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CÓDIGO
DE
TRÂNSITO
BRASILEIRO
SUMÁRIO:
Como se sabe, crime material é aquele que exige resultado, como o homicidio,
o furto, o roubo, o dano, o estupro etc.
Crime formal ou de consumação antecipada é aquele que se consuma
independentemente do resultado. É a extorsão mediante sequestro que se
consuma independentemente de ser pago o resgate. Basta privar de liberdade.
Moeda falsa do art. 289, CP se consuma independentemente de ser colocada
em circulação. Os artigos138, 139, 140 e 147 também são formais.
Nos crimes de trânsito, formais são a fuga de local de acidente e a fraude
processual.
Já os crimes de mera conduta ou de simples atividade são aqueles que se
consumam apenas com a conduta típica, não havendo resultado. A invasão de
domicílio, art.150, é de mera conduta, os omissivos são de mera conduta, as
contravenções penais idem.
No delito de trânsito são 7, são os restantes, como dirigir sem habilitação,
racha, embriaguêz ao volante etc.
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Vedada a distribuição, ainda que gratuita.
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Os crimes de trânsito são ainda de dano ( 302 Homicídio Culposo e 303 Lesão
Corporal Culposa) e de perigo, todos os restantes. Dano é o crime que ofende
um bem jurídico.
O homicidio culposo e a lesão culposa ofendem bens juridicos.Perigo é aquele
crime que se consuma com a possibilidade de causar dano.
No Código Penal temos o incêndio, a periclitação de vida( 132) ,a omissão de
socorro(135), os maus tratos ( 136), o abandono de incapaz( 133).
Discute-se na doutrina se o perigo é abstrato( não precisa ser provado) ou
concreto( precisa ser provado). O tema é controvertido. Fiquemos com a tese
que melhor se coaduna com a Constituição. O perigo é concreto, pois se
compatibiliza com os principios constitucionais da ampla defesa, da legalidade
e da presunção da inocência.Assim, as condutas devem ser provadas.Não
basta, por exemplo, omitir socoro, é necessário que o agente, sem risco
pessoal, deixe de socorrer alguém.
Perdão judicial
Não previsto o perdão nos crimes de trânsito, mas no art.291 diz que aplicam-
se as regras do C.Penal. Com efeito, se alguém for imprudente no trânsito e
acabar ferindo alguém e matando seu próprio filho, caberá o perdão judicial.
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Omissão de socorro-art.304 -pena de 6 meses a 1 ano.-Comete o crime de
omissão ainda que ela seja suprida por 3º, ou vítima com morte
instântanea. Alguns doutrinadores dizem que este paragrafo é
inconstitucional,pois o fato é crime impossível.
É o mesmo que esfaquear um cadaver. Ora, e se a vítima sofrer de catalepsia?
Sem falar na solidariedade humana que deve existir entre as pessoas.
Embriaguêz ao volante, com alteração dada pela lei 12.760/12. As provas são
todas admitidas num processo. A lei determina que a responsabilidade penal
se dará devido a condução anormal do embriagado. Sem isso não há crime.
Mas, e se o condutor dirigir com 6 decigramas de álcool por litro de sangue/
Depende,a prova testemunhal será válida para demonstrar a embriaguêz, o
exame clinico também,video etc. Se ele estiver com voz pastosa, ultrapassar o
semáforo vermelho, andar fazendo zigue zague, responderá pelo crime.
Crimes de perigo abstrato são todas aquelas condutas que não exigem lesão
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concreta a um bem jurídico tutelado nem expõem esse bem a risco real e
imediato. Para a configuração desse crime basta que o comportamento do
agente seja suficiente para provocar, em tese, o resultado danoso que a ordem
jurídica proíbe. É o caso, por exemplo, do porte de arma municiada. O STF já
decidiu que o porte de arma desmuniciada, ou apenas da munição, não
configura crime de perigo abstrato, mas o porte da arma municiada, sim, ainda
que o agente não tenha intenção de ferir ou matar quem quer que seja. Há
perigo real de que o faça num momento de estresse, falso perigo ou tensão,
num acesso de cólera ou de descontrole emocional. Para a tipificação do crime
de perigo abstrato basta o comportamento do agente, e não um ato concreto
de que tenha tido intenção de ferir ou matar. Nos casos de porte irregular de
arma municiada e de embriaguez ao volante há grau elevado de
“potencialidade delitiva”. O crime é de perigo por mera conduta.
