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SUMÁRIO

1 FINALIDADE ..............................................................................................................4
2 ÂMBITO DE APLICAÇÃO ..........................................................................................4
3 TERMINOLOGIA ........................................................................................................4
3.1 Falta ........................................................................................................................4
3.2 Curto-circuito ..........................................................................................................4
3.3 Corrente de Curto-circuito ......................................................................................4
3.4 Sobrecorrente .........................................................................................................4
3.5 Coordenação ..........................................................................................................4
3.6 Seqüência de Operação .........................................................................................5
3.7 Seletividade ............................................................................................................5
3.8 Zona de Proteção ...................................................................................................5
3.9 Capacidade Nominal ..............................................................................................5
3.10 Capacidade de Interrupção ou Abertura.............................................................5
3.11 Característica de Operação ................................................................................5
3.12 Tempo de Religamento.......................................................................................5
3.13 Tempo de Rearme ..............................................................................................5
4 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DA CPFL ..................................................................5
5 TIPOS DE FALTAS ....................................................................................................6
6 FENÔMENOS A SEREM OBSERVADOS NOS ESTUDOS DE PROTEÇÃO..........7
6.1 Cálculo das Correntes de Curto-circuito ................................................................7
6.2 Correntes de "Inrush" .............................................................................................8
6.2.1 Física do Fenômeno........................................................................................8
6.2.2 Cálculo da Corrente de "Inrush"....................................................................10
7 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO CONTRA SOBRECORRENTE ......................11
7.1 Chave Fusível/Elo Fusível....................................................................................12
7.1.1 Escolha dos Pontos de Instalação ................................................................12
7.1.2 Dimensionamento da Chave Fusível e do Elo Fusível .................................12
7.2 Disjuntores e Relés...............................................................................................15
7.2.1 Operação do Disjuntor ..................................................................................16
7.2.2 Dimensionamento dos Disjuntores e Transformadores de Corrente............17
7.2.3 Ajustes dos Relés..........................................................................................18
7.3 Religadores...........................................................................................................23
7.3.1 Dimensionamento dos Religadores ..............................................................24
7.3.2 Ajustes dos Religadores................................................................................25
7.4 Seccionalizadores.................................................................................................28
7.4.1 Funcionamento do Seccionalizador ..............................................................29
7.4.2 Instalação de Seccionalizadores...................................................................30
7.4.3 Ajustes do Seccionalizador ...........................................................................31
7.4.4 Acessórios .....................................................................................................31
8 COORDENAÇÃO E SELETIVIDADE DA PROTEÇÃO ...........................................32

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8.1 Seletividade entre Elos Fusíveis ..........................................................................32


8.2 Seletividade Relé-Elo Fusível...............................................................................33
8.3 Coordenação Relé-Religador ...............................................................................35
8.3.1 Condições para Obtenção da Coordenação.................................................36
8.3.2 Escolha da Curva Temporizada do Relé ......................................................36
8.4 Coordenação Religador - Elo Fusível ..................................................................37
8.5 Coordenação Religador-Seccionalizador-Elo Fusível..........................................39
8.6 Coordenação e Seletividade Religador-Religador ...............................................41
9 PROTEÇÃO DO TRANSFORMADOR DE DISTRIBUIÇÃO ...................................43
10 ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO ESTUDO DE PROTEÇÃO ..........................46
10.1 Escolha dos Alimentadores a Serem Estudados .............................................46
10.2 Coleta de Dados ...............................................................................................46
10.3 Cálculo de Curto-circuito...................................................................................46
10.4 Escolha dos Ajustes de Proteção .....................................................................46
10.5 Documentação ..................................................................................................47
11 EXEMPLO DE UM ESTUDO DE PROTEÇÃO........................................................47
11.1 Cálculos de curto-circuito em alguns pontos do alimentador...........................47
11.2 Dados da SE .....................................................................................................48
11.3 Dimensionamento dos Elos Fusíveis................................................................48
11.4 Ajustes do Religador do Ponto 1 ......................................................................51
11.5 Verificação do Dimensionamento do TC do Disjuntor......................................52
11.6 Ajuste do "TAP" da Unidade Temporizada do Relé de Fase ...........................53
11.7 Ajuste do "TAP" da Unidade Instantânea do Relé de Fase .............................54
11.8 Ajuste do "TAP" da Unidade Temporizada do Relé de Terra...........................54
11.9 Ajuste do "TAP" da Unidade Instantânea do Relé de Terra.............................55
11.10 Escolha das Curvas de Atuação das Unidades Temporizadas dos Relés de
Fase e de Terra............................................................................................................55
11.10.1 Curva da Unidade Temporizada do Relé de Fase ....................................55
11.10.2 Curva da Unidade Temporizada do Relé de Terra ...................................56
11.11 Resumo dos Ajustes .........................................................................................59
ANEXO I – COMPONENTES SIMÉTRICAS...................................................................61
ANEXO II – VALORES "POR UNIDADE" (PU) DE ELEMENTOS DE UM CIRCUITO
TRIFÁSICO......................................................................................................................64
ANEXO III – FÓRMULAS PARA CÁLCULOS DAS CORRENTES DE CURTO-
CIRCUITO .......................................................................................................................65
ANEXO IV – CARACTERÍSTICAS E IMPEDÂNCIAS DE SEQÜÊNCIAS DOS CABOS
UTILIZADOS PELA CPFL– PAULISTA ..........................................................................68
ANEXO V – CARACTERÍSTICAS E IMPEDÂNCIAS DE SEQÜÊNCIAS DOS CABOS
UTILIZADOS PELA CPFL– PIRATININGA.....................................................................78
ANEXO VI – CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO ASSIMÉTRICA ...............................81
ANEXO VII – CURVAS T x I DOS ELOS FUSÍVEIS TIPO "K" .......................................84
ANEXO VIII – CÁLCULO DO FATOR DE SEGURANÇA A SER UTILIZADO NO
AJUSTE DA PROTEÇÃO DE FASE ...............................................................................85
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ANEXO IX – CURVA TEMPO X CORRENTE PARA INÍCIO DE RECOZIMENTO DOS


