ÍNDICE do LIVRO
Introdução 3
Acelerar o fluxo
e a drenagem
dos doentes
Elaboração
e implementação
de normas
de orientação clínica
Sala de emergência
Comunicações
no serviço de urgência
Transporte inter
hospitalar - doentes
críticos
Plano hospitalar
de emergência externa
Formação
Indicadores para
o serviço de urgência
Listagem
de funcionalidades
do sistema informático
clínico
Atendimento ao utente
e à família
Monitorização de
queixas e reclamações
Inquérito de satisfação
aos utentes
Campanhas
de informação
à população
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
I-INTRODUÇÃO
2-C
Composição do Grupo de Trabalho
O Grupo de Trabalho, que sofreu alterações ao longo do tempo, integrou os seguintes
elementos:
a) Dr. Jorge Varanda. Adjunto do Encarregado de Missão, Unidade de Missão dos
Hospitais SA - Coordenador do Grupo de Trabalho.
b) Dra. Ana Bicó. Administradora Hospitalar. Unidade de Missão dos Hospitais
SA.
c) Dr. António Marques. Médico - Anestesiologia. Director do Departamento de
Anestesiologia, Cuidados Intensivos e Emergência. Hospital Geral de Santo
António, Porto.
d) Dr. Jorge Teixeira. Médico - Medicina Interna. Director do Serviço de
Emergência. Hospital de S. Sebastião, S.ta M.ª da Feira.
e) Dr. José Maria Pinto Correia. Médico - Cirurgia Geral. Director do Serviço de
Urgência. Hospital de Nossa S.ra da Oliveira, Guimarães.
f) Dr. Luís Campos. Médico - Medicina Interna. Director do Serviço de Urgência.
Hospital de S. Francisco Xavier, Lisboa.
g) Dr.ª Paula Viana. Médica - Medicina Interna. Ex-Directora do Serviço de
Urgência do Hospital de Teotónio, Viseu.
h) Dr. Pedro Quaresma. Médico - Cirurgia Geral. Ex-Director do Serviço de
Urgência. Hospital Barlavento Algarvio, Portimão.
i) O Grupo contou ainda com a colaboração do Dr. Guilherme Vitorino da Unidade
de Missão e do Dr Humberto Machado, Médico - Anestesiologista. Director do
Serviço de Urgência, Hospital Geral de Santo António, Porto.
4 O Serviço de Urgências
II-FASES DE TRABALHO
1-O
O desenvolvimento da missão do GTU passou até à data pelas seguintes fases:
a) Inventariação e priorização de áreas de melhoria.
b) Apresentação em Junho de 2004 de relatório com a identificação dos proble-
mas prioritários e das medidas a operacionalizar para a sua correcção ou
solução.
c) Preparação das acções de operacionalização das medidas identificadas.
3-LLista de problemas
Grupo A - Pré-Hospitalar
A1 - Incapacidade de reorientação de doentes pouco urgentes / não urgentes do
SU para o Centro de Saúde
A2 - Debilidade e heterogeneidade regional da capacidade da emergência pré-
hospitalar
A3 - Falta de operacionalização do helicóptero ambulância no transporte
primário e secundário
A4 - Escassez de campanhas de informação à população para uma correcta uti-
lização da urgência
Grupo B - Articulação
B1 - Falta de hierarquização clara dos Serviços de Urgência. Rede Nacional de
Urgências não aplicada. Rede de trauma mal definida. Falta de definição dos
requisitos para cada nível de urgência
B2 - Ausência de certificação das urgências
B3 - Dificuldades nas potenciais sinergias entre as urgências hospitalares
B4 - Transporte inter-hospitalar deficiente do doente em estado grave
Tema Impacte saúde doente Área problemática Potencial melhoria Eficiência Total
A - PRÉ-HOSPITALAR
A1 22 29 16 24 91
A2 15 19 15 16 65
A3 23 21 12 14 70
A4 23 26 27 25 101
B - ARTICULAÇÃO
B1 19 20 16 25 80
B2 24 23 21 26 94
B3 17 19 16 25 77
B4 28 28 23 26 105
C - PROBLEMAS INTERNOS À URGÊNCIA
C1 19 21 24 20 84
C2 29 27 27 27 110
C3 29 26 25 22 102
C4 20 16 19 26 81
C5 25 27 25 25 102
C6 19 21 22 16 78
C7 27 27 26 23 103
C8 20 27 26 28 101
C9 23 23 22 26 94
C10 20 29 27 19 95
C11 23 28 23 28 102
D - DRENAGEM DE DOENTES DO SERVIÇO DE URGÊNCIA
D1 20 29 23 28 100
E - QUESTÕES TRANVERSAIS
E1 19 22 26 23 90
E2 30 28 25 29 112
E3 26 27 24 25 102
6 O Serviço de Urgências
C10 - Estruturas arquitectónicas mal adaptadas às necessidades dos doentes
(salas de espera, problemas dos deficientes)
C11 - Quase inexistência de equipes médicas fixas nas urgências
4-R
Recomendações
Dessa discussão resultaram as seguintes recomendações do GTU:
a) Investimento na formação dos profissionais
· Aceleração da realização de cursos de Suporte Avançado de Vida, enquadrados
em programas organizativos do Serviço de Urgência que visem a melhoria da
resposta à emergência médica. Em concreto:
o A concretização de cursos de SAV, com base no estudo prévio da viabili-
dade económica da realização de dois cursos anuais por hospital com
serviço de urgência. O custo anual desta iniciativa poderá atingir 300 000
euros;
o A concretização de formação CAT (Curso Avançado de Trauma) / ATLS
(Advanced Trauma Life Support). Formação para médicos de salas de
8 O Serviço de Urgências
· Instalação de um rádio CODU em todos os hospitais;
· Instalação de sistemas pneumáticos de transporte de amostras clínicas para
envio de produtos para análises laboratoriais e/ou documentação.
g) Gestão integrada dos Recursos Humanos
· A criação de um núcleo de médicos com preparação em SAV/SAT - Suporte
Avançado de Vida e Trauma;
· Articulação entre as especialidades dos diversos hospitais, de forma a evitar
repetições desnecessárias e a gerir melhor recursos médicos diferenciados
escassos;
· A alteração da norma legal que limita a possibilidade de deslocar profissionais
entre Hospitais;
· A hierarquização e a coordenação de áreas funcionais/de atendimento no
Serviço de Urgência;
· A criação de incentivos que traduzam o reconhecimento do carácter penoso do
trabalho no Serviço de Urgência.
h) Implementação de Protocolos
· Adopção de uma política de normalização de protocolos de actuação, bem
como o seu levantamento/listagem, adopção e difusão. Definição dos critérios
para priorizar problemas de saúde a protocolar e normas para a normalização
da estrutura e organização dos protocolos.
i) Campanhas de Informação à População para uma Correcta Utilização da Urgência
· Que no site de cada hospital haja um espaço dedicado à Urgência;
· A criação de um folheto informativo para a boa utilização do Serviço de
Urgência;
· A criação de um 'call center' (nacional ou regional);
· A criação de uma função profissionalizada de relações públicas do Serviço de
Urgência;
· A definição de uma política de relacionamento com os meios de comunicação
social.
j) Informatização clínica, integrada com a informatização administrativa e financeira
· A dotação dos SU com um sistema informático, baseado no conjunto de fun-
cionalidades constantes da actual publicação, que possibilite a informatização
clínica.
k) Organização da drenagem de doentes do Serviço de Urgência
· Encaminhamento atempado de doentes para o internamento, outras unidades
ou exterior. Implementação de políticas de articulação com os serviços assis-
tenciais e de gestão de camas no Hospital.
l) Definição de normas de gestão do doente no Serviço de Urgência
· Definição de circuitos de encaminhamento e gestão de doentes dentro do
Serviço de Urgência, baseados na prioridade clínica relativa e nos tipos de
patologias mais frequentes e/ou graves.
III-APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO
1-Identificação dos problemas prioritários e das medidas para a sua correcção ou solução
O Grupo apresentou os resultados do seu trabalho ao Encarregado de Missão em Junho
de 2004 e posteriormente aos Presidentes dos Conselhos de Administração e
Directores Clínicos e Enfermeiros Directores, em 8 de Julho. O desenvolvimento e a
apresentação coube a cada um dos elementos a seguir indicados.
IV-OPERACIONALIZAÇÃO
10 O Serviço de Urgências
de um relatório sobre o estado de cumprimento dos 20 indicadores até data
a determinar; visita de elementos do Grupo de Trabalho aos 25 hospitais com
Serviços de Urgência; apresentação de relatório final. Sobre estes elementos
o GTU determinará o grau de cumprimento de cada hospital;
b) Divulgação de um texto de desenvolvimento referente a cada uma das medi-
das, quer por via do site dos Hospitais SA, quer por via da presente publi-
cação impressa;
c) Coordenação a partir da Unidade de Missão da planificação e da facilitação
referente às acções de formação, quer no domínio da preparação técnica para
as diferentes necessidades próprias da urgência e emergência, quer no
domínio da especialização da gestão que agora se começa a afirmar como req-
uisito indispensável;
d) Continuação do trabalho de análise e de apoio por parte do presente Grupo
de Trabalho.
2-Objectivos explícitos
Propõe-se os seguintes 20 objectivos:
1. Equipe médica fixa no Serviço de Urgência (com mínimo de 5 elementos)
2. Triagem de Prioridades de Manchester no Serviço de Urgência
3. Urgência Ambulatória/Consulta Permanente - Organização do atendimento dos
doentes menos urgentes
4. Protocolos de actuação - Implementação de pleno menos 3 protocolos clíni-
cos num ano
5. Serviço Informativo no Serviço de Urgência (próprio do Serviço)
6. Circuito de encaminhamento de doentes no Serviço de Urgência, escrito e
divulgado internamente
7. Política definida e escrita de gestão de doentes e vagas de forma a garantir
os seguintes objectivos:
1 - Permanência de 90% ou mais dos doentes menos do que 12 horas no
SU geral e;
2 - Permanência de 90% ou mais dos doentes menos do que 48 horas no
SO/OBS.
8. Regulamento da Sala de Emergência, aprovado e divulgado
9. Normas de acompanhamento e transporte do doente crítico, escritas e imple-
mentadas
10. Heliporto hospitalar em funcionamento
11. Meios de comunicação directos e bi-direccionais entre os profissionais do
Serviço de Urgência
12. Formação - Plano de formação anual com cursos de suporte avançado de
vida (SAV) ou suporte avançado de trauma (SAT) ou fundamentos de suporte
do doente crítico (FCCS)
V-CONCLUSÃO
Por isso, a Unidade de Missão Hospitais SA lançou a presente iniciativa, baseada num
grupo de responsáveis experientes que emergiram como líderes num sector que se afir-
ma determinadamente com a sua especificidade, tanto em termos de necessidades úni-
cas, como de soluções também únicas para o cumprimento da sua missão.
