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ROTEIROS DE HIPNOTERAPIA

Uma abordagem neo-ericksoniana


à cura persuasiva

Edição especial de
. Cannem Correa Purisch
Telfax BH: 031 – 2613272
HYPNOTERAPY SCRIPTS

A NEO-ERICKSONIAN APPROACH TO PERSUASIVE HEALING

ROTEIROS DE HIPNOTERAPIA

UMA ABORDAGEM NEO-ERICKSONIANA À CURA PERSUASIVA

Ronald A Havens, Ph. D. and Catherine Walters, M.A, M.S.W.

Brunner/.Mazel Publishers -New YoIk .

19 Union Square - New Y or~ New York 10003

Dedicado àqueles que amamos

Traduação de: Anita Moraes


(Telfax 0192 - 55.3913 - Campinas - SP)
3
4
5
7
11
14
16
17
19
20
..,
4
Construindo uma Casa 73
[vii] CONTEÚDO Chamando à Atenção: Metáfora para insônia 75 118
A Viagem de Avião
77
PrefácioCapA10Sabedoria
Xiii
de Erickson
INTENSIFICANOO AS RELAÇÕES 119
A Migração de Idéias 79
Férias Territorialidade: Metáfora sobre ciúme' 81 121
Orig
xvii
.Agradecimentos Playgrounds: Metáforas para casais lidando
Trad.
com as questões de insegurança e confiança 123
PARTE I CONCEITOS E INSTRUÇÕES 83
Cap 5 A Seca: Metáfora
AFIRMANDO O EU para dificuldades com
Cap 1 UMA compromissos
A ORIENTAÇÃO emocionais
Ruína: MetáforaNEO-ERICKSONIANA
sobre depressão A 124
85
Cap com
11 raiva
Eficácia dos subjacente
Roteiros
REESTRUTURANDO IMAGENS DO CORPO 125
O Serviço
A Dor Real: Metáfora.
é o Primeiro Sintoma sobre depressão 86 ?
movida
Nossas Alice
Mentes no
por esforços País das
Múltiplas para Maravilhas:
agradar
Devem ou Metáfora sobre
proteger outros
Interagir
O Testemudanças
Interações de Audição:
Prejudicadas em auto-percepção
Metáfora
Causam Dor para baixa auto-estima 88 126
Museus
Os Ferimentos da Mente:
Frostram Metáfora sobre o valor da
o Exame
ALMANDO MEDOS
singularidade
Cap 6 A Dor Leva à Fonte INDESEJADOS 91 127
Um Nascimento
Termostatos:
A Consciência Promove Tranqüilo:
a CuraMetáfora
Metáfora para uso com
para auto-aceitação 128
Umaansiedade geral e ataques de pânico
Necessária DO INCONSCIENTE92 137
Cap 12Assistência
UTILIZANOO
Predizendo a
Pode SerRECURSOS
Sorte: Metáfora sobre fobias 93
Conclusão
À Prova de Falha:deMetáfora
Fogueiras Camping: para ansiedade
Metáfora paradeúlceras
teste e
e medocolites
de falhar 94 131
Cap 2 A RESPEITO
Rupturas: DA HIPNOTERAPIA
Metáfora para neuroses cardíacas 95 23
Formigas Protetoras:
Como Atuam o Transe e a Hipnoterapia Metáfora para aumentar , 23
as respostas
Considerações Pré-Como doAtuam.
sistemao imunológico às infecções, 97 132
Transe e a Hipnoterapia 25
DESF AZENPO
Cap 7 O Processo Viagens de MAUS
Balsa: TRANSES
Metáfora sobre hipertensão
de Transe Diagnóstico 28
A Fusão:
Passos Metáfora
no essencial
Processo para distúrbios de múltipla
Hipnoterapêutico 133
32
98
personalidade
Diretrizes Tendências
Para o Uso Deste
.
de Alerta:
Livro Abordagem metafórica e de 41
Amplificadores: Metáfora
sugestão direta para enxaqueca sobre distúrbios 100 134
. somatoformes
PARTE II ROTEIROS
, .
CapoPerdendo
13 APRIMORANDO
Coisas: MetáforaOsobre DESEMPENHO
distúrbios 137
101
Cap3 INDUÇÃO DE eCOMO
dissociativos ATUAM O TRANSE E A HIPNOTERAPIA
somatoformes
Criando Cães: Metáfora sobre procrastinação 139
49 O Desterro: Metáfora sobre. distúrbios dissociativos .
O Lar: Metáfora para pessoas que estão em dúvida 103
Critérios de Seleção de Indução
e somatofomes 50 140
sobredesuas
Cat I: Roteiro
'
metasBásica
Indução na vida ou em terapia
A Barreira Invisível: Metáfora sobre como 52
Cap 8 CatRECOBRANDO-SE
II Roteiro
remover
de Indução DO emTRAUMA
Confusão Pequenos 105
54 141
CatSonhos:
III. Roteiro
Metáfora deobstáculos
Indução deauto-impostos
Conversa à realização
para sobreviventes 57
Catadultos
Cap IV: Roteiro
14 de Indução
de violação
AFIRMAÇÕES sexualENaturalista
infantil
SUGESTÕES DIRETAS S9 143
107
CatDizendo
V: RoteiroAdeus:de Indução
Metáforadepara Revivificação
sobreviventes 61
Catadultos Abordagem
VI: Roteiro de Indução
de infi1ncias Direta para
de
abusivas, Criar
abusoUma
Simulação Experiência
infantil e 62
VIIA:Agradável
Caitrauma Roteiro de Indução de Ratificação 109 145
. TesourosAbordagem
Enterrados:
de Levitação Direta Genérica
Metáfora
do Braço para aqueles que 64 146
VllB:Abordagem
Catperderam Roteiro
alguém, Direta
de Indução
ou partepara
de siDepressão
de Ratificação
mesmos 110 147
Abordagem
do Fechamento Diretados para Baixa Amo-Estima
Olhos 113 148
66
Caí VIII: Abordagem
Roteiros
Cap9 DESENVOLVENDO A ESPONTANEIDADE de Direta
Indução para Ansiedade
Breve 149
68
Cat IX: Roteiro
Abordagem de Treinamento
Direta paradeMúltipla Personalidade ISO
AprendendoAuto-Hipnose
a Cavalgar: Metáfora para disfunção sexual
Abordagem Direta para Vítimas de Infâncias 69
Lindos Presentes: Metáfora sobre ejaculação
Abusivas 151
precoce
:METÁFORAS 115 DE Observando:
PROPÓSITO Metáfora
GERAL para impotência e
71
Cap4 anorgasmia 116 Bombeiros: Metáfora para síndrome de
bexiga lenta 117
, Abordagem Direta para Impotência e Anorgasmia 155152 5
Abordagem
Abordagem Direta Direta para Ejaculação Precoce
para Insônia 156153
Abordagem
Abordagem Direta
Direta para para Infertilidade Inexplicada
Ciúmes 157154
163 Abordagem Direta para Auto-Consciência . 158
165 ,'" Abordagem Direta para Distúrbios Psicoftsiológicos Abordagem159
168 Direta para Procrastinação
170 Abordagem Direta para Estabelecer Metas
(Pré-determinação pós-hipnótica) 160
173 Abordagem Direta para Ensaiar Desempenho Futuro 161
176
Cap 15 SUPERANDO PROBLEMAS DE HÁBITOS
178 Roteiro de Abstinência ao Fumo
Roteiro de Administração do Peso
181 Roteiro de Problema Genérico de Hábito
182 ADMINISTRANDO A DOR
Cap 16
183 Roteiro de .Administração da Dor Crônica
184 Roteiro de Administração de Dor de Curto-Prazo
185 Antecipada ... .
187
Cap 17 PROCEDIMENTOS DE TÉRMINO DE TRANSE
189
Passo I: Revendo e Ensaiando Aprendi7Agens
de Transe .." ..

Passo TI: Sugestões de Ratificação


Passo m: Reorientação à Consciência em vigílúi
Passo IV: Distrações.. .

Passo V: Questões de Acompanhamento


Posfácio

Apêndice A; Resultados do Projeto de Pesquisa Para


Estudar a Eficácia dos Roteiros

Referências
191

195
6

[xiii] PREFÁCIO
Este livro oferece instruções simples e diretas sobre como fazer hipnoterapia. Insistimos
que o transe hipnótico é u fenômeno diário comum, que cada estudante ou profissional
pode e deve aprender a utilizar de uma maneira terapêutica. Qualquer um que tenha minado
uma criança para dormir com uma estória na hora de ir para cama, ou que tenha utilizado
uma analogia para transmitir uma nova idéia já tenha se ocupado com praticamente os
mesmos procedimentos que empregamos durante a hipnoterapia. Não é um processo
estranho ou por demais difícil.

Nossa meta é despir da hipnose o véu de mistério e confusão com ó qual você já deve ter se
deparado, em seus esforços para aprender mais sobre isso. Alguns autores lhe dizem que
não existe essa coisa de hipnose, enquanto outros alegam que a hipnoterapia é tão poderosa
e complicada que exige anos de estudo. Alguns profissionais avisam que o transe é uma
perigosa incursão no campo de forças subconscientes malévolas, enquanto outros sugerem
que isso é apenas uma questão de bom desempenho de papel. O que deve pensar e fazer o
profissional dedicado? .

Nossa abordagem neo-ericksoniana à hipnoterapia é derivada diretamente do trabalho de


Milton H. Erickson, M.D., um homem amplamente reconhecido como o mais notável
hipnoterapeuta do século. Erickson descreveu a hipnose como Uma valiosa ferramenta
terapêutica para realçar 1ima auto-estima do cliente e para facilitar as comunicações
terapêuticas. Ele usava isso para persuadir seus clientes a assumirem a responsabilidade de
se curar e dar-lhes as práticas que precisavam para assim fazê-lo. Pelo fato de Erickson ser
um consumado terapeuta, bem como um hipnotizador mestre, era capaz de usar essa
ferramenta. de uma forma difícil de descrever, muito menos de replicar. Por outro lado, a
própria ferramenta básica é relativamente simples e aprender como utilizá-la para criar úteis
intervenções terapêuticas não é uma tarefa difícil.

Nas páginas seguintes, descrevemos essa ferramenta denominada hipnoterapia, e discutimos o que
ela pode e não pode fazer. Apresentamos também linhas gerais para seu uso em diferentes
situações, para diferentes propósitos. Para ser mais específicos, começamos com uma visão geral
das premissas que subjazem à nossa abordagem.
A seguir, damos um resumo dos conceitos e procedimentos envolvidos em uma típica sessão de
hipnoterapia. O restante do livro consiste exclusivamente de uma. série de roteiros esboçados para
guiar seu aprendizado sobre intervenções hipnoterapêuticas, passo a passo. Oferecemos exemplos
literais de induções de transe, de sugestões metafóricas e diretas para vários tipos de problemas
expostos, e de procedimentos de término de transe. Para acompanhar este livro, uma fita cassete foi
desenvolvida para auxiliá-lo a aprender como experienciar o transe e como falar de maneira transe-
indutora. Combine o livro e a fita cassete e você terá a base para a efetiva hipnoterapia.*
No início, você deve sentir-se tão constrito pelas nossas instruções e roteiros como um
artista trabalhando em uma pintura tipo "pinte-pelos-números". Eventualmente, no entanto,

a Para mais informações sobre A fita cassete que o livro, contate: Bnmoer/MauI Publishers (212-
924-3344), . 19 Union Square West, New York, NY 10003, USA
I

você irá começar a desenvolver o gosto pela estrutura e pelos potenciais desta abordagem e
irá aventurar-se muito mais longe do que as orientações que nós lhe fornecemos. Nesse
ponto, você terá se tornado um hipnoterapeuta (grifo da 1).

A hipnoterapia pode ser um auxiliar estimulante e valioso para qualquer prática terapêutica.
Além do mais, quando conduzida da maneira ericksoniana aqui apresenta&, pode dar aos
clientes uma oportunidade confortável de explorar e de contar com seus próprios recursos
inconscientes. Não é invasiva, não é autoritária e não é uma viagem desgastante para o
-
hipnoternpeuta. Ê sua chance de dar um presente aos seus clientes o presente da pacífica
consciência interior e a habilidade para relaxar profundamente o suficiente para reconhecer e
usar recursos que podem, de outro modo, ser negligenciados ou mal empregados.

Quando iniciamos este projeto, nossa intenção era de produzir um quadro de referências
conceitual e um conjunto de orientações que tornaria a hipnoterapia uma ferramenta
acessível e útil para conselheiros e terapeutas cujos backgrounds, clientela e afiliações
profissionais fossem. tão diversos quanto os nossos próprios. Sentimos que se pudéssemos
produzir uma integração verdadeiramente colaboradora de nossos próprios variados
interesses e abordagens hipnoterapêuticas, então talvez o produto final tivesse o mais amplo
apelo e utilidade. Assim embora Catherine fosse exclusivamente responsável por construir o
material em padrões de hábito e Ron desenvolvesse o capítulo de administração de dor, cada
palavra no restante deste livro é o produto de longas horas 4e discussão, revisão e debate.
Deixamos para você determinar esse processo atingiu nosso objetivo. Seus comentários,
questões ou sugestões serão mais que bem vindos e enormemente apreciados.
g

[xvii] AGRADECIMENTOS

Os autores gostariam de aproveitar esta oportunidade para expressar sua sincera gratidão a
todos aqueles que ajudaram na consecução deste trabalho. Primeiramente e acima de tudo,
queremos agradecer Milton H. Eriickson, M.D., cujas obras, ensinamentos e exemplos
continuam a inspirar. Há certas palavras e frases empregadas por ele que parecem estar tão
embutidos em nosso estilo que elas emergem aqui e al4 ao longo de nossos roteiros, como
um tributo, inconsciente .à sua persuasão verbal.
Os participantes de nossos workshops em hipnoterapia ao redor do mundo merecem atenção
especial, não apenas por seu entusiasmo e dedicação mas também por apontar a necessidade
de um livro como este e encorajar-nos a fàzê-lo. Nossos clientes igualmente merecem o
nosso muito obrigado. Eles têm sido nossos melhores professores, ao longo dos anos. Muito
obrigado ainda a Stephen Gilligan, Carol Lankton, Stephen Lankton, Emest L. ROBS4 Kay
Thompson e Jefftey Zeig, por compartilharem generosamente conosco aquilo
que aprenderam do Dr. Erickson. ,. .

Jackie Wright intercalou muitas horas de trabalho processando os vários estágios de nosso
manuscrito. Agradecemos a ela pelo excelente trabalho que feZ, por seus comentários
positivos e por sua tenacidade em continuar a trabalhar nos roteiros, mesmo quando
ela entrava em um transe..
Vários amigos e familiares nos ajudaram grandmnente, à medi4&- que progredia o
man~'1ito. Muito obrigado a Marie Havens e Larry Shiner por suas correções editoriais e
suporte am.tÍnUD. Richard Dimond apresentou valiosas sUgestões e Theresa Eyta1is e Sandy
Mollaban demonstrou interesse e encorajamento incansável em nosso projeto. Estamos
gratos a Natalie Gilman, vice-presidente editorial, e a outros membros do corpo de
funcionários da Brunner/Mazel por sua orientação e assistência. Finalmente, enquanto
escrevíamos este livro, ficamos ambos abalados e entristecidos com a trágica morte
de Ann .AlhAdefl: Editora Executiva. O interesse entusiástico de Ann alimentou este livro
quando ele era ainda apenas uma idéia e dirigiu seus primeiros passos. Obrigado~ Ann.
Além daqueles que ambos desejamos agradecer~ há algumas pessoas a quem cada .!1D. de
nós deve individualmente. Ron tem um agradecimento especial para:
- Elizabeti1 M. Erickson, por sua cortesia e generosidade e Sherron Peters e JeffZeig, por seu
entusiasmo e apoio. Cada um de vocês fez Phoenix parecer um segundo lar.
Cathy tem um agradecimento especial para:
- No veri0. 1983, o sta:ffda Milton H. Erickson Foundation, que graciosamente me permitiu
passar um mês trabalhando nos Arquivos de Erickson. Emest Gullerud. merece nosso
crédito e nosso muito obrigado. Como meu professor na Universidade da minois School of
Social Work, ele me apoiou em minha pesquisa em hipnoterapia. Jill Kagle, também meu
profesoor.: deu-me palavras agradáveis de encorajamento e apoiou meu interesse no
trabalho deEri~ .
- John Miller, Diretor do Centro de Aconselhamento na Sangamon State University,
proporcimou-me um positivo espaço de trabalho enquanto eu trabalhei neste livro e Vicki
Thompson foi muito generosa com seu trabalho de apoio burocrático e pessoal. Don Y ohe
forneceu muitos insights terapêuticos valiosos.
- Tami Sia.ggs e Therese Johnson me fizeram rir à beça.
9

PARTE I

Conceitos e Instruções

[3] 1 - UMA ORIENTAÇÃO NEO-ERICKSONÍANA


Nosso interesse em escrever este livro nos leva de volta às nossas primeiras experiências como
líderes de workshops treinando terapeutas e médicos na arte da hipnoterapia ericksoniana. Para
eles, salientamos cuidadosamente os conceitos necessários. Instruímos compulsivamente os
participantes no processo hipnoterapêutico. Ensinamos nossos grupos como delinear metáforas
e anedotas ímpares. Em. suma, demos a eles tudo o que de básico imaginamos que pudessem
precisar para se tornarem hipnoterapeutas competentes. E ainda, quando se iniciaram as
sessões práticas, deparamo-nos com algo com o qual não .... contávamos: muitos
participantes se tOrDaram calados e amo-conscientes. Eles' . . simplesmente não sabiam o que
dizer e por quanto mais se esforçavam, menos conseguiam fazer. Logo descobrimos que nossas
exortações para "confiar em sua mente inconsciente" simplesmente não resolveram o assunto.
Eles queriam que nos lhes disséssemos exatamente o que dizer e como dizer. Em outras
palavras, eles queriam um roteiro.

[4] A EFICÁCIA DOS ROTEJROS


Nosso primeiro roteiro foi um de indução simples, o qual incorporamos nas Sessões práticas
de nossos workshops. O Roteiro de Indução em Simulação deste livro é uma versão
modificada desse roteiro original. Os participantes não apenas expressaram agradecimento
pela estrutura e direção que este roteiro ofereceu - eles pareciam também adquirir um
efetivo estilo hipnótico muito mais rapidamente do que tínhamos constatado sem o mesmo.
Além disso, lá. pelo fmal do workshop, eles demonstravam mais confiança em sua
habilidade para :fàzer hipnoterapia e pareciam mais confortáveis com a idéia. de realmente
experimentá-Ia com seus clientes.. . .

Embora essas primeiras impressões fossem encorajantes, não tivemos nenhuma evidência
objetiva de que elas eram precisas. Consequentemente, deciclimos estudar empmcamente o
impacto na confiança do aprendiz em usar um roteiro preparado. Os sujeitos de nosso
estudo foram 13 estudantes formados em psicologia e áreas correlatas, que se prontificaram
a participar como voluntários de um projeto de pesquisa e workshop de um dia em
hipnoterapia. A manhã toda foi gasta com o oferecimento de informações didáticas sobre
transe, procedimentos de indução de transe, hipnoterapia e término do transe. Essas
palestras foram seguidas, à tarde, por uma demonstração de indnção de transe e levitação de
10
braço. Os, participantes foram então aleatoriamente divididos em dois grupos para uma
sessão prática. O primeiro grupo continha sete participantes. Foi-1hes dado um roteiro de
indução ao transe, que continha sugestões para uma levitação de braço (o Roteiro de
Levitação de Braço apresentado neste livro) e lhes foi dito para ficarem aos pares e se
revezarem em. ler o roteiro um para o outro. O outro grupo de seis participantes se reuniu
em uma omm sala e eles simplesmente receberam a instrução de se colocarem em pares e
de praticarem uma indução visando obter uma levitação de braço. Utilizando-se
questionários de pré e pós-sessão com os participantes e escalas de avaliação pós-sessão
com os sujeitos hipnóticos, descobrimO~J)Pn apenas que os participantes que usaram os
roteiros se sentiam mais confiantes mas qu:eo atual sucesso com sujeitos (medidos em
termos ~ profundidade de transe. levitação de braço e aprendizagem) era significativamente
mais elevado. No grupo que trabalhava sem roteiros, por exemplo, apenas um sujeito
experimentou uma levitação de braço, enquanto que todos os sujeitos no grupo de roteiros a
'

experimento1L (Um relato mais detalhado de nosso método e resultado é dado no


Apênclice A).
Os resUltados deste estudo simples confirmaram nossa hipótese quanto ao valor potencial
dos roteiros de hipnose como mn meio de amnentar habilidades e auto-confiança.'Eles
também apoiaram nossa decisão de fornecer roteiros para cada passo no processo
bipnoterapêutico. Este livro é o produto dessa decisão.
Mas ele contém mais do que roteiros de hipnoterapia. Contém também os conceitos e
entendimentos básicos que estão sob nossa abordagem neo-ericksoniana. Nossa intenção é
facilitar nosso desenvolvimento como hipnoterapeuta, não meramente para fornecer roteiros
de forma que os outros pudessem papaguear (imitar como papagaios) nossas palavras. Para
usar esses roteiros como ferramentas de aprenn17.agem, você precisa de mn entendimento
através da, lógica para seu conteúdo e estrutura.
Os entendimentos que você irá precisar, a Ínn de usar os roteiros apresentados neste livro,
são relativamente simples e diretos. A h.ipnoterapia contemporânea não é mna prática
secreta, derivada de abstrações complexas e noções místicas. Os princípi~s e os
procedimmtos que usamos em. hipnoterapia provêm de umas poucas observações básicas
sobre as pessoas, a terapia e a natureza. do transe em si. Essas observações são fáceis de
entender, são consistentes "com apesquisa atu.a1 e podem' ser verificada.s com a experiência
pessoal
'" :':, I
.. ;' .. ' ~

"

No Capím10 2, examinarenlos a:natureza do transe e os princípios de hipnoterapia. Nesse


capítulo, discutiremos sete premissas sobre pessoas e mudança terapêutica que formam a
base para nossas estratégias hipnoterapêuticas. Tornando-se confortáveis com o ponto de
vista refletido nessas observações, você está assentando as bases para nosso futuro trabalho
de 1ranse. '

Cada uma das seguintes premissas pode se firmar sozinha como um resumo des«..'Iitivo
de um aspecto particular de funcioD~ento humano e mudança terapêutica. No entanto,
quando tais' premissas e suas implicações são consideradas como um todo, temos que elas
podem ser usadas para explicar a utilidade de uma série de técnicas terapêuticas, incluindo
as técnicas de hipnoterapia que apresentamos neste liyro. Em outras palavras, não importa
que forma de terapia você utilize agora, sua abordagem. já pode reconhecer
implicitamente muitas dessas características de funcionamento humano.
'.

11
,
[5] A DOR E O PRIMEIRO SINTOMA

Premissa de orientação # 1: A dor é o que motiva os clientes a buscar terapia.

O aspecto subjacente comum de praticamente todos os problemas apresentados por clientes


de terapia é a dor e o softimento emocional. Se a queixa apresentada é ansiedade,
depressão, problemas em relacionamento, sentimentos de inadequação ou o que seja, a dor
e suas consequências são a razão thD,J31'11en~I dos clientes para recorrerem à ajuda.
Nós iniciamos, desenvolvendo esse entendimento amplamente como resultado de uma
observação oferecida pelo Dr. Erickso~ durante uma palestra que ele deu em,.,San
Francisco, em 1965. Naquela ocasião, ele disse:

Cada paciente que adentra seu consultório é um paciente que apresenta mn tipo de
problema. .Acho que é mellior reconhecer que o problema, que os problemas de todos os
pacientes - quer softam de dor, WJSiedade, fobias, insônia - cada um desses problemas é
algo subjetivamente doloroso àquele paciente, apenas você soletra a dor, por vezes, como
d-o-r, às vezes como f-o-b-i-a. Ora, elas são igualmente prejudiciais. E portanto, você devia
reconhecer a identidade comum de todos nossos pacientes. E o seu problema é, antes de
mais ~ pegar esse ser humano e dar a ele alguma forma de conforto. E 1.U11R das primeiras
coisas que você realmente deve fazer é deixar o paciente descobrir onde ele
realmente tem a dor. (Havens, 1985, p. -152). .

[6] ROTE1ROS DE IllPNOTERAPIA


Devido ao nosso envolvimento com hipnose, os clientes que softem de dor fisica nos são
sempre indicados. Como trabalhamos com esses indivíduos jUt1tamente com nossos
clientes de terapia tradicional, a validade e a importância de nossas observações de Ericksoil
se tornaram cada vez mais visíveis. É a dor e o softimento psíquico que motiva as pessoas a
contatar terapeutas e a terapia consiste do alivio deSsa dor.

Enfatizamo8 a dor como aspecto central da experiência de nossos clientes, principaJménte porque
a dor é um dado mais fãc~ para. a maioria das pessoas entenderem. do que as anormalidades
psicológicas. As qualidades experienciais, as consequ.ências psicológicas e as Intervenções
exigidas para lutar com a dor e o softimento são relativamente simples e fáceis de captar, em
comparação com os complexos sistemas teóricos ftequentemente associados com distúrbios
psiquiátricos. Isso é verdadeiro para. ambos, clientes e terapeutas.

Os professores de saúde mental, por exemplo, podem estar tão :firmemente devotados a
explanações teóricas específicas para problemas diagnósticos especiais que se torna difícil
para eles examinar e tratar esses problemas de uma maneira objetiva. Existe uma tendência
para impor construtos hipotéticos, ao invés de explorar as fontes singulares de desconforto
de cada indivíduo. Se um cliente diz que está deprimido, o clínico pode imediatamente
12
começar a procurar por "desesperança aprendida", ou prescrever técniGas tidas como
apropriadas para depressão. Se o mesmo cliente tivesse se queixado, ao invés disso,' de
problemas com a esposa~ é possível que o terapeuta tivesse se voltado antes apenas para
esse problema interpessoaI e tivesse deixado escapar a depressão. E o mais importante, nos
dois exemplos, o terapeuta. pode ter perdido a fonte dolorosa de todos esses problemas.

Quando os problemas são definidos como dor, no entanto, parece ser fácil para ambos os
terapeutas deiur de lado seus Próprios pré-julgamentos e examinar'e tratar cada problema
de um ponto de vista menos distorcido e gennTnsmente inquisitivo. A meta se toma a de
determinar a natureza e a fonte do desconforto único de cada indivíduo, ao invés de tentar
encaixar os sintomas perifera.is do cliente ou de apresentar as queixas desse desConforto
em
uma categoria diagnóstica. r
A dor também é mais fácil para os próprios clientes entenderem e ex.aminarem. Os
resultados negativos dos rótulos psiquiátricos são bem docmnentados. Definir mn problema
como dor psíquica ou desconforto emocional evita esses efeitos adversos. Os clientes
cooperam mais abertamente no tratamento e são menos ambivalentes em revelar seus
pensamentos e sentimentos relevantes quando reenquadramos, a partir dos diagnósticos, e
enquadramos os seus problemas ap~ como uma dor. :.

Quando os problemas apresentados a um. tempeuta são constr~Ülos sob forma de dor ou
sofrimento, os conceitos" metas e tr~entos utilizados naturalmente tenderão a ser similares
aos que são empregados para tratar a dor crôni~. Não deve parecer surpre~ no entanto, que
a abordagem hipnoterapêutica aqui apresentada é aplicável tanto para dor fisica como para
dor psíquica. A única diferença é que os prQ('Mtimentos utilizados para dor física podem
ser muito mais diretos porque há menos necessidade de evitar ambivalência, resistência,
distorções auto-conscientes e sensibilidades.

Assim., hâ duas razões para rastrear todos os problemas de volta a Um questão de dor. Primeiro,
nossa experiência sugere que a dor é uma descrição acurada da perturba.;ão, da ferida ou do tédio
que com ftequência preenche a vida do cliente. Segundo, a metáfora. da dor exprime a
perspectiva na terapia que subjaz à nossa ~ordagem hipnoterapêuti.ca.

[7] NOSSAS:MENTES MÚLTIPLAS DEVEMINTERAGIR

Premissa ~ orientação # 2: .As pessoas têm uma mente consciente e uma mente
inconsciente.
Se você estiver familiarizado com o traballio de Milton H. Erickson, reconhecerá esta.
observação como a pedra ~ou1ar de seu sistema hipnoterapêutico. Em algumas
circunstâncias, não é bom que ele tenha usado o termo "mente inconsciente", pois esse
termo tem sido usado por tantos outros autores e, assim, possui muitas conotações
potencialmente enganosas. A "mente inconsciente" a que se referia Erickson não é o
13
inconsciente reprimido descrito por Freud, ou o antes místico inconsciente coletivo de Jung.
Erickson 1!ISOU o termo "mente inconsciente" para se referir a todas as cognições, percepções e
emoções que OCOITeIn fora de uma faixa nonnal de consciência da pessoa. Ele reservou o termo
"mente consciente" para a faixa limitada de informação que penetra no foco restrito de atenção da
maioria das pessoas, na vida diária. Um corolário de sua observação dessa dicotomiaé o
reconhecimento dele de que as pessoas tentam confw nas limitadas capacidades de sua mente
consciente para direção e apoio, ainda que sua mente inconsciente possua mais recursos e um
melhor senso de realidade.
o número de atividades que nossa mente inconsciente executa para nós é surpreendente e
modesto. Sempre que a situação pede o uso de uma memória inconsciente, hílbilidade ou
compreensão, ela parece surgir magicamente do nada, quer a mente consciente deseje
isso
ou não. Nós alcançamos e apanhamos wn objeto mTemessado longe sem dedicarmos a isso
um pensamento consciente. Coçamos uma ferida ou passamos a mão nos cabelos sem
percebermos ÍSS,o conscientemente. Nomes, datas, conceitos e inSights surgem em nossa
consciência. As reações emocionais irrompem do nada. Sem nos darmos conta., conhamos
em n°SSt? inconsciente para administrar as habilidades complexas e para prover os muitos
insightse femunentnsde que necessitamos para lutarem nossa vida diária. Caminhar, f.;!lar,
.

dirigir um carro, descobrir soluções singulares para quebra-cabeças, lembrar-se de repente


de fazer algo importante, sentir as implicações ocultas dos movimentos dos outros e mesmo
a habilidade para ignorar sensações e percepções que distraem, 'tudo depende de nossas
atividades inconscientes. . . .
. .
. . Mesmo esta breve relação da
vasta gama de atividades da mente inconsciente sugere que
uma dicotomia conscienrelinconsciente na verdade é uma conveniência con.ceitw11
altamente super-simplificada. Na vida diária, funcionamos simultaneamente em. uma
variedade de níveis de percepção, cognição e resposta. Cada wn desses níveis, por sua vez,
opera como uma "mini-mente" autônoma. Embora possamos gostar de pensar que esses
níveis múltiplos de atividade estão todos monitorados e integrados em um conjunto coer~te
de comportamentos sobre os quais temos controle consciente, nãO parece ser este o caso.
Cada indivíduo parece possuir \Una coleção de mentes operando de forma relativamente
. independente, ao invés de uma gestalt unificada ou como um simples dueto conscientel
inconsciente. .
Embora Erickson falasse apenas genericamente em termos dos níveis consciente e inconsciente
de percepção, ele reconheceu claramente que as origens do comportamento humano são muito
mais diversas do que aquilo em que implica essa dualidade. Nos anos 1940, ele escreveu, "A
personalidade humana é caracterizada por variedades e complexidades infinitas de
desenvolvimento e organização, não sendo uma simples orggt1'Í7~çãO unitária limita.da."
(Erickson, 1980, VoI. III, Capo 24, p. 262). AD mesmo tempo, indicou que não havia ainda
evidência suficiente para especificar o número ou o locus dessas diferentes origens do
comportamento humano. Assim, enquanto Erickson reconheci81 as limitações desta descrição da
mente consciente/inconsciente como uma
dicoto:tI1Ü\, empregava isso de forma heuristica para explicar uma variedade de aspectos do
:funcionamento humano. Mais recentemente, os pesquisadores pensaram determ..inBr e
..

14
especificar os possíveis Icei] das diversas percepções e comportamentos que Erickson
denominou as mentes consciente e inconsciente.

Por exemplo, a especificação das múltiplas origens da atividade humana foi tema central do
livro O Fantasma na Máquina, publicado em 1967 por Arthur Koestler. Koestler propôs que
o comportamento humano pode ser dividido em três categorias distintas, cada uma. delas
podendo ser esboçada para três diferentes cmuRdas do cóItex:
. -
o arquicórrex (que media o comportamento em répteis)
- o mesocórtex (que é mais dominante entre os mamiferos de ordem. inferior) e
- O neocórrex (que constitui os níveis superiores de desenvolvimento e função çortica1
descoberto nos roamiferOs recentes~ tais como prTmRtas e ;homo sapiens).

AD mesmo tempo, Gav.aniga, Bogen e Sperry (1967) começavam a notAr os diferentes


atributos dos hemisférios cerebrais direito e esquerdo, uma dicotomia que parecia responder
por muito do que havia sido previamente descrito como "atividade" inconsciente. Por volta
de 1978, no entanto, Gazzaniga se viu desencantado com essa simples dicotomia e sugeri~
ao invés, que "nosso senso de consciência subjetiva atlora de nossa inexorável necessidade
do hemisfério dominante para explicar ações tç>t;Mdas de 'qualquer um de uma multidão de
sistemas mentais que habitam dentro de nós" (Ga7.7,anigá, 1983, p. 536). '

Essa noção de "uma multidão de sistemas mentais" recebeu articulação e respeitabilidade


posterior por Fedor (1983) em seu livro A Modularldade da Mente. Fadar diferenciou os
vários módulos ou mini-mentes (que existem como sistemas processantes cognitivos
relativamente separados dentro do cérebro), em meio a várias e diferentes dimensões. Por
exemplo, ele diferenciou os móduIos ou sistemas verticalmente organ;79dos, tais como
aqueles descritos por Koest1er, das divisões horizontais descritas por Ga?.7.auiga. Ele
também especificou módulos separados para sistemas processantes inatos vs aprendidos e
para sistemas processantes que são localizados vs. generalizados, em suas operações.
FÜ1almfmte, notou que alguns módulos são computacionalmente autônomos, enquanto que
outros compartilham seus recursos. ," :.', , ,

O nível COITente de entendimento em. neurociência ainda não nos peimite especificar
exataMente cada mn desses módulos interativos ou mini-mentes. Podemos formular a
hipótese, no entanto, que tal especificação deve incluir no mínnno uma para cada um dos
sentidos (i. e., sistemas processantes visual, auditivo, olfativo, gustativo, táctil e cinestésico
separados), e uma para cada um dos diferentes tipos de centros processantes de informação
no cérebro (i.e., analítico verbal vs. integrativo). Cada uma dessas mini-mentes percebe
cada situação de modo um tanto diferente, possui diferentes histórias de aprend;7.Rdo,
d..ifurentes habilidades e reações difurentes para cada evento. Embora pareça haver certa
interação e negociação entre eles, há vezes em que eles parecem 'agir de fonna assaz
ID.dependente. Para complicar mais os assuntos, as percepções, reações e respostas de cada
um podem variar de um período para outro, em. resposta,às variações no estado fisiológico
geral da pessoa.. .
Quando você entrevista um cliente, você interage principalmente com a mente consciente
da pessoa. Esm mente dominante, geralmente é a mente analítica verbal. Tem sua função

I 10cus (sing.), 10ci (pl) - o ~ ou 08 poato8 exatos em que alIO ee situa, N.T.
..

14
especificar os possíveis locil das diversas percepções e comportamentos que Erickson
denominou as mentes consciente e inconsciente.

Por exemplo, a especifica.ção das múltiplas origens da atividade humana foi tema central do
livro O Fantasma na Máquina, publicado em 1967 por Artb.ur Koestler. K.oestler propôs que
o comportamento humano pode ser dividido em três categorias distintas, cada UIrul. delas
podendo ser esboçada para três diferentes cam"ti~s do córtex:
. - o arquicórtex (que media o comportamento em répteis)

- o mesocórtex (que é mais dominante entre os mamiferos de ardem. inferior) e


- o noocórtex (que constitui os níveis superiores de desenvolvimento e função çortica1
descoberto nos mamiferOs recentes:) tais como prTmRtas e pomo sapiens).

AD mesmo tempo, Qs.7.7.Bniga, Bogen e Sperry (1967) começavam a notar os diferentes atributos
dos hemisférios cerebrais direito e esquerdo, uma dicotomia que parecia responder por muito do
que havia sido previamente descrito como "atividade" inconsciente. Por volta de 1978, no entanto,
Gazzaniga se viu desencantado com essa simples dicotomia e sugeriu, ao invés, que "nosso senso
de consciência subjetiva at1o~ de nossa inexoráv~l necessidade do hemisfério dominante para
explicar ações tç~das de qualquer um de uma multidão de
sistemas mentais que habitam dentro de nós" (Gaz7aJ1igá, 1983, p. 536). ..

Essa noção de "uma multidão de sistemas mentais" recebeu articulaçãO e respeitabilidade


posterior por Fodor (1983) em seu.livroAlvfodularldade daMBntB. Fodor diferenciou os
vários módulos ou mini-mentes (que. existem como sistemas processantes cognitivos
relativamente separados dentro do cérebro), em meio a várias e direrentes dimensões. Por
exemplo, ele diferenciou os módulos ou sistemas verticalmente org3ll;7S\dos, tais como
aqueles descritos por Koest1er, das divisões horizontais descritas por Gazzaniga. Ele
também especificou módulos separados para sistemas processantes inatos vs aprendidos e
para sistemas processantes que são localizados vs. generalizados, em suas operações.
Finalmente, notou que alguns módulos são computacionalmente autônomos, enquanto que
outros compartilham seus recursos. .. ... : . . .

o nível cotTente de entendimento em neurociência ainda não nos peCmite especificar exatanlente cada
mn desses móduIos interativos ou mini-mentes. Podemos formular a hipótese, no entanto,
que tal especificação deve incluir no mínimo uma para cada um dos sentidos (i. e., sistemas
processantes visual, auditivo, olfativo, gustativo, táctil e cinestésico separados), e uma para
cada um dos diferentes tipos de centros processantes de inf0111UiÇão no cérebro (i. e.,
analítico verbal vs. integrativo). Cada uma dessas mini-mentes percebe cada. situação de
modo um tanto diferente, possui diferentes histórias de aprend;7.Ado, d.i:furentes
habilidades e reações difure.ntes para cada evento. Embora pareça haver certa interação e
negociação entre eles, há vezes em que eles parecem agir de fonna assaz independente. Para
complicar mais os assuntos, as percepções, reações e respostas de cada um podem variar de
um periado para outro, em resposta,às variações no estado fisiológico
geral da pessoa.. .
Quando você entrevista um cliente, você interage principalmente com a mente consciente
da pessoa. Esta mente dominante. geralmente é a mente analítica verbal. Tem sua fimção

I locus {sing.).loci (pl) - o pooto. ou C8 poato8 exatos em que algo lIe situa, N.T.
-.

15
especializada de prover rótulos linguísticos e categorias para dar origem a regras, vaIores, crenças e
desejos sobre a forma de que as coisas deveriam ou poderiam ser. A partir desses conceitos sobre
como as coisas deveriam ser, a mente consciente então elabora um quadro de referências, esquema
ou modelo do mundo. Este esquema ou modelo do mundo, por sua vez, guia ou dirige a
consciência, o eDÍATulimento e o comportamento de forma que "deveria ser" útil, COITeto e
pessoalmente produtivo. Assim, as pessoas ficam aptas a perceber, compreender, discutir e
responder ao mundo somente de forma que sejam consistentes com seus quadros de referência ou
esquentas conscientes.

Um dos componentes típicos da visão de realidade mitificada da mente consciente é a


errônea crença de que ela é responsável por todos os pensamentos e comportamentos do
indivíduo. Nada poderia estar mais longe da verdade. De fato, a própria mente consciente
possui muito poucas habilidades e é responsável por relativamente poucas ações ou insights
criativos. Os aspectos inconscientes da mente desempenham um papel maior nos eventos da
vida diária. Não obstante, a mente consciente verbal geralmente acredita que esta é a única
fonte de decisões, reações emocionais e respostas de cada pessoa.

A fnn.de manter sua ilusão da auto-importância, a mente consciente deve responder por
todos os eventos internos e comportamentos de fonua que os faça parecer serem resUltados
coerentes ou lógicos de sua atividade. Ass~ a mente consciente constantemente assume o
crédito e encontra explanações pelas atividades das váriaS mini..mentes sobre as quais na
verdade não tem controle. e sobre das quais não se dá conta. Após anos de prática, torna-se
muito boa nisso. Na verdade, a mente consciente pode ser capaz de oferecer tais
racionalizações e explanações comoventes que até mesmo o mais habilitado tempeuta pode
ser envolvido por elas. ' . i'

Consequentemente, ao falar com o cliente, é importante lembrar-se de que há muitos


pensamentos, percepções e ações ocorrendo ou fora da fàixa da pessoa de sua percepção
consciente, ou fora da faixa individual de controle consciente. A multiplicidade de mini-
mentes responsáveis por esses eventos é denominada coletivamente com o tenno "t...;.ente
inconsciente". Uma vez que a mente inconsciente tipicamente consiste da proporção das
mini-mentes em um indivíduo, não é de se surpreender que ela seja muito mais atenta, sábia,
inteligente, adaptativa e habilidosa que a mente consciente. .
"
..
..

A relação entre a mente consciente e a mente inconsciente é similar à relação entre o capitão
de um navio e a tripulação. O capitão (a mente consciente) desenvolve cartas e mapas
(esquema ou quadros de referência) e usa essas cartas para dizer aos marinheiros (as
nrinimentes inconscientes) para onde ir. O capitão também decide que habilidades os
marinheiros devem aprender, a fim de operar o navio. Esse ammjo funciona razoavelmente
bem enquanto as cartas do capitão forem acuradas, a tripulação tenha aprendido as
habilidades corretas e o contato próximo seja mantido entre o capitão e a tripulação para se
certificar de que as coisas estão caminhando suavemente. .

A mente consciente, como nosso capitão, percebe e responde somente a uma versão
traduzida do mundo. A menos que a realidade seja consistente com as cartas, a mente
consciente tenderá a ignorá-Ia. Por exemplo, uma pessoa cujo esquema consciente contenha
16
a errônea crença de que ele/ela não é atraente para ninguém., pode permanecer
completamente distrafda e não respondente às óbvias investidas de U11Ui parte
interessada. As pessoas, via. de regra, não percebem ou agem conscientemente sobre coisas
que não são permitidas por seu mapa ou esquema cognitivo.

As memórias, os pensamentos internos, imagens e expectativas são constantemente geradas


por várias mini-mentes. Qualquer uma dessas pode ser aceita e pode ser passível de ação,
ou ignorada e nuU interpretada pela mente consciente. Se algmna percepção, memória ou
imagem se toma reconhecida e incluída em sua forma original, ou se toma distorcida ou
empurrado de volta no domínio 'do inconsciente, é uma função do quão bem ela se ajusta
no esquema da mente consciente e do quão fleXÍvel seja esse esquema consci~. As coisas
que conflitam em d~asia são rejeitadas. '

A mente consciente também pode interpretar mal ou deixar escapar muito daquilo que
ocorre dentro e fora da pessoa, simplesmente porque ela pode prestar atenção apenas a. um
limitado número de coisas de uma vez. Ass~ uma pessoa pode estar tão absorvida por um
bom livro, que uma pergunta de um amigo passará despercebida, ou um compromisso será
esquecido. Outras coisas acabam sem ser notadas parque são tão sutis, breves ~u remotas .

que não percebidas conscientemente. .Essas fontes de informação são negligenciadas ou


ignoradas, simplesmente porque são por demais in.iniísculas ou estão demasiado distantes,
não necessariamente porque elas conflitam com as cartas consc~entes. As muchmças no
tamanho das pupilas de outra pessoa, ppr exemplo, podem não ser notadas conscientemente,
mesmo que reações emocionais subsequentes possam indicar que essa pista foi percebida
em um nível inconsciente. Do mesmo modo, se a mente consciente tem dificuldade em
aceitar ou traduzir certos pensamentos ou sensações em representações verbais, elas também
passarão despercebidas. Assim, sensações fugazes ou atividade em áreas remotas
do cérebro ou corpo serão geralmente ignoradas. .

Os pensamentos e percepções da meníe inconsciente não: estão reprimidas pelo esquema ou quadro
de referências consciente. Como os marinheiros de nosso navio, as minj-m.11tes inconscientes
observam icebergs e outros perigos, quer estes apareçam ou não nas cartas do
. capitão. Elas também observam e Produzem muitas coiSas que a mente consciente
tende a ignorar ou negligenciar. O problema com o qual se deftonta a. mente consciente é
como manter um quadro de referências ou uma carta consciente que seja tão confortável
quanto útil e, ao mesmo tempo, não ignorar as habilidades e novos inputs (informações que
chegam) dessas várias mini-mentes. Erros de navegação ou mesmo desastres podem ocorrer
se o capitão consciente se recusa a usar as habilidades do mar:inbeiro, aceitar a nova
infonnação ou modificar as cartas da realidade. Nem tudo o que essas mini-mentes fazem ou
relatam é agradável, acurado ou útil e algumas delas podem pôr em dúvida. a. exatidão da
visOO total da realidade. O problema., entretanto, é que infonnação deixar vazar e o que
bloquear, o que usar e o que ignorar, o que encorajar e o que desencorajar.

N a verdade, é dificiI especificar acertadamente a exata natureza da. infonnação de entrada


permitida pelo consciente, a partir do inconsciente, porque os limites entre eles não são nem
estáticos, nem têm contorno definido. Por vezes, os limites entre essas regiões estão
demarcados e a personalidade consciente, mais Solta, está. totalmente alheia a. todos os
1
r
entendimentos e atividades inconscientes. Em outras ocasiões, esse mesmo indivíduo pode
ficar andando em uma fantasia onde aprendizados e idéias previamente inconscientes saltam
de súbito à mente. Às vezes essas memórias ou idéias inspiram, às vezes distraem e às vezes,
surpreendem., confundem, ou até ateITorizam a mente consciente. As coisas que inspiram
ou distraem. podem ser incorporads nas cartas ou esqUeD18S conscientes, porém aquelas
que causam tormento podem precipitar um fuga de pânico de volta à aparente
. segurança do quadro consciente de referências. Qualquer recuada ou bloqueio do inconsciente
pode assinalar o inicios de sérias dificuldades psicológicas, emocionais ou de ajustamento.
I'

[11] 1NTERAÇÕES PREJUDICADAS CAUSAM DOR


Premissa de orientação :fi 3: Uma relação prejudicada., inadequada ou inapropriada entre
as
mentes conscient<f e inconscientf,pode dar origem fi uma variedade de problemas ou
sintomas emocionais, comportamentais e interpessoais dolorosos. :.
Embora alguns problemas sejam consequência de disfunções biofisicas específicas, a
maioria das dificuldades experienciadas pelos clientes de psicoterapia é o resultado da
coordenação pobre entre atividades conscientes e inconscientes. Idealmente, o indivíduo
funcionando por completo teria um fluxo relativamente livre de tn1lteria.l entre as mentes
conscien~ e inconsciente; e as atividades das duas seria cooperativamente integrada e
coordenada (cí Ericks~ Rossi & Rossi, 1976). Os entendimentos, habilidades e reações de
cada mini-mente seria revisado e avaliado para determinar sua validade e seu valor geral
quanto ao funcionamento da personalidade total e esses inputs seriam integrados dentro de
um padrão coerente e adaptativo de contenda.

Neste sentido, cada pessoa é como uma grande família ou tOda uma comunidade povoada por
especialistas, os quais, se Ihes fosse permitido trabalhar em conjunto, contribuiriam. para a fácil e
eficiente operação dD sistema inteiro. Mas se esse grupo ou comunidade se torna dominado por um
líder desinfonnado ou tendencioso (tal como a mente consCÍente), que ignof? cada um que discor~
da linha oficial da pessOa, o resultado final pode ser
ineficiência, corrupção: dissent 'ou uma revolução direta., De fonna semelhante, o indivíduo
que está dominado por uma mente consciente desinfunwida, ou que possua uma relação
inadequada. e/ou antagonista entre as mentes consciente e inconsciente pode experienciar um
tumulto emocional, padrões auto-fiust:rantes de pensamento e padrões de comportamento
auto-destrutivo desnecessários. .