CABOS DE ALUMÍNIO....................................................................................................86
ANEXO X – INTEGRAÇÃO RELÉ-RELIGADOR............................................................88
ANEXO XI – CURTO-CIRCUITO NO LADO BT DO TRANSFORMADOR ....................98
ANEXO XII – RELIGADORES TIPO KF DA MCGRAW-EDISON ................................103
ANEXO XIII – RELIGADORES TIPOS OYT-250 E OYT-400 DA REYROLLE ............112
ANEXO XIV – RELIGADORES TIPO SEV-280 DA WESTINGHOUSE .......................116
ANEXO XV – RELIGADOR TIPO PMR-1-15 DA BRUSH SWITCHGEAR ..................121
ANEXO XVI – RELIGADOR TIPO PMR-3 DA BRUSH SWITCHGEAR.......................135
ANEXO XVII – SECCIONALIZADORES TIPO GN3-E DA MCGRAW-EDISON ..........146
ANEXO XVIII – SECCIONALIZADOR TIPO OYS DA REYROLLE ..............................150
ANEXO XIX ...................................................................................................................153

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1 FINALIDADE
Esta norma estabelece critérios e práticas a serem observados nos estudos de
proteção para a escolha, dimensionamento e localização dos equipamentos de
proteção contra sobrecorrente na rede de distribuição aérea da CPFL – Paulista e
CPFL – Piratininga, prevendo critérios para ajustes dos equipamentos de proteção
instalados nas saídas dos alimentadores de distribuição das subestações.

2 ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Departamento de Engenharia e Planejamento;


Departamento de Serviço de Rede Sudeste, Nordeste, Noroeste, Oeste e Baixada
Santista;
Departamento de Gestão de Ativos Sudeste, Nordeste, Noroeste e Piratininga.

3 TERMINOLOGIA
Além dos termos comumente utilizados na área de proteção, são definidos a seguir
alguns termos utilizados nesta norma, visando maior clareza.
3.1 Falta
Termo que se aplica a todo fenômeno acidental que impede o funcionamento de
um sistema ou equipamento elétrico.
Por exemplo: isolador perfurado numa linha elétrica em funcionamento poderá ser
falta no sistema em conseqüência da falha de isolação.
3.2 Curto-circuito
Ligação intencional ou acidental entre dois ou mais pontos de um circuito, através
de impedância desprezível.
3.3 Corrente de Curto-circuito
Sobrecorrente que resulta de um curto-circuito.
3.4 Sobrecorrente
Intensidade de corrente superior à máxima permitida para um sistema,
equipamento ou para um componente elétrico.
3.5 Coordenação
Ato ou efeito de dispor dois ou mais equipamentos de proteção em série segundo
certa ordem, de forma a atuarem em uma seqüência de operação pré-
estabelecida.

