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Relacione as definições abaixo com as figuras de linguagem:

( ) Figura de linguagem em que se emprega um sentido incomum para


uma palavra a partir de uma relação de semelhança entre dois termos.
( ) Figura de linguagem que consiste em expressar uma ideia com
exagero, a fim de enfatizá-la ou destacá-la.
( ) Figura de linguagem que consiste no emprego de uma palavra por
outra, com a qual tem uma relação de interdependência, proximidade.
( ) Figura de linguagem que consiste em atribuir características humanas
a seres inanimados ou irracionais.
( ) Figura de linguagem que consiste no emprego de palavra ou
expressão agradável para amenizar uma ideia desagradável ou
grosseira.
( ) Figura de linguagem que consiste em aproximar dois termos a partir
de uma característica comum. Faz uso de conectivos: como, tal qual, que
nem etc.
1. Eufemismo.
2. Metáfora.
3. Comparação.
4. Prosopopeia ou personificação.
5. Hipérbole.
6. Metonímia
a) 6 – 4 – 2 – 1 – 3 – 5
b) 5 – 6 – 1 – 2 – 3 – 4
c) 2 – 5 – 6 – 4 – 1 – 3
d) 2 – 6 – 5 – 4 – 1 – 3
e) 1 – 2 – 6 – 5 – 4 – 3

Figuras de Linguagem - 50 Exercícios com


gabarito
01. (VUNESP) No trecho: “…dão um jeito de mudar o mínimo para
continuar mandando o máximo”, a figura de linguagem presente é
chamada:

a) metáfora
b) hipérbole
c) hipérbato
d) anáfora
e) antítese

02. (PUC – SP) Nos trechos: “O pavão é um arco-íris de plumas” e “…de


tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira…” enquanto
procedimento estilístico, temos, respectivamente:

a) metáfora e polissíndeto;
b) comparação e repetição;
c) metonímia e aliteração;
d) hipérbole e metáfora;
e) anáfora e metáfora.

03. (PUC – SP) Nos trechos: “…nem um dos autores nacionais ou


nacionalizados de oitenta pra lá faltava nas estantes do major” e “…o
essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja”
encontramos, respectivamente, as seguintes figuras de linguagem:

a) prosopopéia e hipérbole;
b) hipérbole e metonímia;
c) perífrase e hipérbole;
d) metonímia e eufemismo;
e) metonímia e prosopopéia.

04. (VUNESP) Na frase: “O pessoal estão exagerando, me disse ontem


um camelô”, encontramos a
figura de linguagem chamada:

a) silepse de pessoa
b) elipse
c) anacoluto
d) hipérbole
e) silepse de número

05. (ITA) Em qual das opções há erro de identificação das figuras?

a) “Um dia hei de ir embora / Adormecer no derradeiro sono.”


(eufemismo)
b) “A neblina, roçando o chão, cicia, em prece. (prosopopéia)
c) Já não são tão freqüentes os passeios noturnos na violenta Rio de
Janeiro. (silepse de número)
d) “E fria, fluente, frouxa claridade / Flutua…” (aliteração)
e) “Oh sonora audição colorida do aroma.” (sinestesia)
06. (UM – SP) Indique a alternativa em que haja uma concordância
realizada por silepse:

a) Os irmãos de Teresa, os pais de Júlio e nós, habitantes desta pacata


região, precisaremos de muita força para sobreviver.
b) Poderão existir inúmeros problemas conosco devido às opiniões
dadas neste relatório.
c) Os adultos somos bem mais prudentes que os jovens no combate às
dificuldades.
d) Dar-lhe-emos novas oportunidades de trabalho para que você obtenha
resultados mais satisfatórios.
e) Haveremos de conseguir os medicamentos necessários para a cura
desse vírus insubordinável a qualquer tratamento.

07. (FEI) Assinalar a alternativa correta, correspondente à figuras de


linguagem, presentes nos fragmentos abaixo:

I. “Não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão
puro viste.”

II. “A moral legisla para o homem; o direito para o cidadão.”

III. “A maioria concordava nos pontos essenciais; nos pormenores porém,


discordavam.”

IV. “Isaac a vinte passos, divisando o vulto de um, pára, ergues a mão
em viseira, firma os olhos.”

a) anacoluto, hipérbato, hipálage, pleonasmo;


b) hipérbato, zeugma, silepse, assíndeto;
c) anáfora, polissíndeto, elipse, hipérbato;
d) pleonasmo, anacoluto, catacrese, eufemismo;
e) hipálage, silepse, polissíndeto, zeugma.

08. (FEBA – SP) Assinale a alternativa em que ocorre aliteração:

a) “Água de fonte ………. água de oceano …………. água de pranto.


(Manuel Bandeira)
b) “A gente almoça e se coça e se roça e só se vicia.” (Chico Buarque)
c) “Ouço o tique-taque do relógio: apresso-me então.” (Clarice Lispector)
d) “Minha vida é uma colcha de retalhos, todos da mesma cor.” (Mário
Quintana)
e) N.d.a.

09. (CESGRANRIO) Na frase “O fio da idéia cresceu, engrossou e partiu-


se” ocorre processo de gradação. Não há gradação em:
a) O carro arrancou, ganhou velocidade e capotou.
b) O avião decolou, ganhou altura e caiu.
c) O balão inflou, começou a subir e apagou.
d) A inspiração surgiu, tomou conta de sua mente e frustrou-se.
e) João pegou de um livro, ouviu um disco e saiu.

