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CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DIPLOMÁTICA (CACD)

2. CONSTITUIÇÃO: CONCEITO, CLASSIFICAÇÕES, PRIMADO DA CONSTITUIÇÃO, CONTROLE DE


CONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS E DOS ATOS NORMATIVOS

CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO

1) Constituição, lato sensu, é o ato de constituir, estabelecer, firmar, ou, ainda, o modo
pelo qual se constitui uma coisa, seres vivos, grupo de pessoas. É o ato de organizar,
formar.

2) Na doutrina constitucional encontramos três conceitos bastante difundidos do que seria


uma constituição:

a) CONCEITO POLÍTICO: Sistema de normas jurídicas, escritas ou costumeiras, que


regulam a forma do Estado, do governo, o modo de aquisição e exercício do poder, o
estabelecimento de seus órgãos, os limites de sua ação, os direitos fundamentais do
homem e as respectivas garantias. Em síntese, a constituição em sentido político é o
conjunto de normas que organizam os elementos constitutivos de um Estado.

b) CONCEITO SOCIOLÓGICO: Conceito formulado por Ferdinand Lassalle, economista


alemão e um dos fundadores do Partido Social Democrata Alemão. Para ele, a
constituição de um país é, em essência, a soma dos fatores reais de poder que rege
nesse país, logo, uma constituição real e efetiva. Utilizava-se da metáfora de que a
constituição escrita não passava de uma “folha de papel”, que se queimada, deveria
ser reconstruída, pois não estaria ajustada à realidade social.

c) CONCEITO JURÍDICO: Para Hans Kelsen, a constituição corresponde à norma positiva


suprema. É o conjunto de normas que regula a criação de outras normas, sem qualquer
consideração de cunho sociológico, político ou filosófico. A norma constitucional
concebe o direito como estrutura normativa, já que é fundamento de validade de outra
norma, ou seja, é uma norma superior.

3) A Constituição Federal de 1988 trouxe em seu bojo um alargamento do campo


constitucional, expandiu a sua força normativa com intuito de abranger domínios não
penetrados anteriormente, como preceitos de ordem econômica e das relações sociais.
Hoje, portanto, adota-se a ideia de Constituição Aberta.

CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES

1) QUANTO À FORMA:

a) ESCRITA: Todas as normas estão expressamente escritas em documento formal,


codificada e sistematizadas num texto único, elaborado por um órgão constituinte,
compilando todas as normas eleitas como fundamentais sobre a estrutura estatal, a
organização dos poderes, seus modos de exercício e limites de atuação e os direitos
fundamentais.

b) NÃO ESCRITA: Possui normas que não se encontram dispostas em nenhum


documento formal, não constam em carta única e solene, baseando-se nos costumes,
na jurisprudência, convenções internacionais e textos constitucionais esparsos. Países
que adotam o modelo não escrito de constituição, conseqüentemente são de common
law. Exemplifica-se com a Constituição Inglesa.

2) QUANTO À ORIGEM:
a) PROMULGADA: Elaborada por uma Assembléia Constituinte composta de
representantes eleitos pelo povo, de forma livre e consciente. Também conhecida como
“de origem democrática” ou “de origem popular”.
b) OUTORGADA: Imposta por grupos que exercem o poder, sem um processo regular de
escolha dos constituintes e sem consulta popular. Textos normativos outorgados são
comumente chamados “Carta Constitucional”, enquanto os promulgados são chamados
de “Constituição”.

c) CESARISTA: Elaborada sem a prévia participação do povo ou dos representantes


eleitos, mas submetida à aprovação popular posterior ad referendum. Foi um método
utilizado por Napoleão Bonaparte nos plebiscitos napoleônicos, sendo também
nomeada de plebiscitária, referendaria ou bonapartista.

d) MISTA: O texto constitucional é oriundo de um pacto entre o soberano e a


representação nacional, em regra entre o monarca e o Poder Legislativo. Também
chamada de pactuada, positivada por convenção ou dualista.

3) QUANTO À ESTABILIDADE:

a) RÍGIDA: As normas são mais estáveis que as demais espécies normativas. Somente
alteráveis mediante processos, solenidades e exigências formais especiais, diferentes e
mais difíceis que os de formação das leis ordinárias ou complementares.

b) FLEXÍVEL: As normas possuem o mesmo grau de estabilidade das demais espécies


normativas, pode ser alterada pelo legislador por meio do mesmo processo de
elaboração de leis ordinárias.

c) SEMI-RÍGIDA: Parte das normas possui o mesmo grau de estabilidade das demais
espécies normativas e outra parte das normas são mais estáveis que as demais
espécies normativas. Assim, parte possui processo de modificação mais complexo que
o da legislação ordinária e a outra parte pode ser modificada pelo mesmo processo.