12 O Serviço de Urgências
Triagem de prioridades na urgência
Triagem de prioridades
na urgência
Acelerar o fluxo
e a drenagem
dos doentes
Elaboração
e implementação
de normas
de orientação clínica
Sala de emergência
Comunicações
no serviço de urgência
Transporte inter
hospitalar - doentes
críticos
Plano hospitalar
de emergência externa
Formação
Indicadores para
o serviço de urgência
Listagem
de funcionalidades
do sistema informático
clínico
Atendimento ao utente
e à família
Monitorização de
queixas e reclamações
Inquérito de satisfação
aos utentes
Campanhas
de informação
à população
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
TEMA 1 :: TRIAGEM DE PRIORIDADES NA URGÊNCIA
SISTEMA DE MANCHESTER
I-OBJECTIVOS
II-ENQUADRAMENTO
III-PLANO DE MELHORIA
14 O Serviço de Urgências
Triagem de prioridades na urgência
clínica com que o doente deve ser atendido e o respectivo tempo alvo Sala de emergência
recomendado até a observação médica. Não se trata de estabelecer diagnós-
ticos. Comunicações
no serviço de urgência
d) O método consiste em identificar a queixa inicial (de apresentação) e seguir o
respectivo fluxograma de decisão (existem ao todo 54 que abrangem todas Transporte inter
hospitalar - doentes
as situações previsíveis. O fluxograma contem várias questões a serem colo- críticos
cadas pela ordem apresentada (com a definição exacta dos termos) que con-
Plano hospitalar
stituem os chamados "discriminadores". Estes podem ser específicos para a
de emergência externa
situação em causa (por exemplo, oftalmológica) ou gerais: perigo de vida, dor,
hemorragia, estado de consciência, temperatura e o facto de se tratar ou não Formação
Triagem de prioridades k) Deve ser assegurado que o tempo alvo desde a chegada ao Serviço de
na urgência
Urgência até à triagem de prioridades não seja excessivo. Deve-se prever o
Acelerar o fluxo reforço da equipe de triagem de prioridades sempre que existam mais do que
e a drenagem
dos doentes
10 utentes em espera.
l) Em caso de agravamento da situação clínica, o doente deverá ser retriado pelo
Elaboração elemento mais diferenciado na triagem de prioridades. Tal constitui um mecan-
e implementação
de normas ismo de segurança importante.
de orientação clínica m) O objectivo é conseguir uma auditoria individual dos elementos envolvidos
Sala de emergência
na triagem de prioridades e global do Serviço de Urgência nesta área que
demonstre uma aferição igual ou superior a 80%, sendo que o desvio em
Comunicações relação ao preconizado deve ser devido à atribuição de categorias de priori-
no serviço de urgência
dade superiores ao determinado pela auditoria. É desejável, mas não obri-
Transporte inter gatório, que o sistema seja informatizado.
hospitalar - doentes
críticos
n) O método não garante em si o bom funcionamento do Serviço de Urgência.
Ao aceitar a implementação do Sistema de Triagem de Prioridades, a
Plano hospitalar
Administração do Hospital assume efectuar os investimentos necessários para
de emergência externa
promover e concretizar a reestruturação funcional e física necessária para que
Formação os objectivos preconizados pelos protocolos na gestão do doente sejam
Indicadores para cumpridos - é necessário definir Circuitos de Gestão de Doentes. Caso isto não
o serviço de urgência se verifique a implementação do Sistema é inútil para os utentes.
o) Existe um Protocolo entre o Grupo Português de Triagem (GPT) e o Ministério
Listagem
de funcionalidades da Saúde que reconhece o conceito de triagem, a metodologia de Manchester
do sistema informático e os termos do Protocolo GPT - Hospital a serem assumidos pelos Hospitais
clínico
aderentes.
Atendimento ao utente
e à família
2-Pela experiência adquirida noutros locais e no País o sistema constitui uma opção
Ambiente para a cura válida e que reúne as seguintes vantagens:
a) Garante a uniformidade de critérios ao longo do tempo e com as diversas
Monitorização de
queixas e reclamações equipes de serviço.
b) Acaba com a triagem do porteiro, que encaminha o doente sem critério objec-
Inquérito de satisfação
aos utentes
tivo, e permite a decisão tomada cientificamente, pondo de lado argumentos
rudimentares, como por exemplo, que entrou de pé ou na maca., etc...
Campanhas
c) Não exige uma diferenciação especialmente exigente mas sim um bom técni-
de informação
à população co de saúde e disciplina. No Reino Unido, esta tarefa é desempenhada pelo
pessoal de enfermagem. Em Portugal, a tarefa é desempenhada tanto por pes-
Normas para a feitura
de protocolos
soal médico como por pessoal de enfermagem (embora o controle do sistema
de actuação seja sempre médico). Esta solução facilita a gestão dos recursos humanos
disponíveis na medida em que não é preciso deslocar uma equipe altamente
Normas e procedimentos
para o transporte diferenciada de médicos para a triagem, sujeitos a possuírem critérios diver-
secundário sos e sem cobertura institucional para as decisões individuais. O presente sis-
Heliportos hospitalares tema é institucional, protege o utente realmente urgente e o técnico de saúde.
16 O Serviço de Urgências
d) Prevê a triagem individual (de doentes caso a caso) bem como as situações Triagem de prioridades
na urgência
de excepção (com múltiplos doentes).
e) Não implica um investimento financeiro significativo. Acelerar o fluxo
e a drenagem
f) É muito rápido de executar. dos doentes
g) Já está testado no Reino Unido.
h) O sistema de auditoria permitirá comparar dados entre os diversos hospitais Elaboração
e implementação
em estudo no País e com o Reino Unido (o que certamente reforça a credibil- de normas
idade do projecto). de orientação clínica
Comunicações
IV-RECOMENDAÇÕES no serviço de urgência
Atendimento ao utente
1. Mackaway-Jones, K.: Emergency Triage. British Medical Journal Publishing 1997.
e à família
2. Zimmermann, P.G.: The Case for a Universal, Valid, Reliable 5 Tier Triage Acuity
Scale for US Emergency Departments. Journal of Emergency Nursing, June 2001 Ambiente para a cura
(27:3). Monitorização de
queixas e reclamações
Inquérito de satisfação
aos utentes
Campanhas
de informação
à população
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
Elaboração
e implementação
de normas
de orientação clínica
Sala de emergência
Comunicações
no serviço de urgência
Transporte inter
hospitalar - doentes
críticos
Plano hospitalar
de emergência externa
Formação
Indicadores para
o serviço de urgência
Listagem
de funcionalidades
do sistema informático
clínico
Atendimento ao utente
e à família
Monitorização de
queixas e reclamações
Inquérito de satisfação
aos utentes
Campanhas
de informação
à população
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
TEMA 2: ACELERAR O FLUXO E A DRENAGEM DOS DOENTES
NO SERVIÇO DE URGÊNCIA
I-OBJECTIVOS
II-EQUADRAMENTO
Em primeiro lugar porque a demora média para ver o médico, para a realização de
exames ou para a observação por especialidade são uma das reclamações mais fre-
quentes no Serviço de Urgência.
Em segundo lugar a dificuldade de drenagem dos doentes leva muitas vezes ao con-
gestionamento dos Serviços de Urgência, com afectação significativa da qualidade dos
cuidados e das condições em que os doentes ficam na Urgência. Naturalmente que este
é um dos objectivos mais condicionados por tudo o que se passa a montante e a
jusante do Serviço de Urgência.
É difícil prever se este número vai continuar a aumentar ou não. Por um lado existe
uma diminuição progressiva dos médicos de família que deixa antever o colapso dos
cuidados primários, o que representará um maior afluxo de doentes às Urgências
Hospitalares. Por outro lado existe uma cada vez maior percentagem de doentes con-
vencionados que procuram alternativas fora do Serviço Nacional de Saúde. A resultante
destes vectores será a tendência predominante.
20 O Serviço de Urgências
E que evolução qualitativa terá a procura? Que tipo de doentes iremos ter no futuro? Triagem de prioridades
na urgência
A evolução socio-demográfica diz-nos que serão doentes cada vez mais velhos, mais
incapacitados, com mais doenças crónicas ou associação de doenças crónicas e com Acelerar o fluxo
e a drenagem
mais problemas sociais. dos doentes
Estes doentes procuram os hospitais com expectativas elevadas, eventualmente exce- Elaboração
e implementação
dendo a capacidade real que a Medicina actual tem para modificar o curso das de normas
doenças. de orientação clínica
Sala de emergência
Temos ainda um número crescente de doentes que vêm morrer ao Hospital, em vez de
morrer no domicilio. Comunicações
no serviço de urgência
A jusante do Serviço de Urgência, a cultura tradicional hospitalar com a sua organiza- Transporte inter
hospitalar - doentes
ção verticalizada, em que o poder se baseia na cama hospitalar, torna difícil a sua críticos
gestão comum, prática habitual em todos os hospitais modernos no estrangeiro.
Plano hospitalar
de emergência externa
Esta cultura dificulta também a exploração das potencialidades do ambulatório, partic-
ularmente dos hospitais de dia e da cirurgia ambulatória e, fora dos hospitais, ao surg- Formação
imento de formas mais eficientes e adaptadas de prestar cuidados de saúde aos Indicadores para
doentes que já não necessitam de estar em camas de agudos de hospitais centrais. o serviço de urgência
Referimo-nos a camas para cuidados continuados, lares para doentes com problemas
Listagem
sociais e cuidados domiciliários. de funcionalidades
do sistema informático
clínico
Todos estes factores dificultam uma drenagem eficaz dos doentes dos Serviços de
Urgência. Atendimento ao utente
e à família
Monitorização de
1-A
Acelerar o tempo para ver o médico queixas e reclamações
Inquérito de satisfação
a) Minimizar o tempo para a admissão aos utentes
A implementação da Triagem de Manchester (tratada em capítulo separado),
Campanhas
racionaliza a admissão de doentes e permite que estes sejam vistos por priori- de informação
dade clínica em vez de ordem de chegada. A sua lógica induz a valorização dos à população
doentes mais urgentes e a penalização dos doentes pouco urgentes / não
Normas para a feitura
urgentes que esperam às vezes muitas horas. de protocolos
de actuação
A realidade é que existe uma percentagem significativa de doentes que demora Normas e procedimentos
30 minutos ou menos entre o início da observação pelo médico da urgência e a para o transporte
secundário
alta hospitalar. Num dos Serviços de Urgência estudados no Reino Unido, essa
percentagem era mesmo de 80%. Uma possibilidade para lidar com este fenó- Heliportos hospitalares
Elaboração A Urgência Ambulatória poderá ser assegurada principalmente por Clínicos Gerais
e implementação
de normas e funcionar num horário mais restrito do que o Serviço de Urgência: das 09h00
de orientação clínica às 22h00 ou 24h00, no período de maior afluência.
Sala de emergência
A implementação da Urgência Ambulatória melhora significativamente o índice de
Comunicações satisfação dos utentes e faz praticamente desaparecer as reclamações por demo-
no serviço de urgência
ra para ver o médico. Esta é uma mudança que tem vindo a ser implementada
Transporte inter recentemente nos Hospitais do NHS em Inglaterra. Nos Estados Unidos tem sido
hospitalar - doentes
críticos
implementada outra estratégia para minimizar o tempo para a admissão que é
fazer o registo de admissão na própria maca onde o doente é observado.
Plano hospitalar
de emergência externa
b) Libertar o tempo médico
Formação A introdução de "numerus clausus" nas Faculdades de Medicina provocou uma
Indicadores para descida abrupta do número de formandos em Medicina, mantendo durante mais
o serviço de urgência de duas décadas um ritmo de licenciaturas em Medicina inferior às necessidades.