10. (FATEC) “Seus óculos eram imperiosos.” Assinale a alternativa em


que aparece a mesma figura de linguagem que há na frase acima:

a) “As cidades vinham surgindo na ponte dos nomes.”


b) “Nasci na sala do 3° ano.”
c) “O bonde passa cheio de pernas.”
d) “O meu amor, paralisado, pula.”
e) “Não serei o poeta de um mundo caduco.”

11. Em cada um dos períodos abaixo ocorre uma silepse. Marque a


alternativa que classifica corretamente cada uma delas.

“Está uma pessoa ouvindo missa, meia-hora o cansa e atormenta e faz


romper em murmurações”.
“E todos assim nos distraímos nesses preparativos”. (Aníbal Machado)
“A multidão vai subindo, subiram, subiram mais”. (Murilo Mendes)
A) silepse de gênero, silepse de número, silepse de número.
B) silepse de pessoa, silepse de número, silepse de pessoa.
C) silepse de gênero, silepse de pessoa, silepse de pessoa.
D) silepse de gênero, silepse de pessoa, silepse de número.
E) silepse de número, silepse de pessoa, silepse de gênero.

12. (FUVEST) A figura de linguagem empregada nos versos em


destaque é:

“Quando a Indesejada das gentes chegar


(Não sei se dura ou caroável)
Talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:
- Alô, iniludível!”

A) clímax
B) eufemismo
C) sínquise
D) catacrese
E) pleonasmo
13. (FUVEST) Identifique a figura de linguagem empregada nos versos
destacados:

“No tempo de meu Pai, sob estes galhos,


Como uma vela fúnebre de cera,
Chorei bilhões de vezes com a canseira
De inexorabilíssimos trabalhos!”

A) antítese
B) anacoluto
C) hipérbole
D) litotes
E) paragoge

14. (Mack) Nos versos abaixo, uma figura se ergue graças co conflito de
duas visões antagônicas:

“Saio do hotel com quatro olhos,


- Dois do presente,
- Dois do passado.”

Esta figura de linguagem recebe o nome de:

A) metonímia
B) catacrese
C) hipérbole
D) antítese
E) hipérbato

15. (Cesesp – PE) Leia atentamente os períodos:

Vários de nós ficamos surpresos.


Essa gente está furiosa e com medo; por consequência, capazes de
tudo.
Tua mãe, não há idade nem desgraça que lhe transforme o sorriso.
Entre elas, alguém estava envergonhada.
Os períodos aça contêm, respectiva e sucessivamente, as seguintes
figuras de sintaxe:

A) Silepse de pessoa, silepse de gênero, anacoluto, silepse de número.


B) Anacoluto, anacoluto, anacoluto, silepse de número.
C) Silepse de número, silepse de pessoa, anacoluto, anacoluto.
D) Silepse de pessoa, silepse de número, anacoluto, silepse de gênero.
E) Silepse de pessoa, anacoluto, silepse de gênero, anacoluto.

16. (Maringá) Leia os versos e depois assinale a alternativa correta:


“Amo do nauta o doloroso grito
Em frágil prancha sobre o mar de horrores,
Porque meu seio se tornou pedra,
Porque minh’alma descorou de dores.” (Fagundes Varela)

No primeiro verso, há uma figura que se traduz por:

A) pleonasmo
B) hipérbato
C) gradação
D) anacoluto
E) anáfora

17. (FAU-Santos) Nos versos: “Bomba atômica que aterra


Pomba atônita da paz
Pomba tonta, bomba atômica...”

A repetição de determinados elemento fônicos é um recurso estilístico


denominado:

A) hiperbibasmo
B) sinédoque
C) metonímia
D) aliteração
E) metáfora

18. (U. Taubaté) No sintagma: “Uma palavra branca e fria”, encontramos


a figura denominada:

A) sinestesia
B) eufemismo
C) onomatopéia
D) antonomásia
E) catacrese

19. (FMU) Quando você afirma que enterrou “no dedo um alfinete”, que
embarcou “no trem” e que serrou “os pés da mesa”, recorre a um tipo de
figura de linguagem denominada:

A) metonímia
B) antítese
C) paródia
D) alegoria
E) catacrese
20. (ADVISE) No enunciado: “Virgílio, traga-me uma coca cola bem
gelada!”, registra-se uma figura de linguagem denominada:

A) anáfora
B) personificação
C) antítese
D) catacrese
E) metonímia

21. (ANHEMBI)
“A novidade veio dar à praia
na qualidade rara de sereia
metade um busto de uma deusa maia
metade um grande rabo de baleia
a novidade era o máximo
do paradoxo estendido na areia
alguns a desejar seus beijos de deusa
outros a desejar seu rabo pra ceia
oh, mundo tão desigual
tudo tão desigual
de um lado este carnaval
do outro a fome total
e a novidade que seria um sonho
milagre risonho da sereia
virava um pesadelo tão medonho
ali naquela praia, ali na areia
a novidade era a guerra
entre o feliz poeta e o esfomeado
estraçalhando uma sereia bonita
despedaçando o sonho pra cada lado”
(Gilberto Gil – A Novidade)
Assinale a alternativa que ilustra a figura de linguagem destacada no
texto:
a) “A novidade veio dar à praia/na qualidade rara de sereia”
b) “A novidade que seria um sonho/o milagre risonho da sereia/virava um
pesadelo tão medonho”
c) “A novidade era a guerra/entre o feliz poeta e o esfomeado”
d) “Metade o busto de uma deusa maia/metade um grande rabo de
baleia”
e) “A novidade era o máximo/do paradoxo estendido na areia”

22. (FATEC) "Seus óculos eram imperiosos." Assinale a alternativa em


que aparece a mesma figura de linguagem que há na frase acima:

a) "As cidades vinham surgindo na ponte dos nomes."


b) "Nasci na sala do 3° ano."
c) "O bonde passa cheio de pernas."
d) "O meu amor, paralisado, pula."
e) "Não serei o poeta de um mundo caduco."

