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MÓDULO 01 - Introdução aos Sistemas Estruturais -

Definição dos Elementos Estruturais

Objetivo do módulo

Mostrar a relação entre Engenharia e Arquitetura e a definição dos elementos de uma


estrutura

A Engenharia e a Arquitetura não devem ser vistas como duas profissões distintas, separadas,
independentes uma da outra. Na verdade elas devem trabalhar como uma coisa única.

Um Sistema Estrutural definido pelo conjunto de Elementos Estruturais (lajes, vigas, pilares,
fundações) deve ter presente em sua concepção tanto uma visão Técnica (Engenharia) como
também uma Expressão Arquitetônica (Arquitetura).

1. Definição dos Elementos Estruturais

Laje:
estruturas laminares, onde duas dimensões são da mesma ordem de grandeza e a terceira
acentuadamente de menor dimensão.

As lajes em um Sistema Estrutural estão, na maioria das vezes, apoiadas em vigas, podendo
também, em certos casos, estarem apoiadas diretamente sobre pilares.

Viga:
estrutura reticular, onde uma das dimensões é preponderante em relação às outras duas.

As vigas em um Sistema Estrutural podem estar apoiadas diretamente sobre os pilares como
também sobre outras vigas.
Pilar:
estrutura reticular, onde uma das dimensões é preponderante às outras duas.

Os pilares em um Sistema Estrutural estão apoiados nas fundações.

Fundação:
estrutura tridimensionalmente monolítica, onde as três dimensões são da mesma ordem de
grandeza.

As fundações em um Sistema Estrutural estão apoiadas em estacas ou diretamente sobre o


terreno.

2. Posicionamento dos Elementos Estruturais


O posicionamento dos elementos estruturais (lajes, vigas, pilares, fundações) é dado em
função de cada projeto, em consonância com os demais projetos componentes de uma
edificação, como por exemplo: projeto arquitetônico, projeto hidráulico, projeto elétrico etc.

Você gostaria de ter que se abaixar todas as vezes


que desce uma escada para não correr o risco de
fazer um galo batendo-a em uma viga que cruza
esta escada?

Você gostaria de estar sentado


na platéia de um teatro em
uma poltrona que fica bem
atrás de um pilar?

Seria interessante uma tubulação


horizontal ter que desviar das vigas em
cada piso de um edifício?

Curiosidade
Qual seria o limite de altura para edifícios em:

Alvenaria: chega-se até (acreditem !!!!) 20 pavimentos mas com uma limitação, a espessura das
paredes no pavimento térreo que podem chegar até 1,50 metros.

Concreto armado: chega-se até 60 pavimentos com a limitação nas dimensões e na quantidade
de pilares no pavimento térreo.

Aço: chega-se até 190 pavimentos com limitações quanto à necessidade de travamento e
também, dependendo da eficiência do travamento, limitações devido à possíveis oscilações que
possam ocorrer devido ao vento (podendo chegar até 40 cm no topo de um edifício para ventos
muito fortes).

Observação:
Para se entender bem a estreita ligação entre Engenharia e Arquitetura, deve-se estar atento
para o fato de que novos Sistemas Estruturais oferecem a possibilidade de criação de novas
Expressões Arquitetônicas que, por sua vez, exigem novos Sistemas Estruturais, formando um
círculo interminável que vem permitindo a evolução tanto da Engenharia como também da
Arquitetura através dos tempos.

Conclusão:
Para se compreender melhor a parte TÉCNICA de uma obra, é
necessário o conhecimento de alguns pontos, como por exemplo:
quais os tipos de carregamento que atuam em uma edificação,
quais os esforços que surgem nos elementos estruturais
provenientes destes carregamentos, quais as tensões que estes
eforços provocam.

Teatro Villa-Lobos - São Paulo

Linkografia:
MIT: Building Technology Project Decio Tozzi, Arquiteto
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA
REVISTA TECHNO: Decio Tozzi, parte 1
CONSTRUÇÃO METÁLICA
REVISTA TECHNO: Decio Tozzi, parte 2

MÓDULO 02 - Estática: Princípio Básico da Arquitetura


Objetivo do módulo
Mostrar a relação entre estética e estática e os problemas que podem ocorrer quando os
princípios da estática não são observados

1. Estática: Princípio Básico da Arquitetura


A fórmula a seguir é para você, que gosta de Arquitetura e não sabe o que está fazendo nesta
disciplina.

PROJETO = ESTÉTICA + ESTÁTICA + OUTROS

Definição:

ESTÉTICA: Responsável pela "arte" de um projeto. A estética é dada pela expressão


arquitetônica através de várias disciplinas, sendo a principal delas a disciplina de
Planejamento Arquitetônico.

ESTÁTICA: Responsável pela "técnica" de um projeto. A estática se encarrega de fazer


com que uma estrutura fique "em pé", suportando as cargas e as transportando sem
deformações excessivas até o terreno. A palavra ESTÁTICA, vem do grego "statikos" e
quer dizer imóvel como estátua, parado.

OUTROS: Alguns itens também devem ser considerados na execução de um projeto.


Projeto elétrico, projeto hidráulico, projeto de conforto ambiental, paisagismo,
integração com o entorno, definição dos materiais a serem utilizados, definição dos
processos construtivos, entre outros.

A principal função, do ponto de vista estrutural, para uma edificação é ser estática, porém:

Ela pode se "inclinar" por não estar bem travada ou por problemas de fundação.

Ela pode se deformar e/ou fissurar excessivamente, em partes ou como um todo, devido a
excesso de carga ou travamento inadequado.

Partes da estrutura podem ser afastadas uma da outra devido a falhas nas juntas (para
estruturas metálicas ou de madeira).

Um ou mais pilares de um edifício sujeitos a carga de compressão podem flexionar ao máximo


até que, a menos que o carregamento seja retirado, eles rompem.
Os materiais podem estar sobrecarregados gerando ruptura

Observação:
Após um período de tempo, pode haver decomposição dos materiais devido à fatores externos.