Há clientes, por certo, cujas dificuldades e desconfortos são simplesmente um resultado de


consciente desinformação ou ignorância. Quando é este o caso, o aconseIh.am.ento pode
consistir em prover novas informações ou de corrigir a desinformação. Tal aconselh.amento
é um processo evolutivo e compensador para todos.
É mais provável, entretanto, que a maioria de seus clientes esteja experienciando problemas
devido a um conflito ou uma falta de coordenação entre suas mentes consciente.e
inconsciente, não meramente devido à má informação. Por um ou por outro motivo, eles são
18
incapazes de operar de maneira típica., suave e eficiente, de fimcionamento comcientelincomciente
cooperativo. A relação entre suas mentes consciente e inconsciente foi danificada e, como resultado,
eles se sentem sem controle e são incapazes de tomar conta. de si mesmos em suas vidas.

Uma relação consciente/inconsciente prejudicada. ou IDadequada pode produzir tanta dor


quanto um cotovelo deslocado ou mn membro ftaturado. Alguma coisa esti fora de lugar,
fora de controle ou não está operando devidamente. A integridade fimcional do indivíduo
está 4anificada ou ameaçado de alguma forma. Como resultado, a habilidade daquela
pessoa para competir confortável e eficientemente está comprometida, desenvolvem-se
sintomas e dor ou sofrimm1to é experimentado.

Alguns ferimentos são produzidos por fontes externas e alguns são auto-impostos. Os pais
que proíbem crianças de chorar ou de importunar quando elas estão com seus sentimentos
machucados podem impor uma desconexão entre percepção consciente e emoções
inconscientes. A perda de um bem-amado, a tortura fisica ou o abuso sexual podem
também criar dissociações conscientes/inconscientes.

Uma furida auto-imposta à relação consciente/inconsciente pode ser intencional ou pode ser
acidental. Quando algum aspecto das coisas inconscientes percebe ou sabe de algo que a
menie consciente não pode tolerar ou aceitar, a mente consciente pode intencionalmente
partir toda a percepção e .toda comunicação com isso. Se, por exemplo, uma das mini-
mentes conscientes constata indicações de que um amigo está mentindo, a mente consciente
pode ignorar toda informação subsequente dessa mim-mente, na tentativa de se proteger
daquele conhecimento. A mente consciente pode também acidenta1mente perder contato
com outras fontes inconscientes de informação, simplesmente porque não está ciente delas
ou está incapacitada de utilizá-Ias. Conforme previamente mencionado, alguns eventos
inconscientes (tais como o reconhecimento da dilatação pupilar em. outra pessoa, ou um
pensamento passageiro) pode ocorrer tão rapidamente ou de forma tão sutil que são
negligenciados ou mascarad()s por outros eventos.

Quer seja intencional, acidental ou vindo de fontes externas, o produto final de uma relação
consciente/inconsciente machucada é ou uma má vontade, ou mna inabilidade em
administrar apropriadmnente os processos inconscientes. Isto significa que a pessoa pode
1) perder contato com informações e recursos inconscientes potencialmente valiosos
2) experienciar uma inabilidade para atender úteis sinais inconscientes de alarme,
3) entender ou interpretar mal eventos inconscientemente produzidos, ou .
4) inadvertidamente, fazer mau uso de habilidades inconscientes poderosas, de forma
contraproducente.
Qualquer desses resultados é doloroso e produz sintomas que podem desmontar os clientes
a ponto de suas vidas se tornar dillcil e desp~osa. De seu ponto de vista, alguma coisa
simplesmente não está funcionando como devia.

Uns poucos exemplos podem ajudar a esclarecer como as disfunções, que podem ocorrer
como resultado de relações conscientes/inconscientes inapropriadas, terminBm por
produzir os sintomas experienciados por seus clientes. A ansiedade, por exemplo, é
tipicamente o
19
resultadD de imagens internas transitórias, poréni vívidas, que poderiam acontecer no
futuro, tal como um ataquei do coração, acidentes, insanidade, :ftacassos, ridículo ou
embaraços. Esses clientes ensinaram seus inconscientes a esquadrinhar continuamente o
futuro, em uma continua busca de cada coisa que possa dar errado. Essa ansiedade
generalizada é uma consequência de sua constante, porém não reconhecida exposição a
vívidos pensamentos ou imagens de todos os mais dolorosos cenários de casos-perdidos que
suas mentes inconscientes criativas podem produzir. De forma semelhante, ataques de
pânico e fobias gem1mente envolvem uma experiência rápi~ porem intensa, de wna inulgem
ou
pensamento inconscientemente produzido. Eles diferem. da ansiedade generalj~da apenas
em que essas imagens oriundas de fobia tipicamente envolvem. wn resultado apavorante
especifico. . ~

Um medo de lugares fechados, por exemplo, foi involuntarimnente auto-induzido por um


cliente, que possuía. a notável habilidade para experienciar vividamente todas as imagens,
sons e sensações das paredes de um prédio desabando sobre ele. Sempre que entrava no
prédio, ele podia. ouvir o estalido das vigas de apoio, ver 08 muros desmoronando e sentir
seu corpo sendo soteITado por eles. Além disso, ele poderia criar e experienciar todo este
cenário em apenas uns poucos segundos e emergir de tais pensamentos com amnésia quanto
a. eles. Tudo o que llie ficava era uma consciência da intensa resposta. assustadora. restante
acontecendo em. seu corpo e uma sensação de medo, respostas que qualquer um poderia.
ex:perienciar sob condições semelhantes. Depois que ele se inteirou dos eventos
previamente inconscientes que foram a. fonte de sua ansiedade, ele foi capaz de aprender
como usar essas mesmas habilidades de imagem de formas mais agradáveis.

Como este é o caso com muitos clientes, o uso impróprio e auto-destrutivo dos talentos
inconscientes desse homem começou como um apropriado e intencional dispositivo de
competição. Originalmente, enquanto ajudava o pa.i a. restamar casas antigas, ele treinava a.
si mesmo para, cuidadosamente, monitorar coisas que podiam dar errado à medida que eles
removiam pilares e muros. Essa monitoração eventwUmente se tomou uma resposta
inconsciente,super assimilada e descontrolada daquilo que ele desconhecia..
lmeI'SÕes ignoradas ou não controladas nas imagens inconscientes podem também ser
responsáveis por depressão. A depressão, no entanto, gera.lmente parece ser o resultado de
uma contínua revisão de cada prévia experiência ou senti:mento doloroso e desagradável
que o cliente tenha. tido. Uma. jovem cronicamente deprimida, suicida, descobriu que
revisava e revivia cada fracasso ou trauma pessoal em sua vi~ várias e várias vezes, sempre
que as coisas não davam certo como ela entendia. Ainda que não quisesse fazer isso, era-lhe
óbvio que ela originalmente havia usado essa revisão auto-punitiva como uma fonna de
justificar sua intensa raiva para consigo mesma e para com a. família. Quando ela
finalmente reconheceu que seus próprios pensamentos eram responsáveis por seu
desagradável estado mental, começou rapidamente a. aprender como usar seu inconsciente
para construir, no lugar, auto-afmnações e expectativas mais positivas.

Muitas pessoas possuem habilidBdes Ínconscientes sobre as quais não são en.sinftrlR~ a conhecer
ou a empregar adeq1Iacl:lU1ente. Às vezes, as relações coDScientes/iruxmscientes IDadequadllS
que acontecem produzem ansiedade, pânico ou depressão. Podem também, às vezes, produzir um
medo infundado das próprias habilidades inconscientes. Uma mulher de
20
25 anos buscou a terapia por estar com medo de ficar louca. A única evidência para sua
preocupação era a descoberta que fez de que ela poderia imaginar-se fazendo coisas
horriveis, tais como matar os pais, o marido ou a si mesma. O "tratamento" consistiu
meramente em instrui-Ia a imaginar-se apoiada na cabeça, no meio da rua, ou comer um
cachorro-quente, ou fazer qualquer uma de centenas de outras coisas tolas. Foi-lhe
permitido descobrir que seu inconsciente podia e produziria qualquer imagem que ela
'pensasse, incluindo assassinato. O simples estabelecimento de uma relação mfurmada
sobre suas habilidades inconscientes a tranquilizou e lhe propiciou uma arte valiosissima, a
habilidade de visualizar.

Os resultados de uma relação pobre en1re as mentes conscientes e inconscientes pode ser
um pouco como os resultados de uma relação pobre entre um guia turístico desinfonnado,
porém arrogante, e um motorista de ônibus instruído e habilidoso. O motorista sabe onde
estão situadas todas vistas mais interessantes, tem infoI1118ÇÕes sobre elas e tem as
habilidades necessárias para chegar lá. Mas o guia, não querendo ~tir ignorância ou pedir
ajuda, continua a emitir diretivas para o motorista de ônibus e a dar infonnações sobre
lugares sem importância. Eventualmente, o guia pode forçar o motorista a tomar mna estrada
impossível para lugar nenhum, para o desconforto 'geral. É geralmente o caso que se dá com
a mente consciente. Tem boas intenções, mas nos leva para baixo, por caminhos que nós
fomos bem avisados para evitar.

[14] OS FERlMENTOS FALSEIAM O EXAME


Premissa de Orienmção # 4: Os clientes geralmente são incapazes ou não desejam admitir,
e;uimmB"( ou experienciar a fonte de sua dor, ou podem temer as consequências
percebidas de assim o fazer. Essas atitudes tomam dificil identificar ou aliviar a dor e
podem
perpetuar os sintomas. "

Imagine que um homem entra mancando em seu consultório e lhe di2 que se sente péssimo.
Quando você lhe pergunta por que ele se sente tão mal, ele diz que não sabe. Depois de uma
longa entrevista, que nada revela, você fma1mente decide fazê-Ia relaxar, fechar os olhos e
diZer o que lhe vem à mente. Ele eventualmente relata uma dor na perna esquerda, e assim
você lhe pede para ser mais especifico. Ele indica sentir uma dor aguda no calcanhar da
perna direita e então se lembra que sentiu isso pela primeira vez qwmdo caminhava
descalço no parque. Quando você lhe pede para examinar cuidadosamente o pé direito, ele
descobre um enorme espinho encravado no calcanhar. Embora ele inicialmente esteja
enftaquecido e revoltado com o ferimento, que está se tomando infuccionado, você pode até
administrar para acalmá-Ia o suficiente de forma que ele pOde remover o espinho agressor.

Um outro questionamento revela que ele sempre tenta ignorar suas feridas. Ele odeia ver
sangue e o pensamento de ser cortado o apavora. Ele observa que tem. tido uma série de
infecções graves ao longo dos anos, porém geralmente os ferimentos negligenciados se
curaram por 51 mesmos.
21
Agora, imagine, ao invés disso, que o desconforto origjnal nasceu de uma fonte de dor
psicológica. Essa ~fnmu~ mudança no cenário propicia um vislumbre do problema com
ftequência enfrentado pelo psicoterapeuta. Os clientes geralmente não querem saber o que
os está incomodando. Na verdade, eles decididamente não desejam saber disso.

É muito difícil para as pessoas examinarem bem de perto ferimentos e defeitos fisicos.
Sabemos como é que o corpo humano deve parecer e, quando ele deixa de estar de acordo
com essa ~ reagimos com pânico ou desgosto. Ferimentos expostos, machucados
infeccionados, corpos "desfigurados ou ossos ftaturados criam poderosas reações emocionais,
especialmente quando acontecem conosco.

Mesmo quando a ferida é de outra p~ no entanto, tendemos a desviar o ólhar e nos


apressamos em correr da cena repulsiva. Mas se a parte ofendida vai receber algum
cuidado, alguém tem que examinar o problema muito de perto. Paramédicos, enfermeiras e
médicos, pcr exemplo, têm que aprender a superar suas aversões naturais e permitir a si
mesmos inspecionar a área danificada objetivamente,. decidir o que pode ou deve ser feito,
e fazê-Ia. De alguma forma, eles devem. manter a calma e responder à situação com
competência. '.

o mesmo é verdadeiro quando a fonte de dor é algum pensamento, percepção,


memória, crença ou medo desagradável, que a mente consciente do cliente é incapaz ou
não deseja
reconhecer ou examinar. . Antes que q~quer coisa. possa ser feita para. conigir o probl~ a
fonte da. dor deve ser localizada e inspecionada por completo.
Quase que invariavelmente, os clientes de terapia possuem uma fonte de dor emocional que
não enftentaram diretamente, ou não examinaram de perto. É dificil prestar atenção a
qualquer evento inconsciente que seja assustador, confuso ou inconcebível. Por outro lado,
uma decisão de ignorar algo na esperança de que vá embora pode levar a consequências
desagradáveis e por vezes, graves. Ansiedade, depressão, alcoolismo e doenças
psicossomáticas podem refletir um estoicismo mal colocado, wna tentativa de superar a dor
ignorando sua presença.

Esta tendência para negligenciar ou negar pensamentos ou experiências internas por serem
insípidas para. a mente consciente é perfeitamente compreensível. Todos nós fazemos
iSso, até certo ponto, e até certo ponto é \Una questão de adaptação. Contudo, os
terapeutas precisam reconhecer que a dor, seja física ou psíquica, é uma impormnte fonte
de informações sobre o aquilo que requer a atenção terapêutica. Ela é um. sinal, um alarme
valioso que indica. a natureza e o lugar do problema e fornece uma indicação da ação
corretiva necessária. A recusa consistente em examinar pensamentos e sentimentos
dolorosos, na errônea crênça de que ignorá-Ios fará com que sejam eliminados, resulta em
dor aumentada e em sintomas mais severos. Como apontado por Fisch, Weakland e Sega!
(1982), é a solução buscada pelo cliente para o problema que torna esse problema pior.
Uma desmotivação ou inabilidade para prestar a devida atenção à fonte do desconforto
impede a pessoa de fazer algo para corrigir o problema ou para aliviar o sofrimento.
22

[16] A DOR LEVA A FONTE


Premissa de orientação # 5: A dor é o melhor guia. Ela autotnlltiCB-J11tmte chmna a atenção para
a fonte do problema. O terapeu:ta deve concentrar-se na dor e ajudar o cliente a também fazer o
mesmo.

A dor chama a atenção para um Problema. É isso que ela está definida para fazer. Se o
ferimento ou fonte de dor é profundo, ela sobrepujará quaisquer outros estímulos e OAmanrlará
atenção. A dor de fontes menos perigosas de desconforto pode recuar para segundo plano, enquanto
a atenção é captada por algo como se fosse um f- fascinante. Mas assim que o filme se tomar
cansativo, até m~o os incômodos e as dores menores irão reaparecer.

Quando alguém está em dores, as respostas inconscientes revelarão o desconforto. A


natureza e o local da dor física é revelada pela forma que a pessoa caminha, ajusta sua
posição ou inconscientemente es:ftega a área afetada. A fonte de dor psicológica é revelada
pelos sintomas de um cliente, pelos tópicos que a pessoa evita, as imagens que emergem
através de sua mente, as palavras usadas para expressar um pensamento, ou os significados
Unpostos sobre estímulos ambíguos, tais como testes projerivos. Estas e outras indicações
inconscientes da existência e fonte de dor ocorrem, esteja a. mqlte consciente a par dessa.
dor ou não.

A percepção consciente pode ser desviada da experiência de dor por uma decisão consciente
de ignorá-Ia, ou por um intenso estimulo externo. Mas sempre que a atençã!> deixa de
confundida por eventos externos, ou que a pessoa relaxa e se volta para seu interior, a
consciência é captada por quaisquer descoiüortos existentes e é orientada direto rumo à
fonte desse desconforto. A dor física parece ser maeJ1;ficada na silenciosa escuridão de um
quarto porque não há nada. mais entrando na consciência.. Fontes de dor psicológica ou
emocional também são dificeis de se ignorar, nesses momentos quietos, tal como l, período
de tempo exatamente antes de se instalar o sono. Os pensamentos ficam ebulindo rumo
àqueles indesejados, desagradáveis sentimentos, preocupações ou memórias.

Mesmo durante o sono, a dor não pode ser evitada. O sono vacilante criado pela dor fisica é
refletido pelos sonhos de ruptura, carregados de emoção e pelos devaneios de alguém em
dor psíquica. O Ínconsciente é implacável em seus esforços para dirigir a atenção para
problemas não resolvidos e feridas não assistidas. Ele tenta tomar-nos cônscios de nossa
temerária ignorância da. fonte de nossa dor, queiramos ou não. Enfocando a dor do cliente,
você possibilitará ao inconsciente dele dirigir você até a fonte do problema.
23

[17] A CONSCIÊNCIA PROMOVE A CURA

Premissa de orientação # 6: Uma vez identificada a fonte de dor, os clientes reflexivamente


irão corrigir ou eliminar o problema, se puderem. As pessoas são Ínerentemente auto-
conigíveis e a~uradoras.

Tanto a mente consciente quanto a mente inconsciente tentam racion.aImente proteger a


pessoa e fàzer o que quer que possa ser feito para assegurar-lhe o conforto e a
sobrevivência. Dada a informação adequada, elas desenvolvem um impressivo trabalho.
Quando a informação é cortada, ignorada ou indisponível para inspeção, no entanto, o
indivíduo não pode desenvolver um método coordenado e integrado de lidar çom a
situação.
Para usar mais uma vez uma. analogia física, considere o caso de um homem recobrando-se
de um grave ferimento na região lombar. Quando enviado para tratamento, ele mal podia
caminhar e experimentava dolorosos espasmos musculares em suas costas e pernas. Ele
também estava mortal.mente deprimido. Sua estratégia para lidar com a ferida e a. dor tinha
sido a de ignorá-Ias e tentar fazer as coisas da forma que ele fazia antes do acidente. Seus
empenhos para superar a consciência de dor o estavam exaurindo e seus esforços para fazer
as coisas da forma que estava habituado estavam produzindo constantes irritações e tensões
nos tecidos danificados.

o tratamento consistiu primeiramente e~ ensiná-Ia como, calmamente, concentmr sua


atenção no locus central mais intenso de sua dor. Isso imediatamente produziu mudanças
tanto conscientes quanto inconscientes em seu comportamento. À medida que ele prestava
atenção à fonte de seu desconforto, ele era capaz de se lembrar conscientemente de evitar
certas atividades, tais como levantar objetos pesados. Toda vez que começava. a fuzer algo
que fosse por demais ativo, o ponto focal se tornava levemente mais intenso~ como um
sinal de perigo para ele. Além disso, pelo simples fàto de prestar atenção às flutuações na
intensidade da. dor nessa. área focal, ele começava inconscientemente a alterar seu andar e
outros movimentos, de forma que especialmente a dor diminuísse.

Enfocando os sinais produzidos por uma área de desconforto: os clientes permitem a todos
os seus recursos conscientes e inconscientes que sejam trazidos para. se relacionarem com
o problema. Ao invés de se degladiar com seu desconforto, ou de negligenciar as valiosas
implicações desse desconforto, eles podem aprender a utilizá-Io como uma fonte de
informação sobre como lidar de modo mais confortável e mais responsável com suas vidas.
Isso é verdadeiro para clientes em terapia, como o é para pacientes com dores crônicas.

Quando os clientes de terapia concentrarem seu desconforto e descobrirem que a fonte de seu
problema é em especial uma memória, imagem, desejo, crença, comportamento ou um
relacionamento interpessoal, eles geralmente começarão a fazer algo sobre isso imediat~mente, se
souberem o que fazer e se puderem fazê-Ia. Eles podem tenninar um relacionamento
desagradável, alterar seu estilo de vida, modificar uma crença ou revisar uma expectativa. Por
vezes, eles o farão de modo consciente e intencional. Em outras ocasiões, as mudanças ocorrem a
um nível inconsciente, aparentemente por si mesmas.
24
Considere, por exemplo, o caso de \Una mulher que buscou ajuda porque ela estava se
tomando atemorizada para dirigir. . Era incapaz de se lembrar exatamente quando ou sob
quais circWtStâncias ela havia antes experienciado sua ansiedade, porem ela sabia que havia
piorado cada vez mais, ao longo do último ano. Foi-lhe ensinado como entrar em um leve
transe e, então, foi-lhe solicitado~ que focalizasse sua atenção sobre esse seu medo.
Conforme ela pennitia que a experiência do medo crescesse em intensidade, ela foi'
solicitada a relatar seus pP.n~entos e imagens internas. Ela parecia surpresa com a
constatação de que sua mais intensa ansiedade estava, de algwna fonna, ligada a um lugar
especial na rodovia a caminho do trabalho e ela era incapaz de encontrar qualquer razão
porque esse lugar em particular devesse ser tão indutor de medo. Não obstante, foi-lhe
reassegurado que seu inconsciente poderia encontrar uma forma de lutar com, esse problema
e ela foi despertada do transe.

Doas semanas mais tarde, ela relatou que não estava tendo dificuldade alguma para dirigir.
Quando solicitada. a responder pela súbita mudança, foi incapaz de fazê-Io. Apenas riu e
afirmou saber que cada dia, nas últimas duas semanas, que ela tentara examinar o local na
rodovia, aquilo parecia deixá-Ia nervosa. Ela estava cmiosa quanto ao porquê é que isso
causava essa reação. Mas não importa quantas vezes ela se lembrasse de examinar isso com
cuidado, sempre que ela chegava naquele ponto, alguma coisa. a distraía. Um dia, em uma
música no rádio, no dia seguinte, uma mancha nos óculos, no outro dia, um carro que
passava e ela pensou que o reconhecia. Cada dia ela dirigia por aquele lugar sem se
aperceber disso, até muito tarde. Um ano depois, sua fobia ainda não havia retomado e ela
ainda não havia examinado a paisa~ naquele ponto especial da estrada.

Como ilustra o caso, o inconsciente pode resolver mn problema de uma maneira criativa.
Este caso também demons1ra uma importante máxima bipnoterapêutica: o desenvolvimenro
de uma consciência da natureza e a posição da fOnte de um desconforto não é o mesmo que
prover uma explanação teórica para o porquê dessa fonte existir. . De nossa
perspectiva., não é necessário explicar porque um problema existe, a fim de mudá-Io. O
conceito operativo em nossa abordagem é o que, ao invés de por que. Muito emb~ra alguns
clientes serão capazes de lembrar quando e porque desenvolveram seus problemas ou
sintomas, eles tipicamente não os estão mais experienciando pelas mesmas razões.
Frequentemente, eles não os estão mais experienciando por razão nennnm3- São apenas
hábitos antigos, fora de moda e. contraproducentes, que uma vez serviram um propósito mas
não mais o fazem. Além do mais, as pessoas são tão estranhamente complexas que
qualquer esforço para especificar a causa exata de uma relação conscienteiin.consciente
pobre geralmente resulta apenas em. especulações e raciona117.sções super simplificadas.
Pessoas diferentes experimentam problemas similares por diferentes razões e muitos eventos
diferentes tipicamente contribuem para o desenvolvimento de qualquer problema
apresentado. Finalmente, uma explicação quanto ao porquê do problema desenvolvido poder
ser relativrot'P.rIte inútil. Explicar porque um ferimento OCOITeu não facilita o seu
tratamento. O dado importante é onde está o ferimento e com o que ele se parece, e não
porque ele ocorreu.

Deve ser enfatizado ainda, nesse ponto, que muitos clientes de terapia, e especialmente

aqueles enviados para a hipnoterapia, podem na verdade estar softendo os efeitos de um


25
problema biofisico não diagnosticado, ao invés de um inexplicado problema psicológico.
. Olness e Libbey (1987) descobriram que, a grosso modo, um em cada cinco clientes de
hipnoterapia apresentava uma base fisiológica subjacente para seus problemas relatados.
Para essas pessoas, é sumamente importante diferenciar uma fonte fIsiológica de sofiimento
de uma psicológica. Obviamente, os esforços para impor uma explicação psicológica
poderiam ser nocivos ao seu bem-estar. Felizmente, a. maioria desses clientes parece saber,
em algum nível de consciênci~ que seus sintomas possuem base biológica. Como ,
resultado, quando solicitados a concentrar sua atenção em suas dores e déficits e segui-Ias
até sua origem, esses indivíduos geralmente podem tomar a base fisiológica como alvo para
seus problemas.

Este fenômeno é exemplificado pelo caso de um homem que foi eIlC8mmhMio" com um
diagnóstico de esquizoftenia paranóide. .Ao longo dos três anos anteriores, ele passou por
uma acentuada mudança na personalidade, havia se tomado passível de delusões e havia
experimentado alucinações visuais. Quando solicitado 'a concentrar-se nos seus sintom~,
enquanto em um leve estado de transe, esse homem relatou que sentia que sua cabeça tinha
sido danificada pela eletricidade. Ele ~ relatou ser sensível a um incidente em que rora
atingido por um raio. Embora esse evento tivesse se dado a poucos dias antes da instalação
de seus primeiros smtomas, nem o cliente nem quaisquer dos seus médicos ou terapeutas
tinha postulado uma relação C81]sal. Uma avaliação neuropsicológica revelou considerável
prejuíio orgânico residual, consistente com uma maciça descarga elétrica na suPerficie do
córtex. Seus sintomas apresentados de $USpeita, grandiosidade, 'confusão e emotividade
enftaqu~ após ele ter obtido mna descrição realista da fonte de seus problemas. Depois que o
treinamento de reabilitação lhe deu estratégias alternativas de luta, ele voltou para a família e
para uma vida produtiva.
Há numerosos outros exemplos de incidentes seme1ha:ntes em nossos arquivos. Quando
encorajados a pennitir que a dor e os desconfortos dirijam a atenção para a fonte dos
sintomas, os clientes têm sido capazes de localizar sintomas fisicos que tinham levado à
descoberta de tumores cerebrais e cistos, infecções virais, desequilibrios hormonais, alergias,
infecções renais e problemas cardiovasculares, anteriormente não diagnos..icados, que eram
a causa atual de suas dificuldades.
A primeira meta e objetivo da terapia, portanto, é capacitar os clientes a. admitir, localizar
com exatidão e definir precisamente a fonte de sua. dor. Os clientes com adequada solução
de problemas e habilidade de reagir conscientes elou inconscientes, irão automaticamente
engajar-se nas ações necessárias de auto-cura e auto-corrigíveis. Tudo o que elas requerem é
uma. visão clara sobre a. fonte de seu problema e uma oportunidade para considerar uma.
série de novas maneiras de pensar ou agir que cuidará desse problema. O terapeuta não tem
que fuzer nada al,ém de dar a esses clientes mna oportunidade para que eles assumam o
processo de auto-cura.
26

[19] A Assistência Pode Ser Necessária

Observação # 7: Nem todos os clientes podem conigir seus problemas sem ajuda. Alguns
precisam aprender novas habilidades, antes que possam fazê-Io. É melhor que esse
aprendizado OCOITa a um nfvel inconsciente. .

A mera identificação do problema, criando desconforto no cliente, não garante que ele tenha
os recursos conscientes/inconscientes necessários para resolver esse problema. Alguns
clientes demandam uma variedade de dicas sugerindo soluções alternativas, antes que
descubram o que devem fuzer. Outros podem ser capazes de descobrir o que fà:zer, mas
podem não ser capazes de conduzir a solução escollrida. Ass~ por vezes v~ precisará ajudar
seus clientes a desenvolver as habilidades que eles precisam e encontrar soluções potenciais
para seus problemas.

Por outro lado, seria presunçoso e indelicado presmnir que qualquer um é capaz de
determinar a solução correta ou as habilidades necessárias pelo outro. A complexidade e a
singularidade de cada pessoa nos impedem de conhecer a melhor ação que o outro indivíduo
pode ou deveria adotar em qualquer dada situação. De fato, mesmo a mente consciente
dessa pessoa tem uma visão tão limitada e distorcida da situação que pode ser imprudente
ou nada próprio deixar tais decisões para si. .

A hipnoterapia oferece mna saída para este dilema. .As experiências transe-induzidas podem
ser usadas para enviar uma hoste de habilidades e de. estratégias de solução de problemas
para. a mente inconsciente. Os clientes podem ser ensinados a ver os eventos de diferentes
pontos de vanta~ tais como um desinteressado repórter de jornal, uma criança ou um sábio
experimentado. Eles podem aprender a alterar suas sensações e percepções em uma miriade
de fonnas: ampliando algumas, minimizando outras e transformando umas poucas em. uma
experiência inteiramente diferente, Pode-se mostrar a eles como os outros têm resolvido
problemas semelhantes. Em suma, as habilidades e conhecimentos das várias mini-mentes
inconscientes podem ser apresentM35 umas às outras, enquanto que novas habilidades e
conhecimentos são, ao mesmo tempo, acrescentados.

Dada a motivação e a oport1midade, os clientes usarão esSes recursos inconscientes adicionais


automaticamente, de qualquer maneira que esses pareçam apropriados ou produtivos para eles.
Ajndat]dQ seus clientes a construir novos reservatórios de recursos intemos, você os estará
capacitando a resolver problemas à maneira deles, sem interferência de suas tendências ou a partir
dos próprios prejuízos e inquíetações deles. O mais importante, você os estará capacitando a
aprender como confiar, usar e expandir suas próprias capacidades inconscientes no futuro e, ass~
como evitar desnecessária dor e sofiimento.
'.

. 27

[20] CONCLUSÃO

A abordagem neo-ericksoniana à hipnotera.pia apresentada neste livro se baseia na


proposição de que dor emocional crônica e dor fisica crônica são experiências altamente
comparáveis, senão idênticas. Ambas têm origem em um problema ou wn ferimento. Ambas
assinalam a existência desse ferimento e dirigem a atenção para ele. Se deixadas sem
cuidado, ambas podem resultar em uma miriade de problemas ou sintomas adicionais.
Ambas são experiências desagradáveis, que as pessoas estão altamente motivadas a
eliminar, na medida do possível. O mais importante de tudo é que ambas podem ser .
tratadas ou se pode aliviar a ambas de maneira semelhante, i.e., pela construção e utilização
dos recursos inconscientes de auto-cura e auto-rorreção de cada cliente. Etnbora outras
abordagens terapêuticas possam realizar esta meta, nossa abordagem neo-ericksoniana está
especificamente esboçada para fazê-Io.

Dadas as prem.issas orientadoras apresentadas ac~ iniciamos a terapia com a atitude de que
a dor do cliente oferecerá uma avenida que leva a uma clara visão do problema. Também
presumimos que essa visão clara motivará os clientes a usar. suas energias inconscientes
criativas, num esforço para projetar wna solução apropriada para o problema subjacente.
Reconhecemos, no entanto, que algumas pessoas demandarão pistas e en.corajamentos
adicionais, antes que possam desenvolver ou utilizar uma solução e minimi7M seu
desconforto. Essa visão do processo de hipnoterapia é a base para as estratégias de indução
e.sugestão descritas nos capítulos seguintes.

.................
28

[23] 2 A RESPEITO DA mPNOTERAPIA


A orientação conceitual apresentada no primeiro capítulo definiu a meta geral de nossa
abordagem à terapia como a identificação e eliminação da fonte de dor emocional. Neste
capítulo, forneceremos as informações e instruções específicas que você irá precisar, a fim
de usar um estado de tnmse para ajudàr seus clientes a identificarem e a mitigarem a dor.

Primeiro, explicaremos porque o transe é uma ferramenta terapêutica especialmente valiosa.


Depois, veremos as regras básicas que você pode usar para guiar suas decisões sobre
quando e com quem usar o transe ou a hipnoterapia. Em seguida, examinaremos a natureza
e propósito de cada passo em ambos, o processo de Transe Diagnóstico e o processo
hipnoterapêutico. Finalmente lhe diremos como prosseguir daqui para a frente em sua
evolução como um hipnoterapeuta.

[23] COMO ATUAM O TRANSE E A


HIPNOTERAPIA
o termo "transe" se refere ao estado de devaneio da mente, geralmente experimentado
por pessoas quando medi~ ouvem música, assistem. a longas palestras, dirigem à noite
por
uma rodovia. passam por uma indução ;tUpnótica ou aguardam pacientemente em uma sala
de espera do terapeuta. A única djferença entre esses vários tipos de transe é o modo de
mnnção. Se eliciado por um hipnotizador ou induzido pela longa distância de uma rodovia.
um transe é um transe.. .
o transe é um estado de consciência interna passivamente enfocada. Esse estado é
associado com o vivido envolvimento em. eventos imaginados, uma mudança em um
livrecontexto, compreensão literal de palavras ou frases, e a remoção de restrições
comumente impostas sobre habilidades e respostas inconscientes. O processo de
hipnotempia ~ montado para extrair todas as vantagens de todas essas características de
transe.
A principal fonte de dificuldade em terapia é que a maioria dos clientes é incapaz de prestar
atenção concentrada em pontos criticos por muito tempo, ou em geral. Sua atenção .
consciente é tipicamente apanhAda em uma análise ativamente defensiva ou critica de uma
coisa após a outra. À guisa de proteção, eles selecionam suas percepções, censuram as
respostas e empregam todo seu esforço consciente para manter a integridade de seu atual
referencial consciente. Durante o transe, no entanto, a atenção pode ser altamente
jôcalizada ou r~trita a uma ou duas coisas por longos períodos de tempo. Além do mais, essa
atenção estabili2ada pode ser enfocada internamente em vívidos pensamentos, imagens ou
sensações que nonnalmente seriam negligenciadas ou negadas. Finalmente, este foco interno
de atenção tende a envolver um estado de passivo observador da mente, não como aquela
experienciada pelos membros de uma audiência enfeitiçados por uma sinfocia ou encantados
com uma boa estória. Os eventos são simplesmente observados, não censurados ou
alterados.
'.

29
Como resultado dessaS mudanças em atitude ou estado mental consciente, os clientes em
transe são capazes de prestar atenção detalhada às suas próprias fontes inconscientes de
infonnação e guia em potencial. São também capazes de aceitar, mais confortavelmente,
afirmações diretas e até mesmo indiretas do terapeuta, que de outro modo eles poderiam.
negligenciar ou rejeitar. Finalmente, enquanto em estado de transe, os clientes podem
experienciar os eventos imaginados com tal clareza e envolvimento relaxado que eles' se
submetem a muitas das mesmas fonnas de mudanças em aprendi'7,age~ desempenho e
crença do que fariam se estivessem na situação real.

Por causa. desta. e de outras caracteristicas, há uma tendência natUral para que mudanças
terapêuticas ocorram espontaneamente, sempre que alguém entra em transe. ,;. medida. que
os clientes relaxam e se tomam mais calmamente cônscios de seus eventos internos, sua
atenção automatiCM1P.11te tende para as fontes de dor e desconforto. Essas fontes de dor e
quaisquer pensamentos, memórias ou imagens associadas com elas devem ser inspecionadas
de maneira relativamente confortável e calma. do interior de um transe. Essa inspeção
estimula o ímpeto natural de auto-cura descrito no Capitulo 1 e geralmente leva a
espontâneas mudanças em comportamento, compreensão ou atitude, que irão aliviar o
problema. Assim, a hipnote:rapia efetiva muitas vezes pode ser conseguida, simplesmente
eliciando-se um transe e encorajando-se o cliente a usar aquele estado relaxado da mente
para aprender o que quer que seu inconsciente tenha a lhe oferecer.
,
Com a maioria dos clientes, no entanto, é necessário fazer mais do que apenas induzir um
estado de transe. Geralmente, é necessário guiar gentilmente a atenção rumo às áreas
obscuras ou perturbadoras do desconforto interno, empregando técrúcas hipnoterapêuticas
tais como alusões metafóricas ou referências simbólicas. Tais abordagens indiretas ou pistas
metafóricas dão uma "cutucada" na direção de um entendimento do problema e/ou de sua
solução, mas ainda depositam o maior peso da confiança nas próprias iniciativas e recursos
do cliente.
Embora as habilidades, conclusões e soluções recém descobertas que os clientes
desenvolvem para si mesmos, em resposta a essas abordagens permissivas ou indiretas,
pareçam ser as mais eficazes, alguns poucos clientes requerem uma abordagem mais ftanca
ou direta. Para esses indivíduos, são usadas instruções ou afirmações terapêuticas
específicas. Um estadô de transe simplesmente faz com que esses clientes aceitem e ajam
sobre as comunicações terapêuticas que você apresenta. Os clientes ficam mais relaxados e
receptivos a novas idéias ou diretivas comportamentais quando estão em transe.

Deve-se notar que a hipnoterapia não depende da sugestionabilidade aumentada,


comumente associada à hipnose. Dar aos c/ientes a sugestão hipnótica de que, quando
estiverem despertos, não se sentirão mais ansiosos, deprimidos, ele., simplesmente não
fUnciona. A noção dB que a hipnose magicamente dá ao hipnoterapeuta o poder de
exigir o desapareci71Ufnlo dos ~n1omas é um errôneo conceito popular, que
provavelmente provém da cura pelaft e do exorcismo, ou do desejo movido pelaft (a fé
naquilo que queremos que seja verdade, N.T.). Instamos você encarecidamente a resistir a
quaisquer tentações de tentar usar a hipnose dessa forma irrealfsta e ingênua. Os
esforços para se usar assim a hipnose não são apenas amplamente ineficazes - eles também
30
criam uma boa dose de resistência, convencem os clientes de que a hipnose não os pode
ajudar, pois isso não funcio~ e perpetuam as crenças supersticiosas sobre a natureza Wl
própria hipnose.

[2S] CONSIDERAÇÕES PRÉ- TRANSE

Eis algumas regras básicas e recomendações para você considerar, antes de começar
a usar a hipnose em sua prática.

A Questões Orientadas ao Cliente

1. Recomendamos que você não use essas abordagens hipnoterapêuticas com psicóticos ou
com distúrbios de personalidade limítrore. Esses indivíduos já possuem mn grau muito
tênue de controle sobre suas experiências conscientes e o emprego do transe com eles pode
amnentar. sua confusão ou criar ansiedade e ideação paranóide. Também. o uso de técnicas
hipnóticas com personalidades limitrofes pode contribuir para os problemas de
relacionamento interpessoal, frequentemente encontmdos por essas pessoas no curso normal
dos eventos. .

2. Embora o processo bipnoterapêutico possa ser usado com sucesso em clientes de


inteligência abaixo da média, os procedimentos usados com esses indivíduos tipicamente
necessitam ser mais diretos, concretos ou diretos que a maioria das abordagens apresentadas
neste livro. Em geral, os argumentos apresentados neste volume exigem pelo menos
inteligência e vocabulário médios.

3. Os procedimentos hipnoterapêuticos aqui apresentados podem ser efetivamente usados


com pessoas que softem de dano neurológico, conquanto a ~rganicidade não tenha
resultado em perda Wls habilidades verbais ou habilidades de raciocínio abstrato. onde o
raciocínio abstrato é problemático, as sugestões e induções diretas devem ser usadas. .
Quando as habilidades verbais estão prejudicadas, abordagens não verbais não cobertas
neste texto são .solicitadas.

4. Quando um. cliente possui um locus externo de controle e, dessa forma, acredita que a
resolução de seus problemas depende inteiramente das mudanças em alguém mais, ou em
algo mais, a meta inicial da terapia é a de simplesmente precipitar uma mudança rumo ao
locus interno de controle. A hipnoterapia não será eficaz enquanto o indivíduo acreditar que
não possui o controle sobre, ou as responsabilidades pelos seus próprios sentimentos,
pensamentos e atitudes. A princípio, no entanto, o procectimento de Transe Diagnóstico e várias
metáforas devem ser u..~a!õ:, a fim de ajudar o cliente a começar a experienciar pelo menos uma
minima apreciação pelas relações entre seus pensamentos, imagens, sentimentos . e
comportamento, e desenvolver wna aceitação da responsabilidade pessoal por sua ocorrência.
-

31
5. Muitos problemas de hábito, tais como tabagismo, bulinlia, etc, são muito resistentes a
mudanças. Somente os clientes que estão genuit1amente comprometidos com a mudança
tendem a responder a alguma forma de intervenção, incluindo a hipnose. Com indivíduos
que vêem a hipnose como uma cura mâgi~ que de alguma forma fará com que cessem seus
padrões de hábito, as chanN".g são de que a hipnose não funcionará. Esse fracasso, por sua
vez, irá confirmar sua convicção de que eles não conseguem mudar. O transe facilita as
-alterações de padrões de hábito e torna mais :fiicil o processo de mudança, porem não força
e nem pode forçar que isso ocorra. A primeira ordem regra, no entanto, é usar a hipnose para
motivar a pessoa a mudar, não usá-Ia para tentar forçar essas mudanças. Enquanto isso é
verdadeiro também para outros problemas, é especialmente verdadeiro para problemas de
hábito.

[27] B. Questões de Procedimento

1. Embora. não seja absolutamente necessário, é melhor conduzir a hipnoterapia em uma


atmosfera siletWiosa, confortável, com o menor número de distrações possível. Um
apoio recIinável pode facilitar o processo.

2. Para a maior parte dos clientes, especialmente dmante as primeiras várias sessões, o
transe é um estado tênue e ftágil. Eles ttio "acordar" de quando em quando (em resposta
a palavras especiais, sensações, ruídos de fora ou idéias internas), ponto em que eles
tenderão a engolir, ajeitar levemente sua posição ou até mesmo abrir os ollios. Quando isso
acontece, dizer simplesmente: "Isso mesmo, você pode mergulhar no transe e. voltar à
superficie automaticamente, e então você pode mergulhar outra vez sem esforço algum. " E
depois, prossiga com aquilo que estava fazendo previ~tmte.

3. O que quer que o paciente experiencie ou faça durante o processo de hipnoterapia deve
ser aceito como apropriado e potencialmente útil. Nunca queira indicar ou sugira que ele
fez algo de errado, que ele fez alguma coisa inoomum ou estranha, ou que, de algum modo,
ele tenha fal11f1Õo. Mesmo se eles subitamente comecem a 1he dizer que aquilo não está
funcionando, que nàda está acontecendo ou que desejam parar, está bem. Não se tome
desapontado ou se ponha a argumentar. Apenas, infonne-os de que eles estão indo bem, mas
que isso leva, para algumas pessoas, várias sessões até que se sintam confortáveis no
processo.

4. Os clientes sabem mais sobre o que eles precisam do que seus terapeutas. Se um cliente
protesta ou declina uma sessão de hipnoterapia, em geral é bom aceitar seus desejos.

5. Não entre em pânico! Não há fonna de predizer ou controlar as experiências de wn.a


pessoa enquanto essa pessoa está em transe. Cada indivíduo encontra algo diferente
quando se torna absorvido, ou entra em contato com seus pensamentos e sentimentos
interiores inconscientes. Por vezes, os clientes experimentarão algum material muito
perturbador. Se alguém se tomar descontrolado, simplesmente pergunte o que está.
acontecendo e tranquilize-o, conforme o problema é explicado a você.
32
6. Se um cliente pega no sono, acorde-o exats:l"1Atlte como você acordaria qualquer pessoa
adormecida. Faça isso gentil, porém fmnemente. Use uma abordagem mais ativa ou direta com esse
indivíduo, durante a próxima sessão, ou faça-o assumir uma posição menos
confortável, tal como sentar-se. .

7. Os clientes são seus próprios melhores terapeutas. Em geral, a principal meta do hipno
terapeuta é a de evocar um estado de transe no cliente, com a pressuposição de que este
pode usar aquele estado como uma oportwridade para fazer terapia. Portanto,
recomencl~os uma abordagem nrinimalista à hipnoterapia. Faça o mínimo possível. Faça
apenas o que é necessário para evocar um transe e, então, pare de fazer uma indução de
transe. Faça o mínimo possível para promover a atividade terapêutica durante o transe, e
então, sente-se com uma calma expectativa de sucesso. Como regra geral, é sempre melhor
fazer de menos do que demais. Comece com uma indução sÍmples de transe e acrescente
comentários de indução mais elaborados somente se o transe não se desenvolve. Uma vez
desenvolvido o transe, simplesmente encoraje a atividade terapêutica. Se nada acontece,
utilize implicações metafóricas gerais. Se o cliente ainda parece estar evitando a consciência
direta de emissões terapêuticas, utilize sugestões ou afirmações mais diretas como último
recurso.

8. Os clientes podem realizar muita coisa entre as sessões, se lhes dão dadas as ferramentas
para fazê-Ia. O roteiro final apresentado no Capítulo 3 é um. processo de indução de
transe esboçado para. ajudar os clientes a desenvolverem a habilidade para entrar em transe e
para utilizá-Io em si mesmos. RCC9mendamos que você use o procedimento descrito
nesse roteiro após uma ou duas sessões de hipnoterapia. Alguns clientes parecem achar útil
se o terapeuta fizer um registro gravado (em fita cassete, N. T.) dessa sessão, que eles
possam utilizar em casa como uma. prática adicional. Outra vez, esta abordagem reconhece o
fato de que os clientes são seua própria e mell10r fonte de material terapêutico e que em
última análise, eles é que são responsáveis por seus próprios transes e por sua própria
mudança terapêutica.

[28] o PROCESSO DE TRANSE


DIAGNÓSTICO
Em nosso treinamento para nos tomarmos psicoterapeutas, muitos de nós aprendemos a
confiar em duas formas um tanto limitadas de compreender os clientes. Muitos de nós
aprendemos a pensar nas pessoas em termos de categorias diagnósticas tradicionais e/ou a
enfocar o problema apresentado como a maior fonte de informação sobre o cliente. Ambas
as categorias diagnósticas e as contribuições cen1radas-no-problema oferecem wn tipo de
caminho abreviado de escolher e de utilizar a informação sobre os clientes e, como tal,
desenvolver funções válidas. Entretanto, constatamos que esse caminho abreviado de
pensar sobre o cliente geralmente impede uma percepção sobre aspectos singulares de cada
problema e podem bloquear uma habilidade do terapeuta em selecionar uma abordagem
individualizada para cada cliente.
o""

33
Não acreditamos que apenas porque os clientes têm apresentação semelhante de problemas
ou podem ser colocados nas mesmas categorias diagnósticas é que eles necessariamente
estejam experienciando a mesma coisa pela mesma razão. Nem cremos que devam ser
tratados da mesma maneira. Seus clientes podem experienciar padrões similares de
sintomas por razões inteiramente diferentes. Uma simples fobia, por exemplo, pode ser
acuradamente descrita. como reação de pânico auto-induzida para. um cliente e como
uma resposta natural a um mau entendido provocado inconsciente, para outro.
A fim de desenvolver mn claro conceito sobre a fonte específica do problema de cada
cliente, pois, recomendamos que conduza um completo Transe Diagnóstico, antes de iniciar
a terapia. O Transe Diagnóstico envolve mna exploração das várias imageps e associações
inconscientes ligadas ao problema. Os procedimentos envolvidos são bastante simples.

1. Antes de mais nada, peça ao seu cliente paraftchar os olhos, rolaxar por um tempo e,
entRo, concentrar-se nas desagradáveis sensações ou sentimentos que eles associam com a queixa
"

apresentada. Quando os clientes seguem essas instruções, um transe muito leve é o que
geralmente se obtém como resultado. Nesse leve transe, eles começam a se tornar
acostumados com os rituais de hipnoterapia (i. e., fechamento e relaxamento dos ollios) e
começam a aprender a prestar atenção aos eventos internos. O mais importante é que, com
este procedimento, os clientes reconhecem que estão aprendendo como exammw e tomar
conta de si mesmos. Aprender a reconhecer e utilizar o:; potenciais de seus próprios
pensamc:ntos, sentimentos c imAgens provimncntc inoon:soianto:s- é UmA l'am,l!i~tHlti'Yal. W
apreJ1di7.ado de se tomar completamente conhecedor e to~ente em funcionamento.

2. Peça ao cliente para esperar paciente e calmamente, enquanto observa aquelas


desagradáveis sensações, e para apenas relatar quaisquer pensamentos ou imagens que de
súbito afiarem à sua mente. A idéia. é ajudar os clientes a observar seu desconforto sem
pensar sobre ele e a apenas permitir que memórias ou idéias associadas eclodam à mente.
Diga ti seu cliente para relatar qualquer coisa que ele experiencie e observe-o muito
cuidadosamente, enquanto ele o faz. Se você notar quaisquer mudanças na expre~são, ou
indicações de mudança em seu estado mental, peça-lhe para relatar o que está. acontecendo
ali dentro. "

Esse simples procedimento geralmente revela um padrão de pensamento, wna série de


imagens, ou mesmo uma memória específica que é ligada e responsável pela dor dos
clientes e outros sintomas. O cliente pode relatar uma voz, repetindo uma :ftase em.
particular, uma decisão "secreta" de planejar um hit mdesejado de infonnação, uma imagem
sem conexão aparente ou um incidente previamente esquecido.

A relação entre essas associações internas, autotnJÍticas ou inconscientes à dor ou aos


problemas experimentados pelo cliente pode ser óbvia para todos 06 envolvidos, ou suas
implicações podem ser bastante obscuras e ininterpretáveis nessa ocasião. Quando a
relação ao problema não é óbvia, as imagens resultantes ainda oferecem uma base útil para
decidir que metáforas empregar durante a lúpnoterapia. Isto será discutido mais tarde, em
detalhes.
34
Quando este procedimento revela os eventos ou atividades internas responsáveis pelo
desconforto, alguns clientes serão imediatamente capazes de descobrir como impedir mna
dor posterior. O próximo e deITadeiro passo neste procedimento é estabelecido para
facilitar esse resultado.