23. (VUNESP) Na frase: "O pessoal estão exagerando, me disse ontem


um camelô", encontramos a
figura de linguagem chamada:

a) silepse de pessoa
b) elipse
c) anacoluto
d) hipérbole
e) silepse de número

24. Na expressão: “Faz dois anos que ele entregou a alma a Deus.” a
figura de linguagem presente é:
a) pleonasmo
b) comparação
c) eufemismo
d) hipérbole
e) anáfora

25. (Mackenzie)
- "Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal!"
Há, nesses versos, uma convergência de recursos expressivos, que se
realizam por meio de:
I - metonímia;
II - pleonasmo;
III - apóstrofe;
IV - personificação.

Quanto às especificações anteriores, diz-se que:


a) todas estão corretas.
b) nenhuma está correta.
c) apenas I , II e III estão corretas.
d) apenas III e IV estão corretas.
e) apenas I está incorreta.

26. (Marília) - Na expressão: "Eles têm poder; nós, dinheiro", a figura de


construção empregada é:
a) anástrofe
b) elipse
c) zeugma
d) anacoluto
e) hipérbole
27. (Fau – Santos) Nos versos:
“Bomba atômica que aterra
Pomba atômica da paz
Pomba tonta, bomba atômica...”
A repetição de determinados elementos fônicos é um recurso estilístico
denominado:
a) hiperbibasmo
b) sinédoque
c) metonímia
d) aliteração
e) metáfora

28. (Aman) Há uma evidente onomatopéia em:


a) "Os dois bois tafulham as munhecas, com cloques sonoros."
b) "E Soronho ri, com estrépito e satisfação."
c) "... um tremembé atapeado de alvas florinhas de bem-casados e de
longos botões fusiformes de lírios."
d) "Vam'bora, lerdeza! Tu é bobo o mole; tu é boi?!..."
e) "De éis, Buscapé, e depois Namorado, acabaram."

29. (Un. Fe. Uberlândia) Cada frase abaixo possui uma figura de
linguagem. Assinale aquela que não está classificada corretamente:
a) O céu vai se tornando roxo e a cidade aos poucos agoniza.
(prosopopéia)
b) "E ele riu frouxamente um riso sem alegria". (pleonasmo)
c) Peço-lhe mil desculpas pelo que aconteceu. (metáfora)
d) "Toda vida se tece de mil mortes." (antítese)
e) Ele entregou hoje a alma a Deus. (eufemismo).

30. (UFPB)
I."À custa de muitos trabalhos, de muitas fadigas, e sobretudo de muita
paciência..."
II."... se se queria que estivesse sério, desatava a rir..."
III."... parece que uma mola oculta o impelia..."
IV."... e isto (...) dava em resultado a mais refinada má-criação que se
pode imaginar."

Quanto às figuras de linguagem, há neles, respectivamente,

a) gradação, antítese, comparação e hipérbole.


b) hipérbole, paradoxo, metáfora e gradação.
c) hipérbole, antítese, comparação e paradoxo.
d) gradação, antítese, metáfora e hipérbole.
e) gradação, paradoxo, comparação e hipérbole.
31. (FEI) Assinalar a alternativa correta, com relação as figuras de
linguagem, presentes nos fragmentos a seguir:
I. “Não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão
puro viste.”
II. “A moral legisla para o homem; o direito, para o cidadão.”
III. “A maioria concordava nos pontos essenciais; nos pormenores porém,
discordavam.”
IV. “Isaac a vinte passos, divisando a vulto de um, pára, ergue a mão em
viseira, firma os olhos.”

a) anacoluto, hipérbato, hipálage, pleonasmo


b) hipérbato, zeugma, silepse, assíndeto
c) anáfora, polissíndeto, elipse, hipérbato
d) pleonasmo, anacoluto, catacrese, eufemismo
e) hipálage, silepse, polissíndeto, zeugma

32. (UFPE) Nos enunciados abaixo, a palavra destacada NÃO tem


sentido conotativo em:

a) A comissão técnica está dissolvida. Do goleiro ao ponta-esquerda.


b) Indispensável à boa forma, o exercício físico detona músculos e
ossos, se mal praticado.
c) O melhor tenista brasileiro perde o jogo, a cabeça e o prestígio em
Roland Garros.
d) Sob a mira da Justiça, os sorteios via 0900 engordam o caixa das
principais emissoras.
e) Alta nos juros atropela sonhos da classe média.

33. (FUVEST) A catacrese, figura que se observa na frase "Montou o


cavalo no burro bravo", ocorre em:
a) Os tempos mudaram, no devagar depressa do tempo.
b) Última flor do Lácio, inculta e bela, és a um tempo esplendor e
sepultura.
c) Amanheceu, a luz tem cheiro
d) Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal.
e) Apressadamente, todos embarcaram no trem.

