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CURSO DE PSICOLOGIA
BANCA EXAMINADORA
Confúcio
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RESUMO
Rever conceitos tão antigos e tão atuais sobre a prática hipnótica implica
necessariamente em revisitar os nomes que figuram na sua história. Das antigas
práticas ritualísticas pagãs, do culto aos deuses, passando por Mesmer, Freud e
Erickson, apenas entre os mais expressivos, chega-se ao presente com os
ultramodernos exames de tomografia por emissão de pósitrons e a ressonância
magnética do fluxo sanguíneo e seus proeminentes executores. À luz de novos
achados científicos, a hipnose se renova e reforça uma posição que já conquistou na
comunidade médica, a saber o expressivo relato de casos que dão conta da sua
eficácia na prática clínica, indo mais pontualmente esclarecer o funcionamento do
cérebro humano quando ativado pelo estado hipnótico. Especificamente na clínica
psicológica, a hipnose vem sendo utilizada com grande sucesso nos casos em que
trata de ansiedade, fobias, traumas, drogadição, dependência em seus vários níveis,
apenas para citar algumas desordens, razão pela qual o presente trabalho se
inscreve, num esforço de resgatar a história da hipnose no mundo desde a
Antigüidade até os dias atuais, os caminhos e descaminhos que percorreu para que
hoje pudesse ocupar o lugar que ora ocupa: revestir-se da capa protetora da ciência
e colocar-se a serviço do homem enquanto possibilidade de reduzir sofrimentos.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 10
2 HISTÓRIA DA HIPNOSE................................................................................................. 12
2.1 As Origens.................................................................................................................. .13
2.2 Hipnose na Era Moderna ........................................................................................... .23
5 METODOLOGIA............................................................................................................. .87
6 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS................................................................ .88
ANEXOII...............................................................................................................................107
1 INTRODUÇÃO
Ao longo dos séculos, a hipnose foi sendo revelada por diferentes lentes,
de acordo com cada momento histórico, mas ainda hoje guarda ranços de antigas
concepções acerca de sua significação e efetiva contribuição para a prática clínica,
tanto médica quanto psicológica.
A associação com espetáculos de variedades, em que um convidado
realizava ações incomuns e surreais induzido supostamente por hipnose, faz com
que ainda nos tempos modernos ela sofra suas conseqüências.
Iniciada muito antes da existência de relatos escritos da história humana,
a hipnose já podia ser encontrada nas cerimônias religiosas e de cura de muitos
povos primitivos, os quais se utilizavam dela para induzir seus participantes ao
transe hipnótico. Sua importância não está em chamar estas cerimônias de
religiosas, curandeirismo, ou alguma outra combinação que seja, mas sim que o
estado de transe com características hipnóticas já existia, muito embora o termo
tenha sido cunhado apenas no século XIX, com James Braid.
Não é sem razão que o final do século passado e início deste também
tenha sido muito fértil quanto à discussão da dimensão social da ciência, no sentido
de que a compreensão da prática hipnótica não poderia passar distanciada dos
processos comuns a uma comunidade científica que prima pelo conhecimento como
forma de dar ao homem o melhor dos dois mundos, buscando a teoria para aplicar a
prática.
A preocupação com o bem-estar do homem num mundo cada vez mais
agitado, onde as pessoas se veem acossadas pela matéria, faz a Psicologia voltar
os olhos à humanidade como forma de buscar outros recursos que a faça conseguir
um equilíbrio entre as exigências da vida moderna e o equilíbrio emocional,
consequentemente procurando reduzir sofrimento.
Nesse sentido, a hipnose tem se mostrado uma valiosa ferramenta,
justificando o presente trabalho ao buscar responder por qual modo, como terapia
complementar, atua na mente humana mudando comportamentos e favorecendo a
remissão de patologias, físicas e ou emocionais, como insônia, enxaqueca,
alcoolismo, no alívio da dor, para citar alguns, bem como sua importância.
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2 HISTÓRIA DA HIPNOSE
2.1 As Origens
recinto, Mesmer ia de um em um aplicando passes até que eles caiam num transe
cataléptico (SHROUT, 1985; FERREIRA, 2006).
O alcance de suas curas deu-lhe uma reputação memorável, espalhando
o Mesmerismo rapidamente pela Europa, ao mesmo tempo em que fez provocar em
seus colegas uma grande animosidade, fazendo com que a Academia Francesa
designasse uma comissão especial para investigá-lo, a qual foi composta por
Benjamin Franklin, Lavoisier e Dr. Guillotin (o inventor da guilhotina), entre outros
(ERICKSON, HERSHAN & SECTER, 2003; FERREIRA, 2006; SAURET, 2008).
