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Aula 8 - DRENAGEM URBANA PDF
Aula 8 - DRENAGEM URBANA PDF
DRENAGEM URBANA
Rio de Janeiro-
Janeiro- 2010
DRENAGEM URBANA
Catalão - 2010
DRENAGEM URBANA
A Hidrologia Urbana é bastante ampla sendo que a Microdrenagem
possui um papal importantíssimo na captação de águas pluviais e
transporte por meio de galerias, até um desaguadouro natural como
um córrego ou rio.
BL BL BL BL
CALÇADA
BL BL BL
GALERIA - TRECHO
BL PV BL PV BL PV
CALÇADA
Tempo de concentração
Velocidade mínima e máxima
Tipo de escoamento considerado no cálculo
Remanso
Dentre outros
DRENAGEM URBANA
Na Tabela 1 tem-se uma gama de parâmetros e critérios
adotados por autores e instituições, notando-se a variação
de valores quanto à velocidade máxima “Vmax”, mínima
“Vmin”, recobrimento mínimo “rm”, tempo de concentração
inicial “tci”, relação máxima da lâmina de água-diâmetro
adotada “h/D” e o tipo de escoamento sendo uniforme
“Unif” ou gradualmente variado “Grad. Variado”.
Tabela 1 – Parâmetros utilizados em canais e/ou seção circular das galerias.
Seção
Autor/ Vmín Vmáx tci rm Tipo de
plena ou Remanso
Instituição (m/s) (m/s) (min) (m) escoam.
h/d
Tucci et. Al.
0,60 5,00 10a 1,00 plena Unif. - a – Valor citado, porém,
(2004)
Azevedo segundo o autor pode estar
plena ou
Netto e 0,75 5,00 5 1,00 Unif. - superestimado,
0,90
Araújo (1998) necessitando ser calculado
Wilken (1978) 0,75 3,50e 5 até 15 - plena Unif. - em caso de dúvida.
b – Fonte: Curso de Canais,
Alcântara EE-UFMG, Dep. Eng.
Grad.
apud Azevedo 1,00 4,00 7 até 15 - 0,70 Considera Hidráulica.
Variado
Netto (1969)
c – Valor não fixado
Porto (1999) Vmédia = 4 até 6b - - 0,75 Unif. - d – Valores adotados pela
ASCE (1992) – American
Cirilo (2003) 0,60 4,50 - - h/Dc Unif. - Society of Civil Engenieers.
Haestad- Unif. e e – Pode-se adotar até 6
0,60 até m/s se for previsto
Durransd 4,50 - 0,90 0,85 Grad. Considera
0,90
(2003) Variado revestimento adequado
DAEE - para o conduto.
CETESB - - - - 0,82 Unif. -
(1980)
Prefeitura
0,85 até
Municipal de 0,75 5,00 - - Unif. -
0,90
Goiânia
Costa et. Al.
0,75 5,00 5 1,00 0,85 Unif. -
(2007)
DRENAGEM URBANA
Tendo em vista a diversidade observada, é preciso analisar os critérios e
fixá-los dentro de certas restrições para se dimensionar as galerias de
águas pluviais.
BL BL BL BL
CALÇADA
BL BL BL
GALERIA - TRECHO
BL PV BL PV BL PV
CALÇADA
ETAPAS E CONCEITOS PARA DIMENSIONAMENTO
DE GALERIAS DE ÁGUAS PLUVIAIS
2 – Boca de lobo e poços de visita
Para loteamentos com esquinas sem chanfros, as bocas de lobo, devem estar
um pouco a montante por motivos de segurança necessária à travessia dos
pedestres.
Para loteamento com chanfros, devem-se locar as bocas de lobo junto aos
vértices dos chanfros, possibilitando ligações dessas bocas de lobo ao poço
de visita
PV
O espaçamento recomendado entre
BL bocas de lobo é de 60 m, enquanto
que o espaçamento entre poços de
visita, de acordo com a Prefeitura de
BL BL Goiânia, não deve ultrapassar os 100
m, a fim de propiciar a limpeza das
tubulações.
ETAPAS E CONCEITOS PARA DIMENSIONAMENTO
DE GALERIAS DE ÁGUAS PLUVIAIS
3 – Mosaico
Após o lançamento dos poços de visita e
bocas de lobo, inicia-se a delimitação da BL
BL 2
1
3
2
3
5
5
CÓRREGO
CÓRREGO
BL
2
3
CÓRREGO
ETAPAS E CONCEITOS PARA DIMENSIONAMENTO
DE GALERIAS DE ÁGUAS PLUVIAIS
4 – Trecho
Corresponde à denominação dada à tubulação existente entre dois poços de
visitas.