Listagem
de funcionalidades Os médicos dos últimos cursos mais numerosos estão a chegar actualmente aos
do sistema informático 50 - 55 anos, abandonando os Serviços de Urgência. Estes Serviços, por tal facto,
clínico
começam a confrontar-se com uma progressiva e rápida escassez de médicos nas
Atendimento ao utente várias especialidades. Inevitavelmente será necessário concentrar as Urgências.
e à família
Ambiente para a cura No entanto, existe ainda uma possibilidade importante de rentabilização do tra-
balho médico. Na realidade existem uma série de acções que podem ser desem-
Monitorização de
queixas e reclamações penhadas por outros profissionais, permitindo a concentração dos médicos no
"core" da sua actividade, que é a observar e tratar doentes. Alguns estudos
Inquérito de satisfação
aos utentes
americanos mostram que só 40% do tempo médico no Serviço de Urgência é
passado em tarefas assistenciais directas aos doentes, o restante são tarefas
Campanhas
indirectas. Deste tempo cerca de um terço é passado a escrever e 10% do tempo
de informação
à população ao telefone. Em muitos hospitais são ainda atribuídas tarefas a médicos, como
a colheita de sangue aos doentes ou a feitura de electrocardiogramas.
Normas para a feitura
de protocolos
de actuação Assim, tudo o que tenha impacte na minimização destes tempos será de crucial
importância para libertar o tempo médico.
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário As estratégias são diversas:
Heliportos hospitalares - Criação de protocolos pré formatados, informatizados ou não, onde bastará
22 O Serviço de Urgências
ao médico assinalar com cruz algumas opções. No caso de protocolos Triagem de prioridades
na urgência
informatizados, será importante a acessibilidade aos computadores ou a uti-
lização de equipamentos "hand held". Acelerar o fluxo
e a drenagem
- Implementação de Notas de Entrada e de Alta ou Transferência ditadas para dos doentes
um gravador e introduzidas em computador por secretárias clínicas com o
auxílio de transcritores ou a transcrição automática com meios de reconheci- Elaboração
e implementação
mento de voz. de normas
- Implicação das secretárias clínicas na organização dos processos clínicos dos de orientação clínica
Campanhas
A Emergência Médica é hoje um corpo de conhecimento específico, com formas
de informação
de abordagem dos doentes e procedimentos particulares que faz com que em à população
muitos países progressivamente se vá afirmando como uma especialidade.
Normas para a feitura
Enquanto tal não acontece pensamos que é uma mais valia a existência de de protocolos
núcleos de profissionais fixados aos Serviços de Urgência, mesmo que coexistam de actuação
num regime misto com outros profissionais doutros Serviços a trabalhar na
Normas e procedimentos
Urgência em turnos. Estas equipes, para além de poderem desenvolver com mais para o transporte
facilidade aptidões e conhecimentos próprios da actividade emergente, garantem secundário
Elaboração Os incentivos, sejam eles económicos ou de outra ordem, são uma medida de
e implementação
de normas gestão que comprovadamente pode modificar o comportamento dos profission-
de orientação clínica ais no sentido de o melhorar.
Sala de emergência
2-A
Acelerar o diagnóstico
Comunicações
no serviço de urgência
a) Eliminar testes desnecessários
Transporte inter Este objectivo passará essencialmente pela actividade de protocolarização da abor-
hospitalar - doentes
críticos
dagem das diversas patologias. Outra estratégia eficaz é o condicionamento de
pedidos de exames urgentes, por acordo com os Serviços de MCDT, limitando a
Plano hospitalar
disponibilidade de exames aos estritamente necessários no contexto da urgência.
de emergência externa
24 O Serviço de Urgências
- A criação de uma rede de transporte pneumático por onde podem ser envia- Triagem de prioridades
na urgência
dos os espécimen colhidos para os respectivos laboratórios, diminui o tempo
para a sua chegada aos locais onde vão ser analisados. Acelerar o fluxo
e a drenagem
- A transmissão informatizada dos resultados de análises ou das imagens, é dos doentes
ainda das estratégias mais eficazes para acelerar a disponibilização dos exam-
es aos clínicos. Elaboração
e implementação
- A prioridade aos exames da Urgência é fundamental, particularmente quando de normas
estes exames não são efectuados por profissionais dedicados a realizar os de orientação clínica
exames urgentes, mas por profissionais que também têm que realizar exam- Sala de emergência
es programados. Além da priorização dos exames da Urgência é ainda impor-
tante que se estabeleça uma hierarquização de tempos de resposta em Comunicações
no serviço de urgência
função das necessidades clínicas, tal como na Triagem de Prioridades.
- A não realização de relatórios em relação a todos os exames imagiológicos, Transporte inter
hospitalar - doentes
que podem facilmente ser interpretados pelos médicos da urgência, pode críticos
também reduzir os tempos de resposta.
Plano hospitalar
de emergência externa
3-A
Acelerar o internamento nas enfermarias
Formação
Este é um dos objectivos mais difíceis porque está dependente do funcionamento do Indicadores para
Hospital, fora do Serviço de Urgência e da sua maior ou menor eficiência, conforme foi o serviço de urgência
referido no enquadramento.
Listagem
Assim, a concretização deste objectivo estará dependente de estratégias a implemen- de funcionalidades
tar pelos Conselhos de Administração e que afectarão todo o Hospital, necessitando do sistema informático
clínico
mesmo medidas que extravasam as suas fronteiras:
a) Separação das camas em doentes agudos e programados; Atendimento ao utente
e à família
b) Gestão comum de camas para agudos, em áreas de cuidados intermédios poli-
valentes; Ambiente para a cura
c) Investimento na área dos Hospitais de Dia, de forma a que todo o doente que
Monitorização de
possa ir dormir a casa não tenha que ser internado. Esta medida afecta sobre- queixas e reclamações
tudo as camas nas enfermarias de especialidades médicas que internam a
Inquérito de satisfação
maior parte dos seus doentes a partir das consultas; aos utentes
d) Investimento em Cirurgia Ambulatória, reduzindo a ocupação desnecessária de
Campanhas
camas no internamento;
de informação
e) Diminuição da demora média, através de planos de revisão de utilização, à população
planeamento de altas e prolongamento do tempo de funcionamento normal
Normas para a feitura
das enfermarias. Esta diminuição da demora média passará também pela pos- de protocolos
sibilidade de fazer um step-down dos cuidados para camas de cuidados con- de actuação
tinuados fora do Hospital, assim como pela colocação dos doentes com pro-
Normas e procedimentos
longamento de estadia por problemas sociais em lares adequados. para o transporte
f) É ainda importante que a gestão das vagas seja feita pelo Chefe de Equipe do secundário
Atendimento ao utente
V-BIBLIOGRAFIA
e à família
26 O Serviço de Urgências
13. Ramoska E A. "Information Sharing Care Reduce Laboratory Use by Emergency Triagem de prioridades
na urgência
Physicians".
14. Am J. Emerg Med, 1998, 16: 34-36 Acelerar o fluxo
e a drenagem
15. Seaberg D C, et al. "Correlation Between Triage Nurse and Physician Ordering dos doentes
of E D Tests".
16. Am J Emerg Med, 1998, 16: 8-11 Elaboração
e implementação
17. Mayer T, et al. "Advanced Interventions: Improving Patient Satisfaction". de normas
18. Topics in Emergency Medicine, June 1997:19-27 de orientação clínica
19. Howavistz P J, et al. "Emergency Department Start Test Turnaround Times". Sala de emergência
20. Arquives of Pathology and Laboratory Medicine, 1992, 118: 122-128
21. Minderer Z M. "A Study of Factors Influencing ED Patients length of Stay at one Comunicações
no serviço de urgência
Community Hospital".
22. Journal of Emergency Nursing, 1996, 22: 105-110 Transporte inter
hospitalar - doentes
23. Minderer Z M. "ED Redesign Puts all Patients in Fast Track". críticos
24. Patient Focused Care, August 1997: 87-90
Plano hospitalar
25. Lufkin K C. "Radiologist Review of Radiographs Interpreted Confidently
de emergência externa
by Emergency Physicians leads to Changes in Patient Management".
26. Annals of Emergency Medicine, 1998, 31: 202-207 Formação
27. Brillman J. "Triage: Limitations in Predicting Need for Emergent Care and Hospital Indicadores para
Admission". o serviço de urgência
28. Annals of Emergency Medicine, 1996, 27: 493-500
Listagem
29. The Clock Work E D. Vol I, II and III de funcionalidades
30. Clinical Initiatives Center, Washington DC, 1999 do sistema informático
clínico
Atendimento ao utente
e à família
Monitorização de
queixas e reclamações
Inquérito de satisfação
aos utentes
Campanhas
de informação
à população
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
Sala de emergência
Comunicações
no serviço de urgência
Transporte inter
hospitalar - doentes
críticos
Plano hospitalar
de emergência externa
Formação
Indicadores para
o serviço de urgência
Listagem
de funcionalidades
do sistema informático
clínico
Atendimento ao utente
e à família
Monitorização de
queixas e reclamações
Inquérito de satisfação
aos utentes
Campanhas
de informação
à população
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
TEMA 3: ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE NORMAS
DE ORIENTAÇÃO CLÍNICA (NOC)
I-OBJECTIVOS
II-ENQUADRAMENTO
A variabilidade da prática clínica é uma realidade cada vez mais estudada e demon-
strada internacionalmente, embora ainda pouco entre nós.
Esta variabilidade encontra-se a todos os níveis, na comparação entre países, regiões,
instituições de saúde, serviços, equipes e a nível individual.
Este problema é ainda mais significativo nos Serviços de Urgência, na medida em que
a rotação de equipes que estão escaladas nos turnos introduzem um factor que poten-
cia essa variabilidade.
Para além da variabilidade da prática clínica existe a evidência duma significativa per-
centagem de actuações fora das regras de boa prática.
30 O Serviço de Urgências
Uma forma de responder a este crescimento é a especialização. Mas a falta de profis- Triagem de prioridades
na urgência
sionais dedicados à actividade urgente e mesmo do reconhecimento duma especializa-
ção potencia o problema no Serviço de Urgência. Também a falta de investimento na Acelerar o fluxo
e a drenagem
implementação de ferramentas acessíveis e eficazes, que auxiliem os médicos a tomar dos doentes
decisões, quando estão com os doentes, são outra causa importante deste problema.
Reduzir esta variabilidade e investir na boa prática médica é um desafio enorme, Elaboração
e implementação
porque tem a ver com mudanças de comportamento e com a possibilidade de tornar de normas
acessível ao médico a informação que este necessita para tomar decisões correctas, no de orientação clínica
momento em que ele necessita, ou seja, quando está com o doente. Sala de emergência
Indicadores para
Não se trata de condicionar a liberdade de actuação do médico, mas ajudá-lo a decidir o serviço de urgência
e a actuar correctamente. O que se pretende é "fazer bem à primeira e sempre".
Listagem
de funcionalidades
do sistema informático
III-PLANO DE MELHORIA
clínico
Quando falamos em Normas de Orientação Clínica não pensamos nas que são publi- Atendimento ao utente
e à família
cadas em dezenas de páginas, em revistas de especialidade, que representam o "esta-
do da arte" em relação a uma determinada patologia, mas que têm reduzida aplicabil- Ambiente para a cura
conta: não é possível criar e implementar NOC para todas as patologias ao mesmo Normas e procedimentos
tempo e é necessário definir prioridades. Os critérios principais de priorização são: para o transporte
secundário
1. Prevalência ou incidência do problema clínico
2. Impacte da doença (mortalidade, morbilidade, défice funcional) Heliportos hospitalares
Ambiente para a cura As NOC devem ser inspiradas em Normas Nacionais ou Internacionais, mas podem e
devem ser adaptadas à realidade de cada Serviço, pelos melhores profissionais da
Monitorização de
queixas e reclamações área, que sejam reconhecidos pelos pares e que se disponham a dar a cara pelas NOC.
