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Manual de consulta
I. Introdução ................................................................................................................ p. 02
II. Conceitos básicos .................................................................................................... p. 03
1. Colorantes ......................................................................................................... p. 03
2. Aditivos .............................................................................................................. p. 04
3. Concentrados .................................................................................................... p. 04
III. Processo de fabricação dos concentrados .............................................................. p. 06
1. Concentrados Granulados ................................................................................. p. 06
2. Concentrados em pó ou dry-blend .................................................................... p. 07
3. Concentrados universais ................................................................................... p. 07
IV. Utilização prática dos concentrados ......................................................................... p. 08
1. Dosagem ........................................................................................................... p. 08
2. Granulometria .................................................................................................... p. 08
3. Condições de Processamento ........................................................................... p. 08
V. Propriedades fundamentais dos concentrados ........................................................ p. 09
1. Tonalidade ......................................................................................................... p. 09
1.1. Metameria .................................................................................................. p. 11
1.2. Diferença de cor - E ................................................................................ p. 11
2. Homogeneização ............................................................................................... p. 12
3. Concentração ..................................................................................................... p. 12
4. Dispersão ........................................................................................................... p. 13
5. Poder Tintorial .................................................................................................... p. 13
6. Poder de Cobertura ........................................................................................... p. 13
7. Resistência Térmica .......................................................................................... p. 14
8. Solidez à luz e intempéries ................................................................................ p. 14
9. Solidez à migração ............................................................................................ p. 14
10. Toxicidade ......................................................................................................... p. 15
11. Granulometria .................................................................................................... p. 15
VI. Informações indispensáveis para o desenvolvimento .............................................. p. 17
1. Padrão de cor .................................................................................................... p. 17
2. Polímero de aplicação ....................................................................................... p. 17
3. Características do produto final ......................................................................... p. 18
4. Fonte de luz onde a cor será avaliada ............................................................... p. 18
5. Equipamentos e condições de processo ........................................................... p. 18
6. Contato com alimentos ou fármacos ................................................................. p. 19
VII. Concentrados e compostos de aditivos para plásticos ............................................ p. 20
1. Concentrados estabilizantes de luz ultravioleta (anti-UV) ................................. p. 20
2. Concentrados antioxidantes .............................................................................. p. 20
3. Concentrados deslizantes (slip) ......................................................................... p. 20
4. Concentrados antibloqueio (antiblocking) .......................................................... p. 21
5. Concentrados antiestáticos ................................................................................ p. 21
6. Concentrados antifibrilantes para ráfia PEAD – PP ........................................... p. 21
7. Concentrados de agentes expansores .............................................................. p. 21
8. Compostos de purga .......................................................................................... p. 21
9. Concentrados e compostos retardantes de chama ........................................... p. 22
10. Concentrados e compostos eletricamente condutivos ...................................... p. 22
11. Concentrados aromatizados .............................................................................. p. 22
12. Concentrados clarificantes ................................................................................. p. 22
13. Concentrados metalizados ................................................................................ p. 22
14. Concentrados foto, bio e fotobiodegradáveis .................................................... p. 23
VIII. Problemas típicos e suas soluções .......................................................................... p. 24
IX. Glossário .................................................................................................................. p. 28
Os Bastidores da Cor
Introdução
A cor, como é amplamente reconhecida, traz grande contribuição para o sucesso de um produto.
A obtenção da cor envolve a coordenação de diversos elementos, tais como utilização da peça,
níveis de tolerância, resina utilizada, temperatura de processamento, atoxicidade e outros.
Para que o sucesso do desenvolvimento, tanto de cores como de outros produtos, seja conduzido
econômica e eficientemente, é necessário que haja grande entrosamento entre o cliente e o
fornecedor de matéria-prima.
É no sentido de aprimorar cada vez mais a comunicação com o mercado (nossos clientes), que a
Cromex editou este manual para consulta rápida, abordando alguns conceitos sobre concentrados
de cor e aditivos.
Não se pretende com ele esgotar os temas abordados, mas sim fornecer uma orientação rápida às
questões mais freqüentes encontradas durante anos de atuação no mercado.
