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Além dos limites dos eventos
inda no primeiro tos e outros, fora do país, A reportagem de capa desta
8 32
Entrevista: Tecnologia Reportagem
Luiz Seabra Lançada na Europa caixinha Flávio Palhares
longa vida capaz de ir ao flavio@embalagemmarca.com.br
O presidente fundador da
forno de microondas Guilherme Kamio
Natura fala da loja da
guma@embalagemmarca.com.br
empresa em Paris,
Leandro Haberli Silva
trampolim para a Europa
leandro@embalagemmarca.com.br
Ricardo Santhiago
14 Reciclagem redacao@embalagemmarca.com.br
Metalúrgica Nematec
anuncia novo coletor de Diretor de Arte
34
Carlos Gustavo Curado
resíduos sólidos Metálicas arte@embalagemmarca.com.br
Barris auto-refrigerantes para
16
Reportagem de capa cerveja começam a ganhar espaço Assistente de Arte
no auto-serviço nacional José Hiroshi Taniguti
Codificação
Frente ao cresci- Administração
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mento da utilização Pesquisa Marcos Palhares (Diretor de Marketing)
de consumíveis Estudo revela o que o trade Eunice Fruet (Diretora Financeira)
espera das embalagens
alternativos pela Departamento Comercial
clientela, dis-
38
comercial@embalagemmarca.com.br
tribuidoras Refeições Rápidas
Karin Trojan
reforçam comuni- Lançamentos da Sadia trazem ino-
Wagner Ferreira
cação dos riscos que vações de embalagem no mercado
de alimentos de conveniência Circulação e Assinaturas
essa prática traz ao
bom funcionamento das Marcella de Freitas Monteiro
42
codificadoras industriais Exportações assinaturas@embalagemmarca.com.br
Assinatura anual: R$ 90,00
22
Abertura de oportunidades no
Perfil de usuário exterior demanda embalagens Público-Alvo
Sakura faz sucesso ao engenhosas de papelão ondulado EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que
aliar alimentos orientais a ocupam cargos técnicos, de direção, gerência
44
embalagens com perso- Perfil e supervisão em empresas fornecedoras, con-
nalidade Perto de completar 25 anos, Braga vertedoras e usuárias de embalagens para ali-
comemora evolução do mercado mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,
26
nacional de auto-adesivos materiais de limpeza e home service, bem
Eventos como prestadores de serviços relacionados
Fiepag 2005 bate com a cadeia de embalagem.
recordes, apesar da
expectativa em torno de Filiada ao
novas feiras gráficas
A capa desta edição foi impressa em Papelcartão Art Premium Novo 250g/m2,
da Ripasa, termolaminada com filme Prolam® aplicado pela Lamimax.
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3 Editorial harmonia com o meio ambiente.
A essência da edição do mês, nas palavras do editor Impressão: Congraf Tel.: (11) 5563-3466
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FOTO DE CAPA: STUDIO AG – ANDRÉ GODOY
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Lançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens www.embalagemmarca.com.br
56 Painel Gráfico
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Novidades do setor, da criação ao acabamento de embalagens tida a reprodução de matérias editoriais publi-
cadas nesta revista sem autorização da Bloco
58 Almanaque de Comunicação Ltda. Opiniões expressas em
matérias assinadas não refletem necessaria-
Fatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens mente a opinião da revista.
entrevista >>> Luiz Seabra
A experiência brasileira
entra na cova dos leões
m seus 35 anos de existência, a Natura, maior dade de sua população. Nesta entrevista, Luiz Seabra abor-
ta conceitual lá, via consultoras. Estaremos vivendo com o reotipada, de carnaval, futebol e tragédia social que o país
varejo, mas num espaço que vai nos permitir desenvolver vive. Tecnologia é absolutamente uma surpresa, como foi
aquele aspecto da venda para nós fundamental – o cultivo de para a imprensa francesa, ao constatar quanto, em termos de
relações humanas. Não é pura e simplesmente atender al- cosmética, temos uma linguagem peculiar e uma qualidade
guém que chega e escolhe um produto na prateleira. Vamos que nos diferencia. Não temos pretensões de ultrapassar a
ter atendentes habilitadas a falar da Natura, de sua visão de tecnologia lá encontrada, mas de nos igualar, sim. Então,
mundo, e que tenham a condição de estarem abertas para o voltando ao cerne da pergunta, não foi isso que retardou a
diálogo, de sentirem a necessidade decisão. Ela foi tomada no momen-
de cada visitante, de demonstrarem “Tecnologia é absolutamen- to que julgamos acertado.