Estas, devem ser sempre validadas pelos profissionais que as vão aplicar.
Inquérito de satisfação
aos utentes
Após a elaboração das NOC surge outra fase igualmente difícil: a sua implementação.
Campanhas
Quais são as estratégias mais eficazes? Muitos artigos têm surgido sobre o tema,
de informação
à população incluindo algumas revisões do Centro Cochrane de Medicina Baseada na Evidência. No
entanto, um estudo de David A. Davis, de 1995, publicado no JAMA, mantém-se actu-
Normas para a feitura
de protocolos
al (ver adiante).
de actuação
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
32 O Serviço de Urgências
Estratégias de Educação Médica Contínua (EMC) Triagem de prioridades
na urgência
Revisão de 99 ensaios controlados, rendomizados, com 160 intervenções~entre 1975 e 1994
Acelerar o fluxo
Intervenções Isoladas Positivos / Total e a drenagem
dos doentes
1. Programas formais de EMC 0/ 6
2. Material educativo 4/ 11 Elaboração
3. Auditorias com feedback 10 / 24 e implementação
4. Intervenções mediadas pelos doentes 7/ 9 de normas
5. Auxiliares de memória 22 / 26 de orientação clínica
6. Influência de lideres de opinião locais 3/ 3
Sala de emergência
7. Visitas informativas 7/ 7
Comunicações
no serviço de urgência
Formação
Da análise destas tabelas destaca-se que a distribuição de livros de bolso que o médi- Indicadores para
co pode consultar a qualquer momento, a influência de lideres de opinião locais e as o serviço de urgência
visitas informativas realizadas por exemplo por farmacêuticos clínicos são estratégias
Listagem
muito eficazes, mas que estratégias combinadas são ainda mais eficazes. de funcionalidades
do sistema informático
clínico
Uma estratégia de elevadíssimo impacte é a introdução de auxiliares de decisão clíni-
ca ou protocolos prescritivos pré elaborados em suporte informático nos programas de Atendimento ao utente
e à família
prescrição informatizada.
Ambiente para a cura
IV-RECOMENDAÇÕES
Monitorização de
queixas e reclamações
Assim, recomenda-se a elaboração de Normas de Orientação Clínica nos Serviços de
Inquérito de satisfação
Urgência, de uma forma progressiva, adoptando critérios correctos na priorização das aos utentes
patologias a protocolar e escolhendo formas de implementação que sejam compro-
Campanhas
vadamente eficazes. de informação
à população
V-BIBLIOGRAFIA
Normas para a feitura
1. Puting evidence into practice. C. David Naylor. Am J Med 2002; 113: 161-163 de protocolos
2. Changing Physician performance. A systematic review of the effect of continuing de actuação
Comunicações
no serviço de urgência
Transporte inter
hospitalar - doentes
críticos
Plano hospitalar
de emergência externa
Formação
Indicadores para
o serviço de urgência
Listagem
de funcionalidades
do sistema informático
clínico
Atendimento ao utente
e à família
Monitorização de
queixas e reclamações
Inquérito de satisfação
aos utentes
Campanhas
de informação
à população
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
TEMA 4: SALA DE EMERGÊNCIA
I-OBJECTIVOS
II-ENQUADRAMENTO
Ao longo dos últimos anos, todos os esforços realizados para a resolução de situações
de emergência são orientados no sentido de se conseguir uma intervenção eficaz cada
vez mais precoce, através do desenvolvimento da assistência na fase pré-hospitalar. A
melhoria da intervenção pré-hospitalar obriga a uma maior responsabilidade na orga-
nização das Salas de Emergência, tanto para evitar quebras no nível de assistência
prestada, como para assegurar igual ou superior qualidade na assistência primária.
Por outro lado, a equiparação dos Serviços de Urgência aos restantes Serviços de
Acção Médica (Despacho Ministerial nº 11/2002), permitindo a sua reestruturação em
termos de Direcção e regulamentação interna, pode conduzir à resolução de vários
problemas que obstavam ao bom funcionamento das Salas de Emergência, como a
variação constante das equipas, a ausência de responsáveis ou a impossibilidade de
se promover acções de formação e actualização regulares na área da Emergência
Médica.
III-PLANO DE MELHORIA
36 O Serviço de Urgências
suir regulamento próprio cobrindo todas as vertentes do seu funcionamento, à semel- Triagem de prioridades
na urgência
hança do regulamento geral, podendo, conforme a realidade de cada Instituição, ficar
na dependência da Direcção do Serviço de Urgência ou da Unidade de Cuidados Acelerar o fluxo
e a drenagem
Intensivos. dos doentes
Elaboração
IV-RECOMENDAÇÕES
e implementação
de normas
1. Elaboração de Regulamento da Sala de Emergência, aprovado e divulgado. de orientação clínica
Monitorização de
V-BIBLIOGRAFIA queixas e reclamações
Inquérito de satisfação
1. Grupo de Trauma da ARS-Norte - Sala de Emergência: Missão, Estrutura, aos utentes
Plano de Operacionalidade
Campanhas
de informação
à população
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
Transporte inter
hospitalar - doentes
críticos
Plano hospitalar
de emergência externa
Formação
Indicadores para
o serviço de urgência
Listagem
de funcionalidades
do sistema informático
clínico
Atendimento ao utente
e à família
Monitorização de
queixas e reclamações
Inquérito de satisfação
aos utentes
Campanhas
de informação
à população
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
TEMA 5: COMUNICAÇÕES NO SERVIÇO DE URGÊNCIA
I-OBJECTIVOS
II-ENQUADRAMENTO
III-PLANO DE MELHORIA
40 O Serviço de Urgências
efectuadas para a rede fixa do hospital). Considera-se que a opção pelo telemóvel ou tele- Triagem de prioridades
na urgência
fone móvel é claramente vantajosa em relação às outras hipóteses.
Acelerar o fluxo
e a drenagem
Seja qual for a solução, o seu potencial é frequentemente minado pela desorganização dos doentes
na divulgação dos números em tempo útil nos locais apropriados. Logo, devem existir
regras claras que esclareçam o seguinte: Elaboração
e implementação
1. Levantamento e entrega dos equipamentos, no Serviço ou entre profissionais de normas
2. Responsabilidade em caso de extravio, avaria ou danificação de orientação clínica
listagem completa da Rede do Serviço de Urgência (os nºs são fixos). A chama- Indicadores para
da efectua-se seleccionando nominalmente no menu do telefone o desti- o serviço de urgência
natário desejado.
Listagem
6. Os mecanismos previstos para o carregamento das baterias. de funcionalidades
7. A listagem de nºs deve ser colocada em anexo às listas telefónicas do Serviço do sistema informático
clínico
de Urgência e disponível no Serviço Informativo/Operadora do SU e do
Hospital. Periodicamente devem ser actualizadas as listagens de contactos Atendimento ao utente
e à família
com outros Hospitais/Centros de Saúde/Unidades de Cuidados Intensivos bem
como os nºs directos das Direcções das Urgências. Ambiente para a cura
Monitorização de
Em função da necessidade de manter a capacidade de comunicar com o exterior em queixas e reclamações
caso de situações urgentes ou de excepção, inclusivamente no caso das telecomuni-
Inquérito de satisfação
cações telefónicas falharem, surge a utilidade de dispor de meios rádio. Contudo, é de aos utentes
referir que os sistemas rádio poderão ser difíceis de utilizar pelos profissionais que não
Campanhas
se encontram habituados aos mesmos. A crescente existência de viaturas médicas e a
de informação
participação de profissionais de saúde no socorro pré hospitalar facilita o manusea- à população
mento de rádios no serviço de Urgência. Para o efeito, o Serviço de Urgência deve dis-
Normas para a feitura
por do seguinte: de protocolos
1. Rádio INEM de actuação
a) Permite a ligação directa ao CODU - Centro de Orientação de Doentes
Normas e procedimentos
Urgentes para o transporte
b) Mediante comutação efectuada pelo CODU, permite o contacto directo com secundário
Viatura Médica VMER, Equipe de Helicóptero INEM ou Ambulância INEM. Heliportos hospitalares
Plano hospitalar
Uma opção que poderá facilitar o respeito pelo acima descrito é a colocação do rádio
de emergência externa
na unidade de OBS/SO do Serviço de Urgência, devendo o pessoal médico e de enfer-
Formação magem que lá presta serviço encontrar-se familiarizado com os mesmos (as soluções
Indicadores para devem reflectir a realidade local)
o serviço de urgência Periodicamente existe a necessidade de testar o sistema: efectuar chamamentos gerais
ou aleatórios para confirmar funcionalidade do equipamento e aderência ao projecto,
Listagem
de funcionalidades comprovar a capacidade de utilizar os sistemas rádio……
do sistema informático
clínico
IV-RECOMENDAÇÕES
Atendimento ao utente
e à família
1. Investir em comunicações bi-direccionais e individualizadas a determinados postos
Ambiente para a cura de trabalho chave.
Monitorização de
2. Possibilitar o acesso via as extensões telefónicas do hospital.
queixas e reclamações 3. Proceder a uma divulgação alargada dos números (com actualizações periódicas).
4. Prever respostas em situações urgentes ou de excepção, inclusivamente no caso das
Inquérito de satisfação
aos utentes telecomunicações telefónicas falharem, por exemplo com meios rádio suple-
mentares.
Campanhas
de informação
5. Implementar regras claras para a utilização e funcionamento dos meios.
à população 6. Se necessário, por exemplo em relação aos meios rádio, prever formação específi-
ca.
Normas para a feitura
de protocolos 7. Proceder ao acompanhamento do projecto.
de actuação
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
42 O Serviço de Urgências
Transporte inter hospitalar - doentes críticos
Triagem de prioridades
na urgência
Plano hospitalar
de emergência externa
Formação
Indicadores para
o serviço de urgência
Listagem
de funcionalidades
do sistema informático
clínico
Atendimento ao utente
e à família
Monitorização de
queixas e reclamações
Inquérito de satisfação
aos utentes
Campanhas
de informação
à população
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
TEMA 6: TRANSPORTE INTER HOSPITALAR - ACOMPANHAMENTO
DE DOENTES CRÍTICOS
I-OBJECTIVOS
II-ENQUADRAMENTO
1-H
Historial
Em 1992, a Sociedade Americana de Cuidados Intensivos divulgou normas de boa práti-
ca no transporte secundário de doentes (última revisão publicada na Revista de Critical
Care Medicine, Janeiro de 2004).
Em 2001 foram elaborados e divulgadas pela ARS Norte (em colaboração com um
Anestesiologista e um Internista-Intensivista) as Normas de Transporte Secundário de
Doentes (cópia em anexo). Estas entraram em vigor em 01/01/02 e prevêem um sistema
de pontuação que objectiva a sistematização das situações e classificação dos doentes,
respeitando os princípios enunciados no Guia da SPCI.
44 O Serviço de Urgências
Em harmonia com os princípios já assumidos noutros países, em 2002, a Intensive care Triagem de prioridades
na urgência
Society (Grã Bretanha) publicou as Guidelines for the Transport of the critically ill adult.
