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Como vimos, guemilut chassadim é definido por qualquer ato realizado com o objetivo de
beneficiar o outro. Um ato de bondade ocorre quando uma pessoa doa algo de si para outro,
seja dinheiro, energia, tempo ou afeição. Em hebraico, o termo guemilut chassadim é sempre
utilizado no plural, pois cada ato de bondade é recíproco, beneficiando o receptor e o doador
também. Ensinam nossos sábios que cada ato de bondade tem dupla conseqüência: ajuda o
que recebe e abençoa o que dá.
A tzedaká é um dos sustentáculos do judaísmo. Mas nossos sábios ensinam que os atos de
guemilut chassadim são, geralmente, superiores. O Talmud explica: "Os sábios ensinaram: de
três maneiras os atos de bondade são maiores que a caridade. A caridade é realizada com
dinheiro; a bondade é feita quando alguém dá de si. A caridade é dada ao pobre; a bondade
pode ser feita tanto para o pobre quanto para o rico. A caridade é para os vivos; a bondade é
para os vivos e para os mortos" (Sucá, 49b).
O Maharal de Praga, Rabi Yehudá Loew, afirmava que por mais louvável e necessária que fosse
a tzedaká, muitas vezes é impulsionada por um sentimento momentâneo de compaixão. É
difícil não ajudar alguém quando somos defrontados com a dor ou fome de outro ser. Mas,
explica o Maharal, para que o homem se "aproxime" de D'us, ele precisa ir além de momentos
passageiros de compaixão; o homem que deseja elevar-se espiritualmente precisa se tornar
um verdadeiro homem de chessed. Para tal homem, agir para beneficiar outros não é uma
resposta frente a uma necessidade, mas uma qualidade intrínseca de sua personalidade. O
coração e a mente de um homem de chessed estão sempre atentos, percebendo as
necessidades dos que estão a sua volta e agindo para atendê-las.
Maimônides, o maior dos filósofos judeus e codificador da Lei Judaica, explicou qual a
diferença entre tzedaká e chessed. Tzedaká vem da palavra tzedek, cujo significado é justiça.
Justiça quer dizer dar a alguém algo que é seu por direito - no judaísmo, a caridade é
considerada uma forma de justiça e não bondade gratuita. Chessed, por sua vez, é uma atitude
em relação àqueles que não necessariamente precisam de gestos de bondade - ou na
proporção na qual são receptores. Assim, Maimônides conclui que enquanto a tzedaká está
relacionada a um ato de generosidade, geralmente feito por alguém que deseja aperfeiçoar a
sua própria alma, chessed aplica-se à realização da beneficência sem limites
Praticando o bem
A prática de atos de bondade é necessária para se constituir uma sociedade saudável e justa.
Mas, para que a generosidade seja canalizada de forma positiva, deve incluir medidas de
empatia, discernimento e respeito. Deve-se tomar, sempre, o maior cuidado para salvaguardar
os sentimentos e o amor próprio de quem necessita de ajuda. A Torá ensina que se uma
pessoa der a outra os mais valiosos presentes do mundo, porém de má-vontade, será como se
não tivesse dado nada. Por outro lado, se um indivíduo for recebido com um sorriso de boas-
vindas, ainda que não seja possível dar-lhe algo, será como se os presentes mais valiosos do
mundo lhe tivessem sido ofertados. D'us nos ordena ser gentis não apenas com atos, mas
também com palavras - falar gentilmente com os menos afortunados e estimulá-los. Na Torá,
D'us promete abençoar aqueles que assim agem.
Atos de bondade cobrem uma gama quase infinita de possibilidades, pois qualquer ser
humano é "pobre" em relação ao que lhe falta. Alguns precisam de ajuda financeira, outros de
afeição e outros, ainda, de conhecimento. Da mesma maneira que temos a obrigação de
cuidar física e mentalmente dos outros, devemos fazer o mesmo em relação a seu espírito. É
isto que D'us nos ordena na Torá: "... se há um necessitado entre vós... certamente deveis
estender-lhe vossa mão e emprestar-lhe o suficiente para suas necessidades, seja o que for
que lhe falte". (Deuteronômio,15:7-8). Este é um mandamento amplo, que não se limita às
necessidades materiais do indivíduo. Guiar os outros, ensinando-lhes a Torá, é um elemento
essencial de guemilut chassadim.