3. Peça ao seu cliente para encontrar um pensamento ou imagem que remova ou desloque
seus sentimentos desagradáveis. Muitos clientes conhecem, em minuciosos detalhes e a um
nível inconsciente, exatamente o que podem fazer para resolver 'o problema. Desde o
momento em. que entram em seu consultório, esses clientes sabem como ajudar. Muitos
outros clientes possuem todos os recursos exigidos para descobrir o que precisam
:fàzer. Tudo o que lhes falta é a oportunidade de fazê-Ia. "

Portanto, temos incorporado uma expectativa otimisticamente permissiva de auto~ura através


deste livro, incluindo esta oportwridade para que ela ocorra espontaneamente no processo
inicial de Transe Diagnóstico. Como indicado previamente, mantemos uma. filosofia
m1n1maJista de terapia, que postula que o terapeuta nunca deve fazer mais que o necessário e
deve sempre encorajar ou pennitir ao cliente que faça a maior parte do trabalho. . Se um cliente
entra em seu consultório com alguma idéia secreta de como resolver o problema, ou já tenha
acesso aos recursos inconscientes necessários para assim o fàzer, você deve também usá-Ios.
Essa porção do Transe Diagnóstico, portanto, é dedicada a descobrir
se essas idéias e recursos já existem ou não. .

Se o cliente descobre um pensamento ou imagem particular que elimina o sentimento


desconfortável (i.e., o medo, depressão ou mágoa), então a mudança terapêutica pode ser
realizada simplesmente fazendo-se com que o cliente pratique essa nova habilidade, até que
ela se tome habitual. Se seu cliente é incapaz de encontrar e usar um pensamento ou
imagem que alivie os sentimentos dolorosos, então os procedimentos
hipnoterapêuticos salientados na seguinte sessão devem ser empregados. .
Roteiros específicos para.o processo de Transe Diagnóstico não são oferecidos porque isso
é uma interação ou conversa altamente individualizada entre você e os clientes sobre suas
experiências internas. A forma exata de soletrar suas instruções e questões não é a questão
especial. Apenas siga suas linhas gerais, seja abertamente curioso sobre o mundo interior
dos clienteS e aceite o que quer que eles ofereçam como informação potencialmente útil.

Exemplo ds um Transe Diagnóstico


Um exemplo curto pode ajudá-Io a esclarecer o fluxo de eventos em um típico Transe
Diagnóstico. Eis um resumo do procedimento usado com uma estudante universitária. de 20
anos de idade, que foi encmninhAda para tratamento devido à sua constante inabilidade de
falar em sala de aula.

Terapsuta: Agora, quero que você feche os ollios, sente-se recostado e relaxe por
enquanto. Muito bem. Deixe que seus braços relax~ que suas pernas relaxem,
que seu rosto relaxe. Simplesmente, deixe seu corpo inteiro relaxar, enquanto
você cOntínua a ouvir-me e a prestar atenção aos seus próprios pensamentos e
. 35

sentimentos. Você disse que se sentia paralisada e nervosa quando llte fazem
uma pergunta durante a aula, ou quando esperam que você fale alto. Você
também indicou que se sente ateIrorizada. sempre que essas coisas lhe
acontecem. Agora, eu sei que isso não é uma coisa boa de se perguntar: mas eu
acho que seria muito bom se você pudesse se lembrar agora desse
sentimento aterrorizado e me dizer o que você observa, enquanto você faz
isso. Em outras palavras, eu gostaria que você se lembrasse desse sentimento tão
Cliente: claramente que você na verdade comece a se senti-Io agora mesmo. Você pode
Terapeuta: fazer isso? Acho que sim.
Cliente: Bom. E o que você observa, quando você faz isso? O que você experimenta?
Terapeuta: Eu me sinto com medo, realmente nervosa. ,~
OK. Mas onde você sente esse sentimento de medo? Que parte do seu corpo se
Cliente: sente com medo? Onde você observa mais isso? Meu estômago, eu acho. E
Terapeuta: minha garganta. E o que é isso que você sente em seu estômago e na garganta?
Cliente: Um sentimento de aperto, tipo quente e apertado.
Terapeuta: Bom.. Ago~ confonne você deixa que esse aperto quente em seu estômago
e em sua garganta ficar mais e mais intenso, eu quero que você apenas preste
atenção muito de perto a essas sensaÇões. Preste bastante atenção a elas, sem
tentar pensar em mais nada. Só deixe que sua mente se concentre nessas
sensações, enquanto nós esperamos e vemos o qUe sua mente inconsciente
pode nos dizer que possa Ser útil. Apenas preste muita atenção a esse terrível
aperto quente e me fale de qualquer pensamento ou imagem que vem
simplesmente à Sua mente, enquanto faz isso. O que quer que seja isso de que
você se toma consciente, à medida que você presta atenção a essa sensação, eu
quero que você me fale sobre isto. E eu vou esperar só até que você observe
algo que pareça acudir em sua mente, vindo do nada. (longa pausa) É engraçado.
Cliente: Eu só me lembrei de Mazy. Ela se sentava atrás de ~ na oibiva série. Nós éramos
boas amigas. Eu realmente gostava dela. Eu estava falando com ela quando o Sr.
Brown gritou comigo, nesse dia.
Terapeuta: Que dia foi esse?

A jovem continuou a descrever o tramnático incidente que precipitou sua ansiedade e a


levou à sua inabilidade para falar alto em. sala de aula. Evidentemente, seu professor havia
gritado tão alto com ela por estar falando que praticamente a deteve em sua conduta. Ela se
sentiu gelada de medo e foi completamente incapaz de responder qualquer de suas questões
sobre por que ela estava falando e sobre o que. Essa inabilidade para fular gerou mais raiva
do professor e depois assustou-a. Embora esse incidente a tivesse levado eventualmente a
um precário ajustamento na escola e, provavelmente, tenha sido deveras o responsável por
seus problemas quanto a falar no ambiente da saIa de aula, ela indicou que não havia
pensado sobre isso durante anos e que antes não tinha idéia de ser essa a fonte do problema. Este
exemplo de Transe Diagnóstico ilustra a simplicidade e o beneficio terapêutico de gentilinente se
dirigir a atenção para o desconforto subjacente. Os próprios entendimentos inconscientes do
cliente são liberados para acorrer à superficie, enquanto o terapeuta simplesmente espera e
fornece o incentivo necessário para se concentrar naquilo que, de
36
outro modo, seria evitado. Um Transe Diagnóstico sempre deve ser conduzido antes de
qualquer decisão de usar O processo hipnoterapêutico .descrito acima.

[32J PASSOS NO PROCESSO mPNOTERAPÊUTICO

Uma sessão de transe hipnoterapêutico consiste nos seguintes passos:

Passo 1: Transição para. o Transe


Passo 2: Indução de Transe ,'"

Passo 3: Guia Metafórico Rumo à Fonte e/ou Solução do Problema


Passo 4: Afnmaçôes ou Sugestões Diretas sobre a Fonte elou Solução do Problema.
Passo 5: Término do Transe
a) ensaio e'revisão c) reorient9ção
b) ratificação d) interrupção (por distração)

Passo 6: Avaliação de Acompanhamento

Este breve resumo do fluxo dos eventos em uma sessão típica de hipnoterapia é o
referêncial central em tomo do qual. os roteiros deste livro. estão ofgaJ1jvados. Portanto, 08
objetivos e procedimentos envolvidos em cada passo devem ser revisados antes que você
comece a
selecionar roteiros específicos sobre os quais basear seus esforços hipnoterapêuticos.
Passo 1: Transição para o Transe

A primeira vez que um. transe hipnoterapêutico ê utilizado com um cliente, convém iniciar
a transição a partir de uma conversa rotineira, passando para o trabalho de transe com um
comentário tal como "Eu gostaria de fàzer algo um pouco diferente por alguns minutos, que
eu acho que deve ajudar. OK?" ~ você pode simplesmente dizer: "Agora deve ser W1Ui
boa hora de começa:rmos a trabalhar com hipnose. OK?"

Quando seu cliente concordar, você deve dar uma. diretiva de comportamento (i.e., "Mude-
se para esta cadeira." "Feche os olhos"), que você usará em todas as ocasiões seguidas,
conforme sua transição até o transe. Exatantente que cliretiva você dá, isso vai depender da
disposição do seu consultório e da posição que você acredita que será mais confortável para
você e para seu cliente, mas eis aqui uns poucos exemplos típicos:

"Por que você não se senta nesta cadeira. Ela reclina e você provavelmente vai se
sentir mais confortável se sentar mais para trás, fechar os olhos e relaxar. Isso mesmo".

"Simplesmente, coloque-se aí em uma posição confortável e feche os olhos, conforme


você se permite começar a relaxar. Isso mesmo. "

"Então, sente-se bem com suas mãos descansando confortavelmente no colo e

permita
"

37
que seus olhos se fechem, enquanto você respira fundo e sente seu corpo rela~ mais
e mais completamente. Isso mesmo!"
Cada uma dessas instruções oferece uma agradável dica para o transe e inicia um leve
transe, ao mesmo tempo. Os autores quase que invariavelmente fazem com que seus
sujeitos fechem os olhos bem no início da sessão de lúpnose e então acrescentam algwtS
comentários sobre relaxamento. Isso elimina imediatamente visões. que ~ no ambiente,
e concentra a atenção do cliente para o interior, sobre os pensamentos e sensações.
Geralmente, um leve transe se desenvolve rapidamente.

Os comentários e instruções de transição devem seguir o formato básico utilizado nesses


exemplos, porém não é necessário que você diga exat~mente a mesma coisa toda vez.
O importante é que você peça ao seu cliente para fazer a mesma coisa, toda vez. Isso
propicia. um sinal experimental ou uma pista clara de que alguma coisa diferente está pra
acontecer. Uma vez que o cliente tenha. experienciado o transe, seguindo uma mudança
transicional específica. para uma nova. posição, sempre que o cliente é instruido para
assumir a mesma posição no futuro, ele tenderá a entrar de novo no transe. Este fenômeno,
provavelmente resultado de simples processos associativos de aprendizagem, toma mais
simples a reentrada no transe, mais automático o processo em ocasiões sucessivas e,
eventua1mente, pode até mesmo eHm;nar a necessidade de uma indução formal de transe.

[33] Passo 2: Indução de Transe

O objetivo de qualquer procedimento de indução de transe é fornecer instruções e estímulos


que promovam a entrada no estado de transe da consciência interior passivamente enfocada.
O transe é um eventO natural que cada cliente experimentou muitas vezes, quase a cada dia
de sua. vida. A maior parte das pessoas, no entanto, não sabe como se permitir
intencionalmente a mudar para esse modo de funcionar. Assim, está com o terapeum
propiciar a situação que primeiro elicie o transe e, então, ensine o cliente como peImanecer
naquele transe enquanto observa eventos inconscientes mternos.

A fim de ajudar os clientes a aprender como permitir que um estado de transe se desenvolva,
você precisa ser capaz de dizer as coisas certas da maneira certa. Os roteiros de indução de
transe apresentados neste livro contêm comentários que irão acionar estados de transe em
uma maioria. de sujeitos. Alguns dos roteiros dependem da confusão para se criar um transe,
alguns utilizam. o tédio para estimular o transe e a maioria inclui muitos tr0C8c1ilhos.
falácias e outros jogos de palavras para. levar a pessoa para. um estado mental menos
normal, menos consciente. Quando falado com o tom de voz e o ritmo de voz que você irá
adquirir trabalhando com nossos tapes práticos, esses roteiros podem ser bastante
convincentes.

Fornecemos vários e diferentes roteiros de indução de transe porque diferentes indivíduos e situações
diferentes podem pedir abordagens diferentes. Os Critérios de Seleção de Indução apresentados no
início do Capítulo 3 o ajudarão a decidir que indução pode ser mais útil com cada um dos clientes.
. .°

38

[34] Passo 3: GuiâMetafOrico

Metáforas, anedotas e alusões são usados durante a hipnoterapia. pela mesma razão que são
usados em ambientes não-terapêuticos, i.e., porque eles comunicam idéias de forma
persuasiva, provocam associações pessoais à questão do sujeito e estimulam o pensamento
criativo. Quer sejam usadas ou não dentro de um contexto de hipnoterapia, praticamente
todas as metáforas podem acionar uma rica variedade de associações conscientes e
inconsciemttes, qualquer uma das quais podem dirigir a atenção de uma pessoa. rumo a
questões pessoais, ou propiciar um valioso insight. Assim, todas as metáforas apresenttJnA~
neste texto também poderiam ser ugadas com alguma probabilidade de efeito benéfico
durante uma conversa rotineira ou uma sessão não-hipnótica de terapia. r

Na realidade, as metáforas e anedotas apresentarls,s neste texto incorporam mna variedade


de artiflcios retóricos persuasivos tais como alusões, comparações, versos, ritmo poético,
etc. Como resultado, essas metáforas e anedotas estimulam eventos terapêuticas de várias
maneiras diferentes.

Por outro lado, o conteúdo e os eventos básicos da estória podem ser simbolicamente
descritivos da personalidade, situação ou problema do cliente. Essa analogia descritiva
pode levar o cliente a um exame e uma apreciação mais diretos sobre um estado interno
indesejável ou contraproducente de questões que poderiam ser possíveis de outro modo.
Com efeito, a metáfora diz ao seu cliente: "Eis o que você está fazendo com você mesmo!"
.As metáforas apresentadas neste livro são projetadas para fazer isso de uma maneira
indireta, que não ameace a personalidade consciente ou desperte resistência à mensagem. A
metáfora simplesmente planta a semente de uma idéia no nível inconsciente. Se aquela idéia
for útil, será de algum proveito ao longo do .tempo, a nível consciente, e terminará em uma
realização consciente.

Além disso, os eventos de cada metáfora podem ser presCrltivos. Em ou:trns palavras, a
estória pode conter exemplos de estratégias de solução de problemas, habilidades
competitivas ou novas perspectivas que seu cliente possa aplicar às suas circunstâncias.
Presume-se que muitos clientes irão simplesmente reconhecer, em algum. IÚvel, os méritos
da abordagem de solução de problemas oferecidos nessa estória e a usarão mais tarde como
modelo ouu guia para resolver seus próprios problemas. Outros clientesexperienciarão um
tão vívido envolvimento em sua. própria participação imaginária na estória que aprendem as
estratégias através da mesma.

As cadeias de associação iniciadas pelos caracteres, eventos, ambientes ou palavras


utilizadas dentro de cada estória o:furecem outra. fonte de beneficio terapêutico.
Distribuindo as palavras-chave, :fTases, incidentes e símbolos ao longo de cada metáfora,
possibilitamos a você guiar ou clirccionar deliC8n~rmente o pensamento para tópicos
específicos tais como in:ffincia, família, sexo, raiva, perdas, etc. De novo, seu cliente é
indiretamente encorajado a considerar questões que normalmente poderiam ser ignoradas ou
evitadas.
FinBlmente, os próprios clientes podem inventar ou projetar um significado terapêutico
em cada metáfora. Uma vez que a dor continuamente conduz a atenção em direção à fonte
das
39
dificuldades, quando os clientes de terapia ouvem uma mensagem ambí~ sua busca
. interior do significado quase que invariavelmente os leva para as mesmas coisas que estão
fazendo o possíveJ para evitar, i.e., dor, segredos, memórias desagradáveis, a necessidade de
mudan~ ete. Os clientes natura1mente presumem que existe uma razão pela qual seu
terapeuta está Ihes contando uma estória em especial e imediatamente começam a procurar
pela mensagem oculta. ou relevância pessoal. Se a metáfora é por demais obviamente
descritiva ou prescritiva, eles podem notar as implicações imediatamente e rejeitar a
mensagem elou o condutor da mesma. Assim, quanto menos direta ou simbólica a relevância
pessoal de uma metáfora, mais o cliente é forçado a contar com a intuição e com o insight
consciente para deciftar seu significado.

Nossa experiência sugere que a importância e o impacto terapeuticos de sig';,ificados


auto-gerados sdo inerentemente maiores que qualquer coisa que possamos ter dito
diretamente. Os significados descobertos são sempre mais poderosos que os significados
impostos e a ambiguidade das metáforas faz deles um caminho ideal para promover tais
descobertas.

As metáforas mais ambíguas são chamadas metáforas de objetivo geral Essas


metáforas . contêm idéias e sugestões que são relevantes para o completo funcionamento
de qualquer um na população em geral, porém elas não possuem. relevância pessoal óbvia
a qualquer indivíduo específico. Como tal, permitem a cada cliente complçta liberdade
para "descobrir" uma implicação relevante ou significado para si mesmo.

Se uma metáfora de objetivo geral deixa de eliciar auto-deseobertas significativas, no


entanto, pode ser necessário prover uma mensagem metafórica que seja de alguma forma
mais pessoalmente deScritiva ou diretamente prescritiva para cada indivíduo. Idealmente,
essa personalização amnenta o sentido do cliente de que aquilo que o terapeuta está dizendo
está especificamente dirigido para ele (o que, por sua vez, pode aumentar a motivação para
descobrir e utilizar o material oculto), porém pennanece sutil o bastante para evitar criar
reatância ou resistência.

Há pelo menos três fontes possíveis de tópicos para personalizar metáforas.

- Primeiro, você deve ser capaz de usar as metáforas apresentadas por seus próprios clientes
durante um Transe Diagnóstico, uma sessão comum. de terapia ou uma discussão sobre seus
sonhos. Quando um cliente anunciou que se sentia como se tivesse sido atropelado por um.
caminhÃo, as metáforas que lidam com o ato de dirigir e com animais tentando cruzar
rodovias foram usadas durante aquela sessão. Igualmente, quando outro cliente relatou um
sonho sobre nadar, metáforas sobre o oceano, peises e outros tópicos relacionados foram
incorporados ti sua hipnoterapia.

- Uma segunda maneira de assinalar aos clientes que você está usando metáforas
pessoalmente relevantes para eles é selecionar algumas que reflitam suas próprias
associações metafóricas àquele indivíduo em particular. Concentre-se nos aspectos fisicos
In1!is 11U1icantes, comportamentos, estilo Ínterpessoal ou quaisquer características que
lhe pareçam acudir à mente. Então" se pergunte que pensamentos ou imagens esses
aspectos
40
criam em sua própria imaginação. Erickson usou mna vez a estória de uma árvore 4e lenho
duro com um galho quebrado, como metáfora para um homem idoso que softia de dor
membro-espectral devido a um braço amputado (HaJey, 1985, pp. 324-325). Temos
utilizado estórias sobre pássaros voejantes, um vaso trincado, e ainda o processo de fazer
xarope de bordo. , apenas para citar algumas, pois alguma qualidade do cliente evocou essas
associações.

- A terceira e talvez a principal fonte de associações metafóricas é o problema em si do


cliente. Este método de seleção possui uma vantagem óbvia em que as metáforas de alguma
forma simbólica ligadas ao problema apresentado geralmene contêm implicações inerentes
para estratégias alternativas de solução de problemas. Assim, uma pessoa 9ujo problema
apresentado seja que ela está ansiosa e muito sensível pode sugerir uma metáfora
envolvendo um guitarris~ que :finabnente aprendeu como tocar bem quando desapertou as
cordas de sua guitarra.

Logicamente, as metáforas mais eficientes são derivadas de todas essas fontes de uma vez.
Isso possibilita a cada metáfora refletir a visão do cliente sobre o problema, a visão do
terapeuta sobre o cliente e as soluções sugeridas pelo terapeuta sobre o problema. Esperase
que ta] individUalização maxim.ize o interesse do cliente, a participação (por comparação)
na metáfora, e que realce o impacto terapêutica.

Provavelmente se deva mencionar, neste ponto, que preferimos metáforas


naturalistas, . baseadas em eventos reais em fenômenos reais, ao invé$ de estórias ficcionais
ou alegóricas. Nossa experiência sugere que esse naturalismo dá à metáfora mais
legitimidade e validade do que um. conto inventado.

Este livro contém metáforas para propósito geral que podem ser usad~s praticamente com
qualquer pessoa. Contém ainda roteiros para metáforas enfocadas no problema., que
constatamos ser úteis com certos tipos de problemas e clientes. Recomendamos que uma ou
duas das metáforas de propósito geral sejam usadas em seguida da indução inicial de transe.
Se essa abordagem geral estimula a mudança terapêutica, então pode não haver necessidade de se
usar uma metáfora mais específica quanto ao problema. Por outro lado, se nem as metáforas
de objetivo geral nem aquelas de referência específica parecem produzir resultados, então
pode ser desejável usar uma abordagem mais direta.

[37J Passo 4: Afirmações ou Sugestões Diretas


Enquanto as metáforas oferecem uma moderada forma indireta ou pennissiva de ajudar os clientes a
descobrir mais sobre si mesmos, o valor potencial de mensagens diretas e de 1nst:ruções não pode
I~
ser negligenciado. Muitos clientes poderiam se beneficiar enormemente

"mapk syrup - xarope de bordo. O maple, ou bordo (õ) (não confundir com baldo. que é uma planta). é
uma árvore da América do Norte. mais típica do Canadá, que quando ferida deixa sair um liquido. Deste
liquido, por um longo processo de c:ocçao, se extrai um xarope ou um açúcar cristalizado. E um processo
cuja confecção lembra um ritual. muito demorado e rico em detalhes. e deve ser a isso que os autores se
referem. N.T.
41
de afirmações diretas sobre a fonte de seus problemas ou de sugestões específicas sobre o
que fazer para realçar sua situação se fossem menos defensivos ou resistentes à mudança.
Um estado de transe melhora a habilidade dos clientes em ouvir e utiliza tajs mensagens
diretas sem defesa ou resistência.

Afirmações diretas com respeito à natureza. de um problema ou sua solução são expressões
seguras da opinião do terapeuta acerca daquilo que está causando o problema ou que
necessita ser feito para resolver isto. Elas devem ser usadas somente quando o terapeuta está
razoavelmente certo de que sua opinião é válida e quando o cliente demonstrou uma boa
vontade, porém uma visível inabiliçlade para aceitar esses insights. O estado de transe . pode
possibilitar ao cliente aceitar essas observações mais confortavel e coII!pletamente que ele
pode no estado de vigília. Também apresentamos com ftequência essas 8fum.ações diretas
como comentários que uma terceira parte (um outro tera~ quem sabe) poderia dizer a um
cliente, se tivesse oportwúdade. Parece ser mais difícil rejeitar uma mensagem quando o
condutor da mensagem não está presente.

SugBstõ~s diretas, por outro lado, geralmente envolvem uma indicação de que o cliente
subsequentemente experimentará uma mudança em um dado pensamento, sentimento,
comportamento ou percepção. A implicação é que este evento acontecerá automaticamente
sem uma intenção consciente. A resposta prescrita, provaveJmente, romperá ou reporá a
resposta que está cau..~do o problema.

Sugestões hipnóticas diretas são bastante úteis sob certas circunstâncias. Se a solução para
um problema é relativamente direta e envolve a clara comunicação de uma simples idéia ou
atribuição de comportamento, então uma abordagem direta é o meio mais parcimonioso. Se
um cliente é um sujeito hipnótico altamente condescendente, então as sugestões diretas
podem ser efetivas. Finalmente, como resultado da influência das representações sobre
hipnoterapia na televisão e do cin~ muitos clientes parecem. esperar que sugestões diretas
façam parte do processo. Quando for este o caso, faz sentido utilizá-Ias, se por nenhuma
outra razão além de satisfazer. essa expectativa. .

. Há um probema com o uso de sugestões diretas. Devido ao fato de serem tão espalhafatosaS,
a probabilidade aparente da resistência consciente é muito grande. A meIlDS que a sugestão
seja aceitável à pessoa em um nível consciente, ou a peSsoa seja tão respondente a
sugestões hipnóticas que a mente consciente seja incapaz de impe<lir a submissão
inconsciente, elas não irão funcionar. Por esta razão, preferimos circundar sugestões diretas
com metáforas de distraimento ou embuti-ias em anedotas. Isso minimiza a possibilidade do
reconhecimento e da resistência consciente e m.aximiza a probabilidade de uma resposta
inconsciente.

Deve ser óbvio que sugestões diretas possam funcionar somente quando o cliente é capaz de
responder. Prescrições vagas tais como "Você não mais experimentará. seus sintomas!" raramente
funcionam, pois os clientes não sabem consciente ou inconscientemente como obter esse resultado.
Eles devem ser ensinados o que :fuzer.
42
Além disso, geralmente inclUÍmos razões de reafinnação porque é possível e adequado
eliminar ou repor as respostas indesejáveis. A idéia é motivar o cliente a aquiescer à
alteração ou resposta. sugerida por algmna razão que não meramente porque você diz que
. sim. Dessa fonua, o cliente deveria ser infonnado de que os sintomas podem ou
devem agora esvanecer-se a) por não serem mais necessários, b) porque há melhores meios
de realizar o mesmo propósito. Quando seguida por uma indicação daquilo que o cliente
pode pensar ou fazer em lugar dissso, essa abordagem geralmente promove a resolução
rápida do problema.

o uso combinado de sugestões diretas e de af1I1118Ções diretas é demonstrado no seguinte


caso, Um colegial de 18 anos foi encazninhado para tratamento de ataques de pânico, que não
haviam sido reduzidos por treinamento de relaxamento, dessensibilização ou psicoterapia. A
exploração de Transe Diagnóstico revelou que seus ataques foram por algum evento que
parecia oferecer consistente evidência com seu medo secreto de que o abuso de maconha por
vários meses tivesse causado mn dano irreparável e geral ao seu cérebro. Ele sabia de forma
consciente que sua crença provavelmente era injustificada, mas permanecia aterrorizado de
que isso pudesse ser verdade. Um transe leve foi induzido e lhe . foi dito, em termos não
vagos, que ele não mais precisava experimentar ataques de pânico porque ele não apresentava
dano cerebral, pois todas as coisas que ele pensava que podiam :indicar essa avaria no cérebro
eram mais facilmente explicadas por outras coisas e porque ele não estava adeq113rlHTn6Ilte
treinado para fazer tais diagnósticos de qualquer modo. Foilhe então dito que semp~ que ele
começasse a pensar que possuía esse problema ele ouviria a voz do terapeuta dizendo-llie que
isso não era verdade. Essas admonições foram repetidas várias vezes com convicção
profissional e ele foi despertado do tmnse. Imediatamente, ele expressou sentimentos de alívio
e desde aquele período não experimentou uma única recorrência dos sintomas.

Deve-se notar que esse cliente respondeu a solicitações diretas à mudança porque as
mudanças solicitadas lhe eram apropriadBs e aceitáveis. Tivessem sido impróprias as
mudanças sugeridas, contrárias aos seus princípios éticos e morais, ou potencialmlJ1te
perigosas, não é provável que ele as tivesse cumprido. Na verdade, sugestões impróprias ou
insustentáveis podem. resultar em animosidade por parte do cliente. Exatamente porque o
cliente está em transe e é, pois, mais sensível a sugestões e idéias novas, isso não significa
que ele tenha. se tomado um autômato imbecilizado. As pessoas em transe podem se tomar
mais propensas a aceitar e agir de acordo com idéias que sejam desejáveis ou úteis, mas
também elas parecem se tornar menos propensas a responder a idéias que sejam
inadequadas ou invasivas. .

Passo 5: Término do Transe

o processo de ténnino do transe é uma cerimônia de encerramento muJtideternrinadas.


Pn'meiro, a pessoa é autorizada a revisar o que foi aprendido e a treinar quaisquer
habilidades e quaisquer mudanças recém descobertas em atitude ou comportamento que
1hes possam ser úteis no futuro. Depois, é dada uma oportunidade de experimentar algo que
irá validar ou ratificar o transe como um evento incomum e potencialmente importante.
43
Finalmente, à medida que o cliente desperta do transe para um estado de vigília
externamente enfocado, comentários distraídos são feitos para prevenir a análise consciente,
racionalizações ou recusas das prévias experiências de transe.

Este estágio do processo de hipnoterapia obviamente envolve uma série crucial de eventos.
Complexo como se pode ver, entretanto, cada um desses aspectos do ténnino do transe é
relativamente fácil de se realizar e pode ser conduzido, em muito, da mesma maneira com
cada cliente. Como resultado, somente um roteiro de término de transe é oferecido neste
livro. A variedade ou a individualização não é particularmente necessária ou útil durante
esse estágio:final de término.
"
Por exemplo, a porção do roteiro de término de transe que é feita para promover a revisão e
a recitação de novas aprendizagens é intencionalmente vaga e não-específica. Isso dá
oportunidade ao cliente de integrar o que quer que ele tenha aprendido, muito etnbora possa
não ser aquilo que o terapeuta pensasse que estava ensinando. Os clientes aprendem o que
eles prec~ não necessariamente o que lhes oferecemos. Deve ser dada pennissão para sua
inventividade e criatividade. Assim, o segmento de revisão e recitação oferece aos clientes a
oportunidade de solidificar seus aprendizados isolados (únicos).

A ratificação do transe é realizada mais simplesmente oferecendo-se sugestões por amnésia


sobre os eventos do transe e por uma distorção do senso da ~idade de tempo gasta em um
transe. Ambos, amnésia e distorção .de tempo são antes consequências típicas da experiência
de transe, de qualquer forma, talvez porque o contraste entre o relaxado estado de transe e o
estado comum de vigília seja tão grande que precipita aprendizagem e memória dependente-
de-estado (cf. Rossi, 1986). Este efeito é m~1ficado pela inserção de distraídos ou
irrelevant.es comentários sobre algum tópico anterior da conversa, ou algum item na saIa
imediatamente após mn retomo à consciência em vigília. Não apenas esses comentários
distraídos inibem uma análise critica do processo de transe - eles também mlnlm17.am a transferência
de memórias de transe em consciência de vigília e promovem a experiência de amnésia.
Aproveitando-se dessas consequências naturais, o terapetlÚi. pode
facilmente demonstrar a natureza incomum da experiência de transe ao cliente.

o despertar de um transe é também facilmente cumprido. Uma mudança observável no tom


e na velocidade da voz em um estilo mais de conversa imediatamente marca o fmal do
processo de transe. Uma orientação ao estado desperto é depois estabeleida, redirecionando-
se a consciência de volta ao estimulo externo, tal como soa de fora da sala,
um tic-tac do relógio, uma luz que se acende, etc. Uma indicação de que a mente .

inconsciente pode permitir que a percepção consciente retome a um sentimento normal,


confortável e refrescado reafirma à pessoa que a transição para a plena consciência será
suave e automática. Finalmente, uma pausa de espera, uma mudança de posição e um
respirar profundo por parte do terapeuta, tudo isso implica em que está terrn;nflda essa parte
das~. .

As pessoas não ficam paralisadas no transe, embora possam ser relutantes em abandonar
esse estado relaxado, e usarão o tempo para fazer isso. Alguns clientes podem exigir um
comando antes direto de "Acorde, agora!" mas isso é raro e esse tipo de ctiretiva deveria
ser
44
usado apenas como último recurso. Muitos conhecÍmetos terapêuticos podem se .

desenvolver durante esse estágio de transição e é prudente pennitir aos clientes assumirem
seu próprio tempo de atravessar esse estágio. Em geral, recomendamos que o terapeuta.
comece a encerTaT o processo de transe pelo menos 10 minutos antes do fim da sessão
desejado. Isso dá tempo suficiente para a transição para a consciência, um período de
reorientação e ou wn feedback do cliente, ou uma conversa genérica. sobre questões
terapêuticas.

Passo 6: Avaliação de Fo//ow-up (acompanhamento)

o feedback do cliente pode ser obtido após ter ocoIrido uma ou duas conveFSas
ÍITelevantes ou distraídas de pós-transe. Isso dá ao seu cliente uma chance de esquecer
aquelas coisas que são melhores esquecidas e de pôr uma certa distância entre o transe e
uma análise, ou a revisão dele.

o feedback, neste ponto, geralmente será salpicado ou min1mo, porém a maioria das
pessoas. será capaz de se lembrar de coisas particulares que apreciou., coisas que
aumentaram o seu envolvimento no processo, ou coisas que perturbaram o transe (ex, ruídos
externos ou um tópico particular). Para um feedback quanto aos benefícios terapêuticos
sobre os processos da hipnotemp~ no entanto, você provavelmente terá que se contentar em
esperar, observar e ouvir. Seu cliente pode demonstrar imediatamente alguns insights,
mudanças na atitude, alterações na reatividade normal ou mudanças de comportamento,
porem gerab:nente tais mudanças não são óbvias ao cliente, não estão obviamente ligadas ao
transe ou não se manifestam até bem mais tarde. Somente o tempo decorrido irá pennitir
uma determinação precisa do beneficio e da mudança terapêutica.

Os clientes podem ou não atribuir quaisquer mudanças que ocorr~ ao longo dos próximos
dias ou semanas, às suas experiências hipnoterapêuticas. Se o fizerem., tais atribuições
podem ser graciosamente reconhecidas com uma indicação de que você simplesmente lhes
deu a oportunidade para fazer aquilo que fosse do maior interesse deles. Se eles ~ão vêem a
relação, entretanto, nenhum esforço deve ser feito para mostrar-lhes como as mudanças
. que obtiveram estão ligadas a comentários ou sugestões específicas que você lhes tenha
dado durante a sessão de hipnose.

As mudanças precipitadas pelo bipnoterapeuta geralmente parecem fortuitas, naturalistas e


espontâneas porque elas tipicamente emergem da mente consciente e são controladas por
ela. Aos clientes deve ser permitido assumir o crédito por elas e atribuí-Ias aos seus próprios
recursos inconscientes. Essa aceitação da responsabilidade pessoal por mudanças desejáveis
reforça a auto-estima, promove expectativas de sucesso continuado no futuro e dá. às
pessoas um profimdo respeito por e mna. predisposição para. confiar mais amplamente em
seu tesouro inconsciente de conhecimentos e habilidades. AcÜI1a de tudo, seu bem-estar é a
primeira preocupação, não o poder ou a habilidade to terapeuta reconhecidos.
Consequentemente, sugerimos que você dê crédito onde o crédito deve ser dado - ao cliente e aos vários
componentes da própria mente inconsciente do cliente.
. 45

[41] DIRETRIZES PARA O USO DESTE LIVRO

Agora que você está familiarizado com os conceitos, fonnato, análises, e regras de fundo da
hipnoterapm:- recomendamos que você faça o seguinte:

1. Se você já não ouviu a fita cassete que acompanha este texto e não participou do
processo de transe, é agora. a hora de fuzê-Io. Empregue seu tempo aprendendo como se
permitir entrar em. transe. Esta experiência irá dar-lhe mais informação, mais diretamente
acerca da nature2.a do transe que qualquer discussão ou descrição sobre ele que pudéssemos
oferecer. Ouça a ambos os lados para detenninar qual é mais eficiente para você.

2. Depois que você experienciou um. transe (mesmo um breve ou leve transe bastará),
encontre e comece a ler alto a reprodução por escrito dessa indução. [a reprodução do
Lado A começa na página 52 e a do Lado B começa na página 59 do original].
Primeiramente, tente estimular o tom de voz e o ritmo da demonstração. Não sugerimos isso
por acreditarmos que uma dessas demonstrações seja perfei~ ou que contenha o exato tom
de voz, ritmo ou estilo que cada hipnoterapeuta deve usar. Sugerimos porque queremos que
você aprenda como falar de dentro de um transe e descobrimos que a maneira mais fácil de
ensinar alguém como fazer isso é fazê-Io imitar a sessão que já está associada com sua
própria entrada no transe.

3. Queremos que você aprenda. como falar a partir de um transe porque você deve aprender
como falar de uma forma que seja consistente ou hannoniosa com o estado da mente em
transe. Quando você fala dentro de wn transe, você garante que seu ritmo de voz, to~
volume e compasso, à medida que lê os roteiros de transe, sejam adeqUBdos à experiência
do transe. O que você diz durante a hipnoterapia é importante, mas como você diz é
igualmente importante. Nossos roteiros irão ajudá-Ia a aprénder o que dizer, porém você
deve aprender também a dizê-Io de uma maneira que seja conducente ao transe. A fonna
mais fácil de realizar isso é aprender como falar enquanto em um transe. Quando você faia a
partir de um transe, toda sua conduta é consistente com esse transe e o ouvinte é
praticamepte compelido a entrar no transe com você, a fim de manter congruência e
compreender o que você está dizendo.

Conforme você imitar a demonstração, lendo alto o que está por escrito, você
automaticamente começará a readentrar a si mesmo no transe. À medida que o fizer,
continue lendo a reprodução escrita com qualquer tom de voz, compasso ou volume que
esteja bem para você ou que se ajuste ao seu estado relaxado da mente. Pratique seu próprio
estilo de transe particular até que seja capaz de reproduzi-Ia, sempre que quiser.

3. Enquanto estiver praticando seu estilo de transe, leia a introdução para todos os
capítulos restantes e revise os roteiros apresentados em cada um. Por favor observe,
no entanto, que os próprios roteiros não são particularmente informativos ou divertidos,
quando lidos silenciosamente para si mesmo. Na verdade, eles provavelmente parecerão
46
de algum modo tolos, confusos ou cansativos para você. Lembre-se, esses roteiros foram
confeccionados para minimi.zar a percepção consciente e para estimular entendimentos e eventos
inconscientes durante um transe, não para. apelar para. as faculdades criticas ou para as
sensibilidades estéticas da mente consciente.

Ao invés de ler esses roteiros silenciosamente para si mesmo, entretanto, recomendamos


enfàticamente que você e mn colega leiam mn para o outro. Revezem-se lendo um roteiro
de indução, um roteiro de metáfora e um roteiro de encerramento de transe um para o
outro. Se possível, grave essas sessões práticas e revise-as juntos.

Esse procedimento serve a um duplo propósito. Ele possibilita você recebex;,feedback quanto à
eficiência de seu estilo de transe como hipnoterapeuta e lhe dá a chance de experienciar os efeitos
dos vários aspectos desses roteiros cliretamente, qwmdo você serve como sujeito prático. Essas
sessões práticas experienciais são os únicos métodos mais úteis e eficientes de aprender
hipnoterapia.

Se você for incapaz de encontrar um. colegà com quem praticar, tente ouvir e participar, com .
a ajuda de seu próprio gravador, dos vários roteiros ~ indução e sugestão. Embora provavelmente não
tão eficaz quanto trabalhar com um colega, essa. abordagem pode oferecer mais de uma
apreciação para o conteúdo e a estrutura dos roteiros que podem ser uma leitura direta dos
mesmos.

4. Recomendamos que hipnoterapeutas novatos comecem praticando, se possível, dentro de


um contexto de administração da dor. Se isso for passível de ser feito, concentre sua
leitura e prática no material contido no Capítulo 16, por enquanto.

5. Comece conduzindo as sessões de Transe Diagnóstico com clientes apropriados. Isso o


ajudará a ficar acostumado a falar às pessoas com seus olhos fechados e propiciará a
compreensão necessária para seleciOIlBT roteiros adequados para cada cliente. Adie
qualquer outro trabalho hipnoterapêutico até pelo menos a próxima sessão, no ent&..lto, e
use o tempo interveniente para selecionar e revisar os tipos de roteiro que pretende usar.

6. Conduza uma. sessão de 1ripnoterapia com um cliente, baseado nos roteiros que você
selecionou depois de fazer o Transe Diagnóstico. Não há necessidade de ser
envergonhado ou tínúdo quanto a ler o material, se é isso que você escolheu para fazer. Os
clientes geralmente estão perfeitamente confortáveis com essa abordagem, especialmente se
você indicar que prefere ler o material especificamente selecionado para cada cliente a fiP1
de que exatamente as palavras certas sejam usadas do começo ao fim. Não tenha. pressa.
Preste atenção às várias reações do cliente, conforme. você prossegue. Estude a pessoa
cuidadosamente, de fOIml1 que possa modificar sua aborda.gem em resposta às suas
reações. Lembre-se de que cada sessão irá tipicamente exigir:
a) uma transição rumo ao transe d) talvez uma sugestão ou afirmação
b) uma indução para criar um transe direta para estimular a mudança
c) ou uma metáfora geral, oú uma metáfora e) o procedimento de término de transe
de diagnóstico específico para estimular
insights terapêuticas
47
"

.,

7. Cada sessão irá durar aprmdm~~mente 30 a 40 minutos, dependenndo procedimentos


de que indução, metáfora e sugestão sejam usados.. Normalmente, não é necessário
explicar as razões lógicas ou 8. natureza do processo. Apenas indique que você gostaria de
tentar algo que pode ser de utilidade e de interesse, então prossiga. A maioria dos clientes
parece achar a experiência agradável e interessante, muito embora seja, a princípio,
incomum e intrincada.

8. Gostaríamos de enfutizar que os materiais apresentados neste livro são feitos para servir
como suplementos para outras fontes de treinamento profissional. O dominio destes
materiais não qualifica ninguém a praticar hipnoterapia sem supervisão, leitura e
treinamento adicional na área.. Relevantes workshops são oferecidos, reguI~ente, a
praticantes qualificados de saúde mental por vários indivíduos e organi7AÇÕes. Pessoas
que tencionam utilizar técnicas hipnoterapêuticas em sua prática devem contatM as
seguintes organizações, para mais informações:

Th.e American. Society of Clinical The Milton Erickson FOtmdation


Hypnosis 2250 East Devon Avenue, Suite 3606 Nor1h 24th Street Phoenix,
336 Ar1zona 85016 - USA
Des Plaines, Illinois 60018 - USA
The Society for Clinical and Experimental Hypnosis
128-A Kings Park Drive Liverpool, N.Y. 13090 ~
USA

9. Também gostaríamos de enfatizar que os roteiros apresentados neste livro devem ser
usados somente por profissionais que sejam qualificados para fazer os tipos de observações e
julgamentos necessários para usá.-Ios com sensibilidade e sagacidade clínica. Não pode
haver garantia de que um dado roteiro tenha o efeito desejado para. todos. Igualmente,
quando empregada inadequadamente, ou com os clientes errados, a hipnoterapia (como
qualquer técnica terapêutica) poderia produzir resultados indesejáveis ou contraproducentes.
Na análise :fmal, a decisão de selecionar e utilizar todo ou parte de um particular rúteÍro de
lúpnoterapia com um cliente em particular é um convite a um julgamento que demanda o
máximo em habilidade clínica. Embora tenhamos considerado o material contido nesses
roteiros como sendo úteis e os tenhamos publicado aqui, na esperança de que outros o
tenham como igualmente benéficos, não podemos predizer seu impacto quando utilizados
por mais alguém., nem podemos assumir a responsabihdade por isso Sugerimos que você
utilize esses procedimentos com o mesmo grau de preca1Jção e cuidado que usaria qualquer
outra intervenção.

10. Com o tempo, você irá desenvolver um senso geral de como proceder e ficará
confortável parafraseando roteiros ou simplesmente usando-os para estimular idéias e
propiciar orientações gerais. Eventualmente, a verifi~ e os processos de decisão básicos
também se tomarão tão automáticos que o material neste livro será. supérfluo. Nesse
ponto, você pode relaxar e confiar em seu próprio conhecimento e compreensões
inconscientes para guiá-Io, porque você terá começado a ser um hipnoterapeuta.
.................
48

[49] 3- PARTE TI-ROTEIROS DE INDUÇÃO DE TRANSE


Cada roteiro de :indução apresentado neste capítulo tem wn fOI'DUlto e uma ênfase
diferente. Um está esboçado para clientes que tenham experimentado a hipnose antes, um é
para. pessoas que sejam incapazes de se lembrar de alguma vez ter tido até mesmo mn
1ranse ~m~ uma experiência de transe diário e mn nunca menciona a hipnose ou o transe de
forma alguma. O último roteiro é feito para ensinar os clientes como induzir o transe em si
mesmos.
Esses roteiros também variam em duração e complexidade. Alguns são muito breves e
diretos e uns poucos são relativamente longos. Lembre-se de que não é necessário continuar
com uma longa indução de transe, unia vez que o transe se desenrole. Assim' que o cliente
demonstra o relaxamento muscular, a imobilidade, a taxa reduzida de respiração, batimento
cardíaco rebaixado, r(lfIexo de (lngolir reduzido ou eliminado, movimentos oculares
diminuídos e quieta receptividade, característica de um leve transe, é apropriado seguir da
indução de transe para a provisão de idéias ou metáforas feitas para levar o cliente rumo à
consciência terapêutica.
Por favor, tenha em mente o fato de que essas induções de transe podem e realmente
funcionam. Já utilizamos esses procedimentos com sucesso em centenas de clientes. A maior
parte das pessoas é capaz de aprender como entrar em um estado de transe em apenas
uma ou duas sessões, especialmente se o terapeuta tiver a expectativa confiante de que
isso irá acontecer. Qualquer preocupação a respeito, ou falta de fé tia habilidade do cliente
para entrar no transe será transmitida à pessOa por meio de dicas sutis, verbais e não-verbais,
com resultados negativos. Por outro lado, a confiança no sujeito e nos procedimentos
utilizados irá auxiliar a garantir wn resultado positivo. O papel da expectativa confiante
sobre os resultados terapêuticas é extremamente poderoso. De fato, pode ser mais
significativo que qualquer outro elemento do processo hipnoterapêutico.
Nessas raras ocasiões, quando uma indução não parece ajudar um cliente a relaxar de todo, o
cliente nunca deve ser deixado com a impressão de que ele. falhou. O relaxamento e o transe
são experiências novas e não usuais para. a. maioria. e pode levar tempo para que elas se
adaptem à experiência. Confonne você mantém uma expectativa positiva de sucesso e
rea:firrwl ao cliente que ele está indo bem e que ele eventualmente será capaz de relaxar
comple~ente, esse indivíduo está propenso a se beneficiar do processo.
E ainda, por favor lembre-se de que o transe não é uma condição estável. Os clientes
frequentemente vagueiam para dentro e para fora do transe, em resposta a eventos internos e
externos. Se o despertar consciente deve OCOlTeI" espontaneamente, tudo o que você
precisa é comentar que está bem se ele perambula. dentro e fora do transe. Então, continue o
que quer que estava sendo dito antes do despertar (ou do afloramento).
Aconselluunos você a. revisar cada roteiro antes de se decidir a usá-Ia. Embora dito
cuidadosamente para. evitar problemas e para eliciar o transe desejado, esses roteiros são
elaborados para servir como guia., não como substitutos para SW! própria criatividade e
estilo. Cada um pode ser modificado ou elaborado da maneira que lhe pareça mais
confortável.
49

[SOJ cRITÉRIOS DE SELEÇÃO DE INDUçÃO


Que tipo de roteiro de indução você deve usar com um cliente específico? Eis aqui nossas
recoJJ1AndHções:
Categoria 1. Se seu cliente nunca experimentou um transe antes e parece estar
razoavelmente relaxado e cooperativo, use a htdução Básica.
Categoria TI. Se seu cliente é compulsivo, rígido ou altamente controlado, use a Indução
Convencional.
Categoria m. Se seu cliente é agitado, amedrontado ou distraído, use a Indução
Convencional. "
Categoria IV. Se seu cliente é um. tanto ansioso e a sala é b~ use a Indução
Naturalista.
Categoria V. Se seu cliente já experimentou a hipnose antes e essa experiência foi
positiv~ use a Indução de Revivificação.
Categoria VI. Se seu cliente mmca experimentou um processo de hipnose formal mas
pode se lembrar experienciando um estado tipo transe em alguma situação
(ex. sugestão, meditação, dirigir um auto), use a Indução de Simulação.
Categoria VII. Se seu cliente está procurando uma demonstração do poder da hipnose
para reafirmação ou prova de que ela possa aj~, use a Levitação de
Braço ou a Indução de .Ratificação de Fechamento dos Olhos.
Categoria VIII. Se seu cliente é um sujeito experiente, que está querendo e é capaz de
entrar de novo em um transe, use uma. das Induçõ~s Breves.
Categoria IX. Se sua meta é ajudar a pessoa a aprender como usar a auto-hipnose, use o
Processo de Treinamento de Auto-Hipnose.
OU:
Se vocô fica mais confortável ou mais confiante com uma das induçõe.~
que não as que recomendamos, use essa, ao invés das nossas.

Antes que você comece a usar qualquer procedimento de indução, lembre-se de iniciar o
processo com um comentário apropriado sobre transição. Induçôes de Conversa podem ser
conduzidas sem uma transição óbvia, mas recomendamos que, ainda assim, você utilize
uma.

NOTA.; Os roteiros ao longo deste livro são apresentados em formato que transmita o ritmo
e o ftaseado pretendido. . Uma pausa entre cada linha estabelece a apresentação rítmica
condutora do transe, dá. ênfase às palavras ou idéias especificas e dá tempo ao cliente para
experienciar eventos internos relevantes àquelas palavras ou idéias. Durante a primeira parte
de ~ualquer procedjmento de indução, cada linha deve ser falada em sincronia com as
exalações do cliente. Logo após as primeiras linhas, no entanto, o compasso deve ser
diminuido gradualmente, até que um ritmo de apresentação seja alcançado, o que parece ser
apropriado (para) ou compatível com o estado relaxado de transe. Uma vez estabelecido, este
ritmo básico de apresentação pode ser usado ao longo do processo hipnoterapêutico.
50

[52] CATEGORIA I: ROTEIRO DE INDUçÃO


Aplicações: Para uso com clientes cooperativos, que nunca experimentaram transe antes. O
objetivo é informá-Ios sobre o processo de transe e iniciar alI experiências de transe.