Acelerar o fluxo
e a drenagem
Como actualização da Portaria nº 439/93, de 27 de Abril, foi publicada a Portaria nº dos doentes
1147/2001, de 28 de Setembro, que define o Regulamento de Transporte de Doentes
em Portugal, incluindo as características das Ambulâncias tipo C (medicalizadas) apro- Elaboração
e implementação
priadas para o transporte secundário de doentes graves. de normas
de orientação clínica
Existiu um Grupo de Trabalho, integrando representantes do INEM, Direcção Geral da Sala de emergência
Saúde, Direcção Geral das Instalações e Equipamentos da Saúde e do Instituto
Nacional de Aviação Civil, que identificou e analisou os diversos locais passíveis de Comunicações
no serviço de urgência
serem úteis na aterragem de helicópteros ambulância perto de hospitais.
Transporte inter
hospitalar - doentes
2-R
Responsabilidade Ética críticos
O médico que acompanha o doente no transporte primário, ou o médico que acom-
Plano hospitalar
panha o doente em determinada instituição até à sua transferência, é responsável
de emergência externa
pelos cuidados ministrados até à chegada ao destino.
Formação
As instituições são responsáveis pela organização dos meios necessários para que o Indicadores para
transporte de doentes se coadune com as normas de boa prática médica vigentes bem o serviço de urgência
como pela protecção dos seus profissionais em caso de acidente.
Listagem
de funcionalidades
Remetem-se as questões técnicas para as normas específicas já citadas preconizadas do sistema informático
clínico
pelas entidades médicas científicas e técnicas idóneas para o efeito.
Atendimento ao utente
e à família
III-PLANO DE MELHORIA
Ambiente para a cura
1-O
Objectivos genéricos de melhoramento e investimento Monitorização de
a) Devem ser divulgadas e implementadas normas que respeitem os princípios queixas e reclamações
enunciados pela SPCI. Considera-se que as Normas de Transporte Secundário
Inquérito de satisfação
de Doentes da ARSN constituem uma referência prática adequada para o aos utentes
efeito. Ver descrição detalhada adiante - transcrição integral do texto em
Campanhas
anexo. de informação
à população
b) No que se refere ao transporte inter hospitalar, deve ser respeitado o princí-
Normas para a feitura
pio que quem gera a despesa é que se deve responsabilizar pela mesma de protocolos
(princípio consagrado no Despacho Ministerial (da Saúde) 4/89, de 13 de de actuação
Janeiro). O facto do Hospital destino possuir a obrigação de receber o doente Normas e procedimentos
não implica que o mesmo deve acarretar com os respectivos custos de trans- para o transporte
secundário
porte, nem deveria implicar os custos de devolução quando esta se processa
dentro de um tempo limite de horas (após esclarecimento da situação clínica Heliportos hospitalares
Formação 2-O
Objectivos específicos de melhoramento - Recursos Humanos
Indicadores para a) O acompanhamento do doente crítico deve ser efectuado por um Médico qual-
o serviço de urgência ificado para o efeito, isto é, capaz de assegurar a via aérea, a ventilação, o
equilíbrio hemodinâmico e a monitorização exigida pelas normas de boa práti-
Listagem
de funcionalidades ca médica. Muitos Hospitais dispõe de recursos muito limitados em número
do sistema informático com as competências desejáveis em emergência e que, se ausentes, compro-
clínico
meterão a capacidade de resposta do Hospital no SU ou no Bloco Operatório.É
Atendimento ao utente urgente rentabilizar o conhecimento existente em várias soluções de formação
e à família
já disponíveis: SBV/SAV, SAT, ATLS, FCCS.
Ambiente para a cura
b) Sempre que possível, deve acompanhar o doente um Médico da Especialidade
Monitorização de
queixas e reclamações responsável pelo mesmo.
Inquérito de satisfação
aos utentes
c) Muitos Hospitais não dispõe de equipes em número ou diferenciação sufi-
ciente para dispensar uma equipe médica para acompanhar os doente trans-
Campanhas
ferido até o seu destino, por vezes horas de viagem de ida e regresso. É
de informação
à população necessário equacionar e assumir o eventual compromisso dos postos de tra-
balho habitualmente assegurados. Respeitando o acima descrito, há que
Normas para a feitura
de protocolos
assumir prioridades em função da opção que cause o menos transtorno no
de actuação bom funcionamento da Equipe.
Normas e procedimentos
para o transporte d) O Serviço de Helicópteros de Emergência Médica do INEM cumpre os requisi-
secundário tos do Guia da SPCI. Contudo, a disponibilidade limitada, por razões de opera-
Heliportos hospitalares cionalidade, tempo, locais de aterragem ou outros, limita este meio como a
46 O Serviço de Urgências
única resposta. Faz sentido dotar poucas equipes de uma grande mobilidade Triagem de prioridades
na urgência
pelo que o SHEM constitui um projecto válido na realidade nacional. Contudo,
apesar da ambulância terrestre possuir um raio de acção relativamente limita- Acelerar o fluxo
e a drenagem
do, este meio poderá constituir uma opção válida nos grandes centros dos doentes
urbanos.
Elaboração
e implementação
3-O
Objectivos específicos de melhoramento - Equipamentos de normas
a) Os equipamentos de apoio clínico são relativamente fáceis de equacionar e de orientação clínica
cada vez mais disponíveis nos diversos Hospitais. Contudo, ainda existe muito Sala de emergência
por fazer na sua sistematização a nível de cada instituição, manutenção e,
sobretudo, no treino de pessoal necessário para rentabilizar os mesmos. A Comunicações
no serviço de urgência
eventual utilização de equipamento portátil da Sala de Emergência implica a
dotação desta de meios que possibilitem o funcionamento contínuo da Sala Transporte inter
hospitalar - doentes
e Serviço de Urgência apesar da ausência temporária de recursos utilizados críticos
durante a viagem.
Plano hospitalar
de emergência externa
4-O
Objectivos específicos de melhoramento - Comunicações
a) Embora já se tenha efectuado um levantamento dos telefones dos vários Formação
Serviços de cuidados intensivos e de urgência dos Hospitais da Região, o facto Indicadores para
é que é necessário manter as listagens actualizadas e divulgar as mesmas por o serviço de urgência
meios eficazes.
Listagem
de funcionalidades
b) Mais do que números de telefone há que sistematizar circuitos de informação, do sistema informático
clínico
sob pena de um desgaste em esforço e tempo à procura dos interlocutores
adequados para concretizar uma transferência. Atendimento ao utente
e à família
c) Mais, importa definir e divulgar os critérios de transferência inter hospitalares Ambiente para a cura
e de admissão nas unidades centrais para melhor sistematizar o processo de
Monitorização de
encaminhamento entre hospitais. queixas e reclamações
Inquérito de satisfação
IV-RECOMENDAÇÕES aos utentes
Campanhas
Adopção do constante nas Normas e Procedimentos para o Transporte Secundário de de informação
Doentes descrito em diante. à população
Sala de emergência
Comunicações
no serviço de urgência
Transporte inter
hospitalar - doentes
críticos
Plano hospitalar
de emergência externa
Formação
Indicadores para
o serviço de urgência
Listagem
de funcionalidades
do sistema informático
clínico
Atendimento ao utente
e à família
Monitorização de
queixas e reclamações
Inquérito de satisfação
aos utentes
Campanhas
de informação
à população
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
48 O Serviço de Urgências
Plano hospitalar de emergência externa
Triagem de prioridades
na urgência
Formação
Indicadores para
o serviço de urgência
Listagem
de funcionalidades
do sistema informático
clínico
Atendimento ao utente
e à família
Monitorização de
queixas e reclamações
Inquérito de satisfação
aos utentes
Campanhas
de informação
à população
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
TEMA 7: PLANO HOSPITALAR DE EMERGÊNCIA EXTERNA
I-OBJECTIVOS
II-ENQUADRAMENTO
50 O Serviço de Urgências
III-PLANO DE MELHORIA Triagem de prioridades
na urgência
1-P
Princípios a assumir na planificação Acelerar o fluxo
e a drenagem
a) Não obstante a eventual existência de um evento particular, a planificação dos doentes
deve ter por base a necessidade da existência de um plano que permaneça
Elaboração
para além deste evento (intemporal). e implementação
b) A planificação deve ser integrada, na vertente pré hospitalar com a hospita- de normas
lar, e na inter hospitalar. Na organização hospitalar, as soluções concretas de orientação clínica
podem ser diversas mas os princípios assumidos e os aspectos básicos trata- Sala de emergência
dos devem ser uniformes a nível das diversas fases de resposta: recepção no
Comunicações
hospital (medidas iniciais), tratamento (inicial e definitivo), e recuperação (nor- no serviço de urgência
malização do trabalho no hospital, metodologias de reflexão sobre o ocorrido
e auditoria). Transporte inter
hospitalar - doentes
c) Nesta organização devem estar previamente claros os catálogos de recursos - críticos
humanos, especialidades e valências médicas, técnicos, áreas de internamen-
Plano hospitalar
to específico e sistemas de comunicação - de cada hospital. de emergência externa
d) A planificação, assente numa vertente fortemente operacional em função das
Formação
necessidades decorrentes da situação de excepção, implica um esforço prévio
de organização estrutural, com o inerente benefício prático para o funciona- Indicadores para
mento normal do Hospital a nível de: comando e controlo, segurança, comu- o serviço de urgência
Normas e procedimentos
2-A
Aspectos específicos a consignar no plano de emergência hospitalar para o transporte
secundário
a) Normas e metodologia de alerta, activação e desactivação do plano de
emergência. Heliportos hospitalares
Campanhas
de informação
IV-RECOMENDAÇÕES
à população
1. Equacionar previamente o papel do Serviço de Urgência na resposta a diversos tipos
Normas para a feitura
de protocolos de desafios, nomeadamente:
de actuação a) Maior procura do SU e decorrente do aumento transitório da afluência.
Normas e procedimentos
b) Abordagem e encaminhamento de personalidades "VIP".
para o transporte c) Resposta a situações multivítimas.
secundário
2. Assumir princípios de planificação universais e transversais às várias instituições na
Heliportos hospitalares região geográfica, devendo os múltiplos organismos ensaiarem previamente os pos-
52 O Serviço de Urgências
síveis mecanismos de cooperação e sinergismo de capacidades. Triagem de prioridades
na urgência
3. Definir aspectos específicos a serem considerados na planificação, podendo as
soluções individuais serem próprias e adaptadas às realidades funcionais, arquitec- Acelerar o fluxo
e a drenagem
tónicas etc… mas garantido o enquadramento na planificação regional e inter disci- dos doentes
plinar.
Elaboração
e implementação
V-BIBLIOGRAFIA de normas
de orientação clínica
1. Alves, A.G. Garcia, J.: Plano de Emergência. CPSE - Comissão de Planeamento Sala de emergência
Saúde e Emergência, INEM - Instituto Nacional de Emergência Médica, 1999.
Comunicações
no serviço de urgência
Transporte inter
hospitalar - doentes
críticos
Plano hospitalar
de emergência externa
Formação
Indicadores para
o serviço de urgência
Listagem
de funcionalidades
do sistema informático
clínico
Atendimento ao utente
e à família
Monitorização de
queixas e reclamações
Inquérito de satisfação
aos utentes
Campanhas
de informação
à população
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
Indicadores para
o serviço de urgência
Listagem
de funcionalidades
do sistema informático
clínico
Atendimento ao utente
e à família
Monitorização de
queixas e reclamações
Inquérito de satisfação
aos utentes
Campanhas
de informação
à população
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
TEMA 8: FORMAÇÃO
I-OBJECTIVOS
II-ENQUADRAMENTO
III-PLANO DE MELHORIA
1-O
Objectivos de melhoramento e investimento
a) Formação em Suporte Avançado de Vida do pessoal técnico (médicos e enfer-
meiros) que abordam e tratam doentes críticos e emergentes (sala de
emergência, cuidados intensivos, cuidados intermédios e bloco operatório).