A Cromex coloca ainda toda sua equipe técnica à disposição para quaisquer esclarecimentos
adicionais, buscando aperfeiçoar cada vez mais seu relacionamento com o setor.
Este trabalho dirige-se a todos os profissionais direta ou indiretamente ligados ao mercado dos
termoplásticos, técnicos ou não.
Tivemos a preocupação, ao elaborá-lo, de utilizar uma linguagem simples, sem prejudicar contudo
a qualidade da informação apresentada.
Para facilitar a leitura, dividimos o conteúdo em tópicos, sendo que, no desenvolvimento dos
assuntos, colocamos em evidência os conceitos básicos.
Preparamos ainda um pequeno glossário, onde expomos conceitos que não são abordados no
decorrer do trabalho.
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Conceitos Básicos
Existem diversas técnicas de coloração de resinas termoplásticas. Dentre elas, os concentrados ou
masterbatches se destacam, pois oferecem muitas vantagens aos transformadores que os utilizam.
Apesar da simplicidade de utilização, os concentrados envolvem composições complexas de
colorantes e/ou aditivos, obedecendo a rígidos critérios em sua seção e incorporação.
Para iniciar a discussão sobre masterbatches, devemos abordar três conceitos básicos:
1. COLORANTES
São substâncias química que, uma vez incorporadas, conferem cor a um substrato.
CORANTES:
São colorantes orgânicos solúveis no meio de aplicação. Possuem baixo índice de refração,
elevado poder tintorial, variável solidez à luz e à temperatura, e alto brilho.
PIGMENTOS:
São colorantes insolúveis no meio de aplicação. Possuem alto índice de refração e suas
propriedades dependem tanto da estrutura química, como também dos fatores físico-químicos,
como cristalização, dispersão de partículas sólidas ou cristais, etc..
ORGÂNICOS:
- bom poder tintorial
- alto brilho
- boa transparência
- variável solidez à luz e ao calor
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INORGÂNICOS:
- boa opacidade/cobertura
- pouco brilho
- boa solidez à luz
- variável solidez ao calor
IMPORTANTE:
Na formulação de um concentrado de cor, a seleção dos colorantes é feita levando-se em conta
todas as propriedades acima, obtendo-se composições específicas para as aplicações desejadas.
Pode-se desenvolver uma cor com até 5 colorantes diferentes, desde que todos tenham
compatibilidade com a resina a colorir, e obedeçam às restrições de processo e utilização final do
produto (descritas no capítulo UTILIZAÇÃO PRÁTICA DOS CONCENTRADOS).
2. ADITIVOS
Tal qual acontece com os colorantes, a seleção dos aditivos para a elaboração de concentrados ou
compostos é feita com base em restrições de processo e utilização final do produto.
3. CONCENTRADOS
DESCRIÇÃO E CARACTERÍSTICAS
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1. CONCENTRADOS GRANULADOS
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2. CONCENTRADOS EM PÓ OU DRY-BLENDS
3. CONCENTRADOS UNIVERSAIS
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1. DOSAGEM
É a porcentagem adequada de concentrado que será aplicada à resina, para obter o efeito
desejado.
A dosagem recomendada pelo fabricante deve ser rigorosamente obedecida, caso contrário podem
ocorrer problemas de tonalidade, cobertura ou homogeneização.
A mistura com a resina virgem pode ser feita por simples tamboreamento , ou através de
dosadores automáticos.
IMPORTANTE
Normalmente, os concentrados são dosados em PCR (partes por cem partes de resina), o que
torna o procedimento de pesagem mais simples que a dosagem porcentual (%).
Para que se esclareça a diferença entre PCR e %, mostramos abaixo um exemplo numérico:
PCR 2 PCR = 2 partes de concentrado + 100 partes de resina = 102 partes (1,96%)
% 2% = 2 partes de concentrado + 98 partes de resina = 100 partes (2,00%)
2. GRANULOMETRIA
3. CONDIÇÕES DE PROCESSAMENTO
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A cor é resultado da interação entre o iluminante (fonte de luz), o objeto iluminado e o observador,
não se tratando portanto de um fenômeno simples.