que os produtos ali expostos podem
atender aos seus anseios. Mas, antes te uma surpresa, como foi Mas quanto à questão da, chame-
de mais nada, vamos estar lá desen- mos assim, contaminação de ima-
volvendo o que consideramos duas gem, da confusão que um estrangei-
das nossas paixões fundamentais.
para a imprensa francesa, ro pode fazer entre seu imaginário
Uma é a paixão pela cosmética e em relação ao Brasil e a realidade
nossa visão de mundo em torno dela ao constatar quanto, em das marcas de produtos brasileiros?
e do quanto pode ser um instrumen- Essa questão continua sendo um
to para o bem estar das nossas clien- termos de cosmética, temos problema. O governo e os empresá-
tes. A outra, derivada da primeira, é rios brasileiros têm ante si um desa-
a paixão pelas relações. São essas uma linguagem peculiar e fio de comunicação. É preciso con-
relações que visualizam a relação seguir evidenciar outras realidades,
do indivíduo consigo próprio e o do potencial de mercado do Brasil e
que daí deriva: a relação com o
uma qualidade que nos da força de certas instituições, como
mundo que o cerca, com as pessoas a força que temos em termos empre-
que fazem a sua vida. diferencia. Não temos sariais. Não significa que se deva
eclipsar as outras realidades, pois o
Essas atendentes estão sendo trei- pretensões de ultrapassar carnaval e as nossas tragédias so-
nadas em Paris? ciais continuam exportando ima-
Além de contratados nossos que há a tecnologia lá encontrada, gens para o mundo todo. O nó da
dois anos estão no projeto de im- comunicação tem contribuído para
plantação da lojinha lá, neste mo-
mento estamos em processo de con-
mas de nos igualar, sim” conter o desafio da internacionaliza-
ção deste país. Temos de passar pelo
tratação de pessoas. Tem um número surpreendente de bra- choque civilizatório do processo de internacionalização.
sileiras e brasileiros instalados em Paris que demonstraram
interesse em trabalhar conosco. Não posso dizer que serão Como a Natura fará isso? Como vai operar na França?
só brasileiras. Mas já há um bom número daquelas lá esta- É uma experiência para a qual vimos nos preparando há
belecidas por diversas razões que há tempos estão sendo muitos anos. O nosso maior potencial de internacionalização
treinadas para bem representar a Natura. se concretizou na América Latina, através da venda direta.
