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FEVEREIRO – 2010
AREIA - PB
ii
FEVEREIRO – 2010
AREIA – PB
Ficha Catalográfica Elaborada na Seção de Processos Técnicos da
Biblioteca Setorial do CCA, UFPB, campus II, Areia – PB.
Bibliotecária: Elisabete Sirino da Silva CRB-4/905
b) 56f.: il.
BANCA EXAMINADORA
FEVEREIRO – 2010
AREIA – PB
OFEREÇO
A minha mãe
Maria Eunides Leite Gomes
A meu avô
Francisco Vital Leite – Padrinho Chiquim (in memorian)
AGRADEÇO
DEDICO
vi
AGRADECIMENTOS
SUMÁRIO
LISTAS DE TABELAS...................................................................................... ix
LISTAS DE FIGURAS....................................................................................... xi
RESUMO........................................................................................................... xii
ABSTRACT....................................................................................................... xiv
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................... 1
2. REVISÃO DE LITERATURA.................................................................... 3
2.1 A batata-doce............................................................................................ 3
2.2 Variedades................................................................................................ 5
2.3 Densidade de plantio............................................................................... 8
2.4 Nutrição e adubação da batata-doce...................................................... 9
2.5 Fósforo....................................................................................................... 11
2.6 Análise de mercado.................................................................................. 14
2.7 Análise econômica.................................................................................... 15
3. MATERIAL E MÉTODOS......................................................................... 16
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................ 22
5. CONCLUSÕES......................................................................................... 44
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................... 45
APÊNDICES.............................................................................................. 51
ix
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FIGURAS
RESUMO:
Conduziu-se um experimento no período de junho a outubro de 2008, na
Estação Experimental da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da
Paraíba - EMEPA-PB, no município de Alagoinha – PB, com o objetivo de
avaliar a produção e a qualidade de duas variedades de batata-doce, sob
diferentes densidades de plantio e quantidades de fósforo. O delineamento
experimental foi em blocos casualizados, com 3 repetições, disposto no
esquema fatorial: 2x3x4, sendo 2 variedades de batata-doce (1 - variedade
Granfina e 2 - variedade Ciciliana), 3 densidades de plantio (1 – 1,00m x
0,25m; 2 – 1,00m x 0,35m e 3 – 1,00m x 0,45m) e 4 quantidades de fósforo (1-
testemunha; 2 – 60 kg de P2O5 ha-1; 3 – 120 kg de P2O5 ha-1 e 4 – 180 kg de
P2O5 ha-1). O estudo foi realizado com a finalidade de avaliar as variáveis:
produção de fitomassa fresca e seca da parte aérea, produção total e comercial
de raízes e conteúdo de açúcares não redutores e amido em raízes de batata-
doce após armazenamento. As variedades Granfina e Ciciliana apresentaram
produções de fitomassa fresca e seca, independente de densidades de plantio
e adubação fosfatada; As variedades Granfina e Ciciliana atingiram maiores
produção técnica total e comercial de raízes tuberosas, com as aplicações de
117,50, 188,13 Kg de P2O5 ha-1 e 209,50 e 295 Kg de P2O5 ha-1,
respectivamente; os melhores desempenhos produtivos para produção total de
raízes tuberosas ocorreram nas densidades de plantio 1,00m x 0,25m e 1,00m
x 0,35m, para a variedade Granfina, enquanto, para a variedade Ciciliana nas
densidades de plantio 1,00m x 0,25m e 1,00m x 0,45m; os maiores
rendimentos produtivos para produção de raízes comerciais ocorreram nas
densidades de plantio 1,00m x 0,35m e 1,00m x 0,25m, para as variedades
Granfina e Ciciliana, respectivamente; os maiores conteúdos de açúcares não
redutores foram obtidos ao nível de fósforo de 60 Kg de P2O5 ha-1, para as
duas variedades de batata-doce logo após a colheita; enquanto que os maiores
conteúdos de amido foram obtidos aos níveis de 120 Kg de P2O5 ha-1 e de 0 Kg
de P2O5 ha-1, para as variedades Granfina e Ciciliana, no armazenamento aos
15 dias, respectivamente.