Muito bem! sobre a sua própria maneira de relaxar e


Com os oThos fechados, deixar acontecer
V. pode começar a relaxar, e a mente
ainda que no inicio . começa a fluir
V. possa estar mais atento a algumas coisas 08 para baixo
80D8 na sala, em direção àquele lugar
o som da m;-nhA voz., de quietude
as sensações nas mãos ou nos pés, e de tmnqOila consciência.
pensamentos e imagens Um lugar
que vão até a mente automaticamente. Porque que quase parece
com os olhos fechados deixar escapar sinais
se toma mais e mais fácil que dirigem a consciência para baixo em
ficar sabendo mais e mais direção a isso
sobre uma série de coisas para lBSO
que de outro modo poderiam ser esquecidas ou m.a.tS. ..
ignoradas. e mais completamente.
Pensamentos, Um lugar de re~ento sem esforço e de se
sentimentos deixar acontecer
e a alteração onde até mesmo o esforço que custa para
da consciência ficar sabendo
à medida que a mente começa a experienciar do som da minhA voz
esse gradual estado de coisas. ou do significado das minhas palavras
Um estado até mesmo pode quase parecer ser
do esforço que leva esforço demais
para ficar consciente para se incomodar em fazer.
de exatamente onde É muito mais fileil
os braços estão posicionados simplesmente relaxar
ou as mãos, e pennitir que os eventos ocorram quase
ou 08 dedos. . que por SI mesmos
E mesmo o esforço que existe um passar para baixo
para ficar consciente e um estar de volta
sobre qual perna para ClIDa
parece relaxar mais rApida ou completamente rumo à superficie da consciência desperta
do que a outra [às vezes
pode parecer ser e estA tudo bem.
demasiado esforço Tudo isso pertence
para se incomodar em fazer. a você.
Mas leva tempo
Porque você tem uma mente
para experienciar isso acontecendo.
coDBciente e uma mente inconsciente
Em seu próprio tempo,
e essa mente inconsciente
à sua maneira própria,
por trás da mente
conforme você começa a aprender
pode continuar a ouvir
ainda mais do que antes
a compreender
a responder
51

às coisas que V. deve dizer Aprender esse sentimento


Sem que V. precise de se deixar levar
fazer coisa alguma. de permitir à mente inconsciente
É muito mais fácil assumir mais e mais
para a mente consciente responsabilidade
ser capaz de relaxar de guiar e dirigir a consciência
e de apreciar confonne você continua
esse passeio até lá embaDco a explorar
até esse lugar sUas próprias habilidades
de quieta CAtmmia e capacidades
e de consciência sem esforço aprender enquanto você relaxa t'
de muitas coisas diferentes à medida que você relaxa
sem precisar fazer esforço e entra nesse transe
até para se lembrar mais e mais completAmP.nte
exatamente como mais e mais confortavelmente,
fazer o esfOlÇo que deve custar mais e mais sem esforço
dizer a exata posição do que antes.
dos braços Isso mesmo.
ou pernas [Vá para o roteiro da metéifora seledonada ou
ou do corpo inteiro, para o procedimento de término de transe]
que paxece flutuar
no tempo e no espaço
esse livre flutuar no espaço
de se deixar ir sem esforço
e permitir que os eventos ocomun
em seu próprio tempo
de sua própria maneira
Muito bem... .

A mente inconsciente
pode pennitir essa viagem
ocorrer
enquanto a mente consciente
vagueIa
por algum outro lugar inteiramente agora.
Isso mesmo.
Em seu próprio tempo,
de sua própria maneira
sabendo dos eventos
que ocouem 80 longo do C,Rrninho,
à medida que a mente inconsciente
começa a utilizar
essa oportunidade
para alterar a sua experiência
e continuar esse aprendizado
qualquer que seja a maneira
é a maneira certa
para você.
53
52
[54]
como deixarCATEGORIA
acontecer TI: ROJEIRO DE Tudo INDUçÃO
isso pertence EM CONFUSÃO
a V.
Aplicações:
enquanto Para usar com indivíduos altamente
se mantem à medidaintelectualizados
que V. começa a ouvir,ou rigidamente
econtrolados,
de reconhecercujas mentes conscientes continuariam a maneiraaque analisar,
V. faz, criticar, planejar, ele.
que não há nada ..
por meio de uma indução básica, ou para quem oaquI se edeixar
agora, levar é uma preocupação.
que
Estevocê roteirodevanãotentar saber o
é recomendado com os olhos fechados,
para pessoas desconfiadas ou paranóides.
que fazer confortável,
ou o que nAo tàzer essa voz ou som
Ago~ tudo o que você faz
porque prestar muita atençAo
ao ftmdo,
antes deavocê
pemrite vocêcomeçar, a tudo o que acontece
da mente,
eu preciso <lizer
reconhecer que eu posso dizer ou que não acontece
confonne V. ouvia
o quanto estou
muitas coisas diferentescontente em sua experiência
aquele show
de estar trabalhando cem você hoje, ao
e nl10 há necessidade
invés
de V. fazer de estar com uma mente tola o tipo
econfOIme
sentia1. .<. você me ouve
oerelaxadotam:ucm
.
aos se\l9
r
propnos
oque você que
esforço devecusta
encontrar pePl{Amentos,
flutuante
na SaIjeta
tentar fazerde algum lugar ou às suas sensações
ardor
discutindo com todo mundo, que mudam cem o tempo
o esforço de um. vagaroso
de mal com o mundo. ou permanecem as mesmas
para ptestar muita atenção a sonoro
Porque quando eu os vejo, em um braço ou um ouvido
cada coisa que eu digo show
eltfS ficam andando por ai e em suas. pernas ou dedos.
ou que eu não digo, de quieta
ammbando as feridas, E o que dizer dos pensamentos
porque houve um tempo C'.sI Jmllria
nunca. ficando confortáveis,
em que o esforço e pensamentos de imagens
e da variedade
pensando que sabem tudo que falam
para tremar como sonhos,ao olho da sua mente
e ninguém confonne eusifaço à sua mente
apode
mente seguidos de mesmos
dizer a eles o que fazer, e o que V. fala ,
8 ficar no triJho conforme eu falava, transformando
falaV.
nem mesmo ajudá-Ios .
nAo valeu a pena acom emmesmoum leme
e eles se recusam a aprender fala para V. mesmo
a VIagemcoisa que os faça girando .
qualquer
que daquele
.1evou alugar mente vagueandoqUe V. tenta buscar
à medida
sair e encontrar
de.volta naquele tempo sem esforço para baixo
e tomar conta de si mesmos. essas ceJSaS
de pacifica até um quieto
Então é bom saber podem parecer
e calma consciência, e tranqüilo lugarser uma coisa
que qualquer um com a sua inteligência mas acabam por ser outra.
sem esfurço, onde as palavras
pode facilmente aprender. Porquelembrardois e dois
de deixar acontecer podem
como entrar em mn transe. silo quatro
e saber a sua mente
Então você.
pode sentar ~ mas dois
que você não precisa sobre essastambém
coisas podem
nessa cadeira, também significar
tentar necessárias
aqw,
OUVIr ae você.
nenhum dos dois é semelhante. Tudo
enquanto você tenta isso pertence
ou entender [Vá para uma met4fora ou para um
estar consciente aVo
odoque eu posso dizer término de tranSe.)
exato significado e à sua própria habilidade
mais tarde, aqui.
das palavras que você ouve de relaxar
A
e de mente
todasconsciente
as mudanças esses dois ouvidos também
pode
que acontecem ir ondeai ela queira, e começar li saber
enquanto
em seus ~~entos, eu continuo que V. reahnente não sabe
8sensações
falar o que significa sim
eou acoisas sua percebidas
mente inconsciente e o que significa não, aqui
continua
conformeaeu ouvir
falo aqui. embora V. possa
da
OufuIma
você pode que você escuta 11IDB.
esquecer tentar adivinhar
de tentar
conversa. onde V. vai
Você
fazer nem mesmo precisa fazer Jr
coisa
o esforço alguma.que custa V. não sabe
que não existe uma forma real de saber
..

54
[57] CAJEGORIA m: ROIEIRO DE INDUçÃO DE CONVERS,A
AplicaçlJes: Para uso com clientes ansiosos acerca do processo hipnótico, ou que podem estar
relutantes em se engajarem na hipnose de per si. Esse procedimento de induçiJo niJo menciona
transe ou hipnose. Antes.. en/oca o desenvolvimento do relaxamento e da confortável auto-
percepçl1o. Obtém a permissllo do cliente para ajudá-Io a aprender como relamr mais
completamente, antes que você inicie. Uma vez que o cliente tenha aprendido como relaxar
completamente, reoriente-o para a consciência desperta e entlJo obtenha a permissllo para
conduzir a sesslJo hipnoterapêutica. Este procedimento evita qualquer tmpresslJo de fraude ()U
de artiflcio e é uma demonstraçiJo honesta do respeito pela autonomia do cliente.

Eu sei que às vezes Talvez fosse uma cachoeira


é dificil relaxar ou apenas um lugar silencioso"
ou aprender como no centro de uma floresta,
relaxar mais uma memóriafeliz de contentamento,
do que V. jA fez antes. ou simplesmente um sonho...
E assim, de um lugar !Ao confortável e seguro
confunne V. se senta ai que ficou tão fácil
com seus olhos fechados permitir 80 corpo
e começa a se tomar integrado rela:mr
sobre seus próprios peDS1'mP.I'Itos tudo
suas próprias sensações, para relarar.
eu começo a me perguntar Eu Dio sei
se você alguma vez jÁ eu sei
- , mas
teve o prazer que todos têm wn lugar
de se sentar à margem em que pode ir
de um rio um espaço re1axante
ou na prm.a profundeza a dentro
de um lago ou oceano. onde podem reabnente deixar acontecer
Porque existe algo todos os seus cuidados e questões
muito confortador e se indagar em querer saber
sobre se sentar simplesmente a14 dessas ondas de relaxamento
ouvindo o som pacifico das ondas. no suave peso de braços e pernas
li medida que elas se movimentam para dentro confoID1e o relaral1lcnto continua.
e para fom, em. um fluxo continuo, Talvez tenha sido a cálida suavidade
que só parece continuar e continuar. da macia areia branca
&Ja:car ao sol que V. podia segurar em sua mAo
sentindo o calor suavizante e vê-Ia fluindo sem esforço
e simplesmente deixar a mente andar, pelos seus dedos,
sem esforço, a mesma arem
com aquele quieto, quase silencioso som que flui em uma ampulheta
ao ftmdo da COIl8ciência. hora após hora.,
Eu nem mesmo estou certo com nada a fazer por um tempo
se você já fez isso antes, excetodeixar sair e fluir,
re/arodo dessa maneira, areia quente,pesada
ouvindo a quietude pacifico ouvindo as ondas de relaxamento seguro,
da água lavando a praia. dentro e fora,
enquanto V. estava sentado ali, pe1apraia
55
esquecendo-se de fazer
o esforço que custa
até mesmo tentar
ficar consciente
de quando
ou onde
esse reISYAmP.QÍO começou
e os sons suavizantea
ou sensações estavam.
[Continue com uma ilrduçllo difêrente ou
desperte o cJimte e discuta seu progresso no
reJaramento]
56
[59] CATEGORIA IV: ROTEmO DE INDUçÃO NATURALISTA
Ap/icaç8o: Para sujeitos anxiosos e/ou um ambiente barulhento. Devido ao
conteúdo desta indução, não dfNe ser usado com ninguém que tenha medo de
água.
Você está deSC3DsaJ1dO na cadeixa, viaja, sonha de novo...
com os seus olhos fecl1ados até que as palavras
e V. pode observar seus o1hoa, e 8 música
e mesmo desejar abri-Ios de vez em quando e se tomem um som que alivia
isso está bem, ao fundo da mente
porque eu na verdade Dlo desejaria que V. nflo apenas por um tempo,
entrasse em um tmnBe tão rapidamente. Tio e 8 mente inconsciente
mais fÁcil ('fW\t;n1U\ a ouvir ,.
simplesmente permitir tudo o que e importância para V.,
que esse !lP.nt;mP.nto em um ombro, um enquanto a mente consciente
braço... continue conforme V. ouve pode não notar
os sons de minha voz que V. não precisa ouvir
os BOns na sala a tudo o que eu digo.
os sons fora da sala Porque V. tem sabido sempre
outras vozes, outras salas, quão fiici1 é
enquanto V. presta muita atençAo aprender algo quando estA relaxado... embora
às mudanças em um braço, na mão, eu não quisesse que V.
e se pergunta se V. vai re1exasse dema!s no começo
ser capaz de entrar tão mais importante
em um transe para V. reconhecer as pequenas mudanças,
enquanto sua mente consciente pequeninas mudanças, mal e mal observáveis
já começou a baixar oconendo em sua respiração...
e deixar acontecer por enquanto em seu pulso...
pennitindo ao corpo relaxar a mente no relaxamento do rosto,
relaxar com ela em um sentimento de conforto... segurança.
sem conhecer, par vezes Porque seu inconsciente irá escolher
o quão confortável xeJaxar seu dedinho
V. ~1mente pode ficar. antes que esses ~timentos comecem em um
E mais cedo ou mais tarde [polegar
todos já tiveram a experiência ou talvez o seu pulso
de adonnecer sem o lugar mais fácil
enquanto via televisão, para começar a relaxar
. prestando muita atenção
mas a mente consciente pode apreciar ficar
ao enredo da estória, Cm1OS0 sobre exatamente onde
simplesmente fechando os olhos por um esses sentimentos irão começar.
[momento, Se você detroooum cristal
para descansar bem quieto, em um reservatório de água
ouvindo a música, a água flui em ondas na superficie
escutando 85 vozes mas logo abaixo da superficie...
dessa maneira confortavelmente relaxada logo atrás da superficie da consciênc~
quando ~ palavra ou ftase o cristal e levado
lembra V. de uma memória em particular e pata baixo...
você viaja E conforme o cristal é levado para baixo,
sonho afara por um tempo... . que passa pelos :lnim:l1!: aquáticos...
volta para as palavras outra vez, descendo mais, passa pelas plantas na água,
".

57
delicaci:Jmente fluindo para baixo...
nada e perturbado
conforme "ele, devagar, vem repousar
no fundo do quieto reservatório.
Mesmo as ondas da superficie
se tomam menores e mais quietas
e por trés da supertlcie
tudo está silencioso, cahno...
E V. pode J'PN'nhPL'M' a sua habilidade
de reJaxar e refletir confortavelmente
sobre os seus problemas, de uma certa maneira,
lembrando aqueles tempos
quando V. tinha certeza de que as coisas eram
(de uma maneira
e elas se modificaram
para ser algo mais mteiramente.
Talw:z como uma crianç~
aprendendo que loda
é na verdade roda
ou di2mJdo a diferença
entre concerto e COD8erto~
mudando velhas crenças,
aprendendo novos sigJ1ifi~~dos,
novas maneims de fazer as coisas.
E eu me pergunto se esses novos sentimenios,
esses sentimentos hipnóticos
irão petmAn-r os fne.'11'n~
ou continuarão a ir mais fundo cada vez mais
confonne V. tenta se lembrar
de tudo o que eu llie disse
sobre aqueles sonhos na TV
e cristais que são levados
às vezes mais depressa,
às vezes muito devagar...
[Vá para um roteiro de metáfora ou processo
de término de transe.]
58

[61] CATEGORIA V: ROTEIRO DE INDUçÃO DE REVIVIFICAÇÃO


Aplicaçdo: Para uso com clientes que já experimentaram a hipnose com sucesso antes. A meta é
capacitar o cliente a reexperienciar o transe, recordando-o do que era semelhante na ocasiao
anterior.
Conforme V. continua a relaxar) . Lembrando
com os oJhos fechados, onde V. estava
ouvindo o som da minhA voz, em que posição
V. pode começar a lembrar-se o que V. fez
daquelas experiências de hipnose o que foi dito a V.
que V. já teve antes. como V. se sentiu
Como V. se sentiu em ouvir à medida que aprendia a permitir que
o som dessa voz aquele transe continuasse.
fa.1ando com você... E mesmo agora,
Lembrando desse som conforme V. continua
e das p&1avms... a reexpenenc1AI'
conforme V. começava a memória
a ir mais fundo. daquele event~
Aquele sentimento e a permitir esses sentimentos
em suas mãos de se tomar uma parte
ou pernas de sua experiência agora...
ou braços Eu gostaria que V.
Aquele sentimento de re1axamento) quem tivesse a oportunidade
.sabe, e aquilo que V. pensou de apreciar
à medida que V. começava a entrar permitir
naquele profundo estado de tnmse. que esse transe continue
As seDBaçOes
conforme V. vai mais fundo
e 1IIl88eDS
e mais fundo
as alteraçôes e minha voz
na consciência,
segue com você
à medida que sua mente consciente
pala se tomar uma parte
se tomava mais e mais
de sua experiência
confortável
conforme V. se toma
. e sua mente :inconsciente
mais e mais profundamente relaxado
assumia mais e.mais
e confortável
a responsabilidade .
de guiar e dirigir nesse transe
pensamentos e eu continuo
erespostas a falar com você.
[Vá para uma metáfora selecionada ou
término de transe.]
".
59
[62] ROTEffi.O DE INDUçÃO DE SThruLAÇÃO]
Aplicação: Para uso com clientes que podem se lembrar de uma experiência de transtl
não-hipnótico que tenham tido em uma situação especial, como sugestão, sentar-se no
oceano, etc. A informação sobre esta experiência deve ser obtida antes da indução e
incorporada o ela, quando apropriada.

Você estA sentado ai... enquanto lsugestlto, leitura ou o que a pessoa


Seua olhos estão fecbados... mencionou especificamente que tenha absorvido a
Vore está ouvindo atmçiJo ou criado estado de transe no passado]
muitos sons diferentes Porque mesmo
inclusive o som que V. esteja sentado
da m;nha voz. . nesta sala
E eu realmente não sei V. pode começar a imaginar
como você está consciente a experiência de [idem acima]
de. suas mlos descansando ai, Dlo pode?
ou suas pemas~ V. pode voltar'sua atenção
ou seus peso para aquela experiência
Mas eu sei e começar a se lembrar
que alguns músculos de muitas coisas diferentes
podemse sentir mais relaxados sobre eJa.
do que outros V. pode ser capaz
conforme V. continua ouvindo de sentir [insira algo nonna//e sentido na situação]
as minhas palavras V. pode ser capaz
e se torna mais de ver [insira algo normaVe visto naquela situaçbo]
e mais confortável Na verdade,
ficando mais profundamente hipnotizado. V. pode ser capaz de ex:perienciar
Porque V. está coisas 110 diferentes
respirando para dentro... que quase parece como se
e respirando para fom... V. possa voltar àquela experiência
E você é capaz total e completamente.
de ficar sabendo E mesmo enquanto V. continua...
das muitas sensações diferentes... a apreciar esses Sentimentos
e pensamentos... de relaxamento profimdo
inclusive aqueles pensamentos, unageDB e de confortável deixar-se levar,
e sensações de se tomar mais e mais
que vêm' à mente uma parte dessa experiência.,
em resposta às m1nhA~ palavras. Assim, eu posso continuar
conforme eu continuo a fa1ar com V. agora
a dizer coisas para você... e V. pode permitir
e V. continua que minhA R palavras
a ficar mais consciente andem por entre a sua mente
de algumas coisas do que. outras, enquanto a sua mente inconsciente
pode se tomar mais e .mais fácil pennite que você
para você começar experiencie essas coisas necessárias.
a se lembrar [Vá para uma met4fora selecionada, sugestlto direta
de coisas em particular ou término de transe.]
sorre suas experiências
.60

[64] CAIEGORIA Vil.A: ROIEIRO DE INDUçÃO DE


RATIFICAÇÃO DE LEVITAÇÃO DO BRAÇO
Aplicação: Para uso com clientes que experam ou busCl111J uma demonstração de
hipnose, ou que podem se beneficiar da experiênCia de uma alteração inconsciente no
comportamento ou sensação. Esta abordagem ajuda a validar a hipnose como um
jênômeno real e potencialmente influente.

[Esta indução jünciona melhor se o cliento está sentado direito, ao invés de reclinar ou
ficar deitado]
A primeira coisa de que depois de um tempo
que eu quero que V. faça V. pode notar
antes de continuar que sua mente inconsciente
a relaxar começou delicadamente a levantar uma das mãos
e entrar em um transe ou a outra, ou ambas.
é colocar bem as pontas Pode ser dificil segurá-Ia ai
dos seus dedos muito levemente mal tocando a sua perna.
sobre as pema.a, enquanto ela fica 1entando
com os braços no ar, .- . . .
se mover um pouco maJ.S para C1lIl8.
cotovelos longe dos lados, e se sente mais leve
como se seus braços e mlos e mais leve ,
estivessem simplesmente flutuando ali, e se levanta mais para cima
os dedos mal tocando a roupa quase por si mesma. às vezes.
para que V. possa sentir a textura E a outra .
Isso mesmo! .
pode parecer ficar ma:is pesa~
Os dedos mal e mal tocando dificil dizer a diferença
e concentre toda sua atenção no começo, ,
Dessas sensações mas confonne V. presta muita atenção
bem nas pontas dos dedos fica mais fácil
onde eles mal e mal tocam, e mais fácil
onde esse flutuar continua.. observar qual parece mais pesada
Porque e qual parece mais leve.
à medida que eu falo oom você E quando você começa
e V. continua a relaxar a ver qual a mão que parece mais pesada,
e a prestar bastante atenção você pode deixar que eIa relaxe
a essas sensações, e venha a descansar
algo interessante esü começando a acontecer. em um lugar confortável
Porque todos sabem enquanto V. presta mais e mais atenção à
como é fácil outra m!o,
aprender alguma coisa àquele leve levantar da mão,
quando você está confortável. que se move um pouco, às vezes,
E mais cedo ou mais tarde e entao volta para baixo, talvez
todos têm a experiência e entAo volta para cima de novo.
de. aprender algo novo E depois de um tempo
quando estão relaxados. você pode começar a observar
Assim, vá em .frente e permita que V. pode pennitir
que esse sentimento confortável que essa elevação
continue continue...
com o JPN'W'1In~;1)'V!f1to mais e mais para cima..
..

61
mais leve, flutuando mais para cima, à medida que eu continuo a falar
confunDe V. pemrite que esse movimento e seus braços e mãos
continue mais e mais, se sentem tão confortáveis
um movimento automático para cima seu corpo inteiro se sente confortável
à medida que sua mente inconsciente confortável e relaxado.
eleva essa mão, esse braço, para cima Muito bem. .
um passo por vez, [Vá para uma metáfora ou procedimento de
para cima e ent!o, mais e. mais. término de transe.)
Pode ser difici1
dizer exatamente quanto
esse braço e mAo foi elevado,
dizer exatamente
em que posição eles estão
e pode ser diflcil dizer
quando esse movimento lento e sem esforço
0C0IIe mais e mais rapidamente .
canfonne se levanta,
mais e mais leve,
mais e mais alto.
Muito bem. [Pausa p/ movimento de subir]
Isso mesmo.
E esse braço ou mAo
poderia continuar a elevar-se mais alto
e ficar mais e mais leve, .
mas conforme V. presta bem atenção a ele, V.
pode começar a observar
como ele se sente agora,
como está cansado e pesado,
à medida que sua mente inconsciente lembra
a sua mente
para prestar mais e mais atenção
8 esse pesado puxar para baixo.
E esse brnço pode começar
a baixar agora,
enquanto cresce esse peso
e seria tão confortável
simplP.mnP.f'lte permitir
que o braço pesado baixe agora.
Isso mesmo,
sendo levado para baixo,
movendo-se para. baixo, agoca,
deixando que vote
a uma confortàve1 posição de repouso, onde
ele pode relaxar completamente,
e V. pode relaxar completamente, deixando-se
ir para OOixo com ele,
para baixo em um transe profundo, profundo,
enquanto seu braço relaxa
e a mente relaxa também
e V. pode se debtar levar mais e mais fundo
62
[66J CATEGORIA vn.B: ROTEffi.O DE INDUçÃO DE RATIFICAÇÃO
DO FECHAMENTO DOS OLHOS
Aplicação: Como a lndução de Levitação de Braço, este roteiro é feito para eliciar um
padrão inconsciente de respostas às sugestões hipnóticas, que irão ratificar ou validar a
hipnose como um ftnômeno real. O objetivo é convencer a pessoa, a nível consciente, de
que algo incomum ou diferente e potencialmente muito útil está acontecendo ao seu estado
mental.
[Obviamente, o c/iente deve deixar os olhos abertos para este procedimento de indução,
Intsrrompa a indução s muds para uma metáfora ou um término de transe se os olhos
dele se ftcharem antes do fim do roteiro]. ;7

Enquanto V. se senta ai esse pesado e cansado sentimento


e se deixa ficar confortável, que V. sentiu antes '

V. pode 01bar [escolha um ponto ou um objeto conton:ne V. se fixava em alguma coisa


que o sujeito deva olhar levemente para cima" e seus olhos começavam a 1acrimejar e
afim de ver] começavam a querer fechar piscando
Isso mesmo, fechados
simplesmente, deixe seus olhos descansarem. ai, querendo ficar fechados,
olhRndn nesse ponto em especial e repousar desse cansaço.
e continue a re1axs.r. Isso mesmo,
Porque, à medida que V. relaxa porque tOdo mundo sabe
e oJha esse ponto ali, ,
como se sente
V. começa a observar quando os olhos ficam cansados,
qualquer mudança que aconteça aqui. enquanto o corpo relaxa
V. pode observar qualquer embotamento, e a mente relaxa,
ou a dificuldade de se concentrar, tio (.'.an~dtJ e pesada
ou de segurar seus olhos ai, e os olhos ~ a fechar.
olhando para esse lugar, Todo mundo sabe,
embora, no inicio, o quão mais confortável seria permitír
possa ser dificil que os olhos se fechassem. Muito bem.
IeCODhecer essas mudanças aqui, porque depois de um tempo
na medida em que V. faz empenho em tentar ficar eles se tomaram
despercebida delas tão cansados e pesados
ou ficar fixando nesse ponto, que eles quase parecem fechar
usando todo seu esforço por si mesmos
para segurar ali os seus olhos. E seus olhos podem fechar
e, à medida que eles se fecham
Mas, depois de wn tempo,
V. pode sentir
o esforço que custa
esse relaxamento pesado, c.anS1.Qdo começar
tentar ficar sem perceber
a se espalhar
essas mudanças que ocorreDl...
pelo corpo todo,
s6 um pouco, no começo,
os braços,
esse leve embotamento da visão,
o rosto,
o C.aJ)M.Çü pesado nos olhos,
as pernas
ou a maneira como o ponto parece se mover, ou e a mente relaxa também.
as mudanças de forma, ou de cor, Com 08 olhos fechados,
e seus o1hos se tomam mais e mais c~m,ados,
ca1J1m00s e pesados,
"63
o corpo inteiro pode relaxar
e você pode descer
em um sono profundo, profundo,
num. transe relaxado e confortáve4
onde eu posso .fa1ar com você
e sua mente inconsciente
pode ouvir
mesmo quando' BU8 mente consciente
sai do ar
da mesma.maneira sem esforço
que os olhos ficam fechados
.e relaxam.
{& os olhos do sujeito estllo jéchados. vá
para uma metáfora OU processo de término
de transe. Se ainda estllo abertos, continue com as
prórimas novas frases. )
EntAo, prollliga agora c permita
que OB 01h06 se fechem.
Isso mesmo, feche seus olhos agora
'. e ~ mente relaxa.
. Enquanto você continua

a se deixar vagar mais e mais fundo .


em um relaxado tmnae
e eu continuo
a falar.
[Vá para um roteiro de metáfora u
Mrmino de transe~]
64
[68] CATEGORIA VITI: ROTEIROS DE INDUçÃO BREVE
Aplicações: Para uso com sujeitos experiencíados ou para a cn'ação de transes
leves, tais como aqueles usados com objetivos de diagnóstico.

A
Agora, que esse estado de coisas aconteça.
conforme V. se senta ai [Pausa enquanto se desem'olve o relaxamento e o transe.]
com seus olhos techados Porque sua mente consciente
e começa a vagar pode fazer qualquer coisa que ela queira,
dentro do transe enquanto sua mente inconsciente
da sua própria maneira, continua a ouvir
r
em seu próprio tempo, e a compreender
V. pode aproveitar o seu tempo aquelas coisas que eu posso dizer.
para permitir [Vá para o roteiro da metáfora selecionada.]

B.
Agora, no transe
confonne V. relaxa até mesmo mais confortave1mente
e começa a recordar e mais sem esforço
a experiência de transe que antes.
V. pode reexperienciar [Pausa para que o transe se dese71VOlva.]
aquelas mUMl'IÇQS Muito bem.. ,
quanto ao sentimento e à sensação [Vá para o roteiro da metáfora selecionada.]
e se deixar levar para baixo

c.
Relaxando, Nem mesmo precisando
indo para baixo, se perguntar
deixando acontecer, permitindo o que V. irá aprender
que os pensamentos se deixem enquanto a minha voz
levar vai junto para baixo
e que as unagen5 apereçam com você.
e nada mesmo precisando fazer. [Vá para um roteiro de metáfora selecionada.]
[Pausa]

D.
Evocê agora..
pode permitir .
que esse sentimento [Pauso
de transe ]
[Vá para um roteiro da metáfora
selecio11ada.]
65

[69J CATEGORIA IX: ROTE1RO DE 1REINAMENTO DE AUTO-aIPNOSE


Aplicações: Para treinar os clientes como entrar e usar um transe auto-hipnótico. Este processo
deve ser usado somente cum individuos que já entraram várias vezes antes em transe.
Hoje, e esse peso começa a se espalhar
conforme você adentra o seu transe, para cima, pelo braço,
eu gostaria & ajudá-Io a aprender ainda até o ombro,
mais do que antes as costas
sobre como permitir e o outro braço.
que esta altemçlo ocorra Muito bem.
em qualquermomento E esse relaxamento
que você precise pode continuar a crescer
ou queira 1àzer. confonne suas pernas relaxam
Muito bem, e seu pescoço relaxa
porque hoje e seu rosto relaxa
V. pode emmr nesse transe e V. relaxa em todos os Pontos
de uma :mat!1eim difurente, e continua a se mover para baixo
todo por si mesmo. mais e mais completamente,
E V. pode aprender mais e mais proftmdamente,
como entrar nesse transe até esse estado de transe da mente,
por um tempo breve onde a mente relaxa também
ou por um tempo longo e se toma
em qualquer momento, em qualquer lugar mais e mais fácil .

que lhe seja proveitoso . simplesmente pmnitir'


ser capaz de utilizar à mente inconsciente
sua própria mente inconsciente assumir mais e mais responsabilidade
para fazer muitas coisas para guiar e dirigir a consciência
para você. e propiciar aquelas experiências
E assim, que sAo tão úteis p8I8 você.
antes de V. mergulhar completamente, o Isso mesmo. .
que eu quero é que V. faça você pode coníinuar
é cerrar o punho a ir para b8ixo, totalmente sem esforço
com sua mão direita e pode ir para cima também
ou com sua milo esquerda onde V. pode ter a oportunidade
Muitobem, de praticar essa habilidade
um punho bem fechado de criar sua própria experiência
com essa mão. de trnnse.
E preste bastante atenção. A medida que V. vem de volta agora
ao aperto dessa mão, para a superftcie da consciência desperta .
nos dedos., V. pode cemu- o punho de novo...
nas costas' da mão, [Espere até que o sujeito cerre o punho de n01/o]
nos músel!l1os do antebraço, E V. pode prestar atenção outra vez
à medida que V. sente esse aperto. nesse aperto
E agora e no relaxamento que se espalha
V. pode Ielaxar essa mAo enquanto V. relaxa essa mão
e prestar Destante atenção e sente que vai de voltA para baixo,
a esse relaJc~mento indo de volta para baixo no transe
conforme ele ocorre dentro de seu próprio tempo,
mais e mais completamente da sua própria maneira.
66
E eu gostaria que você tomar conta daquelas coisas
continuasse a experienciar para voâ.
essa habilidade de descer Tudo o que precisa fazer
por SI mesmo é pedir que ela faça isso
enquanto eu me sento aqui conforme você viaja para o fundo
quietamente, por um tempo e então vem para cima
e V. continua a aprender agora,
como debcar tudo correr dessa maneira da sua própria maneira,
e eu simplesmente me sento aqui com V. em seu próprio tempo...
par enquanto. de volta à superficie
Muito bem. da consciência acordada
[Pausa por pelo menos 1 minuto, a menos e.alerta
que o sujeito comece a redespertar, enliJo trazendo esses aprendizados
continue. ] com você.
E assim, V. aprendeu IS90 mesmo,
como cen:ar os punhos de volta ao alerta despertado agora
e como relaxar essa mão com um sentimento relaxado, refrescado
e descer até o relaxamento de confortável auto-ronsciência.
até seu próprio estado de transe, E confonne V. alcança a superficie
um estado sem esforço de consciência despertada,
de nada precisar fazer você pode pennitir
nada mesmo que os olhos
enquanto você se deixa ficar se abram
mais e mais completamente agora.
e vagueia para baixo e para cima de volta [.Depois que o sujeito se torna reorientado. ~ bom
em seu PIÓpriO tempo fazê-Io imediatamente praticar seu processo de
de sua própria maneira, auto-induçlJo de novo, uma ou duas vezes. Isto
de qualquer maneira que seja solidtfica o aprendizado e o toma uma habilidade
que sua mente inconsciente sabe disponivel para a mente consciente.]
que é a me1hor maneira para você. Porque
V. aprendeu
como ir para baixo
dessa~
a sua mente inconsciente
se toma mais e mais disponível
para você agora.
E a qualquer momento, em qua1quer lugar
[que V. queim
V. pode usar essa habilidade...
V. pode cerrar apertados os punhos,
V. pode ir a fundo em um transe
com o entendimento
que sua mente inconsciente
pode fazer as coisas necessárias.
Tudo o que V. deve fàzer
é deixar tudo acontecer completamente
com o pensamento ou idéia
de dar uma oportunidade
para sua meme inconsciente
67

[71] 4 METÁFORAS DE PROPÓSITO GERAL


As metáforas e anedotas (na verdade, anedotas metafóricas) apresentadas neste capítulo
podem ser usadas praticamente com qualquer cliente. Elas são elaboradas para transmitir
mensagens universalmente aplicáveis sobre a natureza e fonte da mudança terapêutica e
para estimular o uso de forças interiores para a auto-cura.

Recomendamos que você utilize uma ou duas dessas metáforas de objetivo geral durante a
primeira sessão de hipnoterapia. Se os beneficias terapêuticos não forem aparentes lá pela
segunda sessão, você pode desejar começar u..~~cIo as metáforas de sintoma. ou
específicas de problema apresentadas nos últimos capítulos e, talvez, a afIrmação direta
sobre a mudança terapêutica apresentada no Capítulo 14. Inicialmente, entretanto, é melhor
apresentar aos clientes o processo hipnoterapêutico via metáforas de propósito geral como
essas. Elas são relativamente não ameaçadoras e assim estabelecem uma confortável
familiaridade com o procedimento hipnoterapêutico.

Você pode selecionar qualquer que seja o roteiro que você entenda que irá captar o interesse
e a atenção de seu cliente, ou utilizar o roteiro que lhe' for mais confortável. Por serem
metáforas de objetivo geral, não há razões específicas para escollier wna em detrimento da
o~ a partir das preferências e gostos individuais.

Quanto aos roteiros de indução, tentamos apresentar esses roteiros em um fonnato que
transmita um ritmo e um ftaseado consistentes com um estado de transe. Não obstante,
quanto aos roteiros de indução, não é absolutamente necessário que você os leia. palavra por
palavra para seus clientes. Sinta-se livre para enriquecê-Ios ou mudar as palavras da maneira
que preferir.
68

[73} CONSIRUINDO UMA CASA


Pode ser muito relaxante o que era para ser
observar alguém trabA 1hAndo. o que seria
Educativo, também. com o que ma parecer
E eu me pergunto onde ela iria ficar
sevocêsabe como iria funcionar
o que está envolvido essa casa
na construção de uma casa, um lar, loc.a1i:rnda ali,
um lugar para viver, para estar. um lugar para viver,
Eu não conheço um lugar para ser
tudo o que está envolvido para alguém entrar
mas eu me recordo olliando e relaxar confortavelmente
como uma cnança bem vindo
o modo como eles marcavam e protegido no seu interior,
com estacas em cada esquina ammjada e organizada
no teneno vazio para se viver dentro.
e entAo cavavam a ftmd8ç!O, Assim, se as paredes
bem fimdo no solo pudessem falar
e despejavam caminhl'Ses de elas iriam confortar
concreto para o alicerce e observar
e os muros groSSO! um fluxo suave e sem esforço
reforçados com barras de aço de um quarto para o outro~
para prevenir rachaduras . . de \UD espaço para o outro,

ou quebras. um espaço vivente


Essa casa uma sala de estar,
foi feita para durar. os lugares privaoo'j,
Uma .fimdação sólida as salas intimas
sobre a qual ficar, onde eventos intimos
sobre a qual construir toda uma vida. e pensamentos intimos
E conforme você repousa ai, podem ocorrer em segurança
continuando a relaxar, e ser conservados
sua mente inconsciente sãos e salvos.
pode empregar esse tempo Onde uma criança
para ~Mn1n8T bem de perto possa Ir
a fundação explorar e ~Am1t\A1'
do pensar, sala após sala,
das idéias, piso por piso,
crenças, espaços ocultos
valores, espaços pam engatinhar
das experiências lugares para estocar
definidas pela planta, cheios de memórias
pelo desenho e coisas deixadas de lado para depois.
daquilo que se deseja Algumas lembradas,
e onde estA construida algumas esquecidas,
já, ou planejada. velhos brinquedos, papéis de escola, quadros e livros
Porque alguém alguns usados, alguns ignorados,
tinha que prever cada um com um sentimento
que também foi estocado.
olhar com os olhos da mente
.69
Uma casa cheia de lugares~ Porque eu n110 sei
espaços vazios o que sua mente inconsciente sabe
para ser preenchidos ou o que ela mostra a você, quando
e transfonnados você anda e se pergunta o que você
para realizar as necessidades quer,
e os desejos o que você será
daqueles que vocé esco1he o que custará. a você
para viver junto viver confortaveJmente aqui e ali,
junto de si mesmo mas você pode saber
para resistir às tormentas ou começar a saber
traba1har nas idéias agora...
deixar a mente vaguear~ {Vápara o término de transe.]
ficar fitando o céu
ou as pessoas passando
ou vindo, e dividindo, e falando.
E~ na medida que eu falo
essa sólida fundaçAo assume a fonnn
o piso toma forma.
Os planoS que dizem
onde as coisas vao~
.

como as coisas serflo,


qual é e onde é
que a chave esta.
A questão chave~
o que serÁ feito,
quais são os planos
que guiam e proporcionam
uma sólida base sobre a qual construir
para o futuro.
Todas as poucas estacas
que demarcam o lugar
onde eles cavam um buraco
fundo~ lá embaixo
no chão,
. onde uma vez ~teve algo,

mas é agora ~sto


par um novo lugar para ser~
um novo espaço para ver,
um lugar relaxado de estar
meamo agora, conforme você relaxa mais
e passa pelos pensamentos
sobre o que será
e o que foi encontrado
que pode ser usado mais tarde.
..

70

[75] A VIAGEM DE AVIÃO


E existem onde os fazendeiros aram e semeiam
formas diferentes de relaxar e planejam para adianie e sabem
e de fazer uma viagem a algum outro lugar. que algumas coisas
Você pode observar os passageiros passarem podem ser ajudadas,
o tempo esperando que há algmnas coisas
para entrar em. um avião. que eles podem fazer
É fácil ver e outras coisas que eles não podem,
que alguns estio animados, e essa preocupação
alguns estão entediad08 com o clima
e alguns ut11i7.Am o tempo não fam chover
para ver o que eles podem ver. mas que o puxar das rédea.~
Alguns donnem em suas poltronas pode parar um cavalo a tempo.
alguns olham de perto pam o relógio, E ass~ à noite, eles se sentam de volta em
ansiosamente se perguntando 1DD8 poltrona confortAvel
quando eles chegarllo onde estio indo e relaxam, admirando
enquanto outros relaxam na admiraçAo disso tudo
e apreciam a oportunidade e aprendem a confiar
de Dlo ter' nado pam fazer . a Si mesmos
exceto relaxar e aprender. aquilo que eles sabem
E é fácil ver aquilo que podem fazer.
mesmo antes que eles tenham embarcado. .E essa pessoa pode 'ver
. [no avião tudo isso e mais
e deixado o solo daquela vista acima de tudo
quem irá apreciar a viagem re~ mal e mal consciente
e quem iIá se preocupar de onde elas estão
de todas as funn.as ali. no espaço e no tempo.
. Enquanto em algum outro lugar,
Alguns ajudam o piloto
a sair do solo, outra mente pode decidir
eles se reviram em seus assentos, o que &zer e quando,
levantando o avião, a coisa certa na hom certa
não confiando naquela voz oculta que pata voee.
anuncia a altitude, Relaxar e aproveitar a vista.,
ou no co-piloto, fazer o que você pode,
ou no próprio avião olhar para be.ixo e para dentro
para leva-Ios até lá. e descobrir
Sempre se preocupando, .
quanto mais exista
preocupando-se de todas as maneiras, do que havia antes
se ele está indo para baixo... para você, dentro de você.
ou de volta para cima... utilizar de qualquer que seja a maneira
é nonnal e seguro . t a maneim certa .

enquanto em algum outro lugar, uma para você


outra mente se senta fuzer aquelas coisas necessárias.
passando o tempo a relaxar, Isso mesmo...
pensando coisas nesse meio tempo, ou Siga em frente e aproveite um pouco o tempo,
oJhslnr1o pe1a janela o seu tempo,
no cenário Já em baixo para olhar e aprender a decidir.
confunne os campos e fazendas . [Vá para o término de transe.]
passam por baixo
72
e as imagens fluem
e ocorre o conhecimento que muda as coisas que
revela coisas antes não vistas e não ouvidas. E de
alguma maneira desconhecida
você irá saber que ele sabia
e que disse a você
aquilo que V. precisava ouvir,
aquilo que V. devia saber,
porque alguma coisa mu~
se reaII'8D.Ja
no olho da mente
e V. começa a fazer as coÍBas -de modo diferente,
a experimentar as coisas . de modo diferente,
-
a encarar as coisas de modo diferente,
ser capaz de fazer
o que V. não podia antes fàzer.
Você sabe e eu sei
que você sabe
que tudo isso pertence
a você.
Persistir
ou abrir mIlo,
ir mais adiante
ou ficar onde está,
asSUIInI"
ou se salvar por si mesmo,
ou mudar aquelas coisas que V. faz
para evitar fazer o que precisa fazer
para mudar o que está acontecendo com você,
dentro de você,
ao seu redor,
porque tudo ÍBso pertence
a você...
[Vá para o término de transe]
".

73

[79] A MIGRAÇÃO DE
IDÉIAS
E mesmo quando V. relaxa mais e mais, E nós podemos imaginar
a mente automaticamente vai de encontro como é se sentir
àqueles pensamentos, idéias, imagens saber sem estar sabendo
que mostram mais claramente para você as o que precisa ser feito,
mesmas coisas que V. sabe e faz, ser aconselhado sem ouvir
que paIt!CeID estar no caminho. por uma voz interior, um sentimento interior
A consciência migra rumo para fazer isso agora.
às coisas que precisam de atenção E nós podemos imagiDar
do mesmo modo que migram os An1mA19. como é se sentir
Automaticamente, fazer com que as açõeS fluam "
sem pensar ou tentar, desses SP.11t1mP.O.tOS,
eles parecem saber respondendo sem esforço, automaticamente,
quando e para onde ir àquela noção' interior, àquele saber interior
e o que fazer para tomar conta de si mesmos. que nos diz o que fazer
Uma voz interior, uma noçAo intema e quando
que move 06 pássaros, e como fazer.
as borboletas, Ter nascido
as baleias, com esse conhecimento,
as manadas de AnlmAI!i1 confiar nesse sentimento,
de um lugar para o outro, ser tão confortavelmente côDBcio de si
que os toma inquietos, meamo que tudo se toma IDais fác~
algo mexato embora ninguém jamais tivesse imaginado
que lhes chama à atenção que ~iar mil milhA !'I "

para aquele desconfortável sentimento é facil,


e os põe em ação, mesmo que a decisão de ir
movendo-se na direção de um lugar, parecesse não custar nenhum esforço mesmo.
talvez o oceano, Uma decisAo, um saber
um espaço interior que é parte de cada ser
de relaxamento sem esforço. que guia e dirige automaticamente
E eles se movimentam rumo àquelas coisas necessárias.
centenas de milhas, milhares de ml1hM, Uma migração de pensamento,
tomando conta das crias, de CODSciência,
tomando conta de si mesmos. que apresenta memórias, idéias, compreensões
E ningu6m realmente sabe para você usar
exatamente como é se sentir para você.
ser uma lontra, uma baleia, uma borboleta que Isso mesmo.
de repente sabe Até quando você relaxa
que essa 6 a hora certa e vai de encontro às coisas necessárias,
para uma mudança, a mente inconsciente
que de repente conhece automaticamente lhe dá. a percepção
a exata mudança necessária. que você pode usar mais tarde
Mas nós pOOemos relaxar e im1\ginAT ou agora mesmo.
como é se sentir [Vá para um término de transeJ.
gradt)1I lmenie ou subitamente reconhecer
(esse sentimento,
essa consciência interior,
esse reconhecimento inquieto
de que alguma coisa deve mudar
e deve mudar agora.
E nós podemos imaginar
-____-
l ,
74

[81] FÉRIAS

E a qualquer momento novo jeito de falar,


que V. sai de algum outro lugar... novos lugares a lhe mostrarem,
é como umas férias, novas experiências que compartilhar.
saindo para um lugar diferente. Esta timida garota do Meio Oeste
Você experiencia coisas diferentes... tinha aberto seus olhos,
e esquece por enquanto e sua mente se abriu
os cuidados e preocupações... para todo um mundo novo.
e descobre algo novo Porque tudo era tão diferente
ou se lembra de algo antigo, esquecido. que ela não podia ignorar,
Porque é confortador se deixar levar ela não podia negar.
e apreciar a nova maneira de ser, Até enquanto nadava no mar
essa nova maneira de ser ela continuava a aprender
que você pode experimentar... que as coisas nem sempre slio
como a mulher que eu conheço, que viajava, o que parecem,
[sozinha, ou podem parecer ser uma coisa
lá para baixo, na F16rida mas acaPam sendo outra,
Ela nunca tinha safdo para o Meio Oeste como as coisas estranhas que ela sentia,
mas assim que saiu com o avião começou conforme ela andava na água
a experimentar e sua mente podia imAgjnAr
C01SaB novas... o que estava ali, pOr trás da superficie~ roçando
e ela começou a mudar seus pés, enrolando-se em suas pernas com
sua maneira de pensar, estranhas e assustadoras sensações. :Mas
seu modo de ser. quando ela olhava de verdade
A brisa do mar salgado e morno corava para ver o que ali estava,
suas 1àces era lindo ver algas marinhas
com seu novo aroma, rolando com as ondas
as palmeiras apreendiam seu o1har, e musgos macIOS,
a areia cintilava ao sol . não aquela coisa de sua ima.gin9ção,
e ela se sentia estranha, não o que ela havia temido,
viva e alerta para cada coisa nova, novas só algo maravilhosamente novo...
paisagens, sons, cheiros, como os novos penAAmer:ltos que lhe vinhRm.
novas formas de fazer as coÍBas. os novos sentimentos que ela experimentava,
Ela CAminhAva na praia conforme relaxava na praia
onde parou e falou e deixava sua mente vagar,
com muita gente... deixava sua mente passear lá para baixo, onde
de muitos e diferentes lugares coisas são desprezadas, ignoradas,
e ela sentia o seu mW1do, ou ficam sem uso.
seu mundo interior Aqueles pensamentos fundos, lá embaixo
se expandir... começavam a borbulhar
à medida que ela se tomava ciente a adentrar sua consciência.
do quilo mais existe Ela começava a pensar coisas
que ela não sabia antes. que nunca havia pensado antes,
Ela via cada detalhe a saber de coisas
de cada concha, planta e forma que ela nunca havia se permitido
de cada casa pintada de novo saber antes.
e ela começava. a fazer amigos... pessoas Ela começava a se lembrar de coisas...
de todo o mundo coisas novas dos velhos tempos,
com novas idéias, velhas coisas de novas maneiras,
".

