O designer tem então
poucas oportunidades para se desenvolver e aprofundar
projetos. Uma solução é as empresas investirem nas esco-
lhas de designers, porque eles têm pouco acesso aos
fornecedores, de modo que fica difícil se desenvolverem.
Mas isso não impede que os designers que queiram entrar
nesse ramo se especializem e se aprofundem.

Queixam-se muito da preferência pelo que é francês. . .


Talvez essa queixa dos designers tenha um fundamento,
que é a questão da imagem. Eu compararia um pouco essa
queixa com a que poderíamos fazer, como fabricantes de
perfumaria, de que as mulheres de classe A ou de classe B,
para seus grandes momentos, não abrem mão de um per-
fume francês. É a força imagética do país que é o berço da
perfumaria moderna. A França detém esse privilégio. Mes-
mo os americanos acabaram se destacando em perfumaria
com uma cara francesa, com nomes que tangenciam, situa-
dos em territórios que permitem leitura ambígua. Não
adianta lutar contra o poder do imagético. Fica o desafio
acessório para os designers brasileiros de se imporem ape-
sar da tendência, na indústria cosmética, de busca de solu-
ções externas.

Haverá parcerias no exterior?


No primeiro momento elas não estão sendo contempladas.
Mas poderão vir a fazer parte da experiência.

Depois de Paris o que virá?


Em Paris não estamos implantando nossa lojinha preten-
dendo que ela seja nosso único ponto, mas também não
pretendemos que ela seja reproduzida tal e qual em inú-
meros ou-tros pontos. Não somos fechados numa fórmu-
la. A experiência na França funcionará como um teste da
marca para possível expansão para outros países euro-
peus, e a empresa prevê investir cerca de 12 milhões de
euros em três anos.
ambiente >>> reciclagem

Um coletor compacto
Metalúrgica entra no mercado de plástico com caixa para resíduos sólidos
preocupação com o ambiente e com a

A questão da reciclagem levou a Metalúr-


gica Nematec, de Diadema, na Grande
São Paulo, se não a um movimento de
mudança, ao menos de acréscimo de um novo ma-
terial, o polipropileno, ao estoque de matéria-prima
básica que sempre foi a estrela de suas linhas de
produção, o aço.
Tradicionalmente dedicada à estamparia de me-
tais para peças de automóveis, a empresa, que não
tem relação alguma com a atividade da reciclagem,
acaba de lançar no mercado brasileiro o Recicla Fá-
cil 4x1, produto cuja função, como o nome explica,
é facilitar a separação de resíduos recicláveis. Foi
lançado por vontade pessoal de seu diretor, Mário
Mouco.
“Há muito tempo, sentia a necessidade de um
produto que ajudasse as pessoas a separar os resí- Metalúrgica Nematec
duos dentro de suas casas ou escritórios”, ele con- (11) 4066-4040
www.reciclafacil.com.br
ta. Depois da idéia inicial, foram necessários três
meses de pesquisa para avaliar a aceitação do pro-
duto no mercado, e então começou o processo de
produção. O desafio da Nematec não ficou restrito
à mudança do aço para o plástico. “Para estarmos
em harmonia com o conceito do produto, optamos
por fabricá-lo em polipropileno reciclado”, explica
o diretor.

Quatro tampas
Projetado para ambientes internos, o Recicla Fácil
4x1 é uma caixa compacta. Em um único recipien-
te com capacidade de 80 litros, há quatro tampas
identificadas pelas cores padrão da coleta seletiva:
vermelho (plástico), azul (papel), verde (vidro) e
amarelo (metal), nas quais podem ser utilizados sa-
cos plásticos de 15 ou 20 litros.
Suportes articulados nas laterais facilitam a re-
tirada dos resíduos, enquanto aros coloridos identi-
ficam o tipo de material a ser depositado em cada
boca, mesmo com o recipiente destampado. Alças
laterais ajudam no transporte do coletor. O produto
está disponível nas versões branco, cinza ou chum-
bo e possui as dimensões de 55cm de comprimen-
FOTO: DIVULGAÇÃO

to por 45cm de altura por 36cm de largura. Com-


pleta o kit um conjunto de sacos plásticos identifi-
cados pelas cores-padrão da coleta seletiva.

14 >>> EmbalagemMarca >>> março 2005


reportagem de capa >>> codificação

Barato hoje, caro amanhã


Distribuidoras reforçam o alerta sobre os riscos do uso dos
consumíveis alternativos ou piratas nas codificadoras industriais
Por Guilherme Kamio
eduzido pelo preço, o

S usuário abastece sua im-


pressora com um jogo das
chamadas tintas alternati-
vas, aquelas sem a marca ou o aval
do fabricante. A certa altura do traba-
lho, a máquina pára de funcionar.
Não por defeito, e sim como efeito do
uso do suprimento genérico. Fosse
uma impressora de mesa, instalada
no computador do lar ou do escritó-
rio, o prejuízo seria de tostões. Mas
no caso das codificadoras industriais,
para as quais o mercado paralelo de
materiais de impressão vem se desen-
volvendo nos últimos anos, os pro-
blemas podem atingir proporções de-
sastrosas. É essa a noção que as prin-
cipais distribuidoras nacionais desses
equipamentos estão procurando pas-
sar a sua clientela.
A escalada do assédio dos comer-
ciantes de consumíveis alternativos
aos usuários de codificadoras é com-
provada pelo setor por empirismo: as
unidades danificadas entregues às
suas assistências técnicas denun-
ciam-na claramente.
“Isso provavelmente está aconte-
cendo devido à grande pressão para
reduzir os custos de produção em
todos os segmentos da indústria na-
cional”, sugere Kleber Miranda, dire-
tor comercial da Sunnyvale, repre-
sentante brasileira das codificadoras
ink jet (jato de tinta) da inglesa Do-
mino. Como as outras distribuidoras
oficiais desses equipamentos, a em-
presa concentra o fornecimento ex-
clusivo dos consumíveis originais,
FOTO: DIVULGAÇÃO

sem intermediários. A teoria de Mi-


randa é plausível, pois se sabe que
em muitas empresas a reposição dos
consumíveis cabe aos departamentos

16 >>> EmbalagemMarca >>> março 2005


Fechamos
de compras, cujos profissionais, por Videojet. Segundo Jardim, a sangria sempre ótimos
força do ofício, tendem a valorizar o causada pelos suprimentos alternati-
preço – e muitas vezes não têm inti-
midade com a produção.
vos em seu negócio de consumíveis
já beira aos 30%.
negócios.
O fato é que, embora empenhadas
em entender os motivos do cresci- Efeitos deletérios
mento da procura aos consumíveis Repentinas paradas de trabalho, es-
alternativos, as fornecedoras de codi- tancando o fluxo produtivo por ho-
ficadoras não querem promover uma ras, são o pior efeito colateral dos ge-
caça às bruxas, e sim buscar soluções néricos – mas não são os únicos.
conciliadoras, ampliando a comuni- No caso das jato de tinta, explica
cação com a clientela. “Ocorre que o Eduardo Demarco, gerente técnico
cliente tende a responsabilizar a má- do braço brasileiro da Imaje, produ-
quina, e por extensão sua marca, tora de codificadoras de origem fran-
mesmo quando o dano é claramente cesa, os problemas podem variar do
causado pelo uso do consumível al- desgaste prematuro de peças metáli-
ternativo”, lamenta Paulo Afonso cas a entupimentos de peças de preci-
Páscoa Ribeiro, gerente comercial da são e vazamentos em vedações. Isso
operação brasileira da fabricante porque o preço mais camarada do
americana de codificadoras Markem. consumível alternativo invariavel-
A preocupação é evidenciar ao mente mascara a falta de componen-
mercado cativo como a pequena eco- tes lubrificantes e antioxidantes es-
nomia feita hoje na compra do con- senciais e a utilização de ingredientes
sumível genérico, em média 25% corrosivos em sua fórmula. Resumo
mais barato que o original, pode sair da ópera: gastos excessivos com ma-
caríssimo amanhã. “Apesar de a co- nutenção e peças, que anulam a eco-
dificadora ser um acessório da linha nomia com o suprimento. “Corre-se
de produção, a indústria pára se ela até mesmo o risco de acontecerem
parar”, lembra Hélio Jardim, diretor acidentes de trabalho, pela baixa
comercial da divisão de marcação in- qualidade das vedações dos frascos e
dustrial da Comprint, responsável no cartuchos dos alternativos”, alerta
SPORT LOK 28 MM
país pelas jato de tinta da americana Demarco (veja quadro). “Vale ressal- Pode ser facilmente aberta e fechada utilizando
uma das mãos e a boca. Ideal para praticantes de
esportes. A tampa Sport Lok apresenta uma sobre-
tampa que oferece maior segurança, higiene e
praticidade, dispensando a necessidade do uso de
plásticos termoencolhíveis.
Além disso ela possui ainda
as seguintes vantagens:
• Duplo Lacre de Segurança,
o primeiro na sobretampa e o
segundo na base do gargalo.
• Bico esterilizado por
raios UV, permitindo 0800 12 3727
o consumo imediato. www.alcoa.com.br
• Pode ser fornecida Fone: 4195.3727 Ramais:
Luiz Mello: 2315
com ou sem selo Marijosy Silva: 2327
de indução de alumínio. Fábio Spinola: 2336
TOTALITY
FOTO: DIVULGAÇÃO

GENUÍNOS – Abaixo, os cartuchos para as codificadoras da Domino, comercializados no Brasil


pela Sunnyvale. Na página oposta, as tintas originais para as máquinas da Imaje
tar ainda o custo futuro para voltar o ro divulga que os ribbons com aval cada uma com unções específicas, e
equipamento ink jet à sua condição da companhia são unicamente aque- têm certificados de órgãos interna-
original após testes com fluidos alter- les fabricados pela parceira francesa cionais para entrarem em contato
nativos, pois alguns fornecedores pa- Armor, distribuídos no país exclusi- com alimentos. Geralmente os alter-
ralelos inclusive alteram algumas ca- vamente pela própria Markem. “São nativos dispensam uma dessas cama-
racterísticas de funcionamento do ribbons desenvolvidos especialmente das, e isso pode incorrer em proble-
equipamento para viabilizar a utiliza- para estar em conformidade com os mas de lubrificação da máquina e di-
ção de seus produtos”, adiciona Kle- parâmetros de nossas máquinas”, ele minuição na qualidade de impressão
ber Miranda, da Sunnyvale. avisa. “Eles possuem três camadas, no substrato.” A má-ancoragem da
O ataque dos genéricos, contudo,
não vem se restringindo somente à
tecnologia ink jet. Fornecedores de
impressoras por transferência térmi-
ca, cujo principal maná é a marcação
de embalagens flexíveis, vêm igual-
mente notando o avanço do fenôme-
no. Se não sofre concorrência em
fluidos, uma vez que suas codificado-
ras ink jet baseiam-se num sistema de
alimentação por tinta sólida, forneci-
da na forma de bastões similares aos
dos adesivos hot melt, a Markem es-
tima hoje perder 15% do mercado de
ribbons, as fitas utilizadas no proces-
so de termotransferência, para o mer-
cado paralelo. Situação incômoda,
visto que cerca de 80% dos negócios

FOTO: DIVULGAÇÃO
da companhia no país se concentram
nessa seara.
Principal executivo da Markem
no país, Paulo Afonso Páscoa Ribei- CLONAGEM – Consumíveis da Videojet, distribuídos pela Comprint, sofrem pirataria no país

Defeitos e dor de cabeça, à vista ou a prazo


Os problemas que podem surgir com o uso dos consumíveis alternativos nas codificadoras