4) QUANTO À EXTENSÃO:

a) SINTÉTICA: Possui conteúdo reduzido, atendo-se às normas de organização política e


definição de direitos fundamentais. Traz apenas normas materialmente constitucionais,
como a constituição norte-americana, que possuía inicialmente apenas sete artigos.
São breves, principiológicas e de grande estabilidade.

b) ANALÍTICA: Possui conteúdo abrangente, onde geralmente se estabelecem capítulos


sobre a ordem econômica e social, além do conteúdo tradicional. Além de dispor de
normas materialmente constitucionais, trata de matérias que não deveriam, em tese,
ser tratadas pela Constituição. É exemplo a constituição brasileira de 1988, que possui
250 artigos, o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) e emendas. São
instáveis e necessitam de reiteradas modificações.

5) QUANTO À FUNÇÃO / FINALIDADE:

a) GARANTIA: A finalidade principal é garantir os direitos fundamentais dos indivíduos,


haja vista que toda vez que se enuncia um direito, há limitação do poder. Impede o
poder arbitrário do Estado, chamando-se também de “negativa”. Constitui um quadro
de direitos definidos e se limita a declarar apenas estes.
b) DIRIGENTE: Texto constitucional que, além de assegurar os direitos fundamentais
dos homens, possui a finalidade de direcionar a atuação dos futuros governantes nas
áreas sociais e econômicas, através de normas programáticas. Além de organizar e
limitar o poder, a constituição dirigente também ordena a atuação governamental por
meios de planos de governo, programas vinculantes, as diretrizes políticas
permanentes.
O texto é voltado para o futuro, sua finalidade é dirigir a ação política e social, segundo
um modelo proposto, e buscar determinados objetivos, gerais ou específicos. As
normas programáticas possuem eficácia limitada, pois dependem de lei. É a
constituição do “dever-ser”

c) BALANÇO: Constituições preocupadas com a situação do presente do Estado, sem o


planejar o futuro. É a constituição do “ser”. Foram comuns durante o levante socialista
das décadas de 80 e 90.

6) QUANTO AO MODO DE ELABORAÇÃO:

a) HISTÓRICA: Elaborada conforme as tradições e costumes históricos de determinado


povo. É a constituição não escrita, baseada no sistema de common law, resultante de
lente formação histórica. Não reflete, assim, um trabalho materializado em um único
momento.

b) DOGMÁTICA: Elaborada segundo as teorias de ciência política e jurídica já existente.


É a constituição escrita, baseada no sistema de civil law, reflete a aceitação de dogmas
e ideais vigentes no momento de sua elaboração. Dogma é o ponto mais importante
para caracterizar um modelo.

7) QUANTO AO CONTEÚDO:

a) FORMAL: Define-se o conteúdo constitucional através de uma forma pré-


estabelecida, sem necessariamente corresponder à matéria constitucional. Conjunto de
regras jurídicas inseridas no texto constitucional, diga ou não respeito à matéria
constitucional. É exemplo o artigo 14 § 4, que trata da inelegibilidade, é regra formal e
materialmente constitucional porque explica o modo de aquisição e exercício do poder.
Os casos de inelegibilidade são previstos também na Lei Complementar n.64/90.

b) MATERIAL: Define-se o conteúdo das normas constitucional através da matéria


tratada nas mesmas, sem obedecer a nenhuma forma pré-estabelecida. Conjunto de
regras materialmente constitucionais, que regulam a estrutura do Estado, a
organização dos órgãos e os direitos fundamentais. Tais regras podem ou não estar na
constituição e justamente por isso é mais abrangente que a modalidade formal.
Existem, por exemplo, regras constitucionais disciplinadas em lei ordinárias, como o
Estatuto do Estrangeiro (Lei n.6815/80).

8) QUANTO À IDEOLOGIA:

a) ECLÉTICA: Possui linha política indefinida, equilibrando diversos princípios


ideológicos entre si.

b) ORTODOXA: Possui linha política bem definida, levando à constituição apenas uma
ideologia.
PRIMADO DA CONSTITUIÇÃO

1) O primado do Direito Constitucional e da Constituição significa ser o primeiro entre


todos, primus inter pares, é o direito dos direitos, o super direito, ao qual estão
subordinados todos os demais direitos, seja público ou privado. É chamado de direito
cúpula.