75
bons tempos e velhos tempos,
de maneiras boas e maneiras ruins.
Ela descobria tesouros
profundamente enterrados,
ela experimentava prazeres
que sempre se havia negado.
Ela se deixava saber,
ainda que fosse dificil, às vezes,
e levava muito tempo
a olhar aquilo tudo
de todas as maneiras
para poder saber sempre
o que ela sabia
e o que ela precisava fazer
agom que ela sabia
de tantas coisas novas.
Ela voltou para casa
mas nunca esqueceu o que aprendeu,
ela nunca se esqueceu de como relaxar.
como pemritir que sua mente lhe ensinasse,
que sua mente a guiasse
pra que ela mesma soubesse...
e ela mudou.
seu modo de fazer coÍBas.
Ela voltou para casa,
mas ficou também lá, nas férias.
E você pode ficar relaxado,
confortavelmente relaxado,
enquanto sua mente anda
nas areias do tempo
e o leva para 18.
agora...
[Vá para o término do transe]
76

[83] 5 AFIRMANDO O EU
o processo de Transe Diagnóstico oferece uma oportunidade para a mente inconsciente
esclarecer a natureza e a fonte de um problema e precipitar mna resolução para esse
problema. Quando esse estado permissivo de consciência passiva interior deixa de produzir
uma mudança significativa., então as metáforas de objetivo geral podem usadas, numa
tentativa posterior de eliciar a ação inconsciente. Se nenhmna dessas parecer provocar
resultados promissores, então as mensagens terapêuticas diretas podem ser apropriadas.

Os exemplos de roteiros de metáforas ligadas-ao-problema apresentados neste e nos demais


capítulos são elaborados para oferecer aos clientes uma visão mais dara de sí mesmos e uma
compreensão direta das soluções em potencial. Embora essas mensagens sejam dirigidas
principalmente rumo à mente inconsciente, as ~oras são específicas o bastante para
delicadamente desafiar a mente consciente um pouco, também. Elas plantam as sementes de
uma idéia ou de um entendimento especifico, que pode germinar do inconsciente para a
percepção consciente. .

Os roteiros de metáforas apresentados neste capitulo foram construidos para. uso com
clientes deprimidos, retraídos, auto-punitivos, cuja dor que os acompanha se origina de
auto-avaliações criticas emparelbRdas com memórias recorrentes de :ftacassos passados,
rejeições ou desapontamentos. Esses roteiros enfatizam a couefação entre tais padrões de
pensamento e sentimentos subseqüentes'de depressão, desesperança ou de inutilidade. Eles
também salientam a noção de que é um problema do cliente modificar esse padrão doloroso
e auto-destrutivo de eventos internos.

Muitos clientes deprimidos são relutantes em modificar seu modo de pensar. Eles parecem
agarrar-se às suas misérias, ou porque acreditam que é seu direito sentir-se horríveis, dado
ao que a vida lhes ofereceu, ou porque se sentem que de algmpa forma seria errado sentir-se
melhor. No primeiro caso, o comportamento resultante geralmente parece com wn "cesso de
raÍva, dadas as circunstâncias passadas ou presentes do cliente. No segundo caso, o cliente
aparentemente aprendeu a se sentir miserável e a culpar ou se menosprezar a f1m de
proteger ou agradar mais alguém (gerahnente um dos pais). Um roteiro em separado é
oferecido para cada um desses casos.
77
[85] A RUÍNA
Metáfôra sobre depresslJo com raiva subjacente

E ass~ como V. sabe, como nos sentimos Era como se ele quisesse se sentir mal,
sobre algo imaginado ou real, sentia como se tivesse direito a isso
realmente é só conosco. e ele estava certo
Como o homem de quem ouvi falar mas podia ter feito alguma coisa
que comprou um caIro novo, porque ele tinha seguro
um pomposo CaIro esportivo não era como aqueles que vivem na beira
que ele engraxava e polia e limpava, [do rio
pelo menos uma vez por semana, senão mais. nas áreas de enchente
E estava tão orgulhoso do carro onde tudo vai por água abaixo .~
até que um dia sempre que o rio transborda
alguém bateu nele, e eles perdem tudo o que têm
enfiou-1he um grande feITO, mas voltam quando a água baixa
arranhou-lhe toda a lateral di7.P.f\r10 aos jornais que estão felizes
e ele ficou tão mordido e tão nervoso [porque estão vivos. Acho
que primeiro ficou furioso, que é diflcil ficar bravo com um rio ou assumir
recusou-se a guiÀ-Io por uma semana pessoa1mente uma enchente. Eles ~hAmAfn a
e quando, afinal, dirigiu isso um ato de Deus
fez de um jeito brusco e rápido e continuam indo à igreja
e se recusou a lavá-Io ou a poli-Io onde rezam pm que isso não ocorra. de novo
e toda hora que ele via aquele ferro mas sabem que ocoITerá
a lateral toda afundada, .
porque os rios trnnsbordam
ele ficava muito bravo e agitado.
como as pessoas cometem enganos e fazem
e às vezes até chomva.
[coisas erradas.
Isso mudou toda sua vida,
É da sua natureza, a forma como elas são
nada mais o fazia feliz,
e ninguém acha que um rio devia ser diferente
nada mais parecia engraçado.
ou fica bravo ou se dói quando ele faz
Ele ficava o1hando aquele fetro,
que o recordava como ele se sentiu mal,
. [o que faz
o quão danado e furioso ele estava. e ninguém se amofina por terem provocado
Cada vez que ele o via, [chuva,
sentia uma pontada por dentro a chuva que causou a enchente.
e pensava consIgO mesmo Eles simplesmente voltam
"Por que me incom0da.r7" "Por que eu?" e tocam suas vidas
e ficam nadando e passeando de barco,
"Nada mais dá certo mesmo. "
felizes porque o sol voltou,
A lataria msgada começou a enferrujar
o prejuJzo desteito.
e se tomou um buraco feio
[Vá para uma sugestl10 direta ou
e ele dava uma olhada, todo dia para um Mrmino de transe]
e vinha de novo um sentimento mau e triste. E
depois de um tempo,
ele não queria ir a lugar nenhum,
ele não queria fazer mais nada
porque toda vez que ele saia
via de novo o buraco
e se sentia mal outra vez
e só queria enirar e se esconder.
Uma metáfora sohre depresslJo movida pelos esforços para agradar ou proteger outros',
~ alguns têm um prazer muito grande em E de algum modo a garotinha sabia
cuidar dos outros, de diferentes formas. que devia fazer o que pudesse
Mesmo as criancinhas para proteger sua mãe da verdade.
que precisam ser cuidadas Não em s6 que isso fosse perigoso,
parecem mesmo gostar de fazer pequenas [naquela época
- [coisas para ofender a rainha e tomá-Ia má,
quem AmAm, com quem se importam, a garotinha: realmente queria cuidar dela
aqueles que elas querem proteger. e ter certeza de que ela nunca ficava triste.
Eu sei de um mP.n1no, ?vfichael, Então ela agro estúpida e tolamente
que encontrou um coelhinho no jardim, e ela se envergou de muito peso
a mae tinha sido pega por um carro. e sempre que ela fazia bem alguma coisa
Ele o trouxe então para dentro, no quarto, e explicava a todos porque é que ÍBso não
fez para ele uma cama macia e tépida [contava.
e foi até a biblioteca A pequena Linda se tomou muito boa numa
e leu sobre como cuidar [coisa
e comprou uma mamadeira para alimentá-Io em criticar a si mesma e a tudo o que fazia
com o dinheiro poupado da mesada. sem tentar como devia o que havia superado e
Ele o alimentava a cada quatro horas, feito grandes coisas, a despeito de si me:iIna~
at~ ligava o desper.a.dor o que tomou mais dillcil não sentir
e se levantava à noite pata dar comida. como se tivesse feito algo de errado,
Ele estava tão feliz de vê-Io-crescendo mesmo anos depois que a mãe morreu porque
e falava com ele com muito cariDho. havia algo profimdo lá dentro
E tudo seria perfeito que dizia que ela era mau e mesquinho
se ele não tivesse fugido ser melhor que sua mãe de qualquer maneira. E
depois que cresceu, ela continuou se sentindo assim
como faz a maioria dos coelhos. até o dia em que ficou brava
Então ele chorou, quando o perdeu depois de ficar em transe por um tempo
mas os pais tiveram certeza de que ele sabia e perceber o que a mãe lhe havia feito
que 1110 foi culpa dele, e decidiu que ela tinha o cHreito
que ele fez de tudo que podia ser feito de cuidar de si mesma
e que tinham muito orgulho dele, tão bem quanto cuidava dos outros.
talvez por isso ele ainda salva animaizinhos e Então ela aprendeu a aplaudir a si mes~
os cria para libertá-Ios a fala!: pra si mesma de fonua gentil
e parece se sentir bem consigo mesmo como e a ser feliz com o que era capaz de fazer
resultado. e quando se aninhou em sua cama quentinha,
Mas essa é uma experiência muito diferente da ela em capaz de permitir a si mesma sentir-se
garotinha criada por uma metida a rainha que contente consigo mesma
proibiu a filha de ser melhor que ela e dizer à mãe que sentia muito
e se assegurou de vê-Ia dizer que não era. Essa que ela havia crescido para ser
garotinha foi criada com toda pompa, nrimada tão feliz com sua vida e consigo mesma
e estragada de muitas maneiras, mas nunca lhe mas que agora era hom de se libertar.
foi permitido saber [Vá para uma sugesião direta ou
que era mais bonita, melhor ou mais esperta término de transe]
ou mais taleníosa que a mãe jamais mra.
[88] O TESTE DE AUDIÇÃO
Uma metáfora para baixa auto-estima.

E o que dizer de Beethoven, Seu amigo era um artista


que se tomava cada vez mais surdo conforme que sabia o que era a beleza
emeJhecia e isso ela não podia ign~
mas ficou tmbalhando, escrevendo músicas e isso ela Dlo podia esquecer.
que ele não podia ouvir. Agora, ela começou a olhar pra si mesma
Até que um dia, uma tarde, todo dia, no espelho
ele conduziu a sinfonia e começou a olharpara os outros
enquanto executavam sua obra mais recente, como parec~ como eles eram '
um concerto. e era dificil e dava medo no começo perceber
E quando acabou, o quão errada ela tOra,
a multidão Urompeu em aplausos. o quão enada tõta a mãe dela,
Eles parnmm e o aclamnmm o quão emlda ela fOra quanto a si mesma
mas ele não podia ouvir. , de tão direrentes maneiras.

Ele estava de ftente para a orquestra, Mas com o tempo passou a aceitar
sem saber das JUlInms da audiência, que ela não era feia,
até que alguém foi Já . que não era estúpida,
e o virou de frente que não era má pessoa,
para que visse o que nAo podia ouvir. Somente era atraente ç afAve1 e boa
então foi que ele soube e nilo tinha que pagàr
o que todos devem saber . pelo que não merecia.
mas às vezes não conseguem ouvir, Como ela peDsava ter mudado,
como a mu1her de quem me fa1aram, como se sentia mn(1ltda,
cabelos castanhos, olhos negros, como deveras havia mudado,
[bem feita de corpo, uma sua vida mudo~
profissional bn Th~nte tudo por causa de um comentário,
que odiava a si própria só mna o1hada em si mesma,
e odiava sua vida. uma clara aceitação de algo
Ela achava que em feia e pavorosa que tinha sido incapaz
e pensava que era porque de se pennitir saber, antes,
tantas coisas ruins lhe aconteceram. que a verdade é -bela
rv.fas um dia e que o belo é verdade
ela abnoçava com um amiga, e que a verda~ de AÍ mfl><:Imtt, a beleza de uru está.
um artista que ela conhecia há tempos nos olhos de quem oJha.
e ela disse ao amigo Mas o que ouvimos
que havia tantas mullieres bonitas não e medido por um teste de audição. .
e que todas pareciam estar na rua naquele dia e Beethoven ouvia coisas em sua mente
o amigo disse simplesmente que os ouvidos não podiam mais ouvir
"Eu acho você a mulher mais bonita que e muitos an11TU11S ouvem sons
[já conheci" que o ouvido humano não consegue
E continuou comendo, como se nada houvesse. e tudo o que sempre devemos ouvir
E aquela simples observação, é que não há nada mais que devamos fazer
aquela simples opinião, exceto ouvir o belo naquilo que é.
na verdade nem lisonjeira, [Vá para uma sugestão direta ou
não mais iria embo~ término de tr~].
não podia ser desfeita.
80

[91] 6 ALIVIANDO MEDOS INDESEJADOS


Os roteiros de metMora apresentados neste capítulo tratam da produção, experiência e
remoção do medo. Eles foram. feitos para ajudar as pessoas a aprenderem
inconscientemente como prevenir os pensamentos ou imagens que estão ameaçando sua
ansiedade e substituí-Ios por padrões mais confortáveis e úteis de resposta. Sempre que um
Transe Diagnóstico ou seu próprio insight clínico sugerir que um medo injustificado esteja
de algum modo ligado à antecipação ou à expectativa de um resultado catastrófico,
metáforas como as que são apresentadas neste capítulo podem ser úteis.

[92] UM NASCIl\1ENTO TRANQUILO


MetáfOra para uso com ansiedade geral e ataques de
pânico
Foi sugerido . como ficar bem sossegados
por um médico ftancês até com um perigo por perto
que quando os bebês nascessem e aprendem a brincar, felizes,
não deviam ser segurados de cabeça pra. baixo seguros na consciência
em uma sala fria, com luzes e barulho de alguém está por ~ protegendo,
e llie be.tf:m para que ele chore. CAlmAmente oJbando por eles.
Não, eles devem nascer E ao ficarem mais velhos e sábios,
. em um quarto quentinho, mmqOilo, parecem SCA l~r a si mesmos
com luze.s suaves, tênues e se tomam mais quietos, dentro e fora
e ser postos em uma banheira morna enquanto usam tudo o que aprenderam. Porque
pois quando assUn são tratados, até um breve momento
eles abrem os ollios e o1ham em volta. pode dar uma lição pra se usar
Eles parecem surpresos e alegres pra se manter calmo e tranqüilo por dentro,
e até parecem sorrir. comó a água tépida pode miDar
Deixam-se ficar ~lmarnente :relaxados ainda que só um cantinho da toalha
e crescem mais te1izes venha a sobrar suavemente desse banho morno
e malS seguros onde descansa e sorri um recém-Dascido
tudo porque foram tratados com delicadeza, com uma cálida aura de ileso conforto.
protegidos e cuidados, I Vá para uma sugestiJo direta ou
não atingidos ou amedrontados, término de transe].
mas podendo ser seguros e tranqüilos
[por wn tempo. Um
modo natural de fazer coisas
que parece funcionar bem
porque quase todos os Jm1ma1A
têm suas crias em eAlidas noites de primavera
quando é seguro nascer
e a mãe 1hes pode cuidar
e ajudá-Ios a se adaptar às coisas
e aprender como manter as coisas
sob controle.
Eles aprendem a se ocultar calmos na
[grama alta
81

[93] PREDIZENDO A SORTE:


Metáfora sobre fobias

Porque a mente inconsciente Eles não têm que aprender a ter medo,
é in~Bsante de se observar a natureza faz isso pra eles
enquanto você mergulha em um transe, pm protegê-Ios do verdadeiro perigo.
onde pensamentos, imagens e Alguns prédios têm o design de tal forma com
[idéias inconscientes vidros em amplas janelas
cjntj1arn na mente tlIo rapidamente, para impedir que os pássaros voem por elas . e se
como cardumes, os peixes machuquem por si mesmos.
lançando-se pelo mar, claro e ~ Aquela fonna os afugenta
com surpresa aparecendo de repente, e isso não pode ser desaprendido"
em est:nmh.oo contornos mas algumas coisas podem ser dessprendidas.
e então desaparecendo, vindo outros no lugar. Sei que V. não vai cair da ftonteira do mundo
Alguns pensamentos sobre o passado, quando velejar no mar .
outros sobre o presente, ~ até o futuro, e sei que os tomates MO 5110 venenosos
a curiosidade do que poderia se dar com e sei que sapos não criam venugas
eles, , o que deve vir do que está se passando, ou que acreditar que podemos voar
como os temidos adivinhos, não faz i8so acontecer,
sempre vendo o fim do mundo mesmo assim, Peter Pan e Sininho
escritos nas folhas de chá e nos sulcos podem ser divertidos de se ver,
[das palmeiras, como algo pode ou não ser divertido,
por toda parte, sinais de mina e desastre. como um nÓ pode ser atado ou desatado, como
E o que fazer com o futo . a mente inconsciente
de V. olhar o horóscopo do dia encontra seu jeito próprio
que 1he sugerem saúde e sucesso, prosperidade de desaprimder pm você
e fortuna todas as vezes. Enquanto os profetas e ver coisas sob uma luz diferente,
Rnr1Rrn pelas ruas carregando emblemas uma luz cálida. e confortável
anundando o fim do mundo, que permite um sentimento de mudança
aqueles que dão e que prestam atenção rearrumar esses pensamentos e imagens, mudar
para ter um outro ponto de vista. esse sentíinento
Mas ao menos ma mensagem é fácil de ver, não como disseram os adivinhos,
como as imagens ou palavras subtim1nAres permitindo à mente prever
escondidas nos filmes ou na TV, essa mudança no futuro
nos di7.eor1o pra temermos isso ou aquilo, e gostar de anunciar que mudanças futuras
exortando-nos a ficar preocupados [ ocorrem..
de que algo hediondo está pm acontecer, algo [Vá para uma suge.itlJo direta ou
hediondo ou tenivel. término de transe).
Como a figura de um falcão dando voltas, uma
figura que amedronta todos os pássaros desde o
momento em que nascem.
82

[94] A PROVA DE FALHA:


Metáfora para ansiedade de teste e medo de falhar

Porque tooos devem relaxar de vez em quando Mas isso é uma outra estória
até 05 atletas olimpicos sobre o que é importante .

sob muita tensão por um bom desempenho e o que não é


e que às vezes, devem ser perfeitos para vencer e como é dar pennissão
precisam de algum mooo reJaxar gostar de sentir liberdade
e pôr as coisas em perspectiva sentir-se seguro fazendo essas coisas,
pra ver que é apenas um esporte sabendo que o mundo não irA terminar
e não uma guerra entre nações. se V. deixar um nÓ em algum1ugar
Parque uma guerra ~ uma coisa para que os deuses possam relaxar
e um jogo é bem outra, sabendo que V. não os ÕP.AAUA
especialmente nessa era atômica só faz o melhor que você pode
onde uma guerra pode ser mais deixando as coisas andarem assim. [Jla
[que o fim de tudo. para uma sugestlJo direta ou
Não podemos mesmo arcar para um término de transe]
até mesmo com 05 menores er.ros
e tão apavorados ficam. alguns
que porão a perder o sistema à prova de falha e
isso será o fim do mundo
tudo por causa de um minimn erro,
alguém fazendo algo ezrado.
ou dizendo a coisa errada na hora errada
da maneira eImda à pessoa eITada
e tudo acaba. se ardendo em cnAmA!;.
Eis porque há programas especiais
para os que tmba1ham com esses sistemas, pois
o que têm que fazer é~o~gosoe~o~~~te~e
que é preciso treinar e aconselhar
[de modo especial O
único ponto no mundo, talvez,
onde se pode permitir enganos
e é confortador observar
que quase tod08 os outros lugares
um eITO é simplesmente uma oportunidade
para fazer, mais tarde, tudo diferente
pois a perfeição rammente é exigida
e a perfeiçAo poucas vezes ~ necessária
e mesmo os atletas olimpicos
nunca são perfeitos todo o tempo
e às vezes fazem coisas erradas
como os navajos, quando tecem um tapete
sempre deixam um nó, uma imperfeição,
para que os deuses MO se zanguem
e pensem que eles queiram ser deuses.
..83

[95] RUPTURAS: Metáfora


para neuroses cardíacas.
Quando algo rea1mente é valioso, regulou o motor e trocou as velas
todos tém medo de perdê-Io e colocou mangueiras e correias novas
como o homem que comprou. e testou o carro numa estrada velha
um Cadilac novo. e aí, foram. à casa e pegaram o marido
Era o sonho de sua vi~ e o levaram passear por ai
toda sua vida ele quis comprar um e o mecânico disse tudo o que havia feito
e passou a vida toda poupai1do para isso. e garaníiu que seu carro
Sentiu orgu1ho de possuir tão bela máquina e era excelente, pela idade
ao guiar até em casa estava tilo animado. Toda mas devia ser guiado em longos percursos
vida ouviu o que eram os grandes C8II'0S, tI10 para manter o motor limpo,
confiAveis e bem montados, o que deu à esposa a desculpa perfeita
tão seguros e de tal confiança. pra aI11JIDM mD8B férias para o mês
Ele adorava como soava o fechar das portas, seguinte. Antes de sa1rem pm um passeio de
tudo parecia ir tão suave e certo. 2 m1thAA ele comprou um CB e um celular
Ainda que fosse usado, pra que onde quer que estivessem pudessem
parecia estar em perfeitas condições, ter sempre ajuda se algo
e assim nunca lhe ocorreu {desse etrado
que algo podia dar eIrado e ele ainda. estava preocupado, no inicio, mas
até um ~ naquela S~nJII , que ele e a esposa quando um estranho 1be disse
[sairam pra um passeio que belo carro ele tinha,
e quando estavam a m11h:t~ da cidade . começou a relaxar e se sentiu bem de novo e
a mangueira do radiador quebrou começou a gostar da viagem.
e o carro aqueceu demais Ele ainda checa o carro direitinho todo dia
e Já estavam eles, encalhados, com medo e e o lava e dá brilho com frequência
[zangados, e é claro que algumas coisas dão errado
esperando pelo guincho de resgate. . e isso tem que ser revisto. às vezes
E quando enfim voltaram pm casa, mas agom ele está aposentado
ele pôs o C8II'O na garagem . e o sonho de sua vida llie pertence
e se recusou a pegar estrada de novo. e ele pode apreciá-Io confortavelmente,
Às vezes, guiava até o trabalho, sentindo são e salvo, e orgulhoso.
mas sempre ouvindo, esperando [Vá para uma sugestão direta ou
por algo que desse errado. para um término de transe.]
Sua esposa disse que ele estava sendo tolo
mas isso não 1he soava tolo.
Ele se sentiu traido e desapontado
e seus 80n008 de sair dirigjndo nas férias,
explorando lugares onde nunca antes foram
tudo acabava na idéia de encalhar outra vez,
de estar num lugar onde ninguém fizesse
[ consertos
como se o revendedor
fosse o único que soubesse sobre o cano. E
assim, a esposa levou o carro ao mecânico e
fez com que ele passasse por uma vistoria.
Ele trocou tudo o que estava gasto e usado
"

84

[97] 7 DESFAZENDO MAUS TRANSES

Uma hipótese subjacente para os roteiros seguintes é que as várias alterações em percepção
~estadas pelos distúrbios somatofonnes e dissociativos fteqüentemente representa mn
mal uso auto-protetor das várias habilidades auto-hipnóticas. Daí as metáforas. apresentadas
neste capítulo serem elaboradas para implicar que pode haver melliores meios de proteger o
individuo, que tal proteção pode não mais ser necessária, ou que os próprios sintomas sejam
demonstrações expressivas sobre as habilidades hipnóticas que podem existir mais usos
práticos. Deve ser óbvio que as metáforas para se recobrar dé um trauma, apresentadas no
Capítulo 8, possam também ser relevantes para os clientes que experienciam reações
dissociativas.
85
[981 A FUSÃO: .

Metáfora para distúrbios de múltipla personalidade

E enquanto você é levado, É um sinal dos tempos,


a mente é levada" as manchetes dos jomais todos os dias
como a água, de um ponto a outro, descrevem como as pequenas companhias
automatiCAmP.nte, fluindo sem esforço, vão formando companhias grandes e fortes
indo da fonna mais fácil por se juntarem,
lá. pm baixo, a CAmmho do mar. numa fusão de recursos.
E quando V. voa acima das coisas, Vanos bancos pequenos
vê os CAm;nhos que ela tomam, anunciaram uma fusão outro dia
os pequenos riachos e có:rregos sinuosos, e foi dificil
montanha abaixo, pagar a quem estava devendo
ate os vales lá embaixo, mas eles ate conseguiram
onde fluem até o rio e todos ficaram felizes,
e o rio flui para adiante, todos foram repre~entados
ficando mais e mais largo,. e cada grupo teve a sua VCJZ
crescendo mais e mais e assim, num tempo curto,
a cada riacho que chega. quando eles mudam todos os sinal!
E esses rios fluem juntos e inudam todos os IÓtuIOB,
e um enor.me rio se fonna ninguém jamais saberá
e flui junto também, . que nem sempre as coisas foram assim.
flui suave mas seguro, na direção do mar. Tudo irá simplesmente parecer
E vai ziguezagueando pelas montanhM, da maneiIa que devia parecer
surge através das pIanicies, estarem juntos, como um só,
somando mais e mais forças ser um SÓ
de OUtms correntes e rios pelo CAminho como uma cor especial
e pode chegar à bata, que são várias cores
onde se espa1ha no delta misturadas todas juntas
e se junta à força do mar para ser uma. só cor,
e se torna parte do mar da vida" uma. cor especial
torna-se parte de tudo. toda ela
E enquanto V. rontinua a relaxar, naquela pintura,
eu quero falar com você um retrato, talvez, de familia,
com todos os 'vocês' que ai estio porque um rol de pessoas vivendo como uma, onde
muitos pinheiros8 juntos cada um tem habilidades especiais
podem formar uma bela floresta e cada um tem um alvo especial a servir,
e um pinheiro sozinho mas às vezes começam a manter segredos
é apenas U1IlB. árvore no meio do nada. de si mesmos e do mundo
Quando as coisas se j1rot~rn, e quando isso acontece,
elas glmhSlm força e proteção eles são agrupados
uma para a outra. e revelados a cada ~
aqueles segredos que todos têm que saber.

*~ autores falam em 'teixo', uma árvore ~.IIJ mais cubivada DO Jap!o e Da América do Norte, n!o conhecida

~ aqui. N. T.
.
86
Pois quando uma mAc tem segredos
ou um pai tem segredos
ou mIl innão ou irmã tem segredos
e eles têm segredos dos outros,
a familia começa a se desintegrar
e cada membro perde alguma coisa
porque eles precisam um do outro
e todos precisam ser amados um pelo outro, mas
os segredos os mantêm apartados do outro e eles
ficam mesquinhos Um com o outro quando
devem contar um pua o outro
que sentem muito, muito, ,/
e que precisam se unir,
chorar juntos, amar juntos,
compsrti1har a vida e as pressões
e assim, quando tiverem pintado se retrato,
pareçam como se fossem um sÓ
e o artista pode misturar as cores
pois o alivio e o relaxamento de todos eles
permite que as mentes mergulhem juntas fluindo
suave e fi.tmerJ1P.[1te a l'Aminho do mar. onde
cada um pode ver e sentir
esse sentimento seguro de pertencer
aqui e agora, são e salvo, .
parque as coisas mudam
à medida que o relaxamento acontece
e uma abertura propicia
um bem merecido descanso
depois do esforço que custou
superar os problemas
e se unir todos
em um s6.
[Vá para uma sugestlJo direta ou
para um término de transe.]
87

[100J AMPLIFICADORES:
Metáfora sobre distúrbios
somatoformes
E assim, enquanto você me ouve, Até a conversa na porta ao lado geralmente é
pode observar que, às vezes, ignorada
minha voz pode soar mais alta que as outras, o e uma vez que decidimos
outros 80118 podem se tomar mais claros que é seguro fazer a.~s~
porque a mente pode ampliar qualquer coisa podemos ignorar tudo o mais
ou mudar nossa percepção de algumas coisas que não seja realmente importante, porem
como os pequenos circuito8 elétricos como você monta um computador que pode
podem ser usados para ampliar o som. decidir o que é importante
Pequeninos micro chips e o que não é ;'

que V. mal pode ver, no fim dos d dedos, são e o faz sábia e corretamente
agora usados todo dia de modo que cada borulho nada signifique é
para tomar mais altos alguns sons deixado pra trás
ou transformar música em fl~qht"!.'J de luzes e somente sAo ampliadas as coisas
e assim é mais dificil ignorar que vale a pena ouvir.
o que de outro modo seria negligenciado. Eles Essa seria uma invenção que vale a pena ter e
podem até usar instrumentos sensíveis para usar todos os dias.
ouvir o som se desprendendo das Arvores [Vá para uma sugestijo direta ou
confonne elas ressecam durante a estiagem e término de transe.]
descobriram que esses sons
parecem atrair insetos,
que então atacam essas árvores fracas
que agora estão com muito pouca Iesistência e
silo incapazes de repelir os bichinhos,
besouros muito diferentes
do tipo que espiOes usam
para ouvir conversas secretas
ou pra pegar pessoas em suas vidas privadas.
Eles também ampliam sons
que a maioria de nós iria ignorar
porque se pudéssemos ouvir tudo
seria barulho demais pra ouvir qualquer coisa e
tudo o que ouviríamos seria um alarido.
o som dos rangidos, chiados e golpes,
de gritos agudos, colisões e pancadas
pois tudo emana sons,
tudo se move
ou muda a temperatura
ou muda sua posição.
Até o corpo humano
produz muito mais sons que aqueles que
[ouvimos
pois o ouvido não pode ouvir todos
e o cérebro decide que à maioria
não vale a pena dar atenção.
Até a conversa na porta ao lado
[101] PERDENDO COISAS:
Metáfora sobre distúrbios dissociativos e
somatojônnes
Todos nós temos tan1as habilidades Como a 18gartixa
e podemos usar essas habilidades que simplesmente perde a cauda sempre
das mais diferentes maneiros. que alguém a apanha
Podemos aprender a esquecer uma promessa e a deixa lá atrás
e não ter q1]e, afinal, ir àquela. festa., mesmo distraindo tudo
que pretendêssemos ir, esquecemo.'i e todo enquanto corre e se esconde
mundo sabe porque cada coisa vivente
que esquecimentos acontecem. tem algum modo de se proteger
Ou podemos perder um objeto, e a codomiz-mAe protege os filhotes... ela
uma chave, talVez, ou um livro importante, e finge estar machucada
não importa quantas Ve:leS olhamos, e corre fora do ninho
não importa o quanto o procuramos, distraindo predadores perigosos
esse objeto fiea perdido, como um mágico distrai a atenção
posto de lado onde o deixamos . das questões reais
por segurança de modo que agora você vê,
ou só para otimmos do l'JIm1nho. agora ~Q vê,
Mas o que dizer daquelas a1mas raras uma ilusão de desaparecer
que se recusam a usar o que elas possuem. Tia feita para impedir a mente
Bessy em muito antiquada, de ver o que realmente aconteceu, embora
sempre de acordo com suas maneiras, sempre uma criançà possa ver a realidade porque
entendendo que em mesmo errado. confiar em as crianças não sabem
oovidades inventadas. em que não prestar atenção
Então ela aquecia seu frisador no fogão e vêem cJaramente a ~
e usava uma bomba d'água exceto quando cegadas pela luz
e pra deixar apagadas as luzes, como saem dos cinemas durante o dia,
ia para cama quando escurecia. ainda que cubram seus olhos
Sua casa em fria e austera e achem dificil esquecer
até seus últimos anos, o que elas sabem que viram.
quando de repente vendeu o lugar Assim elas recuperam rápido
e se mudou para um retiro, o que apenas parecia estar perdido
um lugar que sua igreja dirigia, e você pode tambêm,
onde ela começou a usar a TV, à medida que sua mente consciente
e a luz elétrica,. e um ferro elétrico, o deixa saber o que você sabe
e ela parecia ser tão mais feliz, então V. pode fazer o que você pode
como muitas crianças se sentem felizes da man.eim certa pra você
quando deixadas a sós para poder devagar ou rapidamente,
[ser elas mesmas. Uma capaz de prestar atenção
criança em um fi1me de terror ao que de outro modo seria esquecido para
fecha os olhos e cobre os ouvidos, ignorar ou nAo saber
e ai, anos depois, apenas olha despreocupada e o que sua mente inconsciente sabe
sem medo, e de que o protege a partir de agora
pelo menos éc isso o que se passa ate que você esteja pronto para Baber
com todo mtmdo que eu conheço, e ela saiba que você está pronto,
embora nem todos que eu conheço pronto pra achar o objeto perdido,
tenha a habilidade de fazer as chaves para aquele livro,
o que um simples réptil pode fazer. uma estória que vale a pena saber.
[J-'li para uma sugestiJo direta ou t~rmino de
tran.se)
89

[103] O DESTERRO:
Metáfora sobre distúrbios dissociativos e somatojôrmes

E assim, enquanto você relaxa pois sua mente inconsciente


e a mente se move em sonhos, de algum modo sabia como fazer isso
eu posso recordar-lhe sabia como tomá-Io doente
de algo que V. pode nunca ter visto quando havia alguma coisa
ou lido, ou mesmo escutado que ele não queria encarar.
embora se tenha escrito a respeito Ela tambc!:m sabia como esquecer
e um filme teDha sido feito e como lembrar coisas pra ele ~bém.
Chamado The Liar in Winter, perummP.Dtos, idéias, imagens talvez
não, The Lion in Winter, saltariam de súbito à sua mente,
a est6ria de um. rei, às vezes naquele tempo calmo, vagueando,
sua noi~ Eleanor de Aquitaine, quando o corpo está relaxado
um romance apaixonado e a mente anda livre,
entre um rei e uma rainha. ele então via de repente
Ele a encerrou em uma torre" nos olhos da mente
baniu-a de seu reino, a resposta de um problema ou questão.
debc.ando-a sair s6 nas férias A solução simplesmente surgiria
porque ela em tão rebelde, assim como a febre de sua nãCHloe~ça,
uma qualidade que ele desejava um brinde do seu inconsciente.
mas temia ao meamo tempo. Mas o que fazer
A rebel.i!o contra as non:no.s da época quando você ganha um. presente
deram-llie hl>erdade de paixão com ela que você depois se dá conta
mas a rebelião dela também o ameaçava de que o presente não era bem isso? Talvez
com a perda de sua regra real, fosse muito apertado
então ele a baniu, ou da cor ou do tipo errado
recusou-se a vê-Ia ou algo tea1mente desnecessário,
a não ser uma vez ou outra, não a melhor torma de fazer algo,
e eles viveram suas vidas em tormento, e assim você o devolve,
casados mas separados você o troca,
daquilo que eles queriam, você pega algo no lugar,
daquilo que precisavam., ou simplesmente pega o seu valor
com medo de que um'destruisse o outro, e espera até que mais tarde
ate que ambos tivessem pouco a perder. quando uma idéia me)hor
Só então eles ficaram juntos saltar em sua cabeça,
e aceitaram o que tinham perdido um pen8Rtnfl!nto, memória, idéia
enquanto tentavam não perder o controle. que tome isso tudo
Porque o controle c!: um problema ate!: muito mais fácil que antes.
para Isso mesmo,
[uma criancinha. mais fácil que banir um ser amado
Daniel era seu nome
e ele sempre parecia ficar doente na profunda escuridão da noite.
tvfas ai, essa ~ uma outra estó~
toda vez que havia algo
não e. (7)
que ele Dão queria fazer.
[Vá para uma sugestlJo direta
Ele queria controlar tudo o que acontecia,
ou término de transe.]
controlar o que tinha que fazer
e esse menininho de quatro anos,
era capaz de ser responsável
..
90

[105] 8 RECOBRANDO-SE DO TRAUMA


Algumas pessoas são apanbAnas por memórias vagas ou claras de eventos essencialmente
dolorosos. As memórias podem ser vagas e ambíguas ou muito claras, e os eventos podem
ser recentes ou de um passado distante, mas seu impacto na vida di pessoa é sempre
presente. Nada mais pode desfazer o que ocorreu no passado, porém deve haver uma forma
de desfazer o que o passado está fazendo ao cliente no presente.

Curar os efeitos de um trauma passado não é simples nem fácil. Às vezes, ~volve o
desenvolvimento de uma nova perspectiva sobre o que aconteceu, a fim de remover toda a
culpa da vítima, direcionar a raiva para fora e fortalecer a pessoa no futuro. Outras vezes,
envolve um reconhecimento da futilidade de tentar entender ou mudar o que aconteceu,
juntamente com um deplorável deixar rolar desse passado. Quase que invarlavebnente, no
entanto, a recuperação do trauma envolve o estabelecimento de algum recurso interno
precioso que o evento traumático dilacerou no cliente. O abuso sexual infantil geralmente
fragmenta o sentimento da bondade inocente de alguém. O abuso fisico pode destruir a
consciência da mais-valia pessoal. A perda de um ser querido pode desvincular a pessoa da
habilidade de amar. O dano causado varia de cliente para cliente, porém a meta terapêutica
permanece a mesma: ajudar esse cliente a recuperar o que foi perdido e prevenir
sofiimentos posteriores. . .

A dor que essas pessoas experienciam pode ser mais devastadora que qualquer outra forma
imaginável de dor. Uma vez que seu trauma. inicial foi tão intenso e radical, o softimento
subseqüente experienciado pode continuar a um nível inconsciente muito depois de uma
aparente resolução das questões envolvidas. Por essa razão, as intervenções
hipnoterapêuticas metafóricas, tais como as apreSentadas abaixo, podem. ser de valor
considerável. Não queremos dizer que essas técnicas podem ser baseadas exclusivamente
em resolver problemas. Elas são, no entanto, um adjunto efetivo para as muitas formas de
apoio e intervenção especificamente confeccionadas para as necessidades de sobreviventes
de assado e aqueles no processo de luto.
91

[107] PEQUENOS SONHOS


M(ltáfora para sobrn"ÍV(lnt"s adultos d" violação s(fXuol injàntil

Agora que V. me disse muito de sua vida "Há só uma coisa que se pode djzer de pessoas
e ouvir 8 verdade da vida de alguém [como eu,
é um privilégio e uma honra.... sempre vai ser algo de que se comente. "
e embom nao precise do meu obrigado, E eu pensei um longo tempo sobre isso
00 agradeço mesmo à sua mente consciente por e o que isso significa em uma vida.
esco1her e selecionar tanta infurmaçAo Agora um cliente que atendi ?
e eu agradeço à sua mente inconsciente [há um tempo atrás
pelo que ddxa sua mente consciente descobrir me contou um sonho que teve
mais tarde. onde foi despertado em seu quarto
E há tantas coisas mas o quarto todo estava coberto de denso
que alguém pode descobrir. [nevoeiro.
Eu me lembro do tempo, E logo que o sentiu, ficou com miva sentindo-se
cinco ou seis anos atrás, sem forças e desconfortável
quando eu descobrir antes o que queria ser e incapaz de ver um palmo à sua frente
viver uma vida inteira e a raiva só crescia e crescia
sentindo diferente todo dia até que ele não sentia nada senão fUria
porque foi quando encontrei Annie e aquele denso nevoeiro o envolvendo.
e ela foi 8 única anã que eu ja encontrei. Ele queria sair gritando do quarto
E aprendi que, na infilncia, mas quando abriu a boca pra falar
isso n40 foi mesmo um problema não saja nada
pois todo mundo era entao pequeno fi o que ele poderia dizer?
mas os am1gos cresceram Ele estava tAo sozinho.
e Amúe continuava pequena E como podia haver tanto nevoeiro 'l
e tinha que continuar a tocar sua vida Alguém. acreditaria nele?
em um mundo de pessoas gmndes. E esses pensamentos tomaram sua meDte~
Ela possuía um banquinho especial na ele não podia se mover" ele não podia gritar, ele
Cr"\7.1nhA que levava., quando saia podia só sentir sua raiva
. de um canto, para o escritório desgastando-se no denso nevoeiro.
pra poder subir nele E justo quanto as coisas pareciam mais negras
e alcançar as coisas de que precisav~ ele percebeu um hálito de ar quente envolvendo
pra que pudesse olliar o freezer seu rosto.
e alcançar os queimadores do fogão. E você pode imAg;nA1' a surpresa
Tinha uma máquina de costura especial descobrir que aquele ar quente, úmido,
e faziA suas próprias roupas era o próprio hAlito mistumndo-se ao nevoeiro
com seus próprios moldes E ele continuou a respirar
já que nada lhe servia. fundo, torte, soprando o nevoeiro pra longe com
Numa festa, não podia alcançar a poncheira e às cada inalação e exalação
vezes tinha que subir numa cadeira onde seus enquanto o nevoeiro se elevava
pés nunca tocavam o chão. e a luz começou a se infiltrar no quarto,
E eu ~ l1TW'!nte quiz aprender com ela a raiva subindo, respirando calmo, em paz,
sobre viver esse tipo de vida e ele despertou daquele sonho
e elA me disse: com uma nova compreendo.
.
92

E foi no m~smo tempo


em que 8 irmã recebeu 8 carta
sobre a herança.
Agora, ele e 8 inm enun 6Ifl1os
desde tenra idade
e ele me dera a impressão
de que suas expectativas de infiincia
não incluiam ter ninguém que 06 cuidasse ou
que tomasse conta deles.
Eles estavam sozinhos no mundo,
por sua conta 110 mundo,
ou assim lhos parecia,
até o dia que receberam a carta, dizendo-Jhes
que estaVam para .receber uma grande herança."
E sua confusão crescia e ~ .
desde que enun órfll08, sozinhos no mundo.
Mas os adultos sempre se es~ das coisas que
quando crianças sabiam tio bem.
como esqueceram do tempo
em que pouparam um trocado ali, outro aqUi, e
deixaram tudo para a poupança
com uma velha e boa senhora ali da esquina,
que investia esse dinheiro consigo mesma
até que pudesse devolver
a eles suas próprias economias
multiplicadas em muitos miJ1ulTe5.
E com tantos recursos com que contar,
uma criança, roubada por um parente, tomava-se
rica como um adulto,
segura e confortada agora.
E mesmo que és vezes você sonhe com a
[escuridão,
há uma de suas vidas agora
não é 8 época que você conhece mais,
tanto sobre a jornada
que tem estado na sombra...
agora você está a salvo,
você conhece 8 vida ilnminBrla,
onde não há pressão, nem pressa de mudar,
apenas o tempo sem sombras.
[Vd para uma sugestão direta ou término
de transe. J
93

[109J DIZENDO ADEUS:


M"táfora para sobrwtv"nt"s adulios de infâncias abusivas.. abuso trauma
infantil e
Agora, o que jé foi, jé foi e não havia nada a fazer.
enquanto V. se senta ~ com os olhos fechados e Então ela abraçou a criança e disse adeus
continua a pemritir que o corpo relaxe e foi embora, e chorou, chorou.
que sua mente relaxe A coisa mais dum que ela havia feito
e experimenta a noção de muitas coisas era dizer adeus, deixà-la pra tras,
[ difurentes, abandoné-la no passado. /

você pode começar a se perguntar Ela se sentia honive4 no entanto sabia


quantas formas diferentes existem que era o que tinha a tàzer.
para se curar um ferimento, Nada havia a fazer que mudasse o passado,
uma ferida de muito há tempo que nunca sarou nada que ela pudesse desfazer
mas ficou lá atrás o que aquela criança tinha vivido.
mudar a maneira de pensar e sentir, 1\áas afinal ela estava livre,
como a mulher que eu conheço, que sempre se sentia livre prn. fazer o que ela quisesse. A
[se perguntava por que criança se foi
ela era como era, e ela ficou livre,
até que um dia descobriu uma criança interior- livre do passado, ,
uma criança triste, uma criança infeliz, livre para ser.
uma criança ferida e com raiva E assim, enquanto V. relaxa
[desde muito tempo e continua a mergu1har
Uma criança que ela sempre ouvia lá no fundo, seu mconsciente sabe o que V. pode fazer, seu
que hoje ela protegia e de tudo fazia, consciente sabe também
e você pode sentir a liberdade
uma criança que a fez se sentir tlIo triste
desse relaxado se deixar levar
e ela fez de tudo pra manter a criança quieta.,
em sua própria vida,
pra manter a criança feliz,
mesmo enquanto mergulha mais fundo,
pra lhe dar o que ela queria e necessitava.
[às vezes, do que os outros.
E eu lhe pergWltei o que devia ser feito
[Vá para um térmíno de transe. )
e ela disse que precisava dizer adeus a essa
[Uma versão modificada deste procedimento
{~ foi submetida à American Society o/Clínical
que ela preCisava abraçar essa criança, segurar Hypnosis para inclusão no ASCH Handbook.
essa criança editado por D. Corydon Hammon, Ph.D.]
e dizer a ela como estava muito, muito triste
porque aquelas coisas lhe tinham acontecido.
Ela se sentia tão mal cOm a dor,
tão mal com o medo,
tão mal com a raiva.
Mas ela sabia que devia, enfim, dizer adeus,
tinha que deixar tudo para trás
e seguir com sua vida.
Ela sabia que não havia nada a fazer
para salvar a criança
para mudar o passado,
pra desfazer o que já foi.
..

94

[l10] TESOUROS SEPULTADOS:


Metájôra para aqueles que perderam alguém, ou parte de si mesmos.