34. (VUNESP) Assinale a alternativa em que está caracterizada a figura


de sintaxe denominada pleonasmo.

a) Esperamos, sinceramente, você compreenda nossos motivos.


b) Dizem que os brasileiros autênticos somos loucos por futebol.
c) Ao povo, nada lhe dão que não seja seguido de novos impostos.
d) Ele que era forte e corajoso, ei-lo fraco e covarde.
e) Informaram que Sua Santidade continua adoentado.
35. (FUNCAB - Técnico de Administração) O fragmento transcrito que
possui um exemplo de onomatopeia é:

a) “– É mesmo? – respondeu ele. – PentiumII?”


b) “Mas tudo durou pouco, porque um certo escritor amigo meu me
telefonou.”
c) “–Clic – fiz eu do outro lado.”
d) “– E como você fica aí, dando risada?”
e) “Bobagem, como logo se veria.”

36. (FUNCAB - Médico Legista - ES) As figuras de linguagem são usadas


como recursos estilísticos para dar maior valor expressivo à linguagem.

No seguinte trecho “Tu és a chuva e eu sou a terra [...]” predomina a


figura, denominada:

a) onomatopeia.
b) hipérbole.
c) metáfora.
d) catacrese.
e) sinestesia.

37. (VUNESP - PM-SP) Em – Mas há as ficções benignas, como as que


saíram dos pincéis de um Goya ou da pena de um Cervantes... –, a
figura de linguagem empregada no termo destacado é

a) metonímia.
b) ambiguidade.
c) antítese.
d) anáfora.
e) hipérbole.

38. (FUVEST) A catacrese, figura que se observa na frase “Montou o


cavalo no burro bravo”, ocorre em:

a) Os tempos mudaram, no devagar depressa do tempo.


b) Última flor do Lácio, inculta e bela, és a um tempo esplendor e
sepultura.
c) Apressadamente, todos embarcaram no trem.
d) Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal.
e) Amanheceu, a luz tem cheiro.

39. (UFPA) Tecendo a manhã


Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.
(MELO, João Cabral de. In: Poesias Completas. Rio de Janeiro, José
Olympio, 1979)
Nos versos:

“E se encorpando em tela, entre todos,


se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo…”
tem-se exemplo de

a) eufemismo
b) antítese
c) aliteração
d) silepse
e) sinestesia.

40. (UFSCAR-SP) Para responder a esta questão, leia os versos:

E rir meu riso e derramar meu pranto


Ao seu pesar ou seu contentamento.

Mudaram as estações

Nada mudou.

É notória a oposição de ideias nos versos, o que significa que neles se


encontra como principal figura de linguagem a:

a) metáfora
b) antítese
c) sinestesia
d) metonímia
e) catacrese
41. (UERJ) A construção poética do discurso baseia-se frequentemente
na utilização de figuras de linguagem,como a metonímia. O poeta
recorreu a esta figura em:
a) “Ah, os rostos sentados”
b) “Os retratos em cor, na parede,”
c) “que exerceram (…) o manso ofício”
d) “de fazer esperar com esperança.”

42. (UERJ) “Mas, recusando o colóquio, desintegrou-se no ar constelado


de problemas.” O estranhamento provocado no verso sublinhado
constitui um caso de:
a) pleonasmo
b) metonímia
c) hipérbole
d) metáfora

43. (UERJ) Figuras de linguagem – por meio dos mais diferentes


mecanismos – ampliam o significado de palavras e expressões,
conferindo novos sentidos ao texto em que são usadas. A alternativa que
apresenta uma figura de linguagem construída a partir da equivalência
entre um todo e uma de suas partes é:
a) “que um homem e uma mulher ali estejam, pálidos, se movendo na
penumbra como dentro de um sonho?”
b) “Entretanto a cidade, que durante uns dois ou três dias parecia nos
haver esquecido, voltava subitamente a atacar.”
c) “batia com os nós dos dedos, cada vez mais forte, como se tivesse
certeza de que havia alguém lá dentro.”
d) “Mas naquela manhã ela se sentiu tonta, e senti também minha
fraqueza;”

44. (UERJ) O processo de personificação é um recurso utilizado no texto


para humanizar a narrativa e cativar o leitor. Um exemplo de
personificação aparece no seguinte fragmento:
a) “Passar cinqüenta anos sem poder falar sua língua com alguém é um
exílio agudo dentro do silêncio.”
b) “E como as folhas não falavam, punha-se a ler em voz alta, fingindo
ouvir na própria voz a voz do outro,”
c) “Cinqüenta anos olhando as planuras dos pampas, acostumado já às
carnes generosas dos churrascos
conversados em espanhol”
d) “Era agora um homem inteiro. Tinha, enfim, nos lábios toda a canção.”

46. (Inatel) Reconheça e classifique as figuras de palavras, de


construção e de pensamento:

( ) “Quando uma lousa cai sobre um cadáver mudo”.