• Paradas inesperadas de precisão, como canhões, pode se apagar da embalagem


serviço válvulas e sistemas de recu-
peração • Performance geral prejudica-
• Consumo excessivo do supri- da, devido ao desequilíbrio do
mento • Erros de concentração e/ou sistema hidráulico
viscosidade gerados pela falta
• Desgaste prematuro de de controle no envase das tin- • Inviabilidade na operação,
peças metálicas (restritores, tas alternativas, o que gera devido ao alto custo gerado
bombas, eletroválvulas) e esforço demasiado das bom- por substituições freqüentes e
vazamentos em vedações bas e seu desgaste pre- não programadas de peças
(anéis, o’rings, juntas, tubos), maturo que tenham contato com o
por falta de componentes consumível
lubrificantes e antioxidantes • Baixa qualidade de
ou presença de ingredientes impressão, pela falta de um • Risco de acidentes de tra-
corrosivos padrão de controle do sis- balho pela baixa qualidade das
tema, e problemas na anco- embalagens dos frascos e car-
• Entupimento de peças de ragem da impressão, que tuchos alternativos
FONTE: IMAJE

Obs: Alguns problemas são exclusivos das impressoras ink jet

18 >>> EmbalagemMarca >>> março 2005


impressão nas embalagens – useira e
vezeira também na codificação por De acordo com tendência mundial
jato de tinta com fluidos alternativos Em sintonia com a tendência in-
– pode fazer o produto perder a mar- ternacional da etiquetagem obri-
cação ao longo dos processos logísti- gatória de embalagens secundá-
cos que o levam até o varejo. Daí o rias e terciárias com dados va-
fabricante pode sofrer sanções de ór- riáveis, a Imaje informa já estar
gãos de fiscalização sanitária e de de- distribuindo no país a codificado-
fesa do consumidor. ra Imaje Série 2000, uma de
suas seis versões de máquinas
Até pirataria para a impressão e aplicação de
Ribeiro lembra ainda que o usuário etiquetas que atua com transfe-
de ribbons alternativos se expõe a fu- rência térmica e direta. Baseada
turos imbróglios com o fisco. Muitas num sistema de aplicação por
das unidades aqui oferecidas são tra- sopro, a Série 200 permite que
zidas da Ásia sem o correto recolhi- logotipos, textos ou códigos de
mento de impostos – em outras pala- barra de alta complexidade se-
jam impressos em alta resolução
vras, são oriundas de contrabando.
em etiquetas de diversos tama-
Não bastasse a concorrência com os
nhos, com altura máxima de
alternativos sem marca, a Markem
300mm e largura máxima de

FOTO: DIVULGAÇÃO
ainda sofre pirataria de seus ribbons.
148mm. O equipamento, segun-
“Indivíduos oferecem ribbons genéri-
do a Imaje, é ideal para ambi-
cos aos clientes dizendo serem origi-
entes industriais agressivos
nais, porém sem marca, para evitar o
STUDIO AG/ANDRÉ GODOY
pagamento dos royalties. Nosso de-
partamento jurídico já foi acionado
para evitar essa situação”, revela Ri-
beiro. A contrafação, no entanto, não
atinge apenas os ribbons. “Existem
empresas que fabricam garrafas plás-
ticas similares às nossas originais,
justamente para facilitar o convenci-
mento do consumidor”, afirma Jar-
dim, da Comprint.
Mas o que acontece quando as
empresas do setor detectam que o
cliente caiu na malha do consumível
alternativo? “Nossa equipe de pós-
venda faz uma análise para saber o
porquê da opção, orienta o cliente téc-
nica e fiscalmente e apresenta a ele
uma política de vendas que traga be-
nefícios graduais”, detalha Ribeiro.
“Oferecemos as melhores condições
comerciais em nossos planos de ma-
nutenção periódica, essenciais para a
obtenção da máxima performance do COTEJO – Lado a lado, ribbon original da Markem e ribbon alternativo (à direita).
equipamento, só a quem utiliza con- Entre outras diferenças, o genérico tem rolo de papelão, que absorve umidade do
ambiente e pode comprometer performance da codificadora por transferência térmica
sumíveis originais”, informa Georg
Peter Isleib, diretor da Imaje. “Isso
porque os pacotes de serviços com- Comprint Imaje Markem Sunnyvale
preensivos incluem peças de desgas- (11) 3371-3371 (11) 3305-9455 0800 13 2020 (11) 3048-0147
www.comprint.com.br www.imaje.com www.markem.com www.sunnyvale.com.br
te, e a vida útil dos componentes em
contato com a tinta só pode ser pre-
vista com o uso de tinta original.”
“Procuramos sempre estabelecer Ink jet sem tinta líquida
um ponto de equilíbrio, que permita
A Markem já está distribuindo cipientes plásticos de polietileno
ao cliente utilizar somente mão-de-
no mercado nacional seu mais de alta densidade (PEAD). Uma
obra, peças e fluidos originais, man-
recente lançamento internacio- avançada tecnologia presente
tendo uma relação entre custo e bene-
nal. É a linha de codificadoras em seu cabeçote impressor ga-
ficio satisfatória para ambas as em-
ink jet TouchDry, baseada em rante um índice de tempo entre
presas”, diz Miranda, da Sunnyvale. tintas sólidas, fornecidas na for- falhas superior a 10 000 horas.
Por sua vez, a Comprint procura pro- ma de bastões similares aos
var que a economia com os genéricos dos sistemas hot melt. “Por
é falsa por meio de visitas técnicas, não utilizar tintas e solven-
nas quais testes são feitos na frente do tes, ela garante uma opera-
cliente para lhe mostrar, na prática, o ção ecologicamente corre-
risco corrido com os consumíveis de ta”, diz Paulo Afonso Páscoa
terceiros. “Isso dá confiança ao clien- Ribeiro, gerente comercial
te e deixa claro que nosso discurso a da Markem do Brasil. De
favor do suprimento original não é só acordo com ele, a novidade,
discurso”, diz Jardim. “É fundamen- para marcações em peque-
tal ter uma relação franca e aberta nos caracteres, é ideal para
FOTO: DIVULGAÇÃO

com o cliente, explicando a ele a o trabalho com filmes flexí-


composição dos preços praticados em veis e chapas plásticas,
consumíveis”, sentencia Ribeiro. embalagens cartonadas e re-

20 >>> EmbalagemMarca >>> março 2005


perfil >>> indústria usuária

Sucesso à moda oriental


Pioneira em shoyu, Sakura consome 2 milhões de embalagens PET por mÊs
mbora tenha gerado novas oportu-

E nidades para a Sakura, a incorpo-


ração da culinária japonesa ao
cardápio de cada vez mais
brasileiros não explica por si só o sucesso

FOTOS: DIVULGAÇÃO
dessa que é a primeira indústria brasileira de
shoyu – o tradicional molho oriental à base de
soja. Sem menosprezar a popularização do
hábito de comer peixe cru, atestada pela
curiosa estatística de que na cidade de São CARRO-CHEFE – Família por consumidores finais e donos de restau-
Paulo já existiriam mais restaurantes japone- de molhos à base de rantes japoneses como solução ideal para
soja hoje conta com
ses do que churrascarias, o crescimento da treze apresentações servir shoyu à mesa, a molheira também se
Sakura está ligado a uma bem-sucedida diferentes. Abaixo, uma tornou exemplo de embalagem refil, já que
estratégia de diversificação de portfólio. das primeiras molheiras muitos a reenchem comprando o shoyu em
Sakura, criada na déca-
Criada há 65 anos por Suekichi Nakaya, da de 70 pela Wheaton
recipientes maiores, normalmente garrafas
imigrante que começou fornecendo molho de PET de 1 litro e 1,5 litro.
soja para vizinhos também recém-chegados Tal consagração em boa parte se deve a
do Japão, a empresa é hoje uma das maiores uma engenhosidade simples e eficaz presente
usuárias de embalagem do mercado brasileiro na tampa do produto. Hoje explorado por ou-
de alimentos. Com três fábricas no Estado de tros fabricantes de shoyu, esse sistema de
São Paulo e uma em Goiás, conta com mais fechamento baseia-se em dois pequenos orifí-
de setenta itens em linha. “Seria difícil estar cios que, aplicados em oposição um ao outro,
em todos os Estados brasileiros sendo mono permitem controlar o fluxo de vazão do
produto”, diz o gerente de desenvolvimento shoyu. Para isso, basta inclinar a garrafinha e
de novos negócios, Roberto Ohara, em refe- tampar com o dedo indicador uma das duas
rência ao pioneiro molho de soja Sakura. aberturas. “ Essa idéia foi inspirada num fras-
Aliás, esse produto tem em uma de suas co similar que já existia no mercado japonês”,
mais antigas embalagens um símbolo não só fala Ohara, sem dar mais detalhes.
da marca Sakura, mas de toda a categoria de
shoyus. Trata-se da conhecida molheira de Segmentação brasileiríssima
vidro, que foi criada na década de 70 pela O fato é que, mesmo se empenhando para
vidraria Wheaton, e hoje aparece nas mesas consolidar-se na categoria de molhos à base
sobre um porta-frasco plástico com formato de soja, a Sakura sempre acalentou a meta de
de flor de cerejeira (ver quadro). Consagrada atuar com variadas famílias de produtos.
Além do pioneiro shoyu, até hoje a vedete da
divisão de molhos líquidos, responsável por
45% do faturamento, a empresa processa
missô (massa cozida à base de soja usada para
preparar típico caldo japonês) e uma ampla
linha de conservas, que inclui aspargos,
cogumelo shitake e palmito. E numa tática a
princípio destoante da tradição japonesa, a
DIVERSIFICAÇÃO – Sakura tem disputado a liderança de catego-
Fundada há 65 anos, rias brasileiríssimas, como a de molhos de
Sakura conta hoje
com mais de setenta pimenta e de alho. Outros itens incluem ainda
itens em linha coberturas doces.

22 >>> EmbalagemMarca >>> março 2005


Mas entre as linhas mais promissoras
nessa estratégia de segmentação, o destaque
maior fica para os condimentos para salada.
Atenta ao crescimento do setor, a Sakura pas-
sou a trabalhar com esses produtos recente-
mente, e vem lançando desde então novos
sabores, ao mesmo tempo em que investe em
aprimoramentos de suas embalagens – tática,
aliás, também marcante nos molhos de soja,
que hoje contam com sete versões, além da
linha Aji-no-Shoyu, de shoyus fermentados
com milho.
No caso dos molhos para salada, seus
frascos de PET passaram recentemente a ser
fornecidos pela multinacional americana
Amcor, com rótulos da Prakolar e tampas da
Tapon Corona. Todo o design gráfico também REFORMULAÇÃO – da década de 90, quando em termos de emba-
foi renovado, num projeto da agência Frascos PET dos molhos lagem a resina PET só era empregada para
Kenko para saladas (ao
Komatsu. Outro aspecto alterado foi o molde. alto) passaram recente- fabricar garrafas de refrigerante e groselha.”
Com a mudança, a área de rotulagem, próxi- mente a ser fornecidos Os cerca de 2 milhões de garrafas e reci-
ma da base na versão antiga, foi expandida, pela Amcor. Acima, pientes PET representam 50% da demanda de
embalagens antigas:
com os produtos ganhando em visibilidade. embalagens da empresa. A outra metade fica
área de rotulagem
Os resultados vieram rapidamente: poucos ga-nhou visibilidade por conta das embalagens de vidro (30%),
meses após o desenvolvimento das novas estruturas flexíveis para produção de sachês
embalagens, as vendas da linha, também dis- (10%) e outros sistemas de acondicionamen-
tribuída com a marca Kenko, subiram 30%. to, como bombonas de polietileno para o
canal food-service.
Por dentro dos números Além de distribuição em todo o país, a
Considerando todos os produtos que comer- Sakura tem tido êxito em sua trajetória inter-
cializa, só em embalagens PET a Sakura con- nacional. Já exporta para todos os países do
some mais de 2 milhões de unidades por mês. Mercosul, além de Chile, Bolívia, Colômbia,
Com capacidades que variam entre 150ml – Peru e Japão. Neste último caso, os resultados
“o único deste tamanho feito de PET e usado acima das expectativas têm sido alcançados
para molhos no Brasil”, diz o gerente de com os ienes ganhos pelas centenas de mi-
novos negócios da empresa – e 1,5 litro, os lhares de brasileiros que moram e trabalham
recipientes têm sido fornecidos por três naquele país. “Ao longo de nossa história
empresas além da Amcor: Compet, Lorenpet investimos bastante em embalagens. Sem
e Polipet. “No mercado de condimentos isso, nossa estratégia de ampliação de produ-
fomos os primeiros a usar embalagens PET”, tos e busca de novos mercados certamente
diz Roberto Ohara. “A primeira linha foi não teria gerado bons resultados”, resume o
acondicionada com o material bem no início executivo da Sakura.