Eu me pergunto se V. já viu Haviam encontrado aquele navio


as pequenas e frágeis estatuetas de vidro e ele continha mais do que você imagina,
que os artesãos vendem nas feiras e áreas toneladas de banas de ouro, de prata, moedas
[livres dos shoppings. jóias preciosas e fino materi.al.,
feitos de claras e brilhantes fibras de vidro objetos sem preço, tesouro incontado,
e cuidadosamente enlaçados juntos coisas do passado nunca tocadas
pra dar o fonnato de um navio ou de um bicho, que não eram vistas hâ centenas de. anos,
ou mesmo uma casa ou árvore e de repente ~ pm todos pegareÍÍ1 e
que parece fascinar as crianças sentirem. E eles segura''3D1 tudo com
com suas delicadas formas e luzes reverência, tocando-Ihes delicada e
como jóias sem preço, possessões valiosas silenciosamente, como se essas coisas perdidas
a ser levadas em caixas de veludo e protegidas há tanto tempo contivessem. alguma memória
mantidas a salvo de perdas ou danos, pequenos do passado
tesouros, um mimo pra alguém, como o tesouro, algo especial que as pessoas precisassem algo
levado em navios pelo mar. Houve um especial para proteger,
progmma de TV, hé vários anos, sobre um como as estatuetas de fibra de vidro
homem que passou vinte anos que V. vê nas feiras e praças.
buscando um dado navio, um navio de tesouro Elas parecem ser tão ftageis
[perdido, !Ao fácil de alguéfQ rode quebrar
mn dos cem afundados no lango da costa devido mas são na verdade tão fumes
a acidentes e desastres e guerras. e podem sobreviver por anos e anos,
Ele pesquisou com muito cuidado mesmo quando perdidas ou encobertas
e pensava que sabia exato o que fõra perdido. como os tesouros no fundo do IIl8r' escondidos
Também pensou que soubesse o que aconteceu e bem fimdo lá em baiXo,
onde o tesouro havia aftmdado. algo precioso e valioso lá dentro,
Mas era dificil encontrar o navio, uma parte de você, antes,
que há tanto tempo havia se perdido. que pertencia a você, antes. Eaal~de~4esco~
Ele fõm entermdo por barro e comI recuperar esse tesouro enterrado,
e havia muitos outros escombros na área, o prazer de saber que pertence a você
dos quais qualquer um podia ser aquele algo que V. pode trazer com você de volta que
mas não era. aquece boa parte do âmago da questão que as
Então ele passou muitos anos buscando crianças às vezes perdem por um tempo ou
e levantou milhares de dólares dos investidores deixam que sejam levadas delas, às vezes mas
porque estava convencido que sempre está. ali, espemndo, e8perando ser
de que algo de grande valor estava lá em baixo, trazido à tona, de volta,
tesouro perdido de valor inestimável onde pode ser tocado, e protegido, e admirado e
e ele convenceu os Nf"mA1Q que lá estava, conservado bem junto a você pra sempre,
sim, familia, amigos e mergulhadores que [ agora., porque
com ele isso tudo pertence a você.
[atuavam [J.'Q para uma sugestlJo dire ta ou
para um término de transe.]
buscando-o ano após ano,
até que um dia, afinal,
os mergu1hadores voltaram. à superficie
berrando e gritando e segumndo bam1s de
amo.
95

[113] 9 DESENVOLVENDO A ESPONTANEIDADE

Os clientes geraJmente precisam aprender a parar de tentar fazer algo que ocOIreria
naturalmente se eles simplesmente permitissem que isso se desse. Em essência, isso envolve
o apreJ1d17.arlo de como confiar no inconsciente e como desligar toda ~ autoconversa que
bloqueia ou impede a ocorrência da resposta desejada,. As metáforas contidas nos roteiros
deste capítulo são elaboradas para encaixar.essa confIança e para estabelecer reações
alternativas,
96

[I 14] APRENDENDO A CAVALGAR:


MetáJôra para disjünção sexual

Há muitas maneiras diferentes onde ir e quando ir,


de fazer o que V. quer fazer sabendo que é seguro só olha.r
mas há apenas uma maneira ou passear em sonhos,
de que isso seja feito pra você um sonho, talvez, de se juntar ao circo,
porque há muitas coisas de CAminhar em uma corda bamba,
que Dlo sabemos como fazer que parece mais difici1 do que é
e assim, podemos aprender a confiar e apenas é diftcil por estar tão alta,
e a pennitir que elas sejam feitas. tão alta que V. começa a se preocúpar e tentar, e
Elas serão feitas tentar fazer isso
quando você pennitir que sejam toma mais diftcil o ato de fazer,
como aprender a guiar um cavalo. mas fazendo isso sem pensar,
No inicio, pode ser diflcil permitindo ao inconsciente assumir,
simplesmente relaxar e cavalgar fica mais fácil, mais fãcil.
mas o cavalo Assim como digitar ou tocar piano,
tem seu próprio ritmo onde os dedos saltam sobre as teclas
e suo própria força em um fluxo de ritmo sem esforço
e uma vez que V. tenha encontrado o ritmo até que alguém pergunta qual dedo
e re1axa com ele, você usa. para. F ou;p.
aquele cavalo levará você o corpo sabe
onde quer que V. queira ir. . mas V. nlo sabe
Como sua mente inconsciente e fazendo assim o que V. quer fazer
tem o poder e a habilidade é como sair para uma cavalgada
de fazer coisas automaticamente, deixando que ela aconteça por você, enquanto
embora, a principio, sua mente inconsciente
possa ser um tanto assustador pennite a V. se esquecer de lembrar
e você possa retê-Ja apertada, de tentar fazer o que V. nilo pode fazer porque
preocupado com cada movimento, V. pode esquecer
cada coisa que acontece... ou sua mente inconsciente pode esquecer
se perguntando se esta deve ser a forma ou lembrar isso para você.
ou se se pode confiar no cavalo. . Assim que, em mIl curto tempo, .
~1as depois de um tempo, V. aprende... você pode a.penas relaxar
como re1axn:r a.bsorvido pelos sinais e SOO8
e apreciar essas coisas que acontecem dos olhos de sua mente,
automaticamente, enquanto esse cavalo continua. em frente
esse movimento Bem e.sforço, e você cavalga Bem perceber iS8o,
que aut~ente flui... para todo e qualquer lugar.
e a mente relaxa, [Vá para uma sugesttlo direta ou
saindo pra a:1gum outro lugar inteÍrAmfl! término de transe.}
f1tp., apreciando pensamentos ou imagens
como guiarum õnibus de turismo olhando
peta janela,
apreciando as cenas e paisagens, sabendo o
que o condutor sabe
97

[115] LINDOS PRESENTES: E então, somente então,


Metáfora sobre fljaculação precoce A quando tudo o mais foi feito,
explorando afinal o presente. completamentet
mente inconsciente guarda muitos tesouros gostando bastante um do outro
como um guarda de um. museu de arte como verdadeiros amantes da arte
que se posta em uma sala cheia de esculturas e que também aproveitam o tempo,
pinturas de belas mu1heres. permitem que a beleza se infiltre,
Eles ficam a observar as reações sentam-se e refletem e gostam wn do outro
das pessoas. quando {'JlminhAm pela sala por horas e horas sem fim. r
e ouvem as súbitas exclamaçOes, Com uma quieta reverência e respeito,
os "abs" e "ohs" de admiraçllo eles pagam tributo de modo tranqOilo,
que simplesmente brotam dos lábios e isso os leva pra longe
quando vêem. aquelas coisas das multidões de crianças ruidosas escapando
tão bonitas que prendem a respiração. dos gritos "Olhe isto e aquilo!"
É facil mostmr nossa admiração E no meio disso tudo:
com essa resposta inesperada. descontrolada, o o guarda em pé, Já atrás,
mesmo tipo der reação que se vê em crianças guardando e protegendot
quando gAnhnTn um presente espec~ um sabendo que às vezes entra um protessor,
[brinquedo talvez aaUnmas~as,prendeaMençãodems e devagar.
um presente de aniveI3ário ou de NataL. Pode com cUidado Ihes explica
ser divertido observar sua animação como oThar c:llmArnente a beleza
[descontrolada então elas se seníam e o1ham
enquanto rasgam o papel de embrolho e sentem o prazer aumentar
e o jogam de lado em qualquer lugar contOrme, aos poucos, começam a saber como
e gritam e sa.codem o brinquedo controlar seu pr6prio saber.
. [Vá para uma sugest/Jo direta ou
e começam de imediato a brincar com ele
e com certeza o quebram término de transe.]
antes mesmo de terem a chance de dizer
"Obrigado!"
Mas pode SeI" mais gratificante
ver um adulto gn1"lhA1\rto um presente
olhando com cuidado o pacote,
apreciando a beleza da embalagem
e devagarinho, abrindo-o
saboreando cada momento de antecipação.
apreciando o prazer de cada passo
descontraindo-se com o tempo,
cedendo às tentações
mas aproveitando o tempo para apreciar
[cada passo, pamndo
vez ou outra pra dizer alguma coisa, para
expressar sua satisfação,
se perg,mtA1"Ino em voz alta o que poderia ser
e enião, afinal, abrindo a caixa,
retirando o presente devagar, deli~rtRmente.
BU8vemente expressando o prazer
de uma forma profunda e genuína.,
~, deixando quem o deu receber atenção.
[por um tempo,
.J~.....,.f- lh......-,;t- ~-.;+- - ~----------------,..,..,.1
98

[116J OBSERVANDO:
Metáfôra para impotência e anorgasmia

Dizem que panela que se 01hs. nunca ferve E tudo parece engrandecido,
mas a verdade é torna-se o foco total de sua experiência
. que é o calar que faz a água ferver e você pode simplesmente permitir que
e todos os 01hares do mundo I as sensações cresçam
não conseguem deter o borbulhar tornar-se a única coisa que você sente enquanto
quando a panela atinge 1000) C. 88 observa com prazer
Ficar olhando e esperando apenas faz parecer e aguarda pela refeição. ;/

que é a vida toda~ que nunca irá acontecer mas Um bom cozinheiro quase que pode testar o
um bom cozinheiro sabe [sabor com os olhos da mente
que uma vez que se acende o fogo e quando isso' ocorre,
e se põe nele a panela, as glândulas salivares começam a funcionar e a
então tudo o que há a fazer antecipação de algo delicioso
é descascar cenouras, cebolas, toma mais e mais dificil
[ou degelar as ervilhas esperar malS
ou comer um pouco para degustar até que você finA 1mente
enquanto V. espera alegremente pelo que é se deixa dar aquela primeÚ"a mordida
[pm acontecer e sente o alivio e a, satisfação
conforme o calor continua a crescer, a CIeSçeI" de um serviço bem feito,
até o ponto de fervum. . como os grandes gounnets do mundo
Mas alguns ainda têm medo de ficar olhando, que aprendem 'a apreciar
de prestar muita atenç!o ao vapor que levanta e finos vinhos e iguarias
às primeiras bolhas que começam a surgir. Eles e todos os outros prazeres disponiveis a eles.
parecem acreditar [Vá para uma sugestlJo direta ou
que não devem prestar atenção a tais coisas término de transe.]
mesmo que às vezes V. tenha que o1har,
V. tem que participar por completo
se quer de verdade que seja um sucesso,
pra que possa adicionar algo na panela quando
a fervura está bem no ponto
ou tirá-Ia do fogo quando está pronto.
E V. tem qué dar muita atenção
pra obter um bom cozido dessa maneira,
a maneira que você faz
quando quer olhar a textura de alguma coisa
pra ver se está no ponto, ou cru.
Então, você ceITa os olhos e experimenta,
ou se concentra todo nesse sentimento
e mesmo a mais leve sensação é notada porque
você não está distraido
por mais nada.
99

[117] BOMBEIROS:
Metáfora para sindrome de bexiga lenta

Toda vez que as pessoas aprendem a mzer algo e preocupar-se em exibir-se depois
elas sempre parecem querer exibir exatamente como os ATl1mA1111 do zoo que
para ver quem faz melhor, parecem totalmente descontraidos se há
quem pode ir mais longe alguém mais ali
omaisIápidD e simplesmente fazem o que têm de fazer
ou de forma mais precisa. estejam ou não no zoológico. ,"
Até os bombeiros [Vá para uma sugestllo direta ou término
que são ~dos para salvar vidas, reúnem-se de de transe.]
'VeZ em quando
para torneios e demonstrações
pra ver que time chega Ia mais rápido
ligar as D1SI18ueiras e atingir primeiro o alvo,
ou quem pode empurrar uma bola
[além da linha com
a corrente mais forte de água
que as máquinas de fogo podem bombear.
E os expectadores vêm de todos os pontos
pm oJhar esses bizam>s torneios .
onde as IDaDgUeÍIas são ligadas aos hidrantes e
as válvulas silo logo abertas .
para liberar a commte de alta pressão
que pode abater uma pessoa
se eles não forem cuidadosos.
É fácil esquecer
que este equipamento é usado pra salvar vidas
que toda essa prática. tem um sério propósito
para que, quando chegar o momento,
quando tiverem que ligar as mangueiras
e abrir essas válvulas,
possam ficar reJaxados
e saber o que. fazer
e não ficar com uma pressa enorme
ou preocupados com o que fazer a seguir
pois que fi.zemm isso tanto e tanto
de fonna que assim que eles chegam
podem ficar tranqoilos e assumir o controle
e fazer o que deve ser feito
tenha pessoas ollinndo ou não tenha
não é algo que vale a pena noticiar
porque eles estão lá pra fazer um. serviço
não pra vencer ou perder um torneio,
não pm parecer boDB ou charmosos
ou pra se PreCJCUPaI' com o que pensam os
[vizinhos
mas simplesmente fazer o que devem fazer
~, âpagar esse fogo
100

[ 118] CHAMANDO À ATENÇÃO:


Metáfora para insônia

Você já tentou enquanto a água se lança sobre a praia


nao pensar em um elefimte cor de rosa e as tartarugas dormem ao sol
evitar pensar num elefante cor de rosa de com as nuvens passando por cima
. [todo jeito? no céu claro e azul
Há uma lição ai mudando o formato e os matizes enquanto
mas é diferente da lição aprendida quando pássaros cantam um para o outro. E esse
você tenta fazer algo devaneio que ocorre
que só o inconsciente pode fazer por você sem saber onde ou quando
porque ninguém pode pensar mesmo com a criança que chora
[um pensamento ao abrir os olhos
que acre!U'P-ntA1'!Í uma polegada ao seu e nao se deixar levar,
[tATrumho e,'jS8 cena agradável aquieta a mente
ou digerir o a limP-nto de forma diferente e ajuda a tentar esquecer
e se V. for a algum lugar com uma criança a ser consciente ou inconsciente
que estâ com muita., muita fome, de tudo o que há
você logo aprenderá e tudo o que sempre deve ser
que dizer à criança que ignore fi fome nao e tudo o que V. precisa fazer.
ajudará em nada, afinal. [Vá para uma sugestl10 direta
Elas sabem que querem algUma coisa ou término de transe.]
e querem agora
e dizer-lhes para esquecer
não as ajudará a esquecer
mas distrair sua atenção
com algo de grande interesse
pode ajudá-las a esquecer por completo
[a fome.
Assim, V. pode leva-Ias na montanha russa
ou fazer algo que as faça rir
ou pedir que techem os olhos
e desenhar circulos na fronte,
pedindo a elas que digam a você
de que cor é esse circulo
e de que cor é o próximo
e de que cor é a linha que V. traça
de um lado ao outro
e que parece um pouco a margem da lagoa
com taboas crescendo aqui e ali
e coelhos brincando na grama
enquanto o sol, cálido, brilha
e a brisa gentilmente sopra nas árvores
..

101

[119] 10 INTENSIFICANDO AS RELAÇÕES


Quando o problema que se apresenta envolve um relacionamento, preferimos traballiar com
ambas as pessoas ao mesmo tempo. Isso é verdadeiro, mesmo se a fonte principal do
problema pareça. ser a indesejada insegurança) ciúme ou emoções bloqueadas de apenas
uma das pessoas envolvidas. Assim, os roteiros de metáforas apresentados neste capítulo
são apropriados para uso com casais que têm participado juntos de mna indução de transe e
estão agora prontos para que o terapeuta esclareça a situação e ofereça sugestões para
resoluções alternativas. Essas metáforas podem também ser usad~<; com indivíduos que
. buscam ajuda devido a uma estória de inseguranç~ ciúme ou medo de um cómpromisso. No
entanto, recomendamos que essas dificuldades interpessoais sejam lidadas de uma maneÍra
interpessoal, isto é, com um parceiro, sempre que isso for plausível. Envolver um parceiro
no processo toma possível alterar o resultado do comportamento indesejável e quebrar a
dinâmica que tem sustentado ic;so no passado.

Por exemplo, indivíduos inseguros parecem incapazes de confiar em si mesmos ou no


relacionamento. Suas constantes e insaciáveis demandas de reafirmação podem exasperar
até mesmo o mais amoroso e confortador parceiro e eventualmente fazer com que essa
pessoa fuja. Este resultado, depois, reforça então a sua insegurança. De forma sem.eIban.te~
o ciúme tende a produzir exatamente o resultado que a pessoa eStá tentando duramente
prevenir. Vagos esforços'para controlar os pensamentos e o comportamento do parceiro
quase que invariavehnente resultam em \Una declaração de revolta. sobre os direitos do
parceiro de fazer o que quer que o outro deseje. Finalmente, o envolvimento emocional
bloqueado ou a recusa do compromisso interpessoal fteqüentemente parece ser uma proteção
contra machucar-se. Segurando-se emocionabnente, a pessoa praticamente garante que O
parceiro eventualmente irá também afastar-se. De novo, as preocupações originais são
confirmadas em uma profecia de auto-realização e o resultado que a pessoa está tentando
impedir é exatamente aquele que acontece.

Os roteiros de metáfora apresentados neste capítulo tmnsmitem essa qualidade da profecia de


auto-deITota e de auto-realização sobre o comportamento envolvido e oferecem a cada
membro do relacionamento sugestões para uma abordagem alternativa. A meta é quebrar o
ciclo destrutivo e calçar o caminho para. um relacionamento significativo, seguro e
compensador.
Deve-se observar que os fenômenos de ciúme, insegurança e envolvimento emocional
bloqueado geralmente ocorrem juntos em um relacionamento, de uma nianeira interativa. Por
exemplo, o envolvUnento emocional bloqueado por uma pessoa pode resultar em
insegurança ou ciúme pela outra. Igualmente, a insegurança ou o ciúme pode impelir o
parceiro a retrair-se ou a bloquear wn posterior envolvimento emoCional. Qwilquer de todas
as seguintes metáforas pode se aplicar a essas situações. Deve-se notar ainda que a
indisponibilidade emocional pode ser o resultado de um envolvimento de adição (vícios), ao
invés de ser um retraimento emocional de auto-proteção. Quando a adição ao álcool, às
drogas, a outra pessoa ou a alguma atividade externa é a razão para o impedimento de uma
relação, essa adição deve ser o foco da intervenção. Os seguintes roteiros não são relevantes
quanto a essa dificuldade.
102

[121] 1ERRITORIALIDADE
: Metájàra sobre ciúme
Ag~ cada um de vocês dois ou o homem channoso e sedutor
continua a me ouvir, que nem ao menos gosta de mulher,
eu posso começar a perguntar e o que dizer do primeiro aluno da escola que
se wn de vocês, ou ambos, aparece na reuniAo de classe
juntos ou em separado . e acaba por mostrar-se um nada,
já teve alguma vez a experiência nunca nem mesmo teve um trabalho decente
de observar um cão IDa.ICaIldo seu tenitório. mas ainda quer dizer a todo munoo
Porque os cães, como outros AnimAi~, passam o que e como fazer
um bom tempo estabelecendo limites, usando porque uma das coisas que se aprende
os cheiros prn dizer isto me pertence. Alguns como terapeuta
An;mA;!{ têm glândulas especiais é que as coisas às vezes não são o que
que lhe conferem um cheiro peculiar , parecem.
e outros urinam aqui e ali ImaginAmos quão feliz é aquele povo rico
e então agem como se aquele chão fosse deles, e pensamos que sabemos o que se passa ali mas
assim como os paises colocam cercas quando V. fala mesmo com esse povo
e traçam linhas imaginárias nos mapas a sós, quando eles dizem a verdade,
e então dizem que tudo aqui V. descobre que o que imaginamos
nos pertence pra usarmos como quisermos t raramente preciso ou chega perto
e todos aqui têm também que fazer o que . e que podemos imaginar qualquer coisa
. [queremos mas isso não a.faz assim,
quer queiram eles ou não ainda que possamos ver evidências pra tanto em
eles têm que fazer o que diz o ditador jornais e revistas usados.
até que haja mna revolução O que vemos realmente atrás das cenas
ou que o povo se mude pra outro lugar é que cada um precisa de algo especial
ou que o ditador modifique as regras e que todos os limites se dissolvem
e deixe o povo fazer o que deseja, quando o cão finalmente deixa V. domesticá-Io
deixe o povo tomar decisões e V. afaga-lhe as costas ou perto da orelha
e declare a liberdade por toda a nação. e brinca com ele por um tempo,
o que exige muito de fé e confiança ele não mais se põe a rosnar
de que o povo furá o que t melhor quando você cruza a linha da urina
e não simplesmente a abandonará ou adentm em seu território
assim que tiver uma chance. com um osso ou algo que é doce
Mas se o lider acredita neles e deixa que ele 1he lamba a mão
e se eles confiam no líder, e joga alguns jogos
se eles respeitam um ao outro, e a si mesmos, de sorte que, mais tarde,
então a democracia parece funcionar essa amizade permite que cada um dos dois
e as pessoas votam em quem gostam mais venha e vá confonne os desejos,
como mn torneio de popularidade confortável em saber
ou a seleção de DOSSOS astros favoritos que há uma verdade em cada um
que parecem ser uma C015a com que V. pode contar
pra acabar se mostrando outra, e que faz bem sentido
como o homem grande e valentão e é de seu melhor interesse
que na verdade é doce e gentil, agu- asmn.
[Vá p/sugestlJ.o direta ou término de transe]
103

[123] : PLAYGROUNDS:
Metáforas para casais lidando com questões de insegurança e confiança

Cada um de vocês possui um cérebro E o garotinho fica indo e voltando


que utiliza na vida diária mas vai se distanciando um pouco mais e mais
que pensa, entende e se lembra começando a brincar com os outros,
e do qual V. depende e até subindo na gangorra
. para lhe dar as habilidades que precisa e aprendendo a bA lanç'.aI,
para cuidar das coiBas pra você. cada um confiando no outro
rvIas eu me pergunto se você sabe pra não descer dela de repente,
que os neurônios desse cérebro o tipo de confiança que custa
podem inibir um ao outro investir as economias de sua vida
ou excitar um ao outro em um negócio com um amigo.
de modo que quando uns neurônios disparam Não o tipo de coisa que V. faria
eles excitam outros, com alguém completamente estranho
mas quando outros neurônios disparam mas existem algumas pessoas
eles inibem os outros em quem nós sabemos que podemos confiar
e os impedem de responder de uma vez. como os juros de um banco
E assim, há vezes que V. conta estar ali,
em que quanto' mais essas céluJas tentam fazer mesmo que saiba '
alguma coisa, que os bancos às vezes quebram
mais dificil essa coisa se toma, mas é muito raro,
enquanto que, outras vezes, e assim confiamos neles
não fazer nada de maneira alguma a menos que tenhamos uma boa razão para
dá 08 resultados desejados. ..' i [não fazer
E se um neurõnio ~ estimulado demais~ assim como as crianças confiam nos outros.
ele pode ficar exausto Elas são todas amigas
e parar de responder completamente, a menos que provem que não são
assim como as células de um músculo e quando o amigo se cansa
que ficam cansadas de fazer a mesma coisa de fazer a mesma coisa outra e outro vez,
sempre e sempre outra vez. eJas saem jlUltas
Isso é verdade até para as crianças pequeninas e tàzem alguma outra coisa
que podem ter medo, no princípio, ou nos balanços, ou no tanque de areia, sabendo
~do os pais a levam a um p1ayground que os pais estão ali,.
e elaà acabam se perdendo de andar por ali. esperando sentados nos bancos
Você pode ver aquele bebê começando a andar para levá.-1os pra casa quando estão CJmAAdos, para
inseguro de si, no começo, tl'ad-los de volta quando não estão
inseguro dos pais também, e porque tudo estA subentendido,
com medo de que ~ pais desapareçam eles podem se clivertir
se ele se atàstar muito. pra valer.
Então, primeiro você vai com ele, [Vá para uma intervenção direta ou
você lhe assegura que está tudo bem término de transe.]
ir brincar no tanque de areia
ou explorar os balanços.
104

[124] A ESTL<\GEM:
Metáfora para dificuldades com compromissos
emocio/Wis
. Existem algumas plantas mas que ainda. assim devem ser irrigados
que acham mais fácil sobreviver na estiagem para que o chão possa suportar os jardins
porque e1as possuem raizes profundas e alimentar uma nação inteira
encravadas no solo, e dar 08 ftutos
]A embe.ixo, onde ela fica úmida que tanto gostamos nos meses de inverno.
mesmo quando o chão estA duro e seco. Tanto alimento ,"
:Mas a grama tem raizes pequenas, que eles nlio poderiam comê-Io todo
raizes finas que terminRm logo na superficie e e assim, não o precisam juntar,
que secam quando a chuva para mas podem dividi-Io, vender
e são incapazes de reter nutrientes, e colher grandes lucros em troca
as coisas que precisam para ficar vivas. Porque porque ninguém diria .
se os nutrientes param de fluir, que eles têm que dar tudo embora porque
o crescimento pára também precisam poupar algum
e o ato de mouer começa, o bastante apenas pIa si mesmos
assim como qualquer tecido vivo e precisam tinir alguns fora disso
que é porque você desaperta um torniquete 80 o bastante pm si ~08.
menos a cada três, quatro minutos Mas eles parecem ter muito orgulho
e deixa o sangue passar outra vez de tudo o que dão paza os outros,
para nutrir as células . coisas de ]A do fundo
e levar embora os residuos, do centro desse estado
mesmo que isso signifique e quanto mais taxas eles pagam
que o sangramento começa outra vez, mais sabem que ganharam aquele dia mas
porque todos temos sangue aos montes ninguém gosta de reter o dinheiro só pra
e podemos aguentar perder um pouquinho, jogá-to fom
mas não podemos suportar o bloqueio do fluxo senf retomo pelo investimento
das coisas necessárias por muito tempo. e ass~ às vezes eles o põem de lado
E o maravilhoso disso tudo lá no fundo, nos co1res dos grandes bancos
é que podemos doar um ao outro, pia máIltê-loo a salvo pra mais tarde, como
podemos dar um ao outro o que precisamos e mn caracol se esconde numa concha,
nunca perdemos de todo o que demos, protegido, mas ainda disponível,
do modo como a planta de raizes profundas pronto pra sair de novo
pode nos dar uma seiva até mesmo na seca, quando a.chuva retoma
enquanto a grama de poucas mizes e o solo se afofa
se toma áspera e seca e os nutrientes .fluem ricos e profundos.
e tende 8 pegar fogo [Vá para uma intervellçi10 direta ou
como os gramados da Califomia término de transe.]
onde o fogo é sempre um perigo
mas é um estado diferente da mente
estar num lugar ande se pode brincar
e apreciar a brisa maritima
nos férteis vales
que se encontram tão perto do oceano
..

105

[125] 11 REESTRUTURANDO IMAGENS DO CORPO

Uma percepção não acurada sobre uma aparência fisica e/ou uma imagem. irrealista de um
fisico ideal é geralmente a base da auto-consciênci~ baixa auto-estima e dificuldades.
comportamentais. As metáforas apresentadas aqui são usadas para encorajar indivíduos a
trazerem suas percepções e comportamento alinhados com suas realidades fisicas e
fisiológicas e também alterar seus prejuízos sobre os defeitos que eles percebem. em si
mesmos.
106

. [1261 ALICE NO PAÍs DAS MARAVILHAS: Metáfora sobre mudanças qm auto


percepção
E enquanto V. continua a relaxar, como irá juntar tudo isso- de novo
eu posso me perguntar ex.at1lrnente como a coisa é.
como se sentia Alice no Pais das Maravilhas ~s como a coisa é, realmente,
ao encontrar todas aquelas raras criaturas e qual ~ a maneira que deveria ser?
e ouvir aquelas palavras estranhas Porque os gostos mudam com o tempo
mas coni1nl11U seguindo o seu ('Am1nbo, e assim, o que hoje preterimos
não saber o que esperar naquele dia, não é o que vamos querer J\:T'OA11hft
nl{o sabendo o que viria depois, ou onde fazer e o que parece ser muito certo agora
pode parecer estranho, a principio, pode ser o que é relegado mais taide
mas depois de. um tempo e em todo lugar que você oJhe,
toma-se uma aventura as coisas estão muMutJo, se reanumando, então
que delicia a criança é muito dificil saber
e fascina a mente qual é a maneira que as coisas deveriam ser.
porque você nmC8 sabe mesmo , No verão, as árvores estão em
o que vem em seguida, o que será, (plena tlorescência,
mas V. pode saber embora as flores não estejam mais ali
que está tudo bem se não souber e no outono os verdes se transfonn:trn ,
o que o futuro reserva ficam vermelho, laranj~ marrom e amarelo e no
porque as coisas mudam com o tempo inverno tudo isso se vai
e as coisas mudam na mente, e de novo começa à outra primavera,
enqUanto a mente inconsciente muda sua e s6 agora cresce aqui um novo galho
mente e morre um velho também
sobre como as coisas parecem e são, e como devia ser essa árvore?
como Alice, ao ver a gamifa Maior ou menor, muitas folhas ou poucas~
que dizia no rótulo "Tome-me" mais verde ou mais tWon~ talvez,
e quando ficou embora haja aqueles que podem dizer
maior, depois bem menor que a árvore é do jeito que é
do que jamais tinha sido antes, e o jeito como é
ou pelo menos assim lhe parecia. é tudo o que ela deve ser,
E pode ser interessante observar do jeito como vêem um recém-nascido,
que quando as pessoas relaxam cada dedinho perfeito,
as coisas começam a mudar. cada ouvidinho perfeito,
Um braço pode parecer maior que o outro, embora dois não pareçam o mesmo, .
ou uma perna pode parecer como Alice encontrou no. Pais das :M.ara
[mais pesada que antes, vilhas, onde cada coisa parecia diferente
e mesmo o corpo todo e ela descobriu como em
se toma mais dificil descobrir. para o ser amado bem como ela era.
Pode parecer flutuar de vez em quando, [Vá para uma sugestão direto ou
ou ficar menor, menor, término de transe.]
enquanto a eadeim fica maior, maior,
ou os pés parecem mudar de algum modo
enquanto as mãos mudam de modo diferente
e após um tempo V. começa a se questionar
107

[127J MUSEUS DA~:


Metáfora sobre o valor da
singularidade
Não há modo perfeito de relaxar as diferentes pinturas, estilos diferentes,
ou de tentar entrar em transe como estilos de vestir que se modificam
porque o que acontece naturalmente de uma idade para noutra
é sempre diferente a cada vez. e ainda cada um é belo e prazeiroso
Nem dois flocos de neve são exatamente iguais à sua própria maneira.
e até as impressões digitais de gêmeos diferem No olho do espectador,
então, quem vai dizer qual dos dois é o certo e cada flor é única,
qual é o emulo? desenhada como deve ser
Assim, não importa o quanto tentemos para ser exatamente o que é
fazer as coÍBas de modo perfeito, e isso porque costumamos jogar
o engraçado é que sempre preferimos um jogo de escolhas quando crianças pra
a coisa que é diferente ou rara, decidir que flor deveríamos ser
alguma coisa do tipo "um de cada". e qual é que já tomos
Como os selos colados de ponta cabeça e então olhar mesmo isso mais tarde
ou moedas cunhadas um tanto errado e ter surpresas com o que nos deparamos.
que se tomam premiadas para colecionadores só Algo que você também pode fazer, sempre
porque são diferentes que se decidir
de tudo o re~to, 8 que flor você pertence
mesmo se precisar de lentes de aumento mas por enquanto,
para ver a imperfeição, não precisamos saber
pois queremos ver as coisas diferentemente, como você irá se sentir
.. quando decid1r saber
'VeI' as COIB85 maIores ou menores
do que pensamos que elas são, que o que parece MUdo
como um espelho em um circo pode ser certo, afinal,
que muda o contorno e a forma, depois que você faz a sua taretà
então podemos realmente ver e explora o seu próprio museu
quão diferente seria nos jardins da mente
se diferentes n6s tOssemoB, realmente. onde pode colecionar
O que pode explicar os colecionadores o que quiser saber
em museus de arte ao redor do mundo. para proteger seu próprio tesouro
Em um muro esta um Van Gogh, e para acm:nulnr o que colecionou mesmo
no outro, Picasso depois de pensar que sabe
e o poDti1n1~rno de Seurat que você realmente não sabe
exibe junto às esculturas de Rodin, às vezes, o que eles realmente pensam
a beleza e o poder de se exibir sobre aquilo que você pensa
mas tudo está fora de lugar sobre você. .
ou fora de proporção, [Vá para uma sugestlJo direta ou término de
duas pernas diferentes na extensão, transe.]
dois braços de tAmAnhos diferentes
e ainda tudo isso é arte da mais alta forma,
108

[128] TERMOSTATOS:
Metáfora para auto-aceitação

É um luxo moderno querer o que você tem


ser capaz de ter um quarto quente no inverno, e .aprender a gostar disso,
um quarto ftesco quando estA quente 18. fora e a menos que V. decida se mudar pra
ser capaz de ajustar um termostnto [outro lugar
que mantém a temperatura constante, o que alguns não podem fazer
não importa o quanto o clima se altere. Agora, e outros não. fariam. se pudessem
temos peças computadorizadas pois estes sentem que seu lar é a1j
que desligam a calefação quando saímos como eles pertencem a ali
e tomam a ligar quando voltamos pra casa exatamente onde estão.
e de novo desligam, à noite, Se o tempo estA muito quente
quando nos aninhamos sob as cobertas, tudo de ou tão mo que esfrie o fogo,
foana muito automAtica. eles gostam. assim
Mas tudo o que você tem que fazer , e encontraram mna maneira

é olhar o mundo ao redor de levar vantagem total


e ver que as coisas não foram sempre simplesmente da forma como é,
assim porque IA no norte. onde se tem os da fonna que fazem os astros de tinemn
invernos. aprenderam a usar o frio porque eies vêm de todas as fOIIIl8S
para criar esportes e o carnaval de inverno que e também de todos,os tAmllnhos
a gente do sul nunca tinha visto. com varios t"m"nhos de nariz, olhos,
E mesmo suas roupas 810 diferentes, ouvidos que aprendem a usar
mais quentes e próprias do clima., para sua própria vantagem,
pois eles sabem que não podem mudar o frio, e sua própria qualidade singular,
então eles o usam para o que adianta, enquanto seu próprio charme especial
o povo do sul que eles ampliam e apreciam
tem seu próprio estilo. e assim fazemos também,
seus próprios esportes como nos divertimos com a neve
e nos pontos realmente quentes ou nadando nas ondas,
eles mal usam roupas enfim, ou aquecendo-se no sol forte,
e às vezes, não fazem coisa alguma, como faz o povo do lugar,
.porque sabem que se V. não pode mudar algo. gostando do que os outros gostam
é melhor não lutar contra aquilo porque eles aprenderam a gostar exatamente
e deve também usar como é. do que têm
Então, onde quer que você vá, e nós também.
mesmo que possa controlar algo por dentro, [Vá para uma sugestlJo direta ou
não podemos ainda controlar por fora, término de transe.]
V. pode deixar mais quente ou mais frio, mas
se não está bem certo por fora
então V. pode também
fazer o máximo que puder
e usar isso em sua própria vantagem
e se acostumar
e mesmo gostar das coisas como são
porque é assim que é
e sempre é mais agradável
109

[137] 12 ' UTll.JZANDO RECURSOS INCONSCIENTES

A divisa entre a mente e o corpo é penneá.vel. Em outras palavras, a mente pode modificar
ou influenciar praticamente qualquer função fisiológica" desde o fluxo sanguíneo até a
produção de anticorpos. Embora poucas pessoas saibam como realizar essas coisas
conscientemente, a mente inconsciente geralmente pode descobrir como fazê-Io, quando lhe
é dada a oportunidade.
"
Qual
quer wn genuinamente interessado em usar a hipnose para tratar de distúrbios
psicofisiológicos tais como úlceras, asma, artrite, colite, enxaquecas, etc. deveria consultar
A Psicobiologia de cura Mente-Corpo, de Emest L. Rossi O 994). A cobertura de Rossi deste
tópico inclui uma discussão perfeita sobre as ligações mente-corpo e wna descrição
detalhada sobre sua fórmula hipnótica única de acessar a.c; soluções inconscientes. Em
essência, sua abordagem envolve uma solicitação relativamente direta ao inconsciente para.
fazer o que puder para. resolver o problema atual. Essa,solicitação é seguida por wn.a pausa
de expectativa para permitir ao inconsciente um tempo para determinar o que precisa ser
feito para assinalar sua descoberta quanto a uma solução.
Como enfatizado no Capítulo 2, recom~damos que uma abordagem I111n1ma1ista, tal
como a de Rossi, seja usada irúciaImente com todos os tipos de problemas. Se essa
estratégia pennic;siva ou minimalista não é bem sucedida, no entanto, pode então ser
necessário empregar-se comunicações metafóricas apropriadas com o inconsciente em um
esforço
posterior para eliciar sua ajuda. '
110

[131 FOGUEIRAS DE CAMPING:


J Metáfora para úlceras e colites

Todos conhecem tecbando a vA1wla


Smokey, o urno que corta o fluxo ali dentro.
e seus rogoa aos campistas Eles também podem revestir as paredes
pra ter certeza que as fogueiras são com algo frio e espesso
[bem apagadas. como fazem nas casas
E cada escoteiro aprendem para isolar e proteger "
como apagnr bem as tOgueiras pra manter as pessoas no seu interior
para ter certeza de que tudo se esfria, confortAveis sob qualquer clima,
não deix8Ddo focos ou calor, como a pele nos protege de muitas coisas
jogando água nela mas quando é cortada ou arranhada
ou cobrindo-a com neve, . precisa crescer junto outra vez

assim como é para nós fazermos, para curar aquele pequeno orificio
conservar tudo frio e nós tratamos dela,
enquanto relaxamos à sombra colocamos ali um bandaid
bebendo uni grande copo de Agua gelada e temos cuidado de 000 bater o local
e observando o frescor se espalhar, e de não iIriiá-Ia.
certificando-nos de que ela esUi bem apagada e Porque ti: bom irrigar as coisas
que V. possa sair da floresta pm mantê-Ias mas e úmidas
sentindo-se. relaxado e ca1nio mas tentamos não miar as coisas~
sabendo que. o fogo não é ateado e espalhado. especialmente não os AnimSl1S selvagens
Porque o fogo é quente demais para se lidar a que vivem em parques e florestas, lugares
menos que V. use luvas especiais, que temos que proteger apagando bem as
isolantes e feitas com material à prova de fogo. fogueiras,
que costumavam ser bem grossas e pesadas mas como fazem os guardas florestais. Sempre
agora eriste um material novo procurando fumaça
coberto com uma camada bem fina de metal que e conendo para apagar
é brilhante e reflete o calor antes que saia do controle
e mantém tudo frio, O que V. também pode fazer
mesmo no zero absoluto, onde quer que V. vá.,
que é ° mais frio que as coisas podem ficar. Mas onde quer que V. esteja,
eles :resfriam reatores nucleares mesmo dormindo, à noite
de uma fornlft muito diferente quando esses alarmes começam a soar,
porque se um reator começa a ficar quente quer apagando sem um pensamento
dizer que hi1 muitos elétrons e voltando ao Bono proftmdo e reparador,
voejando par dentro seguro na consciência
então eles diminuem os bastões de carvão de que você pode tomar conta
que absorve%J:1. esses elétrons, de você.
absorvem tod:& e.'jsa energia [Vá para uma intervençé'lo direta ou
e enquanto as coisas se aC'.;\tmAm ténnino de transe.]
eles também se esfriam,
como techar uma torneira
para d:irnmuir o som de pingar
-
111

[132] F onnigas Protetoras:


Metáfora para aumentar as respostas do sistema imunoJógico às infecções
Existe uma Arvore na África de modo que saibam imHlia1amente se
que tem uma convivência especial algo estA emuw
com um tipo especial de formiga. e elas aabem ~Atsnnl'!f"lfe
As formigas passam toda sua vida vivendo ande algo está errado
naquela árvore. e sabem o que é erIBdo
Constroem seus ninhos e prestam-lhe muita atenção
fom de suas folhas pia que possam fazer algo sobre isso para
e apenas tomam. e1;m;nJlT' ou reparar,
um tipo especial de seiva da forma que as pessoas tàzem quando
que a árvore produz e secreta constatam uma dor em um pé e prestam
ou ingerem pequeninos bagos que ela dá. toda atenção
Elas nunca deixam essa árvore a esse desconforto
porque essa árvore fornece de modo que possam dizer o que é
tudo o que elas precisam. e se livrar daquela pedra no sapato,
E este tipo de formiga é o único inseto que enquanto nada fique no CAminho
realmente vive nessa árvore. Sempre que e elas continuam a prestar muita atenção à
outro inseto maneira que o CQIpO reage
começa a subir nem e ampliam a :reação
ou pousa em uma de suas folhas, como aumentam o som de um motor para
as formigas sentinelas enviam um alarme ouvir o qúe estA euado
e todas as outras acodem correndo. e deixam o corpo tomar conta de si com a
Elas atacam esses corpos estranhos mesma isenção surpreendente
e 08 destroem - que aquelas formigas cuidam da árvore,
ou os mandam emborn automaticamente, continuamente,
e dessa maneira correndo pra fazer o que é -preciso
protegem a árvore para cumr e proteger.
de alguns invasores [Vá para uma abordagem direta ou
que podem atacá-Ia término de transe.]
ou mesmo destmi-la.
Elas sah,.am a árvore
e a Arvore as salva.
RA muitos outros exemplos
da mesDlB. coisa, ao redor do mundo
onde uma m1nuscula criatma
protege uma grande
de invasores perigosos.
E em cada um dos casos
elas sempre parecem. ter uma forma
de prestar atenção bem de perto
a qualquer coisa que seja perigo
112

[133] VIAGENS DE BALSA: MetáfOra


sobre hipertensão ef.sencial

Quando você faz uma viagem de balsa Esse maravilhoso sentimento de relaxamento,
ou é levado rio abaixo em uma canoa, como soltar um cinto apertado
você começa a observar as coisas depois de uma lauta refeição
que de outro modo seriam despercebidas. e sentir aquele alivio
Especia1mente aquelas coisas o prazer de se deixar levar
que mudam o fluxo do rio, ou de deixar que as coisas se expandam,
indo mais rápido para cima, indo sentindo o novo espaço oferecido
[mais devagar para ba1xo uma nova liberdade de relaxar, r
porque quando o rio está cheio e fundo O tipo de calm~ria tranqOila que V. ouve
a água vai fluindo suavemente quando as crianças barulhentas
e você pode reclinar deixam o quàrto e saem
com os olhos fechados, e o professor relaxa,
ouvindo aquele som tranqOilo. a presslo aliviada.
~ quando as águas desse canyon começam Mesmo aqueles velhos botes
[a se fechar com seus timões e motores a vapor poderiam
e fica ma.is e mais estreito, aliviar uma certa pressão
a água COIJe mais rápido com seus assobios
e cria perigosas con:entezas quando as coisas ~st4o quentes por dentro
que você tem que navegar com cuidado. atê e todos podem relaxar no convés,
voltar àquele lugar olhando passar as margens do rio
onde o leito do rio fica largo de novo e o lento fluir da água
e a calma profunda e em paz retoma. Porque a nos canais profundos que eles seguimm.,
água é como qualquer outra coisa, quanto mais aproveitando o tempo
você a comprime, para ir daqui para ali
mais depressa ela vai sem nada a fazer nesse meio tempo
e segue fluindo exceto relaxar do lado de fora
e quanto maior o espaço a preencher, e sentir o calmo silêncio
mais calma e tranqüila se toma. de um calmo reservatório
E toda criança também sabe disso, em suave movimento à luz da lua
elas sabem quando algo é muito pequeno que enquanto os sons suaves da noite
precisam tomá-Io maior do levados num fluxo sem esforço, descendo
para abraçar tudo o que elas têm, ~.A1mAmente
então elas pegam um copo maior para mna suavidade delicada
ou pegam uma tigela maior à medida que o relaxamento continua
ou um maior par de luvas e se toma uma parte
de modo que as mãos se sintam relaxadas e de voei.
[confortáveis, [Vá para uma abordagem direta ou término de
transe.]
maiores do que antes sentiam
e tudo lá dentro
se expande para conter tudo.
[134] TENDÊNCIAS DE
ALERTA: Abordagem metafórica e de
sugestlJo direta para enrt1quecas. Embora o
cuidado da dor seja uma questlJo para quem é relaxar desta forma,
sofre de enraqueca. a dor em si parece lembrando daquele peso tranqüilo
emergir da presstlo inrracraniana causada e permitir ao pensamento de calor retomar
por aumento do volume sanguineo nos vasos maior que antes, talvez,
sanguineos do crânio. Aprendendo como até que V. sente esse peso em todo lugar ou
desviar o jhD:o sanguineo para as apenas nessas mãos e pés
extremidades.. muitos individuos se tomam porque agora você pode comprar
capazes de aliviar ou até de prevenir a luvas e meias
enxaqueca. que se aquecem por 51 mesmas ,J
ligadas par pequenas baterias
que tomam mornas essas luvas pesadas
Agora, enquanto V. relaxa e tomam quentes essas meias macias, quase
e se permite experienciM logo depois que V. as veste
a variedade de mudanças que 0C0ITeIIl elas começam a ficar cada vez mais mom.as
enquanio você passa por um tmnse~ . você pode experimentá-Ias em uma loja
eu gostaria de ajudá-Io a aprender e realmente sentir esse calor crescer
como mudar essas coisas enquanto elas emanam seu próprio calor, um
que do pennitir a V. ser capaz smpreendente SP.f'lt;mento de calor que
de impedir ou reduzir sua enxaqueca. funciona tão bem
E a coisa que você deve aprender é eles usam isso no Alasca
que quando' V. sente a dor chegando, onde até o frio mais amargo
o que V. deve fazer é logo substituido por um calor pulsante
é ser capaz de permitir que suas mêJos e pés
fiquem muito tépidos ou quentes bem rápido E enquanto essas luvas' se aquecem mais
.e essas
. me18.S se
pra que V. presie atenção às mãos e pés, eu aquecem IWl1S
gostaria que V. se desse conta e as mãos e pés começam a esquentar
de que pode imaginar como é sentir a se sentir suave e envolvidas e quentes
ter essas mãos e pés envolvidas nesse confortá.vel sentimentO
sentado nos mios quentes do sol... que se espalha pelo braço .
ou descansando sob a agua moma do banho... e continua em você
ou qualquer outra ÜDagem que chegue à até mesmo quando você emerge até uma
m.e:níe ao começar a prestar atenção a esse {consciência desperta
calor ai e começar a sentir o calor crescendo, e atinge aquele ponto onde os olhos se abrem.
ficando mais e mais forte~ quase quente, Muito bem,
confortavelmente envolvido e quente, sendo levado para cima, agora
uma tepidez que parece se espalhar enquanto esse sentimento de calor
pelos braços e pernas depois de um tempo continua, um agradAvel sentimento de calor
E conforme esse calor aumenta que V. pode criar sempre que quiser
e fica mais claro em sua consciência, a qualquer momento que quiser.
V. pode continuar a relaxar e a cair 1s80 mesmo, desperto e aquecido agora.,
em um confortável estado de transe enquanto 8 mente sobe
onde sua mente inconsciente pode encontrar e os olhos
sua própria maneim de deixar que a mente se são permitidos se abrirem..
tome ciente desse calor e desse peso,
um calor e um relaxamento que vai crescendo
pelos dedos dessa mão
e da outra mAo
e dos pés nos sapatos
e dos braços e pernas, talvez.,
~. DeSado e auente. DeSado e auente.
'. ,.;. 114

[137] APRIMORANDO O DESEMPENHO

Aqueles que conquistam e se sobressaem são os que suplementam suas habilidades inerentes
com um investimento de tempo~ energia e fé em si mesmos. Eles possuem l1ma. clara visão
de seu próprio futuro possivel e estão desejosos de fazer custe o que custar para tornar essa
visão mna realidade. O apelo desse futuro proporciona uma. dedicação que custa praticar
uma atividade o suficiente para que o inconsciente a administre. A fé em si mesmos lhes
permite, então, caiúiar em seu próprio e bem treinado inconsciente para atingir suas metas.
'Eles não atrapalham o seu próprio caminho e são recompensados pela surpresa de
suas próprias realizações. "
A procrastinação (adiamento), a falta. de motivação e o acanhamento geralmente bloqueiam
o desempenho e impedem as pessoas de vivenciar suas próprias expectativas. Por outro
lado, tais fenômenos podem indicar que suas expectativas são inapropriadas. Antes que um
esforço seja feito para remover essas barreiras ao desempenho, deve ser estabelecido que
mna mudança para atividades ou metas diferentes nem é preferivel, nem é possível.

Os roteiros de metáfora apresentado abaixo estão divididos em três categorias. A primeira


foi elaborada para se usar com clientes que precisam fazer alguma coisa que eles não sabem
realmente fazer. A segunda é para indivíduos que não estão motivados a fazer nada porque
eles não sabem o que querem. A terceira é para uso com clientes que sabem o que desej~
,aprenderam como fazer isso, porém gostariam de aprim~rar seu desempenho.
[139] CRIANDO cÃES: Metáfàra
sobre procrastinação

Não vamos mais protelar a se comportar


esse movimento até mn transe profundo, ande e a parar de agir
V. pode relaxar completamente como um mimado mascote sujo.
e eu posso explicar E assim, até o mascote mais rebelde
à sua mente inconsciente tem vontade de cuidar de si mesmo
a estória que eu ouvi de um amigo e de fazer o que deve ser feito
que tinha um amigo cujo :filho estava na escola se não for por nada senão seu próprio conforto,
em uma universidade distante. sua própria segurança, I'
Ele estava indo mal nos cursos seu próprio senso de mais valia.
porque ele não ia pra aula E eu sempre me pergunto o que lhe aconteceu
e não fuzia os trabalhos de cas~ porque eu sei que ele não saiu da escola
embora ele dissesse que desejava, e não foi criar cães,
então ele foi ver um. conselheiro então eu acho que ele aprendeu bem a lição
que llie disse para sair da escola e tomou conta de si mesmo, dali por diante. [Vá
e para criar cães ou leões para uma abordagem direta ou
porque eles iriam rosnar e atacar ténnino de transe.]
se ele não fizesse direito seu trabalho.
Isso o confimdiu a principio,
fê-Io zangooe,
tão zangado que ele sÚIlplesmente fez isto, .
foi pra aula, fez os seus traba1hos
e s6 brou "A fi. .