Hice uso del método mas empleado para producir el sueno artificial, el de
Dupotet y La Fontaine [...] De este procedimiento clásico, al que encontré
inconvenientes, pasé a ensayar el de Braid [...] al procedimiento es
conocido por los magnetizadores durante largo tiempo, añadimos la
sugestión del sueno, ya utilizada por el abate Faria [...] A partir de esta
reforma capital em mi manera de hipnotizar mis enfermos si durmieron
tranquilamente y con mucha más rapidez.(In Lièbeault 1891, 290-293 apud
TORTOSA, MIGUEL-TOBAL & GONZÁLEZ-ORDI, 1999, p. 14)
Charcot-Bouchard, esclerose lateral, entre muitos outros, além de seu trabalho com
a atrofia muscular neuropática progressiva, de conhecimento de todos os estudantes
de medicina, conforme aponta Teixeira (2001). A neurologia se colocou como uma
especialidade médica na segunda metade do século XIX em decorrência de seus
estudos e de seus discípulos em Salpêtrière.
Em 1878, Charcot apresentou a teoria de três estágios hipnóticos:
catalepsia – fixação do olhar do paciente num determinado objeto luminoso,
produção de um som abruptamente; letargia - paciente de olhos fechados ou cessar
o objeto luminoso; sonambulismo – pressão ou fricção no alto da cabeça
(FERREIRA, 2006).
No entanto, mesmo sua fama não o poupou de ver enfraquecida sua
reputação quando defendeu, contra as teorias da Escola de Nancy, que a hipnose
seria um estado patológico capaz de enfraquecer a mente humana, situação que
muito se agravou após sua morte quando um colaborador direto, Babinski, deu
declarações sobre falsas curas sustentadas por Charcot. Além disso, Janet, seu
aluno e Dubois, aluno de Bernheim, viriam mais tarde a concordar com os preceitos
da Escola de Nancy (SAURET, 2008).
Um dos colaboradores de Charcot, Pierre Janet, publicou sua tese de
doutorado sob o título “L'Automatisme psychologique” em 1889 na Sorbonne, a
primeira de uma série de tratados sobre as manifestações do inconsciente, estudos
que serviram de base para reputá-lo como o fundador da moderna psicologia
dinâmica (THEÓPHILO ROQUE, 2009).
Neste tratado, Janet reorganizou a consciência sob três aspectos:
catalepsia (consciência puramente afetiva, reduzida às sensações e às imagens), a
sugestão (consciência desprovida de controle, orientação e percepção) e o
sonambulismo, como um campo de consciência comparável ao estado vígil
(CHERTOK & STENGERS, 1990).
Muito natural então que a ampla divulgação na comunidade científica
sobre a hipnose chamasse a atenção daquele que é considerado o fundador da
psicanálise. Junto com Breuer, Freud havia usado a hipnose para ajudar pessoas
com distúrbios emocionais (ERICKSON, HERSHAMN & SECTER, 2003). No
entanto, como quisesse desenvolver técnicas próprias, em 1890 Freud foi para
Nancy, através de uma bolsa de estudos do governo, passar algumas semanas na
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utilizar recursos do próprio paciente, mudando com isso o curso da hipnose, pois até
então esta era praticada a partir de sugestões dadas ao paciente pelo hipnotizador,
mas sem considerar suas motivações intrínsecas. As anotações de Erickson,
Hershman & Secter (2003, p. 9) dão conta de que “O trabalho de Erickson parte de
dentro para fora (inside out) e métodos indiretos eram utilizados para despertar
forças do paciente, ao invés da aplicação de sugestões poderosas dirigidas contra
um paciente passivo”.
Pelas palavras de Zeig (ERICKSON, HERSHMAN & SECTER, 2003) se
depreende o quanto o trabalho de Milton Erickson influenciou a comunidade
científica, ao elaborar uma teoria que prometia desvelar os meandros da mente
humana, ajudando o indivíduo a encontrar dentro de si mesmo a resposta para os
seus males.