56 O Serviço de Urgências
b) Formação em Suporte Avançado de Trauma (CAT ou ATLS) aos profissionais Triagem de prioridades
na urgência
que trabalham na Sala de Emergência/Trauma.
c) Formação em Suporte de Doentes Críticos - FCCS (Fundamentals of Critical Acelerar o fluxo
e a drenagem
Care Support). Este curso tem como objectivos preparar o não intensivista dos doentes
para a abordagem do doente crítico nas primeiras horas e até e durante a
transferência para o centro de referência para o tratamento definitivo ou Elaboração
e implementação
unidade de cuidados intensivos. de normas
d) Formação complementar em áreas estratégicas como: triagem de prioridades, de orientação clínica
gestão de situações de catástrofe externa (situações com múltiplas vítimas no Sala de emergência
Serviço de Urgência).
e) Formação específica em Gestão e Direcção do Serviço de Urgência, para a Comunicações
no serviço de urgência
Direcção e as Chefias de Equipe.
Transporte inter
hospitalar - doentes
IV-RECOMENDAÇÕES críticos
Plano hospitalar
1-FFormação clínica de emergência externa
Criar um plano de formação continuada para o pessoal técnico do Serviço de Urgência,
Formação
implicando a realização da formação supracitada à medida do necessário para dotar o
Serviço de Urgência das competências exigidas para o cumprimento da sua missão. Por Indicadores para
exemplo (a adaptar a cada realidade): 2 cursos anuais de SAV, 1 curso anual de FCCS o serviço de urgência
Monitorização de
V-BIBLIOGRAFIA queixas e reclamações
Inquérito de satisfação
1. Driscoll P, Wardrope J " ATLS: past, present and future" Emerg Med J 2005;22:2-3 aos utentes
2. Manual de Gestion Hospitalar. J.L.Temes Montes et al. McGraw Hill
Campanhas
- Interamericana1.Madrid.2 d ed.1997 de informação
3. C.Keith Stone e Roger L.Humphries. Current Emergency - Diagnosis & Treatment. à população
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
Listagem
de funcionalidades
do sistema informático
clínico
Atendimento ao utente
e à família
Monitorização de
queixas e reclamações
Inquérito de satisfação
aos utentes
Campanhas
de informação
à população
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
TEMA 9: INDICADORES PARA O SERVIÇO DE URGÊNCIA
Quando aquilo de que falamos é mensurável, sabemos algo sobre o assunto, mas
quando não o podemos medir e expressar em números o conhecimento é escasso e
insatisfatório…Lord Kelvin (1870)
I-OBJECTIVOS
II-ENQUADRAMENTO
III-PLANO DE MELHORIA
60 O Serviço de Urgências
IV-RECOMENDAÇÕES Triagem de prioridades
na urgência
Elaboração
1-S
Serviço de Observação (SO/OBS)
e implementação
de normas
a) Taxa de Ocupação de orientação clínica
Listagem
a) Número de episódios de funcionalidades
do sistema informático
- Média diária (anual)
clínico
- Total anual
- Total da média diária anual com comparação dos últimos 5 anos Atendimento ao utente
e à família
- Anual Monitorização de
queixas e reclamações
c) Taxa de episódios por idades / sexo
Inquérito de satisfação
- Anual aos utentes
Campanhas
d) Taxa de episódios por local atendimento de informação
- Anual à população
Normas e procedimentos
f) Taxa de doentes triados por cor/prioridade clínica para o transporte
secundário
- Mensal e Anual
Heliportos hospitalares
Sala de emergência
i) Demora média desde a triagem à trombólise
- Anual
Comunicações
no serviço de urgência
j) Demora média desde a triagem à PTCA
Transporte inter - Anual
hospitalar - doentes
críticos
k) Demora média desde a triagem até à realização de TAC em doentes com trauma-
Plano hospitalar
tismo craneano
de emergência externa
- Anual
Formação
Campanhas
o) Taxa de doentes internados por GDH (10 primeiros no SU)
de informação
à população - Anual
Heliportos hospitalares
62 O Serviço de Urgências
V-BIBLIOGRAFIA Triagem de prioridades
na urgência
1. Kaydos W " What Should Your Company Measure Besides Financial Results?". Acelerar o fluxo
e a drenagem
2. Identifying and capturing operational, strategic, and organizational opportunities dos doentes
for improving performance
Elaboração
3. The Decision Group , 2003 e implementação
4. Manual de Gestion Hospitalaria de normas
5. J.L. Temes Montes et al. de orientação clínica
Plano hospitalar
de emergência externa
Formação
Indicadores para
o serviço de urgência
Listagem
de funcionalidades
do sistema informático
clínico
Atendimento ao utente
e à família
Monitorização de
queixas e reclamações
Inquérito de satisfação
aos utentes
Campanhas
de informação
à população
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
Atendimento ao utente
e à família
Monitorização de
queixas e reclamações
Inquérito de satisfação
aos utentes
Campanhas
de informação
à população
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
TEMA 10: LISTAGEM DE FUNCIONALIDADES DO SISTEMA
INFORMÁTICO CLÍNICO (Serviço de Urgência)
I-OBJECTIVOS
Dispor de um sistema de informação clínica, que articule informação clínica e não clíni-
ca, com o objectivo de possuir uma ferramenta de gestão que valorize os aspectos
clínicos em equilíbrio com os indicadores de produção e económicos. Um sistema de
informação deste nível e complexidade implica a informatização clínica e não clínica,
de uma forma integrada.
II-ENQUADRAMENTO
Porém, muita informação não é passível de ser utilizada por uma evidente desarticu-
lação entre este sistema (SONHO) e o registo clínico de muita da actividade assisten-
cial no Serviço de Urgência do Hospital.
66 O Serviço de Urgências
III-PLANO DE MELHORIA Triagem de prioridades
na urgência
módulo do SONHO, nos termos a definir no plano de trabalho a propor e de acordo Sala de emergência
com a validação, da responsabilidade do adjudicatário, por parte do IGIF.
Comunicações
no serviço de urgência
Deve constituir uma solução integral para no Serviço de Urgência do Hospital com inter-
faces específicas por sala/especialidade e para cada grupo profissional, permitindo a Transporte inter
hospitalar - doentes
informatização dos registos actuais em toda o Serviço de Urgência e Urgências periféri- críticos
cas, tudo em consonância, articulação e integração com o SONHO; e interligação com
Plano hospitalar
o SAM e SAPE. de emergência externa
Formação
Considera-se importante que a aplicação informática possua determinadas funcionali-
dades, nomeadamente a capacidade de: Indicadores para
a) Simplificar a utilização do recurso informático com soluções facilitadoras, por o serviço de urgência
ta externa, hospital de dia), visualizando toda a história clínica do doente que Normas e procedimentos
se pretender (v.g. último contacto com o Hospital, nº processo clínico, MCDT para o transporte
secundário
realizados, antecedentes familiares, resultados de tratamento, prescrições
efectuadas, etc.); Heliportos hospitalares
68 O Serviço de Urgências
nº de atendimentos por especialidade e profissional, tempos de atendimento Triagem de prioridades
na urgência
alvo previstos até ao início da primeira observação médica e os realmente
efectuados, indicação de medicamentos mais prescritos, medicamentos pre- Acelerar o fluxo
e a drenagem
scritos por médico, e se for essa a realidade, o número de doentes reorienta- dos doentes
dos para os cuidados primários;
q) Possibilitar a interligação a aplicações de telemedicina e imagem digitalizada Elaboração
e implementação
em uso ou desenvolvimento no Hospital; de normas
r) Permitir a consulta e emissão de listagens relativamente à prescrição e a cus- de orientação clínica
tos por doente, possibilitando a selecção do período de tempo, da especiali- Sala de emergência
dade, do profissional médico, da sala, do diagnóstico e do doente;
s) Incluir fluxogramas de procedimento que sejam dotados de mecanismos Comunicações
no serviço de urgência
automáticos de detecção e controle de fiabilidade (v.g. parto em indivíduo do
sexo masculino, etc.); Transporte inter
hospitalar - doentes
t) Possibilitar a suspensão automática de realização de MCDT em curso por alter- críticos
ação das circunstâncias (v.g. abandono do Serviço de Urgência, alta a pedido,
Plano hospitalar
etc.);
de emergência externa
u) Deverá permitir registar a actividade das diferentes especialidades e profis-
sionais, fornecendo uma identificação precisa de quem faz o quê, durante Formação
Heliportos hospitalares
Comunicações 3-A
Ambiente técnico
no serviço de urgência
O SONHO foi desenvolvido em sql - forms em modo de caracter, tendo como sistema
Transporte inter de gestão de base de dados o Oracle versão 7.3.
hospitalar - doentes
críticos
Por este motivo o módulo essencialmente clínico a desenvolver tem, obrigatoriamente,
Plano hospitalar
de utilizar um sistema de gestão de base de dados Oracle, compatível com a versão
de emergência externa
7.3, sendo da responsabilidade do adjudicatário respeitar as presentes condições téc-
Formação nicas, bem como as demais que sejam eventualmente necessárias, por forma a que a
Indicadores para sua integração com o SONHO e interligação com o SAM e SAPE seja uma realidade,
o serviço de urgência nomeadamente estabelecendo contactos por forma a obter as imprescindíveis autor-
izações e colaboração por parte do IGIF.
Listagem
de funcionalidades
do sistema informático
IV-RECOMENDAÇÕES
clínico
1. Implementar sistemas de informação clínicos credíveis que constituam ferramentas
Atendimento ao utente de gestão objectivas.
e à família
2. Proceder à informatização clínica como forma de garantir a exequibilidade de um sis-
Ambiente para a cura tema de informação completo e actual (online).
Monitorização de
3. Garantir a compatibilidade entre os diversos sistemas de informação, clínicos,
queixas e reclamações administrativos e financeiros, fornecendo e relacionando indicadores úteis para uma
gestão mais célere a racional dos recursos em função das necessidades do utente e
Inquérito de satisfação
aos utentes o desejável equilíbrio funcional do hospital.
Campanhas
de informação
à população
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
70 O Serviço de Urgências
Atendimento ao utente Triagem
e à defamília
prioridades
na urgência
Monitorização de
queixas e reclamações
Inquérito de satisfação
aos utentes
Campanhas
de informação
à população
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
TEMA 11: ATENDIMENTO AO UTENTE E À FAMÍLIA
I-OBJECTIVOS
Adequação das estruturas dos Serviços a todo o tipo de situações, de acordo com a
sua Missão e humanização das relações com utentes e familiares, salvaguardando o
direito dos utentes à privacidade e confidencialidade.
II-ENQUADRAMENTO
O elevado número de doentes que recorrem aos Serviços de Urgência com a conse-
quente demora na observação inicial e, posteriormente, a realização de exames com-
plementares, até ao momento da decisão final conduz a permanências demasiado pro-
longadas na Urgência nos diversos passos do percurso, originando situações de
ansiedade da parte de doentes, familiares e profissionais dos Serviços.