( ) “Terrível hemorragia de sangue”.
( ) “Das idades através”.
( ) “Oxalá tenham razão”.
( ) “Trejeita, e canta, e ri nervosamente”.
(1) Polissíndeto
(2) Hipérbato
(3) Epíteto
(4) Pleonasmo
(5) Elipse
A sequência que corresponde à resposta correta é:

a) 4,3,5,2,1
b) 3,4,2,1,5
c) 3,4,2,5,1
d) 3,4,5,2,1

47. (Cescea) Identifique os recursos estilísticos empregados no texto:

“Nem tudo tinham os antigos, nem tudo temos, os modernos”. (Machado


de Assis)

a) anáfora – antítese – silepse


b) metáfora – antítese – elipse
c) anástrofe – antítese – zeugma
d) pleonasmo – antítese – silepse
e) anástrofe – comparação – parábola.

48. (FUVEST) A figura de linguagem empregada nos versos em


destaque é:

“Quando a Indesejada das gentes chegar


(Não sei se dura ou caroável)
Talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:
- Alô, iniludível!”

a) clímax
b) eufemismo
c) sínquise
d) catacrese
e) pleonasmo.

49. (Mack) Nos versos abaixo, uma figura se ergue graças co conflito de
duas visões antagônicas:

“Saio do hotel com quatro olhos,


- Dois do presente,
- Dois do passado.”

Esta figura de linguagem recebe o nome de:

a) metonímia
b) catacrese
c) hipérbole
d) antítese
e) hipérbato

50. (CESGRANRIO) Na frase "O fio da idéia cresceu, engrossou e partiu-


se" ocorre processo de gradação. Não há gradação em:

a) O carro arrancou, ganhou velocidade e capotou.


b) O avião decolou, ganhou altura e caiu.
c) O balão inflou, começou a subir e apagou.
d) A inspiração surgiu, tomou conta de sua mente e frustrou-se.
e) João pegou de um livro, ouviu um disco e saiu.

GABARITO
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
0 E A E E C C B B E
1 C D B C D D B D A E
2 E B C E C A C D A C
3 D B B E C C C A C C
4 B A D B C C C A B D
5 E

1- Leia os textos abaixo e faça o que se pede:


