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Poema de Claudio Manuel da Costa

Que inflexvel se mostra, que constante


Se v esse penhasco! J ferido
Do proceloso vento e j batido
Do mar, que nele quebra a cada instante!

No vi; nem hei de ver mais semelhante,


Retrato dessa ingrata, a que gemido
Jamais pode fazer que, enternecido,
Seu peito atenda s queixas de um amante.

Tal s, ingrata Nise: a rebeldia,


Que Vs nesse penhasco, essa dureza
H de ceder aos golpes algum dia:
Mas que diversa tua natureza!
Dos contnuos excessos de porfia,
Recobras novo estmulo fereza.

bbbbbbbbbbbbb
1. O soneto construdo a partir de 3. Nos tercetos, o eu lrico nomeia a
relaes de semelhana entre a paisagem mulher amada e continua a fazer uma
observada pelo eu lrico e as atitudes da analogia entre ela e a paisagem natural.
mulher amada. No primeiro quarteto:
a) No primeiro terceto que constatao do
a) Como caracterizada a natureza? Trata- eu lrico reacende sua esperana de
se de uma passagem amena, de acordo conseguir a ateno de Nise?
com a tradio rcade, ou uma paisagem
hostil, desarmnica? b) Essa esperana se mantm no ultimo
b) Qual elemento dessa paisagem terceto?
caracterizado como inflexvel
Constante? 4. O poema, apesar de apresentar uma
paisagem hostil e desarmnica, marcada
pela influencia barroca, representativo
2. No segundo quarteto, o eu lrico faz uma
analogia entre a natureza e o comporta- do Arcadismo. Aponte nele elementos da
mento feminino. esttica rcade.

a) Pela perspectiva do eu lrico, a quem se


assemelha o rochedo?

b) Que aes do eu lrico, em relao


amada correspondem s aes do vento e
do mar contra o rochedo?

c) Em que aspecto a amada se assemelha


ao rochedo?

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