Segundo antiga lição muito em moda entre os penalistas, crime é todo fato
típico, antijurídico e culpável. Típico, porque exige a exata coincidência entre o
fato e o contorno teórico previamente definido na lei; antijurídico, porque a
conduta deve afrontar eficazmente um bem jurídico individualmente
considerado ou a ordem jurídica como um todo; e culpável, porque o próprio
art.1º do Código Penal diz que não há crime sem lei anterior que o preveja nem
pena sem prévia cominação legal.
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outrem, e tanto basta para a sua inculpação.
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normal na vida civil; os psicotrópicos; os hipnóticos; os indutores de sono; os
antidepressivos; os ansiolíticos; os moderadores de apetite; os anestésicos e
qualquer tipo de droga que cause dependência; e as drogas ilegais.
A nova lei também retirou do art.306 da Lei nº 9.503/97 a expressão “na via
pública”. Com isso, é crime de perigo abstrato a direção sob efeito de álcool ou
outras drogas em qualquer via, pública ou não.
Outra mudança saudável de paradigmas trazida pela “nova lei seca” está nos
meios de provas da embriaguez ao volante. Até a edição da Lei nº 12.760,
apenas o teste do bafômetro e o exame de sangue eram provas conclusivas de
que o motorista estava dirigindo embriagado. Mas, como o Brasil é signatário
do Pacto de San José da Costa Rica (Decreto nº 678/69), vige no ordenamento
o princípio de que ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo
(Pacto, art.8º, §2º, "g"). Assim, nos delitos de trânsito por embriaguez bastava
ao motorista recusar-se a se submeter ao exame de sangue ou ao bafômetro
para escapar ileso de qualquer penalidade. Agora, não. A nova lei diz,
expressamente, que constituem elementos de prova da embriaguez ao volante
vídeos, relatos, declaração policial, testemunhas e outras provas moralmente
legítimas. O bafômetro e o exame de sangue continuam sendo as provas mais
seguras, mas as provas indiciárias têm o mesmo peso caso o motorista se
recuse a fazer o teste ou o exame de sangue. De fato. O §1º do art.306 diz que
a direção perigosa por embriaguez poderá ser comprovada se houver (1)
concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou
igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar ou (2) sinais
que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade
psicomotora. O §2º diz que a verificação da embriaguez poderá ser obtida
mediante teste de alcoolemia, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal
ou outros meios de prova em direito admitidos, observado o direito à
contraprova. Cabe ao CONTRAN decidir se há equivalência entre distintos
testes de alcoolemia para caracterização desse crime.
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nisso, as multas também foram elevadas de R$ 957,70 para R$ 1.915,40 caso
o motorista seja flagrado dirigindo bêbado ou se recuse a se submeter ao
etilômetro (teste do bafômetro). Esse valor será dobrado (R$3.830,76) se o
motorista bêbado reincidir na direção alcoolizada em um ano contado da
autuação. Além disso, terá o direito de dirigir cassado por um ano.
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CÓDIGO
DE
TRÂNSITO
BRASILEIRO
Lei
nº
9.503/97,
com
alterações
da
Lei
nº
11.705/08
e
Lei
nº
12.760,
de
2012.
Seção I
Disposições Gerais
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Art. 292. A suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a
habilitação para dirigir veículo automotor pode ser imposta como penalidade
principal, isolada ou cumulativamente com outras penalidades.
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§ 1º A multa reparatória não poderá ser superior ao valor do prejuízo
demonstrado no processo.
I - com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de
grave dano patrimonial a terceiros;
Seção II
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obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
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COMENTÁRIOS
5-Objeto material: a conduta recai sobre a pessoa que morre, a vítima da ação
culposa do agente.