Agora, tanto na Europa quanto no chamado Primeiro Mun-
Vamos retomar a primeira questão. Sem citarmos aspectos do como um todo, não há facilitador para venda direta. Es-
da violência, da má distribuição de renda e de outras maze- pecificamente a Europa não se notabiliza como um bom ter-
las do país, a imagem do Brasil no exterior está muito asso- reno para a venda direta. Então, nós achamos que temos ma-
ciada a temas como praia, futebol, carnaval, sexo e sol. Isso turidade empresarial, e especificamente com a linha Ekos,
teria retardado a decisão da Natura de dar o passo que ago- para atuar de outra maneira. Nisso somos beneficiados pela
ra está dando? Foi discutido se a imagem do país não inter- questão da riqueza da biodiversidade brasileira, um aspecto
feriria negativamente na decisão de abrir a loja em Paris? que tem sido muito valorizado lá fora. O fato é que todos os
De fato, o que até aqui tem sido mais freqüente no exterior, testes de avaliação que fizemos com consumidores, tanto em
relativamente ao Brasil, é uma imagem estereotipada. Na Paris quanto em Londres, foram absolutamente entusias-
França, pela simpatia que os franceses têm pelo Brasil, pelo mantes. Eles nos demonstraram que há uma oportunidade e
grande número deles que visitam o país, pelo fato de o fute- que evidentemente estaremos vivendo a experiência da ven-
bol de certa forma ser também uma paixão dos franceses, há da num ambiente, vamos dizer assim, seletivo, um ambien-
uma aproximação. Ainda assim prevalece uma visão este- te distante da experiência da venda direta. Mas, com a con-
a tecnologia para fazer um cosmético ou um perfume pre- por trazer da natureza e de contatos com comunidades uma
mium estão ao alcance de indústria em qualquer país. Aca- linguagem assemelhada à especificidade da linha Ekos. O
bou então o diferencial das marcas? total do produto no seu todo transcende, pois ele tem alma,
A tendência crescente no mundo, não apenas em relação à ele traz identidades da Natura, da empresa. Ele tem aspectos
cosmética, mas especificamente em relação a ela, é de que o que contemplam o consumidor, a consumidora, de uma for-
avanço tecnológico realmente estreita distâncias em relação ma que transcende a especificidade física. É a mágica da
ao que se oferece do ponto de vista físico. Esse avanço apro- marca. Tem também essa questão da especificidade da Ama-
xima em qualidade, em especifici- zônia e toda a sua riqueza de biodi-
dade, uns produtos de outros. Aque- “Embalagem é versidade.
les com condição de investir em
pesquisa e desenvolvimento estarão fundamentalmente Qual a importância das embala-
oferecendo coisas assemelhadas. gens no projeto de Paris e também
Mas o que é esse assemelhado? É na própria trajetória da Natura?
produto sem alma, sem aquilo que
expressão de estilo, É a importância que damos na em-
conforma sua alma e sua imagem. presa para aquilo que é expresssão
Para a Natura, esse tem sido o desa- o que dá a identidade de si mesma. Embalagem é funda-
fio ao longo dos anos. mentalmente expressão de estilo,
da empresa. As soluções que dá a identidade da empresa. O
O desenvolvimento de pesquisa em desafio que nos acompanha desde
cosmética é muito avançado em propostas devem ter a sempre, e nos últimos anos ainda
universidades do país. A Natura in- mais, é que todos aqueles muitos
centiva e tira proveito das conquis- agentes que pensam em embala-
tas alcançadas nessa área?
condição de instaurar na gem por nós tenham não apenas
A estratégia da empresa inclui uma formação, informação, capacidade
rede de parcerias com as principais intimidade de cada do ponto de vista estético e técnico
universidades e com institutos, para desenvolver embalagens. Es-
centros de pesquisas e empresas no cliente a expressão da peramos que tenham intimidade
Brasil, na Europa e nos Estados com aquilo que consideramos a
Unidos. Mantém um network com alma e de tudo que é a alma da empresa, como essa alma
essas organizações, assimilando se expressa – que é através do esti-
conhecimentos da comunidade
científica e transformando-os em
linguagem da Natura” lo – e como sua identidade se anun-
cia. É da soma dessas vivências
conceitos e produtos. A empresa tem parcerias com as prin- que se produz na mente do mercado o que vem a ser a ima-
cipais universidades brasileiras e com instituições interna- gem de alguém ou de uma empresa. Assim, as soluções
cionais. Com o Instituto Derm, instituto de pesquisa em propostas devem ter a condição de instaurar na intimidade
ciência da pele na França, a Natura desenvolveu a tecnolo- de cada cliente a expressão da alma e de tudo que é a lin-
gia do Elastinol, que está na fórmula dos produtos anti-si- guagem da Natura.
nais da linha Natura Chronos. Implementamos sete proje-
tos com as principais universidades de São Paulo (USP, Em que proporção a Natura se abastece com embalagens
UNESP). Junto à USP, licenciamos a patente de pariparo- produzidas no país e com embalagens importadas?