Abstract:
An experiment has been conducted from june to october 2008, at EMEPA – PB,
in Alagoinha city – PB, aiming to evaluate the production and quality of two
sweet potato varieties, under different planting densities and phosphorus
amounts. The experimental design was in randomized blocks, with three
repetitions, in factorial scheme: 2x3x4, being two sweet potato varieties ( 1 -
variety Granfina and 2 – variety Ciciliana ), 3 planting densities ( 1 – 1,00m x
0,25m; 2 – 1,00m x 0,35m and 3 – 1,00m x 0,45m ) and 4 phosphorus
-1 -1
amounts ( 1 – control; 2 – 60 Kg of P2O5 ha ; 3 – 120 Kg of P2O5 ha and 4
– 180 Kg of P2O5 ha-1 ). The study was carried out aiming to evaluate the
variables: dry and fresh phytomass production of the air part, total and
commercial production of roots and non-reducing sugar content and starch in
sweet potato roots after storage. The varieties Granfina and Ciciliana present
fresh and dry phytomass production, independent of planting densities and
phosphate fertilization. The varieties Granfina and Ciciliana have reached
highest total and commercial production of tuber roots, with the application of
117,50, 183,13 Kg P2O5 ha-1 ; 209,50 and 295 kg of P2O5 ha-1 ,respectively; the
best productive performance to total production of tuber roots have occurred in
planting densities of 1,00m x 0,25m and 1,00m x 0,35m, to Granfina variety,
while to Ciciliana variety the planting densities 1,00m x 0,25m and 1,00m x
0,45m; the highest productive yields to commercial tuber roots production have
occurred in planting densities 1,00m x 0,35m and 1,00m x 0,25m, to Granfina
and Ciciliana varieties, respectively; the highest non-reducing sugar content
were achieved to phosphorus levels of 60 Kg P2O5 ha-1 , for two varieties; while
the highest starch contents were achieved to levels 120 Kg P2O5 ha -1 and 0 Kg
P2O5 ha-1 , to Granfina and Ciciliana varieties, in the storage in 15 days,
respectively.
1. INTRODUÇÃO
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 A batata-doce
Miranda et al. (1995) é também uma das hortaliças com maior capacidade de
produzir energia por unidade de área e tempo (Kcal/ha/dia).
É uma cultura extensivamente cultivada em pequenas parcelas em
muitas partes de Moçambique e serve como cultura clássica de segurança
alimentar (MINDE; JUMBE, 1997). É ideal para preencher as lacunas de
disponibilização de nutrientes de outras fontes porque, uma vez madura, a
batata doce pode ser colhida gradualmente quando for precisa durante um
período de vários meses. Em Moçambique, as mulheres controlam a produção
e venda da batata-doce e, em algumas áreas, proporcionam uma fonte
oportuna de rendimento que as mulheres utilizam para aquisição de sal,
açúcar, medicamentos e outras necessidades básicas do agregado familiar
(BIAS et al., 1999). Tal fato também constatado na agricultura familiar, em
específico no Nordeste do Brasil, onde os agricultores utilizam uma miscelânea
de variedades, de ciclo produtivos diferentes e preferências alimentares,
cultivadas em pequenos minifúndios, visando a segurança alimentar da família
e as peculiaridades dos mercados locais.
Desenvolve-se melhor em locais ou épocas em que a temperatura média
é superior a 24°C. Quando a temperatura é inferior a 10°C, o crescimento da
planta é severamente retardado. O solo deve ser preferencialmente de textura
arenosa ou areno argilosa, bem drenado, sem presença de alumínio tóxico,
com pH variando entre 4,5 e 7,7, porém os valores ótimos estão na faixa de 5,6
a 6,5. e com média a alta fertilidade natural. A necessidade hídrica da cultura
situa-se em torno de 500 a 750 mm de lâmina de água durante o ciclo
produtivo, sendo suficiente para o pleno crescimento e desenvolvimento das
plantas (SOARES et al., 2002; EMBRAPA, 2006).
A composição química das raízes da batata-doce revela que esta
hortaliça é rica em carboidratos (amido principalmente), com teores de 13,4 a
29,2%, açúcares redutores de 4,8 a 7,8%, fornecendo em cada 100 gramas,
110 a 125 calorias. Contém ainda boa quantidade de vitamina A, além de
vitaminas do complexo B (tiamina, riboflavina e ácido nicotínico) e água (59,1 a
77,7%). Apresenta baixos teores de proteínas (2,0 a 2,9%) e de gorduras (0,3 a
0,8%). Como fonte de minerais, a batata-doce fornece, em cada 100 g, os
seguintes teores: cálcio (30 mg), fósforo (49 mg), potássio (273 mg), magnésio
(24 mg), enxofre (26 mg) e sódio (13 mg) (SOARES et al., 2002).