MÓDULO 03 - Influência da Técnica na Expressão Arquitetônica


Objetivo do módulo
Apresentar opiniões de vários Arquitetos conceituados nacional e internacionalmente a
respeito de como a técnica pode servir para a Arquitetura e vice-versa.

1. Influência da Técnica na Expressão Arquitetônica

Alfred Willer "Não se admite mais que hoje se faça um anteprojeto e não se localize
os elementos estruturais, ou seja, o projeto arquitetônico e o estrutural estão ligados,
pois quem propõem a estrutura e quem a viabiliza e a dimensiona é o engenheiro. Logo,
o arquiteto tem que ter uma boa experiência de como funciona a estrutura.
O objetivo da cadeira Sistemas Estruturais no curso de Arquitetura não é tornar o
Arquiteto um calculista, mas fazer os estudantes entenderem como funciona uma
estrutura, conhecer as várias opções estruturais e propor, dentro do projeto
arquitetônico, uma solução viável".

Roberto Luiz Gandolfi "A trilogia função, técnica e plástica é Arquitetura. Não é possível
criar um espaço sem saber as técnicas e instalações necessárias para que se desempenhe
todas as funções satisfatoriamente. As técnicas que têm que servir a esta função não são
influência sobre a Arquitetura e sim a própria Arquitetura".

Leonardo Tossiaki Oba "Os elementos técnicos mais expressivos na Arquitetura são,
em geral, as suas estruturas. A estrutura define e estabelece o espaço arquitetônico. Cada
arquiteto acaba por desenvolver um modo particular de expressão estrutural. Pessoalmente
acho que se deve evitar excessos e buscar sempre uma coerência nas decisões usando
técnicas adequadas para cada caso. Ou seja, usar vãos maiores somente quando necessário e
quando não houver necessidade de flexibilidade ou grandes vãos, procurar soluções estruturais
mais simples. Seria algo como uma "composição estrutural" onde cada espaço tem uma
solução mais sintonizada com as suas necessidades e o conjunto se expressa como um todo
coerente e composto."

Elgson Ribeiro Gomes "Utilizo a técnica dos engenheiros acrescentando graça e


bom gosto. A utilização da técnica deve ser feita de forma moderada e modesta para que não
se produzam efeitos que descaracterizam a obra".

Oscar Niemeyer "A Arquitetura e a Engenharia são duas coisas inseparáveis.


A estrutura é a própria Arquitetura, não existe Arquitetura sem estrutura.
Quando o tema permite, é preciso invadir o campo fecundo da imaginação e fantasia e
procurar a forma diferente, a surpresa arquitetural. E aí surgem as conquistas estruturais
inovadoras; os grandes vãos livres, os balanços enormes, as cascas finíssimas, enfim,
tudo que pode demonstrar o progresso da técnica em toda sua plenitude".

Lúcio Costa "Enquanto satisfaz apenas as exigências técnicas e funcionais - não é


ainda Arquitetura; quando se perdem intenções meramente decorativas - tudo não passa
de cenografia; mas quando - popular ou erudita - aquele que a ideou, pára e hesita, ante
a simples escolha de um espaçamento de pilar ou da relação entre a altura e a largura de
um vão, e se detém na procura obstinada da justa medida entre cheios e vazios, na
fixação dos volumes e subordinação deles a uma lei, e se demora atento ao jogo dos
materiais e seu valor expressivo - quando tudo isto se vai pouco a pouco somando,
obedecendo aos mais severos preceitos técnicos e funcionais, mas, também, àquela
intenção superior que seleciona, coordena e orienta em determinado sentido toda essa
massa confusa e contraditória de detalhes, transmitindo assim ao conjunto, ritmo,
expressão, unidade e clareza - o que se confere à obra o seu caráter de permanência: isto
sim é Arquitetura".
Conclusão:
Vê-se portanto, pelos depoimentos acima, que os Arquitetos sempre levam em
consideração a técnica, concluindo que ela é de grande importância no desenvolvimento
dos projetos tanto Arquitetônico quanto Estrutural, trabalhando sempre em conjunto,
sempre inseparáveis um do outro.

Carga estrutural As cargas estruturais são forças aplicadas a uma componente de uma estrutura ou
à estrutura como uma unidade.
No projeto estrutural, as cargas supostas são especificadas em códigos nacionais do projeto para tipos
de estruturas, de posições geográficas, e de uso. Além do valor da carga, sua freqüência de ocorrência,
a distribuição, e a natureza (de estaticidade ou dinamismo) são fatores importantes no projeto.
Stresses, deformações e deslocamentos das cargas nas estruturas. A avaliação de seus efeitos é feita
pelos métodos da análise estrutural. A carga adicional ou sobrecarga pode causar a falha estrutural, e
daí a tal possibilidade deve ser considerada no projeto ou estritamente ser controlada.
Nos Eurocodes o termo acções têm o mesmo significado que cargas, mas abrangem deformações
aplicadas pelas forças.
As seguintes listas que o carregamento da terra comum datilografa primeiramente para o infrastructure
e a maquinaria civis da terra. Estruturas para o aeroespaço (por exemplo avião, satélites, foguetes,
spacestations, etc.…) e os ambientes marinhos (por exemplo barcos, submarinos, etc.) têm suas
próprias cargas e considerações particulares de projeto.
Cargas Inoperantes As cargas inoperantes são cargas do material costituinte do elemento
estrutural, do equipamento ou dos componentes que sejam relativamente constantes durante toda a
vida da estrutura. As cargas permanentes são uma categoria mais larga que inclui cargas inoperantes,
mas incluem também as forças ajustadas acima por mudanças irreversiveis em confinamentes de uma
estrutura - por exemplo, as cargas durante a construção, os efeitos secundários de prestress ou devido
ao encolhimento e raspagem no concreto.
Cargas Vivas As cargas vivas são provisórias, de duração muito curta, e caracterizam-se por
movimentos. Os exemplos incluem a neve, o vento, o terremoto, o tráfego, os movimentos, as pressões
da água nos tanques, e as cargas dos acupantes.
Cargas Ambientais Mudanças de temperatura que conduzem às cargas térmicas e causam a
expansão térmica. Cargas causadas por umidade ou pela expansão induzida da umidade, movimentos
do gelo, ondas da água, encolhimento.
Cargas Estáticas Estas são as cargas da construção com efeitos dinâmicos insignificantes. Desde
que a análise estrutural para cargas estáticas é muito mais simples do que para cargas dinâmicas, os
códigos do projeto especificam geralmente cargas de estática-equivalentes para as cargas dinâmicas
causadas pelo vento, pelo tráfego ou pelo terremoto.
Cargas Dinâmicas Estas são as cargas que indicam efeitos dinâmicos significativos. Os exemplos
incluem cargas do impacto, ondas, gusts do vento e terremotos fortes. Por causa da complexidade da
análise, as cargas dinâmicas são tratadas normalmente usando estaticamente cargas equivalentes para o
projeto rotineiro de estruturas comuns.
Combinação de Cargas Uma combinação de cargas resulta quando mais de um tipo da carga age
na estrutura. Os códigos do projeto estrutural, especificam geralmente uma variedade de combinações
de cargas de vários fabricantes, tomando os mais pesados para cada tipo de carga com o intuito de
garantir a segurança da estrutura nas várias prováveis condições de sobrecarregamento.

MÓDULO 04 - Tipos de Carregamentos - Carregamentos

Objetivo do módulo

Definir os tipos de carregamento concentrado, distribuído/m e distribuído/m 2


1. Carregamentos
Sabe-se que na antiguidade não havia o cálculo ou o projeto estrutural. A evolução acontecia
de uma obra para outra na base da tentativa e do erro. Muitas vezes uma obra que demorara
até centenas de anos para chegar até um determinado estágio não suportava os
carregamentos impostos até mesmo pelo próprio peso da estrutura e desabava. Então, não
restava nada a fazer senão aprender com o erro ocorrido e recomeçar a construção.

Um fator que colaborou com a evolução de uma obra do ponto de vista estrutural, foi a
observação das forças da natureza. Esta observação permitiu que os elementos estruturais
tivessem dimensões cada vez menores e também permitiu que os vãos se tornassem cada vez
maiores.

Exemplo: Uma árvore e suas raízes poderiam perfeitamente servir de exemplo para a
construção de um pilar com sua fundação.

Com o surgimento da Revolução Industrial, foram surgindo novas técnicas e novos materiais.
Com estas técnicas e materiais, alguns modelos teóricos, ou seja, explicações, para as forças
da natureza foram descobertos. Baseados nestes modelos teóricos surgiram então os projetos
mostrando que uma obra poderia ser construída sem a necessidade de experimentos com
obras anteriores (acabou o processo de tentativa e erro).

O primeiro fator a ser considerado quando da execução do projeto estrutural de uma obra são
os carregamentos nela atuantes.

Definição: Carregamento é qualquer influência que causa forças ou deformações em uma


estrutura.

2. Tipos de Carregamentos
Existem três tipos de carregamentos: Concentrado, distribuído/m e distribuído/m 2.

 Concentrado:

- Representa uma força aplicada em um único ponto da estrutura.

- Unidade: kN

- Pode acontecer nos seguintes elementos estruturais: lajes, vigas, pilares e fundações.

força concentrada:
sobre uma laje:
um cofre no meio de uma sala

sobre uma viga:


reação de uma outra viga

sobre um pilar:
reação das vigas que se apoiam no pilar

sobre a fundação:
carga do pilar que chega na fundação

 Distribuído/m:

- Representa uma força distribuída sobre uma linha da estrutura.

- Unidade: kN/m

- Pode acontecer nos seguintes elementos estruturais: lajes, vigas.

Exemplo:

força distribuída/m:

sobre uma laje: sobre uma viga:


peso de uma parede de alvenaria. peso de uma parede de alvenaria.

 Distribuído/m2:
- Representa uma força distribuída sobre uma superfície da estrutura.

- Unidade: kN/m2

- Pode acontecer no seguinte elemento estrutural: laje.

Exemplo:

Exemplo de força distribuída/m2:

sobre uma laje:


peso das pessoas sobre a laje

MÓDULO 05 - Classificação dos Carregamentos com Relação ao Tempo de Atuação -


Permanentes - Peso-próprio (pp)

Objetivo do módulo

Mostrar os carregamentos permanentes atuantes em uma estrutura.

Os carregamentos permanentes estão atuando sobre a estrutura durante todo o tempo,


não importando qual seja a sua utilização ou quais sejam as condições atmosféricas.

1. Peso-próprio (pp):
Os elementos estruturais têm o peso que deve ser considerado na definição dos
carregamentos atuantes em uma estrutura. Este peso, definido como peso-própio é função do
peso específico do material em questão.

 : peso específico do material (kN/m3)

Lajes

Fórmula
Vigas

Fórmula

para seção retangular:

Pilares:

Fórmula

para seção retangular:

Peso específico () de alguns materiais mais utilizados:

 concreto armado: 25 kN/m3


 madeira: varia de 5 kN/m3 (pinho) até 10 kN/m3 (ipê)
 aço: 78 kN/m

2. Alvenaria (alv):
Função do peso/m2 da alvenaria, dependendo se a parede é mais ou menos espessa.

O peso das paredes de alvenaria de uma obra devem ser consideradas sobre os elementos
estruturais em que elas se apoiam. Estes elementos podem ser vigas, caso mais comum ou
lajes. O peso da alvenaria é função do peso/m2 da alvenaria, que varia de acordo com sua
espessura.
Fórmula

O peso/m2 dos principais tipos de alvenaria são os seguintes:

 alvenaria de cutelo:
0,95 kN/m2

 alvenaria de 1/2 vez:

1,70 kN/m2

 alvenaria de 1 vez:
3,20 kN/m2

Observação:
a - Os valores de peso/m2 da alvenaria acima foram calculados para tijolo de barro furado com
argamassa de 1,5 cm entre tijolos, e 1 cm de reboco.

b - Os vazios que podem aparecer em uma parede de alvenaria não devem ser considerados,
proporcionando assim uma maior segurança.