2) Duas teorias explicam a primazia do Direito Constitucional:

a) TEORIA DE SIEYÈS:
Tem suas raízes no pensamento político filosófico que culminou na Revolução Francesa,
derrubando os princípios do absolutismo real e a noção de poder divino personificada
pelo soberano. Formulada por Emmanuel J. Sieyès, em “O que é o terceiro Estado?”,
enunciava o princípio de que toda soberania reside essencialmente na nação, ideia
adotada na Constituição de 1791.
O padre defendia maiores poderes para a burguesia na Assembléia Geral contra a
nobreza e o clero.
Para essa teoria, o primado do Direito Constitucional reside na vontade soberana do
povo. A primazia é consequência lógica e natural da soberania, detendo a nação e o
poder constituinte. É o povo quem, através da manifestação de sua vontade pelo poder
constituinte, dá ao Direito Constitucional esse primado. A Constituição de 1988, em seu
artigo 1º § ú, lê-se que todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos (...) trata-se do princípio da soberania popular manifestado
positivamente na carta magna brasileira. Assim, se todo poder emana do povo e a
Constituição é originada pelo poder constituinte, são os motivos de ser o primado do
Direito Constitucional.
Para Sieyès, portanto, a Constituição somente é legítima quando resultante da livre
expressão da vontade popular.

· Sieyès criou uma dupla denominação:

1) potestas constituens ou poder constituinte: Elabora normas constitucionais, além de


criar, organizar e definir funções e limites dos poderes constituídos.

2) potestas constituta ou poder constituído: São criados a partir das normas


constitucionais, exercem as funções estatais por meio da tripartição de poderes.

b) TEORIA DE KELSEN:

Contrapondo a teoria da soberania popular, Hans Kelsen apresenta a teoria do


normativo puro. Para ele, o primado do Direito Constitucional se dá pelo fato de que a
constituição se origina de uma norma fundamental que lhe dá ascendência e validade
erga omnes. Justifica ele a primazia do Direito Constitucional com uma norma pura, que
sozinha tem força suficiente para impor a constituição. Essa força emana do próprio
fato ou poder que lhe deu origem.

3) De acordo com o regime democrático de direito que vivemos, a teoria de Sieyès está
mais próxima da verdade. Sendo assim, a soberania popular, manifestada através do
poder constituinte, que dá à constituição a validade erga omnes, encontrando-se nela a
justificativa do primado constitucional.
PODER CONSTITUINTE

1) É o poder de definição das regras básicas de organização política do Estado e os


direitos fundamentais dos indivíduos. A titularidade pertence ao povo e sua soberania,
que o exerce através de processos democráticos de escolha de representantes
legitimados ou pela força. Seu fundamento nasce da teoria da soberania popular,
desenvolvida pelos filósofos da Ilustração.

2) É sabido que a constituição, a lei fundamental do Estado, advém de um poder soberano


(nação ou povo nos regimes democráticos), que não pode ser elaborada diretamente,
devido à complexidade do Estado moderno, portanto, é feita através de representantes
eleitos e reunidos em Assembléia Constituinte.
O poder que o documento exerce é chamado de Poder Constituinte. É usado tanto para
a organização originária, quanto para constituir ou reformular a ordem jurídica.
3) Faz balanceamentos, como suprimir uma forma monárquica para estabelecer o modelo
republicano de governo, afastar uma organização republicana liberal para instituir uma
república socialista, ou simplesmente revogar uma constituição para elaborar outra. A
presença do poder constituinte é comum após períodos de exceção.

4) As Assembléias Legislativas são poderes constituídos e limitados pelo próprio


documento constitucional, enquanto as Assembléias Constituintes não têm limitação, a
elas se deve a totalidade do poder da soberania, com dever de respeito apenas aos
imperativos das leis de direito natural.

5) O Poder Constituinte é a própria vox populi, ou seja, representante fiel da vontade


popular, de seus anseios, aspirações e ideologia. Por isso, não pode ser limitado por
qualquer outro poder ou por qualquer outra norma, mas apenas por sua própria
vontade. Somente o Poder Constituinte tem legitimidade para fixar seus próprios
limites.

6) O Poder Constituinte é aquele próprio para elaboração de uma nova constituição e


pode residir em um órgão monocrático, como uma autocracia ou ditadura.
A Assembléia Nacional Constituinte é um colegiado de representantes do povo, eleitos
em votação livre e sem leis de exceção, com a finalidade de elaborar um novo
documento. Tem suas origens em 1789, na França, após a proclamação da Assembléia
Nacional da França, depois da dissociação entre terceiro estado, clero e nobreza.

7) O Poder Constituinte divide-se em dois modelos:

a) ORIGINÁRIO: Convocado para dar origem a um novo Estado ou a um novo modelo de


Estado, em caso de ruptura com o sistema político anterior. Nessa modalidade é
convocada ou reunida, em caráter extraordinário ou especial, uma Assembléia para
elaboração e promulgação da Constituição.
Somente nesse caso é que a Assembléia é detentora do Poder Constituinte.