Todo aquele que segue o mandamento de estudar a Lei tem também a obrigação de ensiná-la
não apenas às crianças, mas a qualquer um. Nossos sábios ensinam que desviar alguém do
caminho da Torá é pior do que feri-lo fisicamente, pois o dano espiritual é maior do que o
físico. O dever de cuidar do bem-estar espiritual dos necessitados ultrapassa, muitas vezes, a
obrigação de prover-lhes de bens materiais.
Ensinam nossos sábios que o verdadeiro altruísmo, a verdadeira bondade, são realizados
quando não se espera nada de volta. Freqüentemente, mesmo se de forma inconsciente, ao
darmos algo de nós mesmos para outro, temos a expectativa de receber algo em retorno. Mas
o verdadeiro amor, a verdadeira bondade, devem ser dados incondicionalmente, sem esperar
nada em troca.
É por isso que o judaísmo considera que o verdadeiro ato de bondade, chamado de Chessed
shel Emet, é feito aos mortos, pois os falecidos jamais poderão dar algo para aquele que tudo
faz para que sejam enterrados com dignidade e respeito. A passagem de um ser humano desta
vida terrena para a sua Morada Celestial é um dos ciclos de sua existência, não o seu fim.
Portanto, o corpo do falecido deve ser enterrado com dignidade e conforme as leis judaicas e
deve-se recitar o Kadish, estudar a Torá e realizar atos de tzedaká, para ajudar a elevar a alma
do falecido.
O Judaísmo tem um de seus pilares na justiça. Mas definir justiça, não é fácil.
Na tradição judaica associou-se a palavra Tzedek = justiça com a palavra Tzedaká = justiça
social. Erroneamente traduziu-se esta palavra como sendo caridade. Tzedaká não é caridade.
RESPOSTA:
A palavra hebraica chessed significa
bondade. Guemilut Chassadim são atos de
bondade.
Os rabinos dizem que os judeus possuem
três qualidades:
No conceito de Redenção judaica não se salvarão todos os judeus quando vier o Messias.
Diferentemente do conceito medieval cristão de Juízo Final, no qual os judeus e outros infiéis
seriam condenados e arderiam no Inferno, o conceito judaico é outro. Há uma categoria de
pessoas não judias que se salvariam: os Justos das Nações. Gente que não é judia, mas que age
de acordo com os valores de justiça, plenos e amplos. São justos mesmo não sendo judeus. E
serão redimidos no final dos tempos, na era messiânica. Já os judeus não justos não se
salvariam. Ou seja: não se dá um “passaporte à Redenção” aos judeus de fachada, que não
agem dentro das normas da justiça. E se abre a Redenção aos Justos entre as Nações.
Agora se seu coração é reto diante do Eterno, o único capaz de julgar o íntimo do ser humano,
as intenções do coração, certamente o seu caminhar também será reto em meio a uma
sociedade corrompida e sem rumo.
Ou você vive como um peregrino em terra estrangeira, ou como participante desse sistema
corrompido e corrupto. Não existe possibilidade de estar em cima do muro, quer seja
moralmente ou espiritualmente. Se você não se posiciona de um lado, automaticamente você
esta do outro.
Gosto muito dessa passagem de um judeu para uma comunidade judaica
¶ Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a
fé pode salvá-lo? Tiago 2:14
Guardar os mandamentos não significa apenas conhecer, mas tê-los em seu coração a fim de
cumpri-los.
Sl 119:11 – “Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti.”
Js 1:8 – “Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que
tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás
prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido.”
Salmos 119:165 Muita paz têm os que amam a tua lei, e não há nada que os faça tropeçar.
9. Guardar os mandamentos traz a liberdade.
Isso é justo.
Bnei Noah
B'nei Noach (do hebraico נח בני, "Filhos de Noé") ou noaicos é a tradição monoteísta de
não-judeus que seguem os princípios estabelecidos nas Sete Leis de Noé.[1] Tecnicamente
o termo noaico designa todos os descendentes de Noé, portanto toda a população mundial
pós-dilúvio, mas utiliza-se hoje especificamente em relação aos não-judeus que obedecem
à estes princípios. De acordo com a tradição judaica, os não-judeus não são obrigados a
se converter ao judaísmo, mas requer-se que sigam as Leis de Noé.