E toda vez que ele achava dificil


fazer o que devia fazer,
pensava em criar filhotes
e tudo o que tinha a fazer
com suas pequenas pilhas aqui
e suas pequenas bagunças ali
enquanto eles só faziam o que queriam fazer
sempre e onde quisessem.,
embora ele soobesse mesmo, pela experiência,
que até um. pequenino cãozinho
pode às vezes ser treinado
para se comportar, para se controlar,
ainda que seja dificil fazer
o que ele realmente não queira fazer,
esperar e fazer,
no lugar certo, na hora ~
porque aqudes que querem viver com isso
se e que nunca aprenderam
.116

[140] O LAR:
Metáfora para pe.rsoas que estão em dúvida sobre suas metas na vida ou em
terapia
E à medida que V. relaxa mais e mais, Uma ânsia., quem sabe, um desejo, um querer,
a :mente vagueia, às vezes, o tipo de sentimento que geralmente sentimos,
do modo que os ciganos vagueiam sempre que nossa mente retrata
de um lugar para o outro, o tipo de alimento que desejamos.
nunca indo a um lugar especial, Você observa as pe3soas num restaurante,
apenas andando daqui para ali, olhando o cardapio,
o que 800 romântico e reloxante escolliendo, em suas mentes, diferentes pratos,
a menos que haja algmn lugar, alguma coisa imaginando o sabor e a textura ,~
que você realmente queira ter, até que encontrem um de sabor perteito pra
algo que V. realmente queira fazer. Porque é [mente,
dificil atingir sua meta como provar roupas prn ver se elas servem,
se você não sabe onde está indo, . ou futuros possiveis,
se você não usa um mapa, imaginando o lugar e a hora
mas apenas vira aqui ou ali , que tem sentido, sabor, aparência e

sem pJanejar o que vem a seguir, [soa tão certo.


sem saber como saber Isso meSmo,
qual é a direção certa pm você, imaginAndo esse futuro sentimento, onde
o que V. reahnente quer fazer. tudo esta bem
Considere 08 Animni~ do mundo e V. fi1"lA1mt'!nte comegue o que
., precisava, finj\ 1mente faz o que era
como eles migram de lugar pm lugar,
preciso
como seria acordar um dia
pm possuir esse modo de ser,
e de repente ter aquele senrimento
pra segurar esse maravilhoso sentimento,
que lhe diz tão certo, tão certo
saber que não precisa se questionar.
que é hora de fazer algo diferente,
não precisa buscar mais,
que é hora de voar para o sul,
saber a direção a tomar
que é hora de nadar para o norte,
e gostar de ir até Já de agora em diante,
hora de cruzar a planicie,
como um pombo correio
ou hora de cruzar o mar,
que de algum modo sabe
e sentimento que as baleias têm,
de que maDeira ir pm chegar ta.,
que tem o alce, os pássaros,
de volta ao lugar a que pertence.
que têm o salmão rei e as borboletas
Uma vez que obtém o seu rumo,
monarcas,
sabe pm qual direção se voltar,
que sentem os carangue.ios e os gansos
ele vai lá, de volta até ali,
[canadenses.
Imagino como seria bem onde deve estar
saber algo sem saber porque, para ficar confortável e feliz
saber algo com cada célula do corpo, saber e onde é seu lugar.
o que é desejado e necessitado, como uma [Vá para uma abordagem direta ou
criança pequena sabe, quando ela quer um. ténnino de transe.]
copo d'água,
mas ainda não sabe o que quer dizer sede.
1_..
.;.lli

. l'
[141] A
BARRE1RA INVISIVEL:
Metájôra sobre como remover obstáculos auto-impostos à realização. Este tipo de
metáfora pode ser usado com todos os clientes em um esforço para ajudá-Ias a se
tomarem mais desejosos de atingir suas metas terapUuricas, ou com individuos que têm
metas especificas em menre, como os atletas e estudantes. .
Eu me pergunto se conhecem as cercas, !\1as onde ir em seguida é um problema,
especiaJmen:te cercas el~tricas usadas um problema com que todos se defrontam
[para cavalos. e ninguém sabe como resolver.
EJas têm alguns fios de arame que é provavelmente porque...
nos quais corre uma corrente de fOrçA. você pode ganhar uma fortuna esses dias,
Não o tipo de força que é perigosa, falando ao povo de suas fortunas
não o tipo que Jhe dá um choque, e dando conselhos sobre o que deveriam fazer.
como a eletricidade estática que V. tem Não sabemos o quanto um cavalo sabe onde ir
[andando em tapetes, mas nós sabemos, sim.
uma súbita e aguda faisca. que uma vez que eles saibam onde estão indo, é
Esses amme se esticam pelo campo dificil paríl-los ou dominA-Ios
e os cavalos andam de um lugar a outro, pois uma vez um cavalo cansado, faminto,
eles mpidamente aprendem onde podem ir . vê o es18.bulo ou celeiro no sopé da montanha,

e onde não querem se aventurar. tudo o que você tem a fazer


Tudo o que leva é um leve roçar contra os fios, é soltar-lhe as rédeas
um repentino 'up' assustador e ele o levará até 1!\
e sendo AnimAis muito espertos, porque ele deseja ficar confortável
aprendem a olhar sem encostar. e ele quer ser alimentado
Eles aprendem tão ~ na verdade, e uma vez que ele saiba onde ir
que depois de um tempo, COIL'Jegulf o que quer,
o fazendeiro pode desligar a eletricidade mesmo um limite imaginADo
ou até substituir os fios por cordas . pode ser transposto
que esses cavalos ficarão à parte, na direção de sua meta.
encemidoo por um nada, Que divertido aganar-se a ele
com o galope inteIrOmpido por e simplesmente deixá-Io correr
[um pensamento pelo confianrlo que ele o levará até lá,
sentimento de que alguns lugares estão velozmente e com toda certeza.
[fora de limite É um prazer
de que onde eles estão é seguro, que cada criança pode acumular
enquanto eles simplesmente ficam à parte, se ela puder realmente fazer isso.
sntisteitos por estar onde estAo. [Vii para uma abordagem direta ou
Uma barreira invisível ou limite . té1711i11o de transe.]
[criado pela mente
mas uma vez que um cavalo a atravesse, então
todos eles seguirão atrás desse,
com a barreira quebrada e rompida
sem restrições de onde ir em seguida.
.118

[143] 14 SUGESTÕES E AFIRMAÇÕES DIRETAS

Quando um cliente apresenta um ou mais dos tipos de problemas dic;cutidos nos capítulos
anteriores, nós tipicamente preferimos iniciar o tratamento com a suposição de que o cliente
está em wna posição melhor que nós para desenvolver uma solução útil. Isso porque
utilizamos primeiro o Transe Diagnóstico e~ então, uma anedota metafórica relevante, se
necessário. ,/

Há circunstâncias, no entanto, em que uma confiança otimista sobre as capacidades


inconscientes de auto-curn do cliente e os potenciais persuasivos de comwticações
metafóricas é sem garantia, ou é inefiCiente. Quando as metáforas não conseguem estimular
a solução de problemas, ou quando o terapeuta já tem em mente uma solução d1reta para o
probl~ então as afirmações ou sugestões 'direitas podem ser a estratégia preferida.

As afirmações diretas são usadas para transmitir uma compreensão específica., atitude ou
atribuição de comportamento. Elas não são persuasões sutis aponíarl~s para o Inconsciente.
Elas são mensagens diretas, que são dirigidas tanto para o consciente como para o
inconsciente. Geralmente, são mensagens a que o cliente pode resistir, argumentar ou
ignorar no estado acordado. Entretanto, Constatamos que essas mensagens são muito mais
propensas a penetrar nas resistências conscientes ou a "submergir" e causar um efeito de
longo prazo quando o cliente as está ouvindo a partir de wn estado de transe relaxado,
passivo e relativamente receptivo da ~ente. Assim, utilizamos fteqüentemente o estado de
transe como uma oportunidade para conigir falsos juizos, fornecer novas interpretações, dar
novas atribuições, designar provações ou fazer comentários elaborados para eliciar efeitos
vinculados (i e., oferecer mensagens que irão criar as intensas reações emocionais
necessárias para motivar o cliente 3. tomar conta da situação e resolver o problema).

As sugestões diretas, por outro lado, envolvem esforços para eliciar alterações
hipnoticamente induzidas em percepção, sensação ou comportamento com a pressuposição
de que essas alterações irão resolver ou romper o problema. As sugestões diretas podem ser
muito eficientes quando o cliente é capaz de aquiescer. Amnésias hipnoticamente induzidas
podem eliminar inteiramente algmnas fontes de desconforto. Um senso alterado de paladar
pode eliminar os problemas de tabagismo ou bulimia. Uma anestesia. sugerida pode
controlar completamente a. dor de pânico. A lista de aplicações em potencial é muito
extensa, porém muito poucos sujeitos novatos são capazes de concordar com sugestões para
tais alterações hipnóticas drmnáticas. Por esta razão, nós as utilizamos muito raramente e
incluímos somente uns poucos exemplos nos roteiros seguintes.
. .,.119

A$ afirmações e sugestões diretas podem ser usadas em acréscÍmo a uma mensagem


metafórica. Já apresentamos metáforas para muitos tipos diferentes de problemas
apresentados. Neste capítulo~ descrevemos exemplos das af'mnações e sugestões diretas que
podemos utilizar para alguns desses problemas, se necessário. Temos observado que uma
apresentação combinada. de metáforas, sugestões diretas ou afmnações diretas geralmente é
fi abordagem mais apropriada, especialmente para problemas de hábito e administração da
dor. Como resultado, esses dois problemas são tratados em capítulos separados, onde os
roteiros são apresentados, os quais integram metáfora e sugestão direta.

Deve-se notar que os roteiros para sugestões e afirmações diretas mantém ntdimentarmente
o mesmo ritmo e ftases que são empregados para induções de transe e metáf~s. A meta e
auxiliar o cliente a permanecer em. um estado de transe, enquanto ouve essas mensagens
diretas. Embora possa ser acrescentada mais ênfase a certas palavras, para se realçar o
impacto da mensage~ você deve ter cuidado para. não mudar para mn padrão de
conversação que possa quebrar o transe e reduzir a receptividade do cliente.
.......
120

[145] ABORDAGEM DIRETA PARA A CRIAÇÃO DE U1\1A


EXPERffiNCIA AGRADÁVEL

Aplicação: Pode ser usada a qualquer tempo, com qualquer cliente. O propósito é
simp/esment(! dar ao clieme a chance de experienciar algo positivo em sua 'vida.

Pode ser que hoje, mais tarde,


talvez à noitinha
e amsmh§ também, se quiser,
eu gostaria que su.n mente inconsciente tivesse
a oportunidade
de dar a você uma surpresa,
um presente, um mimo agradável,
algo especial, algo bom,
um prazer inesperado,
um ~timP.Dto maravilhoso,
um gosto especia4 talvez,
ou uma cor bri1bante,
algo que realmente faça efeito
e dê a você um cálido prazer,
esse sentimento especi~
um cuidado especial,
tão bom estar vivo para experimentar isso, ,

talvez um breve momento'


ou um momento prolongado,
um riso de deleite
ou um suspiro de prazer.
Assim, não perca isso de vista,
por esse periedo,
quando sua mente inconsciente
passa de leve por você
e abre a sua mente
para esse sentimento especial.
[Jla para uma seqi1ência de término de transe.
'..:121

[146] ABORDAGEM D1RETA GENÉRICA

Aplicação: Pode ser usada praticamente com qualquer cliente para eliciar assistência
inconsciente no processo de terapia.

Essa noite, quem sabe, e amanhã também, seu


inconsciente pode dar a você mn sonho, um
sonho muito especial
que aclara o problema,
indica a fonte, talvez,
mas Jhe diz bem claramente
como resolver esse problema agora.
E cada noite que se segue
até que você o compreenda,
até que decida fazer ou não,
esse sonho pode voltar
de uma fon:na ou de outra.
Eacada~
enquanto V. se ocupa dos negócios,
seu inconsciente pode encontrar alguma coisa,
algum pensamento, percepção, noção,
um gosto talvez, ou uma sensação,
ou mesmo uma cor
que pareça fAm111A1'
e lembre você de algo,
e lembre você daquilo que a mente inconsciente
está tentando lhe dizer
até que V. fina.lmente entenda
e use essa compreensão pm você.
[Vá para uma seqüência de ténnino de transe.]
-.
.122

[147] ABORDAGEM DIRETA PARA DEPRESSÃO


Agora, quer v. goste disso ou não,
é só com você,
mas se realmente quiser se sentir melhor
° que V. provave1mente precisa fazer
é prestar atenção de perto
ao que você pensa
e o que você quer fazer
porque Vi pode escolher pensar sobre coisas que
o façam triste e sentindo-se mal
ou você pode começar a fazer coisas
que ° tàçam sentir-se bem.
E inteiramente com você.
Você pode adotar pensamentos tristes,
V. pode se1embrar de maus sentimentos
ou V. pode substitui-los
.

por uma participação confortável


em coisas. que V. aprecia.
Você pode criar o espaço em que vive.
v. pode ter a habilidade
de aplt'nder como dirigir 08 pensamento.'i
de qualquer maneim que você escolha.
Você pode mudar o que faz,.
Pode fazer coisas para você.
E assim, essa noite, AmanM, esta semAnA,
O que V. quer fazer é isso...
Cada anoitecer,
quando você ioma o jantar,
sua mente inconsciente
pode lembrar-lhe automaticamente
talvez com um .som particular,
um pensamento particular,
. uma imagem particular,
um sinal de parar as coisas,
um alanne, .
que é ° tempo para você decidir
aquilo que fará à noitinha.
Você pode ou decidir fazer algo interessante
ou pode decidir simplesmente sentar-se
e pensar deveras sobre cada coisa desagradável
sobre cacIa coisa entristecedora que lhe aconteceu
e sobre o qulio irado quer ficar com ela.
É completamente com você
divertir-se fazendo algo diferente
ou praticar tomando-se alguém que se sente mal.
[Vá para uma seqüência de término de transe.]
.123

[148} ABORDAGEM DIRETA PARA BAIXA AUTO-ESTTh1A


É tàcil prestaE bastante atenção Você pode alterar sua mente.
às coisas que dão errado. e alterar seu humor
É fiícil ser um critico, mesmo se tiver que fing]r, por um tempo, que
encontrar faltas em tudo. esse jeito novo de pensar e sentir
E fácil não gpstar de si mesmo é por causa de algo que você pegou
ou Dão confiar tqUe V. mesmo pode estar ou algo que lhe foi feito
bem. É mais di&il' ter a coragem e você realmente nada pode fazer,
de ver as coi~ sob uma luz diferente. e bem assim que você se sente,
É mais difici!1 assumir um risco confiante, feliz e satisfeito
e aprec18f a 81 mesmo, até que e.sse sentimento se tome réal.
a vida e as outras pessoas. Então, tàça isso agora
É fácil encontrar razões ou simplesmente deixe seu inconsciente fazer
não se sentiu bem, . (pra você,
não se sentir confortáve~ assim V. não precisa saber
esconder de si mesmo e de outros. o que se passou com você
É diflcil c:tiz:er apenas que chato, quando toda sua fOIma de peIl:Jar sobre você
não ligar para o que ninguém pensa, . se modificar!
é dificil da! permissão a si mesmo [Vá para uma seqüência de término de transe.]
para se sentir bem. não importa o que,
ou não?
Talvez sej& fácil,
talvez seja fãciI fazer
mas V. tem. tido medo de fazê-Io.
porque você; bem sabe como
e pode tàzes isso agora
mas às vezes parece enado
realmente acreditar que V. está ~ quando você
pode ser enado
mas quem deve ficar
e assim., de agora em diante,
eu quero que você saiba que está tudo bem
fazer essas ceisas loucas
dehcar-se sentir dessa maneira.
Você pode fazer isso agora, hoje,
e pode fame A1TIAnhil.
Você pode ver o que está bem pra você
.e o que você faz.
Você pode 'ver essas coisas bem claramente e
se sentir bem confortilvel tam~
.124

[149] ABORDAGEM DIRETA PARA ANSIEDADE


Nós dois sabemos agora Então, você pode relaxar e esquecer
que você pode se assustar e continuar com seu trabalho,
porque tem uma mente ativa surpreso por descobrir, talvez,
e um COIpO que reage que andou pensando
e se você pensa nessa coisa assustadora ainda sobre outras coisas inteiramente
que por um breve momento e que saberá nesse ponto
ela fica assustando você. lá no fundo, em cada célula do seu corpo que
Mas nós dois também sabemos você nunca mais teIli que sentir de novo que
que há outras coisas em que V. pode pensar tudo esta acabado e liquidado
que são confortáveis e l'JI1msmtes, mais ràpido do que V. esperava, ,
relaxando e:reafirmando pensamenios mais breve do que gostaria.
[e imagens Você pode fazer isso agora
que você pode usar no lugar e V. pode fazer isso mais tarde.
para substituir esses outros pensamentos para V. pode se assustar com esse pensamento, ou
ajudar a se relaxar pode CA Itrutmente relaxar
a manter esse sentimento relaxado, calmo. com um pensamento diferente.
V. pode deixar a mente inconsciente aprender Isso mesmo,
tudo o que ela precisa saber então pratique e escolha,
ser capaz de se distrair desses pen.<mmt"'f'ltos tudo isso pertence a você.
. . [amedrontadores, [Vá para uma seqOência de término de
ser capaz de se dar pensamentos que re1axam. transe. J '
E eu acho que você ÍIá gostar .
de ser felizmente despreocupado,
incapaz de lembrar de se preocupar exatamente
do mesmo modo ou
[ao mesmo tempo.
AssÍIn: de agora em diante.
quando você entrar nessa situação,
V. pode entrar nela sabendo que estA protegido
e pode dizer que essa parte de você
que tenta fazer o trabalho de dizer a você
que há coisas aqui das quais ter medo
que V_realmente nAo precisa mais delas
e não quer ouvir mais sobre elas
e ass~ pode - ou ir embora
ou encontrar um jogo diferente pra jogar
e, ao contrário, lembrar
as coisas boas que podem acontecer aqui
ou das coisas engraçadas que podem ocozrer
[depois porque
esses velhos pensamentos e medos não têm
mais qualquer utilidade.
[150] .-«\BORDAGEM DIRETA. PARA. MÚLTIPLA PERSONALIDADE

Ago~ é hora de mudar você també~


enquanto eu falo com cada um de vocês juntos de ficar o mesmo dia a dia,
chega uma hora de ser o mesmo
que é tempo de decidir agora de ser o que você pode ser
..
como reumr essas
agora que pode juntar
COIsas e dizer obrigado e adeus a algtmS, dizer
juntA-Ias em ~ -
oi, ou venha comigo para outros e se
criar uma nova vida, tomar você, o centro de você,
mn novo começo, de uma maneira mais certa,
não um recomeçar agora.
mas uma c.bance de paz, [Vá para uma seqüêl1cia de término de
usando o que agom é útil transe.)
e deixando acontecer
o resto.
Entlo, eu queria dizer
a um de cada de você
ou a cada um de vocês
que eu acredito que V. tenha a habilidade de
fuzer o que eu sugiro,
usar essa oportunidade
pata avaliar o que existe ai
e usar o que é valioso
de cada um
pra criar o um novo, mais completo
e apagar o regt.o
e fazer isso tão cuidadosamente
com o compleio entP.nr11tY1P.nto
que cada parte pode ser e,cam;nAda
e algumas coisas podem ser e1iminadas
enquanto outras são misturadas juntas pa.m
fonnar um você mais confortável para formar
um você mais Util
para fonnar um você mais teliz
do que você jama.:is logrou ser antes.
E essas coisas podem parecer
ocorrer automaticamente, quase toda noite,
mas na. realidade ocorre de modo cuidadoso,
experimentando uma coisa, depois a outra,
até que se tome algo na medida ~ então
continuando com coisas
melhores que antes
porque as coisas mudam com o tempo, vêm e
vão com o tempo
e desde que as coisas mudaram para você
.J:~O

[151] ABORDAGEM DIRETA PARA VÍTIMAS DE ThTf'ÂNCIA


ABUSIV A

Nada pode desfazer


o que aconteceu com você.
O que toi feito a você
fçi feito para você lá atrás, pois.
Mas aquilo foi ontem, e isto ~ agora
e você pode inteITOmper isto aqui e agora,
você pode interromper a dor e o medo,
você pode pôr um fim nisso, agora,
e você já sabe como,
você sabe como esquecer de dar atenção
a coisas em particular,
você sabe como fechar portas
e jane1as do passado,
você sabe como ver as coisas agora
pelo que elas são agora, não o que era,
e seu inconsciente sabe como ~minhar
para adiante no tempo, por essa linha,
mna linha limitrofe
que marca um novo começo,
que leva você a gostar do presente,
como você deixou do passado,
que leva você a ver um futuro, quando V. se lembrar
como está bem hoje
deixar sair o passado,
dizer adeus a ele
e deixar-se sentir OK.
Ass~ vá em ftente agora
e pare de ir em frente mais tarde
porque esse passado está encerrado
e você só é você, aqui e agora.
E quando você chegar em casa,
há algo especial que pode fazer
dar fim nisso e entrar no futuro,
de alguma maneira para você, um ritual, talvez, um
deixar acontecer cerimonial,
jogando fora alguma coisa
para deixar-se saber
que o passado está feito
e que o futuro começou
e você fará isso,
não ~ mesmo?
I Vá para um término de transe.]
[152] ABORDAGEM DIRETA PARA IMPoTÊNCIA E ANORGAS1-fiA
FIA mna sabedoria do corpo Ela pode gostar de criar
ele sabe exatamente o que fazer essas imagen.'3 pm você
fazer essas coisas sexualmente e deixar V. começar a sentir
que V. .queirn ter acontecido, esses pensamentos se espalhando pra baixo,
então eu vou dizer algumas coisas agom [ao longo da linha, e
e eu quero que V. preste bastante atenção ao crescer mais e mais amplo
que acontece com você e se toma mais e mais dificil
porque você veio aqui dizer onde um começa
desejando ser capaz de responder e onde o outro termina
e uma vez que V. aprende que sabe como você enquanto os começam a se tocar"
nunca mais pode esquecer como fazer, você daquela maneira intima, especial,
sempre saberá o que eu sei e a esse ponto V. sabe
como prestar atenção a esse lugar, que pode deixar aqui h~je
como perceber que. realmente pode sentir tudo tendo aprendido que você bem sabe
o que se passa ai como sentir essa maneira especial
cada minÍTna sensação muito profunda no interior
cada pequena mudança em sensação e de novo e de novo:
que você pode observar e ver seIDpreque V. quL'Jet'
nos olhos da mente agora se permitir fazer assim.
enquanto eu começo a Jhe falar . Então, vii em .frente agora
que há certas imagens que V. pode ver, certas e descubra mais sobre si próprio,
fantasias que V. pode ter de sua própria maneira,
que mudam essas sensaçOes, de qualquer maneira
tomam V. mais ciente das coisas ai, ela trabalha pra você.
que permitem que V. ponha seu dedo na ideia Mas não faça isso tão bem
que faz você se mexer. ou V. pode ter que caminhar
Alguns pensamentos entram em sua mente e excitado o tempo todo.
penetram proftmdamente em E s6 imagine como seria isso,
[sua consciência o que você deveria fazer
pensamentos que V. normalmente se estivesse todo cheio de de.'Jejo.
[não pennitiria Seria embaraçoso.
pode começar a ativar a imaginação, [Pausa até que o cliente mude de posição ou
a despertar seu interesse nesse sentimento que mostre alguma reação. então prossiga até o
V. antes nunca notaria procedimento de témlino de transe.]
dessa maneira confortáve~ quieta,
mas poderà hoje, mais tarde ou à noite, quando
sua mente inconsciente
pode demonstrar pra sua surpresa
que ela sabe o que fazer
se você lhe permitir.
128

[153J ABORDAGEM DIRETA PARA EJACULAÇÃO PRECOCE


Você diz a 1Jma criança pequena caso em que
para não ser tão levada teremos que tentar desfazer isso então
para não ficar tão excitada preste atenção e me deixe saber se você
que tennine berrando ou gritando pensa que está começando
com felicidade e alegria. a demorar demais
E eu acho que cada homem ou se nada está acontecendo afinal,
deve ter tanto auto-controle mesmo depois de muito esforço porque
quanto uma criança pequena. DÓs não desejaríamos que você
?vfas n!o é como se houvesse algo errado com esqueça como fuzer isso... inteiramente. ...
o estar al1amente senBivel [Vá para uma seqDência de término de
ou muito respondente transe.]
porque eu vou sugenr
algo à sua mente inconsciente
que se toJ:narâ difici1
para você semtir essas sensações
ou responder dessa maneira
algo que tomará diftci1 pra você
ter um orgasmo afinal.
Algo que V. não im ouvir ou entender...
conscientemente,
embom sua mente inconsciente possa ouvir e
possa entender e fa2'm" isso agora
e não hA nada que V. possa fazer
mas eu mesmo que V. preste muita atenção da
próxima vez que tiver relação
para ter ~ de que a cura
não é pior do que o problema. .
Porque enquamto sua mente inconsciente
faz V. sentir mais e mais entorpecido aqui
e menos e menos capaz
de receber esse sentimento chegando.
você pode terminar ficando cheio,
com uma ereção por um longo, longo tempo,
longo demais. quem sabe, para o seu conforto.
Então eu quero que V. tente não
[ser preocupado
mas se preocupar o bastante para dar atenção
para se assegurar de que o seu inconsciente não
faz seu tmbalho tão bem
e você termina nunca vindo outra vez,
[154] ABORDAGEM DIRETA PARA INFERTILIDADE I1\TEXPLICADA
Da próxima vez que fizer amor
eu quero que V. imagine
que V é um adolescente sexy e atraente
DO banco de trás de um carro, em algmn lugar,
fazendo coisas que nunca antes fez,
quase fora de controle com desejo,
deixando que ele faça coÍBas
indo de uma vez,
querendo desesperaffilrnente ir de uma vez,
mas esperando e rezando primeiro
antes que V. diga sim, faça isso agora
e admitindo isso mais tarde,
que o que quer que aconteça
você não ficará abalada.
Eu quero que você
pense sobre isso cada vez,
antes que seja muito tarde deter
que V. nada possa fazer
mas não fique grávida ainda
ou você irá pôr a perder essa coisa toda
que seria a coisa errada
de fazer agora mesmo.
Lembre-se disso!
Esperar e ficar receosa
de que possa ficar grávida
e saber que seria errado
agom mesmo.
{Va para uma seqtlência de término de transe. ]

,.
.130

[155J ABORDAGEM DIRETA PARA INSÔNIA

Eis aqui o que precisa fazer.


Hoje à noite, e a cada noite desta semana,
conforme se deita pra donnir
e reza a Deus pra sua alma guardar, .
eu quero que você tente ficar acordado
pelo menos por uma longa hora.
E durante esse tempo
quero que V. 040 pense em nada sen40 no azul,
simplesmente deixe os pensamentos se encherem de azul
e veja se tenta isso por uma hom
antes que finAlmente consiga.
Eu sei que será diflcil
ex.perienciar nada senão a cor azul
mas eu sei que você pode fazer isso por um tempo.
Então, quando as minhas palavras voltarem pra você,
à noite, enquanto você pegar no sono,
você se lembrará de tentar ficar acordado,
ao menos por um tempo,
e de ficar pensando s6 no azul,
como o azul do céu
ou o azul esverdeado
ou o profundo mar azul. .
[Vá para uma seqf1ência de término de transe.]
. .;-I31

[156] ABORDAGEM DIRETA PARA cIÚMEs


Agora que V. disse que é muito ciumento ~ Assim, o primeiro passo
eu sei o que V. precisa fazer por ser tão mesquinho e cruel
se realmente quiser evitar o problema mas por usar sua imaginação
V. Dito irá querer fazer isso de forma tão infantil
a menos que acredite reA lmP.nte sem nenhum controle mesmo.
nos méritos dele (ou dela) que você confia e E V. certamente iIá se desculpar
assim, a primeira coisa a fazer é isso: decida por arar esse solo sagrado
agora, aqui e agora, de uma vez e criar um odor idiota
[por todas, na atmosfera do amor
essa pessoa merece você porque se sentirá tão embaraçada...
e merece o seu amor, ou não?.. se fizer de novo
Caso sim, então são passiveis de confiança que sua face irá afoguear-se,
Se não, então é me1hor \'ocê sair, sua tàce ira corar
agora mesmo, assim que você puder e essa será a última vez
mas se eles sAo oonfiAveis o bastanie que V. tenta. controlar
para merecer V. e a sua d~'OÇão o que Dão pertence a \'OCé
então eis o que V. deve tàzer mas é um presente, um empréstimo
porque seu ciúme é mesquinho que será devolvido ao dono
e a mais odiosa coisa que V. pode fazer pala se você não o tratar direito.
alguém que se importa com você. Então, decida agora o que vai fazer.
V. deve se desculpar com essa pessoa e o que não vai fazer
de todas as maneiras que puder e veja se tem o bastante
V. precisa ajoelhar-se a ver com isso, não importa que... [Pausa]
e dizer a ele (ela) o quanto está sentida por [Após vários segundos, vá para a seqilência
ser tão mesquinha e cruel de término de transe.]
até por pellBaf que pudessem trair você [por
não aceitar esse presente que lhe dão porque
se você não os ama
então afaste-se deles
e se você os aID.a
então é mellior desculpar-se
e ser adulto o bastante
pois se você continuar agindo
como alguém mesquinho, que suspeita,
é bastante visivel pam mim
que V. está usando a sua imaginação
de uma forma desagradável .

de modos que seja muito doloroso


pam aqueles que V. diz amar.
. "132

[157] ABORDAGEM DIRETA PARA AUTO-CONSCIÊNCIA


Como você sabe bem demais,
nenhum. corpo é perfeito
mas você tem ainda que ser
imperfeitamente imperfeito
então, o que V. precisa fazer é isto
a fim de ficar mais confortáve4
este fim de semAnA, quando ninguém o observar,
quero que você compre um batom vennelho brilhante,
o mais brilhante venne1ho que possa encontrar
e que esfregue esse batom
nas partes que acha mais feias,
esfregue-o na sua parte mais embaraçoso
e fique andando com ela vermelha,
vermelha por um dia inteiro
e cada vez que vir algo vexmellio
lembre-se daquele local vennellio em você.
Você fará isso,
mesmo que não entenda porque,
não fará?
Boml
[va para um término de transe J
,,
li

[158] ABORDAGEM DIRETA PARA DISTÚRBIOS PSICOFISIOLÓGICOS


A medida que você relaxa
em um transe profundo, agora,
pro.fimdo o bastante,
, eu gostaria que você
desse um tempo à sua mente inconsciente
p6I'8 e;n.m;~T' esse seu problema cuidadosamente
aié que possa encontrar uma solução benéfica,
mna soluçlo que V. possa usar,
uma solução que está desejoso de ser capaz de usar,
de usar para V. resolver este problema
e resolvê-Io confortavelmente e bem
e quando e1a souber
que pode e fará isso,
decidiu O que fazer
e decidiu fazer isso para você,
eJa pode indicar esse conhecitn~tL),
essa decisão,
criando um movimento
em uma mão ou um dedo
ou um braço pode ser movido,
ou até uma perna ou um pé,
apenas um pequeno movimento
para que V. e eu possamos saber
para que ela possa indicar
que ela Babe o que fazer
e vai fazer isso.
Assim, vamos em frente
e simplesmente esperar com paciência,
esperando por esse sinal inconsciente,
ficar esperando até que você saiba,
até que ela deixe você saber de algum modo
que ela sabe como agora
, e fará isso pra você... [Pausa]
[Após detectar um pequeno movimento inconsciente de algum tipo, ()lJ de desassossego por parte
do cliente, vó para a'seqiJência de término de transe. ]
-134

[159] ABORDAGEM DIRETA PARA PROCRASTINAÇÃO


Eu poderia lhe dizer
que V. terá uma urgência irresistivel
de guiar o desejo de fazer essas coisas
que V. reclama que fica adiando.
E eu poderia dizer-lhe,
enquanto V. vai para dentro e para fora no transe, que
terá muita satisfaçAo
em fazer as coisas que não fez
que nada mais irá parecer t!o divertido
e que pode fimcionar
mas a Unica forma de saber com certeza
é se V. fizer o melhor possivel
para lutar com essa idéia, esse impulso,
e não fazer as coisas melhor por enquanto,
se você puder,
ou não fazê-1aa muito ~
se prec1S8.I',
porque eu sei que será dificil
não fazer essas coisas por enquanto,
então eu vou lhe dar pemrissão
para ir em frente e tàzer algumas coisas
mas só as coisas que tem que fazer.
Assim, lembre-se de apenas fazer o que precisa fazer
e de tentar se esforçar
para adiar tudo o mais
de forma que essas sugestões hipnóticas
tenham tempo para se solidificar
enquanto você resiste a elas o mais possível
e só tàz algumas coisas,
quaisquer coisas que sinta que deve fazer
e combate essa urgência hipnótica
de fazer tudo imediatamente
o mais que puder.
. :135

[160] ABORDAGEM DIRETA PARA ESTABELECER :METAS


(pRÉ-DETERMINAÇÃO PÓS-IllPNÓTICA)
Aplicação: Esta abordagem pode ser w;ada com clientes para determinar suas metas de vida
prof'sridas ou motas do terapia o pt;1ra inserir a sugestão hipnótica que seu inconsciente possa
as::umir os passos necessarios para realizar essas metas. Não recomendada para clientes
deprimidos ou suicidas.

Você não sabe E como ele lembra


exatamente o que fazer que coisas lhe acontecer~
isso permite a você que coisas decidiu fazer
sentir o meJbor que pode que o levaram a ter esse sentimento
então, eis <> que eu quero que V. faça. que o levaram a cumprir essa meta,
Eu quero que V. preste muita atenção eu gostaria que ele tivesse a oportunidade
em como você gostaria de sentir esse de começar a planejar como fazer isso para V.
s:tl'!f'I1;mf'!f\to de liberdade de revisar os passos necessários
e calma satisfação, e mais tarde
as reais sensações flsicas de levar vantagem total
que você irá sentir de qualquer situação, qualquer oportunidade, de
quando finalmente realizar sua meta e liderar você sem esforço
souber que fez isso, rumo àquela meta,
tendo fin~ Imente as coisas acertadas uma lembrança, um presente surpresa
da maneira certa pra você. de atingir o que V.'precisa
Isso mesmo, esse sentimento certo sem mesmo precisar saber
conforme V. sai pela porta exatamente onde você vai se dirigir
sabendo que tez isso, apenas saber quão bem ira se sentir
fin:l1mente encontrado o seu lugar quando V. chegar lá... [Pau.ra por 30 segu1Jdos ]
e enquanto o seu inconsciente I Vá para uma seqflê11cia depois da pausa. ]
forma esse sentimento, essa
imagem,
e vê você ali., pois, [essa idéia
fazendo e sendo quem você ~
quando você é quem faz V. se sentir melhor
ele pode lembrar com você
as coisas que V. fez ao longo do CAminho,
as coisas que V. começou fazer hoje
e fez de uns dias para cá
que levaram V. daqui para ai,
05 passos que levaram você lá,
automaticamente e sem esforço.
.136

[161] ABORDAGEM DmET A PARA ENSAIAR DESEMPENHO FUTURO


Ap/icaçlJo: Esta abordagem pode ser usada praticamente com qualquer cliente de terapia para
promover o progresso terapêutico quando as atividades necessárias para esse progres.';o já
foram identificadas.

Então você sabe o que fazer, você


sabe o que precisa ser feito e tudo
o que V. precisa fazer
é fazer isso exatamente pra você,
deixar-se fazer
da maneira que puder,
assim eu gostaria de lhe dar uma oportunidade
..
para reVISaT e
ensal8I",
imaginar cada momento,
experienciar cada so~
ver claramente em sua mente,
deixar seu inconsciente
ir com vOCê,
revisar e praticar cuidadosamente,
passo a passo.
~) todo o caminho a percoITef,
para que saiba.
exatamente o que fazer
e saber que V. pL"Xie fazer
e saber como você fará.
Assim, vá. em frente, agora.,
revise cada parte,
passe por isso tanto quanto precisa,
para saber que isso e parte de você. Aproveite
o tempo...
faça isso inteiramente... .
e q~do tiver terminado ~~

mernga ~
. permitindo s~us olhos

e que a Conaci~eaperti feIomo. ~~


AssIm., prossiga agora
enquanto eu aguardo que você
revise isso tudo...
. :;137

[163] 15 SUPERANDO PROBLEMAS DE HÁBITOS

As pessoas CDnsultam um hipnoterapeuta quando chegam à conclusão de que precisam de ajuda


para resolver ou eliminar um problema. Do seu ponto de vista, falta-lhes a habilidade ou a
força de. vontade para lidar eles mesmos com as questões. Isso é especialmente verdade
quando a questão é mn problema de hábito de longa. duração, tal como fumar ou comer em
excesso. A hipnose geralmente é o último recurso de uma longa cadeia de esforços para
alterar esses comportamentos. Além do mais, muitos desses clientes na verdade não desejam
modificar seu comportamento. O hábito envolvido pode propiciar muito prazer, um senso
de segurança ou vários ganhos secundários. Essas pessoas podem estar buscaJ1do
ajuda. somente porque elas acreditam que "deveriam", ~m porque assim llies disse um
médico, um amigo ou um membro da família. Elas optam pela hipnose porque têm a
irrealista expectativa de que a hipnose em si irá de alguma fonna, magicamente, impor sobre
elas as mudanças desejadas.

Essa é a crença de que a hipnose pode forçar as pessoaS a mudar os re.sultados de vários
problemas. Por outro lado, signmca que alguns clientes podem adotar um papel totalmente
passivo no processo de mudança. Eles simplesmente se reclinam e esperam que o
hipnoterapeuta lhes imponha seu desejo. Por outro lado ainda, alguns clientes podem ver o
processo como mn desafio. Eles praticamente desafiam o bipnoterapeuta a dar-Ihes uma
sugestão a que eles não possam resistir ou desbaratar.

A consequência natural de tudo isso é que a maior parte dos clientes com problemas de
hábito esperam totalmente que o hipnotizador use sugestões diretas como "0 chocolate não
mais terá um gosto bom para vocêll. ou "Os cigarros vão deixar você doente." Eles ficam
em estado de alerta quanto a essas sugestões e enquanto não as ouvem, não irão relaxar ou
se sentir como se tivessem feito o que esperavam ou precisavam. Uma vez que os clientes
passivos ouvem uma sugestão direta,. eles tendem a relaxar, confortados pela crença de que
eles agora receberam uma poderosa sugestão hipnótica, que tomará conta do problema para
eles. Os clientes resistentes, por sua vez, tendem. a relaxar quando ouvem uma sugestão
direta por~e são confortados pelo sentimento de que não existe maneira pela qual a
sugestão diTeta vá fimcionar.

Infelizmente, as sugestões diretas são eficientes em apenas uma pequena porcentagem


desses casos. As sugestões metafóricas que contêm diretivas implicitas são,
normalmente, são muito mais propensas a produzir mudança de longo prazo. As
afIIIn.aÇões diretas, feitas para realçar a motivação à mudança~ também parecem. ser mais
úteis que as sugestões hipnóticas diretas. Mas se as únicas abordagens u~('1~<: sãO
metáforas e afinnações diretas. então esses clientes ficam propensos a permanecer em um
leve transe, esperando pelas sugestões hipnóticas que eles pensavam vir e que emergirão do
transe embaralhado ou desapontado por sua omissão.
.:138

A solução óbvia é mixar todas essas aborda.gens juntas, que é porque não fornecemos
roteiros separados de metáfora, sugestões diretas e afmnações diretas para esses tipos de
problemas apresentados. Ao invés disso, os roteiros contidos neste capítulo incluem
sugestões diretas (que podem funcionar ou não, mas que satisfazem as expectativas de
todos), bem como metáforas e afnmações diretas (que são muito mais propensas a fomentar
a mudança). Essa abordagem encadeada é útil para outros tipos de problemas às vezes,
porém parece ser uma virtual necessidade em problemas de hábitos.

As afirmações diretas e metáforas que utilizamos com problemas de hábitos tipicamente são
elaboradas para permitir ao inconsciente conftontar o cliente com as consequências
negativas do comportamento indesejado elou as consequências positivas da mudança. o
inconsciente também é indiretamente encorajado para criar experiências, tais como
alterações em sensaçâo e percepção, o que tomará mais tãcil alterar o comportamento
indesejável. Nesse meio tempo, as sugestões diretas para mudanças específicas em
percepção ou ação estão embutidas nas metáforas. A meta é abrandar a expectativa
consciente das sugestões diretas, enquanto -também ajustando o estágio para outras
experiências e entendimentos úteis, gerados inconscientemente. Isso cobre todas as bases e
fTeqüentemente torna possível lidar com esses problemas de uma. só vez.
...
[165] . ROTEIRO DE ABSTINENCIA AO
FUMO
Ora, muita gente vem pra mim. de uma nianeira ~ confiante.
e pede ajuda para resolver E você pode oferecer ao seu eu
uma dificuldade particular grandes porções de auto-confiança, grandes
e elas me dizem, porções de auto-estima,
"Eu não tenho motivação, você pode aspirar auto-confiança
eu não tenho disciplina!" e expuar msegurança
E eu digo a e1as enquanto V. c.on1inua a apreciar
"A pessoa desmotivada a jornada rumo á sua meta.
não pede uma consulta. Através dos anos
A pessoa indisciplinada que eu trabalhei com pessoas ,/
não vem na hom marcada." tenho tido muitos clientes que vêm aqui com
A pessoa desmotivada um problema assaz interessante.
não distingue o lugar Eles se tornaram obsessivos
que deseja estar com a idéia de fazer amor
do lugar onde está a8om. com a1gu~m por quem sAo atraidos
A pessoa indisciplinada e quando eles abordaram o assunto.
fica em casa. com o objeto de seu desejo,
Agora, você tem toda motivação foi dito a eles
que você precisa, em tennos vagos
você tem toda disciplina que a relação fisica
que você precisa, em uma impossibilidade.
embora exista. uma coisa E as razões dadas
que você ainda precisa para a impossibilidade foram muitas:
que você não tem... ainda é mudo perigoso ou arriscado,
e que é a auto-confinnça, nâo saudável, ou até anti-ético.
a auto-c.onfianç.a que custa E ainda, frente a todos esses obstáculos, esses
sair em uma jornada clientes se tornaram mais e
[mais obses~Üvog
completamente preparado para a viagem,
sabendo que você leu o mapa, convencidos de que sua felicidade dependia da
que traçou o CJ!.minh.o~
consumação de seus de:~ejos negligenciando
as reservas toram feitas, todos os outros aspectos
acreditando que você pode, deseja de suas ,idas.
O que me lembra o homem
alcançar o seu destino
que tinha acabado de comprar uma casa nova,
de modo rápido, fácil e sem esforço.
uma casa cara
A auto-confiança que custa
-
reconhecer 1odos os sinais do sucesso
na melhor parte da cidade.
Ele tinha admirado aquela casa
exatamente como agora., você reconhece
por muitos, muitos anos,
essas confortáveis sensações hipnóticas
talvez desde quando em adolescente
nas mãos, braços, pernas... talvez desde os vinte anos.
esses sinais fisicos Ele não podia se lembrar exatamente,
que permitem a você saber mas ele bem sabia
que viajou de um estado que andou querendo comprar aquela casa
a outro estado
.:}4O

por um longo, longo tempo. Ora, todos sabem que ninguém


E ag~ ali estava - era toda sua. 20sta Que lhe di~am o Que fazer
Ele esbanjou'com ela cuidados e atenções, ; se eu' pudesse dizer-lhe o que fazer
decorou-a com' cores finas você não teria que estar aqui hoje.
de [insira cores da roupa do cliente] V. me chsm-unia ao telefone
Ele empape1ou-a e pintou-a e diria "Eu quero parar de fumar."
e quase não prestou qualquer atenção E eu diria
a toda a crescente dor de cabeça, no inicio. "Essa é uma ótima idéia.,
De fato, fomm vários anos pare de fumar... agora."
antes que ele notasse Mas todos sabem o que ninguém gosta
que sua cabeça parecia ter de ser dito o que fazer
um continuo embotamento então eu não diria a você,
e seus mUsculos tambem lhe doiam. V. já conhece todas a.~ razões
Ele se sentia um bocado cansado també~ então pam terminar com esse problema de fumar. Eu
foi ver um médico não teria que dizer a você que
que lhe deu uma receita fumar é perigoso e 000 saudável.
mas ele mmca se sentia muito melhor . Eu não teria que dizer-lhe que V. ira
e tudo fracassava sem cortar a dor de cabeça ou receber [prazer nenhum ao fumar.
a iIritação Eu nunca preciso dizer isso,
e o insidioso sentimento
de que sua saúde estava se esvanecendo.
Mas afinat ele tinha sua casa!
para _I
cigarros são um substituto pobre
insira as razões do cliente para o
fumo. f.e.. controle da atlSiedade. regular o
E é fácil compreender comer, aborrecimento. etc.]
como ele podia sentir Mas uma coisa que eu direi a você é:
se você ja fui de casa em casa "!vão fumar não é uma tarefa
casas em exposição, talvez, que você achará fácil."
ou simplesmente visitando a casa de alguém, ver E quando V.sair daqui hoje
como os outros vivem. não mais será
pode ser uma experiência que educa. alguém que fuma.
Mas eu posso entender a obsessão do meu V. sabe que tem o desejo de fumar
. [cliente e V. sabe que v.. sabe
com algo que não estA pra acontecer e ninguém pode tàlar a você tom disso.
desde o dia que eu vi a casa dos meus sonhos. Mas o que você sabe agora
Cwo que o preço bem acima é que V. tamb6m tem uma boa dose
do que eu poderia talvez conseguir pagar de 000 desejo
e ainda eu não poderia tê-Ia e V. pode ir a conhecer esse lugar
tora de minfia mente. de mo desejo
Eu me imaginava no quarto, enquanto ele se expande e cresce
na cozinha e no gabinete mais e nlais amplo.
e estava certo de que devia tê-Ia E o sentimetito de não desejo
para ser feliz. pode chegar mais fundo e mais fundo,
.. I.H
e o tempo de Eã.o desejo continuava a se alongar. Eébom .
E eu li uma vez: tinA 1 mente resolver esses sentimentos
"Quando eu era criança, e simplesmente deixar correr,
eu pensava como cnança, sem precisar saber
..
eu agIa como cnança. como a mente inconsciente sabe
Agora que eu cresci, o que íà.z... por você,
dei"<:ei de lado todas as coisas pensando com uma consciência
tolas."O que é que isso renJmente das coisas pensadas,
significa? sem precisar saber
Não sei bem, . dessas coisas que serão teitas -' automa1icmnen~
mas certamente significou muito você sabe o que fazer.
para meus clientes que eram obcecados com um Agom~ eu preferiria
desejo sexual que nunca podiam preencher. que você parasse: de fumar ,imediatamente,
Talvez; fosse o pensamento de deixar mas é inte.:irame.nte com você
velhas maneiras para trás descobrir, hoje,
que finalmente 08 permitissem ser 1ivres~ o me1hor tempo e jeito prn você.
ou talvez eles simplesmente cresceram Alguns clientes esperam uma ho~
e assumiram a responsabilidade pelos seus alguns esperam até a hora do jantar
e seu comportamento. [ sentimentos e alguns param por completo ja na hora de doanir.
O desapontamento e algo que todos nós enfi:entamos Agora, eu preferiria que V. parasse imediatamente
de tempos em tempos mas é completamente por sua conta.
e V. pode imaginar quão desapontado escolher um tempo, um tempo hoje,
essse homem esta'\'a por saber que ba'\'ia inseticida no quando você se libertar
châo e nas paredes da casa. de fumar parà sempre.
Ele saiu pras férias dos seus sonhos [l-t1 para uma sequência de término de transe.]
e ficou surpreso em descobrir que a dor de cabeça e a
doença desapareceram em apenas
W1S poucos dias. .
Quando ele chegou em casa,
conta10u um perito no assunto.
O perito gentilmente deu a notic~
a casa inteira estava devagar sendo envenenada...
e ele tambêm.
Ele levou so wn dia para embalar as coisas~
pois sabia com certeza
que SlUl saudc valia mais
que qualquer casa
não impona há quanto tempo
ele a desejasse.
E eu acho que finA Imeute cheguei a um acordo com
o fato de que eu não podia comprar
uma casa de $300.000,
não interessa o quanto eu a quL'ieSse.
1":'-: u- L..~I- -~L..
..