· CARACTERÍSTICAS DO PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO:


a) INICIAL: Dá início a um novo modelo de Estado e a uma nova ordem jurídica.
b) ILIMITADO: Não possui compromissos com as características constitucionais anteriores, podendo
modificar toda a estrutura política do Estado.
c) INCONDICIONADO: Não obedece a condições para seu funcionamento.

· FORMAS DE EXPRESSÃO:
1) Assembléia Nacional Constituinte (CF/88, p. ex.)
2) Movimento revolucionário (ditadura de 1964, p. ex.)

· CONCLUSÕES:
1) O Poder Constituinte Originário é ilimitado para estabelecer um novo modelo de organização política
do Estado, desde que este respeite a vontade popular, pelo princípio da soberania popular.

2) As regras de direitos e garantias fundamentais, se não estiverem em conformidade com Convenções e


Tratados Internacionais, acarretará sanção para o Estado junto à comunidade internacional.

b) DERIVADO: É criado e definido a partir das normas concebidas pelo poder originário.

· ESPÉCIES DO PODER CONSTITUINTE DERIVADO:


1) Revisor ou Reformador
2) Decorrente

· PODER CONSTITUINTE DERIVADO REVISOR OU REFORMADOR:


a) Aquele com capacidade de alterar ou modificar as normas vigentes da constituição.
b) Revisão: Alteração de várias partes do texto constitucional, fixada em determinados períodos.
c) Reforma: Modificações pontuais do texto constitucional, podendo ser realizadas a qualquer tempo.

· FORMA DE EXPRESSÃO:
1) Congresso Nacional

· LIMITES AO PODER CONSTITUINTE DERIVADO REVISOR:


1) TEMPORAIS: Ocorrem quando houver a previsão de períodos de tempo que o texto
constitucional não possa ser modificado. A Constituição Federal de 1988 não possui limites
temporais.

2) CIRCUNSTANCIAIS: Ocorrem quando houver a previsão de circunstâncias que vedem a


modificação do texto constitucional. Na Constituição Federal de 1988 estão previstos no artigo
60 §1º, são eles:

a) ESTADO DE DEFESA: Decretado para preservar a ordem pública e a paz social ameaçada por grave instabilidade
institucional ou grande calamidade pública.

b) ESTADO DE SÍTIO: Em caso de guerra declarada ou quando forem ineficazes as medidas do estado de defesa.

c) INTERVENÇÃO FEDERAL: Grave irregularidade nos governos estaduais que autorizam a intervenção federal em seu
âmbito de competência.

3) MATERIAIS: Ocorrem quando houver a previsão de matérias que não podem se retiradas do
texto constitucional, as chamadas cláusulas pétreas. Na Constituição Federal de 1988 estão
previstas no artigo 60 § 4º, são elas:

a) FORMA FEDERATIVA DE ESTADO (INDISSOLUBILIDADE DO PACTO FEDERATIVO).


b) O VOTO DIRETO, SECRETO, UNIVERSAL E PERIÓDICO.
c) A SEPARAÇÃO DOS PODERES.
d) OS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS.

· PODER CONSTITUINTE DERIVADO DECORRENTE:


1) Elabora as constituições estaduais em países que adotam o modelo federativo de
Estado. Na Constituição Federal de 1988 está previsto no artigo 11 do ADCT.

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

1) São mecanismos criados para assegurar a supremacia constitucional, ou seja,


mecanismos utilizados na identificação de normas infraconstitucionais que contrariem
a Constituição, impedindo a sua aplicação no caso concreto ou fazendo cessar a sua
vigência.

2) O controle de constitucionalidade está diretamente ligado à ideia de supremacia


constitucional, que se originou das revoluções liberais, momento em que surgiu a
noção de Constituição escrita, formal e rígida.
3) A supremacia é material quando decorrer do seu conteúdo, por tratar a norma
constitucional dos fundamentos do Estado de Direito.
A supremacia é formal quando existe hierarquia das normas constitucionais em relação
às demais normas do ordenamento jurídico, por isso modelo específico das
Constituições rígidas.

4) Conclui-se, portanto, que o princípio da supremacia decorre da rigidez de uma


Constituição. Desse princípio decorre o da compatibilidade vertical das normas, onde
uma norma só se torna válida se compatível com seu fundamento de validade. Essa
compatibilidade entre as condutas do poder pública e a norma fundamental
constitucional, que assegura a supremacia, é concretizada pelo controle de
constitucionalidade.

ESPÉCIES DE INCONSTITUCIONALIDADE

1) As inconstitucionalidades podem ser por ação (material ou formal) ou por omissão.