3. Revestimento (rev):
O peso dos revestimentos de uma obra deve ser considerado sobre aquelas lajes em que eles
se apoiam. Um valor básico é utilizado como peso de revestimento:

rev = 0,50 kN/m2 (carregamento distribuído/m2)


Observação: O valor acima é considerado somente para revestimentos mais comumente
utilizados, como por exemplo: taco, tapete, borracha, paviflex, etc.
Para outros tipos de revestimento devem ser consultadas tabelas especiais ou devem ser feitas
consultas ao próprio fabricante.

4. Cobertura (cob):
O peso da cobertura deve ser considerado naquelas lajes em que se apoiam algum tipo de
cobertura, entendo-se por cobertura toda a estrutura que suporta as telhas mais o peso das
próprias telhas. O peso da cobertura é função do peso/m2 do telhado.

cob = 0,60 kN/m2 à 1,00 kN/m2 (carregamento distribuído/m2)

- 0,60 kN/m2 para telha de fibrocimento e 1,00 kN/m2 para telha de barro.

5. Estrutura sobre a estrutura:


Alguns elementos estruturais podem se apoiar sobre outros elementos sendo portanto a carga
definida pela reação de um elemento estrutural sobre outro.

As fotos mostram os tipos de reações de elementos estruturais sobre a própia estrutura que
podem ocorrer.

Laje: apesar de muito raro, pode receber a carga de um pilar


(kN) (carregamento concentrado)

Viga: não muito comumente, pode receber a carga de um pilar


(kN), sendo chamada então de viga de transição (carregamento
concentrado)

Viga: usualmente recebe as reações das lajes


(kN/m), ou seja, as lajes, neste caso, estão apoiadas
nas vigas (carregamento distribuído/m)

Viga: usualmente também,


pode receber as reações de outras vigas (kN), ou seja, as vigas, neste
caso, estariam apoiadas em outras vigas (carregamento concentrado)

Pilar: raramente, pode receber as reações das lajes


diretamente (kN), sendo então, uma estrutura tipo cogumelo,
sem vigas (carregamento
concentrado)
Pilar: normalmente, recebe as reações das vigas que nele se apoiam (kN) (carregamento
concentrado)

MÓDULO 06 - Classificação dos Carregamentos com Relação ao Tempo de Atuação


Objetivo do módulo Mostrar os carregamentos acidentais que podem atuar em uma
estrutura. Exemplo de cálculo de carregamentos em uma estrutura
Os carregamentos acidentais, ao contrário dos permanentes, nem sempre estão presentes em
um Sistema Estrutural. Há épocas em que eles são atuantes e há épocas em que eles não
aparecem. Devido a esta sazonidade, eles devem ser considerados durante todo o tempo, não
podendo nunca ser esquecidos.

1. Vento
Este tipo de carregamento é considerado somente para edificações muito altas ou edificações
especiais, como por exemplo, torres, caixas d'água elevadas, galpões, etc.
Pergunta: O que seria melhor para a consideração do vento em uma edificação do ponto de
vista estrutural?
Opções:
Uma edificação sujeita a um vento com velocidade de 2 km/h ou de 100 km/h?
Uma edificação em um local plano ou em um local montanhoso?
Uma edificação livre, sem vizinhança, ou uma edificação com vizinhos por todos os lados?
Um sobrado de dois pavimentos ou um edifício de 80 pavimentos?
Resposta: O efeito do vento é função de alguns fatores específicos, tais como: velocidade do
vento, conseguida através de mapas com linhas de igual velocidade, topografia do local,
vizinhança da edificação e tipo da edificação.

2. Empuxo
Empuxo é a força lateral proveniente da ação da água nas piscinas ou caixas d'água ou do solo
nos sub-solos sobre as paredes verticais.

CASO 1

Caso de empuxo d'água sobre as paredes


laterais de uma piscina ou caixa d'água:

Fórmula
O valor do carregamento é triangular
variando desde zero na superfície até q na
parte mais profunda.

CASO 2

Caso de empuxo de terra


sobre uma cortina de
concreto, que aparece
quando da utilização de sub-
solos:
O valor do carregamento é
triangular variando desde
zero na superfície até q na
parte mais profunda.

3. Frenagem
Outro dia estava indo para a praia quando na serra,
em um daqueles grandes viadutos que tem uma
grande inclinação, um caminhão daqueles enormes
resolveu me ultrapassar.
Porém, lá embaixo, no final do viaduto, estavam
atravessando a pista uma mãe de mãos dadas com
uma criança.
Eu só olhei para o lado e ouvi uma grande freada do
caminhão. Felizmente nada aconteceu, o caminhão
conseguiu parar a tempo!!!

Mas imagine só o deslocamento horizontal do viaduto com a freada, e o que este deslocamento
deve ter provocado nos pilares!
Parece que não, mas a frenagem é um dos principais carregamentos que devem ser
considerados no cálculo de pontes e viadutos, sendo logicamente função do peso do veículo.
Quanto mais leve o veículo menor o efeito da frenagem e quanto mais pesado o veículo, maior
o efeito da frenagem.

4. Sobrecargas (SC)
São carregamentos dados em função da utilização de determinado compartimento da
edificação. O efeito da sobrecarga é considerado sobre lajes sendo portanto um carregamento
do tipo distribuído/m2.