No Judaísmo, as Sete Leis de Noé ( do hebraico: " נח בני מצוות שבעŠbaˤ mişwōt bnē-Noḥ"
(Sheva Mitzvot B'nai Noah)), também chamadas de Brit Noah ("Pacto de Noah") são os
mandamentos que, de acordo com a tradição judaica, foram ordenados a Noé após
o Dilúvio como regra para toda a humanidade[1][2].
O judaísmo, como estilo de vida e fé, classifica os seres humanos em dois grupos de
acordo com o pacto estabelecido com seus ancestrais: os israelitas, os filhos de Abraão,
Isaque e Jacó; e os noachitas, os filhos de Noé[3]. A diferença entre esses grupos decorre
da responsabilidade no que tange às regras de comportamento. Enquanto os israelitas são
regidos por 613 leis da Torá[4], os noachitas são disciplinados apenas por 7 leis universais
expressas pela tradição judaica e implícita na Torá[5]. O ser humano que respeita as 7 leis
de Noé é considerado justo entre as nações e possui lugar no mundo vindouro[6].
Índice
[esconder]
A essência das Sete Leis de Nôach é a proibição de adorar vários deuses. Todo homem está
proibido de servir ou adorar qualquer coisa criada - nenhum ser humano, nenhum anjo,
nenhuma planta, nenhuma estrela, nem os quatro princípios básicos (terra, água, fogo e ar),
nem tampouco o que é formulado a partir deles. Para corretamente respeitar a proibição
contra a idolatria, é preciso tomar consciência da unidade de D’us.
A. Nós não estamos autorizados a pensar que há outra divindade além de D’us;
B. Nós não estamos autorizados a possuir um ídolo, fazer um ídolo, ou mandar alguém fazer
um para nós;
D. Nós não podemos nos curvar diante de um ídolo, sacrificar a um ídolo, fazer libações ou
queimar incenso diante de um ídolo, mesmo que esta não seja a forma habitual de culto;
E. Não é permitido praticar idolatria com palavras, pensamentos ou ação. Tão logo, qualquer
forma de culto que não seja para um D’us Único, é idolatria.
Estamos proibidos de cometer homicídio. D’us nos incumbiu da proteção e salvaguarda da vida
humana - tanto a nossa como a dos outros. Salvo em casos de autodefesa, sentenças judiciais
de guerra legal, ou quando a punição para os assassinos é a pena capital, como Ele afirma,
"Aquele que derrama o sangue do homem, pelo homem terá seu sangue derramado, porque à
imagem de D’us, Ele fez o homem "(Bereshit 9:6).
Nós também estamos proibidos de prejudicar outra pessoa, incluindo um feto. O aborto é
proibido, como Ele afirma: "Aquele que derrama o sangue do homem dentro do
homem"(Bereshit 9:06). O Talmud diz: "Enquanto ele está dentro de um homem" ( Sanhedrin
57b ).
A pessoa doente ou ferida também não pode ter sua vida encurtada. "E por certo o vosso
sangue de vossas almas requererei; da mão de todo animal a requererei; e da mão do homem;
da mão do varão (que é como) seu irmão, requererei a alma do homem" (Bereshit 9:5). Aqui
temos a proibição da eutanásia, isto é, mesmo que a pessoa não suporte mais o sofrimento de
um ente querido, seu "irmão" ele está proibido de “encurtar” sua vida.
D’us exige que a vida humana seja protegida, inclusive a nossa, quando afirma: "E só o sangue
de sua alma eu vou exigir" ( Bereshit 9:5 ). Portanto, o suicídio é proibido.
O mesmo se aplica a masturbação (derramar semente) também é mal visto e considerado um
ato de caráter assassino, como vemos a história de Er e Onã, que estavam sujeitos à Mitzvot
de Bnei Nôach. A masturbação é punida pela mão dos Céus.
Estamos proibidos de roubar dinheiro, ou qualquer objeto. Além de ser proibido causar
prejuízos físicos ou psicológicos a alguém. A proibição do roubo pode de fato, ser o mais difícil
de todas as Mitzvot Bnei Nôach, pois a oportunidade de roubar ou “se dar bem” nos é
apresentada quase que constantemente.