A cor é hoje objeto de grandes atenções, em função de sua influência direta na aparência e no
custo de um produto acabado. Sua consistência e manutenção tornam-se necessárias, pois o
consumidor ou usuário do produto acabado certamente irá relacionar estes parâmetros à qualidade
do produto consumido.
AVALIAÇÃO DA TONALIDADE
Tratando-se de concentrados de cor, a avaliação e controle da tonalidade são feitos tanto
visualmente como através de medição instrumental rigorosa.
AVALIAÇÃO VISUAL
Consiste na comparação visual de duas amostras obtidas sob idênticas condições de processo e
sob a mesma luz incidente, utilizando o concentrado "lote" em uma delas e o concentrado "padrão"
em outra. Normalmente a avaliação visual está sujeita a variáveis subjetivas não padronizadas,
que podem interferir no julgamento da cor.
AVALIAÇÃO INSTRUMENTAL:
A) Colorímetros tristímulos: Operam com três filtros sobre o espectro de luz visível. O resultado de
sua medição é um valor numérico que pode ser comparado ao do padrão, porém não permite
identificar a cor medida. Os colorímetros tristímulos, por não medirem a curva de reflectância
espectral, não são capazes de detectar subtons e mascaram erros de metameria (ver item 1.1).
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Notas:
- O branco, que reflete todos os comprimentos de onda, tem uma curva teórica reta, na faixa dos
100% de reflectância;
- O preto, ao contrário, por absorver todos os cumprimentos de onda, tem uma curva teórica reta
em torno do 0%;
- As curvas das outras cores, por sua vez, apresentam picos na faixa de comprimento de onda
correspondente à tonalidade predominante.
A partir deste princípio, a diferença entre duas cores (padrão e lote, por exemplo) pode ser
registrada numericamente, além da visualização imediata dos desvios através dos gráficos.
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1.1 METAMERIA
Isto ocorre quando as amostras submetidas à observação são formuladas de modo diferente.
Além da avaliação visual, a metameria pode também ser detectada através da medição
instrumental da cor e visualização da curva espectrofotométrica.
Quando duas amostras têm a mesma curva de reflectância, para todos os observadores e para
todas as fontes de luz, pode-se dizer que não há metameria.
Em muitos casos contudo, evitar a metameria requer que os mesmos pigmentos e corantes sejam
usados, além da mesma resina-base e o mesmo grau de dispersão.
A diferença entre uma cor padrão e a cor de uma amostra desenvolvida a partir dela é
normalmente avaliada por um parâmetro denominado, na espectrofotometria computadorizada, de
Delta E ( E).
Existem vários modos de descrever cores. Um deles, o L, a, b, baseado nas teorias de visão de
cor, afirma que o sinal enviado do olho para o cérebro carrega informações em tons avermelhados
ou esverdeados, amarelados ou azulados e em luminosidade (brilho), conforme mostramos a
seguir:
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Hoje esse tipo de controle é muito difundido, sendo bastante usado para registro numérico das
amostras obtidas, não substituindo porém as comparações visuais e espectrofotométricas.
2. HOMOGENEIZAÇÃO
GRAU DE CARREGAMENTO:
Deve ser tal que permita uma aplicação do concentrado entre 2 e 5 PCR (ou mais em alguns
casos). Aplicações menores que 1 PCR (concentrados com alto grau de carregamento) implicam
numa distribuição espacial deficiente de grânulos de concentrado na resina, dificultando o trabalho
da rosca em homogeneizar a mistura.
COMPORTAMENTO DO FLUXO:
Para um bom desempenho de um concentrado em termos de homogeneização, sua viscosidade
deve ser necessariamente inferior à da resina, ou seja, o concentrado deve ser sempre mais fluido.
Dessa forma, durante a plastificação da mistura nos filetes da rosca, o concentrado é o primeiro a
sentir o efeito da temperatura e cisalhamento (atrito), e a plastificar-se, homogeneizando-se
rapidamente no polímero de aplicação. Se o masterbatch for mais viscoso, corre-se o risco da peça
conter áreas de maior concentração de colorantes que outras, podendo até causar manchas.