Valores a serem considerados:

 forro (sem acesso ao público): sc = 0,50 kN/m2


 residência, escritório: sc = 1,50 à 2,00 kN/m2
 compartimentos com acesso ao público (escolas, restaurantes, etc.): sc = 3,00 kN/m 2
 compartimentos para baile, ginástica, esporte (teatros, ginásios, clubes, etc.): sc = 4,00 kN/m 2
 compartimentos para arquivos/bibliotecas/depósitos: sc = função de cada caso

5. Terremoto, neve
Tanto o terremoto como a neve são tipos de carga acidental que devem ser considerados.
Felizmente, no Brasil, não há a necessidade da consideração deste tipo de carregamento, uma
vez que eles não ocorrem nem com intensidade nem com frequência suficiente que justifique
sua consideração.

6. Cargas Móveis
Logicamente a carga é dita móvel porque se mexe. E o que se mexe é um veículo. Portanto, a
carga a ser considerada é o peso dos veículos se deslocando sobre pontes e viadutos. O efeito
da carga móvel é função do peso e da localização do veículo sobre a estrutura.
Normalmente, o peso do veículo é conhecido, sendo utilizados veículos
padrões. Mas a localização do veículo se modifica a cada momento,
sendo necessários então métodos especiais para a consideração
deste fator, dificultando a consideração deste tipo de carga quando do
cálculo de pontes e viadutos.

7. Exemplos de carregamento
Exemplo: Baseado no esquema abaixo definir a carga em:

lajes: L1
vigas: V2 e V5
pilares: P5

Dados:

 piso de escritório
 revestimento da laje: taco
 alvenaria: 1 vez
 material: concreto armado
 reação da laje L1 nas vigas V1, V3, V4 e V5: 6,25 KN/m
 reação da viga V1 sobre os pilares P1 e P2: 42,68 KN
 reação da viga V2 sobre a viga V5 e o pilar P5: 2,19 KN
 reação das vigas V3 e V4 sobre os pilares P1,P3 e P4: 43,93 KN
 reação da viga V5 sobre o pilar P2: 43,33 KN

reação da viga V5 sobre o pilar P4: 44,21KN


Para se calcular as cargas em uma edificação, inicia-se sempre de cima para baixo (da
cobertura para o térreo) na seguinte sequência: lajes, vigas, pilares e fundações.

Portanto, no nosso exemplo, calcularemos primeiramente a carga na laje L1, depois nas vigas
V2 e V5 e finalmente no pilar P5.

Pode-se ver através do esquema que as cargas são as seguintes:

Laje L1:
Peso-próprio (distribuída/m2) + revestimento
(distribuída/m2) + sobrecarga (distribuída/m2)

peso-próprio: pp = 0,10 m . 25 = 2,50 kN/m2


kN/m3

revestimento: rev = 0,50 kN/m2


sobrecarga: sc = 2,00 kN/m2

total = 5,00 kN/m2

Convém lembrar que poderia haver ainda a carga de uma parede de alvenaria ou de um pilar
sobre a laje.

Viga V2:
Peso-próprio (distribuída/m)

peso-próprio: pp = 0,10 m . 0,50 m . 25 kN/m3 = 1,25 kN/m

Viga V5:
Peso-próprio (distribuída/m) + alvenaria (distribuída/m) + reação da laje L1 (distribuída/m)
+ reação da viga V2 (concentrada)

peso-próprio: pp = = 2,50 kN/m


0,20
m.
0,50
m . 25
kN/m3
alvenaria: alv = = 8,32 kN/m
2,60
m.
3,20
kN/m2

laje: laje = 6,25 kN/m

total = 17,07 kN/m

Convém lembrar que poderia haver ainda a carga de um pilar sobre a viga

Pilar P5:
Peso-próprio (concentrada) + reação da viga V2 (concentrada)

peso- pp = 0,20 m . 0,20 m . 2,60 m . 25 kN/m3 = 2,60 kN


próprio:

reação da viga = 2,19 kN


viga:

total = 4,79 kN

MÓDULO 07 - Leis de Newton e Tipos de Esforços -


Leis de Newton

Objetivo do módulo
Definir as três Leis de Newton e os esforços de tração, compressão, flexão, torção e cisalhamento.
Definição:
As forças em um Sistema Estrutural são caracterizadas pelas leis de Newton, pelo
cálculo dos momentos em relação a um ponto, pelo cálculo do equilíbrio em relação a
um ponto e do equilíbrio de forças paralelas.
1. Leis de Newton (Isaac Newton - 1642 - 1727)
Primeira Lei

"Qualquer corpo permanece em repouso ou em movimento retilíneo uniforme a menos que


alguma força seja aplicada sobre ele."

Pergunta: os carregamentos não exercem uma força sobre a estrutura? Resposta: Sim
Pergunta: a estrutura deixa de estar em repouso? Resposta: Não
Pergunta: o que acontece?

Segunda Lei

"A aceleração de um corpo é diretamente proporcional à força aplicada sobre ele e inversamente
proporcional à sua massa."

a=F/m F=m.a

Terceira Lei

"A toda ação, corresponde uma reação igual e contrária.”

Resposta à ultima pergunta da Primeira Lei: do ponto de vista estrutural, a toda ação
(carregamentos, na maioria para baixo), corresponde uma reação igual e contrária (para cima).
Logo: a resultante é nula e consequentemente a estrutura está em repouso.

Exemplo:

Linkografia de Interesse

http://www.newtonia.freeserve.co.uk

2. Esforços
Os carregamentos solicitam os elementos estruturais através de forças.

A seguir veremos que os materiais de que são compostos estes elementos estruturais
respondem a estas solicitações através de esforços.

Esforços que podem surgir:


Tração ocorre quando há duas forças, na mesma direção, puxando em sentidos
opostos.
Exemplo: Corda no cabo de guerra.

Compressão ocorre quando há duas forças, na mesma direção, empurrando em


sentidos opostos.
Exemplo: Pisando em um balão.

Flexão ocorre quando há carregamento transversal entre os apoios.

Exemplo: O que acontece quando algumas pessoas pisam bem no meio de um banco de
madeira bem fininho? (antes do banco quebrar)

Torção o corre quando há o giro das extremidades em direções opostas.

Exemplo: O que deve ser feito com uma roupa molhada para deixá-la mais enxuta?