BL BL BL BL
BL
CALÇADA
Trecho 1 -2
BL BL
GALERIA - TRECHO
Trecho 2-3
BL 1 BL 2 BL 3
CALÇADA
ETAPAS E CONCEITOS PARA DIMENSIONAMENTO
DE GALERIAS DE ÁGUAS PLUVIAIS
5 – Extensão da galeria (L)
Refere-se à distância entre dois poços de visita.
6 – Área
Há a necessidade de se considerar dois tipos de área para dimensionar as
galerias. Uma refere-se à área contribuinte local a cada poço de visita.
Já a outra, denominada área total, corresponde à soma da área local com toda a
área drenada a montante.
∑A
ETAPAS E CONCEITOS PARA DIMENSIONAMENTO
DE GALERIAS DE ÁGUAS PLUVIAIS
8 – Tempo de concentração (tc)
tc)
Trata-se do tempo que uma gota de chuva demora a percorrer do ponto mais
distante na bacia até um determinado PV.
PV
29 , 3749 * T 0 ,1471
i= 8 ano < T < 100 anos
(t + 16 , 3 )0 , 845718
ETAPAS E CONCEITOS PARA DIMENSIONAMENTO
DE GALERIAS DE ÁGUAS PLUVIAIS
10 – Vazão Superficial local (Qloc)
Qloc)
Seu cálculo é realizado por meio da Equação Racional, para áreas locais:
Q loc = C .i . A
Onde:
Qloc – vazão superficial local (m3/s)
C – coeficiente de escoamento superficial
i – intensidade de chuva (m/s)
A – área da bacia de contribuição local (m2)
12 – Diâmetro (D)
A prefeitura de Goiânia adota os seguintes diâmetros comerciais para galerias:
400,
400, 600,
600, 800,
800, 1000,
1000, 1200 e 1500 mm.
mm
cm − cj
St = (1)
L
Onde:
St – declividade do terreno no trecho
cm – cota do terreno no PV a montante (m)
cj – cota do terreno no PV a jusante (m)
L – extensão da galeria (m)
ETAPAS E CONCEITOS PARA DIMENSIONAMENTO
DE GALERIAS DE ÁGUAS PLUVIAIS
14 – Cotas inferiores da galeria
Correspondem às cotas relativas à geratriz inferior da tubulação. São calculadas
através da Equações 2, 3 e 4.
Onde:
Cij – cota inferior da galeria a jusante (m)
Cim – cota inferior da galeria a montante (m)
Sg =
(Cim − Cij ) (4)
L – extensão do trecho (m) L
Sg – declividade da galeria (m/m) dada por:
ETAPAS E CONCEITOS PARA DIMENSIONAMENTO
DE GALERIAS DE ÁGUAS PLUVIAIS
Levando-se em conta o custo de escavação, arbitra-se inicialmente Sg=
Sg=St,
St
permitindo a resolução da Eq. 3.
L
Cm
St cj
Pv1
Sg
Sg=St Pv2
Cim
Cij
Cotas inferiores da galeria
ETAPAS E CONCEITOS PARA DIMENSIONAMENTO
DE GALERIAS DE ÁGUAS PLUVIAIS
15 – Profundidade da galeria
Correspondem à soma do recobrimento mais o diâmetro da galeria.
16 – Constante k
Pode ser calculada em função do ângulo central, como apresenta a figura abaixo, ou
em função da vazão, coeficiente de Manning, diâmetro e declividade, de acordo com
as Equações 5 e 6, ambas dedutíveis (Menezes Filho, 2007). 2
− 5
k = 0 , 0496062 .θ 3
(θ − sen θ ) 3
8 1
− −
D/2
k = Q .n . D 3
. Sg 2
θ/2 Onde:
k – constante
h
θ – ângulo central (rad)
Q – vazão (m3/s)
n – coeficiente de Manning (m-1/3.s)
Características geométricas
D – diâmetro (m)
do conduto livre de seção
circular Sg – declividade (m/m)
ETAPAS E CONCEITOS PARA DIMENSIONAMENTO
DE GALERIAS DE ÁGUAS PLUVIAIS
17 – Ângulo central da superfície livre (θ)
Utiliza-se a Equação 5, de acordo com Menezes Filho (2007)
18 – Relação altura-
altura-diâmetro (h/D)
h/D)
Conhecido o ângulo central da superfície livre “θ”, pode-se obter a relação altura da
lâmina d’água-diâmetro “h/D” pela Equação 6.
h 1 θ (6)
= 1 − cos
D 2 2
A= D 2 (θ − sen θ ) (7)
8
ETAPAS E CONCEITOS PARA DIMENSIONAMENTO
DE GALERIAS DE ÁGUAS PLUVIAIS
20 – Velocidade do escoamento (V)
Conhecida a vazão “Q” no trecho e a área molhada “A”, calcula-se a velocidade pela
Equação 8:
Q
V = (7)
Onde: A
V – velocidade do escoamento (m/s)
Q – vazão (m3/s)
A – área molhada (m2)
A= D 2 (θ − sen θ )
8
e) Por fim, determina-se a velocidade do escoamento na tubulação “V”:
Q
V =
A
PREENCHIMENTO DA PLANILHA DE CÁLCULO DE
GALERIAS DE ÁGUAS PLUVIAIS
ANÁLISE DOS RESULTADOS
Verificando-
Verificando-se que 0,10 < h/D < 0,85 e que 0,75 m/s < V < 5,0 m/s, tem-
tem-se a
solução mais econômica para o trecho.
