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2009
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sumário
introdução 16
o cartaz cubano 22
biografias 28
índice de ilustrações 84
notas 89
bibliografia 93
A beleza é a única coisa contra a qual a
força do tempo é vã. As filosofias se
desmancham como areia, as crenças
sucedem-se uma após a outra, mas
o que é belo é uma alegria para
qualquer época, e é algo que pertence
à toda a humanidade para sempre.
Oscar Wilde
Rui de Oliveira*
Designer e ilustrador
Prof. do Curso de Desenho Industrial da UFRJ
Escola de Belas Artes
19
Pioneiros do cartaz moderno
20 21
o cartaz
cubano
Alejo Carpentier
Até 1959, os cartazes cubanos eram voltados para uma estratégia de
caráter capitalista. Com o fim da economia de mercado — após a
Revolução — a publicidade não mais se justificava. O cartaz cubano,
então, passa a exercer uma função relacionada à propaganda política e
cultural. Contudo, antes de ser um elemento de difusão institucional, é um
fator de cultura. Livre das restrições impostas pela sociedade de consumo,
constitui um campo favorável à atividade criadora dos artistas gráficos.
25
Embora conte com artistas de tendências criativas muito distintas, obter O cartaz cubano de cinema é o motivo maior desta exposição. Ele possui
uma unidade formal nos cartazes produzidos constitui uma preocupação tamanha qualificação plástica que ultrapassa as especificidades inerentes
do ICAIC. Técnica, formato, senso de execução, adequação entre o à sua existência. É com o intuito de disponibilizá-la, que a Caixa Cultural
conteúdo do filme e seu cartaz são alguns dos parâmetros. Apesar desta nos presenteia com uma amostra desse significativo acervo.
normatização, existia uma grande liberdade criativa que permitiu a
renovação da linguagem do cartaz cubano, criando uma escola original.
Há uma grande variedade de aspectos gráficos, que vai do uso de imagens
satíricas ao emprego dramático da fotomontagem. Predominam as grandes Alexandre Guedes
chapadas de cor, os contornos precisos, o desenho estilizado, o amplo Curador
uso de imagens em alto-contraste ou de retículas aparente. Em alguns
cartazes, encontramos elementos de acentuado caráter decorativo formal e Tônia Matosinhos
cromático; em outros, um alto nível de depuração compositiva. Em ambos Designer e Jornalista
os casos, a comunicação visual é percebida a partir de uma exacerbação
de natureza plástica. Outro aspecto a ser destacado é a construção do
lettering (letreiro) segundo uma proposição tipográfica manuscrita, como
podemos perceber em algumas obras de Eduardo Muñoz Bachs.
26 27
biografias
30
Azcuy. A Inútil Morte de meu Sócio Manolo, 1990.
Filme cubano. Direção: Julio Garcia Espinosa
32 33
Azcuy. A Armadilha, 1975.
Filme polonês. Direção: Andrzej J. Piotrowski
34 35
Bachs
Eduardo Muñoz Bachs
Valencia, 1937 - Havana, 2001
Designer, ilustrador. Autodidata.
Na década de 1950 desenhou
anúncios para a mais importante
cadeia de rádio e televisão
de Cuba, a CMQ e também
realizou comerciais animados
para a TV. Em 1960 começou a
trabalhar no Departamento de
Desenhos Animados do ICAIC.
Criou centenas de cartazes para
o Instituto e a Cinemateca de
Cuba. Muitas de suas obras
integram coleções permanentes
em Cuba e no exterior. Recebeu
importantes prêmios: Merit
Award. International Film Poster
Exhibition FILMEXPO, Ottawa,
Canadá, (1972); Prêmio Especial
no Festival de Cinema de
Cannes, França, (1973);
1º Prêmio no concurso de
cartazes de cinema, organizado
em 1978 por The Hollywood
Reporter, Los Angeles, Califórnia,
Estados Unidos. Ostentou a
Distinção pela Cultura Nacional
e a Medalha Alejo Carpentier. Bachs. Caminho e Fim de Saturno, 1969.