ba. Há dois anos lançamos o Natura Campus, um progra- Devido à sua complexidade técnica, alguns frascos, como os
ma que estimula a formação de competência em ciência e das linhas Perfume do Brasil e Revelar, são produzidos na
tecnologia aplicada a cosméticos e fitoterápicos. O progra- França pelas empresas Saint-Gobain e Pochet. As válvulas
ma se dá por meio de parcerias entre a empresa e funda- são em grande parte importadas. As partes plásticas injeta-
ções de amparo à pesquisa, laboratórios de universidades e das ou sopradas são produzidas no Brasil. Os cartuchos,
institutos de pesquisa. também são 100% nacionais. E toda a linha que vai ser ven-
dida em Paris será exportada em embalagens brasileiras.
Esse esforço resultou em produtos muito específicos, com o
que no Brasil se chama de “marca da Natura”. Isso é per- O senhor diria que a indústria de embalagem do Brasil está
cebido como diferencial, na entrada da Natura na França? atingindo nível internacional em termos de qualidade?
Sim, é um diferencial ligado à especificidade, mesmo que Na minha percepção, sim. Em termos tecnológicos depende-
amanhã algum grupo francês venha a se notabilizar também mos de processos produtivos ainda não disponíveis no
Um coletor compacto
Metalúrgica entra no mercado de plástico com caixa para resíduos sólidos
preocupação com o ambiente e com a
Quatro tampas
Projetado para ambientes internos, o Recicla Fácil
4x1 é uma caixa compacta. Em um único recipien-
te com capacidade de 80 litros, há quatro tampas
identificadas pelas cores padrão da coleta seletiva:
vermelho (plástico), azul (papel), verde (vidro) e
amarelo (metal), nas quais podem ser utilizados sa-
cos plásticos de 15 ou 20 litros.
Suportes articulados nas laterais facilitam a re-
tirada dos resíduos, enquanto aros coloridos identi-
ficam o tipo de material a ser depositado em cada
boca, mesmo com o recipiente destampado. Alças
laterais ajudam no transporte do coletor. O produto
está disponível nas versões branco, cinza ou chum-
bo e possui as dimensões de 55cm de comprimen-
FOTO: DIVULGAÇÃO
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da companhia no país se concentram
nessa seara.
Principal executivo da Markem
no país, Paulo Afonso Páscoa Ribei- CLONAGEM – Consumíveis da Videojet, distribuídos pela Comprint, sofrem pirataria no país
FOTO: DIVULGAÇÃO
ainda sofre pirataria de seus ribbons.
148mm. O equipamento, segun-
“Indivíduos oferecem ribbons genéri-
do a Imaje, é ideal para ambi-
cos aos clientes dizendo serem origi-
entes industriais agressivos
nais, porém sem marca, para evitar o
STUDIO AG/ANDRÉ GODOY
pagamento dos royalties. Nosso de-
partamento jurídico já foi acionado
para evitar essa situação”, revela Ri-
beiro. A contrafação, no entanto, não
atinge apenas os ribbons. “Existem
empresas que fabricam garrafas plás-
ticas similares às nossas originais,
justamente para facilitar o convenci-
mento do consumidor”, afirma Jar-
dim, da Comprint.
Mas o que acontece quando as
empresas do setor detectam que o
cliente caiu na malha do consumível
alternativo? “Nossa equipe de pós-
venda faz uma análise para saber o
porquê da opção, orienta o cliente téc-
nica e fiscalmente e apresenta a ele
uma política de vendas que traga be-
nefícios graduais”, detalha Ribeiro.
