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2 Constituicao Conceito Classificacoes Primado Da Constituicao Controle de Constitucionalidade Das Leis e Dos Atos Normativos
2 Constituicao Conceito Classificacoes Primado Da Constituicao Controle de Constitucionalidade Das Leis e Dos Atos Normativos
CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO
1) Constituição, lato sensu, é o ato de constituir, estabelecer, firmar, ou, ainda, o modo
pelo qual se constitui uma coisa, seres vivos, grupo de pessoas. É o ato de organizar,
formar.
1) QUANTO À FORMA:
2) QUANTO À ORIGEM:
a) PROMULGADA: Elaborada por uma Assembléia Constituinte composta de
representantes eleitos pelo povo, de forma livre e consciente. Também conhecida como
“de origem democrática” ou “de origem popular”.
b) OUTORGADA: Imposta por grupos que exercem o poder, sem um processo regular de
escolha dos constituintes e sem consulta popular. Textos normativos outorgados são
comumente chamados “Carta Constitucional”, enquanto os promulgados são chamados
de “Constituição”.
3) QUANTO À ESTABILIDADE:
a) RÍGIDA: As normas são mais estáveis que as demais espécies normativas. Somente
alteráveis mediante processos, solenidades e exigências formais especiais, diferentes e
mais difíceis que os de formação das leis ordinárias ou complementares.
c) SEMI-RÍGIDA: Parte das normas possui o mesmo grau de estabilidade das demais
espécies normativas e outra parte das normas são mais estáveis que as demais
espécies normativas. Assim, parte possui processo de modificação mais complexo que
o da legislação ordinária e a outra parte pode ser modificada pelo mesmo processo.
4) QUANTO À EXTENSÃO:
7) QUANTO AO CONTEÚDO:
8) QUANTO À IDEOLOGIA:
b) ORTODOXA: Possui linha política bem definida, levando à constituição apenas uma
ideologia.
PRIMADO DA CONSTITUIÇÃO
a) TEORIA DE SIEYÈS:
Tem suas raízes no pensamento político filosófico que culminou na Revolução Francesa,
derrubando os princípios do absolutismo real e a noção de poder divino personificada
pelo soberano. Formulada por Emmanuel J. Sieyès, em “O que é o terceiro Estado?”,
enunciava o princípio de que toda soberania reside essencialmente na nação, ideia
adotada na Constituição de 1791.
O padre defendia maiores poderes para a burguesia na Assembléia Geral contra a
nobreza e o clero.
Para essa teoria, o primado do Direito Constitucional reside na vontade soberana do
povo. A primazia é consequência lógica e natural da soberania, detendo a nação e o
poder constituinte. É o povo quem, através da manifestação de sua vontade pelo poder
constituinte, dá ao Direito Constitucional esse primado. A Constituição de 1988, em seu
artigo 1º § ú, lê-se que todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos (...) trata-se do princípio da soberania popular manifestado
positivamente na carta magna brasileira. Assim, se todo poder emana do povo e a
Constituição é originada pelo poder constituinte, são os motivos de ser o primado do
Direito Constitucional.
Para Sieyès, portanto, a Constituição somente é legítima quando resultante da livre
expressão da vontade popular.
b) TEORIA DE KELSEN:
3) De acordo com o regime democrático de direito que vivemos, a teoria de Sieyès está
mais próxima da verdade. Sendo assim, a soberania popular, manifestada através do
poder constituinte, que dá à constituição a validade erga omnes, encontrando-se nela a
justificativa do primado constitucional.
PODER CONSTITUINTE
· FORMAS DE EXPRESSÃO:
1) Assembléia Nacional Constituinte (CF/88, p. ex.)
2) Movimento revolucionário (ditadura de 1964, p. ex.)
· CONCLUSÕES:
1) O Poder Constituinte Originário é ilimitado para estabelecer um novo modelo de organização política
do Estado, desde que este respeite a vontade popular, pelo princípio da soberania popular.
b) DERIVADO: É criado e definido a partir das normas concebidas pelo poder originário.