“(…) No fundo o imponente castelo. No primeiro plano a íngreme ladeira que conduz ao castelo.
Descendo a ladeira numa disparada louca o fogoso ginete.
Montado no ginete o apaixonado caçula do castelão inimigo de capacete prateado com plumas brancas.
E atravessada no ginete a formosa donzela desmaiada entregando ao vento os cabelos cor de
carambola.” (A. de Alcântara Machado, Carmela).
“(…) íamos, se não me engano, pela rua das Mangueiras, quando voltando-nos, vimos um carro elegante
que levavam a trote largo dois fogosos cavalos. Uma encantadora menina, sentada ao lado de uma
senhora idosa, se recostava preguiçosamente sobre o macio estofo e deixava pender pela cobertura
derreada do carro a mão pequena que brincava com um leque de penas escarlates.” José de Alencar,
Lucíola).
Nesses excertos, observa-se que a maioria dos substantivos são modificados por adjetivos
ou expressões equivalentes.
Comparando os dois textos:
a) aponte em cada um deles o efeito produzido por tal recurso linguístico
b) justifique sua resposta.
2- “Os homens são os melhores fregueses” – os melhores encontra-se no grau:
a) comparativo de superioridade.
b) superlativo relativo de superioridade.
c) superlativo absoluto sintético.
d) superlativo absoluto analítico de superioridade.
3- O desagradável da questão era vê-lo de mau humor depois da troca de turno. Na
frase acima, as palavras destacadas comportam-se, respectivamente, como:
a) substantivo, adjetivo, substantivo.
b) adjetivo, advérbio, verbo.
c) substantivo, adjetivo, verbo.
d) substantivo, advérbio, substantivo.
e) adjetivo, adjetivo, verbo.
4- Em algumas gramáticas, o adjetivo vem definido como sendo “a palavra que modifica o
substantivo”. Assinale a alternativa em que o adjetivo destacado contraria a definição.
a) Li um livro lindo.
b) Beber água é saudável.
c) Cerveja gelada faz mal.
d) Gente fina é outra coisa!
e) Ele parece uma pessoa simpática.
5- Indique a alternativa em que não é atribuída a ideia de superlativo ao adjetivo.
a) É uma ideia agradabilíssima.
b) Era um rapaz alto, alto, alto.
c) Saí de lá hipersatisfeito.
d) Almocei tremendamente bem.
e) É uma moça assustadoramente alta.
6- Siga o modelo: modificação da paisagem – modificação paisagística
a) água da chuva
b) exageros da paixão
c) atitudes de criança
d) soro contra veneno de serpente
7- Dê o superlativo absoluto sintético de:
a) feliz
b) livre
8- Faça conforme o modelo: alma de fora – alma exterior
a) imagem do espelho
b) parede de vidro
c) imposição da lei
d) comprimento da linha
9- Dê os adjetivos equivalentes às expressões em destaque.
a) programa da tarde
b) ciclo da vida
c) representante dos alunos
10- Passe para o plural.
a) borboleta azul-clara
b) borboleta cor-de-laranja
11- Dadas as afirmações de que os adjetivos correspondentes aos substantivos:
1. enxofre
2. chumbo
3. prata
São, respectivamente,
1. sulfúreo 2. plúmbeo 3. argênteo
Verificamos que está (estão) correta(s):
a) apenas a afirmação 1 .
b) apenas a afirmação 2.
c) apenas a afirmação 3.
d) apenas as afirmações 1 e 2.
e) todas as afirmações.
12- Relacione a primeira coluna à segunda.
(1) água ( ) pluvial
(2) chuva ( ) ebúrneo
(3) gato ( ) felino
(4) marfim ( ) aquilino
(5) prata ( ) argênteo
(6) rio
(7) não consta da lista
A sequência correta é:
a) 7, 7, 3, 1,;7.
b) 6, 3, 7, 1,4.
c) 2, 4, 3, 7, 5.
d) 2, 4, 7, 1, 7.
13- Os superlativos absolutos sintéticos de comum, soberbo, fiel, miúdo são,
respectivamente: a) comuníssimo, super, fielísimo, minúsculo.
b)comuníssimo, sobérrimo, fidelíssimo, minúsculo.
c) comuníssimo, superbíssimo, fidelíssimo, minutíssimo.
d) comunérrimo, sobérrimo, fidelíssimo, miudérrimo.
e) comunérrimo, sobérrimo, fielíssimo, minutissimo.
14- Os adjetivos Iígneo, gípseo, níveo, braquial significam, respectivamente:
a) lenhoso, feito de gesso, alvo, relativo ao braço.
b) lenhoso, feito de gesso, nivelado, relativo ao crânio.
c) lenhoso, rotativo, abalizado, relativo ao crânio.
d) associado, rotativo, nivelado, relativo ao braço.
e) associado, feito de gesso, abalizado, relativo ao crânio.
15- Aponte a alternativa incorreta quanto à correspondência entre a locução e o adjetivo.
a) glacial (de gelo); ósseo (de osso)
b) fraternal (de irmão); argênteo (de prata)
c) farináceo (de farinha); pétreo (de pedra)
d) viperino (de vespa); ocular (de olho)
e) ebúrneo (de marfim); insípida (sem sabor)
16- O plural de terno azul-claro, terno verde-mar é, respectivamente:
a) ternos azuis-claros, ternos verdes-mares.
b) ternos azuis-claros, ternos verde-mares.
c) ternos azul-claro, ternos verde-mar.
d) ternos azul-claros, ternos verde-mar.
e) ternos azuis-claro, ternos verde-mar.
17- Marque:
a) se I e II forem verdadeiras
b) se I e III forem verdadeiras
c) se II e III forem verdadeiras
d) se todas forem verdadeiras
e) se todas forem falsas
“… eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor…”
I. No primeiro caso, autor é substantivo; defunto é adjetivo.
II. No segundo caso, defunto é substantivo; autor é adjetivo.
III. Em ambos os casos, tem-se um substantivo composto.
18- Assinale a alternativa em que o termo cego(s) é um adjetivo.
a) “Os cegos, habitantes de um mundo esquemático, sabem aonde ir…”
b) “O cego de Ipanema representava naquele momento todas as alegorias da noite escura
da alma…”
c) “Todos os cálculos do cego se desfaziam na turbulência do álcool.”
d) “Naquele instante era só um pobre cego.”
e) “… da Terra que é um globo cego girando no caos.”
19- Observe as proposições abaixo:
01. Poucos autores escrevem poemas herói-cômicos.
02. Os cabelos castanhos-escuros emolduravam-lhe o semblante juvenil.
04. Vestidos vermelhos e amarelo-laranja foram os mais vendidos na exposição.
08. As crianças surdo-mudas foram encaminhadas à clinica para tratamento.
16. Discutiu-se muito a respeito de ciências político-sociais na última assembleia dos
professores.
32. As sociedades luso-brasileira adquiriram novos livros de autores portugueses.
Marque as frases corretas e some os valores que lhes são atribuídos.
20- O adjetivo está mal flexionado em grau em:
a) livre: libérrimo
b) magro: macérrimo
c) doce: docílimo
d) triste: tristíssimo
e) fácil: facílimo
21- Siga o exemplo:
Não chame a torre de alta, mas de altíssima. Não considero sua atitude nobre, mas (*).
22- No trecho “… o homem não fala simplesmente uma língua, não a usa, como mero
instrumento de comunicação…”, o termo sublinhado é um:
a) substantivo e significa “simples”.
b) advérbio e significa “genuíno”.
c) adjetivo e significa “quase”.
d) advérbio e significa ”estreme”.
e) adjetivo e significa “puro”.
23- Assinale a alternativa em que ambos os adjetivos não se flexionam em gênero.
a) elemento motor, tratamento médico-dentário
b) esforço vão, passeio matinal
c) juiz arrogante, sentimento fraterno
d) cientista hindu, homem célebre
e) costume andaluz, manual lúdico-instrutivo
24- Das frases abaixo, apenas uma apresenta adjetivo no comparativo de superioridade,
assinale-a.
a) A palmeira é a mais alta árvore deste lugar.
b) Guardei as melhores recordações daquele dia,
c) A Lua é maior que a Terra.
d) Ele é o maior aluno de sua turma.
e) O mais alegre dentre os colegas era Ricardo.
25- Dê o grau normal dos superlativos:
a) macérrimo
b) tetérrimo
c) minutíssimo
d) personalíssimo
e) feracíssimo
26- Relativamente à concordância dos adjetivos compostos indicativos de cor, uma,
dentre as seguintes alternativas, está errada. Qual?
a) saia amarelo-ouro
b) papel amarelo-ouro
c) caixa vermelho-sangue
d) caixa vermelha-sangue
e) caixas vermelho-sangue

Respostas dos exercícios sobre adjetivo e


flexão do adjetivo
1. a) Por se tratar de textos narrativos, a adjetivação tem caráter descritivo e não
argumentativo. E ambos os textos, nota-se uma caracterização enaltecedora, que desenha
um quadro idealizado cujos elementos se aproximam da perfeição. No segundo texto, essa
construção é o objetivo do escritor; no primeiro, o escritor faz referência a certo tipo de
escrito em que os elementos apresentados são sempre os mesmos – sempre idealizados,
sempre caracterizado pelos mesmos adjetivos.
b) Deve-se notar o uso dos artigos definidos no primeiro texto que substantivam as
expressões a que se referem – não é um castelo, é o “imponente castelo” das típicas
histórias românticas. Esse tratamento permite perceber que o primeiro texto é
metalinguístico.
2. b
3. a
4. b
5. d
6. a) pluvial
b)passionais
c) infantis, pueris
d) antiofídico
7. a) felicíssimo
b) libérrimo
8. a) especular
b) vítrea
c) legal
d) linear
9. a) vespertino
b) vital
c) discente
10. a) borboletas azul-claras
b) Borboletas cor-de-laranja
11. e
12. c
13. c
14. a
15. d
16. d
17. a
18. e
19. 01+04+16=21
20. c
21. nobilíssima
22. e
23. d
24. c
25. a) magro
b) tetro (tétrico)
c) miúdo
d) pessoal
e) feraz ( fértil, fecundo)
26. d
LISTA DE EXERCÍCIOS BÔNUS SOBRE ADJETIVO
Depois desta primeira sequência de exercícios, montei uma segunda lista de exercícios
para quem não ficou satisfeito. Lembre-se de que é muito importante o uso dos adjetivos
na construção das impressões e da subjetividade nos textos.
1) (Unitau 1995) – “Certas instituições encontram sua autoridade na palavra divina.
Acreditemos ou não nos dogmas, é preciso reconhecer que seus dirigentes são
obedecidos porque um Deus fala através de sua boca. Suas qualidades pessoais
importam pouco. Quando prevaricam, eles são punidos no inferno, como aconteceu, na
opinião de muita gente boa, com o Papa Bonifácio VIII, simoníaco reconhecido. Mas o
carisma é da própria Igreja, não de seus ministros. A prova de que ela é divina, dizia um
erudito, é que os homens ainda não a destruíram.
Outras associações humanas, como a universidade, retiram do saber o respeito pelos
seus atos e palavras. Sem a ciência rigorosa e objetiva, ela pode atingir situações
privilegiadas de mando, como ocorreu com a Sorbonne. Nesse caso, ela é mais temida do
que estimada pelos cientistas, filósofos, pesquisadores. Jaques Le Goff mostra o quanto a
universidade se degradou quando se tornou uma polícia do intelecto a serviço do Estado e
da Igreja.
As instituições políticas não possuem nem Deus nem a ciência como fonte de autoridade.
Sua justificativa é impedir que os homens se destruam mutuamente e vivam em segurança
anímica e corporal. Se um Estado não garante esses itens, ele não pode aspirar à legítima
obediência civil ou armada. Sem a confiança pública, desmorona a soberania justa. Só
resta a força bruta ou a propaganda mentirosa para amparar uma potência política falida.
O Estado deve ser visto com respeito pelos cidadãos. Há um espécie de aura a ser
mantida, através do essencial decoro. Em todas as suas falas e atos, os poderosos
precisam apresentar-se ao povo como pessoas confiáveis e sérias. No Executivo, no
Parlamento e, sobretudo, no Judiciário, esta é a raiz do poder legítimo.
Com a fé pública, os dirigentes podem governar em sentido estrito, administrando as
atividades sociais, econômicas, religiosas, etc. Sem ela, os governantes são reféns das
oligarquias instaladas no próprio âmbito do Estado. Essas últimas, sugando para si o
excedente econômico, enfraquecem o Estado, tornando-o uma instituição inane.”
(Roberto Romano, excerto do texto “Salários de Senadores e legitimidade do Estado”,
publicado na Folha de São Paulo, 17/10/1994, 1Ž caderno, página 3)
Em:
I – CERTAS instituições encontram sua autoridade na palavra divina.
II – Instituições CERTAS encontram caminho no mercado financeiro.
As palavras, em destaque, são, no plano morfológico e semântico (significado)
a) adjetivo em I e substantivo em II, com significado de “algumas” em I e “corretas” em II.
b) substantivo em I e adjetivo em II, com significado de “muitas” em I e “íntegras” em II.
c) advérbio em I e II, com significado de “algumas” em I e “algumas” em II.
d) adjetivos em I e II, com significado de “algumas” em I e “íntegras” em II.
e) advérbio em I e adjetivo em II, com significado de “poucas” em I e “poucas” em II.
2) (FAAP 1996) – SONETO DE SEPARAÇÃO
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
(Vinícius de Morais)
Na segunda estrofe há dois adjetivos:
a) calma e vento
b) olhos e chama
c) última e imóvel
d) paixão e pressentimento
e) momento e drama
3) (Uelondrina 1994) – Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da
frase apresentada.
Elas ficaram …… impressionadas com seus poderes …… .
a) meio – supra-sensoriais
b) meias – supras-sensoriais
c) meio – supras-sensoriais
d) meias – supra-sensorial