14
2
[168] ROTEmO DE ADMINISTRA.ÇÃO DO
PESO
Agora, você vem esperando tendo lições de canto
tantos anos pra dizer duas ou três vezes poT semana.
a última palavra sobre este assunto. E toi uma dificuldade, às vezes,
E sua Ultima pala,'rn deixar de brincar com as outras crianças
afuda está aL.. de reserva, apOs a aula e ("1-\m;nl}ar
passando todo um tempo se armando uma milha ou duas por dia
com as palavras finais, até a imensa casa branca
como os animais da floresta que onde vivia ó professor de canto
amUI7p.nan1 nozes e bagos até que ela descobriu que podia
para um inverno prolongado, ou ret'mem fazer disso um jogo,
cada tipo de graveto, folha, papel, fios questionando-se, enquanto cnm;nhava,
para fazer um ninho capricbado quantas pessoas em iantas ~ tanias casas
como um abrigo contra o ftio inverno viviam suas vidas dia após dia.
ou contra um predador â espreita, E ela lOgo sentiu como se
real ou imaginário. não estivesse desistindo de nlgo
Talvez a memória das palavras por não brincar com as outras crianças,
que uma mãe canta para a criança dormir, o jogo que ela jogava era tão
embal.ando~ embalando, palavras estimulante e compensador.
de uma suave canção de ninar, E ass~. quando finalmente
repleta de segurança e calor. chegou à casa do professor de canto,
E V. pode ser levado pelas palavras, recordando a ela estava completamente pronta
. para começar... e trabalbar
palavra que realmente quer dizer assim que tiver
uma chance. exercitando a voz
E as chances exisiem, à medida que V. é levado e aprendendo a arlm;n;stra-Ja e a usa-Ia
estará reconhecendo alguma parte de você exatamente como o instrumento musical
. assJIll era.
que apenas começou
a encontrar uma voz, Não todas as pessoas se dão conta mesmo
das múltiplas e várias maneiras
uma voz de crença e confiança
que existem para se treinar a v~
em si mesmo e em sua habilidade
mas ela certamente as descobriu,
para resolver este problema
exercitando as cordas vocais
de uma vez por todas
três vezes... cinco vezes por semana,
para exercitar seu privilégio,
cuidadosamente se moDÍtorando
seu direito a ter
para alimentar a si mesma~
o corpo que deseja para cuidar de si mesma de todas as formas
e V. pode oferecer a si mesmo e ganhar em confiança,
grandes porções de auto-confiança, ganhando em habilidade:
grandes porções de auto-absorção, ganhando em auto-conhecimento.
grande apoio da auto-estima.
Falando aquela pane de você
que conhece as palavras E ela colocou um tanto de energia em
à canção do seu corpo, modular sua voz
e qualquer um que tenha conhecido Vivian sabe nos seus tons mais ricos, mais suaves,
que ela passou dez anos
de sua inf'ancia
e ela cantava publicamente o prazer de se sentir saciado,
e em particular por muitos anos o prazer de se sentir saúsfeiio,
e nunca sentiu o medo do palco o prazer de dizer: "Não, obrigado. "
mesmo quando li audiência Não, você come demais
realmente não podia apreciar mas não obtém muito prazer.
a qualidade técnica de sua voz Você pode comer menos e ter mais... prazer.
e teria preferido V. pode querer menos e ter mais...
uma voz mais fina, menos ressoante. prazer.
CJaro que pra ela isso nUIlC3 pareceu V. pode elevar seu metabolismo,
problema que sua voz sentir o calor acariciando a pele, espa.Ibando-
fosse muito mais alta que as outras, se pelos braços, pen:laS, enquanto sente o
embora ela soubesse que isso às vezes era para prazer de
o professor do coro da escola. menos ser ID81S.
que vivia dando wn sinal 8 Vivian enquanto experimenta a energia aumentada
para baixâ-la. aquecendo você todo
Ela acreditava mesmo que cada um sentindo o prazer de ter
[devia parecer o corpo que deseja
e soar o mesmo e V. não precisa esperar mais
então Vivian iria lutar para se adequar a isso e para exercitar sua habilidade, o seu direito de
cantar, não chamando atenção ganhar o corpo que deseja.
para SI mesma. Lembrar que aquele tempo
E não foi até que ela entrou no colégio em sua vida, quando V. sabia
e cantou em coros onde todos como era bonito~ .

tinham ta1ento~ e ela sabia. reconhecendo aquele corpus de conhecimento


que não havia problema em ser meJhor que as que tem e . .

pessoas cantando com ela. falando a sua mente


E ela aprendeu que não importa de uma vez por todas,
-
se você se encaixa na verdade a reserva das ultimas palavras
finalmente pronunciada,
é muito mais divertido se salientar,
ser diferente, ter um estilo particular ouvindo a sua voz
que e iodo seu. enquanto ela preenche o vazio com co~. [Vá
Agora, sobre essa questão para o prQcedimento de término de rrame. ]
de perda de peso,
você pode esperar para começar
mas V. 11<'10 deve ter esperado o bastante.
Quando chegar à placa da rodovia
sabe que vai fazer uma escolha
de deixar algo que está à sua &ente
para trás e continuar sua jornada, lembrando
algo que jÁ esqueceu
que você sabe.
Ora, comer é para o prazer
e você esqueceu como
e:_perimentar o prazer
de se sentir com fome.
. -142 A

e ela cantava publicamente o prazer de se sentir saciado,


e em panicular por muitos anos o prazer de se sentir saúsfeito,
e nun~ sentiu o medo do palco o prazer de dizer: "Não, obrigado. "
mesmo quando fi audiência Não, você come demais
realmente não podia apreciar mas não obtem muito prazer.
a qualidade técnica de sua voz Você pode comer menos e ter mais... prazer.
e teria preferido V. pode querer menos e ter mais...
uma voz mais fina, menos ressoante. prazer.
Claro que pm ela isso nunca pareceu problema V. pode elewr seu metabolismo,
que sua voz sentir o calor acariciando a pele, espa1hando-
fosse muito mais alta que as outras, se pelos braços, pe~, enquanto sente o prazer
embora ela soubesse que isso às vezes era para de
o professor do coro da escola menos ser ID81S,
que vivia dando um sinal a Vivian enquanto experimenta a energia aumentada
para baixá-Ia. aquecendo você todo
Ela acreditava mesmo que cada um sentindo o prnzer de ter
[devia parecer o corpo que deseja
e soar o mesmo e V. não precisa esperar mais
então Vivian iria lutar para se adequar a isso e para exercitar sua habilidade, o seu direito de
cantar, não CMmllndo atenção ganhar o corpo que deseja.
para 51 mesma. Lembrar que aquele tempo
E MO foi até que ela entrou no colégio em sua ,'ida,. quando V. sabia
e cantou em coros onde todos como era bonito,
tinham talento: e ela sabia reconhecendo aquele corpus de conhecimento
que não havia problema em ser melhor que as que tem e i
pessoas cantando com ela. falando a sua mente
E ela aprendeu que não importa de uma vez por todas,
se você se encaixa - na verdade a reserva das ültimas palavras
é muito mais divertido se salientar, finahnente pronunciada,
ser diferente, ter um estilo particular ouVindo a sua voz
que ê iodo seu. enquaino ela preenche o vazio com com. [Vá
Agora, sobre essa questão para o procedimento de término de trame. ]
de perda de peso,
você pode esperar para começar
mas V. ]1('0 deve ter esperado o bastante.
Quando chegar à placa da rodovia
sabe que vai fazer uma escolha
de deixar algo que está à sua ftente
para trás e continuar sua jornada, lembrando
algo que já esqueceu
que você sabe.
~ comer e para o prazer
e você esqueceu como
e:_perimentar o prazer
de se sentir com fome.
143

[170] ROTEIRO DE PROBLEMA GENÉRICO DE HÁBITO

Aplicação: Para uso com uma 1loriedade de problemas de habito incluindo roer unhas, chupar o
dedo, fUmar., comer demais. ele.

Então, você veio me ver as coisas específicas que desejam fazer


para resolver o problema para atingir suas metas.
de se livrar desse hábito E então eles escrevem o porquê,
e eu gostaria de llie dizer eles escrevem porque deveriam,
que estou bastante impressionado os beneficios dessa mudança, , tantos
com sua disposição de tà.zer isso, quantos possam pensar.
porque não é fácil Eles escrevem r
admitir que se precisa de' ajuda, e a cada dia
não é fácil olham pra aquilo que querem fazer,
admitir que falhou olham os passos específicos envolvidos e
em corrigir ainda o problema. olham o porquê de quererem fazer isso
Mas está claro pra mim para lembrarem a si mesmos.
que V. tem habilidade para isso E todos esses escritos
porque as pessoas que não podem, lhes são necessários, absolutamente
não tentam arcar com o problema ou a despesa . [~ssários,
de fazer uma consul~ pois não podem se-Iembrar
elas ficam apenas dizendo pra si mesmas . de um dia para o outro
que é tolo procurar ajuda . o que é que el~ pretendiam tàzer ou
para fazer algo que poderinm. fazer à noite. porque queriam fazer,
se realmente dispusessem a mente para tanto~ o ou o que precisavam fazer
que, claro, nunca se lembram de fazer. para atingir sua me~
eles não conseguem se lembrar disso
. ..
Mas V. veio aaui hoje
porque realmente quer obter ajuda porque estão em desvantagem de qualquer
. . [maneira,
porque realmente deseja
se livrar desse hábito o que toma um prazer
e V. não veio tão cedo, o traba1ho com você,
e certamente não veio tão tarde, porque eu sei que você
e eu sei que V. pode mudar, irá se lembrar daquilo que quer fazer
eu sei que V. pode cortar esse comportamento e do porquê de fazer, e como fazer,
porque vi o que as pessoas podem fazer. Por de forma que eu não tenho que fazer você
que hà até mesmo programas escrever em detalhes
que ajudam esquizofrênicos, psic6ticos ou olhar todos os dias,
e pessoas com danos cerebrais tambem exceto em sua mente, sua mente inconsciente
a aprender como lidar com seu talvez.
comportamento, Eu posso apenas pedir que pense no caso para
o que é muito diflcil para eles. definir o que quer fazer exatamente, olhar
Um programa simples feito pelo Dr. Zec, ele como fazer, exatamente,
consiste nada mais o que V. precisa comer a cada momento do dia
que escrever o que querem. mudar, e eu sei que você
então anotar os passos envolvidos, irá lembmr disso tudo mais tarde.
.
144
E eu tambêm sei mas algumas pe8soas têm que escrever
que se o Dr. Erickson estivesse aqui hoje~ ele antes que atinjam o ponto
me diria que agora é hora de fazer
que eu realmente não preciso llie dizer o que V. pode ou MO pode tazer
que V. não fará mais isso. que decidiu fazer pra você.
que V. achará mais fácil não fazer isso, porque Então, V. pode sall' daqui hoje
agora você sabe com o reconhecimento completo
o que não vai mais fazer de que pode se lembrar do que fazer
e você sabe como não fazer isso e que não se lembrar
todo por si mesmo, lembrando a si mesmo, mas não é algo que achará fácil
ele pode dizer a você porque agora isso pertence a você, mesmo
de uma maneira que a~ia seu inconsciente e após ter saído daqui
crie uma resposta irresistivel isso ficara ai, com você,
que não importa o quanto V. tente, a memória de uma habilidade
V. nunca sem capaz encontrar uma maneira diferente
de [insira o hábito indesejado] de de fazer as coisas pra você
novo que costumava fazer
exatamente do mesmo modo, ou de todo, sem mas que agora não pode, não mais, porque
observar o quão desagradável se V. ~r isso
parece fazer você sentir, estará tàzendo de propósito
o que V. provavelmente já desprezou antes. ou e isso não é a mesma coisa. é '1
se esqueceu de rudo, Então, eu prefiro que V. pare agom
mas não esquecendo e se lembre de continuar parando
tanto quanto as pessoas que mencionei antes mas V. pode preterir parar
que são impotentes nessa luta, durante a noite~ na hora de dormir,
e eis porque eles precisam anotar, ou daqui a uma bom,
o que me lembra de um homem que vi na TV e V. pode então apenas lembrar a si mesmo
que se esqueceu de viver sua vida. o que é que .V. pode se lembm.r
Ele ia traba1b.ar todo dia, que aquelas.pobres pessoas
e fic.ava em casa toda noite, precisam anotar
e poupava recursos para a aposentadoria anies que o façam
quando ele finA 1mente iria fazer O que queria. com sucesso
Mas quando se aposentou, então é claro
descobriu que contrairn um câncer, você pode, :.
com apenas uns poucos meses pra Vlver não pode? .
e ele chorou enquanto tà1ava [Vá para um processo de término de transe.]
e disse que estava cheio de sua vida toda
ter adiado o que queria fazer,
te-Ia arruinado por esquecer
de prestar atenção ao que fizesse a cada dia, de
dar a si mesmo ordens estritas .

para cuidar de si mesmo agom,


para ser bom consigo mesmo agora,
o que Dão é o mesmo
que ser forçado a comer seu espinafre
ou de ser dito pra dar 8 si mesmo um trato,
145

[173] 16 AD~STRANDO A DOR

Os roteiros apresentados neste capítulo são exemplos de wna sessão inteira de hipnoterapia
para administração da dor, Úlclu.indo a indução~ implicações metafóricas, sugestões
diret4'1S e procedimentos de término de transe. Esses roteiros refletem o fato de que a
intervenção hipnótica para dor fisica geralmente é um procedimento muito mais direto do
que a lripnoterapia para sofiimento emociona] ou psicológico.
A dor e a administração da dor são tópicos complexos que se estendem muit9 além do
alcance do material apresentado aqui. Antes de tentar usar a hipnose para o treinamento da
administração da dor: você deve se tornar familiar com a literatura disponível. Nesse meio
tempo, entretanto, deve haver vários pontos que vale a pena salientar. .

Primeiramente, a dor é somente um sinal, um evento neurofisiológico que deve ser


observada e interpretada cognitivamente antes que se transfonne em sofi'imento. O
sofrimento nasce da raiva, medo e outras reações que as pessoas experiencia quando elas
interpretam cognitivamente a dor. A morftna, por exemplo, não "extennina" a dor. Antes, ela
cploca as pessoas em um estado mental onde elas não mais se importam com a dor ou
pensam sobre ela. O smal da dor ainda está ali, mas isso não mais as preocupa. Ass~ quando
você elinúna. as cono1ações cognitivas negativas da dor" muito do sofiimento
calcado no emocional é também eliminado.
O transe hipnótico pode ser usado para reduzir conotações e sentimentos negativos. Em um
transe relaxado, as pessoas podem aprender a permanecer calmas e não afetadas por uma
sen.saçãC'J que, de outro modo, as teria atemori2.ado ou exasperado. Elas também aprendem
a redefinir sua dor como UlD.&'t coceira, uma caimbra ou uma sensação de calor. Às vezes,
elas podem até aprender c.omo não experienciar a dor de maneira nenhuma. Podem desligar-
se dela, ou simplesmente "esquecer" como localizá-Ia. I

Em segundo lugar, a dor pode ser um valioso sinal, ou pode não ter valor nenhum. Se a
sensação é um alarma que significa que algo está errado fisicamente, que pode e deve receber
atenção, ou se ela significa que algum tecido está sendo destruido, então ela é importante.

É dificil e potencialmente perigoso ignorar ou eliminar um sinal importante de dor. Por


defmição, uma dor importante é um alarme que cliama a atenção para uma situaçdo que exige
ação corretiva. Por outro lado, a dor em um pé amputado ou a dor que se origina de um nervo
estrangulado que não pode ser conido, esta é sem sentido. A dor de cutto prazo de um
procedimento cÍriIrgico, dentário ou de um parto também nonnalmente carece de importância
real. Embora exista um dano sendo feito, não há razão para atendê-Ia. A consciência da dor
não irá melhorar uma operação e a falta de consciência não irá pô-Ia a perder.

Enquanto wn paciente acredita que uma dor é importante ou cheia de significado, será
dificil para essa pessoa aprender como usar a hipnose para administrar a experiência dela.
Por exemplo, um paciente foi capaz de aprender como reduzir seu desconforto apenas
depois que ele foi inteiramente convencido de que as agudas pontadas que sentia não
significavam que fragmentos ósseos estivessem aos poucos danilicando um nervo em
suas
146

costas machucadas. Os pacientes precisam ser conscientemente reafirmados antes do uso da hipnose
de que a inabilidade para sentir uma sensação não irá resultar em nenhum dano indevido. O mesmo
quanto aos hipnoterapeutas.

Quando uma dor tem sentido, deve-se fazer o possível para preservar os cuidados ou
restrições criados por aquele sinal, mesmo quando você reduz o sofiimento. Vários tipos de
dor nas costas, por exemplo, servem como aviso para não se movimentar de algumas
maneiras ou para não levantar muito peso. Ignorar. esses sinais pode resultar em sério.
prejuízo muscular, de nervos ou discos. Ao invés de tentar bloquear esses sinais
inteiramente, pode-se fazer um esforço para transfonná-Io em sinais protetores altemativos~
tais como tensão ou excitação.

Finalmente, a dor pode ser wn fenômeno específico de situação, de çurto prazo, ou pode ser
uma experiência crônica e de longo prazo. A dor crônica, entretanto, guarda a memória da
dor passada e a antecipação de toda dor futura. As abordagens hipnóticas utilizadas para se
lidar com esses dois tipos diferentes de dor devem levar em conta essas diferenças, bem
como a importância do próprio sinal da. dor. ,Assim, oferecemos diferentes roteiros para dor
crônica versl1s dor aguda. .

Devido ã dor crônica, os pacientes automaticamente serão atirados na percepção de sua dor assim
que ll1es for dito para fechar os olhos e relaxar, a própria dor é usada como seu tOco interno inicial.
Ao mover a atenção na direção da dor, enquanto, ao mesmo tempo, se encoraja o relaxamento e a
c.alma, pode-se pennitir aos pac-ientes que aprendam que o sinal da dor não os irá destnrir. Isso
afasta a tendência de lutar raivosa ou assustadoramente contra a dor~ o que pode por si só provocar
caimbras ou espasmos musculares e mais dor. A medida que os pacientes aprendem que eles
podem se tOITh'\T altamente conscientes sobre a dor e ainda se manterem calmos, seu
sofiimento diminui.' O tratamento então se toma uma questão de guiá-I os por meio de uma
.

série de eventos (imagens, pensamentos, perceptivas, etc), até que uma ou mais seja
encontrada, o que cria o confortável alívio buscado. ,A oportWÚ~'1de para praticar usando
essas habilidades recém descobertas é dada antes que
. eles sejam trazidos para fora do transe. Deve ser notório que existe. uma tremenda
similaridade entre os passos deste processo e os passos de hipnoterapia. A lógica, as metas e
os procedimentos 'de cada um são praticamente idênticos.

Os procedimentos tipicamente usados para se ajudar os pacientes a se, prepararem para


controlar uma dor de curto prazo também envolvem uma breve indução de transe, seguida
de uma série de comentários ou sugestões feitos para possibilitar o indi"iduo a reconhecer as
diferentes maneiras pelas quais as sensações podem ser alteram.s ou criado um torpor. A
eficácia dessas abordagens não pode ser diretamente m01Útorada pelo sujeito porque a dor
não está presente. Portanto, o terapeuta pode oferecer mn estímulo doloroso ou ilirigir o
cliente para fazer isso, a fIm de "testar" o grau de controle de dor criado. A descoberta de
uma abordagem eficiente é seguida por uma sessão prátic~ em que o controle da dor é
sucessivamente removido e restabelecido, até que o sujeito tenha dominado a "guinada"
interna que produz a desejada ausência de sensibilidade. Este proceclimento é comparável
ao procedimento de ensaio utilizado durante a fase de ténnino de transe da hipnoterapia.
147

[176] ROTEIRO DE ADMINIS1RAÇÃO DA DOR CRÔNICA


Aplicações: Para uso na dor de longo prazo, tal como problemas nas costas. prejulzo do
nen.>o, dor fantasma, câncer, etc.

Com seus olhos techados, desse sentimento


à medida que você começa a relaxar, bem no menor ponto dele,
você provavehnente observa na tonte dele,
que a primeira coisa que V. vê e então afundar ate esse centro
é o quanto é diftcil em um lugar mais abaixo dele,
não ficar sabendo de quietude e de cal.ma per~ão,
dessa dor e desconforto~ indo até esse sentimento
e isso está bem. e para o lado de fora,
Você não precisa em um espaço de se deixar ficar rela.'C8do,
brigar com sua mente de relaxamento confortàve4
que está sempre a par onde sua mente pode se deixar levar, como
dessas sensações ali as ondas se deixam levar
para você de um lugar para o outro,
porque, na medida em que você relaxa, você conforme esse COIpO relaxa
pode começar a descobrir e a mente se torna mais e mais leve, capaz
que cada vez que você relaxa de absorver eventos, ate aqueles
um músculo de um braço... eventos
ou de uma perna... de maneira fácil e confortavel.
ou o seu rosto... Ficar absorto .
ou mesmo um pé... ou um dedo, em pensamentos e lInagens,
que você pode se debmr levar para baixo coDÍonne a mente ret1ete
mais e mais fundo que antes, a clara surpresa de uma criança,
nessa sensação ali uma pequena criança
de uma maneira mais relaxada e confortitvel. a olhar um bando de gansos
Porque, na. verdade, não é preciso em revoada
fazer o esforço que leva cruzando o ceu
para tentar ticar longe e conforme eles entram voando na neblina,
desse sentimento o ritmo do som que eles fazem
ou tentar lutar com esse sentimento, ficando mais e mais longe,
que quase sempre parece guiar e dirigir tão suaves como as penugem
a consciência na direção dele de um travesseiro, em um lugar
e mais e maL., para ele onde você descansa e relaxa,
e cOllÍorme você se dei"C.8. levar até ele, rumo ao um lugar mais confortavel
centro desse sentimento, para uma criança relaxar
tudo o mais e se deixar levar em sonhos
pode ser autorizadq a relaxar, por meio da mente, protegida e segura.
a relaxar mais e mais Onde esse relaxar
conforme você começa a descobrir permi1e o fluxo e a maré suave para cima,
que realmente 6 bom onde a mente se deixa levar, livre
ficar dessa maneira das coisas lá de baixo
permitir a si mesmo relaxar e parece elevar-se
cada parte do seu coIpO~ em um céu claro como o vidro~
e mergulhar para baixo, em direção tão suave e claro
ao ponto mais central que desaparece
..

148

quando vQCê olha para ele. essa habilidade de relBxar,


e o que aparece em seu lugar mais e mnis contorto,
e o profundo brilho azul de deixar sua mente inconsciente
do sol morno e suave encontrar a maneira de dar a ,'ocê
uma estrela lá longe, mais e mais relaxamento: se deixando levar.
que se estende e envia Ivfuito bem.
essa luz suave e cálida Sabendo que você pode fazer isso
conforme você se deixa levar para baixo a qualquer momento, qualquer lugar que que
e experiencia o conforto você precise ou deseje,
e aprende a sentir o sono profundo você pode voltar a esse lugar.
que sua mente inconsciente Portanto, eis o que fazer i'
pode dar a você . m.e.is tarde, hqje, amanhã, semana que v~ e
sempre que ~'OCê relaxar pelo resto de sua vida,
e permitir que ela passe para um transe. Porque sempre que você precise ou deseje,
ela pode levar você você pode fechar os olhos
até aquele sentimento 36 por um momento, ta1~.ez,
no espaço e sentir esse sentimento confortável
aquele lugar relaxado e contOnável, que se modifica em sensação,
confoIme você relaxa voltar para você
e se permite tàzer isso e você pode se deixar levar nesse transe
80 para você. ou em Um transe profundo,
Esse alivio e esse relaxamento, onde sua mente inconsciente
esse se deixar levar através das coisas pode tomar conta de "ocê:
que vêm para você tomar as coisas contortáveis para você
sempre que voce permitir que v~ e então você volta
assim como se deixar levar para cima também à superficie da percepção consciente,
acontece, não precisando fazer o esforço que leva tentar
o vaguear de volta dizer se esse sentimemo esiâ ali ou não. apenas
em direção à superflcie da consciência desperta, enquanto você se dirige agora
contonne sua mente inc.onsciente de volta tl superficie,
lembra você de subir confortavelmente descansado e refrescado,
de umn. maneira relaxada e confortável. permanecendo relaxado, talvez:
De volta a Buperl1cie, agora, mesmo quando os olhos se abrem de novo
trazendo com você . e a percepção consciente retoma,

esse relaxamento confortável, agora!!


essa mudança automática na sensação, mesmo
enquanto a mente sobe à tona,
o relaxamento continua,
enquanto a mente acorda
e os olhos se abrem
mas o corpo permanece Já atrás, relaxado. Isso
mesmo, os olhos se abrem agom [pausa] mas
antes que você volte completamente, você pode
fechar os olhos de novo
e sentir esse relaxamento outra vez
e reconhecer essa habilidade,
149

[178] ROTEIRO DE AD:MINIS1RAÇÃO DE DOR DE ClJRTO-PRAZO


ANTECIPADA Aplicações: Para uso no nascimenTO. tratamento dentário, cirurgia.
jcrimentos no esporte, ete'.

Agora., seus olhos estão fechados


e V. está sentado aqui, sabendo confortavelmente
que veio aqui hoje
porque V. quer aprender
a usar suas próprias habilidades hipnóticas
para elimiT1RT alguma futura sensação de desconforto
E ass~ à medida que V. começa a relaxar
e a se deixar levar para baixo num leve transe
ou em um transe médio, .
eu quero que V. aproveite o seu tempo fazendo isso.
Não tão depressa ainda,
. porque há 'algumas coisas
que V. precisa ouvir com cuidado, primeiro.
Por exemplo, V. precisa compreender
que V. já tem uma habilidade
para aftouxar um braço ou uma perna,
para se tomar completamente sem noção
de onde exatamente esse braço esta posicionado,
ou os dedos,
e V. tem a habilidade de ficar despreocupado
sobre onde exatamente toi o dedo
ou a mão, ou a perna,
ou o seu corPo inteiro~
o que parece levar
muito esforço }18I'R prestar atenção, às ,'ezes:
Porque você também tem uma habilidade~
uma habilidade inconsciente
. que você pode aprender a usar
e que essa habilidade é a habilidade
de desligar o sentimeri.to
de um braço, uma perna ou qualquer lugar.
E uma vez que você descobre como se sente
com não sentir absolutamente nada,
onde quer que você queira que isso OCOIm
então você pode criar o sentimento adormecido: contortllvel,
em qualquer lugar e a qualquer momento que isso lhe for útil.
E eu não sei se sua mente inconsciente
irá pennitir que você de~cubra esse sentimento de dormência
na mão direita~ ou em um dedo da mão esquerda~ primeiro~
uma área pequenina de dormência,
um confortâve} sentimento de formigamento,
uma pesada e nebulosa dormência
que parece crescer e se espalhar com o tempo~
.

'150
ate que cobre essa mão e as costas da mão,
ou qualquer coisa em que você preste atenção,
isso parece simplesmente desaparecer de sua experiência.
N1as você não sabe como se sentir
o não sentir alguma coisa que não está ali,
então eis o que eu quero que você tàça.
Eu quero que você se estenda até a iu'ea dormente,
a essa mio que d01Dle,
isso mesmo, vá em frente e toque nela
e sinta esse toque
conforme V. começa a se beliscar ~
uma sensação que deve sentir primeiro
mas conforme você continua se beliscando,
uma coisa interessante acontece...
V. começa a descobrir que existem vezes
em que não sente nada ali,
isso mesmo, a sensação simplesmente parece que some,
enquanto você aprende como permitir
sua mente inconsciente
a desligar essas sensações para V.
Tudo o que precisa fazer é só prestar atenção
prestar atenção a essa donnência.
E conforme essa habilidade cresce e evolui,
e você começa a saber, a realmente saber
que você jit sabe
como permitir que a sensação e a dor desapareçam
dessa mão ai, ou de qualquer lugar,
ou a outra mão pode voltar para sua posição de descanso...
e você pode se deixar levar até esse ponto
onde a consciência desperta irá retomar.
Então, siga em frente ag~ conforme V relaxa
e descobre como deixar acontecer
e sentir essa dormência mais e mais claramente
e então V. pode se deixar levar,
em seu próprio tempo,
de sua própria maneira.
Isso mesmo, aproveite o seu tempo para aprender
e então, deixe-se voltar à tona, os olhos abrindo
[dê uma pausa e permita que a auto-prática continue. até que o cliente abra os olhos.
EntlJo continue imediatamente.]
Agora, antes de V. despertar completamente,
eu quero que V. feche os olhos de novo
e permita se deixar levar para baixo outra ve~
reentrando naquele lugar de calmo relaxamento,
porque havia um menino na TV,
não muito tempo atrás,
que aprendeu como controlar toda a sua dor.
Ele descreveu os passos que deu para o fundo, com sua mente,
um de cada vez, os passos
até que encontrou o vestíbulo, no fundo,
151
como um longo túnel,
e por todo o túnel, de ambos os lados
havia muitas tomadas e espelhos de tomadas,
cada um claramente nomeados.
Um para a perna direita, um para a esquerda, um para a perna
e um para cada parte do corpo
e ele podia ver os fios dessas tomadas:
os nervos que transportavam as sensações
de um lugar para o outro,
todos indo parar nessas tomadas.
Tudo o que ele precisava fazer
era alcançar com a mente .
e desligar as tomadas que ele queria
e então ele podia não sentir nada
nenhuma sensação podia passar dali,
nenhuma sensaçAo mesmo,
porque ele tinha desligado todas aquelas tomadas.
Ele usou as habilidades da mente de modo diterente
do homem que simplesmente tomou seu corpo adormecido. Ele
nAo sabia como exatamente ele fez isso,
tudo o que sabia era que ele estava relaxado e desligado, como
um vagão de um trem desligado do resto,
moveu sua mente para fora de seu corpo,
moveu-a fora de algum outro lugar: .
onde ele podia olhar e escutar,
sem se deixar levar para outro lugar ainda.
E i'Jso realmente não importa
exatamente como você diz ao seu inconsciente o que fazer, ou
como seu inconsciente faz isso para V.
A única. coisa importante
é que você sabe que você pode afrouxar as sensações
tão facilmente como fechar os olhos .
e ir para baixo, para .
onde algo desconhecido acontece
que pennite que V. desligue
que permite essa dormência acontecer:
e então a subida agora,
a subid11 ate a superflcie
e vagarosamente permitindo que os olhos se abram.
à medida que o estado desperto retoma
com um...confortitvel continuaçifo
desse sentimento protegido que alguem mais pode tomar conta enquanto
de relaxamento salvo e seguro .
você se deixa levar em sua mente e então volta,
e uma habilidade para esquecer um braço, quando for a hora
ou qualquer outra coisa, para apreciar essa confortável subida
sem precisar prestar atenção . onde os olhos se abrem
às coÍBas que estão bem, e a consciência acordada retoma
total e completamente agora.
152

[181] 17 -PROCEDIMENTOS DE TÉRlvITNO DE TRANSE

É possível encerrar uma sessão de hipnoterapia, dizendo simplesmente: "OI<, é hora de


parar agora, portanto continue e desperte completamente, e abra os olhos." Entretanto,
essa :fmalização abrupta não dá tempo para ensaios de novas aprendizagens) ratificação da
experiênc:ia do transe ou distração da. mente consciente. Pode também dei.ur o cliente
sentindo-se um tanto desorientado ou confuso.

Os comentários abaixo apresentados são feitos para levar o sujeito: gradualmente: de volta
ao alerta completo, dar uma oportunidade de rever e integrar novos aprendizados e criar
uma experiência que confIrme o transe como um estado atípico da. mente. São também
dadas instruções para procedimentos feitos para distrair a atenção consciente e "autenticar"
o transe como um fenômeno separado antes que as questões de foIlow-up sejam
perguntadas. É melhor seguir cada um desses passos no processo de término de transe: ao
:fmaIizar uma sessão de hipnoterapia, mesmo se aquela sessão tenha envolvido apenas um
leve transe.
153

[182} Passo I: REVENDO E ENSAIANDO APRENDIZAGENS DE TRANSE

E assim., .
antes de você se permitir
emergir completamente
no alerta vigilante, completo,
pOde ser útil para você
utilizar a oportunidade agora
para pensar naquilo que você experien.ciou,
os pensamentos, imagens, idéias,
e como você pode usar essas coisas mais tarde de
um dia para o outro.
Porque você tem uma mente inconsciente
e você tem uma mente consciente,
e essas duas mentes podem aprender,
a partir de suas experiências aqui e agora, algmnas
coisas que VOl.'ê pode usar
para lidar mellior com essas coisas
que tem sido problemas para você antes.
E assim, antes que você contÍnue flutuando
até sua percepção consciente,
percepção normal acordada,
é seu privilégio
usar essa .confortável auto-consciência
para se tornar mais a par dessas coisas
que você pode usar mais tarde,
esses aprendizados,
habilidades e perícias
que você pode ter negligenciado antes.
para dar a você uma nova visão
das possibilidades de uma nova maneira
de pensar e sentir e fazer coisas.
Isso mesmo, ~enba algum tempo ago~
um breve tempo que parece ser um longo tempo,
para rever e planejar,
em algum nível de consciência,
aqUelas coisas que você fará mais tarde,
aquelas coisas que você pode mudar mais tarde,
confonne você começa a usar mais e mais de você.

[Pausa por vários segundos. então continue com a


sugestão de ratificação.)
154

[183] P.,o\SSO lI: SUGESTÕES DE RA.TlFICAÇAO


Você pode usar esse tempo~ agor~
porque daqui a poucos momentos a partir de agor~
quando você vier à superficie e acordar,
pode ser interessante para você saber
. que nesse mergulho, nesse estado relaxado da
mente, onde os pensamentos flutuam como sonhos~
que entram na consciência por um tempo
e vagueiam através da mente,
enquanto alguns são deixados para. trás
paro serem usados mais tarde
e outros são lembrados
ou parecem ser lembrados primeiro
mas então se tornam mais e mais distantes,
esquecidos no tempo,
e a total experiênc.ia
pode parecer tão distante,
à medida que 8114'\ mente inconsciente
protege a .mente consciente
e deixa essas coisas, para trás,
esquecidas mas também lembradas.
E o tempo também muda,
para que você possa saber
o que um transe tem sido
quando você começa a saber
que o que parecia levar mn tempo curto
se revela levando um tempo longo,
ou o que parecia ser um tempo longo
não er~ na verdade, tempo algwn.
155

[184] PA~SSO ill: REORIENTA.Ç_~O A. CONSCrP.NCLA. R1v1 VIGÍLiA.

Então~ por agora~


enquanto sua mente inconsciente
permite à mente consciente
se tornar sabendo mais dos sons,
sons na sala, o som da minha voz, [Volume
de 'Voz e tempo
de fala devem ser aumentados
um pouco, a este ponto.]
as sensações em um braço, uma perna,
a variedade de pensamentos e sentimentos à
medida que a mente consciente vem à tona

[Pause brevemente para permitir ao c/lente terminar de


abrir os olhos. Muitas pessoas começam
~'e movendo e ~'e eoS'ticando, neste ponto, enquanto que
outros simplesmente abrem os olhos e permanecem sem se
mover. Em qualquer dos casos, vá para os comentários de
distraimento logo após eles terem aberto os olhos. Todos os
comentários pó.s'-transe, incluindo distrações, d~'em ser
oferecidos em' um . tom de voz de conversaçao normal. ]

e a perc~pção acordada, consciente


retoma completamente, agora.
Até a superficie da percepção acordada,
descansadamente reftescado, confortavelmente desperto,
mesmo enquanto a mente emerge completamente
e os olhos...
se pennitem abrir agora...
Isso mesmo, olhos abertos,
e a percepção desperta retoma
completamente agora.,.
156

[185] PASSO N: DISTR..<\ÇÕES


Há inumeráveis comentários de distraimento possíveis. O que se segue é wna breve
descrição dos vários tipos. Use sua própria criatividad.e para gerar um novo para cada
sessão.

A De vO/la ao inicio - Este tipo de comentário de distraimento continua mna conversa.


anterior ou se refere de volta a um incidente que tenha OCOITido antes do pr~sso de
indução de transe. À medida que o cliente se concentra nas tramas de memória desse
pré-transe, ele tende a perder o fio da meada das memórias sobre o processo
interveniente de transe. Exemplos: ?

- Agora você diz que [insira qualquer tópico que o cliente mencionou antes
da indução J.
- Mas eu acho que deve ser importante para você examinar seus sentimentos sobre
[de novo. insira um tópico previamente discutido}.
- Me aCOITe também que [insira uma observação de fo/Jow-up com respeito ao
topico anterior].

B. Non sequiturs (interferências ao acaso) - Esses comentários :;00 tão irrelevantes para a
situação atual que eles pegam o cliente de surpresa. A confusão resultante impede o
processamento eognitivo indevido da pre~e-dente exp~iência de transe. Exemplos:

- Eu realmente gosto de seu [sapatOs. camisa. gravara. vestido ou qualquer artigo do


vestuario que () cliente esteja usando]! Onde você comprou?
- O que você acha da [lâmpada. tapeie. cadeira ou qualquer objeto no consultório] 1
Tenho pensado em trocá-la( o).
- Você sabe qual é a previsão do tempo para 811.1anhã?

C. Planos Futuros - Esses comentários encorajam o cliente a rever seus planos para o
futuro e, assÍm., desencorajam as revisões sobre o passado imediato. De novo,
uma
amnésia parcial para o transe é o resultado nonnal. Exemplos:
- Então, o que você está planejando fazer este fim de semana'?
- Bom, vamos discutir um horário para o próximo encontro. Que tal se nos víssemos em
[especifique um dia e uma hora]?
D. Ratificações - Alguns comentários ou questões não apenas servem para distrair o
cliente de rever eventos do transe, mas também tendem a ratificar o transe ao mesmo
tempo. Exemplos:
- Olá! Bem vindo de volta. Como foÍ sua via.gem?
- Você realmente acha que está completamente desperto já, ou devo dar-lhe mais alguns
segundos para você voltar mais completamente?
- AE suas mãos e pernas ainda estão se sentindo um tanto esquisitas?
Agora, quanto tempo você acha que esteve no transe? Quanto tempo se passou desde
que nós c-omeçamos?
15i

[187] PASSO V: QUESTÕES DE ACO!\1PANHAMENTO

Uma vez que o cliente tenha se distraído de uma análise imediata sobre o transe, é seguro
sondar por feedback quanto à experiência. Os insights e as decisões que deveriam
pennanecer no domínio de proteção do inconsciente por um tempo terão retrocedido. A5
memórias conscientes restantes podem ser utilizadas para se determinar que eventos
internos captaram a atenção da mente consciente mais dramaticamente e que eventos
externos pareceram interromper o processo. Esta infonnação, por sua vez, pode ser usada
para aprimorar a eficiência das futuras sessões hipnoterapêuticas. Exemplos:
~

- Há alguma coisa em particular que você gostaria de mencionar sobre essa


experiência? - O que você se recorda mais claramente sobre essa experiência?
- Eu gostaria de saber um pouco do que sucedeu a voc..'ê, tal como o que foi mais
interessante
ou agradável para você e o que, se houve algo, lhe pareceu interromper o processo.
AlgtIDS clientes acham dificil colocar em palavras as suas experiências a principio e outros
parecem relutantes em discutir o processo como um todo. Essas respostas pós-transe devem
ser respeitadas e nenhum esforço deve ser feito para inquirir em busca de infonnação
adicional. Igualmente, as clientes que desejam discutir demoradamente a experiência de
hipnoterapia devem ser permitidos de fazê-Io.
Como mencionado no Capitulo 2, deve-se saber que. as verificações sobre o impacto
terapêutico de uma sessão de hipnoterapia não podem ser baseadas nesses relatórios pós-
transe. Os clientes podem relatar que nada de importante aconteceu a eles enquanto, ao
mesmo tempo, eS~10 dizendo coisas que claramente refletem a significativa mudm1Ç3 de
atitude ou de perspectiva. Além disso, os efeitos de uma intervenção hipnoterapêutica podem
não se tomar aparentes até vários dias ou semanas após a sessão.. O propósito do
questionamento pós-transe é simplesmente determi:ruu' o que tàcilitou ou inibi a experiência
de transe para o cliente, não detennÍnar o efeito terapêutico. Os efeitos terapêutico~ serão
re.fletidos por mudanças subseqüentes em afeto, cognição ou comportamento, não
necessariamente pelos relatórios pós-transe do cliente.
Depois que completou os passos envolvendo o ténnino do transe, você pode conduzir o
restante da. sessão da fonna que escollieT. A abordagem hipnoterapêutica descrita nessas
páginas é um adjunto às suas outras técnicas de psicoterapia., não uma reposição para elas.
Utilize a lúpnoterapia quando ela pareça apropriada para tanto, porém não seja elToneamente
le,,'ado a pensar que pode coníiar exclusivamente nisso. Para que ela seja eficiente, deve ser
usada dentro do contexto de um relacionamento psicoterápico positivo.

***
158

[189J POSF ÁCIO


Clientes novos sempre perguntam se nós nuncc'1 ficamos cansados de. ouvir os mesmos
problemas. dia após dia. Evidentemente, é-lhes dificil acreditar que a terap ia pode ser uma
constante fonte de fascinação e satisfação. Mas, dentro do quadro de referências da
abordagem aqui descrita, cada novo cliente oferece uma nova e completamente singular
oportunidade de reexperienciar a magnífica complexidade, a perfeita. harmonja e os vastos
potenciais de cada ser hwn.ano neste planeta.
Quando conduzimos um Transe Diagnóstico, nossos clientes nos dão o privilégio de entrar
com eles naquele moodo interior anterionnente obscuro. Eles nos levam pa~-,a onde a dor
os leva. e nós somos liberados para compartilhar seu assombro, à medida que o
entendimento nsswne o lugar da confusão. Alguns clientes preferem manter privado esse
mundo interior, um segredo até mesmo de si próprios, talvez, e com esses clientes nós
aprendemos um respeito pelo Self e uma constatação de que nem todo conhecimento
precisa ser conhecimento consciente.

Acima de tudo, no entanto, nossos clientes nos demonstram consistentemente a auto


cura, os potenciais de busca-de-crescimento dentro de todos nós. A hipnoterapia
simplesmente ajusta a etapa e oferece mna opommidade para mmLmça. Como mestres de
improvisação, os clientes aproveitam a oportunidade e a util~ de sua própria' maneira
criativa para aliviar a dor e fomentar a mudança. Cada cliente é diferente, cada situação é
ctiferente e o que cada cliente precisa, ein cada situação, é díterente. O prodígio é que quase
todos eles podem encontrar e usar aquilo que necessitam quando se lhes é dada a
oportunidade e o encorajamento adequados para fazê-Io. .
I
'. 1
Quando você incorporar a hipnoterapia à sua prática, entrará em um novo tipo de relação com seus
clientes. Como um condutor de orquestra 011 um mestre dramaturgo, o lúpnoterapeuta cria uma
atmosfera que geralmente evoca pensamentos transcendentes~ emoções intensas e poderosos
insights. Principalmente, contudo, a hipnoterapia er.vo]ve um reconhecimento e celebração mútuos
sobre os potencia.is e habilidades inerentes do cliente. Concordando em contar com essas
capacidades inconscientes para compreensão e ajucL1, ambos, vO<..'ê e o cliente, concordam em
confiar completamente nos recursos dele. Como resultado~ o respeito e a admiração que você
demonstra a cada cliente por usar esses. procedimentos hipnoterapêuticos estabelecem um forte
precedente para esse senso pessoal de competência e auto-confiança do indivíduo.

Isso nos leva à nossa concludente observação. Embora tenhamos nos empenhado em fornecer
roteÍros 4.e hipnoterapia que entendemos serem úteis com muitos tipos distintos de clientes, deve
ser enL'1.tizado outra vez que esses roteiros foram feitos para servir como modelos ou exemplos.
Até o ponto em que eles sejam relevantes às dinâmicas de cada dado individuo, podem provar
serem terapeuticamente úteis. Por outro lado, encorajamos você a começar, assim que possível, a
traçar metáforas e ftases para cada um dos clientes, que sejam especificament.e selecionadas para
expressar os problemas únicos e a. personalidade de cada cliente: bem como seu próprio estilo
singular.
159

Nossa injWlçãO inicial aos participantes de workshop para confiarem em seu inconsciente
provavelmente não funcionou muito bem, devido a que suas mentes inconscientes não
tinham ainda tido a oportunidade de aprender o que era necessário. Pratique utilizando os
materiais aqui apresentados, ate que você tenha desenvolvido uma familiaridade com os
conceitos e pr(X.'essos, então confie no seu inconsciente. Seus poderes de observação,
compreensão e criatividade podem smpreendê-Io e também aos seus clientes.
161
160
Tabela 1
,7
Auto-A vaJiações como Hipnotizador
[191
Os ]
resultados Apêndice
deste estudo simples confirmaram A:
nossas hipóteses quanto ao valor potencial
dos roteiros de hipnose como um meio de aumentar habilidadesN-Roteiro
Roteiro e auto-confiança. Eles
Variável
também estimada
Resultados do Projeto
apoiaram nossa decisão N=7 Para
de Pesquisa
de fornecer se Estudar
roteiros N=6
a Eficácia
para cada passo nodos Roteiros
processo
hipnoterapêutico. Este livro é o produto ~ssa decisão.
X S.D. X S.D.
1.Os sujeitos para
Habilidades em este estudopré
foram 13 estudantes
1.714 .488formados1.667
em psicologia
.816e(N.S.)
os campos
correlatos, que se dispu~ como voluntários, a participar de um workshop de um dia e do
induçãodehipnótica
projeto pós
pesquisa em hipnoterapia. 2.857uma sessão
Após .377 didática2.333 .516os . participantes
de treinamento,
foram aleatoriamente divididos em uma condição de roteiro (n=7) e em(p<.OS) uma condição de
(p<.Ol) (N.S.)
não-roteiro (n=6) e foram instruídos 3 formar pares e a se revezarem induzindo. transe
.2. Habilidade
hipnótico compara eliciar de pré
levitação 1.429
braço. Os .534
sujeitos no grupo de1.167 .408 (N.S.)liam o
roteiro simplesmente
roteiro. Os sujeitos
levitaçâo de braço na condição
. pós
de. não-roteiro
3.143 o
.690cumpriam à
1.833medida 1.329que
em iam mdo.
(p<.05)
I.N.S.)
Cada um dos 13 participantes completou um questionário de 5 itens, anterior ao workshop e
3.imediatamente
Aut@-confiançaseguindo-se
:na pré 1.714
sua sessão prática. .756 1.667 pediu aos.816
O questionário
; (N.S.)
participantes que
usassem 1;JII1a escala de 4 pontos (1 = pobre, 4= excelente) para escalonar:
,
habilidade
1) para
suas habilidades })Os. hipnótica
em indução 3.143 .690 2.166 .752 (p<.05)
induzir
2) transe para. eliciar levitação de braço
habilidade
4.3)ConíOrto
sua auto-cotúionça
na habilidade na pre
habilidade em induzir
1.714 .488 o tranSe
1.500 . .548 (N.S.)
4) seu conforto em usar a hipnose em um ambiente clínico real ' e
piusar
5) hipnose no
as probabilidades pós
de realmente 3.000 usar.577
tentarem a hipnose 2.000 .894 (p<.05)
em um ambiente terapêutica.
ambiente clinico
Além disso, após um participante ter (p<.Ol)
servido como sujeito na prá.tic~(N.S.)
ele era solicitado a
completar um questionário com
Probabilidades de tentar pré respeito
1.714à profundidade
.756 do transe experimentado
2.167 .983(1 = nenh~
(N.S.)
4=muito profundo),
usar hipnose em o graupós
de leveza ou de suspensão
3.429 .787 experimentado
2.500 .
no braço
.837 (1
(p<.05)
=nenhum, 4= muito forte) e qualquer
ambiente clinico aumento no entendimento do transe
(p<.Ol) (N.S.) como wn
resultado dessa experiência de transe (1 =nenhum, 4= muito grande).

Os resultados estão apresentados nas Tabelas 1 e 2. Resumidamente, as auto-avaliações do


pré-workshop dos participantes eventualmente designados para a condição de roteiro não
. diferiram significativamente das auto-avaliações de pré-workshops dos participantes
eventualmente designados para a condição prática de não-roteiro. Lá pelo fIm do workshop,
entre~nto, as auto-avaliações dos participantes que utilizaram um roteiro haviam aumentado
significativamente em cada Ítem (plS < .01), ao passo que as avaliações dos participante.s na
condição prática de não-roteiro não tinham mudado significativamente. Ao longo das
mesmas 1infu1s, as avaliações pós-práticas obtidas na condição de roteiro são
significativa- mente mais altas que as taxas pós-práticas dos participantes de não-roteiro
.
-O.i )
"l
(ps<.
I

Esses aumentos em auto-confiança podem ser atribuíveis ao simples fato de que o roteiro
funcionou e que o mesmo não se deu com a prática não-estruturada. Isso se reflete nas
avaliações obtidas a partir dos sujeitos hipnóticos durante essas condições práticas. As
estimativas de profundidade de transe, le'\.'itação de braço e aprendizado a partir da
experiência foram todas significativamente mais alw que a condição de roteiro, do que na
condição de não-roteiro (P's < .01). .
162
'o

163
Tabela 2 Auto-
[195] REFERÊNCIAS Avaliações de Sujeitos Hipnóticos

Roteiro NÊlo-Roteiro
Erickso~ I\-f.H. (1980). The Col/eeted
Variável estimada N=Papers ofiv!ilton H Ericl......son
N=6 on Hypnosis. Vol.
W: Hypnotic In\'estigation ofPsychodynamic Proce:.'scs (Investigação
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X S.D. (Editado
X por Emest L. Rossi).
S.D.
N.Iorque: Irvington Pllblishers.
1. Profundidade do transe Z. 3.000 . 2333 .516 (p<.05)
.

Grau de levitação
Ericksoll: M.H.~deRoss~ 3.714
braço E.L. & Ross~ S.I. (1976).
577 Hypnolie
. Rea/ines:1.095
2.000 The 111ducnon
(p<.05) of
experimentado 488
C/inical Hypnosis and Forms oflndirect Suggestion. (A Indução de Hipnose
3. Aprendizagem a partir
Clínica 3.429 Indireta).
da de Sugestão
e Fonnas .534Nova. Iorque: .516 (p<.05)
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.......

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