Essência efêmera, a origem do nome Sakura


A chegada da primavera só é verdadeiramente cerejeira, ou sakura, em japonês
comemorada no Japão quando as primeiras flores (pronuncia-se sakurá), se tornou
de cerejeira, árvore que já foi sagrada no país, objeto de culto dos antigos guer-
desabrocham. Durante apenas dez dias as pétalas reiros samurais, que enxergavam
se mantêm firmes e vivas. Nesse período famílias no delicado vegetal uma prova de
inteiras apressam-se para fazer piqueniques sob a destemor face à morte. Hoje a flor de cerejeira é
sombra das coloridas copas, aproveitando ao má- símbolo de renovação e coragem entre os japone-
ximo a oportunidade contemplativa. Justamente ses. Por isso ela foi adotada para batizar o maior
por essa indissociável essência efêmera, a flor de fabricante de molho de soja do Brasil.

24 >>> EmbalagemMarca >>> março 2005


eventos >>> mercado gráfico

Forte com ou sem rivais


Com foco em gráficas pequenas e médias, Fiepag amplia número de expositores
pesar da expectativa em torno do destinadas aos profissionais do setor contam

A lançamento de novas exposições


voltadas ao segmento gráfico, a
Fiepag – Feira Internacional de
Papel e Indústria Gráfica chega à edição deste
pontos a favor da Fiepag 2005. Entre os desta-
ques, haverá diferentes linhas de produção
que funcionarão todos os dias do evento. A
partir delas será possível acompanhar o traba-
ano exibindo sinais de força. Evento oficial da lho de equipamentos gráficos integrados para a
Conlatingraf – Confederación Latinoame- produção de embalagens, rótulos, li-
ricana de la Industria Gráfica, a tradi- vros, pôsteres, folhetos e outros mate-
cional feira de sistemas de impressão riais promocionais. As Expo Linhas de
para os mercados editorial, de emba- Produção, como foram batizadas, ainda
lagem, comunicação visual e marke- apresentam birôs de serviços de pré-
ting deverá acentuar a mudança de impressão, ilhas de impressão digital e
foco iniciada na edição anterior. A ordem con- espaço reservado a equipamentos exclusiva-
tinua sendo centrar em pequenas e médias grá- mente nacionais.
ficas. Com esse perfil, os organizadores espe-
ram reunir no Pavilhão de Exposições do Banda larga e microondulados
Anhembi, em São Paulo, entre os dias 20 e 24 As linhas de produção também trarão novida-
de março, mais de 50 000 visitantes. Entre os des específicas de embalagem. Na intitulada
expositores, a meta é superar a marca de 600, Flexo Banda Larga, por exemplo, fabricantes
provenientes de mais de trinta países. como Carnevalli e Feva farão demonstrações
Em que pese o bom número de novidades de processos de impressão em plásticos. Numa
anunciadas, a Fiepag 2005, que marca 37 anos mesma linha de produção o material será ex-
de história do evento, acontece poucos meses trudado, impresso, cortado e soldado. Já na
após o lançamento de uma nova feira específi- parte de papel cartão, a Bobst Brasil mostrará
ca para o setor gráfico. É a Expoprint, planeja- máquinas de corte e vinco automáticos e cola-
da pela Afeigraf – Associação dos Agentes doras de cartuchos. Outra linha diretamente re-
Fornecedores de Equipamentos e Insumos lacionada aos profissionais de embalagem será
para a Indústria Gráfica para acontecer em a de microondulados, que contará com equipa-
2006. Embora seus organizadores neguem ri- mentos para plastificação, acopladoras e tam-
validade com outras feiras promovidas no bém máquinas de corte e vinco.
ALTOS VOLUMES – Docu-
Brasil, a Expoprint poderá ser uma concorren- Color 8000, da Xerox:
Mais um incentivo para os profissionais de
te da Fiepag (ver entrevista com Evaristo Nas- solução de impressão packaging visitarem o evento será a Conver-
cimento, diretor-geral da Fiepag, na pág. 29). digital também para tira- flex – Feira Internacional de Máquinas para
gens maiores
Deixadas de lado as movimentações nos Impressão de Embalagens, Convertedores e
bastidores, além dos números, novas atrações Materiais. Esta exposição será realizada de for-
FOTOS: DIVULGAÇÃO

26 >>> EmbalagemMarca >>> março 2005


ma paralela à Fiepag, que ainda promete dar
ênfase a sistemas de impressão digital. Nesse No aguardo da concorrência
aspecto, a visita pode valer para conferir novos Diretor-geral da sentam cerca de
equipamentos de impressão de rótulos, o prin- Fiepag, Evaristo 90% do mercado
cipal reduto da tecnologia digital no mercado Nascimento da indústria gráfi-
de embalagem. A probabilidade de novidades é adianta na entre- ca brasileira. Des-
em torno de sistemas voltados a tiragens pe- vista a seguir al- sa forma, a feira
quenas, mas também haverá lançamentos de gumas novidades será mais ampla,
equipamentos digitais mais robustos. do evento deste com a apresenta-
A Xerox, por exemplo, mostrará soluções ano, e comenta o ção de equipamen-
panorama de tos e tecnologias
para impressão sob demanda de dados variá-
crescente compe- voltadas para o
veis e impressão digital de provas gráficas de
tição no mercado empresário que
alta fidelidade. São os casos das plotters Xerox
brasileiro de fei- procura inovar e
8142 e Xerox 8160. Outro destaque é a Docu- ras gráficas. que tem espaço para crescer.
Color 8000, impressora digital colorida para Em 2003, tivemos 582 exposi-
altos volumes, com velocidade nominal de 80 Especificamente para o merca- tores, sendo 352 nacionais e
páginas por minuto. Apesar da alta produtivi- do de embalagens, o que have- 230 de 29 países. Para este
dade, trata-se de uma alternativa intermediária rá de mais importante na Fie- ano, esperamos cerca de 12% a
entre os modelos DocuColor 6060 (60 ppm) e pag 2005? mais de expositores e um públi-
iGen3 (100 ppm). Vamos trazer para a Fiepag os co de 50 000 pessoas, contra
últimos lançamentos das máqui- os 45 634 visitantes de 2003.
Tudo sobre rótulos nas de corte, vinco, coladoras,
dobradoras de cartucho e aco- Como o senhor avalia o anúncio,
Na ilha específica de rótulos será possível se
pladoras de papel. Temos tam- feito no ano passado, do lança-
atualizar com as novas soluções de pré-impres-
bém duas Ilhas de Produção vol- mento da Expoprint, pela Afei-
são digital de clichês da DuPont, e conferir de
tadas para embalagem. Uma é graf?
perto um dos carros-chefe da Rotatek: sua im- a ilha da CTP ao acabamento, A Fiepag acontece desde 1967,
pressora híbrida que combina flexo e serigra- que vai da pré-impressão até a está em sua 18ª edição e é o
fia, e também combina acabamento em cold embalagem final. A outra é a da evento mais tradicional da indús-
stamping. Abimaq (Associação Brasileira tria gráfica. A feira fortalece sua
Ainda no ramo de acabamento, também há da Indústria de Máquinas e relação com o comprador e
notícia de novidades. A fabricante de equipa- Equipamentos), e mostrará aproxima o trabalhador do setor
mentos A .Ulderigo Rossi, por exemplo, parti- equipamentos nacionais para gráfico, com o apoio dos sindica-
cipa pela primeira vez do evento apresentando produção de embalagens de pa- tos e das principais entidades. É
dois novos modelos de dobradeira. A primeira, pel cartão e microondulado. Por um público qualificado e ávido
fim, a Fiepag terá uma ilha de por novidades e alternativas de
de nome T36, trabalha no formato 36cm x
produção de auto-adesivos, sistemas de gráfica. Quanto ao
63cm, e passou a contar com segunda estação
onde os visitantes poderão futuro, aguardaremos as realiza-
de dobra opcional, permitindo executar até seis
acompanhar o desenvolvimento ções para observar o efeito no
PARCERIA – KPG e de rótulos impressos em flexo- mercado gráfico. Por outro lado,
Zanatto & Schupp se grafia com diferentes acaba- estamos desenvolvendo a idéia
uniram para distribuir mentos, além de soluções de de fazer da Fiepag um novo con-
chapas Flexcel
impressão para etiquetas de da- ceito de feiras. Esperamos con-
dos variáveis. templar os tradicionais estandes
individuais, com a apresentação
Em 2003, na mais recente de máquinas, acabamentos e
edição da feira, importantes produtos, mas também preten-
empresas do mercado gráfico demos reforçar a participação
decidiram não expor. Qual o pa- de empresas em dezesseis Ilhas
norama para este ano? O núme- de Produção, que funcionarão de
ro de expositores deverá au- forma integrada e em tempo
mentar em relação a 2003? real, na produção de livros, pos-
A Fiepag terá uma participação teres, folhetos, materiais pro-
expressiva de empresas de mé- mocionais, rótulos e etiquetas e
dio e pequeno porte, que repre- impressos em Braille.

28 >>> EmbalagemMarca >>> março 2005


dobras paralelas ou cruzadas. Já a R360 opera ACABAMENTO –
Dobradeira T36, da A
no formato 36cm x 49cm, e conta opcional- Ulderigo Rossi: segunda
mente com nova saída para bulas. Outras novi- estação de dobras
dades da A .Ulderigo Rossi são as prensas de paralelas opcionais
furação e as dobradeiras de chapas off-set de
operação pneumática e manual.
A. Ulderigo Rossi
Já no campo da impressão flexográfica, o (11) 3338-1600
grupo italiano Comexi promete apresentar as www.aurossi.com.br
novas tecnologias e funções de sua Gearless
Bobst Brasil
CNC FW. Outro destaque da empresa deverá (11) 4534-9300
ser a impressora FR6, uma das máquinas mais www.bobstgroup.com
compactas da linha Comexi. Por fim, a empre- Carnevalli
sa apresentará a laminadora Nexus One, que já (11) 6412-3811
é inteiramente fabricada no Brasil. www.carnevalli.com
Ainda entre as soluções de pré-impressão Feva
e impressão de substratos flexíveis, a Kodak (11) 4613-9133
Polychrome Graphics (KPG) e a Zanatto & www.feva.com.br
Schupp anunciaram parceria para distribuição Kodak Polychrone Graphics
da família de chapas Flexcel. Bastante conhe- (11) 2165-1655
cida na Europa, a linha será apresentada ao www.kpgraphics.com

mercado brasileiro durante a feira. Segundo Xerox


os distribuidores, as chapas permitem impres- 0800-991234
são precisa em superfícies flexíveis, como ró- www.xerox.com.br

tulos de bebidas e outras aplicações na área


de embalagens. Os produtos fazem parte de
uma solução gráfica integral, que inclui fil-
mes do tipo mate e sistemas de prova de cor
(Matchprint Inkjet, Proofpro RIPv1.0 e Me-
dia System).