Zeig (2003) considera que uma razão bastante plausível para o sucesso
dos estudos de Erickson tenha sido o fato de ter usado em sua própria vida seus
ensinamentos, uma vez que usava a hipnose para controlar a dor praticamente
todos os dias. Pela citação abaixo, é possível entrever uma fração de sua técnica:
Amigo Sr. Redator – Acabo de saber, lendo O Paiz, numero [sic] de hoje,
que tomastes o trabalho de referir-vos aos impropérios que O Apostolo [sic]
se dignou despejar ontem contra mim, a pretexto de vos contestar as
virtudes da medicina sugestiva. Relevai, prezado Sr. redator, que eu vos
não gabe o gosto e a paciência [...] Entretanto devo dizer que vos fico muito
grato, e de mais a mais obrigado me fareis, se acaso conseguirdes indagar
da Santa Madre Igreja por que regra a psicoterapia ofende a moral de O
Apostolo [sic], quando é certo que o próprio Padre Eterno (no tempo em que
foi moço) praticou o hipnotismo; haja exemplo a célebre ablação de costela
que Adão sofreu durante o sono, tudo segundo reza o versículo, [...] que,
apoiado em autor de tão boa nota, acalmeis as iracundas susceptibilidades
de O Apostolo. [sic] Caso, porém, não possais ainda assim chama-lo [sic] à
razão, o melhor será deixa-lo [sic] em liberdade. (CÂMARA, 2009)
3 HIPNOSE E CIÊNCIA
SNA não é um órgão totalmente autônomo, pois suas ações são orientadas através
de regiões superiores do SNC - Sistema Nervoso Central.
Ferreira (2006) sustenta que o SNA é o órgão responsável em regular o
metabolismo, a temperatura do corpo, os sistemas circulatório, respiratório,
endócrino, urinário, genital, cujas funções “[...] não são necessariamente
conscientes” (p. 264).
Numa explicação mais resumida e simplificada, Esperidião-Antônio et al
(2007) propõem:
Fig. 1
Fonte: http://www.afh.bio.br/nervoso/nervoso3.asp
45
Fig. 2
Fonte: http://www.afh.bio.br/nervoso/nervoso3.asp
Fig.3
Fonte: Postner and Raichle, Scientific American 1994
49
Fig. 4
Fonte: Kossly & Colaboradores, 2000
Fig. 5 –
Fonte: http://www.mat.ufrgs.br
Fig.6 -
Fonte: http://images.google.com.br
52
Fig. 7 –
Fonte: http://www.mat.ufrgs.br
3.3 Sugestão
ASPECTOS DA SUGESTÃO
Tabela 1
Fonte: Ferreira, 2006
Tabela 2 –
Fonte: Ferreira, 2006
Luminosidade
Temperatura
Sons, vozes, música e Manter desligado campainhas, telefones, etc. Quanto aos ruídos
ruídos advindos do próprio lugar onde se localiza o consultório, é interessante
incorporá-los à indução hipnótica, caso não seja possível reduzi-los. O
ambiente tanto pode estar em completo silêncio quanto se podem usar
CDs com gravações.
Perfumes agradáveis É preciso cuidado com perfumes, uma vez que os pacientes em
expectativa de trabalho mental tornam-se mais sensíveis aos cheiros.
Posição confortável Pode-se usar uma cadeira, divã ou maca, desde que seja confortável.
Evitar chaves, moedas, carteiras no bolso que possam produzir ruídos,
assim como descartar chicle, balas, óculos, lentes, adornos, etc.
Decoração do ambiente Agradável, com poucos objetos.
Tabela 3 –
Fonte: Ferreira, 2006
Sensorial Direta: o paciente age respondendo a afirmações objetivas: “Seus olhos estão se
fechando”;
Indireta: introduzidas sutilmente, procura não relacionar experiência do paciente
com a sugestão: “As pessoas obtém melhor concentração com os olhos fechados”
(FERREIRA, 2006, p. 73-75);
Sensorial Extraverbal: habilidade em transmitir pelas palavras conteúdos não verbalizados,
sonora apenas inferidos a partir de frases, palavras, gestos;
Fonação extraverbal: utiliza mais os sons do que as palavras: ritmo da respiração,
sorriso, bocejo;
Não-verbal: apito, tique-taque, instrumento musical, som de árvores, chuva;
Visual: imagem ou vibração através da visão – luz de velas, disco giratório, brilho
de anel, alfinete, olhar, etc.;
Olfativa: odores de perfumes, álcool, etc.
Gustativa: influência com sabores doce, amargo, salgado, etc.
Tátil Toque dos dedos no paciente.
Térmica Calor e frio.
Dolorosa Pressão sobre uma vértebra do paciente.
Palestésica Sensibilidade aos estímulos vibratórios (diapasão aplicado sobre a superfície
óssea).
Batiestésica Consciência exata da posição das partes do corpo e suas relações – sentimentos
de pressão sobre o corpo (movimentos passivos de uma articulação em diferentes
direções).
Cinestésica Propriocepção corporal - discrimina a posição e o movimento articular, incluindo
direção, amplitude e velocidade, bem como a tensão relativa dentro dos tendões
(Smith et al ,1997).