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aberto, que necessita de maior análise, pesquisa do intérprete, porque a
conduta culposa não está descrita na lei, mas prevista genericamente no tipo.
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APELAÇÃO IMPROVIDA. (Apelação Crime Nº 70019900919, Segunda
Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: José Antônio Cidade
Pitrez, Julgado em 16/07/2009).
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III - Deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à
vítima do acidente: a agravante somente se aplica ao condutor do veículo que
tenha agido de forma culposa. Caso não tenha atuado com imprudência,
negligência ou imperícia e deixe de prestar socorro à vítima, incidirá no crime
de omissão de socorro (art.304). O art.301 do Código de Trânsito Brasileiro
estabelece que nos casos de acidente de trânsito de que resulte vítima, não se
imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança se o condutor prestar
socorro.
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A autoridade policial não poderá, na análise dos fatos que lhe chegarem ao
conhecimento, fugir do bom senso, da prudência, do respeito às normas que
envolvem o tema, fatores que escaparam do condutor do veículo ao assumir o
risco de produzir um resultado danoso á coletividade. O fato de o agente estar
alcoolizado é, sem dúvida, uma circunstância importante para justificar o dolo
eventual, mas não decisiva. Outros elementos devem ser analisados pela
autoridade como a velocidade imprimida ao veículo, seu modo de dirigir, a
possibilidade de dano a terceiros, o comprometimento da segurança pública
etc. Se tais elementos não forem suficientes para a definição do dolo eventual,
restará ao sujeito responder por crime culposo.
Comentários:
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Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor
do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se
trate de vítima com morte instantânea ou com ferimentos leves.
Comentários:
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também sofrer ferimentos etc.,), deixar de solicitar auxílio da autoridade pública
(policiais, resgate, bombeiros etc.). Tem-se entendido na doutrina que se o
agente não puder prestar socorro imediato à vítima deverá solicitar auxilio á
autoridade pública, caso contrário, incidirá no crime. O condutor não poderá ser
punido na hipótese de terceiro, em melhores condições, se oferecer para
ajudar ou socorrer a vítima. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou
proposta do Congresso Nacional que determinava a prisão em flagrante de
motoristas alcoolizados que estivessem prestando socorro às vítimas de
acidentes. Com o veto, a orientação não se altera: em caso de acidente, o
condutor de veículo, mesmo alcoolizado, que parar e prestar socorro não será
preso em flagrante (art.301 do CTB). As razões do veto governamental foram
simples: a vítima ficaria em segundo plano, ademais, nenhum motorista
prestaria socorro ciente de sua prisão.
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instantaneamente torna-se ilógico, asseguram, exigir que o condutor do veículo
preste socorro. Mas, por outro lado, como saber se a vítima teve um desmaio
com o choque ou sofre de catalepsia? Como mensurar se ela está realmente
morta? Ademais, se isso não valer, deverá sempre existir o respeito aos mortos
que não podem simplesmente ser abandonados ou tratados como coisa
destituída de qualquer valor ético-jurídico. Dai a importância de prestar socorro,
de ser solidário com o próximo. O motivo de tal inclusão normativa deve-se a
fato ocorrido em Brasília envolvendo o filho de um Ministro de Estado que após
atropelar a vítima, negou-se a socorrê-la, alegando que ela já estava morta.
Comentários:
2-Sujeito ativo: somente pode ser cometido pelo condutor do veículo envolvido
no acidente e que foge do local.
6-Tipo objetivo: a conduta típica, punida com pena de detenção de seis meses
a um ano, ou multa, consiste em afastar-se o condutor do veículo do local do
acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser
atribuída. Assim, não haverá crime se o condutor que se afastar do local não
atuar com culpa, pois se não contribuiu culposamente para o acidente, não
poderá ser punido. É preciso, pois, provar que foi o responsável pelo evento.