3. CONCENTRAÇÃO
Quanto aos pigmentos, há aqueles que permitem alto nível de incorporação com boa dispersão,
como os inorgânicos que atingem níveis de até 80%, enquanto alguns concentrados de pigmentos
orgânicos e/ou corantes atingem níveis máximos de apenas 30%.
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TEOR DE CINZAS: Este teste é utilizado para detectar a concentração de pigmentos que não se
decompõem na temperatura do ensaio, ou seja, alguns pigmentos inorgânicos.
Sua maior aplicação se dá em concentrados brancos, onde o teor residual se relaciona com a
porcentagem de dióxido de titânio (TiO,). A existência de cargas (carbonato de cálcio, talco, etc.) e
outros pigmentos brancos esconde o real teor de TiO2 o que pode alterar algumas características
do concentrado, tais como poder tintorial e cobertura, além de prejudicar seu desempenho em
aplicações críticas como a extrusão de filmes finos. Além desses fatores, as cargas num
masterbatch interferem diretamente no seu custo.
4. DISPERSÃO
5. PODER TINTORIAL
Em se tratando de concentrados, seu poder tintorial depende diretamente dos tipos de colorantes
utilizados na formulação e do grau de dispersão dos mesmos. Geralmente os corantes possuem
poder tintorial maior que os pigmentos orgânicos que, por sua vez são mais intensos que os
pigmentos inorgânicos.
6. PODER DE COBERTURA
É a capacidade de um colorante não deixar transmitir a luz através de um determinado meio onde
é aplicado.
Isto significa que, quanto maior for a quantidade de luz que atravessa uma peça, menor é o poder
de cobertura dos colorantes que a tingiram.
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Normalmente, os pigmentos inorgânicos possuem elevado poder de cobertura (são opacos devido
ao alto índice de refração), enquanto os corantes são praticamente transparentes.
7. RESISTÊNCIA TÉRMICA
A resistência térmica é determinada pela temperatura mais alta a que um concentrado pode ser
exposto por cinco minutos, no canhão de uma injetora, sem mudança significativa da cor
Esta alteração de cor pode ocorrer por decomposição térmica do pigmento ou por dissolução com
posterior processo de recristalização do mesmo.
A solidez ao calor do concentrado nem sempre pode ser determinada pela solidez do pigmento
menos resistente, uma vez que a mistura de colorantes, ou grande diferença de concentração
entre eles, pode causar efeitos antagônicos, isto é, um deles pode diminuir as propriedades dos
outros. Por essa razão, todo concentrado desenvolvido deve ter sua própria resistência térmica
medida.
Testar a solidez à luz de plásticos coloridos é um processo longo, que pode levar até dois anos ou
mais. Por essa razão, equipamentos de envelhecimento acelerado podem ser utilizados (Xenotest,
Fade-O-Meteir, Weather-O-Meter), visando antecipar a avaliação. Ressaltamos que os resultados
destes testes são considerados como aproximados, e devem ser sempre apresentados de forma
comparativa.
Para a escolha dos pigmentos a serem utilizados, a norma DIN 53388 especifica numa escala de
solidez à luz para colorantes, variando de 1 a 8 onde 1 =muito pobre e 8=excepcional. Entretanto,
para casos mais críticos, além da seleção de colorantes com alta solidez à luz (7/8), é necessário
também levar em consideração a degradação da resina a ser tingida.
9. SOLIDEZ A MIGRAÇÃO
EFLORESCÊNCIA
É a migração do colorante para a superfície do plástico, caracterizando-se como uma "poeira"
sobre o material, após dias ou semanas de sua incorporação.
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Este fenômeno ocorre devido à solubilidade do colorante no plástico, a qual aumenta com o
aumento de temperatura de processo do mesmo.
SANGRAMENTO
É a migração do colorante para fora do plástico, em direção a um material adjacente ou mesmo
para os produtos embalados (alimentos, cosméticos, etc.), em função de haver solubilidade dos
colorantes nos mesmos.