2) INCONSTITUCIONALIDADE POR AÇÃO:

a) MATERIAL: incompatibilidade entre o conteúdo da norma infraconstitucional e o conteúdo de


dispositivo da Constituição. Os vícios relativos à materialidade estão ligados ao próprio mérito do ato,
referindo-se a conflitos de regras e princípios estabelecidos na Constituição. Para Gilmar Mendes, a
inconstitucionalidade material envolve, porém, não só o contraste direto do ato legislativo com o
parâmetro constitucional, mas também a aferição do desvio de poder ou do excesso de poder legislativo.
São exemplos de inconstitucionalidade material: LC 135/2010 (Lei da Ficha Limpa) e Art. 15, III, CF.

b) FORMAL: desrespeito à formalidade prevista na Constituição para a elaboração de norma


infraconstitucional. Os vícios relativos à formalidade afetam o ato normativo sem atingir seu conteúdo,
referindo-se aos procedimentos e pressupostos relativos às feições que formam a lei.
Para Gilmar Mendes, os vícios formais traduzem defeito de formação do ato normativo, pela
inobservância de princípio de ordem técnica ou procedimental ou pela violação de regras de
competência.
São exemplos de inconstitucionalidade formal: Invasão de competência legislativa (Estado-membro
invade competência privativa da União, legislando sobre assuntos do Art. 22, da CF), ofensa ao
bicameralismo do Poder Legislativo (casa revisora do Congresso Nacional que faz modificações em
projeto de lei enviado pela casa iniciadora, e o encaminha ao Presidente sem devolvê-lo à casa
iniciadora, conforme estabelecido no Art. 65, da CF), vício de iniciativa em projeto de lei
(parlamentar que usurpa a iniciativa privativa de chefe do Poder Executivo ao apresentar projeto de lei
sobre os assuntos do Art. 61 §1º, da CF) e HC 90900/SP.

3) INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO: ocorre quando a norma constitucional pede


um comportamento positivo por parte do poder público e este se omite, na falta de
regulamentação de uma norma de eficácia limitada (sem aplicação imediata, depende
de regulamentação infraconstitucional) pelo Poder Legislativo.

CLASSIFICAÇÃO DOS CONTROLES DE CONSTITUCIONALIDADE

1) QUANTO AO ÓRGÃO CONTROLADOR:

a) POLÍTICO: controle realizado por agentes políticos que não integram o Poder Judiciário; acontece em
sistemas constitucionais onde, lado a lado com os três poderes exista um órgão controlador com a
missão exclusiva ou principal de verificar se os diversos atos das autoridades públicas estão de acordo
com a constituição. É um sistema predominante em países europeus, nas chamadas Cortes
Constitucionais.

b) JURISDICIONAL: controle realizado por membros do Poder Judiciário, que pode ser concentrado ou
difuso. É a regra adotada no Brasil em termos de controle repressivo de constitucionalidade. É, portanto,
a verificação da compatibilidade de atos normativos com a constituição feita pelos órgãos integrantes do
Poder Judiciário.

c) MISTO: ocorre quando o controle de parte das normas é feito por órgãos políticos, e de outra parte
das normas pelo Poder Judiciário. Nesse caso, a constituição confere a competência de controle de
constitucionalidade de certas normas a um órgão político e outras a um órgão jurisdicional.

2) QUANTO AO MOMENTO:

a) PREVENTIVO: durante o processo de elaboração da norma, ou seja, antes da norma entrar em vigor.
Pretende impedir que alguma norma composta de inconstitucionalidade ingresse no ordenamento
jurídico. No Brasil, pode ser exercido pelo Legislativo (Comissão de Constituição e Justiça - CCJ - Art. 58) e
pelo Executivo (veto presidencial - Art. 66 §1º). Pode ser exercido pelo Judiciário quando o parlamentar
propicia a análise difusa de eventuais inconstitucionalidades que estiverem ocorrendo durante o trâmite
de projetos legislativos, por meio da impetração de mandado de segurança contra atos concretos.

b) REPRESSIVO: após a norma entrar em vigor. No Brasil é feito, em regra, pelo Poder Judiciário e de
forma mista, ou seja, tanto concentrada como difusa. Excepcionalmente será exercido pelo Poder
Legislativo, são os casos: Art. 49, V, e Art. 62.

3) QUANTO AO NÚMERO DE ÓRGÃOS:

a) DIFUSO: controle realizado por vários órgãos estatais, ou por vários membros pertencentes a
determinado poder estatal.

b) CONCENTRADO: controle realizado por um único órgão estatal.