Cisalhamento ocorre quando há o escorregamento entre seções paralelas devido à forças


paralelas.

Exemplo: O que acontece quando uma tesoura corta um pedaço de papel?

Observação: Pode haver, e normalmente há, uma combinação destes esforços em um mesmo
elemento estrutural. Outro fator a ser considerado é que nem todos os elementos estruturais
suportam bem todos os esforços. Por exemplo, será que uma corda suporta tão bem o esforço
de compressão quanto o de tração?

MÓDULO 08 - Momento
Objetivo do módulo

Cálculo do momento de uma força em relação a um ponto.

1. Momento
Definição
Momento de uma força em relação a um ponto é o produto desta força pela sua distância
até o ponto considerado.

Momento de carga concentrada

(momento da força V em (momento da força H em


relação ao ponto A) relação ao ponto A) (momento da força P em relação
sentido horário sentido anti-horário ao ponto A)
sentido horário

Observação: Não importa a direção da força para o cálculo do momento.

Momento de carga distribuída

Fórmula

MOMENTO =

CARGA (q). COMPRIMENTO DA CARGA (b) . DISTÂNCIA DO CG DA CARGA AO PONTO


CONSIDERADO (b/2+a)

Mq/A=q . b.(a + b/2)


(momento da carga q em relação ao ponto A)
sentido horário

MÓDULO 09 - Equilíbrio de Forças Paralelas


Objetivo do módulo

Definir as condições de equilíbrio de forças paralelas.

1. Equilíbrio de forças paralelas

Pergunta:
Será que se for colocado um paralelepípedo de um
lado da viga e três paralelepípedos sobrepostos do
outro lado vai haver equilíbrio?

Resposta:
A resposta intuitiva para esta pergunta é NÃO.

Porém, observe a foto abaixo:

Vê-se portanto, que se o paralelepípedo único estiver mais longe do ponto de apoio que
os três paralelepípedos sobrepostos vai haver equilíbrio.

Logo, para haver equilíbrio, o momento causado pela força menor (paralelepípedo único
mais distante do ponto de apoio) deve ser igual ao momento causado pela força maior
(paralelepípedos sobrepostos mais próximos do ponto de apoio).

Conclusão:

Quanto maior a distância, menor a força.

Conclusão: Então além da força aplicada o que importa também é a distância desta
força em relação ao ponto de apoio.

Este conceito foi utilizado pela primeira vez por Arquimedes (287-212 a.C.) que proferiu
a seguinte frase: "Me dê um ponto de apoio que eu poderei levantar o mundo."

Pergunta:

Porque será que a maçaneta de uma porta é o mais longe possível da dobradiça?

Porque será que as pessoas carregam as sacolas de supermercado com o braço abaixado
e não levantado na horizontal?

Condições para o equilíbrio de forças paralelas:


(TRÊS EQUAÇÕES FUNDAMENTAIS DA ESTÁTICA)
P+Q=R
1. A toda ação corresponde uma reação igual e contrária:
P+Q-R=0

2. Vale o mesmo se houvesse forças horizontais:


P.a1 = Q.a2
3. Momento da força menor em relação ao apoio é igual ao (anti-horário)
momento da força maior: (horário)

P.a1 - Q.a2 = 0

Importante
As três equações acima definidas (somatório das forças verticais igual a zero, somatório
das forças horizontais igual a zero e somatório dos momentos em relação a um ponto
igual a zero) são conhecidas como as TRÊS EQUAÇÕES FUNDAMENTAIS DA ESTÁTICA.

É indiferente a escolha da convenção de sinais (de baixo para cima ou de cima para baixo, da
esquerda para a direita ou da direita para a esquerda, horário ou anti-horário), o resultado é o
mesmo.

Exemplo: Definir a distância a e a reação R para que o sistema abaixo esteja em


equilíbrio.
Trocando as convenções:
convenção de baixo para cima, positivo
-3-6+R=0
R=9 convenção de cima para baixo, positivo

3+6-R=0
não há forças horizontais aplicadas R=9

Mapoio = 0 Mapoio = 0
convenção sentido horário, positivo convenção anti-horário, positivo

-3 x 4 + R . 0 + 6 . a = 0 3x4+R.0-6.a=0
a=2 a=2

MÓDULO 10 - Reações de Apoio


Objetivo do módulo

Mostrar os tipos de apoio e de vigas e como calcular reações de apoio de vigas


isostáticas.

Observação As reações de apoio em estruturas como vigas, treliças e pórticos, são calculadas
aplicando-se as Três Equações Fundamentais da Estáticas definidas no módulo anterior.

1. Tipos de Apoio e Reações


3 reações de apoio:
- reação momento (M),
- reação horizontal (H),
- reação vertical (R),
Engaste logo: 3 incógnitas.

2 reações de apoio:
- reação horizontal (H),
- reação vertical (R),
logo: 2 incógnitas.
Apoio fixo

1 reação de apoio:
- reação vertical (R),
logo: 1 incógnita
Apoio móvel

2. Tipos de Estruturas
Exemplos: estrutura com um apoio fixo (2
incógnitas), ou 2 apoios móveis (2 incógnitas), ou 1
apoio móvel (1 incógnita)

Menos de 3 incógnitas
Hipostática
São instáveis

Isostática Exemplo: estrutura com um apoio fixo e um apoio


3 incógnitas Resolvidas móvel (3 incógnitas), ou um engaste (3 incógnitas)
com as três equações da
estática
Exemplos: estrutura com 2 engastes (6 incógnitas),
ou 1 engaste e um apoio móvel (4 incógnitas), ou 1
engaste e um apoio fixo (5 incógnitas) ou 2 apoios
fixos (4 incógnitas)

Mais de 3 incógnitas

Hiperestática Necessitam outras


equações além das três
equações da estática

3. Exemplos - Cálculos das Reações de Apoio de vigas


Isostáticas

Viga com uma carga concentrada

Viga com uma carga distribuída

Viga com cargas concentradas e distribuídas

MÓDULO 11 - Aplicação do Cálculo das Reações de Apoio


Objetivo do módulo Calcular, a partir da planta do pavimento tipo de um edifício, as
reações de apoio que compõem a sua estrutura.

1. Cálculo das reações de apoio das vigas do pavimento tipo


abaixo
 Planta do projeto arquitetônico

 Planta do projeto estrutural

Observações: Numeração dos elementos estruturais (lajes, vigas, pilares) em um projeto


estrutural.

Lajes e pilares: da esquerda para a direita e de cima para baixo.


Vigas: da esquerda para a direita e de cima para baixo (vigas horizontais), e na continuação de
baixo para cima da esquerda para direita (vigas verticais).
Para uma mesma viga com balanço(s) a numeração é única para o(s) balanço(s) e para o vão.
A diferenciação se dá através de uma seqüência de letras do alfabeto iniciando-se pela letra "a"
a esquerda ou abaixo (dependendo se a viga é horizontal ou vertical). Portanto, para a viga 21,
por exemplo, com dois balanços em um vão ter-se-á: "V21a" para o balanço, "V21b" para o vão
e "V21c" para outro balanço.

 Sequência de vigas para cálculo das reações:

Existe sempre uma sequência lógica de vigas para o cálculo das reações de apoio. Deve-se
iniciar os cálculos pelas vigas que não dependem das outras (não tenham outras vigas
apoiadas sobre elas). E assim sucessivamente.
No nosso exemplo: Iniciando a análise pela viga V1

viga 1

- depende da reação de apoio da V5 na extremidade do balanço


- depende das reações de apoio da V7 e da V8 no meio do vão
- depende da reação de apoio da V10 na extremidade do balanço
logo: ainda não podem ser calculadas as reações de apoio.

viga 2

- depende das reações de apoio da V7 e da V8 no meio do vão


logo: ainda não podem ser calculadas as reações de apoio.

viga 3

- depende da reação de apoio da V5 na extremidade do balanço


- depende da reação de apoio da V10 na extremidade do balanço
logo: ainda não podem ser calculadas as reações de apoio.

viga 4

- não depende da reação de apoio de nenhuma viga


logo: podem ser calculadas as reações de apoio (1)
viga 5

- não depende da reação de apoio de nenhuma viga.


logo: podem ser calculadas as reações de apoio (2)

viga 6

- depende da reação de apoio da V4 na extremidade do balanço (já calculada (1))


- depende da reação de apoio da V2 no meio do vão
logo: ainda não podem ser calculadas as reações de apoio.

viga 7

- não depende da reação de apoio de nenhuma viga


logo: podem ser calculadas as reações de apoio (3)

viga 8

- não depende da reação de apoio de nenhuma viga


logo: podem ser calculadas as reações de apoio (4)

viga 9

- depende da reação de apoio da V4 na extremidade do balanço (já calculada (1))


- depende da reação de apoio da V2 no meio do vão
logo: ainda não podem ser calculadas as reações de apoio

viga 10

- não depende da reação de apoio de nenhuma viga


logo: podem ser calculadas as reações de apoio (5)

Reiniciando a análise pela viga V1

viga 1

- depende da reação de apoio da V5 na extremidade do balanço (já calculada (2))


- depende das reações de apoio da V7 e da V8 no meio do vão (já calculadas (3) e (4))
- depende da reação de apoio da V10 na extremidade do balanço (já calculada(5))
logo: já podem ser calculadas as reações de apoio (6)

viga 2

depende das reações de apoio da V7 e da V8 no meio do vão (já calculadas (3) e (4))
logo: já podem ser calculadas as reações de apoio (7)

viga 3
depende da reação de apoio da V5 na extremidade do balanço (já calculada (2))
depende da reação de apoio da V10 na extremidade do balanço (já calculada(5))
logo: já podem ser calculadas as reações de apoio (8)

viga 4

já calculada (1)

viga 5

já calculada (2)

viga 6

- depende da reação de apoio da V4 na extremidade do balanço (já calculada (1))


- depende da reação de apoio da V2 na extremidade do balanço (já calculada (7))
logo: já podem ser calculadas as reações de apoio (9)

viga 7

já calculada (3)

viga 8

já calculada (4)

viga 9

- depende da reação de apoio da v4 na extremidade do balanço (já calculada (1))


- depende da reação de apoio da v2 na extremidade do balanço (já calculada (7))
logo: já podem ser calculadas as reações de apoio (10)

viga 10

já calculada (5)

Reiniciando a análise pela viga V1

viga 1

já calculada (6)

viga 2

já calculada (7)

viga 3

já calculada (8)
viga 4

já calculada (1)

viga 5

já calculada (2)

viga 6

já calculada (9)

viga 7

já calculada (3)

viga 8

já calculada (4)

viga 9

já calculada (10)

viga 10

já calculada (5)

Logo, já foram calculadas as reações de apoio de todas as vigas. A seqüência para o


cálculo das reações de apoio é a seguinte:

(1) V4 (6) V1
(2) V5 (7) V2
(3) V7 (8) V3
(4) V8 (9) V6
(5) V10 (10) V9

Observação

A seqüência definida acima não é a única seqüência possível para o cálculo das reações de
apoio. Pode haver mais de uma seqüência para um mesmo esquema estrutural.

Os valores das cargas uniformemente distribuídas sobre as vigas são provenientes dos
seguintes elementos: reação das lajes que se apoiam nas vigas, peso-própio, peso da
alvenaria sobre as vigas.

Cálculos das reações

 Viga V4
MV6 = 0 +6 . 6,00 . 3,00 - RV9 . 6,00 = 0 RV9 = 18kN
positivo: horário

V = 0
RV6 + 18 - 6 . 6,00 = 0 RV6 = 18kN
positivo: baixo para
cima

H = 0 HV6 = 0 HV6 = 0
positivo: esq. para dir.
 Viga V5

MV3 = 0 5,5 . 6,00 . 3,00 - RV1 . 6,00 = 0 RV1 = 16,50kN


positivo: horário

V = 0 RV3 + 16,50 - 5,5 . 6,00 = 0 RV3 = 16,50kN


positivo: baixo para cima

H = 0 HV1 = 0 HV1 = 0
positivo: esq. para dir.
 Viga V7
MV1 = 0 -10 . 2,00 . 1,00 + RV2 . 2,00 = 0 RV2 = 10kN
positivo: horário

V = 0 10 + RV1 - 10 . 2,00 = 0 RV1 = 10kN


positivo: baixo para cima

H = 0 HV2 = 0 HV2 = 0
positivo: esq. para dir.
 Viga V8

MV2 = 0 5,4 . 2,00 . 1,00 - RV1 . 2,00 = 0 RV1 = 5,4kN


positivo: horário

V = 0
5,4 + RV2 - 5,4 . 2,00 = 0 RV2 = 5,4kN
positivo: baixo para cima

H = 0 HV2 = 0 HV2 = 0
positivo: esq. para dir.

 Viga V10 (= Viga V4)


Viga V4 Viga V10

RV6 = 18kN RV3 = 18kN

RV9 = 18kN RV1 = 18kN

HV6 = 0 HV3 = 0

 Viga V1

-RP2 . 6,00 - 16,5 . 1,50 + 10 . 2,50 + 5,4 . 4,50 + 18 .


MP1 = 0 8,00 + 3,5.(1,50 + 6,00 + 2,00) . (4,75 - 1,50) - 1,5 . RP2 = 53.86kN
p ositivo: horário 1,50 . 0,75 + 2 . 4,5 . 2,25 + 2 . 2,00.(6,00 + 1,00) = 0

V = 0 53,86 + RP1 - 16,5 - 10 - 5,4 - 18 -3,5.(1,50 + 6,00 +


RP1 = 44.54kN
2,00) -1,5 . 1,50 - 2 . 4,50 - 2 . 2,00 = 0
positivo: baixo para cima

H = 0 HP1 = 0 HP1 = 0
positivo: esq. para dir.
 Viga V2

MV9 = 0 RV6 . 6,00 - 10.(2,00 + 1,50) - 5,4 . 1,50 - 10 . 6,00 . 3,00 - 3,5.
RV6 = 47,03kN
positivo: (2,50 + 2,00).(2,25 + 1,50) = 0
horário

V = 0
positivo: 47,03 + RV9 - 10 - 5,4 - 10 . 6,00 - 3,5.(2,50 + 2,00) = 0 RV9 = 44,12kN
baixo para
cima

H = 0
positivo: HV6 = 0 HV6 = 0
esq. para
dir.
 Viga V3

MP3 = 0
-RP4 . 6,00 - 16,5 . 1,50 + 18.(6,00 + 2,00) + 4,8.(1,50 + 6,00 +
RP4 = 74,58kN
2,00) . (4,75 -1,50) + 10 . 6,00 . 3,00 = 0
positivo:
horário

V = 0
RP3 + 74,58 - 16,5 - 18 - 4,8.(1,50 + 6,00 + 2,00) - 10 . 6,00 = 0 RP3 = 65,52kN
positivo: baixo
para cima
HP4 = 0 HP4 = 0
H = 0
positivo: esq.
para dir.
 Viga V6

MP3 = 0 -RP1 . 6,00 + 47,03 . 4,00 - 18. 1,00 + 4,4.(1,00 + 6,00) . (3,50 -
RP1 = 63,55kN
positivo: 1,00) + 8,4 . 4,00 . 2,00 + 6,7 . 2,00.(4,00 + 1,00) = 0
horário

V = 0
RP3 + 63,55 - 18 - 47,03 - 4,4.(1,00 + 6,00) - 8,4 . 4,00 - 6,7 .
positivo: RP3 = 79,28kN
2,00 = 0
baixo para
cima

H = 0
HP1 = 0 HP1 = 0
positivo: esq.
para dir
 Viga V9

MP4 = 0 -RP2 . 6,00 - 18 . 1,00 + 44,12 . 4,00 + 4,4.(1,00 + 6,00) . (3,50


RP2 = 60,91kN
positivo: - 1,00) + 10 . 4,00 . 2,00 + 5,0 . 2,00.(4,00 + 1,00) = 0
horário

V = 0
RP4 + 60,91 - 18 - 44,12 - 4,4.(1,00 + 6,00) - 10 . 4,00 - 5 . 2,00
positivo: RP4 = 82,01kN
=0
baixo para
cima
H = 0
HP2 = 0 HP2 = 0
positivo:
esq. p/ dir
MÓDULO 12 - Distribuição das Forças nos Elementos Estruturais
Objetivo do módulo
Mostrar como os vários tipos de elementos estruturais recebem as cargas e as
transmitem até o solo.

1. Transmissão de Cargas
Definição
A estrutura é um sistema de barras que recebe as cargas e as transmite para o solo.

Tipos de estruturas

 Tesoura:

Duas barras retas inclinadas (AB e AC) mais uma barra horizontal (BC).

Pergunta: Quais são os esforços aos quais as barras estão sujeitas?

 Viga:

Uma barra horizontal (AB).

Pergunta: Qual é o esforço que a barra está sujeita?

 Pilar:

Uma barra vertical (AB) - é a maneira mais simples e natural de transmissão de cargas.
Pergunta: Qual é o esforço que a barra está sujeita?

 Pórtico:

Uma barra horizontal (BAC) mais duas barras verticais (BD e CE).

Pergunta: Quais são os esforços aos quais as barras estão sujeitas?

 Arco:

Duas barras curvas (AB e AC) mais uma barra horizontal (BC).

Pergunta: Quais são os esforços aos quais as barras estão sujeitas?

Importante É essencial para o entendimento da transmissão de cargas em uma estrutura a


compreensão de como a estrutura funciona como um todo. Deve-se enxergar todos os
elementos estruturais trabalhando em conjunto, ainda que a análise estrutural destes
elementos seja feita em separado.

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