“Oferecemos as melhores condições
comerciais em nossos planos de ma-
nutenção periódica, essenciais para a
obtenção da máxima performance do COTEJO – Lado a lado, ribbon original da Markem e ribbon alternativo (à direita).
equipamento, só a quem utiliza con- Entre outras diferenças, o genérico tem rolo de papelão, que absorve umidade do
ambiente e pode comprometer performance da codificadora por transferência térmica
sumíveis originais”, informa Georg
Peter Isleib, diretor da Imaje. “Isso
porque os pacotes de serviços com- Comprint Imaje Markem Sunnyvale
preensivos incluem peças de desgas- (11) 3371-3371 (11) 3305-9455 0800 13 2020 (11) 3048-0147
www.comprint.com.br www.imaje.com www.markem.com www.sunnyvale.com.br
te, e a vida útil dos componentes em
contato com a tinta só pode ser pre-
vista com o uso de tinta original.”
“Procuramos sempre estabelecer Ink jet sem tinta líquida
um ponto de equilíbrio, que permita
A Markem já está distribuindo cipientes plásticos de polietileno
ao cliente utilizar somente mão-de-
no mercado nacional seu mais de alta densidade (PEAD). Uma
obra, peças e fluidos originais, man-
recente lançamento internacio- avançada tecnologia presente
tendo uma relação entre custo e bene-
nal. É a linha de codificadoras em seu cabeçote impressor ga-
ficio satisfatória para ambas as em-
ink jet TouchDry, baseada em rante um índice de tempo entre
presas”, diz Miranda, da Sunnyvale. tintas sólidas, fornecidas na for- falhas superior a 10 000 horas.
Por sua vez, a Comprint procura pro- ma de bastões similares aos
var que a economia com os genéricos dos sistemas hot melt. “Por
é falsa por meio de visitas técnicas, não utilizar tintas e solven-
nas quais testes são feitos na frente do tes, ela garante uma opera-
cliente para lhe mostrar, na prática, o ção ecologicamente corre-
risco corrido com os consumíveis de ta”, diz Paulo Afonso Páscoa
terceiros. “Isso dá confiança ao clien- Ribeiro, gerente comercial
te e deixa claro que nosso discurso a da Markem do Brasil. De
favor do suprimento original não é só acordo com ele, a novidade,
discurso”, diz Jardim. “É fundamen- para marcações em peque-
tal ter uma relação franca e aberta nos caracteres, é ideal para
FOTO: DIVULGAÇÃO
FOTOS: DIVULGAÇÃO
dessa que é a primeira indústria brasileira de
shoyu – o tradicional molho oriental à base de
soja. Sem menosprezar a popularização do
hábito de comer peixe cru, atestada pela
curiosa estatística de que na cidade de São CARRO-CHEFE – Família por consumidores finais e donos de restau-
Paulo já existiriam mais restaurantes japone- de molhos à base de rantes japoneses como solução ideal para
soja hoje conta com
ses do que churrascarias, o crescimento da treze apresentações servir shoyu à mesa, a molheira também se
Sakura está ligado a uma bem-sucedida diferentes. Abaixo, uma tornou exemplo de embalagem refil, já que
estratégia de diversificação de portfólio. das primeiras molheiras muitos a reenchem comprando o shoyu em
Sakura, criada na déca-
Criada há 65 anos por Suekichi Nakaya, da de 70 pela Wheaton
recipientes maiores, normalmente garrafas
imigrante que começou fornecendo molho de PET de 1 litro e 1,5 litro.
soja para vizinhos também recém-chegados Tal consagração em boa parte se deve a
do Japão, a empresa é hoje uma das maiores uma engenhosidade simples e eficaz presente
usuárias de embalagem do mercado brasileiro na tampa do produto. Hoje explorado por ou-
de alimentos. Com três fábricas no Estado de tros fabricantes de shoyu, esse sistema de
São Paulo e uma em Goiás, conta com mais fechamento baseia-se em dois pequenos orifí-
de setenta itens em linha. “Seria difícil estar cios que, aplicados em oposição um ao outro,
em todos os Estados brasileiros sendo mono permitem controlar o fluxo de vazão do
produto”, diz o gerente de desenvolvimento shoyu. Para isso, basta inclinar a garrafinha e
de novos negócios, Roberto Ohara, em refe- tampar com o dedo indicador uma das duas
rência ao pioneiro molho de soja Sakura. aberturas. “ Essa idéia foi inspirada num fras-
Aliás, esse produto tem em uma de suas co similar que já existia no mercado japonês”,
mais antigas embalagens um símbolo não só fala Ohara, sem dar mais detalhes.