5
2.2 Variedades
1
) no sistema com duas ramas por cova, espaçamento de 0,30m entre plantas
e densidade de 83.330 plantas ha-1.
Para Folquer (1978) e Oliveira et al. (2006), analisando o número de
ramas por cova, o emprego de duas ramas proporcionou produtividade de
raízes superior ao emprego de uma rama.
Segundo Heredia et al. (2003), o aumento populacional na cultura do
inhame, acima da densidade ideal, proporciona redução nos fatores de
produção e aumenta a competição por luz, acarretando redução no
crescimento e no rendimento das culturas.
Du Plooy (1985) constatou que o aumento da densidade de plantio
(número de ramas por hectare), em geral também resulta em uma redução no
tamanho das raízes. Ao passo que, Azevedo et al. (2000) atribuem o efeito da
densidade de plantio a cultivar utilizada e, assim, o espaçamento entre plantas
pode ser ajustado para obter um rendimento máximo de raízes de alta
qualidade, de acordo com a finalidade pretendida. O melhor método de plantio
deve ser aquele que ofereça alta produtividade com alta qualidade comercial
de raízes.
2.5 Fósforo
3. MATERIAL E MÉTODOS
enxada, com base de 0,80m e altura de 0,30m. Nas parcelas, foram realizadas
a adubação de fundação com P2O5 (fonte: superfosfato triplo – aplicação única
de acordo com as quantidades dos tratamentos – 0, 60, 120 e 180 Kg de P2O5
ha-1), na presença de N e K (fonte: sulfato de amônio e cloreto de potássio - 60
kg N ha-1 e 60 kg K2O ha-1, respectivamente, parcelado, sendo, 1/3 na
fundação e 2/3 em cobertura, 35 dias após o plantio).
Aos 134 dias após plantio realizou-se a colheita das raízes, ao passo
que se cortou todas as plantas a 2cm do colo dentro da área útil em seguida
foram pesadas, sendo os resultados expressos em toneladas por hectare.
As raízes das plantas foram colhidas aos 134 dias após o plantio, dentro
da área útil analisada, e foram pesadas e classificadas, onde, foram coletadas
três raízes comerciáveis de cada parcela dos tratamentos, encaminhadas para
o Laboratório de Biologia e Tecnologia Pós-Colheita do Centro de Ciências
Agrárias da Universidade Federal da Paraíba. As raízes foram selecionadas
quanto às infecções fúngicas, danos físicos e fisiológicos; em seguida
armazenadas sob temperatura, luminosidade e umidade ambiente, para análise
20
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
19
18
-1
Produção total de raízes, t ha
17
15 y = 13 + 0,0301x - 0,00008x2
R2 = 0,9927
14
granfina
13 ciciliana
Polinômio (ciciliana)
Polinômio ( granfina)
12
0 60 120 180
-1
Quantidade de fósforo, Kg P205 ha
18 Variedade Granfina
Variedade Ciciliana
Aa
Produção total de raízes, t ha-1
Aa
Aa
16
Aa
14 Ba
Bb
12
10
1 2 3
Densidade de plantio, Plantas ha-1
-1 16
15
Produção de raízes comerciais, t ha
12 granfina
ciciliana
Polinômio (granfina)
Polinômio (ciciliana)
11
0 60 120 180
Quantidade de fósforo, Kg P2O5 ha-1
15 Variedade Granfina
Aa Variedade Ciciliana
Aa
Produção raízes comercial, t ha-1
14 Aa
13 Ab
12 Ab
Bb
11
10
1 2 3
Densidade de plantio, Plantas ha-1
Tabela 11. Volume total (t) e valor dos principais grupos de produtos
comercializadas nas Centrais de Abastecimento da Paraíba, no
exercício 2008.
GRUPO Volume (t) % R$ %
Frutas 158.719,8 53,67 117.942.904 39,30
Hortaliças: 127.552,1 43,13 145.636.363 48,60
Raiz e tubérculo 76.395,3 25,83 85.129.663 28,40
Fruto 44.241,2 14,96 50.445.941 16,80
Folha, flor e haste 6.915,6 2,34 10.060.759 3,40
Outros 9.423,9 3,20 36.082.086 12,10
TOTAL 295.725,8 100,00 299.600.353 100,00
Fonte: EMPASA – DICON – SIMA (2008), adaptado pelo autor.