e) meio – supra-sensorial
4) (Pucmg 1997) – Assinale a alternativa em que a mudança de posição do termo
destacado não implique a possibilidade de mudança de sentido do enunciado.
a) Belo Horizonte já foi uma LINDA cidade. / Belo Horizonte já foi uma cidade LINDA.
b) Filho MEU não irá para o exército. / MEU filho não irá para o exército.
c) Meu carro NOVO é maior. / Meu NOVO carro é maior.
d) Por ALGUM dinheiro ele seria capaz de vender a casa. / Por dinheiro ALGUM ele seria
capaz de vender a casa.
e) Com uma SIMPLES dose do medicamento ficou curada. / Com uma dose SIMPLES do
medicamento ficou curada.
5) (Cesgranrio 1992) – O NOVO PLANETA DOS HOMENS
1 Uma recente pesquisa americana, concluída em 1985, busca apreender as reações e os
sentimentos dos homens após vinte anos de emancipação feminina, para daí projetar a
provável tendência futura da vida entre os sexos. O livro COMO OS HOMENS SE
SENTEM, do jornalista Anthony Astrachan, aposta numa “revolução masculina
irreversíveis, que teria se iniciado na década de 70, impulsionada por dez anos de avanço
feminino. O autor faz uma minuciosa análise das conseqüências, para o homem, da
entrada da mulher nos vários setores da sociedade: indústria, serviços, exército, mundo
empresarial e profissões liberais. Ele conclui que a revolução feminina efetivamente gerou
reformulações profundas nos papéis sociais e na identidade masculina, às custas de um
alto preço efetivo e emocional.
2 Às reações negativas dos homens, desencadeadas pelas transformações no equilíbrio
de poder entre os sexos, Astrachan oferece uma curiosa explicação: “É possível que os
homens tenham reivindicado a liderança há muito tempo, e a tenham mantido através dos
tempos para compensar a sua incapacidade de gerar filhos.” Mas, observa o autor, ao
mesmo tempo que o homem luta para não abandonar a fantasia do poder, continuando a
lidar com a mulher emancipada a partir de antigos e conhecidos padrões, ao colocá-la no
lugar de mãe, amante, esposa ou irmã e negar-lhe a competência profissional, tem
aumentado o número de homens que incorporaram outras atitudes. O fenômeno apontaria
para um homem realmente novo, capaz de usufruir e contribuir para uma síntese positiva
entre os sexos.
3 Não tão otimista, a escritora e filósofa Elisabeth Badinter 90 não vê ainda configurado
um “novo homem”. Para o homem, abordar o terreno feminino é “desvirilizante”, ao passo
que a mulher se valorizou ao adentrar o mundo masculino. Sem dúvida, segundo ela, a
evolução maior depende da recolocação dos homens, mas esse projeto “é ainda um
fenômeno muito marginal e se dá apenas numa minoria sofisticada”.
4 Para a realidade brasileira, essas questões assumem diferentes contornos, matizadas
por uma crise que, no limite, torna perigosas as prospecções. Poucos são os que se
arriscam: “O homem está sendo obrigado a se adaptar à crise permanente com uma
revolução permanente”, diz o escritor Sérgio Sant’Anna. Ele vê, ainda, mudanças na
família e nas relações do homem com a paternidade, mas sente que, no momento, “as
pessoas estão muito inseguras, desprotegidas e tendem a voltar a padrões
conservadores”. Mas adverte: “Essa não é uma transformação que se dê ao nível
ideológico e intelectual; os que a fizeram se deram mal. Ela supõe crises emocionais
profundas.”
5 A feminista Rose Marie Muraro, embora admita um retrocesso violento aos
comportamentos machistas e convencionais na década de 80, prevê a vitória inconteste
dos comportamentos libertários. Quanto à luta feminista, ela reconhece que os homens
tiveram pouco tempo para incorporar as transformações da década de 70. Acreditando que
a definição virá na próxima década, Rose finaliza: “Hoje a mulher não é mais a imagem do
desejo alheio, (…) mas é sujeito de seu próprio desejo.” Mas tudo isso não esconde uma
mágoa: “(…) Tive um câncer e uma úlcera ao viver o mundo masculino, sendo mulher no
setor público. Tive de me masculinizar, pois lá quem não mata, morre.”
6 Sem rancores, mas não menos inquieta, a psicanalista Suely Rolnik assume toda sua
crença na potência criativa do desejo humano: “O que eu vejo hoje é uma aliança entre
homem e mulher. É uma história nascente de cumplicidade entre o homem e a mulher.”
(Yudith Rosenbaum, Revista LEIA, nŽ 128, 1989, p. 36-38, com adaptações.)
Em qual das opções há uma análise ERRADA quanto à variação nominal de gênero ou de
número?
a) homem – mulher: Substantivos que indicam oposição semântica de sexo através de
vocábulos distintos.
b) jornalista – amante: Substantivos com uma só forma para os dois gêneros.
c) o rapaz ALEMÃO – a moça ALEMÃ: Adjetivos cujo plural apresenta grafia e pronúncia
iguais.
d) muito frio – friíssimo: Formas do superlativo absoluto: o analítico e o sintético.
e) vice-diretor – beija-flor: Compostos cuja flexão de plural só ocorre no segundo elemento.

GABARITO DOS EXERCÍCIOS


1-D, 2-C, 3-A, 4-A, 5-C

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