4) QUANTO À OPORTUNIDADE DE ANÁLISE DA INCONSTITUCIONALIDADE:

a) CONCRETO: análise da compatibilidade entre dispositivo infraconstitucional e a constituição feita no


caso concreto, geralmente de modo incidental (incidenter tantum) no processo. Também chamado de
controle indireto, incidental ou via de exceção.

b) ABSTRATO: análise da compatibilidade em tese entre dispositivo infraconstitucional e a constituição,


geralmente feita através de ações que possuem essa finalidade específica. Também chamado de
controle direto ou via de ação.

5) QUANTO À EFICÁCIA DA DECISÃO:


a) inter partes: decisão declarando a inconstitucionalidade de lei gera efeitos somente entre as partes
do processo, mantendo a vigência da lei.

b) erga omnes: decisão declarando a inconstitucionalidade da lei faz cessar sua vigência, gerando
eficácia para todos.

6) O controle difuso é concreto e tem eficácia inter partes. O controle concentrado é


abstrato e tem eficácia erga omnes.

7) MODO DIFUSO: via de exceção ou de defesa, controle concreto ou incidental. Nele


qualquer indivíduo pode alegar judicialmente a inconstitucionalidade de uma norma
para se eximir do cumprimento da mesma. Ocorre mediante qualquer tipo de ação,
como autor ou réu, perante qualquer juiz ou tribunal. O efeito da declaração de
inconstitucionalidade é válido somente entre as partes do processo (inter partes).
 Controle incidental, pois é realizado incidentalmente no processo, ou seja, não é a finalidade principal
do processo. O reconhecimento de inconstitucionalidade da lei não é o objetivo ou o pedido principal
do autor da ação.

 Controle concreto, pois é realizado a partir de um caso concreto, em que a lei acusada de
inconstitucional está impedindo o exercício do direito do autor.

8) MODO CONCENTRADO: via de ação ou via direta, controle abstrato ou direto. A


legitimidade ativa é restrita ao rol do Art. 103, que impetra ações específicas (ADI, ADC
e ADPF). A competência para o julgamento é privativa do STF. O efeito da declaração
de inconstitucionalidade é válido para todos, assim, a lei é revogada (erga omnes).

 Via direta, pois as ações são impetradas diretamente para a discussão da constitucionalidade das
leis.

 Controle abstrato, pois há discussão se a lei em tese fere dispositivos constitucionais, sem discussões
de casos concretos.

9) A origem do modo difuso está relacionada à solução dada pelo juiz John Marshall, da
Suprema Corte dos Estados Unidos, no caso Marbury v. Madison, em 1803.
No Brasil surge a partir da Lei Federal 221, de 1894, que autorizou juízes e tribunais a
deixarem de aplicar leis nos casos concretos se as entendessem inconstitucionais.

10) A origem do modo concentrado está relacionada à constituição austríaca de


1920.
No Brasil, aparece na constituição de 1934, onde o STF podia declarar inconstitucional
ato estadual para declaração de intervenção federal. Além disso, aparece na Emenda
Constitucional 16/65, de 1946, onde o STF julga a representação de
inconstitucionalidade contra lei federal ou estadual, proposta pelo Procurador-Geral da
República.

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (ADI)

1) Trata-se do controle repressivo jurisdicional concentrado. No Brasil é realizado pelo


Supremo Tribunal Federal.

2) Os legitimados ativos para propor ação direta de inconstitucionalidade encontram-se


no Art. 103 e na Lei 9868/99, são eles:

a) Presidente da República
b) Mesa do Senado Federal
c) Mesa da Câmara dos Deputados
d) Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do DF
e) Governador de Estado ou do DF
f) Procurador-Geral da República
g) Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil
h) Partido Político com representação no Congresso Nacional
i) Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional

 As Mesas do Senado e da Câmara são compostas de sete membros cada, com eleições a cada
dois anos. Para a ação ser impetrada é necessário a assinatura de todos os membros da mesa.

 Para ter legitimidade ativa os Partidos Políticos necessitam de pelo menos um senador ou um
deputado no Congresso Nacional. Se o partido político ingressar com ADI e antes do julgamento ficar
sem representantes no Congresso, o STF tem entendido que deve redundar no prejuízo da ação, uma
orientação inaplicável à hipótese em que a extinção da bancada do partido é posterior ao início o
julgamento da ação direta. Portanto, em caso concreto (ADI 2054), os ministros do STF decidiram, por
unanimidade, dar prosseguimento à ação ajuizada pelo Partido Social Trabalhista (PST).

 O Conselho Federal da OAB é composto, de acordo com o Art. 62 da Lei 8906, por um Presidente,
Conselheiros Federais integrantes das delegações de cada unidade federativa e de seus ex-
presidentes.