No desenvolvimento de concentrados de cor, principalmente para embalagens, a seleção de
colorantes com boa solidez à migração é feita segundo a norma DIN 53775, com escala variando
de 1 (pobre) a 5 (muito boa).
10. TOXICIDADE
Outro aspecto muito importante é a grande preocupação com a disposição dos produtos que, de
alguma forma, contêm em suas estruturas, materiais a base de metais pesados. Estes produtos,
após a utilização devida, seguem para aterros sanitários, onde, em contato com o solo , podem, ao
longo dos anos, causar algum prejuízo ao Meio Ambiente.
Para atender as diversas necessidades e aplicações, devemos sempre considerar, dentre as três
possibilidades no tratamento da atoxicidade, qual é mais adequada para cliente, levando-se
sempre em consideração o fator custo.
EXIGÊNCIAS:
1. Não atóxico:
São casos em que não existe restrição alguma quanto a utilização de metais pesados nos produtos
e em suas aplicações.
2. Portaria Mercosul:
São casos onde se tem um controle rígido quanto a legislação, na aplicação de componentes a
base de metais pesados. Para isso, deve-se atender a portaria em vigência estabelecida para todo
o Mercosul e publicada pela Secretaria de Vigilância Sanitária, onde são descritos os limites
máximos de utilização destes materiais em suas devidas aplicações.
3. Atóxico
Ressaltamos que podemos obter uma mesma cor final, resultante de formulações dos três critérios
de exigência descritos. No entanto, devido as limitações de utilização dos pigmentos impostas
pelas exigências, ocorre uma variação nos preços do produto final. Por isso, torna-se muito
importante a definição da real necessidade do cliente, quanto à aplicação final do produto.
11. GRANULOMETRIA
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Basicamente, a granulometria de concentrados deve ser a mais próxima possível (em termos de
dimensão) da granulometria do polímero de aplicação. Os grânulos muito grandes são indesejáveis
para uma boa homogeneização, enquanto que os muito pequenos não são aconselháveis, devido
à possibilidade de sedimentação no funil do equipamento.
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1. PADRÃO DE COR
É como se denomina a cor que será considerada como referência para o desenvolvimento do
concentrado, e que deverá ser reproduzida no produto final, após a aplicação desse concentrado
na proporção indicada.
São de grande influência, contudo, as características físicas do que será considerado padrão de
cor. Em primeiro lugar é preciso que o padrão de cor seja algo palpável, concreto e s6lido.
Desenvolver uma cor cuja referência é, por exemplo, a gema de um ovo ou a cor do sol no poente,
torna-se bastante subjetivo, não se caracterizando como um padrão de cor.
Por outro lado, padrões de cor fornecidos em materiais que não sejam o polímero de aplicação,
como por exemplo um pedaço de tecido ou papel, um objeto metálico ou uma peça cerâmica,
apresentam características de textura, brilho e composição pigmentária distintos, dificultando sua
avaliação e reprodução fiel. O ideal seria um padrão em plástico já na resina de aplicação.
É importante lembrar também que padrões de cor de produtos que passam por mais de uma etapa
de transformação, como por exemplo copos descartáveis (extrusão da chapa e termoformagem),
fitilhos (extrusão do filme e estiramento), etc., devem ser obtidos de preferência a partir do produto
semi-acabado.
2. POLÍMERO DE APLICAÇÃO
O índice de fluidez do polímero de aplicação, ou ainda seu código, são desejáveis para projetar um
concentrado que apresente condições reológicas (de fluxo) favoráveis para sua perfeita
homogeneização no polímero. Essa condição será alcançada quando se obtiver um concentrado
que no processo de transformação, se plastifique momentos antes da resina de aplicação e que,
estando ambos fundidos, suas viscosidades sejam parecidas.
Um outro aspecto a se considerar no polímero de aplicação é a sua cor. Além da cor natural variar
de polímero para polímero (ex.: o ABS é amarelado, o PSAI é esbranquiçado), existem situações
em que se quer colorir materiais compostos carregados com retardantes de chama, com cargas
minerais, etc. Nesse último caso, torna-se necessário o envio de uma amostra desse composto
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Essa informação é importante para definir propriedades fundamentais, como poder de cobertura,
dispersão e concentração, levando à escolha dos colorantes/aditivos adequados para a
formulação.
Para exemplificar, podemos imaginar um concentrado amarelo que, aplicado na mesma proporção
numa mesma resina, produza um filme translúcido e uma tampa injetada completamente opaca
("fechada").
Além disso o produto final pode ser resultado de outras operações de processamento como por
exemplo estiramento no caso de ráfia e multifilamentos. Nessa circunstância, torna-se necessário
conhecer as características do produto semi-acabado, ou ao menos as transformações sofridas até
o produto final.
A faixa de luz visível ao ser humano apresenta comprimento de onda variando entre 400 e 700 nm
(do violeta ao vermelho), sendo que a luz branca é composta por todos eles.
Um objeto exposto à luz solar, e que reflita apenas os comprimentos de onda próximos aos 500 nm
(verde), parecerá verde nesta luz. Porém, se este mesmo objeto for exposto a uma luz vermelha,
tenderá a parecer preto pois a única radiação incidente é a do vermelho, que ele não refletirá.
Portanto, a cor é essencialmente resultado da interação entre o objeto, fonte de luz e o observador.
Para que se desenvolva um concentrado de cor, é necessário saber qual a iluminação incidente no
local onde a cor/peça será observada. Através dessa informação utilizam-se os colorantes que,
nessa fonte de luz, reproduzirão a mesma cor do padrão fornecido, evitando ou minimizando a
metameria.
No que se refere à avaliação da cor, as fontes de luz mais utilizadas são: luz branca (solar),
incandescente e fluorescente.
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Essa decisão deve envolver critérios ponderados por parte do usuário, pois o sub ou
superdimensionamento do master, com relação à toxicidade, interfere diretamente em seu custo.
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A Cromex, após anos de pesquisa, desenvolveu e vem constantemente aprimorando sua completa
linha de concentrados e compostos de aditivos para termoplásticos de uso geral e de engenharia.
Se a luz solar que recebemos diariamente fosse constituída somente por ondas visíveis,
certamente não causaria nenhum problema à matéria plástica. Entretanto, junto com o espectro de
luz, percebemos também uma faixa de onda chamada de ultravioleta, e que é responsável pela
ruptura das cadeias moleculares, e conseqüentemente degradação e perda das propriedades
mecânicas, térmicas, etc., do plástico. A presença de chuva, sol e outros ambientes agressivos
aceleram esse processo.
Existem certos aditivos que, quando adicionados ao plástico, durante seu processamento
(extrusão, injeção, etc.), em proporções balanceadas na forma de concentrados, darão ao plástico
uma proteção, como se fosse uma barreira, contra os efeitos nocivos da luz solar. Eles são
chamados protetores contra a luz ultravioleta e mantêm a característica do polímero durante sua
vida útil.
2. CONCENTRADOS ANTIOXIDANTES
Os concentrados deslizantes encontram sua maior aplicação em filmes de PEBD, para facilitar o
empacotamento da embalagem e aumentar a produtividade.
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A extrusão de filmes tubulares em PEBD leva a um problema muito comum chamado "blocagem".
Os rolos bobinadores comprimem de tal forma os filmes ainda quentes, que suas superfícies
aderem umas às outras dificultando a separação. Os concentrados antibloqueio, constituído na
maioria das vezes de substâncias inorgânicas, atuam na superfície entre os filmes, diminuindo a
área de contato, facilitando a separação entre as duas películas. A concentração e o tipo desses
aditivos a serem usados variam em função da resina e das condições de processo (pressão dos
rolos, temperatura, velocidade de extrusão, etc.).