da marca Sakura, mas de toda a categoria de
shoyus. Trata-se da conhecida molheira de Segmentação brasileiríssima
vidro, que foi criada na década de 70 pela O fato é que, mesmo se empenhando para
vidraria Wheaton, e hoje aparece nas mesas consolidar-se na categoria de molhos à base
sobre um porta-frasco plástico com formato de soja, a Sakura sempre acalentou a meta de
de flor de cerejeira (ver quadro). Consagrada atuar com variadas famílias de produtos.
Além do pioneiro shoyu, até hoje a vedete da
divisão de molhos líquidos, responsável por
45% do faturamento, a empresa processa
missô (massa cozida à base de soja usada para
preparar típico caldo japonês) e uma ampla
linha de conservas, que inclui aspargos,
cogumelo shitake e palmito. E numa tática a
princípio destoante da tradição japonesa, a
DIVERSIFICAÇÃO – Sakura tem disputado a liderança de catego-
Fundada há 65 anos, rias brasileiríssimas, como a de molhos de
Sakura conta hoje
com mais de setenta pimenta e de alho. Outros itens incluem ainda
itens em linha coberturas doces.
Serviço:
Fiepag – Feira Internacional de Papel
e Indústria Gráfica
Data: 20 a 24 de março
Local: Pavilhão de Exposições do
Anhembi, São Paulo, SP
FOTO: DIVULGAÇÃO
Brasil pelos refrescos Kapo, da Coca-Cola.
O objetivo da Tetra Pak é fazer o TWA
mw 200 S, nome comercial dado ao modelo,
competir com os stand-up pouches, que têm
PANELA – Caixinha para microondas atende molhos salgados e doces (abaixo)
se aproveitado do boom da área de molhos e
caldas. Prova disso é que, num recente comu- ser previamente aberta. Igualmente às carto-
nicado oficial, a multinacional sueca de nadas assépticas comuns, a novidade dispen-
embalagens divulgou resultados de uma pes- sa refrigeração ou emprego de conservantes
quisa, conduzida por uma consultoria inde- para garantir a integridade do produto por
pendente, a qual instiga uma comparação da meses. “É uma embalagem ready-to-use, cuja
nova caixinha com os stand-up pouches. O le- capacidade de ir ao microondas representa
vantamento teria indicado a nova TWA como um forte valor para nossos consumidores, es-
a embalagem mais robusta e ergonômica para pecialmente confeitarias e restaurantes”, opi-
molhos. Mais: os consumidores ouvidos no na Christophe Devaux, gerente de pesquisa e
estudo afirmaram que a caixinha é mais fácil desenvolvimento da produtora francesa de
de manusear e para dispensar o produto acon- chocolates gourmet Valrhona, que acaba de
dicionado, bem como mais segura que os lançar no mercado europeu uma linha de mo-
stand-up pouches. lhos finos para sobremesas acondicionada na
Para ser levada ao forno de microondas, TWA mw 200 S. Segundo a Tetra Pak, a nova
Tetra Pak
onde fica de um a dois minutos, dependendo (11) 5501-3200 caixinha também pode ser utilizada para o
do produto em seu interior, a caixinha deve www.tetrapak.com.br acondicionamento de sopas e caldos.
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ril de cerveja auto-refrigerante do mundo. De-
senvolvido e lançado na Alemanha pela Cool-
System Bev. GmbH, ganha representação aqui
pela Vip Beverages.
Segundo a empresa alemã, a mais sedutora
das vantagens é o fato de que a cerveja chega
ao cliente como saiu da cervejaria, com quali-
dade e segurança. O copo recebe o chope gela- AUTO-SUFICIÊNCIA –
do diretamente do barril. Uma boa solução Disponíveis em vários
para o consumidor doméstico – existem reci- tamanhos, os barris, desde 2003, onde produz o barril com exclusi-
retornáveis, gelam o
pientes compactos de 5 e 8 litros, por exemplo vidade. No ano passado, foram feitos mais de
conteúdo em até
– e melhor ainda para o profissional. A Vip 90 minutos 70 000. A capacidade máxima chega a 110 000.
Beverages tem, inclusive, um centro de treina- A técnica empregada, de refrigeração por
mento para o usuário. adsorção de água, não é nova. Utiliza uma pro-
Para estabelecimentos pequenos, que ven- priedade física conhecida há quinze anos, mas
dem menos de 40 litros de chope por dia, os só há pouco incorporada a um recipiente. Nos
custos de um sistema de refrigeração são pou- barris, uma válvula aciona o vaporizador de
co convenientes. Os Coolkegs, também em
versões de 10, 12,5, e 20 litros, dispensam gas-
tos com manutenção, manipulação e energia A ciência do barril
elétrica. Portanto, são mais econômicos. A refrigeração da cerveja
ACIONAMENTO
Como são retornáveis, os vasilhames po- DA VÁLVULA dentro do barril se dá pela
dem ser preenchidos e rotulados novamente. O adsorção, isto é, a fixação
processo, completamente físico, elimina riscos das moléculas de uma subs-
de contaminações químicas e explosões. As ZEOLITA tância sobre a superfície de
substâncias são ecológicas e atóxicas. outra. O agente é a zeolita,
A Cool-System Bev detém a patente do VAPORIZADOR silicato cuja superfície per-
produto e das máquinas que o fabricam e reci- DE ÁGUA mite evaporação no vácuo
clam. Fundada em 1999, tem indústria própria
ÇÃO
LGA
DIVU
OS:
FOT
FOTOS: DIVULGAÇÃO
A dade. Essas são as três principais
características que, segundo Fábio
Braga, gerente de marketing da
Braga Produtos Adesivos, levaram a empresa
da condição de pequena produtora de etique-
tas brancas e personalizadas, destinadas basi-
camente ao setor supermercadista, a situar-se,
em menos de 25 anos de fundação, entre os
três principais fabricantes de papéis e filmes
auto-adesivos do país, área em que começou
a atuar em 1986. Hoje tem um leque de mais
de setenta produtos distribuídos entre papéis,
filmes e cartões. “A Braga é uma empresa lo-
cal que entende a realidade e as necessidades
do mercado nacional, e isso lhe dá a flexibili-
dade que explica seu crescimento”, analisa o
executivo.
Sediada, em Hortolândia, a 100 quilôme-
tros de São Paulo, próximo às principais vias Por entender que “a adição de valor aos
de ligação com o país inteiro, a Braga sempre produtos é um conceito que deve ir além da
cresceu – e de modo mais acentuado nos últi- afirmação verbal do conceito, e por acreditar
mos cinco anos. De acordo com números no potencial do mercado de auto-adesivos, a
brandidos por seu diretor, de 1999 a 2004, Braga investe permanentemente em tecnolo-
mesmo com o desempenho sofrível do con- gia”, afirma seu gerente de marketing. Ao
junto da economia, a empresa registrou au- mesmo tempo, procura manter a estabilidade
mento de faturamento acima dos 30% em mé- de suprimento de matérias-primas, dentro do
dia, índice superior à média do segmento. que chama de fornecimento continuado. “Não
temos por hábito substituir matérias-primas
Rigor estimula negócios sem que tenhamos total aprovação do merca-
Fábio Braga entende que o crescimento da do e sem que haja garantia de fornecimento”,
empresa, fundada e até hoje dirigida por seu diz Braga. “Isso é fundamental para que nos-
pai, Laércio Braga, não se deve só aos méri- sos produtos tenham absoluta regularidade,
tos da direção, mas “acima de tudo à cons- um atributo indispensável ao bom desempe-
cientização do consumidor e a seu nível de nho nas linhas dos convertedores.”
exigência, que foi muito intensificado com a Outro aporte essencial para alcançar aque-
entrada em vigor do Código de Defesa do le objetivo está nos equipamentos. Para pro-
Consumidor e do Plano Real” (a propósito, porcionar às bases a ser impressas a adequada
ver EMBALAGEMMARCA nº 59, julho/2004) e a “força de release” – isto é, uniformidade e
busca por rótulos que se destacam nas prate- precisão na força de destacamento do frontal
leiras. “O que fizemos foi acompanhar o em- auto-adesivo de seu protetor (liner) –, tudo é
penho dos convertedores e de seus clientes feito de modo a garantir a aplicação regular
para atender as expectativas do consumidor do silicone. Durante todo o processo de pro-
final, procurando estar em sintonia com esses dução das bases, desde a passagem do liner
esforços”, ele diz. siliconizado pelas estufas até a aplicação do
2003, inicialmente com produção discreta. zado, a ITW Canguru se vale dos serviços
de um terceiro para metalizar o filme de PE
Sem percalços anteriormente à conversão. “O produto se
No estágio inicial, o produto encontrou pon- comporta da mesma forma que o rótulo
to de escoamento no mercado de óleos co- standard, sem trazer alterações no processo
mestíveis envasados em garrafas de PET. de aplicação”, afirma o executivo da con-
Mais recentemente, entrou na seara dos re- vertedora.
Revista reformulada
A Associação Brasileira das Indústrias de Etiquetas
Adesivas – Abiea acertou uma parceria com a Blo-
co de Comunicação, empresa que edita EMBALA-
GEMMARCA, para reformular os projetos gráfico e
editorial de sua publicação. A revista continuará bi-
mestral, e passará a se chamar O Auto-Adesivo. A
intenção da Abiea é profissionalizar o seu veículo de
comunicação. Para anunciar:
(11) 5181-6533
marcos@embalagemmarca.com.br
CONGRAF
50
CONGRAF
51
Sorver não-alcoólicas ficou mais fácil
Boa notícia para fãs de canudo. uma espécie de braço plástico,
Munida de uma pesquisa em que aparece. Batizada de Lipup
57% dos entrevistados julgaram o System, a novidade pode ser im-
consumo de bebidas diretamente plementada a linhas de enchimen-
de latas “impróprio” e “desagradá- to já existentes, principalmente em
vel”, uma empresa suíça resolveu indústrias de bebidas não-alcoóli-
desenvolver um sistema que apli- cas, como refrigerantes, chás e
ca esse acessório dentro das sucos prontos. O tamanho do ca-
embalagens metálicas. Assim que nudo é próprio para latas de
o anel de abertura rompe a tampa 350ml. As embalagens podem ser
da latinha, o canudo, preso à pa- de alumínio ou aço.
rede interna da embalagem por www.lipup.com
ventor francês Denis Papin (1647 mais e melhor os alimentos, li- patente de seu modelo. America-
– 1712) foram os primeiros a vrando-os de bactérias, ele pas- nos e ingleses copiaram-no para
apostar em bombas para sugar o sou a aquecê-los antes de seu também utilizá-lo em seus exérci-
ar de recipientes, criando assim acondicionamento, numa técnica tos – só que aplicado a latas em
vácuo e impedindo o desenvolvi- que, em sua homenagem, passou vez dos potes de vidro.
mento de microorganismos em a ser chamada de pasteuriza-
seu interior. Baseado nesses estu- ção. Appert obteve, assim, o
dos, o cientista francês Nicolas primeiro vidro de conserva
Appert (1752 – 1841) inventou, asséptico para alimentos. Ele
em 1804, um método de aquecer renderia ao cientista um prê-
alimentos dentro de jarras herme- mio de 12 000 francos do go-
ticamente fechadas – situação verno francês, pois evitou
que, no lado do aquecimento, se que as rações do exército
assemelha ao que mais tarde faria napoleônico estragassem