Sugestões Associação simultânea de mais um tipo de sugestão.
combinadas
Sugestão pela Consiste no conjunto de crenças pessoais do especialista, capazes de transmitir
atitude ao paciente sua habilidade em tratá-lo adequadamente.
Sugestão Pouco considerada entre os teóricos, é mais reconhecida na parapsicologia.
psíquica Consiste em provocar ação em pessoas ou objetos pelo poder mental.
Sugestão Influência do ambiente do consultório, fases da lua, calor, frio, chuva, sol, campo
ambiental magnético, enfim fatores que induzem ao relaxamento hipnótico, sintonizando o
paciente com as metas do tratamento, específicas ou não.
Sugestão Relacionadas a movimentos dos membros: mexer o dedo, levantar o braço, etc.;
ideomotora
Sugestão Consiste em apresentar ao pacientes situações para mudar sua percepção. Com
Desafio o braço estendido, sugerir a impossibilidade de flexioná-lo, ou vice-versa.
Tabela 4 –
Fonte: Ferreira, 2006
percepção das coisas e dos sentidos na sua forma mais simples, enquanto que
consciousness é a identificação precisa dessas coisas e sentimentos, de modo mais
exato.
Essa explicação se justifica para responder por que muitas vezes o
processo hipnótico é conduzido com mais sucesso ou as sugestões são mais
prontamente recebidas do que em outras, o que faz Ferreira (2006) responder,
utilizando os conceitos de Hartland (1973), que enquanto ocorre o transe hipnótico,
há uma supressão parcial ou total do poder crítico do indivíduo. Isso acontece
porque existe uma mente inconsciente em permanente processo de ingerência
sobre os pensamentos, sentimentos e comportamentos humanos, o qual se dá
geralmente sem que o indivíduo perceba (FERREIRA, 2006). Isso é que faz Hartland
(1973 apud FERREIRA, 2006) dar tanta importância ao poder crítico do indivíduo,
pois com este restrito à mente consciente, as sugestões tanto podem ser aceitas
quanto rejeitadas. Frisa também que as respostas durante o processo hipnótico
podem ser nulas caso não sejam da vontade consciente do paciente. Isso significa
dizer que um paciente hipnotizado não executa ações que representem uma
contraposição ao seu conjunto de crenças pessoais conscientes.
Ferreira (2006, p.55-56; 2008) considera então que quando algumas
condições são preenchidas, as sugestões agem mais rapidamente e com mais forte
poder de sugestionabilidade:
Suscetibilidade hipnótica da pessoa aos testes;
Propensão à fantasia;
Propensão à amnésia e à dissociação – redução de tônus muscular, escrita
automática, sugestões pós-hipnóticas, de amnésias pós-hipnóticas,
dificuldade para falar;
Imaginação absorvente – pode ser dirigida para uma fantasia interna ou para
uma sensação corpórea, ou detalhar o meio ambiente;
Capacidade imaginativa do hipnotizado caminha junto com as sugestões do
hipnotizador. Nestas pessoas, o potencial hipnótico varia com as motivações,
atitudes e expectativas pessoais; grau de rapport que o hipnotizador possui;
características das sugestões e ainda de acordo com cada situação.
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TIPOS DE TEMPERAMENTO
Tabela 5 –
Fonte: Shrout, 1995
Tabela 6 –
Fonte: Ferreira, 2006
Tabela 7 –
Fonte: Ferreira, 2006
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Tabela 8 –
Fonte: Ferreira, 2006
Tabela 9 –
Fonte: Ferreira, 2006
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Dissociação
Hipnografia
Hipnoplastia
Técnica revelada por Raginsky em que o paciente usa a arte plástica para
expressar suas dificuldades. Por este procedimento, em estado hipnótico, o paciente
é levado a modelar aquilo que seja de sua preferência, usando massa, argila,
plasticina ou material similar (FERREIRA, 2006). Watkhins e Barabasz (2007)
relatam que Raginsky estimulava uma regressão circunscrita à área de conflito. Para
isso, utilizava massas coloridas com a intenção de promover uma regressão
específica à área do conflito ou ao nível de desenvolvimento.
Indução de Sonhos
Escrita automática
Usada em indivíduos com dificuldade para falar, esta técnica usa a escrita
para ir à busca de “[...] conflitos ocultos, descobrir talentos latentes, evocar
pensamentos primitivos formados na infância e auxiliar o indivíduo a organizar sua
personalidade mais eficientemente” (MUHL, 1958, apud FERREIRA, 2006, p. 707).