 Sindicato é a associação sindical de primeiro grau de trabalhadores pertencentes a uma mesma


categoria profissional, com intuito de resguardar seus interesses econômicos e laborais, bem como a
representatividade e a defesa desta categoria de trabalhadores.
Federações são, no mínimo, cinco sindicatos que representem a maioria absoluta da mesma
categoria profissional.
Confederações são, no mínimo, três federações sindicais.

3) São entes que necessitam de pertinência temática (relação de pertinência entre o


objeto da ação e o interesse do legitimado) para propor ADI:

a) Governador de Estado ou do DF
b) Mesa de Assembléia Legislativa do Estado
c) Confederações Sindicais ou entidade de classe de âmbito nacional

4) Todos, exceto os supracitados, são entes de legitimação universal, ou seja, possuem


legitimidade para argüir a inconstitucionalidade de qualquer norma.

5) É exemplo de pertinência temática o Governador de um estado que ingressa com ADI


contra lei de outro estado, uma vez que esta prejudica o seu território (caso do amianto
crisotila). Além disso, as ADIs argüidas pela Associação de Bares e Restaurantes
(ABRASEL) contra a Lei Seca e pela Confederação Nacional dos Servidores Pública
contra Lei de Arrecadação de Impostos.

6) De acordo com o Art. 102, I, da CF, são objetos de ADI as leis ou os atos normativos
federais ou estaduais:

a) LEI: espécies normativas dotadas de generalidade, abstração e impessoalidade (Art.


59, CF). São leis, lato sensu, emenda constitucional, lei complementar, lei ordinária, lei
delegada, medida provisória, decreto legislativo e resolução.

b) ATO NORMATIVO: normas de conteúdo que prescrevem conduta a ser seguida pelos
destinatários, editados pelos membros dos demais poderes, como as resoluções
administrativas dos tribunais.

7) Tratados Internacionais podem ser objetos de ADI após serem incorporados à ordem
jurídica brasileira através de decreto legislativo e decreto do Presidente.
Emendas Constitucionais pode ser objeto de ADI em caso de contrariedade à cláusula
pétrea e em caso de inconstitucionalidade formal. Emenda Constitucional que contrarie
cláusula pétrea pode ser objeto de controle jurisdicional preventivo de
constitucionalidade no STF pelo modo difuso.

8) Não podem ser objeto de ADI:


a) normas constitucionais originárias
b) normas vigentes antes da promulgação da constituição (teoria da recepção)
c) normas já revogadas, mesmo com revogação após impetração da ADI
d) leis e atos normativos municipais
e) normas secundárias (decretos, regulamentos e portarias)
f) normas de efeito concreto (lei orçamentária, lei da empresa pública, lei da autarquia)
9) Recebida a ação, o relator dará ciência para a manifestação ao órgão ou autoridade
que editou o ato (em 30 dias), possibilidade de manifestação de órgãos ou entidades
interessadas, por despacho irrecorrível do relator (amicus curiae), Advogado Geral da
União (faz a defesa da constitucionalidade do ato em 15 dias) e ao Procurador-Geral da
República (em 15 dias).

10) Após a seqüência de manifestações, o relator poderá requisitar outras


informações, determinar perícias e realização de audiências pública para ouvir
autoridades sobre o assunto.

11) Para julgamento no STF, devem estar presentes pelo menos oito ministros, ou
seja, só declaram a inconstitucionalidade por maioria absoluta dos membros. Da
decisão não cabe recurso nem ação rescisória.

12) É inadmissível, após ter sido ajuizada, a extinção do processo em razão da


desistência do autor.

13) São efeitos do julgamento de ADI:

a) erga omnes
b) ex tunc (2/3 dos ministros determinarem outro momento para início dos efeitos − modulação)
c) vinculante (espalha aos demais órgãos do judiciário e da administração pública direta e indireta)
d) repristinatório (restaura a vigência de norma revogada por aquela declarada inconstitucional)

 ex tunc − efeito que retroage e alcança fatos anteriores à data da decisão


 ex nunc − efeito aplicável somente aos fatos futuros, da data da decisão para frente

14) O STF pode decidir no sentido de declarar parcialmente a inconstitucionalidade


de lei sem redução de texto, assim, fixa a interpretação de normas infraconstitucionais
em conformidade com a constituição. Também proíbe determinada interpretação de
norma infraconstitucional por entendê-la contrária à constituição. Deve ser feito uma
interpretação conforme a constituição, mas sem contrariar a literalidade da norma.

15) O procedimento descrito no Art. 52, X, não está relacionado ao julgamento de


ADI. Sendo assim, o Senado suspende a execução de lei declarada inconstitucional por
modo difuso. O Senado não é obrigado a suspender a lei. É um dispositivo que visa
gerar o efeito erga omnes por modo difuso.

AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE (ADC)

1) Presente nos seguintes:

a) EC 3/93
b) Art. 102, I, a
c) Art. 102, §2º
d) Art. 103
e) Lei 9868/99

2) Busca declarar definitivamente a constitucionalidade de lei ou ato normativo federal,


uma vez que é objeto de divergência jurisprudencial sobre sua compatibilidade com a
constituição.

3) Os legitimados ativos para propor ação declaratória de constitucionalidade encontram-


se elencados no Art. 103, são eles:
a) Presidente da República
b) Mesa do Senado Federal
c) Mesa da Câmara dos Deputados
d) Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do DF
e) Governador de Estado ou do DF
f) Procurador-Geral da República
g) Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil
h) Partido Político com representação no Congresso Nacional
i) Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional

4) Para propositura da ação é necessária grande divergência jurisprudencial prévia quanto


à constitucionalidade de uma norma (Art. 14, III, da Lei 9868/99)

5) São objetos da ADC apenas leis ou atos normativos federais, de acordo com o Art. 102,
I, a.

6) Há participação obrigatória do Procurador-Geral da República (manifesta


constitucionalidade e inconstitucionalidade em 15 dias). Não há presença do Advogado
Geral da União.

7) A competência é privativa e precípua do Supremo Tribunal Federal, que declara a


constitucionalidade da lei ou ato por maioria absoluta de seus ministros.

8) São efeitos do julgamento de ADC:

a) erga omnes
b) ex tunc (2/3 dos ministros determinarem outro momento para início dos efeitos − modulação)
c) vinculante (espalha aos demais órgãos do judiciário e da administração pública direta e indireta)
d) efeito ambivalente ou dúplice

 ADI PROCEDENTE − INCONSTITUCIONALIDADE


 ADI IMPROCEDENTE − CONSTITUCIONALIDADE

 ADC PROCEDENTE − CONSTITUCIONALIDADE


 ADC IMPROCEDENTE − INCONSTITUCIONALIDADE

ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF)

1) Presente no Art. 102 §1º, validado pela Lei 9882/99.

2) Os legitimados ativos para propor argüição de descumprimento de preceito


fundamental encontram-se elencados no Art. 103, são eles:

a) Presidente da República
b) Mesa do Senado Federal
c) Mesa da Câmara dos Deputados
d) Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do DF
e) Governador de Estado ou do DF
f) Procurador-Geral da República
g) Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil
h) Partido Político com representação no Congresso Nacional
i) Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional

3) A competência é privativa e precípua do Supremo Tribunal Federal.

4) A ADPF só será admitida se não houver meio mais eficaz de sanar a lesão (ADI e ADC),
pois essa representa apenas contrariedade com preceitos fundamentais da
constituição.
Entende-se por preceitos fundamentais aqueles basilares, que informam todo o sistema
constitucional, como exemplo temos os princípios fundamentais (Art. 1º), o princípio
da separação de poderes (Art. 2º), os direitos e garantias individuais (Art. 5º), os
princípios da administração pública (Art. 37), os dispositivos da independência da
magistratura (Arts. 95 e 96) e os princípios da ordem econômica (Art. 170).

5) A ADPF será admitida para:

a) evitar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público.

b) reparar a lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público.

c) quando for relevante o fundamental, resolver controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo
federal, estadual ou municipal, incluindo os anteriores à constituição.
6) Podem manifestar-se no processo as autoridades responsáveis pelo ato impugnado, o
Advogado Geral da União e o Ministério Público.

7) O julgamento será presidido pelo STF quando presentes 2/3 (oito ministros) dos
ministros.

8) São efeitos do julgamento de ADPF:

a) erga omnes
b) ex tunc (2/3 dos ministros determinarem outro momento para início dos efeitos − modulação)
c) vinculante (espalha aos demais órgãos do judiciário e da administração pública direta e indireta)

 A MODULAÇÃO DO INÍCIO DOS EFEITOS SE DÁ POR SEGURANÇA JURÍDICA OU INTERESSE SOCIAL

MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL

1) Trata-se de uma modificação informal da norma constitucional. Altera-se, portanto, o


sentido da norma sem modificar o seu texto, através da mudança de interpretação.
Cita-se como exemplo a interpretação dada por Michel Temer sobre o trancamento de
pauta de votações das casas do Congresso Nacional por medida provisória.

ABSTRATIVIZAÇÃO DO CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE

1) Trata-se da conferência de efeitos ao controle abstrato de constitucionalidade ao


controle feito pelo STF no modo concreto.

2) Alguns ministros pretendem que a decisão em recurso extraordinário (RE), quando


proferida pelo plenário do STF, possua efeito erga omnes e vinculante.

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