Serviço:
Fiepag – Feira Internacional de Papel
e Indústria Gráfica
Data: 20 a 24 de março
Local: Pavilhão de Exposições do
Anhembi, São Paulo, SP

Mais informações: (11) 3291-9111


www.fiepag.com.br
tecnologia >>> cartonadas assépticas

Sem temor do calor


Caixinha longa vida que pode ir ao forno de microondas estréia na Europa
ma das mais recentes novidades a

U sair do forno da Tetra Pak é uma


caixinha cujo destaque, em que
pese o trocadilho, é sua possibili-
dade de ir ao forno – o de microondas, para
exatidão da notícia. Voltada ao crescente seg-
mento de molhos e caldas para confeitaria e
preparo de sobremesas, fermentado tanto pelo
canal do varejo quanto pelo food service, a
nova cartonada asséptica acaba de ser oficial-
mente lançada na Europa no formato Tetra
Wedge Aseptic (TWA), aquele utilizado no

FOTO: DIVULGAÇÃO
Brasil pelos refrescos Kapo, da Coca-Cola.
O objetivo da Tetra Pak é fazer o TWA
mw 200 S, nome comercial dado ao modelo,
competir com os stand-up pouches, que têm
PANELA – Caixinha para microondas atende molhos salgados e doces (abaixo)
se aproveitado do boom da área de molhos e
caldas. Prova disso é que, num recente comu- ser previamente aberta. Igualmente às carto-
nicado oficial, a multinacional sueca de nadas assépticas comuns, a novidade dispen-
embalagens divulgou resultados de uma pes- sa refrigeração ou emprego de conservantes
quisa, conduzida por uma consultoria inde- para garantir a integridade do produto por
pendente, a qual instiga uma comparação da meses. “É uma embalagem ready-to-use, cuja
nova caixinha com os stand-up pouches. O le- capacidade de ir ao microondas representa
vantamento teria indicado a nova TWA como um forte valor para nossos consumidores, es-
a embalagem mais robusta e ergonômica para pecialmente confeitarias e restaurantes”, opi-
molhos. Mais: os consumidores ouvidos no na Christophe Devaux, gerente de pesquisa e
estudo afirmaram que a caixinha é mais fácil desenvolvimento da produtora francesa de
de manusear e para dispensar o produto acon- chocolates gourmet Valrhona, que acaba de
dicionado, bem como mais segura que os lançar no mercado europeu uma linha de mo-
stand-up pouches. lhos finos para sobremesas acondicionada na
Para ser levada ao forno de microondas, TWA mw 200 S. Segundo a Tetra Pak, a nova
Tetra Pak
onde fica de um a dois minutos, dependendo (11) 5501-3200 caixinha também pode ser utilizada para o
do produto em seu interior, a caixinha deve www.tetrapak.com.br acondicionamento de sopas e caldos.

Nas metrópoles, caixinha em vez de tigela


Um dos mais novos pro- numa fórmula funcional fabricante, a Fly Açaí, é
dutos a estrear no vare- que promete fortalecer conhecida no Pará por
jo das metrópoles brasi- ossos e músculos e me- sua linha de refrigeran-
leiras em embalagem lhorar as funções intesti- tes, e diz que a escolha
cartonada asséptica é o nais e o sistema circula- longa vida se deveu à
suco de açaí. O Fly Açaí tório. Também é rico em preocupação com a
do Pará Light une, em antocianina, substância conservação da bebida
sua caixinha fornecida antioxidante que ajuda sem comprometimento
pela Tetra Pak, açaí, no controle do colesterol de cor, sabor e aroma
guaraná, soja e banana, e dos radicais livres. A naturais.

32 >>> EmbalagemMarca >>> março 2005


metálicas >>> barris

Gelada e para todos


Em barris auto-refrigerantes, cerveja chega ao cliente com o gosto original
dito popular “cerveja tem que ser

O gelada” vai virar redundância. Con-


forme anunciado por EMBALAGEM-
MARCA em setembro de 2002, che-
gou ao Brasil o CoolKeg, primeiro e único bar-

FOTOS: DIVULGAÇÃO
ril de cerveja auto-refrigerante do mundo. De-
senvolvido e lançado na Alemanha pela Cool-
System Bev. GmbH, ganha representação aqui
pela Vip Beverages.
Segundo a empresa alemã, a mais sedutora
das vantagens é o fato de que a cerveja chega
ao cliente como saiu da cervejaria, com quali-
dade e segurança. O copo recebe o chope gela- AUTO-SUFICIÊNCIA –
do diretamente do barril. Uma boa solução Disponíveis em vários
para o consumidor doméstico – existem reci- tamanhos, os barris, desde 2003, onde produz o barril com exclusi-
retornáveis, gelam o
pientes compactos de 5 e 8 litros, por exemplo vidade. No ano passado, foram feitos mais de
conteúdo em até
– e melhor ainda para o profissional. A Vip 90 minutos 70 000. A capacidade máxima chega a 110 000.
Beverages tem, inclusive, um centro de treina- A técnica empregada, de refrigeração por
mento para o usuário. adsorção de água, não é nova. Utiliza uma pro-
Para estabelecimentos pequenos, que ven- priedade física conhecida há quinze anos, mas
dem menos de 40 litros de chope por dia, os só há pouco incorporada a um recipiente. Nos
custos de um sistema de refrigeração são pou- barris, uma válvula aciona o vaporizador de
co convenientes. Os Coolkegs, também em
versões de 10, 12,5, e 20 litros, dispensam gas-
tos com manutenção, manipulação e energia A ciência do barril
elétrica. Portanto, são mais econômicos. A refrigeração da cerveja
ACIONAMENTO
Como são retornáveis, os vasilhames po- DA VÁLVULA dentro do barril se dá pela
dem ser preenchidos e rotulados novamente. O adsorção, isto é, a fixação
processo, completamente físico, elimina riscos das moléculas de uma subs-
de contaminações químicas e explosões. As ZEOLITA tância sobre a superfície de
substâncias são ecológicas e atóxicas. outra. O agente é a zeolita,
A Cool-System Bev detém a patente do VAPORIZADOR silicato cuja superfície per-
produto e das máquinas que o fabricam e reci- DE ÁGUA mite evaporação no vácuo
clam. Fundada em 1999, tem indústria própria

Heineken e a versão que é objeto de desejo


Em ação promocional re- dentro do conceito “objeto Embora os recipientes se-
lâmpago, as cidades de de desejo”. Com 4,75 li- jam descartáveis, a estra-
São Paulo e Rio de Janeiro tros de cerveja e um siste- tégia quer verificar a pos-
receberam na virada do ma interno de CO2 que sibilidade de implantar no
ano a edição limitada do transforma a bebida em Brasil um sistema de reci-
Barril Heineken, impor- chope, ele requer dez ho- clagem dos barris, os
tado da Holanda e tra- ras de refrigeração em ge- quais reduziriam custos de
balhado pela empresa ladeira antes do consumo. acondicionamento.

34 >>> EmbalagemMarca >>> março 2005


Sucesso como regalo
Prova do potencial dos barris tam-
bém é dado pela cervejaria Germânia.
Cerca de um ano atrás, a empresa
introduziu, em sua rede própria de
comercialização, barris one-way de
cinco litros de chope. Fornecidos pela
alemã Fass-Frisch, os barris possuem
uma válvula embutida que faz as ve-
zes de torneira. “Como também ven-
demos chope em barris retornáveis,
cujo preço é mais em conta, a versão
descartável vem fazendo sucesso por
ser uma ótima opção
para presente”, afir-
ma Wadi Nussalah,
diretor comercial da
Germânia. “As pes-
soas ficam encanta-
das com a embala-
gem, o que é um
grande marketing
para nossa compa-
nhia”, comemora o
executivo.

água, adsorvida pelo metal alumino-silicato


zeolítico. O vapor e o minério reagem, gelando
a cerveja num período de 30 a 90 minutos. Ela
fica assim por pelo menos 12 horas, indepen-
dentemente da temperatura externa e da ação
dos raios solares.
Rótulos termoencolhíveis de poliestireno
foram criados inicialmente para proteger o
usuário contra o calor liberado durante o pro-
cesso de refrigeração. Como o barril fica à vis-
ta do consumidor, a preocupação com o design
foi potencializada. Além de reafirmar a marca,
deve seduzir e convidar para que o cliente esco-
lha uma entre tantas cervejas geladas.

Fass-Frisch Vip Beverages


www.fass-frisch.de (11) 4587-7377
www.vipbeverages.com.br

DECORAÇÃO – Barril recebe rótulo termoencolhível


pesquisa >>> embalagens e varejo

Nada menos que um elo


Pesquisa aponta que, para varejistas e consumidores,
embalagem ideal deve integrar cadeia de comercialização
a corrida para reduzir custos e ga- Quanto aos consumidores ouvidos, aque-

N rantir maior eficiência operacio-


nal ao seu negócio, o setor vare-
jista cada vez mais vê as embala-
gens como aliadas – ferramentas que podem Abre
les fatores de estímulo ao consumo citados
no parágrafo inicial são importantes tanto
nas compras programadas quanto nas por
impulso, e se transformam em reais parâme-
otimizar sua logística e adicionar valor à co- (11) 3082-9722 tros de qualidade e preço para produtos de
www.abre.org.br
mercialização de produtos. Consumidores, diferentes marcas. Também foi detectada a
do outro lado do balcão, apontam que de fato Apas expectativa por embalagens cada vez mais
embalagens e displays visualmente apelati- (11) 3647-5000 fracionadas, mais leves e com menos unida-
www.apas.com.br
vos, transparentes, práticos e de fechamento des. Por fim, a pesquisa aponta que, para ge-
seguro são fortes influenciadores das deci- Enfoque Pesquisa de Marketing rar benefícios a toda a cadeia de comerciali-
(11) 2124-2088 zação, as embalagens devem apresentar ou
sões de compra em seus passeios pelos cor-
www.enfoquepesquisa.com.br
redores dos supermercados. Essas foram as representar as seguintes características:
principais constatações da pesquisa “O De- maior praticidade para os consumidores;
sempenho das Embalagens no Varejo”, pro- agilidade e menor empate de capital para lo-
movida pelo Comitê de Estudos Estratégicos jistas; menor desperdício para os fabrican-
da Abre – Associação Brasileira de Embala- tes; e espaço para diversificação e apresenta-
gem em parceria com a Apas – Associação ção de novas marcas. A partir da colocação
Paulista de Supermercados, coordenada pela em prática desses pontos, acreditam os pes-
empresa de pesquisas de marketing Enfoque quisadores, poderá ocorrer uma padroniza-
e apresentada em meados de fevereiro. ção de procedimentos e, daí, uma maior in-
Realizado entre 17 de setembro e 1º de tegração entre fornecedores e varejistas para
dezembro de 2004 com o apoio de 32 fun- dinamizar a cadeia de produção e venda de
cionários de redes varejistas de São Paulo, o produtos.
estudo, de caráter qualitativo, analisou
embalagens de transporte, displays e emba-
lagens primárias em 16 categorias dos seg- Para ajudar a cadeia
mentos de alimentos, bebidas, cosméticos, O que as embalagens devem
higiene e limpeza pessoal. possuir para dinamizar a produ-
ção e a venda dos produtos
Integrar para melhorar
Para os profissionais do trade, as embala- √ Maior praticidade para os
gens de transporte, primárias e displays de- consumidores
vem possuir qualidade necessária para faci-
litar todos os processos de seu negócio, des- √ Agilidade e menor empate de
de o recebimento de produtos pelo estabele- capital para lojistas
FONTE: ENFOQUE PESQUISA DE MARKETING

cimento até a exposição nas gôndolas. Se-


gundo eles, resistência, leveza, segurança, √ Menor desperdício para os fa-
estabilidade, praticidade, facilidade no bricantes
transporte e empilhamento, compactação e
capacidade de evitar desperdícios são pontos √ Espaço para diversificação e
que inegavelmente contam pontos a favor apresentação de novas marcas
das embalagens e dos produtos e marcas que
elas carregam.