5. CONCENTRADOS ANTIESTÁTICOS
Os plásticos são conhecidos como materiais eletricamente isolantes, não conduzindo corrente
elétrica e nem mesmo dissipando cargas estáticas. No processo de transformação essas cargas
são freqüentemente geradas devido ao atrito decorrente do processo e, como conseqüência, elas
ficam retidas nas superfície da peça, não tendo como se dissipar. O produto final passa então a
atrair com facilidade poeira e partículas dispersas na atmosfera, prejudicando sensivelmente sua
aparência.
Os agentes expansores são aplicáveis aos plásticos com o objetivo de satisfazer as seguintes
necessidades:
a) reduzir a densidade do produto (menor peso para igual volume de material);
b) modificar a textura da peça ou seu acabamento superficial;
c) modificar propriedades mecânicas, térmicas ou acústicas do produto.
Basicamente os agentes expansores podem ser classificados como físicos (ex.: gases injetáveis
em uma determinada fase do processo de transformação) ou químicos. Estes últimos, comumente
fornecidos na forma de masterbatch, constituem-se de substâncias químicas que se decompõem
por reação química e térmica, liberando gases que ficam retidos na peça, dando o efeito de
expandido.
A escolha do concentrado expansor a ser utilizado, depende da natureza do plástico, do processo
de transformação, da espessura da peça e da necessidade a ser satisfeita.
8. COMPOSTOS DE PURGA
São produtos usados para promover I limpeza de máquinas (injetoras, extrusoras, sopradoras,
etc.), como o máximo de economia de tempo e material. São úteis para agilizar a troca de material
ou de cores, versatilizando os sistemas produtivos.
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Os aditivos retardantes de chama são incorporados aos plásticos com o intuito de interferir na ação
das chamas sobre os produtos finais, interrompendo ou retardando o processo de combustão. Tais
aditivos são usados principalmente em aplicações onde se requer maior resistência do plástico
frente às chamas, ou seja, menor tendência a sofrer combustão quando o produto entra em
contato com uma fonte de ignição (ex.: faíscas, fogo), produzindo portanto produtos muito mais
seguros.
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concentração normal.
- verificar a limpeza da
matriz.
- verificar a dispersão do
- deficiência na concentrado pela
dispersão do observação do produto
concentrado. (presença de pontos na
superfície).
- presença de material
recuperado - pode ser pesquisado um
contaminado. concentrado, cujas
características de
pigmentação e poder
tintorial permitam que seja
aplicado em menores
níveis, evitando seu
excesso.
- sujeira na matriz.
- deficiência na
dispersão, ou excesso
de cargas no
concentrado.
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verificar a qualidade do
recuperado e, se possível,
reduzir seus níveis.
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- diminuir a velocidade de
injeção.
- pré-diluir ou utilizar um
concentrado mais diluído, o
qual possa ser aplicado em
maiores concentrações.
- verificar as condições da
superfície e projeto de molde.
- conferir a temperatura de
processo e verificar a
resistência térmica do
concentrado.
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Glossário
ABS – Polímero termoplástico composto por acrilonitrila butadieno-estireno.
COBERTURA – É a capacidade que uma cor tem de deixar ou não passar a luz através de um
determinado meio onde ela é aplicada.
Está diretamente associada à transparência, isto é, o objeto é transparente (sem cobertura) ou
opaco (máxima cobertura).
COMPATIBILIDADE - É o grau de afinidade química e física entre dois materiais (por exemplo,
entre o concentrado de cor e a resina de aplicação).
FUSÃO - É a temperatura acima da qual começa a haver mobilidade entre as cadeias da fase
cristalina de um material.
E a passagem do estado sólido para o estado líquido.
ÍNDICE DE REFRAÇÃO - É a relação que permite avaliar a capacidade que um material tem de
desviar o feixe de luz incidente, isto é, a relação numérica da velocidade de luz que atravessa um
vácuo e a velocidade de luz que atravessa uma substância.
METAMERIA - Quando se tem um par de cores que, expostas sob uma mesma fonte de luz,
parecem idênticas, mas quando se troca a fonte de luz estas mesmas cores se apresentam
diferentes.
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SOLIDEZ À LUZ - É a capacidade que uma cor de determinada peça ou objeto tem de se manter
quando exposta sob uma fonte de luz durante um período predeterminado.
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