Alguns acórdãos afirmam ser inaceitável se impor a alguém que permaneça no
local do crime para se auto acusar, submetendo-se às consequências penais e
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civis decorrentes do ato que provocou. A Quinta Câmara Criminal do Tribunal
de Justiça de Minas Gerais, no julgamento da AP. Crim. nº 1.032.04.008035-
3/001, deixou de aplicar o disposto no artigo 305 do Código de Trânsito
Brasileiro por entender ser o mesmo inconstitucional. A doutrina também
questiona a constitucionalidade do dispositivo. Guilherme Nucci, por todos,
entende que o delito é inconstitucional, pois contraria frontalmente o princípio
de que ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo. Qualquer agente
criminoso pode fugir á responsabilidade, exceto o autor de delito de trânsito.
Logo, cremos inaplicável o art. 305 da lei 9.503/97(Leis Penais e Processuais
Comentadas, pág., 1116). Na verdade, permanecer no local do crime e
aguardar a responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída é obrigar
a se auto acusar. A simples fuga, em nosso sentir, não constitui crime, mas,
por outro lado, é a pior prova que o condutor do veículo pode produzir contra
ele. Assim, trilhamos pela inconstitucionalidade do tipo em comento, haja vista
ser o único a prever punição a quem foge de um local de acidente. Se o autor
de um homicídio doloso não tem a obrigação de ficar no local dos fatos, como
exigir essa conduta daquele que se envolveu num acidente de trânsito? É o
princípio do "nemo tenetur se detegere" , também conhecido como princípio da
não autoincriminação. O texto teve em mira, porém, coibir os motoristas que
fogem á responsabilidade civil ou criminal e possibilitar sua posterior
responsabilização.
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CF/88 - INCIDENTE DE INSCONSTITUCIONALIDADE - ARGÜIÇÃO AO
TRIBUNAL PLENO (CF/88, ART. 97; CPCP, ART. 481 E RITJSC, ART. 161).
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9-Tentativa: a conduta típica pode perfeitamente ser fracionada. Ocorrerá, por
exemplo, quando o condutor for surpreendido pela autoridade no momento em
que está se afastando do local do acidente.
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(Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012).
Comentários:
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6-Tipo objetivo: a conduta típica punida com detenção de seis meses a três
anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação
para dirigir veículo automotor, consiste em conduzir veículo automotor com
capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra
substância psicoativa que determine dependência. As condutas previstas no
caput serão constatadas por: I - concentração igual ou superior a 6 decigramas
de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por
litro de ar alveolar; ou II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo
Contran, alteração da capacidade psicomotora. As provas da infração poderão
ser obtidas mediante teste de alcoolemia, exame clínico, perícia, vídeo, prova
testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos, observado o direito
à contraprova.
Tem-se entendido nos dias que correm que o uso do bafômetro e a coleta de
sangue, antes utilizados como meio de prova contra o infrator alcoolizado,
tornaram-se, agora, diante da nova lei, poderosos instrumentos de defesa do
averiguado, servindo para definir sua não responsabilidade penal. Assim, o
novo tipo penal exige para a comprovação material do delito de embriaguez ao
volante que o agente conduza veículo automotor em via pública ou não, com
capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra
substância psicoativa que determine dependência. O texto faz alusão não
apenas ao exame sanguíneo e ao teste em aparelho de ar alveolar pulmonar
(etilômetro), mas também a todas as provas lícitas admitidas num processo
comum.
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8-Consumação: crime instantâneo que se consuma no momento em que o
agente dirige o veículo com capacidade psicomotora alterada em razão da
influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine
dependência.
Comentários:
2-Sujeito ativo: crime próprio, pois só pode ser praticado por quem foi suspenso
ou proibido de dirigir veículo automotor. O prazo da suspensão ou proibição
varia de dois meses a cinco anos (art.293).
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habilitação para dirigir veículo automotor. Não se exige o dolo específico, nem
se prevê a forma culposa.
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5- Objeto jurídico: a incolumidade pública.
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STJ-PENAL E PROCESSUAL PENAL. RECURSO ESPECIAL.
HOMICÍDIOS. "RACHA”. PRONÚNCIA. DESCLASSIFICAÇÃO
PRETENDIDA. I – É de ser reconhecido o prequestionamento quando a
questão, objeto da irresignação rara, foi debatida no acórdão recorrido. II
– Se plausível, portanto, a ocorrência do dolo eventual, o evento lesivo -
no caso, duas mortes - deve ser submetido ao Tribunal do Júri.
Inocorrência de negativa de vigência aos arts. 308 do CTB e 2º, parágrafo
único do C. Penal. III – Não se pode generalizar a exclusão do dolo
eventual em delitos praticados no trânsito. Na hipótese de "racha", em se
tratando de pronúncia, a desclassificação da modalidade dolosa de
homicídio para a culposa deve ser calcada em prova por demais sólida.
No iudicium accusationis, inclusive, a eventual dúvida não favorece os
acusados, incidindo, aí, a regra exposta na velha parêmia in dubio pro
societate. IV – O dolo eventual, na prática, não é extraído da mente do
autor, mas, isto sim, das circunstâncias. Nele, não se exige que resultado
seja aceito como tal, o que seria adequado ao dolo direto, mas isto sim,
que a aceitação se mostre no plano do possível, provável. V – O tráfego é
atividade própria de risco permitido. O "racha", no entanto, é – em
princípio – anomalia extrema que escapa dos limites próprios da atividade
regulamentada. Recurso não conhecido. REsp 249604 / SP RECURSO
ESPECIAL-2000/0019028-4 Relator Ministro FELIX FISCHER - Órgão
julgador-STJ- T5 - QUINTA TURMA Data do julgamento 24/09/2002 DJ
21/10/2002 p. 381RDR vol. 24 p. 375RDR vol. 32 p. 418 RJADCOAS vol. 42
p.551 RT vol. 810 p. 573.
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I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que
determine dependência;
Comentários:
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encontra-se na expressão sem a devida permissão para dirigir ou habilitação,
ou ainda cassado o direito de dirigir.
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comunidade. Acórdãos existem, todavia, que entendem que o crime de
embriaguez, por ser mais grave, absorve o delito em estudo.
Comentários:
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Não são raros os casos constatados nas saídas de baladas em S.Paulo.
Embora parte da doutrina afirme tratar-se de crime formal, que se consuma
independentemente do resultado, que é o comprometimento da segurança
viária, entendemos que o delito é de mera conduta. Basta, portanto, a entrega
da direção para apresentar-se consumado. Além disso, o crime é de perigo, ou
seja, consuma-se com a simples possibilidade de causar dano ao bem jurídico
alheio. Mas, e se a entrega das chaves resultar em acidente com morte?
Poderemos ou não caracterizar a conduta como homicídio com dolo eventual?
Não seria o mesmo que dirigir embriagado e produzir um grave acidente?
Responde, em nosso sentir, pela conduta criminosa.
Embora não tenhamos descoberto a roda, todos sabemos que não se deve
entregar a direção de um veículo a quem não esteja em condições normais de
dirigi-lo. Devemos impedir ou assumir a sua direção. E quando não assumimos
e acontece um acidente, também somos responsáveis.
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anotados nos quais a pessoa que recebe o veículo é surpreendida pela polícia
antes de dirigi-lo, configuram, salvo melhor apreciação, atos preparatórios.
Gianpaolo Poggio Smanio, porém, admite a tentativa, dando o exemplo de
terceiro que quando vai movimentar o carro, é interrompido (Legislação Penal
Especial, Ed. Atlas, pág., 229).
Comentários:
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velocidade permitida, não autoriza o motorista que por ela transite exercer a
velocidade que achar pertinente.
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9- Tentativa: não é admitida, pois se trata de crime unissubsistente e de mera
conduta. Ninguém tenta dirigir em velocidade incompatível... Ocorrendo morte
ou lesão corporal culposa, o tipo em estudo restará absorvido.
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Com efeito, retirar placas de sinalização, trocar o pneu careca, mudar a
posição do carro, apagar manchas de sangue, esconder bebidas alcoólicas etc.
a fim de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz são exemplos que
configuram o delito.
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