III-PLANO DE MELHORIA
1-IInstalações
Estruturas adequadas de acordo com a dimensão e movimento de cada instituição,
visando especialmente:
a) Condições de privacidade para observação dos doentes, assim como para pas-
sagem de informação para familiares ou acompanhantes.
b) Estruturas para deficientes
c) Sinaléticas de identificação e interpretação fácil e acessível a todos os utentes
d) Instalações acolhedoras e confortáveis para familiares ou acompanhantes, e
doentes ambulatórios à espera de exames complementares ou decisão clínica
72 O Serviço de Urgências
2-IInformação Triagem de prioridades
na urgência
Regularização da informação aos familiares através de:
a) Elaboração de guias de acolhimento Acelerar o fluxo
e a drenagem
b) Garantia de continuidade na informação, através da criação de Gabinete de dos doentes
Informações
c) Formação de profissionais em relações públicas e gestão de conflitos Elaboração
e implementação
d) Informações clínicas da responsabilidade exclusiva do Médico: de normas
- Nos horários previstos nos regulamentos de orientação clínica
Campanhas
de informação
à população
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
Monitorização de
queixas e reclamações
Inquérito de satisfação
aos utentes
Campanhas
de informação
à população
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
TEMA 12: AMBIENTE PARA A CURA
I-OBJECTIVOS
Pretende-se neste capitulo fazer recomendações para melhorar o ambiente nos Serviço
de Urgência, de forma a proporcionar melhores e mais adequadas condições que
facilitem a terapêutica dos doentes e tenham impacte positivo na sua satisfação.
II-ENQUADRAMENTO
Os estudos sobre o impacte do design nos resultados com os doentes têm surgido dos
domínios da Medicina, da Psicologia e da Arquitectura.
III-PLANO DE MELHORIA
1-R
Reduzir o ruído
Os alarmes dos monitores, das seringas, os gritos dos profissionais, dos outros
doentes, e outras formas de ruído são altamente stressantes para os doentes e pertur-
bam os seus períodos de repouso. É importante actuar na redução deste tipo de ruí-
76 O Serviço de Urgências
dos, permitir ao doente controlar o nível de ruído que pode ser controlável e até Triagem de prioridades
na urgência
fomentar a introdução de sons que possam ser relaxantes, como música ou o barulho
da água a correr. Acelerar o fluxo
e a drenagem
dos doentes
2-M
Melhorar a Qualidade do Ar
Este objectivo prende-se com a redução de cheiros desagradáveis, como produtos de Elaboração
e implementação
limpeza, comida, tinta e outros, permitindo uma adequada ventilação eficaz. Este de normas
aspecto é também importante para o controle de infecção. A possibilidade de intro- de orientação clínica
duzir nas áreas públicas odores agradáveis, como os do café ou do pão, tem impacte Sala de emergência
positivo para este objectivo.
Comunicações
no serviço de urgência
3-C
Controlar a temperatura
É sabido que cada pessoa tem um "termostato" próprio, o qual pode também sofrer Transporte inter
hospitalar - doentes
modelações em função de situações diferentes. Assim, idealmente, seria preferível que críticos
cada doente pudesse escolher a temperatura do ar. Nessa impossibilidade é fundamen-
Plano hospitalar
tal que a arquitectura hospitalar tenha em conta a utilização de materiais que modelem
de emergência externa
a temperatura do ambiente, em função da geografia do local e também que haja pos-
sibilidade de modificar a temperatura do ambiente interno, através de um bom sistema Formação
tectoras para os olhos, são algumas das medidas que podem melhorar o ambiente no Heliportos hospitalares
Heliportos hospitalares
78 O Serviço de Urgências
IV-RECOMENDAÇÕES Triagem de prioridades
na urgência
O GTU da Unidade de Missão dos Hospitais S.A. recomenda que os Serviços de Acelerar o fluxo
e a drenagem
Urgência invistam na criação de um "ambiente para a cura", actuando na redução do dos doentes
ruído, melhoria da qualidade do ar, controle da temperatura, garantia da privacidade,
Elaboração
qualidade da luz, cor, sinaléctica, comunicação, qualidade da vista e integração da arte e implementação
no ambiente. de normas
de orientação clínica
Comunicações
1. Building a 2002 vision: Future Health Care Environments. no serviço de urgência
2. The Nutfield Trust. Norwich: The Stationery Office - 1st ed. 2001
Transporte inter
3. 50 Years of Ideas in Health Care Buildings. hospitalar - doentes
4. Francis, Glanville, Noble and Schor. London críticos
5. The Nutfield Trust. Norwich: The Stationery Office - 1st ed. 1999
Plano hospitalar
6. Hospital and healthcare facility design. de emergência externa
7. Richard L. Miller, Earl S. Swensson,
Formação
8. W. W. Norton. New York, 2d ed. 2002
Indicadores para
o serviço de urgência
Listagem
de funcionalidades
do sistema informático
clínico
Atendimento ao utente
e à família
Monitorização de
queixas e reclamações
Inquérito de satisfação
aos utentes
Campanhas
de informação
à população
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
Inquérito de satisfação
aos utentes
Campanhas
de informação
à população
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
TEMA 13: MONITORIZAÇÃO DE QUEIXAS E RECLAMAÇÕES
I-OBJECTIVOS
Obter informação sobre os tipos mais frequentes de queixas por parte dos utentes e
seus familiares, relativamente a ocorrências relacionadas com o Serviço de Urgência,
com vista a poder, com base em evidência actuar sobre os factores em causa.
II-ENQUADRAMENTO
Em situações com prevalência não desprezível poderá também existir a deslocação aos
tribunais, dos responsáveis dos serviços e/ou da instituição, face a queixas ou inquéri-
tos do foro cível ou criminal.
III-PLANO DE MELHORIA
82 O Serviço de Urgências
Em todas as situações deve existir documentação escrita que circula entre os vários Triagem de prioridades
na urgência
interlocutores, até à elaboração da resposta (s) final (ais), existindo a necessidade de
acautelar o segredo profissional e a confidencialidade da informação clínica. Acelerar o fluxo
e a drenagem
dos doentes
IV-RECOMENDAÇÕES
Elaboração
e implementação
1. Manter uma monitorização continua das queixas e reclamações apresentadas. de normas
2. Manter o diálogo entre o Director do Serviço de Urgência e o Presidente do C.A., o de orientação clínica
Director Clínico e o Enfermeiro Director sobre o teor das queixas e reclamações apre- Sala de emergência
sentadas, no sentido de manter informada a hierarquia do Hospital.
Comunicações
3. Analisar as queixas e reclamações existentes, no seu teor e grau de relevância, bem no serviço de urgência
como assumir as respectivas acções correctivas.
4. Construir e manter um ficheiro organizado, preferencialmente em formato informáti- Transporte inter
hospitalar - doentes
co, que identifique o tipo de queixas e reclamações apresentadas. críticos
5. Conservar ficheiro em papel de toda a documentação recebida e expedida, relativa-
Plano hospitalar
mente às queixas e reclamações relativas ao Serviço de Urgência. de emergência externa
6. Tentar manter um interlocutor (no máximo três) na resposta às queixas e recla-
Formação
mações apresentadas (idealmente o Director do Serviço de Urgência ou Director
Clínico e Presidente do Conselho de Administração). Indicadores para
o serviço de urgência
Listagem
de funcionalidades
do sistema informático
clínico
Atendimento ao utente
e à família
Monitorização de
queixas e reclamações
Inquérito de satisfação
aos utentes
Campanhas
de informação
à população
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
Campanhas
de informação
à população
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
TEMA 14: INQUÉRITO DE SATISFAÇÃO AOS UTENTES
I-OBJECTIVOS
Obter retorno sobre a satisfação dos utentes face a utilização dos Serviços de Urgência,
adequando-a às expectativas levadas a quando da procura, para que seja possível
implementar melhorias baseadas na evidência do encontrado.
II-ENQUADRAMENTO
Nestas condições torna-se muito útil saber quais os pontos mais fracos do (s) serviço
(s), no fundo aferir com rigor e periodicidade as queixas e sugestões mais frequentes.
III-PLANO DE MELHORIA
86 O Serviço de Urgências
IV-RECOMENDAÇÕES Triagem de prioridades
na urgência
1. Inclusão nos planos de actividades anuais de políticas, com datas pré-definidas, de Acelerar o fluxo
e a drenagem
inquéritos de satisfação aos utentes do Serviço de Urgência. dos doentes
2. Recolha e tratamento dos dados recolhidos com envolvimento dos Conselhos de
Elaboração
Administração. e implementação
3. Implementação de medidas de melhoria e correcção dos problemas identificados. de normas
4. Realização de inquéritos de satisfação semestrais aos utentes do serviço de urgên- de orientação clínica
cia (prioridades clínicas muito urgente, urgente, pouco urgente e não urgente). Sala de emergência
5. Realização de inquéritos de satisfação semestrais aos familiares dos utentes de
Comunicações
todas as prioridades clínicas. no serviço de urgência
6. Abordagem de pontos de satisfação clínica e não clínica.
7. Envolvimento de empresas externas ao hospital para inclusão de outros modelos de Transporte inter
hospitalar - doentes
obtenção de informação, na vertente da satisfação do utente e do familiar. críticos
Plano hospitalar
de emergência externa
Formação
Indicadores para
o serviço de urgência
Listagem
de funcionalidades
do sistema informático
clínico
Atendimento ao utente
e à família
Monitorização de
queixas e reclamações
Inquérito de satisfação
aos utentes
Campanhas
de informação
à população
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
TEMA15: CAMPANHAS DE INFORMAÇÃO À POPULAÇÃO
I-OBJECTIVOS
II-ENQUADRAMENTO
III-PLANO DE MELHORIA
IV-RECOMENDAÇÕES
90 O Serviço de Urgências
Normas para a feitura de protocolos deTriagem
actuação
de prioridades
na urgência
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
ADENDA 1: PROTOCOLOS DE ACTUAÇÃO
1-INTRODUÇÃO
2-ESTRUTURA DO PROTOCOLO
Parte 1 - Sumário
Do sumário deve constar, pela seguinte ordem de apresentação:
1. Titulo do protocolo
2. Responsáveis pelo protocolo: Identifica os responsáveis pelo desenvolvimen-
to do protocolo
3. Objectivo do protocolo
4. Definição do grupo de doentes a que se aplica o protocolo
5. Disponibilidade do protocolo: identifica os diferentes suportes em que o pro-
tocolo se encontra disponível (informático, papel…)
6. Adaptação do protocolo: identifica se o protocolo foi ou não adaptado a par-
tir de outro protocolo e cita a fonte
7. Data da publicação
8. Método e periodicidade da revisão das recomendações do protocolo: identifi-
ca e descreve os métodos utilizados para a revisão e validação das recomen-
dações bem como a periodicidade proposta para a repetição do processo
9. Estratégia e data de implementação do protocolo: descrição da estratégia pro-
posta (reuniões, livro de bolso, folha no processo, página no computador….)