Em 1995 Mayra Vilasís realizou Filme soviético. Direção: Villen Azarov
o documentário El cine y yo
dedicado à vida e à obra deste
designer. Em 2007, vários
cartazes e esboços de Bachs
participaram de exposição
no Museo da Ilustración y
la Modernidad (MuVIM) em Bachs. A Espada Maldita, 1969.
Valencia. Filme japonês. Direção: Kihachi Okamoto
36
Bachs. Cara a Cara, 1970.
Filme brasileiro. Direção: Julio Bressane
38 39
Bachs. Contas a Saldar, 1972.
Co-produção franco-italiana. Direção: Roger Pigaut
40 41
Bachs. A Balada do Deserto, 1973.
Filme norte-americano. Direção: Sam Peckinpah
42 43
Bachs. O zero, 1977.
Desenho animado cubano. Direção: Tulio Raggi
44 45
Bachs. A Grande Incógnita, 1972.
Filme tchecoslovaco. Direção: Pavel Hobl
46 47
Bachs. Esperando a Carroça, 1986.
Filme Argentino. Direção: Alejandro Doria
48 49
Bachs. Papéis Secundários, 1989.
Co-produção Cuba / Espanha. Direção: Orlando Rojas
50 51
Coll
Néstor Coll
Havana, 1948
52
Damián
Ignacio Damián González
Santa Clara, 1967
54
Dimas
Jorge Dimas González
Cuba, 1948
56
Dimas. A Revolução dos Inconformados, 1972.
Filme norte-americano. Direção: George Seaton
58 59
Julio Eloy
Julio Eloy Mesa
Las Villas, 1943
60
Luis Vega
Luis Vega de Castro
Havana, 1944
62
Luis Vega. O Domínio do Fogo, 1972.
Filme soviético. Direção: Daniil Jrabrovitski
64 65
Raúl
Martínez
Raúl Martínez
Camagüey, 1927 - Havana, 1995
66
Navarro
Miguel Ángel Navarro
1934
68
Ñiko
Antonio Pérez González (Ñiko)
Havana, 1941
70
Ñiko. Gatinha Selvagem, 1969.
Filme japonês. Direção: Kenji Yoshida
72 73
Ñiko. Marianela, 1973.
Filme espanhol. Direção: Angelino Fons
74 75
Ñiko. Um Trem para a Estação Céu, 1974.
Filme tchecoslovaco. Direção: Karel Kachyna
76 77
Reboiro
Antonio Fernández Reboiro
Camagüey, 1935
78
Reboiro. Greve, 1976.
Filme soviético. Direção: Sergei M. Eisenstein
80 81
Rostgaard
Alfredo González Rostgaard
Guantânamo, 1943 - Havana,
2004
82
índice das ilustrações p.44 Eduardo Muñoz Bachs. Como Roubar um Milhão, 1973. Filme norte-
americano. Direção: William Wyler. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.45 Eduardo Muñoz Bachs. O zero, 1977. Desenho animado cubano. Direção:
Tulio Raggi. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.46 Eduardo Muñoz Bachs. Um Marido para Estefânia, 1973. Filme
tchecoslovaco. Direção: Jura Herz. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.47 Eduardo Muñoz Bachs. A Grande Incógnita, 1972. Filme tchecoslovaco.
Direção: Pavel Hobl. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.8 Eduardo Muñoz Bachs. Maravilha com Tranças Largas, 1977. Filme soviético. p.48 Eduardo Muñoz Bachs. Antes Tarde do que Nunca, 1987. Documentário
Direção: Victor Titov. Serigrafia. 51 cm x 76 cm. cubano. Direção: Enrique Colina. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.11 Eduardo Muñoz Bachs. Ilustração dedicada ao prof. Wolney Lessa Redon, p.49 Eduardo Muñoz Bachs. Esperando a Carroça, 1986. Filme Argentino.
1992. Aquarela e bico de pena. 29,7 cm x 42 cm. Direção: Alejandro Doria. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.12 René Azcuy. Um Ramo de Flores e uma Bandeira, 1981. Documentário p.50 Eduardo Muñoz Bachs. Jovem de Coração, 1988. Documentário cubano.
cubano. Direção: Luis Felipe Bernaza. Serigrafia. 51 cm x 76 cm. Direção: Octavio Cortazar. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.15 Antonio Pérez González (Ñiko). A Odisséia de General José, 1969. Filme p.51 Eduardo Muñoz Bachs. Papéis Secundários, 1989. Co-produção Cuba/
cubano. Direção Jorge Fraga. Serigrafia. 51 cm x 76 cm. Espanha. Direção: Orlando Rojas. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.16 Eduardo Muñoz Bachs. ICAIC 16, 1975. Cartaz para o Instituto Cubano de p.52 Néstor Coll. 30º Aniversário do Instituto Cubano de Arte e Indústria
Arte e Indústria Cinematográfica - ICAIC. Serigrafia. 51 cm x 76 cm. Cinematográfica, 1989. Cartaz comemorativo. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.21 Marcellin Auzolle. Cinématographe Lumière, 1895. Litografia. p.53 Néstor Coll. Mostra de Filmes Restaurados pela Federação Internacional de
p.21 Jules Chéret. Pantomimes Lumineuses — Théâtre Optique, 1892. Litografia. Arquivos Filmográficos, 1990. Cartaz comemorativo. Serigrafia.
31 cm x 22 cm. 51 cm x 76 cm.
p.24 Antonio Pérez González (Ñiko). Morrer Olhando o Mar, 1977. Filme italiano. p.54 Ignacio Damián González. O Lobo do Mar, 1973. Filme romeno. Direção:
Direção: Romolo Guerrieri. Serigrafia. 51 cm x 76 cm. Alecu Croitoru. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.27 René Azcuy. Não há Rosas sem Fogo, 1976. Filme polonês. Direção: p.55 Ignacio Damián González. Dulcima, 1973. Filme inglês. Direção: Frank
Stanislaw Bareja. Serigrafia. 51 cm x 76 cm. Nesbitt. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.30 René Azcuy. O Encouraçado Potemkin, 1977. Filme soviético. Direção: p.56 Jorge Dimas González. A Ilha do Tesouro, 1973. Filme soviético. Direção:
Sergei M. Eisenstein. Serigrafia. 51 cm x 76 cm. Boris Andreiev. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.31 René Azcuy. Beijos Roubados, 1970. Filme francês. Direção: François p.57 Jorge Dimas González. Tristana, 1973. Co-produção hispano-franco-italiana.
Truffaut. Serigrafia. 51 cm x 76 cm. Direção: Luis Buñuel. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.32 René Azcuy. Alarme no Acampamento de Prisioneiros, 1976. Filme soviético. p.58 Jorge Dimas González. Os Noivos do Ano Dois, 1972. Co-produção romeno-
Direção: Mijail Iuzovski. Serigrafia. 51 cm x 76 cm. franco-italiana. Direção: Jean Paul Rappeneau. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.33 René Azcuy. A Inútil Morte de meu Sócio Manolo, 1990. Filme cubano. p.59 Jorge Dimas González. A Revolução dos Inconformados, 1972. Filme norte-
Direção: Julio Garcia Espinosa. Serigrafia. 51 cm x 76 cm. americano. Direção: George Seaton. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.34 René Azcuy. Porto Rico, 1975. Filme cubano. Direção: Fernando Pérez e p.60 Julio Eloy Mesa. Assuntos do Coração, 1976. Filme soviético. Direção:
Jesús Díaz. Serigrafia. 51 cm x 76 cm. Azhdar Ibraguimov. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.35 René Azcuy. A Armadilha, 1975. Filme polonês. Direção: Andrzej J. p.61 Julio Eloy Mesa. 11º Aniversário dos CDR, 1971. Instituto Cubano de Arte e
Piotrowski. Serigrafia. 51 cm x 76 cm. Indústria Cinematográfica. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.36 Eduardo Muñoz Bachs. Caminho e Fim de Saturno, 1969. Filme soviético. p.62 Luis Vega de Castro. O Transplante, 1973. Co-produção ítalo-espanhola.
Direção: Villen Azarov. Serigrafia. 51 cm x 76 cm. Direção: Steno. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.37 Eduardo Muñoz Bachs. A Espada Maldita, 1969. Filme japonês. Direção: p.63 Luis Vega de Castro. Porque se Amam, 1973. Filme romeno. Direção: Mihai
Kihachi Okamoto. Serigrafia. 51 cm x 76 cm. Iacob. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.38 Eduardo Muñoz Bachs. Pela Primeira Vez, 1968. Documentário cubano. p.64 Luis Vega de Castro. Os irmãos Karamazov, 1972. Filme soviético. Direção:
Direção: Octavio Cortazal. Serigrafia. 51 cm x 76 cm. Iván Piriev. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.39 Eduardo Muñoz Bachs. Cara a Cara, 1970. Filme brasileiro. Direção: Julio p.65 Luis Vega de Castro. O Domínio do Fogo, 1972. Filme soviético. Direção:
Bressane. Serigrafia. 51 cm x 76 cm. Daniil Jrabrovitski. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.40 Eduardo Muñoz Bachs. Zorro, 1976. Filme ítalo-francês. Direção: Duccio p.67 Raúl Martínez. Lucia, 1968. Filme cubano. Direção: Humberto Solas.
Tessari. Serigrafia. 51 cm x 76 cm. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.41 Eduardo Muñoz Bachs. Contas a Saldar, 1972. Co-produção franco-italiana. p.68 Miguel Ángel Navarro. Um Caso de Consciência, 1972. Filme italiano.
Direção: Roger Pigaut. Serigrafia. 51 cm x 76 cm. Direção: Gianni Grimaldi. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.42 Eduardo Muñoz Bachs. O Chamado da Selva, 1975. Filme inglês. Direção: p.69 Miguel Ángel Navarro. O Massacre de Chicago, 1972. Filme norte-
Ken Annakin. Serigrafia. 51 cm x 76 cm. americano. Direção: Roger Corman. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.43 Eduardo Muñoz Bachs. A Balada do Deserto, 1973. Filme norte-americano. p.70 Antonio Pérez González (Ñiko). Semana do Cinema Sueco, 1975. Serigrafia.
Direção: Sam Peckinpah. Serigrafia. 51 cm x 76 cm. 51 cm x 76 cm.
84 85
p.71 Antonio Pérez González (Ñiko). Antonio das Mortes, 1970. Filme brasileiro.
Direção: Glauber Rocha. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.72 Antonio Pérez González (Ñiko). Frenesi, 1973. Filme inglês. Direção: Alfred
Hitchcock. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.73 Antonio Pérez González (Ñiko). Gatinha Selvagem, 1969. Filme japonês.
Direção: Kenji Yoshida. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.74 Antonio Pérez González (Ñiko). Coronel Delmiro Gouveia, 1980. Filme
brasileiro. Direção: Geraldo Sarno. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.75 Antonio Pérez González (Ñiko). Marianela, 1973. Filme espanhol. Direção:
Angelino Fons. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.76 Antonio Pérez González (Ñiko). A Última Gargalhada, 1971. Filme alemão.
Direção: Friedrich Wilhelm Murnau. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.77 Antonio Pérez González (Ñiko). Um Trem para a Estação Céu, 1974. Filme
tchecoslovaco. Direção: Karel Kachyna. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.78 Antonio Fernández Reboiro. Overlord, 1977. Filme inglês. Direção: Stuart
Cooper. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.79 Antonio Fernández Reboiro. Moby Dick, 1968. Filme norte-americano.
Direção: John Huston. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.80 Antonio Fernández Reboiro. O Monstro em Primeiro Plano, 1973.
Co-produção ítalo-francesa. Direção: Marco Bellocchio. Serigrafia.
51 cm x 76 cm.
p.81 Antonio Fernández Reboiro. Greve, 1976. Filme soviético. Direção: Sergei M.
Eisenstein. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.82 Alfredo González Rostgaard. Now!, 1965. Documentário do ICAIC. Direção:
Santiago Alvarez. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.83 Alfredo González Rostgaard. O Quê da Questão (originalmente em inglês,
The Knack... and How to Get It), 1967. Filme inglês. Direção: Richard Lester.
Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.87 René Azcuy. A Luz na Janela, 1967. Filme húngaro. Direção: Laszlo Nadasy.
Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.88 Eduardo Muñoz Bachs. Cartas do Parque, 1989. Filme cubano. Direção:
Tomás Gutiérrez Alea. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.91 Eduardo Muñoz Bachs. O Cavaleiro Inexistente, 1972. Filme italiano.
Direção: Pino Zac. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.92 René Azcuy. A Ferradura Partida, 1975. Filme soviético. Direção: Semion
Aranovich. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
p.94 Eduardo Muñoz Bachs. Seguro de virgindade, 1969. Filme italiano. Direção:
G. Bianchi. Serigrafia. 51 cm x 76 cm.
86
notas
89
*** Josef Müller-Brockmann (1914-1996), designer gráfico suíço e professor
com formação em arquitetura, design e história da arte pela universidade de
Kunstgewerbeschule, em Zurique. Em 1936 abriu um estúdio especializado em
design gráfico, design de exposição e fotografia. Ao longo de sua carreira produziu
cartazes publicitários, institucionais e culturais. Em 1958 fundou a
New Graphic Design juntamente com C. Vivarelli e H. Neuburg. Também foi
autor de publicações como Design, Grid Systems, onde defende o uso de uma
grade estrutural para a construção da página; “História do Cartaz” e “A História da
Comunicação Visual”. É reconhecido pela simplicidade no desenho de suas
peças gráficas e pela utilização tipográfica da Akzidenz-Grotesk.
1 - Hollis, 200, p. 12.
2 - Carpentier, Culture et Revolution, 1977, p. 4.
90 91
bibliografia
http://www.learnaboutmovieposters.com/newsite/index/COUNTRIES/US/
HISTORY/history.asp#firstposters.
VEGA, Sara; GARCIA, Alicia. La Otra Imagen del Cine Cubano. Havana:
Cinemateca de Cuba / Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográfica -
ICAIC, 1997.
93
Agradecimentos Exposição “Cartazes Cubanos – Um Olhar sobre o Cinema Mundial”
De 10 a 29 de março de 2009 – CAIXA Cultural Curitiba, PR
Ana Lucia Puga de Lacerda De 5 de agosto a 13 de setembro de 2009 – CAIXA Cultural São Paulo, SP
Fernando Rodrigues De 28 de setembro a 25 de outubro de 2009 – CAIXA Cultural Rio de Janeiro, RJ
Graça Lima
Isis Ramalho Silveira
José Sauer (Glatt Molduras) Presidente da República
Joyce Enzler (Caixa Cultural RJ) Luiz Inácio Lula da Silva
Karen Gaeski
Marisa Mello Ministro da Fazenda
Pablo Pacheco López Guido Mantega
Rui de Oliveira
Sara Vega Miche Presidenta da CAIXA Econômica Federal
Terence Keller Maria Fernanda Ramos Coelho
ISBN 978-85-98122-04-5
9 788598 122045
A palavra design é originária do vocábulo latino designatio e
significa o que entendemos por desenho: um conjunto de
procedimentos de ordem gráfica, a partir dos quais expressamos
uma idéia. No século XX, a terminologia inglesa assumiu um outro
sentido enquanto verbo: processo de criar e desenvolver um projeto.
Essa nova acepção contribuiu para desvincular o termo daquilo que
é denominado como “arte” e, conseqüentemente, do próprio
desenho. Uma reflexão que gera questionamentos de natureza
plástica e funcional, pois como dissociar pressupostos que são
absolutamente correlatos? Podemos encontrar respostas, por
exemplo, nos afrescos de Michelangelo para a Capela Sistina (1508
- 1512) e nos de Tiepolo, para o Palácio de Würzburg (1751 - 1752).
A menção a tais referências é apenas uma amostra de como formas
de representação alicerçadas no binômio plástica-função estão a
serviço da comunicação visual, ou seja, do design.
Alexandre Guedes
Curador
Realização
Patrocínio