Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Nome: Elisabeth Souza, Israel Corrêa, Lariça Costa, Pamera de Almeida, Taíse
Gonçalves.
BOSI, Alfredo. O ser e o tempo da poesia, Cap. 6. Cultrix - USP, São Paulo, 1977. pg. 195
- 218.
VICO ANTI-D
ESCARTES
No capítulo VI Alfredo Bosi, discorre sobre as ideias centrais de Giambattista Vico, e faz
uma relação entre a literatura e a filosofia, ciência e história.
Giambattista Vico rechaça Descartes e sua leitura cartesiana no justo ponto em que a
ótica disseca a arte, ignorando sua função filosófica e reduzindo a poesia a um mero
devaneio desconectado da realidade empírica. Nestes termos, “o triunfo da raison
cartesiana” não excede “o triunfo da redução absoluta do sensível ao sentido, do corpo à
mente.” (BOSI, 1977).
Hierarquizar o saber em dois extremos pode não ter sido o objetivo original de descartes,
mas foi abraçado pela renascença, ironicamente repercutindo em ambientes tanto
científicos quanto artísticos. Os prejuízos causados pelo gosto à simetria vão desde a
secção estruturalista dos corpos poéticos ao engessamento da linguagem lírica, influindo
diretamente no modus operandi da sociedade que, ajustada “aos signos do domínio e
interesses do todo social” (IDEM, 1977), soterra o estudo dos arquétipos com divagações
teóricas e responde tal qual a linguagem poética, asfixiando-se.
A história ideal, portanto, escrita sob moldes controlados e recorrentes, toma roupagens
convenientes (sob a égide da novidade), impossibilitada de exceder estas recorrências,
pois o assassinato da fantasia depõe também a divindade da origem, ou seja, desconecta
mito e realidade, condenando memória e práxis à redundância.
A obra Scienza Nuova (Ciência Nova), o maior legado de Vico, compreende três
momentos históricos: a era dos deuses, a era dos heróis e a era dos homens. Também os
integra em subsistemas segundo a forma e linguagem com a qual se apresentam:
mitologia, poesia, moral, direito, etc., analisados a partir de um viés filosófico das figuras
de linguagem presentes nas produções literárias e obedecendo a uma metodologia
diacrônica.
Reconhecendo a filologia (de philos e logos, amor pelo conhecimento) como chave de
acesso à filosofia (de philos e sophia, amor ao saber) estudou documentos históricos no
intuito de “interpretar a verdade e o que foi feito dela”, inferindo trocas naturais entre as
manifestações racionais e as circunstâncias que as ambientam, em outras palavras,
concluindo que a lógica antropomórfica é, ela própria, moldada pelas relações do homem
com a natureza, inferência exemplificada no quadro a seguir:
A LINGUAGEM ENTRE O CORPO E A CONVENÇÃO
.
Termos como ambiguidade se dão quando dois planos semânticos se encontram; o
primeiro onde para cada significante há somente um significado, e outro onde para cada
significante há outros correspondentes, que mantêm uma relação, transbordando a
categoria da convencionada, e abrindo um “leque” de possíveis significações.
O plano semântico que subordina os significantes à convenção é o prosaico, que
busca a nua e sóbria exposição dos conceitos.
O discurso poético na idade atual, em que a convenção domina toda linguagem,
sobrevive “jogando” com as figuras sonoras e semânticas.
A Construção da fala poética e a civilização por Vico dentro da Ciência Nova, defendendo o
conhecimento humano a parti da natureza. Na percepção de Vico o irracional inferir na função poética da
linguagem e na forma e conteúdo de uma obra. O inconsciente produz mecanismo de sonho e dos
sentidos, utilizado filosofia e verdade nas obras de Platão.
Para Vico não existem diferenças entre poesia-filosofia, absurdo-lógica, desordem-ordem,
mentira-verdade. O mito seria uma única verdade revelada, um conhecimento racional, como ideologia ou
entropia. A Ciência Nova aborda esses elementos contribuíram para compreensão da raiz do trabalho
poético, dentro da linguagem, atrelado em harmonia e os sentidos, memória e fantasia. Ele também
compreende que corpo e mente não se desprender, fato importante para formação poética.
Na idade civil, arte muda de fisionomia, uma nova roupagem como diferentes pontos de vista,
explicar o surgimento da civilização, memória e imaginação foram os elementos iniciais para construção
da linguagem, e as origens das ações humanas para formação poética. Nessa perspectivas de natureza
inteligente o homens são iguais perante as leis.
Do ponto de vista do Vico, a fala poética originou-se das ações humanos do irracional do homem,
através da língua. Ao estudar Hemoro possibilitou-se explicar os grandes personagens da nação grega
presentes nas obras literárias, semideuses, heróis, sábios. As fábulas antigas são narrativas das
tradições Gregas, a parti das características da vida social e as relações humanas e da sabedoria. A
língua poética dos gentios foi fundamental para as primeiras leias e as primeiras religiões.
A produção de sentidos, metalinguagem, retórica, imitação das ações humanas, temporalidade
social são fundamentais na construção da linguagem de uma obra poética e Vico mostra que isso é
representado na nação. Os poetas da antiguidade imaginavam que os deuses eram a causa das coisas
que se sentiam e que admirava.
Divino: A linguagem era composta sobretudo por atos e gestos ou seja por
mímica,praticamente muda possuindo alguns sons.A escrita que surgiu no egito chamada
de hieróglifos.
Heroico: A linguagem nesse período já era possível notar palavras-frases.Na escrita é
criada a escrita simbólica que surge simultaneamente com a linguagem como destaca
Vico.
Alfredo Bosi, constrói uma teoria que foca na Literatura, mas também destaca erudições e
interesses humanísticos, fazendo assim com que a literatura se torne algo transcende a
qualquer outra forma de arte e expressão da cultura humana.
Entre o mito e a poesia pode prevalecer valores com consenso de moderação e equidade,
que não existiam nos tempos heróicos.
Os ordálios e os vereditos são deixados para trás, fica em evidência então as leis civis
que proferem nome do sangue e da honra, Fazendo dessa forma com que exista um tipo
de mediação da palavra eclesial e teológica com a atroz relação com o sagrado.
Perguntas
Quais as divisões da linguagem e escrita feita por vico e suas características?