Dentro de toda a Criação, não há nenhuma regra que permite a qualquer indivíduo quebrar as
Leis sexuais por causa de sua "verdadeira natureza". Rabino Yirmeyahu Bindman, autor de “As
Sete Cores do Arco-Íris”, observa: "Não há tal coisa como um adúltero ou homossexual mais do
que há tal coisa como um ladrão. Se alguém realmente precisa e deseja agradar e obedecer a
D’us, terá que resistir à tentação da ilegalidade.”
D. Um homem não pode ter uma união com a esposa de outro homem;
Apesar dos não-judeus não serem obrigados a se casar antes de começar a ter um
relacionamento sexual, (estando sujeitos as Leis do país em que vivem) eles são encorajados a
fazê-lo. Através do casamento, cultivamos os elementos mais sutis do nosso comportamento
sexual, e no desenvolvimento de uma união forte e amorosa, não só melhoramos nossas
próprias vidas, mas nós também fornecemos às gerações futuras as bases necessárias para
levarem uma vida temente a D’us.
Amaldiçoando O Criador ou usando Seu Nome para amaldiçoar algo de Sua Criação, é
expressão de uma fé incompleta em D’us (ou uma crença incompleta em Sua Unicidade
Absoluta). É a única proibição que envolve a fala ao invés de ação, e demonstra a importância
deste atributo exclusivamente humano. Devemos sempre falar o Nome de D’us, mesmo que
em outra língua com respeito e santidade.
Esta proibição não tem nada a ver com a saúde física ou de higiene. Tem a ver com a
constituição espiritual, porque o consumo de carne viva está na origem da raiz da crueldade e
do egoísmo. Basta mesmo uma pequena quantidade de carne viva (carne tirada de um animal
vivo), mesmo cozidos ou crus, viola a proibição. Até porque, antes do dilúvio, a carne de
qualquer espécie era proibida como alimento. Após o dilúvio, D’us disse a Noé que a carne
seria permitida, contanto uma condição foi mantida em sua preparação, a proibição de comer
carne viva. Como está escrito em Bereshit ( Gênesis ) 9:3-4, "Tudo se move e vive será para
você para o alimento, apenas como a erva verde, Dei-lhe tudo. Mas a carne com sua alma viva,
o seu sangue, não comereis. "
A. Não é permitido comer um membro que foi cortado de um animal vivo, peixe ou ave;
B. Não é permitido comer carne de qualquer animal que foi rasgado por um animal selvagem,
partes foram arrancadas de um animal enquanto ele ainda estava vivo;
Nota: A quem não coma carne de animas, até mesmo por abate mecânico, como acontece nos
grandes matadouros.
Quando D’us criou o homem, Ele ordenou que se estabelecessem Tribunais de Justiça, para
manter as Sete Leis de Nôach. O mundo não pode ser deixado à anarquia. Deve haver um
Sistema bem organizado de Leis para que as pessoas sejam julgadas equitativamente e não
tomem a Lei nas suas próprias mãos.
Nossos Sábios declaram: "Qualquer um que julga com verdade se torna um parceiro de D’us na
criação do mundo."
Aspirações
O mandamento de honrar os pais não é uma das Sete Mitzvot Bnei Nôach, porém quando um
não judeu honra seus pais, ele será recompensado por fazer do mundo um lugar melhor. Pois
o filho de Noé, Ham, foi punido por ter degradado seu pai (Bereshit 9:22)
Da mesma forma, Ló foi elogiado por arriscar a vida para trazer convidados em Sodoma, uma
cidade que proibiu a hospitalidade (19 Bereshit 10/01 ). O Midrash declara que Avraham
visitou seu filho, Ishmael, para ver se ele foi hospitaleiro com os convidados. Quando a mulher
de Ishmael não o recebeu ele orientou a seu filho a divorciar-se dela. Por tanto ser hospitaleiro
também retrata os traços de caráter de um Bnei Nôach.
Sendo assim ,todos Bnei Nôach devem cultivar bons traços de caráter e se esforçarem para
chegar perto do Todo-Poderoso, através da oração e por meio de ofertas que devem ser
levadas ao Templo Sagrado, a fim de que ele seja reconstruído rapidamente e em nossos dias,
como Ele afirma: “A esses os levarei ao meu santo monte, e os alegrarei na minha casa de
oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar; porque a minha
casa será chamada casa de oração para todos os povos.” (Isaías 56:7)
“Chegará um tempo em que todos estarão preparados para incorporar este caminho. Será
então o início de um novo mundo de sabedoria e paz.”