e data de implementação
10. Tipo de profissionais implicados na implementação do protocolo
11. Indicadores de desempenho ou processo para acompanhamento da imple-
mentação do protocolo: enumerados pela ordem de importância, com defini-
92 O Serviço de Urgências
ção da periodicidade e metodologia de monitorização do cumprimento do Triagem de prioridades
na urgência
protocolo e, no caso dos indicadores de processo, uma clarificação de como
estes se relacionam com os resultados Acelerar o fluxo
e a drenagem
12. Bibliografia: as fontes devem ficar em arquivo de forma a facilitar futuras
dos doentes
revisões
Elaboração
e implementação
Parte 2 - Protocolo de normas
São considerações relevantes: de orientação clínica
ca para o proposto. Na identificação das fontes deve-se igualmente descrever Indicadores para
o nível de evidência. o serviço de urgência
Listagem
de funcionalidades
1.Evidência obtida por pelo menos um ensaio esquematizado apropriadamente do sistema informático
clínico
randomizado e controlado
Atendimento ao utente
e à família
2.Evidência a partir de estudos não randomizados ou não controlados
2.1Evidência obtida por ensaios controlados bem esquematizados, sem randomi- Ambiente para a cura
zação
Monitorização de
2.2Evidência obtida de estudos analíticos bem esquematizados de "coortes" ou queixas e reclamações
"caso controlo" de mais de um centro ou grupo de investigação
Inquérito de satisfação
2.3Evidência obtida em séries múltiplas de tempo, com ou sem manipulação. Os aos utentes
resultados muito evidentes em experiências não controladas podem também ser
Campanhas
considerados como evidência deste tipo.
de informação
à população
3.Opiniões de especialistas baseadas em experiência clínica, estudos descritivos
Normas para a feitura
ou informações de grupos de trabalho de peritos (este é o grau mais baixo de de protocolos
validade) de actuação
Normas e procedimentos
A validade pressupõe ainda a aceitação e validação pelos profissionais que vão utilizar para o transporte
o protocolo ou pertencentes a outras unidades relacionadas com a aplicação do secundário
Heliportos hospitalares
ADENDA 2: NORMAS E PROCEDIMENTOS PARA O TRANSPORTE
SECUNDÁRIO DE DOENTES
1-INTRODUÇÃO
96 O Serviço de Urgências
da equipa por ele delegado a tomar a decisão do referido transporte, do momento e Triagem de prioridades
na urgência
o tipo de transporte mais adequado.
Acelerar o fluxo
e a drenagem
Consideramos básico, que para a efectivação do transporte seguro, se tenha de aten- dos doentes
der às seguintes regras: Planeamento; Tipo e número de elementos para acompanhar
o doente; Equipamento necessário; Procedimentos que poderão vir a ser necessários; Elaboração
e implementação
Tipo de transporte a escolher. de normas
de orientação clínica
Comunicações
Como já foi dito em parágrafos anteriores, o planeamento tem fundamentalmente a ver no serviço de urgência
com a tomada de decisão clínica que levou à necessidade de transferência do doente,
tendo em linha de conta os benefícios e riscos que tal decisão poderá acarretar. No Transporte inter
hospitalar - doentes
entanto deverá estar sempre presente que o transporte tem condicionantes próprias, críticos
como seja, as vibrações, efeitos aceleração-desaceleração, variações térmicas, o risco
Plano hospitalar
de tráfego e as anomalias da fiabilidade na monitorização entre outros, mais específi- de emergência externa
cos, como por exemplo o transporte aéreo, e que deverão pesar na decisão e do
Formação
momento do transporte. Por isso não é de aconselhar o início de transporte em
doentes ainda instáveis, excepto se não houver garantias técnicas para a sua estabi- Indicadores para
lização rápida. o serviço de urgência
Listagem
Deverá fazer parte do planeamento a obrigatoriedade de informar o doente e ou seu de funcionalidades
do sistema informático
representante legal da necessidade e dos factos que condicionaram a referida decisão,
clínico
bem como do local de destino do doente, sendo desejável que haja um consentimen-
to expresso. Atendimento ao utente
e à família
De igual modo, nunca deverá ser iniciado o transporte, sem que o hospital receptor Ambiente para a cura
respectivos meios complementares de diagnóstico que possam existir e com importân- Normas e procedimentos
cia para a continuidade dos cuidados, que obrigatoriamente terão de acompanhar o para o transporte
secundário
doente, não devendo ser diferentes dos que foram sucintamente transmitidos aquan-
do do primeiro contacto telefónico com o médico do hospital receptor Heliportos hospitalares
Campanhas
de informação 4-EQUIPAMENTO NECESSÁRIO AO TRANSPORTE
à população
98 O Serviço de Urgências
Por princípio geral, deverá ser sempre utilizado como meio de transporte uma ambulân- Triagem de prioridades
na urgência
cia que tenha disponível no mínimo oxigénio e equipamento básico de suporte da via
aérea. Acelerar o fluxo
e a drenagem
Poderá, em situações clínicas que não acarretem risco de vida e com a devida anuên- dos doentes
cia dos doentes, ser permitido outro tipo de transporte, incluindo os meios próprios dos
doentes, desde que essa intenção seja da livre e espontânea iniciativa dos mesmos. Elaboração
e implementação
de normas
As particularidades relativas ao equipamento indispensável ao transporte de doentes de orientação clínica
críticos ou graves serão consideradas na secção do transporte do doente crítico. Sala de emergência
Comunicações
no serviço de urgência
5-PROCEDIMENTOS NECESSÁRIOS
Transporte inter
hospitalar - doentes
Poderemos então a título de resumo dizer que os procedimentos necessários para a críticos
efectivação de um transporte e que serão da responsabilidade do médico que pretende
Plano hospitalar
efectuar a transferência, salvaguardando as disposições regulamentadas que existam de emergência externa
para cada instituição sobre esta matéria, serão:
Formação
disponibilizados, quer para o doente quer para a equipa de acompanhamento. Normas e procedimentos
i) Efectivar o transporte conforme planeado, cabendo a partir deste momento a para o transporte
secundário
responsabilidade da decisão clínica, ao médico que acompanha o doente ou
que organizou o referido transporte. Heliportos hospitalares
Comunicações
no serviço de urgência Estratificação de Doentes
Monitorização de
queixas e reclamações GRUPO I GRUPO II
Inquérito de satisfação
Inotrópicos Antiepilépticos Inotrópicos + vasodilatadores
aos utentes
Vasodilatadores Corticóides Incubadora
Campanhas Antiarritmicos Manitol 20% Anestésicos gerais
de informação Bicarbonatos Trombolíticos Relaxantes uterinos
à população Analgésicos Naloxone
Dreno torácico
Normas para a feitura
de protocolos Adaptado de: ETXEBARRIA et al. Eur J Emerg Med, 1998
de actuação
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
Acelerar o fluxo
Pontos Veículo Acompanhantes Nível
e a drenagem
dos doentes
0-2 A.M.S. Nenhum A
3-6 A.M.S. Enfermeiro B Elaboração
>7 Ambulância especial Médico + Enfermeiro C*1 e implementação
(se > 1h helitransporte) de normas
de orientação clínica
Listagem
Comunicações*3 Nível A – rádio ambulância de funcionalidades
do sistema informático
Nível B – rádio ambulância + rádio CODU
clínico
Nível C – rádio CODU + Telefone móvel
Atendimento ao utente
e à família
8-RECOMENDAÇÕES PARA HELITRANSPORTE *4
Ambiente para a cura
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
Acelerar o fluxo
Pontos Nível Veículo Acompanhamento Monitorização Equipamento e a drenagem
dos doentes
0-2 A Ambulância normal Nenhum Nenhum Standard ambulância AMS
Elaboração
3-6 B Ambulância normal Enfermeiro TA, FC, (+) Monitor de transporte, e implementação
Sat.O2, ECG material injectáveis, soros de normas
de orientação clínica
>7 C Ambulância Médico TA, FC, (+) Ventilador transporte,
Sala de emergência
medicalizada ou heli + Enfermeiro Sat.O2, ECG Material para a via
e Capnografia aérea avançada, Comunicações
se indicado Desfibrilhador no serviço de urgência
Transporte inter
9-BIBLIOGRAFIA hospitalar - doentes
críticos
Listagem
de funcionalidades
do sistema informático
clínico
Atendimento ao utente
e à família
Monitorização de
queixas e reclamações
Inquérito de satisfação
aos utentes
Campanhas
de informação
à população
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
Acelerar o fluxo
e a drenagem
dos doentes
Elaboração
e implementação
de normas
de orientação clínica
Sala de emergência
Comunicações
no serviço de urgência
Transporte inter
hospitalar - doentes
críticos
Plano hospitalar
de emergência externa
Formação
Indicadores para
o serviço de urgência
Listagem
de funcionalidades
do sistema informático
clínico
Atendimento ao utente
e à família
Monitorização de
queixas e reclamações
Inquérito de satisfação
aos utentes
Campanhas
de informação
à população
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
1-OBJECTIVOS
2-ENQUADRAMENTO
Existe evidência que mostra ser o transporte de helicóptero uma indicação quando a
duração do transporte for superior a uma hora e/ou quando o nível de gravidade do
doente for elevado (2,3).
São dos factores limitantes mais frequentes para a efectivação das missões de trans-
porte secundário (entre hospitais) as condições atmosféricas adversas e a inexistência
de heliportos adequados.
Elaboração
3-PLANO DE MELHORIA
e implementação
de normas
a) Nos hospitais onde não existe heliporto, encetar medidas no sentido da sua de orientação clínica
Campanhas
de informação
à população
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares
Elaboração
Região Norte
e implementação
IPO - CRO Porto, SA Não
de normas
de orientação clínica H. Geral Santo António, SA Não
H. Santa Maria Maior, SA Não
Sala de emergência H. Distrital de Bragança, SA Sim Sim
H. Senhora da Oliveira, SA Sim Sim Obras, Retirar Gruas
Comunicações H. Pedro Hispano, SA Sim Sim Sim
no serviço de urgência H. Padre Américo - Vale do Sousa, SA Sim Sim
Centro Hospitalar do Alto Minho, SA Sim Sim
Transporte inter H. São João de Deus, SA Não
hospitalar - doentes
Centro Hospitalar Vila Real / Peso da Régua, SA Sim Sim
críticos
H. São Gonçalo, SA Não
Plano hospitalar
de emergência externa Região Centro
H. São Sebastião, SA Sim Sim Sim
Formação IPO - CRO Coimbra, SA Não
H. Infante D. Pedro, SA Não
Indicadores para Centro Hospitalar da Cova da Beira, SA Sim Sim Em vias para Noite
o serviço de urgência H. Santo André, SA Sim Sim Sim
H. São Teotónio, SA Sim Sim Sim
Listagem H. Distrital da Figueira da Foz, SA Não
de funcionalidades
do sistema informático
Região Lisboa e Vale do Tejo
clínico
IPO - CRO Lisboa, SA Não
Atendimento ao utente Hospital de Santa Marta, SA Não
e à família Hospital Pulido Valente, SA Não
H. Egas Moniz, SA Não
Ambiente para a cura H. Santa Cruz, SA Sim Sim Sim
H. São Francisco Xavier, SA Sim Sim
Monitorização de Centro Hospitalar Médio Tejo, SA - Abrantes Sim Sim Sim
queixas e reclamações Centro Hospitalar Médio Tejo, SA - Torres Novas Sim Sim Sim
Centro Hospitalar Médio Tejo, SA - Tomar Não
Inquérito de satisfação
H. Garcia de Orta, SA Sim Sim Sim
aos utentes
H. Nossa Senhora do Rosário, SA Sim
Campanhas H. Distrital de Santarém, SA Sim
de informação H. São Bernardo, SA Sim
à população
Região Sul
Normas para a feitura Centro Hospitalar do Baixo Alentejo, SA Não
de protocolos H. Do Barlavento Algarvio, SA Sim Sim Sim
de actuação
Normas e procedimentos
para o transporte
secundário
Heliportos hospitalares