Ainda citando Muhl, Ferreira refere também a utilidade desta técnica para descobrir
nomes de pessoas, endereços, acontecimentos, cidades, placas de carro.
Na visão de Pincherle & Colaboradores (1985, p.71-72) escrita automática
se coloca como
Associação de Idéias
Hipnoterapia analítica
Conflito experimental
Relembrança e Revivificação
Terapia Cognitivo-comportamental
Hipnossíntese
inconsciente humano, uma vez que acreditam serem estas que criam os sintomas
(FERREIRA, 2006).
Muito embora o autor mencione este tipo de prática hipnótica, afirma
desconhecer estudos que confirmem sua eficácia, colocando ainda que a
sistematização adotada neste processo é bastante semelhante à sequência utilizada
nos processos hipnóticos.
A seguir, serão descritas algumas técnicas mencionadas por Erickson,
Hershman e Secter (2003) nos trabalhos com hipnose, adaptadas a partir dos
seminários ministrados por Milton Erickson nos Estados Unidos a médicos,
odontólogos e psicólogos. No prefácio, Zeig menciona como uma das características
principais da obra a eficiência da comunicação na prática hipnótica.
tornar claro ao paciente a relação existente entre a finalidade para a qual se está
fazendo a hipnose e os seus problemas (Ibidem).
Hipnoanálise
Alterações sensoriais
Catalepsia
Rapport
Supressão e repressão
Dissociação
Despersonalização
Sonambulismo
Subjetividade e Objetividade
Distorção do tempo
Existem duas situações: uma em que o tempo real é bem maior do que
aquele sonhado ou imaginado, e a outra, em que o tempo real, apesar de muito
curto, dá a sensação de ter durado muito mais do que na verdade durou (idem).
Comparando-se os dois aportes teóricos, é possível tecer algumas
considerações sobre um e outro, sendo em alguns casos bastante próximos nas
explicações. Em outros, diferenciam-se bastante.
Nos dois casos apontados abaixo, muito embora a nomenclatura utilizada
por um e outro seja diferente, pôde-se observar que elas na verdade são práticas
muito similares.
Por exemplo, Ferreira (2006) coloca dissociação (técnica hipnoterápica)
como o ato de separar três “Eus”: um observador, um experienciador e um terceiro
fragmentado em vários processos e funções. Numa outra explicação, o autor coloca
dissociação como a separação entre diferentes processos mentais, ou seja,
enquanto uma parte da mente se ocupa de algum sentimento (por exemplo, dor), a
outra parte, consciente, recebe sugestão para a supressão ou eliminação do foco
doloroso.
Para Erickson, Hershman & Secter (2003), dissociar significa permitir ao
paciente, sob efeito hipnótico, que esteja em dois lugares ao mesmo tempo: um
seria o observador e outro o experienciador, como apontado por Ferreira (sendo que
a dissociação para estes teóricos refere-se a um fenômeno e não técnica).
Outro item coincidente entre os teóricos está no Estado Hipnótico
Catártico referido por Erickson, Hershman & Secter e no Conflito Experimental de
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Ferreira. Nos dois aportes, há uma catarse do conteúdo emocional reprimido que
deve ser trabalhado sob hipnose para liberar o paciente de suas angústias. Todos os
autores referem-se a este item como técnica de hipnose.
As conclusões destas duas comparações não tiveram outro intuito senão
o de enfatizar o que já havia sido explanado anteriormente pelas referências teóricas
apontadas, ou seja, as evidentes contradições existentes no que se refere a uma
unicidade científica em torno da hipnose, condição é claro que não é prerrogativa
das teorias hipnóticas.
inteiro, parte por parte. A volta ao estado normal de vigília se dá com a contagem ao
inverso, até o completo despertar.
Uma variação desta técnica é apontada em Psicoterapias e estados de
transe, de Pincherle e Colaboradores (1985). Nela, os autores descrevem a
sequência inicial, a começar pela contagem do 1 em diante, devendo o paciente
fechar e abrir os olhos a cada número dito, sem esperar pelo número seguinte.
Simultaneamente, o hipnoterapeuta vai aplicando as sugestões diretivas.