· FORMA DE EXPRESSÃO:
1) Congresso Nacional
a) ESTADO DE DEFESA: Decretado para preservar a ordem pública e a paz social ameaçada por grave instabilidade
institucional ou grande calamidade pública.
b) ESTADO DE SÍTIO: Em caso de guerra declarada ou quando forem ineficazes as medidas do estado de defesa.
c) INTERVENÇÃO FEDERAL: Grave irregularidade nos governos estaduais que autorizam a intervenção federal em seu
âmbito de competência.
3) MATERIAIS: Ocorrem quando houver a previsão de matérias que não podem se retiradas do
texto constitucional, as chamadas cláusulas pétreas. Na Constituição Federal de 1988 estão
previstas no artigo 60 § 4º, são elas:
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
ESPÉCIES DE INCONSTITUCIONALIDADE
a) POLÍTICO: controle realizado por agentes políticos que não integram o Poder Judiciário; acontece em
sistemas constitucionais onde, lado a lado com os três poderes exista um órgão controlador com a
missão exclusiva ou principal de verificar se os diversos atos das autoridades públicas estão de acordo
com a constituição. É um sistema predominante em países europeus, nas chamadas Cortes
Constitucionais.
b) JURISDICIONAL: controle realizado por membros do Poder Judiciário, que pode ser concentrado ou
difuso. É a regra adotada no Brasil em termos de controle repressivo de constitucionalidade. É, portanto,
a verificação da compatibilidade de atos normativos com a constituição feita pelos órgãos integrantes do
Poder Judiciário.
c) MISTO: ocorre quando o controle de parte das normas é feito por órgãos políticos, e de outra parte
das normas pelo Poder Judiciário. Nesse caso, a constituição confere a competência de controle de
constitucionalidade de certas normas a um órgão político e outras a um órgão jurisdicional.
2) QUANTO AO MOMENTO:
a) PREVENTIVO: durante o processo de elaboração da norma, ou seja, antes da norma entrar em vigor.
Pretende impedir que alguma norma composta de inconstitucionalidade ingresse no ordenamento
jurídico. No Brasil, pode ser exercido pelo Legislativo (Comissão de Constituição e Justiça - CCJ - Art. 58) e
pelo Executivo (veto presidencial - Art. 66 §1º). Pode ser exercido pelo Judiciário quando o parlamentar
propicia a análise difusa de eventuais inconstitucionalidades que estiverem ocorrendo durante o trâmite
de projetos legislativos, por meio da impetração de mandado de segurança contra atos concretos.
b) REPRESSIVO: após a norma entrar em vigor. No Brasil é feito, em regra, pelo Poder Judiciário e de
forma mista, ou seja, tanto concentrada como difusa. Excepcionalmente será exercido pelo Poder
Legislativo, são os casos: Art. 49, V, e Art. 62.
a) DIFUSO: controle realizado por vários órgãos estatais, ou por vários membros pertencentes a
determinado poder estatal.
b) erga omnes: decisão declarando a inconstitucionalidade da lei faz cessar sua vigência, gerando
eficácia para todos.
Controle concreto, pois é realizado a partir de um caso concreto, em que a lei acusada de
inconstitucional está impedindo o exercício do direito do autor.
Via direta, pois as ações são impetradas diretamente para a discussão da constitucionalidade das
leis.
Controle abstrato, pois há discussão se a lei em tese fere dispositivos constitucionais, sem discussões
de casos concretos.
9) A origem do modo difuso está relacionada à solução dada pelo juiz John Marshall, da
Suprema Corte dos Estados Unidos, no caso Marbury v. Madison, em 1803.
No Brasil surge a partir da Lei Federal 221, de 1894, que autorizou juízes e tribunais a
deixarem de aplicar leis nos casos concretos se as entendessem inconstitucionais.
a) Presidente da República
b) Mesa do Senado Federal
c) Mesa da Câmara dos Deputados
d) Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do DF
e) Governador de Estado ou do DF
f) Procurador-Geral da República
g) Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil
h) Partido Político com representação no Congresso Nacional
i) Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional
As Mesas do Senado e da Câmara são compostas de sete membros cada, com eleições a cada
dois anos. Para a ação ser impetrada é necessário a assinatura de todos os membros da mesa.