36 >>> EmbalagemMarca >>> março 2005


refeições rápidas >>> inovação

A nova era da conveniência


Sadia investe em embalagens inovadoras no mercado de alimentos semiprontos

ÇÃO
LGA
DIVU
OS:
FOT

m vez de receitas especificando MARMITAS DO FUTURO – bandejas-prato estão definitivamente estrean-

E quantidade de ingredientes e a hora


certa de misturá-los, o preparo de
alimentos congelados semiprontos
exige um script bem mais simples: enquanto a
Linha Cardápio Completo
marca estréia definitiva de
bandejas plásticas com
divisórias no setor de ali-
mentos congelados
do no Brasil por obra da Sadia.
Responsável, segundo dados ACNielsen,
por quase 60% do mercado brasileiro de ali-
mentos semiprontos, que em 2004 movimen-
comida é aquecida no forno de microondas, tou 223 milhões de reais, ou 20 600 toneladas,
pratos e talheres devem ser ajeitados na mesa. a empresa lançou em fevereiro uma inédita li-
Esse ritual pode estar mudando, apesar do nha de pratos congelados no país. É a família
crescimento contínuo da indústria de refeições Cardápio Completo, que tem entre seus objeti-
rápidas no Brasil. vos poupar o consumidor não apenas da louça
Para felicidade de pessoas que moram so- suja, mas também da tarefa de preparar acom-
zinhas, ou singles, jovens casais e outros adep- panhamentos para sua refeição congelada.
tos da praticidade que compõem o público- Em termos de processo produtivo, as
alvo desse mercado, o consumo de alimentos embalagens primárias não trazem grandes no-
congelados poderá dispensar pratos comuns, vidades em relação à maioria dos recipientes
feitos de louça ou vidro, em breve. É que co- plásticos capazes de levar alimentos congela-
meçam a se consolidar no segmento embala- dos diretamente do freezer ao microondas. São
gens de consumo individual que servem para bandejas rígidas produzidas à base de uma das
aquecer os alimentos, e ainda fazem o papel de mais disseminadas matérias-primas de emba-
pratos descartáveis. lagens plásticas: polipropileno (PP). Possuem,
entretanto, componentes estruturais capazes de
Cativas às quentinhas direcioná-las a nichos ainda pouco explorados
No Brasil, esse conceito de embalagem ainda na crescente indústria de refeições rápidas. Em
não deslanchou na grande indústria. Fornece- poucas palavras, têm divisórias internas para
dores especializados lembram que a idéia tem separação dos alimentos.
permanecido cativa ao nicho das chamadas Sem elas, seria praticamente impossível
quentinhas, as refeições prontas e entregues oferecer ao consumidor uma refeição comple-
aos consumidores aquecidas em recipientes de ta num único produto. Por isso as embalagens
alumínio ou isopor. Embora movimentem mi- concebidas dessa maneira já foram apelidadas
lhões de reais, muitas vezes estão ligadas à de “marmitas do futuro” na Europa e nos Esta-
busca informal de alternativas de renda. dos Unidos, onde são produzidas em escala in-
Também envolvem empresas de médio ou dustrial há bem mais tempo.
até grande porte, que abastecem desde refeitó- As bandejas da linha Cardápio Completo
rios de centros empresariais a presídios, mas são feitas pela Delpak, convertedora com
nem sempre em escala industrial. Nessa pers- know-how no fornecimento de embalagens
pectiva, pode-se dizer que essas espécies de plásticas para refeições prontas. “No caso de

38 >>> EmbalagemMarca >>> março 2005


bandejas com divisórias, estávamos limitados
a solicitações de restaurantes e empresas”, diz
Carlos Del Nero Neto, sócio-gerente da Del-

STUDIO AG/ANDRÉ GODOY


pak. “Embora seja um conceito muito comum
no exterior, pelo que me lembro é a primeira
vez que uma grande indústria faz um investi-
mento desses no Brasil”, completa ele.
Envolvendo a bandeja, são usados cartu-
chos cartonados produzidos pela Brasilgrafica.
O fechamento da bandeja se dá pela utilização RAPIDEZ – Vendidos em resfriados. Necessitando de no máximo dois
de um filme plástico de fácil abertura que, se- cartuchos laminados minutos para ficarem prontos, os hot pockets
com filmes especiais,
lado às bordas, evita sujeira no microondas. lanches da linha Hot são vendidos em embalagens individuais espe-
Segundo a Sadia, o filme também preserva “as Pocket ficam prontos em cíficas para microondas.
características do alimento após o preparo, apenas dois minutos Externamente são usados flow-packs de
além de garantir hermeticidade”. BOPP. Como embalagem primária, cartuchos
A linha Cardápio Completo é composta produzidos em cartão com 346 g/m2 de gra-
por três pratos diferentes: estrogonofe de car- matura, laminados em um dos lados com um
ne com arroz e batata palha, filé de frango com tipo especial de filme reflexivo. O material
arroz e vegetais, e carne ao vinho com purê de Brasilgrafica fica na parte de dentro da embalagem, e tem
batata e vagem. Cada embalagem contém 300 (11) 4133-7777 a função de acelerar o preparo dos lanches.
www.brasilgrafica.com.br
gramas de alimentos com baixo teor de caloria Como no caso das embalagens secundárias
(por volta de 400 por refeição). Delpack dos pratos que compõem a linha Cardápio
(11) 4612-3522 Completo, a convertedora dos cartuchos dos
www.delpack.com.br
A vez dos lanches hot pockets é a Brasilgrafica, que usou papel
Em paralelo ao lançamento da marca Cardápio Klabin cartão da Klabin.
(11) 3225-4500 Inicialmente a Sadia concentrará a distri-
Completo, a Sadia anunciou mais novidades
www.klabin.com.br
no mercado de refeições rápidas. Grande for- buição desses produtos em lojas de conveniên-
necedora de ingredientes de lanches, em espe- cia. Em breve, porém, a idéia é chegar à casa
cial frios e hambúrgueres, a empresa resolveu dos consumidores, mas atingindo um público
investir de outra maneira nesse mercado com com perfil peculiar. “O consumidor de aves e
o lançamento da linha Hot Pocket. Mistura de embutidos já reconhece a qualidade da Sadia”,
ESTRATÉGIA –
sanduíche e torta de massa fina com recheio Distribuição dos hot
diz Gilberto Xandó, diretor de marketing da
pronto para comer, esse conceito de lanche foi pockets será inicial- empresa. “Com o lançamento da linha Hot
inspirado no mercado dos Estados Unidos, mente restrita a lojas Pocket, queremos nos aproximar dos jovens.”
de conveniência. Numa
onde faz muito sucesso desde os anos 80. No Nos Estados Unidos, o conceito de hot
segunda etapa, a
Brasil, chega trazendo inovações de embala- Sadia quer chegar à pocket existe, mais precisamente, há 22 anos.
gem na categoria de lanches prontos vendidos casa dos consumidores Foi criado por uma das líderes do segmento de
alimentos de conveniência, a Chef America, e
tem chamado a atenção de gigantes do ramo.
Basta dizer que, depois de consolidar-se no
mercado de lanches congelados, a Chef Ame-
rica foi adquirida pela Nestlé em 2002 por 2,6
bilhões de dólares.
Embora o mercado brasileiro atraia bem
menos interesse, também aqui os consumi-
dores dispõem de cada vez menos tempo para
fazer suas refeições. Tal fator confere à venda
de lanches rápidos e pratos semiprontos poten-
STUDIO AG/ANDRÉ GODOY

cial de crescimento animador. Intervalos do


trabalho, cinema no shopping center ou recreio
escolar. Ocasiões de consumo não faltam para
os alimentos de conveniência – ignore-se o tro-
cadilho – deslancharem.
40 >>> EmbalagemMarca >>> março 2005
Inovação sempre fez parte da filosofia da Suzano
Papel e Celulose. E é justamente essa a seme-
lhança entre EmbalagemMarca e Suzano. Ambas
buscam inovar constantemente, estar sempre
atualizadas e atender as expectativas de seu pú-
blico. Prezar por cada detalhe do produto, bus-
cando todos os dias a melhora contínua da quali-
dade já oferecida, não é para qualquer um. Assim
a Suzano entende a revista EmbalagemMarca. Um
produto de alto valor agregado, com qualidade,
recheada de informações novas e, principalmen-
te, respeitada pelos diversos segmentos da
cadeia de embalagem. EmbalagemMarca é o con-
ceito da embalagem no Brasil: inovadora, resis-
tente, funcional, bonita e útil.
celulósicas >>> exportações

Engenhosidade por força da


Exportações crescentes aceleram busca de alternativas criativas para acondicionam
raticamente onipresente nas cres-

P centes exportações brasileiras na


condição de embalagem de trans-
porte, o papelão ondulado apare-
ce em certas oportunidades como protago-
nista de soluções engenhosas que vão além
do simples suporte dos produtos – e capazes
de incrementar, de fato, os embarques de
produtos para o exterior. Dois recentes casos,
descritos a seguir, ilustram bem tal cons-
tatação.

1. Ao gosto do rigor nipônico


Após trinta anos de negociação e esforços
para varar uma gigantesca barreira de nor- BLINDAGEM – Para evitar
mas sanitárias que impediam seu ingresso no pragas, em especial a
atraente mercado japonês, a manga brasileira mosca do Mediterrâneo,
a Orsa desenvolveu
começou a ser vendida para o Japão no iní-
caixa com respiradouros
cio de fevereiro último. Os primeiros lotes protegidos por telas
da fruta, do tipo Tommy Atkins, comerciali- lagens quando submetidas a ambientes úmi-
zados sob a marca Golden Ipanema, chega- dos. Cada manga é acompanhada por um fo-
ram ao Oriente pelas mãos da Trablin. São lheto com recomendações de como cortá-la e
produzidas no Vale do São Francisco, em saboreá-la.
Juazeiro, do lado baiano do rio, e em Petro-
lina, na margem oposta, já em solo pernam- 2. Solução para vinhos
bucano. Os produtores de vinhos finos da região de
Para atender às rigorosas exigências das Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, en-
autoridades sanitárias japonesas, a Orsa de- frentavam um desagradável problema ao ex-
senvolveu uma embalagem especial. portar o produto, geralmente em pequenos
Produzida em papelão, ela acondiciona entre lotes de garrafas: era um tanto freqüente
oito e dez frutas de 400 gramas cada e tem ocorrerem quebras no transporte por avião,
características muito específicas. Dentre elas devido ao acondicionamento nem sempre
destaca-se a presença de dezoito janelas re- adequado. Vendo nesse segmento um bom fi-
vestidas por tela especial que permitem a lão para sua atividade, a filial de Caxias do
ventilação e impedem a entrada de pragas, Sul (RS) da DHL Express, empresa de
em cujo elenco sobressai a mosca do Medi- serviços expressos aéreos internacionais, tra-
terrâneo. Presente no país inteiro, esse inseto tou de buscar uma solução.
ataca grande variedade de frutas tropicais, Seu pessoal foi ouvir as vinícolas da re-
subtropicais e temperadas, como a manga, a gião a fim de desenvolver uma caixa que fa-
uva e a goiaba, causando prejuízo de quase cilitasse o transporte seguro das garrafas, di-
200 milhões de reais por ano. Marvi Indústria minuindo o risco de avarias. Após dois me-
Para oferecer proteção total às frutas, a de Embalagens ses de pesquisa, e apoiada pela Associação
(54) 504-4889
Orsa utilizou papéis especiais com alta resis- de Enologia de Bento Gonçalves, a DHL
tência à umidade e a choques mecânicos, Orsa Celulose, Papel lançou no fim de 2004 uma caixa especial de
bem como tratamento impermeabilizante su- e Embalagens papelão ondulado para garrafas.
(11) 4689-8700
perficial que prolonga a vida útil das emba- www.orsaembalagens.com.br Desenvolvida pela Marvi Indústria de

42 >>> EmbalagemMarca >>> março 2005


necessidade
ento com caixas de papelão ondulado
Embalagens, de Bento Gonçalves, a embala-
gem tem estrutura interna reforçada com
poliestireno expandido e capacidade para
seis garrafas. Na Serra Gaúcha, mais de trin-
ta vinícolas, a maioria exportadora, bem
como outras que trabalham no mercado do-
méstico, tiveram acesso à caixa especial. De
acordo com as projeções da DHL, a inovação
deve responder por um incremento de 8%
nos negócios da empresa com exportação na-
quela região. As mudanças já refletiram na
demanda da filial de Caxias do Sul para ex-
portação de vinhos em pequenas quantida-
des: o número de caixas de vinho movimen-
tadas por mês passou de dez para cinqüenta.
A vice-presidente da DHL Express, Thaís
Marca, acredita que a nova embalagem vai
elevar em 30% o movimento da empresa
com a exportação de vinhos. “A caixa espe-
cial traz ganhos de qualidade ao serviço, pois
evita avarias na mercadoria e otimiza espaço
na aeronave, melhorando a produtividade do
exportador”, diz ela. A empresa planeja lan-
çar este ano uma caixa para remessas de pe-
recíveis.

ROBUSTEZ – Caixa para vinhos da DHL estancou perdas


perfil

Sintonia explica a alta


Intimidade com o mercado leva Braga dos negócios locais aos nacionais
gilidade, flexibilidade e versatili-

FOTOS: DIVULGAÇÃO
A dade. Essas são as três principais
características que, segundo Fábio
Braga, gerente de marketing da
Braga Produtos Adesivos, levaram a empresa
da condição de pequena produtora de etique-
tas brancas e personalizadas, destinadas basi-
camente ao setor supermercadista, a situar-se,
em menos de 25 anos de fundação, entre os
três principais fabricantes de papéis e filmes
auto-adesivos do país, área em que começou
a atuar em 1986. Hoje tem um leque de mais
de setenta produtos distribuídos entre papéis,
filmes e cartões. “A Braga é uma empresa lo-
cal que entende a realidade e as necessidades
do mercado nacional, e isso lhe dá a flexibili-
dade que explica seu crescimento”, analisa o
executivo.
Sediada, em Hortolândia, a 100 quilôme-
tros de São Paulo, próximo às principais vias Por entender que “a adição de valor aos
de ligação com o país inteiro, a Braga sempre produtos é um conceito que deve ir além da
cresceu – e de modo mais acentuado nos últi- afirmação verbal do conceito, e por acreditar
mos cinco anos. De acordo com números no potencial do mercado de auto-adesivos, a
brandidos por seu diretor, de 1999 a 2004, Braga investe permanentemente em tecnolo-
mesmo com o desempenho sofrível do con- gia”, afirma seu gerente de marketing. Ao
junto da economia, a empresa registrou au- mesmo tempo, procura manter a estabilidade
mento de faturamento acima dos 30% em mé- de suprimento de matérias-primas, dentro do
dia, índice superior à média do segmento. que chama de fornecimento continuado. “Não
temos por hábito substituir matérias-primas
Rigor estimula negócios sem que tenhamos total aprovação do merca-
Fábio Braga entende que o crescimento da do e sem que haja garantia de fornecimento”,
empresa, fundada e até hoje dirigida por seu diz Braga. “Isso é fundamental para que nos-
pai, Laércio Braga, não se deve só aos méri- sos produtos tenham absoluta regularidade,
tos da direção, mas “acima de tudo à cons- um atributo indispensável ao bom desempe-
cientização do consumidor e a seu nível de nho nas linhas dos convertedores.”
exigência, que foi muito intensificado com a Outro aporte essencial para alcançar aque-
entrada em vigor do Código de Defesa do le objetivo está nos equipamentos. Para pro-
Consumidor e do Plano Real” (a propósito, porcionar às bases a ser impressas a adequada
ver EMBALAGEMMARCA nº 59, julho/2004) e a “força de release” – isto é, uniformidade e
busca por rótulos que se destacam nas prate- precisão na força de destacamento do frontal
leiras. “O que fizemos foi acompanhar o em- auto-adesivo de seu protetor (liner) –, tudo é
penho dos convertedores e de seus clientes feito de modo a garantir a aplicação regular
para atender as expectativas do consumidor do silicone. Durante todo o processo de pro-
final, procurando estar em sintonia com esses dução das bases, desde a passagem do liner
esforços”, ele diz. siliconizado pelas estufas até a aplicação do

44 >>> EmbalagemMarca >>> março 2005


perfil

adesivo e à laminação das bobinas, uma bate-


ria de computadores é gerida on-line por um
avançado software.
RETAGUARDA – Braga
É na fase de aplicação do adesivo que a possui cortadoras
Braga obtém a flexibilidade de atendimento a capazes de processar até
que se refere seu gerente de marketing. “Al- 4 000 metros lineares

guns equipamentos de menor porte permitem


atender pedidos de quantidades menores, e só
depois de feitos os testes e aprovados os pro-
dutos pelos clientes é que se parte para a pro-
dução em escala”, ele descreve. Para atender até 4 000 metros lineares”, Fábio Braga des-
à demanda, a fábrica, que funciona ininter- taca. “Mais recentemente, foi montado um
ruptamente em três turnos de trabalho, dis- setor para cortes em folhas para exportação e
põe, entre seus equipamentos básicos, de qua- Braga para atender também pedidos do mercado lo-
tro laminadoras, sete cortadeiras de rolo e (19) 3897-9720 cal. Na retaguarda de todos esses equipamen-
duas de folha. “Numa delas é possível cortar www.braga.com.br tos, dois laboratórios: um para análise de
todos os materiais usados na produção e um
que funciona como base operacional, próxi-
mo ao equipamento, onde o operador faz os
primeiros testes de conformidade.
Para atender o mercado interno, mas so-
bretudo com vistas ao aumento das exporta-
ções, hoje direcionadas para Argentina, Chile,
Colômbia, Paraguai, Uruguai e Venezuela, foi
montado um setor para corte em folhas em to-
das as medidas. Com o mesmo objetivo está
sendo instalada uma plataforma pneumática
para carregamento de contêineres capaz de
colocar uma empilhadeira dentro desse equi-
PARQUE – Uma das quatro laminadoras da empresa pamento de transporte.

Um espaço de interação e de integração


A Braga acaba de instalar um bufê. “Disponibilizamos também o soas que trabalham em áreas di-
centro de treinamento e especia- pessoal de apoio e da área técni- ferentes, de realmente formar
lização em auto-adesivos, destina- ca para dar treinamento”, acres- uma equipe, e funciona melhor do
do a seus 130 funcionários e a centa. Nesse aspecto, o espaço que se fosse contratada uma em-
clientes. Esse espaço será dispo- funciona como uma ferramenta presa terceirizada”, diz Braga.
nibilizado para convertedores que de interação. Esse entrosamento, na opinião
queiram dar treinamento para Mas é também um instrumento do executivo, deverá contribuir
seus clientes. “Terão à disposi- de integração. Quando o auditório para a conscientização dos fun-
ção, sem custos, toda a estrutu- não está sendo usado, é liberado cionários em torno das metas da
ra”, diz o gerente de marketing para os funcionários no horário empresa quanto à melhora da
Fábio Braga. Ele se refere a um de refeições, para assistirem à qualidade, a ser traduzida, de
auditório para 120 pessoas, televisão ou utilizarem a internet forma concreta, na finalização
duas salas com capacidade para em seis terminais. Esse espaço do processo de implantação da
quinze em cada uma, quatro sa- será utilizado num programa de norma ISO 9000, agendada para
las menores, para apoio, e equi- inclusão digital à base de volunta- julho próximo. Nesse meio
pamentos de audiovisual, data- riado: pessoas familiarizadas com tempo, adianta Fábio Braga, a
show, computadores com ligação informática ensinarão aquelas empresa estará montando sua
para internet em banda larga, que querem aprender mas não quinta laminadora e, em 2006,
projetor multimídia, retroproje- dispõem de computadores. “É iniciará uma nova fase de imple-
tor, copiadoras e estrutura de uma forma de integrar as pes- mento tecnológico.

46 >>> EmbalagemMarca >>> março 2005


Brilho também no manga
Rótulo de PE metalizado surge como alternativa aos não-adeptos do BOPP
difusão dos rótulos

A do tipo roll label de


BOPP metalizado
no mercado nacional, em
curso nos últimos anos,
suscitou pontas de inveja
dos usuários dos ditos rótu-
los manga de polietileno
(PE). Afinal, o visual metá-
lico, e sua inquestionável
virtude de enobrecer a
apresentação de produtos,
veio ser divisor significati-
vo entre esses rótulos de
características parecidas.
Nem todos os adeptos das
mangas de PE sabem, con-
tudo, que não há motivo
para desânimo, pela falta
de bala para adquirir uma
rotuladora específica ao
trabalho com o BOPP. Por
meio de um esforço junto à
matriz americana, a ITW Canguru Rótulos frigerantes, através de contratos firmados
trouxe para o país tecnologia para a obten- pela ITW Canguru com engarrafadores de
ção de mangas com metalização. Aos pou- Coca-Cola no Chile e na Argentina – especi-
cos, tais rótulos estão ganhando importantes ficamente para vestir a Coca-Cola Light.
fatias de mercado. Hoje, Monteiro calcula uma produção local
De acordo com Armando Luís Monteiro, de 100 milhões de unidades do rótulo man-
gerente de vendas da ITW Canguru Rótulos, ga metalizado por ano, volume escoado
a viabilização de rótulos desse naipe era um entre a clientela local e outros países. “No
desejo antigo do mercado nacional. “Houve mercado nacional, acreditamos que o produ-
tentativas anteriores de implementar o pro- ITW Canguru Rótulos to tem potencial para conquistar usuários em
(11) 3044-2366
duto no mercado nacional, porém sem su- águas minerais, achocolatados e produtos de
almonteiro@itwcng.com.br
cesso”, ele recapitula. Um projeto iniciado limpeza doméstica”, pondera Monteiro.
em meados de 2000, com a anuência da O profissional da ITW Canguru explica
ITW americana, enfim possibilitou a intro- ainda que, diferentemente do roll label, no
dução do manga metalizado no Brasil em qual o filme de BOPP é comprado já metali-
FOTO: STUGIO AG – ANDRÉ GODOY

2003, inicialmente com produção discreta. zado, a ITW Canguru se vale dos serviços
de um terceiro para metalizar o filme de PE
Sem percalços anteriormente à conversão. “O produto se
No estágio inicial, o produto encontrou pon- comporta da mesma forma que o rótulo
to de escoamento no mercado de óleos co- standard, sem trazer alterações no processo
mestíveis envasados em garrafas de PET. de aplicação”, afirma o executivo da con-
Mais recentemente, entrou na seara dos re- vertedora.

48 >>> EmbalagemMarca >>> março 2005


Mudanças no mercado
de representações
O mercado de conversão anda agitado. Miguel Trocco-
li desligou-se da Gämmerler, onde atuava como diretor
comercial da divisão de conversão, para assumir o
mesmo cargo na PTC Graphic Systems. Troccoli, que
atua há cerca trinta anos nesse segmento, tem como
responsabilidade a representação exclusiva no Brasil
da norte-americana Mark Andy Comco (maior fabri-
cante mundial de impressoras convertedoras em linha
em banda média e estreita para os setores de etique-
tas, tags e embalagens rígidas e flexíveis), recente-
mente atribuída à PTC. “Introduções de novas tecnolo-
gias e reativações de produtos no mercado gráfico bra-
sileiro são para mim motivações e não um obstáculo”,
comenta Troccoli sobre os novos desafios.
Para o lugar de Troccoli, a Gämmerler anunciou Mar-
cos Augusto de Araújo, desde outubro de 2004 na em-
presa. Araújo será responsável pelos negócios das re-
presentadas OMET (impressoras multi-sistema de im-
pressão para filme, papel e cartão), PRATI (inspecio-
nadoras automáticas para rótulos e etiquetas) e Ma-
tan Digital Printers (impressoras digitais por termo-
transferência para rótulos e etiquetas).
Araújo está otimista. “Recentemente, vendemos as
primeiras máquinas de todas as empresas represen-
tadas, o que prova que estamos na direção correta,
estabelecendo um vínculo importante de confiabilida-
de com o mercado.”
Gämmerler
(11) 3846-6877 • www.gammerler.com.br
PTC
(11) 6194-2828 • info@ptcgs.com.br

Revista reformulada
A Associação Brasileira das Indústrias de Etiquetas
Adesivas – Abiea acertou uma parceria com a Blo-
co de Comunicação, empresa que edita EMBALA-
GEMMARCA, para reformular os projetos gráfico e
editorial de sua publicação. A revista continuará bi-
mestral, e passará a se chamar O Auto-Adesivo. A
intenção da Abiea é profissionalizar o seu veículo de
comunicação. Para anunciar:
(11) 5181-6533
marcos@embalagemmarca.com.br
CONGRAF

50
CONGRAF

51
Sorver não-alcoólicas ficou mais fácil
Boa notícia para fãs de canudo. uma espécie de braço plástico,
Munida de uma pesquisa em que aparece. Batizada de Lipup
57% dos entrevistados julgaram o System, a novidade pode ser im-
consumo de bebidas diretamente plementada a linhas de enchimen-
de latas “impróprio” e “desagradá- to já existentes, principalmente em
vel”, uma empresa suíça resolveu indústrias de bebidas não-alcoóli-
desenvolver um sistema que apli- cas, como refrigerantes, chás e
ca esse acessório dentro das sucos prontos. O tamanho do ca-
embalagens metálicas. Assim que nudo é próprio para latas de
o anel de abertura rompe a tampa 350ml. As embalagens podem ser
da latinha, o canudo, preso à pa- de alumínio ou aço.
rede interna da embalagem por www.lipup.com

Garrafa de água mineral com forma de escultura de gelo


Mantendo a tradição de utilizar mais de cem países, acondicionado a embalagem começou a ser de-
embalagens com desenhos inusita- em garrafas de vidro produzidas senvolvida em janeiro de 2003 pela
dos e marcantes em suas edições com a forma de uma “escultura de unidade francesa da Saint Gobain.
especiais, a Evian, uma das princi- gelo monolítica”, na definição da Na parte gráfica, a estratégia foi
pais chancelas de água mineral da Landor Associate, agência de de- adotar um conceito discreto, de for-
Europa, celebrou a chegada de sign britânica responsável pelo pro- ma que as atenções se voltassem
2005 com mais uma gar- jeto. Em outras palavras, a idéia foi para o shape do produto. Do ponto
rafa de vidro de forma- estabelecer, como ocorre com os de vista técnico, o desafio foi ainda
to incomum. Sob a famosos rótulos da empresa, uma maior que o da criação artística: se-
marca Origine, o associação visual com o principal gundo a Evian, uma nova linha de
novo produto está ícone da marca: os alpes congela- produção teve de ser inteiramente
sendo vendido em dos de onde a água Evian é retira- desenvolvida especificamente para
da. Feita de grossas paredes de vi- a fabricação da nova garrafa, que
dro com ângulos irregulares, atra- não tem o tradicional formato re-
vés das quais o dondo da grande maioria dos reci-
brilho da luz pientes de água mineral. Dotado de
incidente é uma tampa plástica vermelha que
acentuado, segue o formato triangular da
embalagem, o produto começou
a ser vendido na Europa em
novembro último.
www.saint-gobain.com
www.landor.com

52 >>> EmbalagemMarca >>> março 2005


Bat-plus ganha prêmio no México
A nova lata Bat-plus desen- derias, a lata é revestida com
volvida pela Brasilata para o vernizes especiais e sua solda
detergente em pó de marca foi substituída por agrafagem
própria da bandeira varejista com material termoplástico.
Extra (Grupo Pão de Açúcar) Promovido pela Associação
foi considerada a melhor solu- Latino Americana de Embala-
ção na categoria “Ends, Caps gens Metálicas, o Latincan,
and Closures” no congresso em sua 12ª edição, reuniu 200
internacional Latincan’2005, participantes, entre indústrias
realizado em Puerto Vallarta, de latas e fabricantes de equi-
México, de 2 a 4 de fevereiro pamentos para o setor.
de 2005. Para resistir aos am- (11) 3611-8122
bientes agressivos das lavan- www.brasilata.com.br

Pós em Embalagem na FAAP


A FAAP – Fundação Armando Alva- cosméticos, entre outros. “O lança-
res Penteado, de São Paulo, prepa- mento dos dois cursos é importante
rou dois novos cursos para a área de para o mercado, pois existem poucos
pós-graduação: Tecnologia da Emba- profissionais qualificados e não há
lagem e Tecnologia de Tratamentos especialização na área”, afirma a
de Superfície. Vinculados à Faculda- professora Cristiane Cortez, coorde-
de de Engenharia da FAAP, eles nadora de ambos os cursos. As ins-
possuem entre seus temas materiais crições já estão abertas e vão até o
de embalagem, design, custos e dia 12 de abril. Maiores informações
adequação dos processos e embala- podem ser obtidas em: (11) 3662-
gens para alimentos, fármacos e 7451 ou pelo site www.faap.br

Rexam mais forte no Centro-Oeste


Maior produtora mundial de
latas para bebidas, a multina-
cional britânica Rexam, dona
de 64% do mercado brasilei-
ro, anunciou que irá investir
50 milhões de dólares na
construção de sua sexta fábri-
ca de latas brasileira. A nova
planta será erguida em Cuia-
bá (MT) e terá capacidade
produtiva anual entre 700 mi-
lhões e 1 bilhão de latas. De
acordo com André Balbi, pre-
sidente da Rexam Beverage
Can South America, a unida-
de entrará em operação em
meados de 2006 e atenderá a
demanda da região Centro-
Oeste, em alta.
www.rexamcan.com.br
Visibilidade total Práticos e modernos
A Rigesa desenvolveu uma emba- O Grupo Bertin, grande investidor em ras-
lagem exclusiva em plástico trans- treabilidade e controle sanitário do gado,
parente para o lançamento do novo resolveu apostar também no visual dos
gel dental com própolis da Protta produtos. A Linha Porcionados, dirigida ao
Farmacêutica. O novo produto é público single, grupo de consumidores que
cresce a cada dia, chega em tiras, steaks,
apresentado em cartucho de PVC.
medalhões e bifes de 600 gramas.
“A Rigesa desenvolveu esta peça
O novo layout da embalagem foi criado
especialmente para a nossa em-
pela agência Giacometti e ganha for-
presa. Com impressão sofisticada ma em caixa microondulada com capa
e transparência, a embalagem au- branca plastificada, da Cartonagem
menta o poder competitivo do gel Jauense.
dental nas gôndolas e, por isso,
buscamos a parceria com uma em-
presa preocupada com nosso pro-
Outra imagem para o som
duto”, explica Claudia Serra, dire- Ligada em reedições e relançamen- cado as coletâneas Sound + Vision,
tora comercial da Protta. tos, a Universal Music coloca no mer- com dois CDs e um DVD de 27 artis-
Os principais diferenciais da emba- tas nacionais e internacionais. A
lagem são a transparência e o preocupação com luxo e beleza fica
processo de corte-e-vinco de por conta do Digipak, combinação
alta precisão. Por ser produzi- de plástico e papelcartão de alta
do com um substrato plástico qualidade produzida no Brasil pela
semi-rígido transparente, o pro- Rigesa. A embalagem premium tem
duto tem maior visibilidade e des-
quatro painéis impressos com quatro
taque no ponto-de-venda, além de
cores mais verniz UV fosco.
possibilitar a utilização de grafis-
mos de alto impacto. A tecnologia
de vincagem utilizada reduz o efei- Cara nova para os medicamentos Libbs
to “memória” – pelo qual o substra- São modernas, delicadas e de acordo
to tende a voltar ao seu formato com as regras da Anvisa as novas
original, antes do vinco –, garantin- embalagens da linha ginecológica da
do a sustentação, melhor transpor- Libbs, fornecidas pela Mácron Indústria
te e acondicionamento. O design Gráfica. Os contraceptivos e medica-
da embalagem foi criado pela mentos ganharam cartucho com cores
agência Age, e a bisnaga é produ- suaves, marca d'água e informações
zida pela Cebal. exigidas pelos órgãos de saúde, como
via de administração e principío ativo. O
porta-blister e o calendário também têm
novo design, assinado pela Grafite.

Sabonete Francis ganha linha Suave


Mais cor e vida nos sabonetes Fran- Dixie Toga têm também fonte espe-
cis. Os produtos Light foram substi- cial elaborada para o nome Suave.
tuídos pela linha Suave, já nas per-
fumarias e supermercados de todo o
país. As novas versões, divididas em
quatro elementos (cereais, iogurte,
chás e óleos), ganharam embala-
gens com tons mais vibrantes e sofis-
ticados. Criados pela agência a10
Design, os cartuchos fornecidos pela

54 >>> EmbalagemMarca >>> março 2005


Lançamentos em vidro e PVC
A Chlorophylla iniciou o ano apre- pela Deda Decorações, no sistema
sentando ao mercado uma nova li- ACL (Applied Ceramic Label), tam-
nha de deocolônias, a Fotosynthese, bém conhecido como silk-screen
em quatro fragrâncias (folhas ver- fundente. As tampas dos frascos
des, frutas vermelhas, gotas de or- são da Herplast, e os cartuchos, im-
valho e mix de frutas), acondiciona- pressos pela Serzegraf. Simultanea-
das em frascos de vidro fornecidos mente, a empresa lançou os sabo-
pela Vidraria Anchieta. A im- netes líquidos Georgia e Georgia In-
pressão dos frascos foi feita tense, em frascos de PVC, fabrica-
dos pela Embaclass, com
impressão da Cotacel e
tampas da Ralter. O de-
sign das embalagens foi
desenvolvido pela própria
Chlorophylla.

Foto garante realismo a açúcar


O açúcar Estrela, fabricado pelo gru-
po pernambucano Tavares de Melo,
ganhou nova identidade visual, ela-
borada pela FutureBrand. Segundo
os designers da agência, o produto
foi renovado para dar à marca um
visual mais moderno, seguindo ten-
dências do mercado e exigências das
donas de casa. Cores tradicionais do
produto, como o azul e o vermelho,
são enfatizadas em novos grafismos.
A ilustração que mostrava um bolo e
uma xícara de café foi substituída por
uma foto, mais realista. De polietileno
coextrudado, as embalagens são
feitas pela Tecnoval e pela Plaszom.

Quero quer mais


A Quero Alimentos está ampliando
seu portfólio com o lançamento do
Quero extrato, produto premium que
irá complementar sua linha de ato-
matados, e dos temperos completos
com pimenta e bacon. As latas de
aço de 140g, 350g e 860g do ex-
trato de tomate são fornecidas pela
CBL – Cia. Brasileira de Latas, pela
Bertin e pela Metalúrgica Mococa.
As embalagens plásticas dos tempe-
ros são feitas pela Poly-Vac. O lay-
out é da Mecenas Design.
Guia amigo
A SPP-Nemo, unidade de distri- Balanço de 2004: feliz ano velho
buição da Suzano Papel e Celulo- De acordo com o Departamento de 204,43 milhões de dólares, e as im-
se, acaba de lançar um guia com
Estudos Econômicos da Abigraf portações sofreram queda de
procedimentos para reduzir o im-
pacto ambiental da atividade grá-
(Associação Brasileira da Indústria 6,79%, somando 103,7 milhões de
fica. Intitulado “O papel da indús- Gráfica), o mercado gráfico brasilei- dólares. Se os estudos preliminares
tria gráfica na preservação do ro cresceu 10% em 2004, movimen- se confirmarem, o saldo da balança
meio ambiente”, o trabalho traz tando mais de 5 bilhões de dólares. comercial do setor gráfico em 2004
dicas e recomendações relativas A estimativa foi obtida através de será de 100,7 milhões de dólares, o
a controle de resíduos, recicla-
análises do consumo aparente de que representaria um crescimento
gem e reuso de material. “O ob-
jetivo é levar informações que diferentes insumos processados de 38,7% em relação ao superávit
ajudarão a obter o melhor de- pela indústria gráfica, especialmen- de 2003. Os principais produtos na
sempenho na atividade, sem des- te papéis e tintas de uso setorial. pauta de exportações foram artigos
cuidar do ambiente”, diz Marco Outro sinal positivo veio do nível de de papelaria (principalmente cader-
Antônio de Oliveira, gerente-geral
emprego no setor, que subiu 4,14% nos) e embalagens, enquanto nas
de distribuição da SPP-Nemo.
entre janeiro e outubro de 2004, importações a liderança ficou a car-
Plano de investimentos com a contratação de 8105 traba- go de produtos editoriais. No Mer-
A International Paper do Brasil lhadores, resultado três pontos per- cosul, as exportações de produtos
planeja elevar sua capacidade centuais acima do registrado no gráficos brasileiros também evoluí-
produtiva em cerca de 7%. A em- mesmo período de 2003. Por sua ram. A previsão é que somente com
presa anunciou investimento de
vez, a balança comercial de produ- esse bloco econômico a balança
130 milhões de dólares para este
ano. O dinheiro, praticamente o tos gráficos registrou comemorado comercial gráfica brasileira tenha
dobro do disponibilizado em superávit. As exportações cresce- registrado superávit de 17 milhões
2004, inclui projetos ambientais e ram 2,65% em 2004, totalizando de dólares em 2004.
o custo dos estudos de viabilidade
de uma nova fábrica.
Livros
Leste mais colorido
Fornecedora de tintas para im-
Um ataque aos picaretas
pressão com atuação na indústria Ante a proliferação de manuais de vida que saem os melhores artistas,
de embalagem, a Sun Chemical encorajamento destinados aos mais como aponta o escritor Marcelino
está investindo no leste europeu. diferentes desafios, são raros os li- Freire na orelha do livro, o designer
Após concluir uma fábrica polo-
vros que debatem busca denunciar cri-
nesa, na capital Varsóvia, a em-
presa anunciou a construção de aspectos ligados ao adores gaiatos que
uma unidade em Moscou. A idéia universo do suces- atuam na área gráfica
é oferecer ao mercado russo no- so profissional sem desprovidos de “co-
vas tecnologias de tintas para se enquadrar nas nhecimento autênti-
impressão de embalagens em ro-
prateleiras de auto- co”. Porém, em vez
togravura e flexografia.
ajuda. Na área grá- de repisadas argu-
Balanço fica, esse parece mentações teóricas,
A Klabin teve lucro líquido de ser o caso de “Mor- Piqueira ataca a fri-
455,5 milhões de reais em 2004. te aos Papagaios”, volidade de tendên-
Embora tenha respondido por do designer Gusta- cias e movimentos
22% do patrimônio líquido da
vo Piqueira (Ateliê mercadológicos des-
empresa, o lucro líquido de 2004
é menos que a metade do obtido Editorial, 169 pági- cartáveis, porém alar-
no ano anterior: 1 bilhão de nas, 40 reais). deados por seus
reais. A empresa ressalva, no en- Interessado no mentores como con-
tanto, ter feito uma importante mundo da criação ceituais e respeitá-
reestruturação em 2003. O endi-
visual, o escritor, também sócio da veis. São esses, aliás, os “papa-
vidamento líquido no final de
agência Rex Design, procura explo- gaios” que estão no alvo da metra-
2004 foi de 498 milhões de reais,
com queda de 3% sobre os 513 rar as diferenças entre trabalhos lhadora verbal do designer e
milhões de reais do ano anterior. gráficos de qualidade e outros sem escritor, que nasceu em 1972, e é
grande valor. Ao mostrar que é da formado pela FAU-USP.

56 >>> EmbalagemMarca >>> março 2005


Primeira da América Latina
A Burti, uma das maiores gráficas do 400, produzida pela Heidelberg, foi
país, finalizou a instalação e come- lançada no Brasil em setembro último
çou a operar uma nova alceadeira- durante open house promovido em
grampeadeira para produção indus- São Paulo. Primeiro instalado na
trial de revistas. A Stitchmaster ST América Latina, o equipamento pro-
porciona, segundo o fabricante, ajus-
tes independentes com a máquina
em movimento, e é classificado como
“ideal em situações que exigem mu-
dança freqüente de formatos”. A
Stitchmaster ST 400 atinge a veloci-
dade de até 14 000 revistas por hora.
www.br.heidelberg.com
(11) 5525-4500
www.burti.com.br
(11) 5502-1900

Brasil na rota de expansão global


A fabricante de equipamentos gráfi- que são responsáveis por vendas
cos RR Donnelley Moore, uma das anuais de 100 milhões de dólares.
maiores do mundo, com faturamen- “O ano passado foi de crescimento
to anual de 8 bilhões de dólares, e mudanças”, fala Marcos da Cunha
quer consolidar sua estratégia de Ribeiro, presidente da companhia
expansão global. Para isso, a em- no Brasil. “Esperamos que em 2005
presa, fruto de fusão ocorrida no a marca RR Donnelley Moore se
ano passado entre as americanas consolide ainda mais.” Embora atue
RR Donnelley e Moore Wallace, no segmento promocional, a unida-
considera o Brasil um dos seus de brasileira tem maior penetração
principais mercados fora do eixo na área editorial, onde, aliás, acaba
Europa/Estados Unidos. Presente de imprimir o Atlas National Geogra-
no país com cinco unidades produti- phic, que é distribuído em diversos
vas e mais de 400 representantes países.
comerciais, o grupo atende atual- www.moore.com.br
mente 50 000 clientes brasileiros, (11) 2148-3500

Nova planta de sleeves flexográficos


Fabricante de sleeves para impres- que representa redução de custos,
são flexográfica com fabrica em Pi- tempo de set up das máquinas e er-
nhais (PR), a Rotec inaugurou uma ros na montagem dos clichês. Quin-
nova unidade de produção na Ale- ta do grupo no mundo, a planta ale-
manha. Ela será responsável pelo mã recebeu investimentos de apro-
fornecimento dos chamados slee- ximados 2 milhões de euros. A cida-
ves in the round, que são produzi- de escolhida, Ahaus, no norte do
dos com fotopolímero. Segundo a país, já integra um dos pólos de
empresa, o material permite a im- produção da empresa. Atualmente,
pressão de imagens em módulo a Rotec afirma deter mais de 50%
contínuo (sem emendas). Ademais, do mercado mundial de sleeves.
esse tipo de sleeve dispensa o uso www.rotec-sleeves.com
de fitas adesivas dupla face, fator (41) 668 2443
Almanaque
Fidelidade apesar Aquela menina foi longe
de todos os fracassos A margarina Claybom foi lançada
Quem não se lembra da alguns dizem que o nome
pela Anderson Clayton em 1950
ACME, a fictícia fabrican- seria sigla para A Com- em latas redondas. No final daque-
te das inúmeras engenho- pany Manufacturing Eve- la década, foi a primeira margarina
cas utilizadas pelo Coiote, rything (“Uma Empresa do Brasil em tabletes – acondicio-
sempre em vão, para cap- Fabricando Tudo”, em nados em película de alumínio. A
turar o Papaléguas no an- português). Outros defen- Claybom ganhou um adicional na
tigo desenho da TV? Reza dem que a inspiração foi a década de 70, quando já era vendi-
a lenda que Chuck Jones, ACME do magazine da em potes de PVC de 250g, ain-
o pai do cartum, tirou esse Sears, Roebuck & Co., da redondos, impressos em flexo:
nome de antigos livros di- que fazia sucesso no início foi a criação da Menininha Nhac,
dáticos americanos, que do século passado como que acabou virando um ícone da
marca. Ela aparecia em todos os
usavam-no para designar marca guarda-chuva de
anúncios da margarina Claybom
empresas fictícias em seus produtos como pés-de-ca-
Cremoso, na TV e em revistas. Em
exemplos. Nesse caso, bra e bigornas. 1986, a Unilever Bestfoods (na
época Gessy Lever) comprou a An-
derson Clayton e o produto passou
a fazer parte do portfólio da com-
panhia. As embalagens e a perso-
nagem foram criadas pela então
DIL Design, hoje DIL Brands. A
margarina foi relançada em 2004
com o nome Arisco Claybom no Rio
de Janeiro e no Nordeste. A meni-
nha cresceu e hoje está mais pre-
sente nas embalagens, reestilizada
– como se vê na imagem ao lado,
no canto inferior.

Botou o ovo, não cantou, a idéia se espalhou


O cientista alemão Otto Von o químico francês Louis Pasteur durante sua marcha à Rússia. No
Guericke (1602 – 1686) e o in- (1822 – 1895): para conservar entanto, Appert não registrou a COMPILADO DE ARTIGO DA REVISTA SIG.BIZ/COMBIBLOC, DA SIG COMBIBLOC, EDIÇÃO 03/04

ventor francês Denis Papin (1647 mais e melhor os alimentos, li- patente de seu modelo. America-
– 1712) foram os primeiros a vrando-os de bactérias, ele pas- nos e ingleses copiaram-no para
apostar em bombas para sugar o sou a aquecê-los antes de seu também utilizá-lo em seus exérci-
ar de recipientes, criando assim acondicionamento, numa técnica tos – só que aplicado a latas em
vácuo e impedindo o desenvolvi- que, em sua homenagem, passou vez dos potes de vidro.
mento de microorganismos em a ser chamada de pasteuriza-
seu interior. Baseado nesses estu- ção. Appert obteve, assim, o
dos, o cientista francês Nicolas primeiro vidro de conserva
Appert (1752 – 1841) inventou, asséptico para alimentos. Ele
em 1804, um método de aquecer renderia ao cientista um prê-
alimentos dentro de jarras herme- mio de 12 000 francos do go-
ticamente fechadas – situação verno francês, pois evitou
que, no lado do aquecimento, se que as rações do exército
assemelha ao que mais tarde faria napoleônico estragassem

58 >>> EmbalagemMarca >>> março 2005

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