• Abordagem Ericksoniana
• Técnica dinâmica
• Técnicas Rápidas
especialista diz para a criança olhar atentamente, pois a mancha de tinta vai subir
devagarinho, até ficar cada vez mais próxima da testa. A sugestão continua com o
hipnoterapeuta dizendo à criança que por mais força que ela faça para deixar a mão
suja de tinta longe da testa, mais rápido ela se aproxima, e à medida que vai se
aproximando, a cabeça vai ficando pesada e os olhos vão se fechando. O autor
comenta que em raras situações a sessão terapêutica não se reproduziu deste
modo, e cujo ponto de checagem ele descreve como “[...] esperar até ver a mão da
criança começar a subir” (FURST, 1994, p. 24).
palavras, frases, sons ambientais, que articulados, são usados para reprogramar o
subconsciente. Ferreira (2006) salienta que numa gravação criada com a própria
voz, somada a um fundo musical ou ambiental, na qual se associa uma
programação subliminar, esta alcança o inconsciente diversas vezes no decorrer da
audição.
O autor frisa, contudo, a falta de evidências de que as fitas de áudio e
vídeo comercializadas com sugestões subliminares produzam resultados
unicamente pelo teor das palavras ali contidas. Refere ainda que há indícios de que
a expectativa pessoal quanto aos resultados seja responsável por resultados
positivos com seu uso.
Os estudos feitos por Ferreira (2006) apontam para uma tendência a não
se determinar o grau de profundidade do estágio hipnótico do paciente por escalas,
tendo em vista a grande variedade de respostas postas em relação a um grande
número de sujeitos. Para ele, tem mais valor chegar à anamnese do paciente e
começar a indução hipnótica a partir disso, treinando-o desde a primeira sessão
para as respostas desejadas no futuro. Ilustra esta questão com um paciente que
queira, por exemplo, deixar de fumar: “[...] iremos sugerir que quando um cigarro
tocar em seus dedos, seus dedos se abrem [sic] e se estendem [sic] e o cigarro cai
[sic] no chão, então já iniciamos com sugestões de rigidez nos dedos de uma ou de
ambas as mãos” (FERREIRA, 2006, p.164).
Como justificativas para este procedimento, o autor coloca, além das
diferenças personalíssimas entre os pacientes, variações também conforme a
natureza da consulta, o tipo de sugestões oferecidas e como estas são
disponibilizadas ao paciente, o modo pelo qual este percebe as sugestões e as
associações que faz a partir delas.
Precisamente por estas diferenças é que Ferreira (2006) prefere avaliar a
profundidade hipnótica a partir da subjetividade do paciente. Assim, é possível
acrescentar informações extras específicas e relacionadas com as experiências da
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Hipnose • Analgesia
Média • Surdez eletiva
• Signo-sinal 1º sugestão pós-
• Aceitar sugestão hipnótica simples hipnótica
(Movimento automático, sono e amnésia superficial estão
presentes apenas na escala de Torres Norry (NATALY,
1999, p.90)
Hipnose • Manter uma conversação estando em estado hipnótico
Profunda • Abrir os olhos mantendo o estado hipnótico
• Amnésia superficial
(Aceitar sugestões de representações alucinatórias está
presente apenas na escala de Torres Norry (NATALY, 1999,
p.90)
Fase • Visualização cênica
Sonambúlica • Alucinação
• Anestesia profunda
• Regressão de idade
• Amnésia profunda Natural ou induzida
• Sugestões pós-hipnóticas
Tabela 10 –
Fonte: Pincherle & Col., 1985
Stanford Hypnotic Clinical Scale (SHCL), é possível avaliar, segundo seus criadores,
as habilidades do paciente em mover as mãos juntas, alucinações a partir de
sugestão, regressão de idade, execução de atividades pós-hipnóticas simples e
amnésia parcial ou completa (FERREIRA, 2006).
O autor comenta também sobre as SSTA (sugestões para sintonização,
treinamento e aproveitamento), onde o aspecto subjetivo das experiências é
realçado de modo a se atingir um resultado positivo (Idem).
Os estudos feitos por Erickson, Hershman e Secter (2003) apontam para
as características a serem observadas durante o estado hipnótico, porém
distribuindo-as por estágio de transe: leve, médio, profundo ou pleno (estupor), as
quais se encontram relacionadas no quadro abaixo:
Tabela 11 –
Fonte: Erickson, Hersman & Secter, 2003
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minutos de hipnose breve para atingir a redução da dor e angústia relatadas pelas
pacientes, não só antes da cirurgia como também depois dela.
A prática de Shenefelt (2003) evidencia que a liberdade de escolha do
paciente ao autodirigir as imagens parece alcançar um maior estado de relaxamento
nos pacientes durante os procedimentos.
Estudos recentes referidos por Vale (2006) apontam para diversos
fenômenos que podem ser removidos ou produzidos com o paciente sob efeito
hipnótico. Segundo o autor, anestesia, analgesia, paralisia, rigidez de músculos e
alterações vasomotoras estão entre as alterações que se podem induzir. A sugestão
produz alterações na consciência e na memória, aumentando o poder de
sugestionabilidade, cujas reações provocam a produção de neurotransmissores
neurais na base de tais fenômenos.