Para ter legitimidade ativa os Partidos Políticos necessitam de pelo menos um senador ou um
deputado no Congresso Nacional. Se o partido político ingressar com ADI e antes do julgamento ficar
sem representantes no Congresso, o STF tem entendido que deve redundar no prejuízo da ação, uma
orientação inaplicável à hipótese em que a extinção da bancada do partido é posterior ao início o
julgamento da ação direta. Portanto, em caso concreto (ADI 2054), os ministros do STF decidiram, por
unanimidade, dar prosseguimento à ação ajuizada pelo Partido Social Trabalhista (PST).
O Conselho Federal da OAB é composto, de acordo com o Art. 62 da Lei 8906, por um Presidente,
Conselheiros Federais integrantes das delegações de cada unidade federativa e de seus ex-
presidentes.
a) Governador de Estado ou do DF
b) Mesa de Assembléia Legislativa do Estado
c) Confederações Sindicais ou entidade de classe de âmbito nacional
6) De acordo com o Art. 102, I, da CF, são objetos de ADI as leis ou os atos normativos
federais ou estaduais:
b) ATO NORMATIVO: normas de conteúdo que prescrevem conduta a ser seguida pelos
destinatários, editados pelos membros dos demais poderes, como as resoluções
administrativas dos tribunais.
7) Tratados Internacionais podem ser objetos de ADI após serem incorporados à ordem
jurídica brasileira através de decreto legislativo e decreto do Presidente.
Emendas Constitucionais pode ser objeto de ADI em caso de contrariedade à cláusula
pétrea e em caso de inconstitucionalidade formal. Emenda Constitucional que contrarie
cláusula pétrea pode ser objeto de controle jurisdicional preventivo de
constitucionalidade no STF pelo modo difuso.
11) Para julgamento no STF, devem estar presentes pelo menos oito ministros, ou
seja, só declaram a inconstitucionalidade por maioria absoluta dos membros. Da
decisão não cabe recurso nem ação rescisória.
a) erga omnes
b) ex tunc (2/3 dos ministros determinarem outro momento para início dos efeitos − modulação)
c) vinculante (espalha aos demais órgãos do judiciário e da administração pública direta e indireta)
d) repristinatório (restaura a vigência de norma revogada por aquela declarada inconstitucional)
a) EC 3/93
b) Art. 102, I, a
c) Art. 102, §2º
d) Art. 103
e) Lei 9868/99
5) São objetos da ADC apenas leis ou atos normativos federais, de acordo com o Art. 102,
I, a.
a) erga omnes
b) ex tunc (2/3 dos ministros determinarem outro momento para início dos efeitos − modulação)
c) vinculante (espalha aos demais órgãos do judiciário e da administração pública direta e indireta)
d) efeito ambivalente ou dúplice
a) Presidente da República
b) Mesa do Senado Federal
c) Mesa da Câmara dos Deputados
d) Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do DF
e) Governador de Estado ou do DF
f) Procurador-Geral da República
g) Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil
h) Partido Político com representação no Congresso Nacional
i) Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional
4) A ADPF só será admitida se não houver meio mais eficaz de sanar a lesão (ADI e ADC),
pois essa representa apenas contrariedade com preceitos fundamentais da
constituição.
Entende-se por preceitos fundamentais aqueles basilares, que informam todo o sistema
constitucional, como exemplo temos os princípios fundamentais (Art. 1º), o princípio
da separação de poderes (Art. 2º), os direitos e garantias individuais (Art. 5º), os
princípios da administração pública (Art. 37), os dispositivos da independência da
magistratura (Arts. 95 e 96) e os princípios da ordem econômica (Art. 170).
c) quando for relevante o fundamental, resolver controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo
federal, estadual ou municipal, incluindo os anteriores à constituição.
6) Podem manifestar-se no processo as autoridades responsáveis pelo ato impugnado, o
Advogado Geral da União e o Ministério Público.
7) O julgamento será presidido pelo STF quando presentes 2/3 (oito ministros) dos
ministros.
a) erga omnes
b) ex tunc (2/3 dos ministros determinarem outro momento para início dos efeitos − modulação)
c) vinculante (espalha aos demais órgãos do judiciário e da administração pública direta e indireta)
MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL