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SKINS

AS TRIBOS DO MAL
Autor: Helena Salen

Turma: 9º A - Nº 33

No fio da memória: Da Inquisição ao Fascismo:


Após a II Guerra Mundial Nasceram os grupos neo-fascistas e neonazistas, que
eram versões renovadas dos fascistas e nazistas da Segunda Guerra Mundial.
Geralmente eram grupos de jovens e adolescentes que se revoltavam contra a
sociedade e seus dogmas, usualmente carecas. Um exemplo de grupo neonazista
eram os Skinheads, que em inglês significa cabeça raspada. Os primeiros grupos
eram originários da classe operária na Inglaterra, no final dos anos 60. Mais tarde
espalharam-se por todo o mundo. A partir dos anos 70 os skinheads tornaram-se
xenofóbicos. Eles realizavam badernas, revoltas e agressões em lugares públicos
para chamar a atenção, principalmente em estádios de futebol; onde, na Inglaterra,
participavam de agressões contra imigrantes paquistaneses e asiáticos.
No Brasil surgiu, na década de 30, ligados ao fascismo, os chamados “camisas
verdes”. Jovens que faziam parte do partido de Ação Integralista Brasileira. E assim
ficaram conhecidos devido ao uniforme que usavam. Faziam movimentos com a
mão espalmada assim como os nazistas. Mas, diferentemente, sua revolta era contra
o capitalismo reinante no Brasil.

Podres Poderes: O Neo-Nazismo no Brasil:


Outros grupos neonazistas como os Skinheads surgiram: os Punks e os
Hooligans. Com o visual fugindo dos padrões que a sociedade impunha; o corte de
cabelo a moicano, os Punks e Hooligans mostravam a sua indignação às injustiças
do Estado. Com sua atitude subversiva, eram muitas vezes, responsáveis por
constantes conflitos e discussões, às vezes violentos, em ruas, festivais e estádios de
futebol.

No Brasil, a versão dos Skinheads eram os Carecas do ABC, ou carecas do


Subúrbio, formados inicialmente na região do Grande ABC e atualmente presentes
em praticamente toda a cidade de São Paulo e em algumas outras capitais do
Brasil.Com seu ideal anticomunista, defendem o uso da violência contra o que o
grupo define como os "setores podres da sociedade". Incitam a violência contra
homossexuais, nordestinos e negros. O “Poder Branco Paulista”, outro grupo
influenciado pelos skinheads foi formado a partir de dissidentes dos Carecas do
Subúrbio são contra a globalização.
De Volta à Barbárie:

No livro pode-se atestar que vários grupos de pessoas seguem as ideologias


nazistas e os ideais de Hitler e Stalin. Nos anos 80 os grupos dos “Carecas”
assumiram uma postura claramente racista, adotaram a disciplina neonazista como
filosofia de vida. Revoltados, expressam através da musica seus ideais. São
exemplos de bandas musicais neonazistas os Ramones e os Sex Pistols. Concordo
com Helena Salen quando sugere que apesar de alguns destes movimentos neguem
serem neonazistas, sua atitude de exclusão leva-os a tal. Tanto Hitler com Stalin
representavam-se contra o capitalismo e justificavam suas barbáries, como o
Holocausto, como um bem maior para a sociedade. Mas ao final de tudo isso, ainda
não se entende por que tanto preconceito.

Conclusão:

Helena Salen, através de seu livro, nos informa sobre o nascimento do


neonazismo e neo-fascismo e suas vertentes atuais. Ela descreve de maneira simples
a destruição que o preconceito e o racismo podem fazer. Ela nos faz refletir como o
exemplo ruim e o carisma negativo de algumas pessoas de destaque na sociedade,
podem insuflar ideais separatistas e idéias subversivas nos jovens, e que continuam a
influenciar mesmo após a suas mortes. Mostra que um bando de adolescentes
revoltados, sem ideais próprios, pode comprar as idéias preconceituosas de
indivíduos como estes e causar caos e destruição no meio em que vive. Ela estimula
os formadores de opinião influenciar positivamente a juventude de hoje.

Infelizmente as novas gerações que não viveram o nazismo e o holocausto de


seis milhões de judeus acham que o folclore em torno da suástica é moda e a partir
daí seguem as idéias racistas de Hitler e Stalin. Infelizmente, até no Brasil há grupos
organizados de neonazistas. Cabe a nós sermos diferentes. Cabe-nos influenciar
positivamente a sociedade. Que a nossa juventude seja um diferencial de igualdade
para a construção de uma sociedade efetivamente democrática.

Bibliografia:

Salen, Helena. As tribos do Mal: O neonazismo no Brasil e no Mundo / Helena


Salen: coordenação Emir Sader – São Paulo: Atual, 1995. (História Viva)

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