A curto prazo, o autor indica o tratamento da lombalgia associado à
hipnose e a um relaxamento muscular, sendo que após passada a fase da dor, é
aconselhável um tratamento paralelo com outras técnicas, como quiropraxia,
alertando para o fato de que se deve, contudo, preservar a individualidade do
paciente.
Em pacientes esquizofrênicos, a terapêutica recomenda como o melhor
tratamento aquele prescrito com antipsicóticos. Entretanto, mais estudos vêm sendo
conduzidos no sentido de melhora nos quadros destes pacientes com o uso da
prática hipnótica, pois mesmo com o uso de medicamentos, como bem aponta
Johnstone (1998 apud Izquierdo de Santiago, 2008), “[...] entre el 5% y el 15% de las
personas siguen presentando síntomas a pesar del tratamiento con medicación”
(1998, p.2).
Nesta revisão, Izquierdo (2008) observa que existe por parte do governo
um crescente reconhecimento que beneficia as terapias alternativas na Medicina,
pois entende que os tratamentos à base de medicação nem sempre têm sucesso
com a esquizofrenia, indicando que a hipnose merece um estudo mais profundo. Por
esse motivo, segundo ele, é que “Los usuarios, cuidadores y médicos consideran
cada vez más las terapias alternativas para aliviar los sintomas y mejorar la calidad
de vida en la esquizofrenia” (Idem, p. 10).
Estudos feitos com neuroimagens e a utilização concomitante de
sugestões pós-hipnóticas deram conta de maior efetividade em comportamentos
durante a vigília.
90
ATRIBUIÇÕES DO ODONTÓLOGO
Tabela 12 –
Fonte: Conselho Federal de Odontologia
5 METODOLOGIA
Somos aquilo que a linguagem nos permite ser, acreditamos naquilo que ela
permite acreditar, só ela pode fazer-nos acreditar em algo do outro como
familiar, natural ou, pelo contrário, repudiá-lo como estranho, antinatural e
ameaçador (COSTA, 1992, apud BRANT & MINAYO, 2004, p. 215).
Por esta linha de raciocínio, é possível supor então que o intelecto seja
capaz de produzir sintomas, e indo um pouco mais além, estes tanto podem se
verificar de forma positiva quanto negativa, ficando a cargo do crivo crítico do
indivíduo decidir para que lado penderá. Se bem equilibrado sob os aspectos que o
compõem na sua natureza humana, é possível predizer que positivamente.
Entretanto, quando desordens de qualquer espécie estiverem se processando na
mente do indivíduo, sejam estas de natureza física ou somática, a mente humana
certamente operará negativamente.
Assim, ao analisar esta capacidade de acreditar naquilo que deseja, é
possível aproximá-la do que a hipnose se propõe enquanto prática terapêutica: ou
seja, pela palavra, pelo som ou pelo gesto, produzir alterações na percepção do
sujeito, levando-o a modificar comportamentos que se traduzem em sofrimento e
assim devolver-lhe uma qualidade de vida plena, objetivo maior do humano
enquanto ser.
98
7 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BARRA, André Luiz dos Santos et al. Neurofisiologia das emoções. Departamento
de Fisiologia e Biofísica. Instituto de Ciências Biológicas UFMG. Seminário 3 - 29
Out 2008. Disponível em: < http: // www. icb. ufmg. br/fib / neurofib / NeuroMed /
Seminario /Emocoes.htm>. Acesso em 14 mar 2009.
BAUER, Sofia. Hipnose ericksoniana passo a passo. São Paulo: Livro Pleno,
2002.
BRYAN, William J. Jr. MD (s. d.). Acesso books. Ann Arbor, MI: Homenagem a
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Acesso em 26 mar 2009.
104
ANEXOS
ANEXO I
PARTE EXPOSITIVA
PARECER
A hipnose
- Histórico (extraído de trabalho do dr. Mozart Smyth Junior) Com uma grande
variedade de nomes, a hipnose é utilizada por milênios como uma forma de atuar no
comportamento humano. Os antigos egípcios (2.000 a.C.) já utilizavam
106
Este termo foi criado em 1968 pelos professores Miguel Calille Junior e Antônio
Carlos de Moraes Passos, sendo unanimemente considerado por todas as escolas
de hipnose no Brasil.
Esta nomenclatura deveu-se à demanda do Departamento de Hipnologia, numa
analogia com algumas especialidades médicas (Pediatria, Psiquiatria, Foniatria,
Fisiatria, etc.), onde o sufixo latino "iatria", significa cura.
- A Hipnose no mundo
- A hipnose no Brasil
• Aspectos científicos
Distúrbios
- Da ansiedade
- - ansiedade em suas diversas formas
- - estresse
- - fobias
- - síndromes pós-traumáticas
- Depressão
- Alimentares
- do sono
- Sexuais
- Do relacionamento conjugal e familiar
- Da personalidade
Drogadição
Doenças psicossomáticas
111
Disfunções sexuais
1 . A impotência sexual e seu tratamento/ The sexual impotence and its treatment, in
Inf. Psiquiátrico; 14 (3), julho-set. 1995.
2. Influência social. As estratégias Ericksonianas e o fenômeno hipnótico no
tratamento das disfunções sexuais. Stricherz-ME in American Journal of Clinical
Hypnosis. Jan. 1982
Câncer
1 . Impressões sobre o tratamento do câncer pela hipnose. Strosberg-IM in J. Am.
Soc. Psychosom-Dent-Med. 1982.
2 . Controlando os efeitos colaterais da quimioterapia. Redd-WH; Rosenberger-PH;
Hendler-CS in Am. J. Clin Hypn .1982.
3. Dessensibilização hipnótica no tratamento preventivo dos vômitos por
quimioterapia. Hoffman-ML in Am J Hypn. 1982.
Cardiologia
1. A hipnose nos distúrbios cardiovasculares com ênfase na correção da
hiperventilação crônica. Thomas-HM in Act Nerv Super Praha. 1982.
2 . O efeito da hipnose no intervalo RR e na variação da pressão sangüínea. Emdin-
M; Santarcangelo-EL; Picano-E; Raciti-M; Pola-S; Macerata-A; Michelassi-C;
L'Abbate-A from CNR Institute of Clinical Physiology, Pisa, Italy in Clin Sci Colch.
1996.
112
Gastrenterologia [sic]
1. Tratamento hipnoterápico para disfagia. Kopel-KF; Quinn-M from Baylor College
of Medicine, Houston, Texas, USA in Int J Clin Exp Hypn. 1996.
2. O uso da hipnoterapia nos distúrbios gastrointestinais. Francis-CY; Houghton-LA
from Department of Medicine, University Hospital of South Manchester, UK in Eur J
Gastroenterol Hepatol. 1996.
Dependência de drogas
1. O uso de técnicas de sugestão com adolescentes no tratamento da inalação de
cola de sapateiros e abuso de solventes. O'Connor-D in Hum Toxicolo. 1982.
2. Determinantes da sugestão para o tratamento do alcoolismo. Room-R; Bondy-S;
Ferris-J from Research and Development Division, Addiction Research Foundation,
Toronto, Ontario, Canada in Addiction. 1996.
Outras aplicações
1. Auto-relaxamento hipnótico durante procedimentos radiológicos invasivos. Lang-
EV; Joyce-JS; Spigel-D; Hamilton-D; Lee-KK from Department of Veterans Affairs
Medical Center (DVAMC), Palo Alto, Califórnia, USA in Int J Clin Exp Hypn. 1996.
2. Hipnoterapia e verrugas plantares. Relato de casos. Rowe-WS in Aut N Z J
Psychiatry. 1982.
3. Hipnose no tratamento de pacientes com queimaduras severas. Patterson-DR;
Goldberg-ML; Ehde-DM from Department of Rehabilitation Medicine, University of
Washington School of Medicine, USA in Am J Clin Hypn. 1996
4. Hipnoterapia no controle da dor aguda. Hutt-G in Br J Theatre Nurs. 1996.
5. Redução da reação cutânea à histamina após procedimento hipnótico. Laidlaw-
TM; Booth_RJ; Large-RG from Department of Psychiatry and Behavioral Science,
School of Medicine, University of Auckland, New Zeland in Psychosom Med. 1996.
6. Emprego da hipnoterapia em crianças e adolescentes. Chipkevitch, Eugênio in J.
pediatr. Rio de Janeiro. 1992.
7. Hipnoterapia em um caso severo de bruxismo e dor facial. Relato de caso. Vossz,
Ricardo in Odontol. chil. 1986.
8. Considerações sobre técnica de hipnose utilizada em dois casos de amnésia
retrógrada in RBM psiquiatr. 1984.
113
CONCLUSÃO
"Exercer curandeirismo:
I - Prescrevendo, ministrando ou aplicando habitualmente qualquer substância;
II - Usando gestos, palavras ou qualquer outro meio;
III - Fazendo diagnósticos.
É o parecer,
ANEXO II
ANEXO III