37
Tabela 13. Série histórica do volume (t) comercializado por município de origem da
batata-doce na Central de Abastecimento de João Pessoa – PB (CEASA -
EMPASA), período: 2004 – 2008.
Município 2004 2005 2006 2007 2008 TOTAL %
Alhandra 50,22 77,05 91,29 82,72 122,28 423,56 4,16
Conde 20,14 166,14 94,49 78,71 104,60 564,08 5,54
C. E. Santo 145,61 115,64 64,16 246,30 373,43 1.045,14 10,26
Mamanguape 62,23 37,06 18,54 10,51 7,38 135,72 1,32
P. de Fogo 100,34 150,23 108,19 72,00 114,97 545,73 5,36
Pilar 179,04 152,32 139,99 12,10 1,20 484,65 4,76
Lagoa Seca 614,83 467,41 613,61 897,54 1.226,01 3.819,45 37,49
Sapé 835,01 720,80 800,39 37,54 313,17 2.706,91 26,57
Total parcial 2.107,42 1.771,01 2.030,66 1.437,42 2.263,09 9.609,60 94,14
Outros 126,90 242,64 37,18 68,10 104,46 579,28 5,86
TOTAL 2.234,32 2.013,65 2.067,84 1.505,52 2.367,55 10.188,88 100,00
Fonte: EMPASA – DICON – SIMA (2008), adaptado pelo autor.
Nova – 27,03 e Lagoa Seca – 24,95%, que juntos totalizam uma oferta de
88,55%.
5. CONCLUSÕES
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BIAS, A.L.F; TILLMANN, M.A.A; VILLELA, F.A; ZIMMER, G.J. Métodos para
avaliação da qualidade fisiológica de sementes de feijão vigna. Scientia
Agricola, Piracicaba, v.56, n.3, p.603-612, 1999.
LEONEL, M., OLIVEIRA, M.A., FILHO, J.D., Espécies tuberosas tropicais como
matérias-primas amiláceas. Revista Raízes e Amidos Tropicais, Botucatu, v.1,
p. 49-68, Outubro, 2005.
SAN MARTIN, P.; FORNAZIERI JUNIOR, A.; KASSAAB, A. L.; BARRERA, P.;
ANSELMI, R.; BASTOS, E.; PELEGRINI, B.; MATOS, M. P.; SCHMIDT, A. P.;
50
APÊNDICE
52
*
CARACTERÍSTICAS P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10
1 - COMP. DE RAMAS PRINCIPAIS
Ereta (< 75 cm)
Semi-ereta (75-150 cm)
Rasteira (151-250 cm)
Extrenamente rasteira (>250 cm)
2 - COMP. DO ENTRENÓ
Muito curto (< 3 cm)
Curto (3-5 cm)
Intermediário (6-9 cm)
Longo (10-12 cm)
Muito longo (> 12 cm)
3 - DIÂMETRO DO ENTRENÓ
Muito fino (< 4 mm)
Fino (4-6 mm)
Intermediário (7-9 mm)
Grosso ( 10-12 mm)
Muito grosso (> 12 mm)
Cordata
Triangular
Hastada
Lobada
Quase dividida
9 - N° DE LÓBULOS DA FOLHA
Um
Três
Cinco
Sete
Muitos
Verde--amarelada
Verde com extremidade roxa
Verde -acinzentado
Verde com nervuras roxas na superfície abaixal
Fracamente roxa
Predominante roxa
Verde na parte abaixal, roxa na ponta adaxial
Roxas em ambas superfície
15 - COMP. DO PECÍOLO
Muito curto (< 10 cm)
Curto (12-20 cm)
Intermediário (21-30 cm)
Longo (31-40 cm)
Muito longo (> 40 cm)
16 - PIGMENTAÇÃO DO PECÍOLO
Verde
Verde com roxo próximo à rama
Verde com roxo próximo à folha
Verde com roxo nas duas extremidades
Verde com manchas roxas
Verde com faixas roxas
Roxo com verde próximo à folha
Alguns pecíolos verdes, outros roxos
Predominante ou totalmente roxo
Veias
Constrições horizontais rasas
Constrições horizontais profundas
Fendas longitudinais profundas
Constrições profundas e fendas profundas
Outras (especificar)