5 – Rotina para correção da relação “h/D” na faixa 0,10 < h/D < 0,85
Caso a relação altura-diâmetro resulte em valores fora da faixa, deverão se avaliar as
duas condições, ou sejam, valores menores que 0,10 (10%) e valores superiores a
0,85 (85%).
a) Fixação de “h/D” em 0,10 para valores de “h/D” menores que esse ou
fixação de “h/D” no valor máximo de 0,85 para valores maiores;
−1 h
θ = 2 . cos 1 − 2.
D
PREENCHIMENTO DA PLANILHA DE CÁLCULO DE
GALERIAS DE ÁGUAS PLUVIAIS
5 – Rotina para correção da relação “h/D” na faixa 0,10 < h/D < 0,85
c) Determinação da constante “k” pela Equação:
2
− 5
k = 0 , 0496062 .θ 3
(θ − sen θ )
3
Caso a velocidade esteja fora da faixa existem duas situações distintas com rotina
semelhante de cálculo:
d) Calcula-se “k” 2
− 5
k = 0 , 0496062 .θ 3
(θ − sen θ )
3
recobrimento mínimo = 1 m
profundidade máxima da galeria = 4 m
diâmetro mínimo = 400mm
Av. XV de Novembro
velocidade mínima = 0,75 m/s
velocidade máxima = 5,0 m/s Rua 12
685m
5
Figura A
A1=10758,19m²
A1
695m 695m
BL BL
1
1 A3 693,26m
49,23m
A2=
A3=7544,19m² 3862,34m²
A2
49,93m
690m 690m
4 4 687,50m
A5
36,66m
A5=10984,37m²
684,25m
685m 685m
5 5
100m
680,00m
EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO DA GALERIA
DE ÁGUAS PLUVIAIS
Trecho Ext (m) Área (m2) Tc (min) C i (mm/min) Qloc (m3/s) Q (m3/s) D (mm) Cota do PV no terreno (m) St (m/m)
Trecho Total mont. jus.
1-3 49,23 10758,19 10758,19 5,00 0,65 2,92 0,340 0,340 400 693,27 690,00 0,0664
2-3 65,82 3862,34 3862,34 5,00 0,65 2,92 0,122 0,122 400 691,14 690,00 0,0173
3-4 49,93 7544,19 22164,72 5,56 0,65 2,87 0,234 0,688 600 690,00 687,50 0,0501
4-5 36,66 9431,91 31596,63 5,74 0,65 2,85 0,291 0,976 800 687,50 684,25 0,0887
5 - canal 100,00 10984,37 42581,00 5,89 0,65 2,84 0,338 1,309 1000 684,25 680,00 0,0425
691,87 688,60 0,066423 1,40 1,40 0,228003 3,70 0,0645 0,637 0,0727 4,68 0,175
689,74 688,60 0,01732 1,40 1,40 0,160302 3,17 0,0553 0,506 0,0622 1,96 0,559
688,4 685,90 0,05007 1,60 1,60 0,180216 3,32 0,0580 0,546 0,1470 4,68 0,178
685,7 682,45 0,088652 1,80 1,60 0,08914 2,61 0,0455 0,368 0,2049 4,76 0,128
682,25 678,00 0,0425 6,00 2,60 0,095225 2,66 0,0464 0,380 0,3264 4,01 0,416
EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO DA GALERIA
DE ÁGUAS PLUVIAIS
Solução:
Solução:
7. Para os trechos 1-3 e 2-3, constata-se que o Diâmetro D = 400 mm foi
satisfatório, assim como preservou-se a menor escavação ao confirmar Sg = St.
St.
8. No trecho 3-4 encontrou-se uma relação “h/D” > 0,85 para os diâmetros
D = 400 mm e 500 mm, mantida a mesma declividade do terreno. Uma
alternativa seria manter o diâmetro “D” e aumentar a declividade da galeria “Sg”.
No entanto, ao proceder deste modo fixando a relação “h/D” em 0,85, obteve-se
como nova cota a jusante um valor superior à profundidade máxima de 4 metros.
metros
A alternativa encontrada foi aumentar o diâmetro.
10. No trecho 5-canal, a única alternativa encontrada foi aumentar o diâmetro visto
que não observância dos limites estabelecidos tanto para a relação “h/D” quanto
para velocidade “V”.
EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO DA GALERIA
DE ÁGUAS PLUVIAIS
Observação:
Observação: