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Objetivo do módulo
A Engenharia e a Arquitetura não devem ser vistas como duas profissões distintas, separadas,
independentes uma da outra. Na verdade elas devem trabalhar como uma coisa única.
Um Sistema Estrutural definido pelo conjunto de Elementos Estruturais (lajes, vigas, pilares,
fundações) deve ter presente em sua concepção tanto uma visão Técnica (Engenharia) como
também uma Expressão Arquitetônica (Arquitetura).
Laje:
estruturas laminares, onde duas dimensões são da mesma ordem de grandeza e a terceira
acentuadamente de menor dimensão.
As lajes em um Sistema Estrutural estão, na maioria das vezes, apoiadas em vigas, podendo
também, em certos casos, estarem apoiadas diretamente sobre pilares.
Viga:
estrutura reticular, onde uma das dimensões é preponderante em relação às outras duas.
As vigas em um Sistema Estrutural podem estar apoiadas diretamente sobre os pilares como
também sobre outras vigas.
Pilar:
estrutura reticular, onde uma das dimensões é preponderante às outras duas.
Fundação:
estrutura tridimensionalmente monolítica, onde as três dimensões são da mesma ordem de
grandeza.
Curiosidade
Qual seria o limite de altura para edifícios em:
Alvenaria: chega-se até (acreditem !!!!) 20 pavimentos mas com uma limitação, a espessura das
paredes no pavimento térreo que podem chegar até 1,50 metros.
Concreto armado: chega-se até 60 pavimentos com a limitação nas dimensões e na quantidade
de pilares no pavimento térreo.
Aço: chega-se até 190 pavimentos com limitações quanto à necessidade de travamento e
também, dependendo da eficiência do travamento, limitações devido à possíveis oscilações que
possam ocorrer devido ao vento (podendo chegar até 40 cm no topo de um edifício para ventos
muito fortes).
Observação:
Para se entender bem a estreita ligação entre Engenharia e Arquitetura, deve-se estar atento
para o fato de que novos Sistemas Estruturais oferecem a possibilidade de criação de novas
Expressões Arquitetônicas que, por sua vez, exigem novos Sistemas Estruturais, formando um
círculo interminável que vem permitindo a evolução tanto da Engenharia como também da
Arquitetura através dos tempos.
Conclusão:
Para se compreender melhor a parte TÉCNICA de uma obra, é
necessário o conhecimento de alguns pontos, como por exemplo:
quais os tipos de carregamento que atuam em uma edificação,
quais os esforços que surgem nos elementos estruturais
provenientes destes carregamentos, quais as tensões que estes
eforços provocam.
Linkografia:
MIT: Building Technology Project Decio Tozzi, Arquiteto
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA
REVISTA TECHNO: Decio Tozzi, parte 1
CONSTRUÇÃO METÁLICA
REVISTA TECHNO: Decio Tozzi, parte 2
Definição:
A principal função, do ponto de vista estrutural, para uma edificação é ser estática, porém:
Ela pode se "inclinar" por não estar bem travada ou por problemas de fundação.
Ela pode se deformar e/ou fissurar excessivamente, em partes ou como um todo, devido a
excesso de carga ou travamento inadequado.
Partes da estrutura podem ser afastadas uma da outra devido a falhas nas juntas (para
estruturas metálicas ou de madeira).
Observação:
Após um período de tempo, pode haver decomposição dos materiais devido à fatores externos.
Alfred Willer "Não se admite mais que hoje se faça um anteprojeto e não se localize
os elementos estruturais, ou seja, o projeto arquitetônico e o estrutural estão ligados,
pois quem propõem a estrutura e quem a viabiliza e a dimensiona é o engenheiro. Logo,
o arquiteto tem que ter uma boa experiência de como funciona a estrutura.
O objetivo da cadeira Sistemas Estruturais no curso de Arquitetura não é tornar o
Arquiteto um calculista, mas fazer os estudantes entenderem como funciona uma
estrutura, conhecer as várias opções estruturais e propor, dentro do projeto
arquitetônico, uma solução viável".
Roberto Luiz Gandolfi "A trilogia função, técnica e plástica é Arquitetura. Não é possível
criar um espaço sem saber as técnicas e instalações necessárias para que se desempenhe
todas as funções satisfatoriamente. As técnicas que têm que servir a esta função não são
influência sobre a Arquitetura e sim a própria Arquitetura".
Leonardo Tossiaki Oba "Os elementos técnicos mais expressivos na Arquitetura são,
em geral, as suas estruturas. A estrutura define e estabelece o espaço arquitetônico. Cada
arquiteto acaba por desenvolver um modo particular de expressão estrutural. Pessoalmente
acho que se deve evitar excessos e buscar sempre uma coerência nas decisões usando
técnicas adequadas para cada caso. Ou seja, usar vãos maiores somente quando necessário e
quando não houver necessidade de flexibilidade ou grandes vãos, procurar soluções estruturais
mais simples. Seria algo como uma "composição estrutural" onde cada espaço tem uma
solução mais sintonizada com as suas necessidades e o conjunto se expressa como um todo
coerente e composto."
Carga estrutural As cargas estruturais são forças aplicadas a uma componente de uma estrutura ou
à estrutura como uma unidade.
No projeto estrutural, as cargas supostas são especificadas em códigos nacionais do projeto para tipos
de estruturas, de posições geográficas, e de uso. Além do valor da carga, sua freqüência de ocorrência,
a distribuição, e a natureza (de estaticidade ou dinamismo) são fatores importantes no projeto.
Stresses, deformações e deslocamentos das cargas nas estruturas. A avaliação de seus efeitos é feita
pelos métodos da análise estrutural. A carga adicional ou sobrecarga pode causar a falha estrutural, e
daí a tal possibilidade deve ser considerada no projeto ou estritamente ser controlada.
Nos Eurocodes o termo acções têm o mesmo significado que cargas, mas abrangem deformações
aplicadas pelas forças.
As seguintes listas que o carregamento da terra comum datilografa primeiramente para o infrastructure
e a maquinaria civis da terra. Estruturas para o aeroespaço (por exemplo avião, satélites, foguetes,
spacestations, etc.…) e os ambientes marinhos (por exemplo barcos, submarinos, etc.) têm suas
próprias cargas e considerações particulares de projeto.
Cargas Inoperantes As cargas inoperantes são cargas do material costituinte do elemento
estrutural, do equipamento ou dos componentes que sejam relativamente constantes durante toda a
vida da estrutura. As cargas permanentes são uma categoria mais larga que inclui cargas inoperantes,
mas incluem também as forças ajustadas acima por mudanças irreversiveis em confinamentes de uma
estrutura - por exemplo, as cargas durante a construção, os efeitos secundários de prestress ou devido
ao encolhimento e raspagem no concreto.
Cargas Vivas As cargas vivas são provisórias, de duração muito curta, e caracterizam-se por
movimentos. Os exemplos incluem a neve, o vento, o terremoto, o tráfego, os movimentos, as pressões
da água nos tanques, e as cargas dos acupantes.
Cargas Ambientais Mudanças de temperatura que conduzem às cargas térmicas e causam a
expansão térmica. Cargas causadas por umidade ou pela expansão induzida da umidade, movimentos
do gelo, ondas da água, encolhimento.
Cargas Estáticas Estas são as cargas da construção com efeitos dinâmicos insignificantes. Desde
que a análise estrutural para cargas estáticas é muito mais simples do que para cargas dinâmicas, os
códigos do projeto especificam geralmente cargas de estática-equivalentes para as cargas dinâmicas
causadas pelo vento, pelo tráfego ou pelo terremoto.
Cargas Dinâmicas Estas são as cargas que indicam efeitos dinâmicos significativos. Os exemplos
incluem cargas do impacto, ondas, gusts do vento e terremotos fortes. Por causa da complexidade da
análise, as cargas dinâmicas são tratadas normalmente usando estaticamente cargas equivalentes para o
projeto rotineiro de estruturas comuns.
Combinação de Cargas Uma combinação de cargas resulta quando mais de um tipo da carga age
na estrutura. Os códigos do projeto estrutural, especificam geralmente uma variedade de combinações
de cargas de vários fabricantes, tomando os mais pesados para cada tipo de carga com o intuito de
garantir a segurança da estrutura nas várias prováveis condições de sobrecarregamento.
Objetivo do módulo
Um fator que colaborou com a evolução de uma obra do ponto de vista estrutural, foi a
observação das forças da natureza. Esta observação permitiu que os elementos estruturais
tivessem dimensões cada vez menores e também permitiu que os vãos se tornassem cada vez
maiores.
Exemplo: Uma árvore e suas raízes poderiam perfeitamente servir de exemplo para a
construção de um pilar com sua fundação.
Com o surgimento da Revolução Industrial, foram surgindo novas técnicas e novos materiais.
Com estas técnicas e materiais, alguns modelos teóricos, ou seja, explicações, para as forças
da natureza foram descobertos. Baseados nestes modelos teóricos surgiram então os projetos
mostrando que uma obra poderia ser construída sem a necessidade de experimentos com
obras anteriores (acabou o processo de tentativa e erro).
O primeiro fator a ser considerado quando da execução do projeto estrutural de uma obra são
os carregamentos nela atuantes.
2. Tipos de Carregamentos
Existem três tipos de carregamentos: Concentrado, distribuído/m e distribuído/m 2.
Concentrado:
- Unidade: kN
- Pode acontecer nos seguintes elementos estruturais: lajes, vigas, pilares e fundações.
força concentrada:
sobre uma laje:
um cofre no meio de uma sala
sobre um pilar:
reação das vigas que se apoiam no pilar
sobre a fundação:
carga do pilar que chega na fundação
Distribuído/m:
- Unidade: kN/m
Exemplo:
força distribuída/m:
Distribuído/m2:
- Representa uma força distribuída sobre uma superfície da estrutura.
- Unidade: kN/m2
Exemplo:
Objetivo do módulo
1. Peso-próprio (pp):
Os elementos estruturais têm o peso que deve ser considerado na definição dos
carregamentos atuantes em uma estrutura. Este peso, definido como peso-própio é função do
peso específico do material em questão.
Lajes
Fórmula
Vigas
Fórmula
Pilares:
Fórmula
2. Alvenaria (alv):
Função do peso/m2 da alvenaria, dependendo se a parede é mais ou menos espessa.
O peso das paredes de alvenaria de uma obra devem ser consideradas sobre os elementos
estruturais em que elas se apoiam. Estes elementos podem ser vigas, caso mais comum ou
lajes. O peso da alvenaria é função do peso/m2 da alvenaria, que varia de acordo com sua
espessura.
Fórmula
alvenaria de cutelo:
0,95 kN/m2
1,70 kN/m2
alvenaria de 1 vez:
3,20 kN/m2
Observação:
a - Os valores de peso/m2 da alvenaria acima foram calculados para tijolo de barro furado com
argamassa de 1,5 cm entre tijolos, e 1 cm de reboco.
b - Os vazios que podem aparecer em uma parede de alvenaria não devem ser considerados,
proporcionando assim uma maior segurança.
3. Revestimento (rev):
O peso dos revestimentos de uma obra deve ser considerado sobre aquelas lajes em que eles
se apoiam. Um valor básico é utilizado como peso de revestimento:
4. Cobertura (cob):
O peso da cobertura deve ser considerado naquelas lajes em que se apoiam algum tipo de
cobertura, entendo-se por cobertura toda a estrutura que suporta as telhas mais o peso das
próprias telhas. O peso da cobertura é função do peso/m2 do telhado.
- 0,60 kN/m2 para telha de fibrocimento e 1,00 kN/m2 para telha de barro.
As fotos mostram os tipos de reações de elementos estruturais sobre a própia estrutura que
podem ocorrer.
1. Vento
Este tipo de carregamento é considerado somente para edificações muito altas ou edificações
especiais, como por exemplo, torres, caixas d'água elevadas, galpões, etc.
Pergunta: O que seria melhor para a consideração do vento em uma edificação do ponto de
vista estrutural?
Opções:
Uma edificação sujeita a um vento com velocidade de 2 km/h ou de 100 km/h?
Uma edificação em um local plano ou em um local montanhoso?
Uma edificação livre, sem vizinhança, ou uma edificação com vizinhos por todos os lados?
Um sobrado de dois pavimentos ou um edifício de 80 pavimentos?
Resposta: O efeito do vento é função de alguns fatores específicos, tais como: velocidade do
vento, conseguida através de mapas com linhas de igual velocidade, topografia do local,
vizinhança da edificação e tipo da edificação.
2. Empuxo
Empuxo é a força lateral proveniente da ação da água nas piscinas ou caixas d'água ou do solo
nos sub-solos sobre as paredes verticais.
CASO 1
Fórmula
O valor do carregamento é triangular
variando desde zero na superfície até q na
parte mais profunda.
CASO 2
3. Frenagem
Outro dia estava indo para a praia quando na serra,
em um daqueles grandes viadutos que tem uma
grande inclinação, um caminhão daqueles enormes
resolveu me ultrapassar.
Porém, lá embaixo, no final do viaduto, estavam
atravessando a pista uma mãe de mãos dadas com
uma criança.
Eu só olhei para o lado e ouvi uma grande freada do
caminhão. Felizmente nada aconteceu, o caminhão
conseguiu parar a tempo!!!
Mas imagine só o deslocamento horizontal do viaduto com a freada, e o que este deslocamento
deve ter provocado nos pilares!
Parece que não, mas a frenagem é um dos principais carregamentos que devem ser
considerados no cálculo de pontes e viadutos, sendo logicamente função do peso do veículo.
Quanto mais leve o veículo menor o efeito da frenagem e quanto mais pesado o veículo, maior
o efeito da frenagem.
4. Sobrecargas (SC)
São carregamentos dados em função da utilização de determinado compartimento da
edificação. O efeito da sobrecarga é considerado sobre lajes sendo portanto um carregamento
do tipo distribuído/m2.
5. Terremoto, neve
Tanto o terremoto como a neve são tipos de carga acidental que devem ser considerados.
Felizmente, no Brasil, não há a necessidade da consideração deste tipo de carregamento, uma
vez que eles não ocorrem nem com intensidade nem com frequência suficiente que justifique
sua consideração.
6. Cargas Móveis
Logicamente a carga é dita móvel porque se mexe. E o que se mexe é um veículo. Portanto, a
carga a ser considerada é o peso dos veículos se deslocando sobre pontes e viadutos. O efeito
da carga móvel é função do peso e da localização do veículo sobre a estrutura.
Normalmente, o peso do veículo é conhecido, sendo utilizados veículos
padrões. Mas a localização do veículo se modifica a cada momento,
sendo necessários então métodos especiais para a consideração
deste fator, dificultando a consideração deste tipo de carga quando do
cálculo de pontes e viadutos.
7. Exemplos de carregamento
Exemplo: Baseado no esquema abaixo definir a carga em:
lajes: L1
vigas: V2 e V5
pilares: P5
Dados:
piso de escritório
revestimento da laje: taco
alvenaria: 1 vez
material: concreto armado
reação da laje L1 nas vigas V1, V3, V4 e V5: 6,25 KN/m
reação da viga V1 sobre os pilares P1 e P2: 42,68 KN
reação da viga V2 sobre a viga V5 e o pilar P5: 2,19 KN
reação das vigas V3 e V4 sobre os pilares P1,P3 e P4: 43,93 KN
reação da viga V5 sobre o pilar P2: 43,33 KN
Portanto, no nosso exemplo, calcularemos primeiramente a carga na laje L1, depois nas vigas
V2 e V5 e finalmente no pilar P5.
Laje L1:
Peso-próprio (distribuída/m2) + revestimento
(distribuída/m2) + sobrecarga (distribuída/m2)
Convém lembrar que poderia haver ainda a carga de uma parede de alvenaria ou de um pilar
sobre a laje.
Viga V2:
Peso-próprio (distribuída/m)
Viga V5:
Peso-próprio (distribuída/m) + alvenaria (distribuída/m) + reação da laje L1 (distribuída/m)
+ reação da viga V2 (concentrada)
Convém lembrar que poderia haver ainda a carga de um pilar sobre a viga
Pilar P5:
Peso-próprio (concentrada) + reação da viga V2 (concentrada)
total = 4,79 kN
Objetivo do módulo
Definir as três Leis de Newton e os esforços de tração, compressão, flexão, torção e cisalhamento.
Definição:
As forças em um Sistema Estrutural são caracterizadas pelas leis de Newton, pelo
cálculo dos momentos em relação a um ponto, pelo cálculo do equilíbrio em relação a
um ponto e do equilíbrio de forças paralelas.
1. Leis de Newton (Isaac Newton - 1642 - 1727)
Primeira Lei
Pergunta: os carregamentos não exercem uma força sobre a estrutura? Resposta: Sim
Pergunta: a estrutura deixa de estar em repouso? Resposta: Não
Pergunta: o que acontece?
Segunda Lei
"A aceleração de um corpo é diretamente proporcional à força aplicada sobre ele e inversamente
proporcional à sua massa."
a=F/m F=m.a
Terceira Lei
Resposta à ultima pergunta da Primeira Lei: do ponto de vista estrutural, a toda ação
(carregamentos, na maioria para baixo), corresponde uma reação igual e contrária (para cima).
Logo: a resultante é nula e consequentemente a estrutura está em repouso.
Exemplo:
Linkografia de Interesse
http://www.newtonia.freeserve.co.uk
2. Esforços
Os carregamentos solicitam os elementos estruturais através de forças.
A seguir veremos que os materiais de que são compostos estes elementos estruturais
respondem a estas solicitações através de esforços.
Exemplo: O que acontece quando algumas pessoas pisam bem no meio de um banco de
madeira bem fininho? (antes do banco quebrar)
Exemplo: O que deve ser feito com uma roupa molhada para deixá-la mais enxuta?
Observação: Pode haver, e normalmente há, uma combinação destes esforços em um mesmo
elemento estrutural. Outro fator a ser considerado é que nem todos os elementos estruturais
suportam bem todos os esforços. Por exemplo, será que uma corda suporta tão bem o esforço
de compressão quanto o de tração?
MÓDULO 08 - Momento
Objetivo do módulo
1. Momento
Definição
Momento de uma força em relação a um ponto é o produto desta força pela sua distância
até o ponto considerado.
Fórmula
MOMENTO =
Pergunta:
Será que se for colocado um paralelepípedo de um
lado da viga e três paralelepípedos sobrepostos do
outro lado vai haver equilíbrio?
Resposta:
A resposta intuitiva para esta pergunta é NÃO.
Vê-se portanto, que se o paralelepípedo único estiver mais longe do ponto de apoio que
os três paralelepípedos sobrepostos vai haver equilíbrio.
Logo, para haver equilíbrio, o momento causado pela força menor (paralelepípedo único
mais distante do ponto de apoio) deve ser igual ao momento causado pela força maior
(paralelepípedos sobrepostos mais próximos do ponto de apoio).
Conclusão:
Conclusão: Então além da força aplicada o que importa também é a distância desta
força em relação ao ponto de apoio.
Este conceito foi utilizado pela primeira vez por Arquimedes (287-212 a.C.) que proferiu
a seguinte frase: "Me dê um ponto de apoio que eu poderei levantar o mundo."
Pergunta:
Porque será que a maçaneta de uma porta é o mais longe possível da dobradiça?
Porque será que as pessoas carregam as sacolas de supermercado com o braço abaixado
e não levantado na horizontal?
P.a1 - Q.a2 = 0
Importante
As três equações acima definidas (somatório das forças verticais igual a zero, somatório
das forças horizontais igual a zero e somatório dos momentos em relação a um ponto
igual a zero) são conhecidas como as TRÊS EQUAÇÕES FUNDAMENTAIS DA ESTÁTICA.
É indiferente a escolha da convenção de sinais (de baixo para cima ou de cima para baixo, da
esquerda para a direita ou da direita para a esquerda, horário ou anti-horário), o resultado é o
mesmo.
3+6-R=0
não há forças horizontais aplicadas R=9
Mapoio = 0 Mapoio = 0
convenção sentido horário, positivo convenção anti-horário, positivo
-3 x 4 + R . 0 + 6 . a = 0 3x4+R.0-6.a=0
a=2 a=2
Observação As reações de apoio em estruturas como vigas, treliças e pórticos, são calculadas
aplicando-se as Três Equações Fundamentais da Estáticas definidas no módulo anterior.
2 reações de apoio:
- reação horizontal (H),
- reação vertical (R),
logo: 2 incógnitas.
Apoio fixo
1 reação de apoio:
- reação vertical (R),
logo: 1 incógnita
Apoio móvel
2. Tipos de Estruturas
Exemplos: estrutura com um apoio fixo (2
incógnitas), ou 2 apoios móveis (2 incógnitas), ou 1
apoio móvel (1 incógnita)
Menos de 3 incógnitas
Hipostática
São instáveis
Mais de 3 incógnitas
Existe sempre uma sequência lógica de vigas para o cálculo das reações de apoio. Deve-se
iniciar os cálculos pelas vigas que não dependem das outras (não tenham outras vigas
apoiadas sobre elas). E assim sucessivamente.
No nosso exemplo: Iniciando a análise pela viga V1
viga 1
viga 2
viga 3
viga 4
viga 6
viga 7
viga 8
viga 9
viga 10
viga 1
viga 2
depende das reações de apoio da V7 e da V8 no meio do vão (já calculadas (3) e (4))
logo: já podem ser calculadas as reações de apoio (7)
viga 3
depende da reação de apoio da V5 na extremidade do balanço (já calculada (2))
depende da reação de apoio da V10 na extremidade do balanço (já calculada(5))
logo: já podem ser calculadas as reações de apoio (8)
viga 4
já calculada (1)
viga 5
já calculada (2)
viga 6
viga 7
já calculada (3)
viga 8
já calculada (4)
viga 9
viga 10
já calculada (5)
viga 1
já calculada (6)
viga 2
já calculada (7)
viga 3
já calculada (8)
viga 4
já calculada (1)
viga 5
já calculada (2)
viga 6
já calculada (9)
viga 7
já calculada (3)
viga 8
já calculada (4)
viga 9
já calculada (10)
viga 10
já calculada (5)
(1) V4 (6) V1
(2) V5 (7) V2
(3) V7 (8) V3
(4) V8 (9) V6
(5) V10 (10) V9
Observação
A seqüência definida acima não é a única seqüência possível para o cálculo das reações de
apoio. Pode haver mais de uma seqüência para um mesmo esquema estrutural.
Os valores das cargas uniformemente distribuídas sobre as vigas são provenientes dos
seguintes elementos: reação das lajes que se apoiam nas vigas, peso-própio, peso da
alvenaria sobre as vigas.
Viga V4
MV6 = 0 +6 . 6,00 . 3,00 - RV9 . 6,00 = 0 RV9 = 18kN
positivo: horário
V = 0
RV6 + 18 - 6 . 6,00 = 0 RV6 = 18kN
positivo: baixo para
cima
H = 0 HV6 = 0 HV6 = 0
positivo: esq. para dir.
Viga V5
H = 0 HV1 = 0 HV1 = 0
positivo: esq. para dir.
Viga V7
MV1 = 0 -10 . 2,00 . 1,00 + RV2 . 2,00 = 0 RV2 = 10kN
positivo: horário
H = 0 HV2 = 0 HV2 = 0
positivo: esq. para dir.
Viga V8
V = 0
5,4 + RV2 - 5,4 . 2,00 = 0 RV2 = 5,4kN
positivo: baixo para cima
H = 0 HV2 = 0 HV2 = 0
positivo: esq. para dir.
HV6 = 0 HV3 = 0
Viga V1
H = 0 HP1 = 0 HP1 = 0
positivo: esq. para dir.
Viga V2
MV9 = 0 RV6 . 6,00 - 10.(2,00 + 1,50) - 5,4 . 1,50 - 10 . 6,00 . 3,00 - 3,5.
RV6 = 47,03kN
positivo: (2,50 + 2,00).(2,25 + 1,50) = 0
horário
V = 0
positivo: 47,03 + RV9 - 10 - 5,4 - 10 . 6,00 - 3,5.(2,50 + 2,00) = 0 RV9 = 44,12kN
baixo para
cima
H = 0
positivo: HV6 = 0 HV6 = 0
esq. para
dir.
Viga V3
MP3 = 0
-RP4 . 6,00 - 16,5 . 1,50 + 18.(6,00 + 2,00) + 4,8.(1,50 + 6,00 +
RP4 = 74,58kN
2,00) . (4,75 -1,50) + 10 . 6,00 . 3,00 = 0
positivo:
horário
V = 0
RP3 + 74,58 - 16,5 - 18 - 4,8.(1,50 + 6,00 + 2,00) - 10 . 6,00 = 0 RP3 = 65,52kN
positivo: baixo
para cima
HP4 = 0 HP4 = 0
H = 0
positivo: esq.
para dir.
Viga V6
MP3 = 0 -RP1 . 6,00 + 47,03 . 4,00 - 18. 1,00 + 4,4.(1,00 + 6,00) . (3,50 -
RP1 = 63,55kN
positivo: 1,00) + 8,4 . 4,00 . 2,00 + 6,7 . 2,00.(4,00 + 1,00) = 0
horário
V = 0
RP3 + 63,55 - 18 - 47,03 - 4,4.(1,00 + 6,00) - 8,4 . 4,00 - 6,7 .
positivo: RP3 = 79,28kN
2,00 = 0
baixo para
cima
H = 0
HP1 = 0 HP1 = 0
positivo: esq.
para dir
Viga V9
V = 0
RP4 + 60,91 - 18 - 44,12 - 4,4.(1,00 + 6,00) - 10 . 4,00 - 5 . 2,00
positivo: RP4 = 82,01kN
=0
baixo para
cima
H = 0
HP2 = 0 HP2 = 0
positivo:
esq. p/ dir
MÓDULO 12 - Distribuição das Forças nos Elementos Estruturais
Objetivo do módulo
Mostrar como os vários tipos de elementos estruturais recebem as cargas e as
transmitem até o solo.
1. Transmissão de Cargas
Definição
A estrutura é um sistema de barras que recebe as cargas e as transmite para o solo.
Tipos de estruturas
Tesoura:
Duas barras retas inclinadas (AB e AC) mais uma barra horizontal (BC).
Viga:
Pilar:
Uma barra vertical (AB) - é a maneira mais simples e natural de transmissão de cargas.
Pergunta: Qual é o esforço que a barra está sujeita?
Pórtico:
Uma barra horizontal (BAC) mais duas barras verticais (BD e CE).
Arco:
Duas barras curvas (AB e AC) mais uma barra horizontal (BC).