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3.6 Seqüência de Operação


Sucessão de desligamentos e religamentos de um equipamento na tentativa de
eliminar faltas de natureza transitória, sem prejuízo da continuidade de serviço.
Se a falta persistir a interrupção do fornecimento deverá ser feita pelo
equipamento mais próximo do ponto com problemas.
3.7 Seletividade
Capacidade do equipamento de proteção mais próximo da falta de antecipar,
sempre, a atuação do equipamento de retaguarda, independente da natureza da
falta ser transitória ou permanente.
3.8 Zona de Proteção
É o trecho da rede protegido por um dispositivo de proteção, sendo calculada a
partir do curto-circuito fase-terra.
3.9 Capacidade Nominal
É o valor da corrente que um equipamento ou circuito pode conduzir sem que o
aumento de temperatura provoque danos ao equipamento ou à outros materiais
vizinhos.
3.10 Capacidade de Interrupção ou Abertura
É a maior corrente que um equipamento pode interromper sem sofrer danos.
3.11 Característica de Operação
Curva tempo x corrente em que um religador, relé ou outro dispositivo de proteção
operará.
3.12 Tempo de Religamento
É o tempo entre uma abertura e um fechamento automáticos de um equipamento
de proteção.
3.13 Tempo de Rearme
- de um relé: é o tempo que um relé demora para voltar à posição de repouso
após a sua atuação, para uma dada curva.
- de um religador: é o tempo que o religador demora após uma seqüência de
operações (completa ou incompleta) para retornar à contagem zero.
- de um seccionalizador: é o tempo em que o seccionalizador perderá todas as
contagens e voltará à contagem zero.

4 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DA CPFL


A CPFL possui dois tipos de sistemas primários de distribuição:
- Sistema primário a 3 fios com neutro de BT contínuo e multiaterrado.
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- Sistema primário a 3 fios.


4.1 primeiro sistema é aplicado na zona urbana e, normalmente, o neutro é interligado
à malha terra da SE, onde o neutro do transformador é solidamente aterrado.
Na rede aérea de distribuição urbana verificam-se duas situações:
- O sistema apresenta uma densidade de carga alta e por isso possui grande
número de alimentadores de pequena extensão;
- O sistema apresenta uma densidade de carga baixa e por isso possui poucos
alimentadores de razoável extensão.
Independentemente da carga e da extensão, quando a rede estiver em operação
normal todos os trechos deverão ter alguma forma de proteção.
Como a maioria dos alimentadores tem alguma flexibilidade quanto à
transferência de carga, os vários arranjos possíveis devem ser considerados no
projeto de proteção, de modo que não haja nenhuma condição sem proteção.
4.2 O segundo sistema é aplicado na zona rural, onde a rede de distribuição pode
atender, ou não, pequenas localidades. Este sistema pode iniciar-se de um
sistema a 3 fios com neutro contínuo e multiaterrado ou de uma SE localizada na
zona rural. O sistema é essencialmente radial sem recurso, devido à baixa
densidade de carga. Sua extensão chega a dezenas de quilômetros e pode
atender pequenas cidades ao longo do seu traçado. Por sua própria condição
está exposta às ações da natureza com maior rigor do que a rede urbana.
Independentemente da extensão todos os trechos deverão ter alguma forma de
proteção.
4.3 Os transformadores na rede de distribuição são trifásicos e possuem conexões no
lado AT em delta e no lado BT em estrela com o neutro aterrado. Na rede de
distribuição rural também é permitida a aplicação de transformadores que não os
trifásicos, desde que a conexão no lado AT seja entre fases e no lado da BT a
derivação central seja aterrada.
4.4 As tensões básicas existentes são: 11,9 ou 13,8 kV para a rede primária e
220/127V para a rede secundária, com exceção das cidades de Lins e Piratininga,
que possuem tensão secundária de 380/220V.

5 TIPOS DE FALTAS
Quanto à sua duração as faltas podem ser classificadas em faltas transitórias e
faltas permanentes.
5.1 Faltas transitórias são aquelas em que havendo a operação de um equipamento
de proteção desaparece a causa do defeito e o circuito funciona normalmente
após religado.
As causas mais comuns de defeitos transitórios são:
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- Descargas atmosféricas
- Contatos momentâneos entre condutores
- Abertura de arco elétrico
- Materiais sem isolação adequada
A literatura nos informa que cerca de 80% das faltas que ocorrem nas redes de
distribuição são faltas transitórias.
5.2 Faltas permanentes são aquelas em que é necessária a intervenção do homem
para que se corrija o defeito causador da interrupção antes de se religar o
equipamento operado.
Eventualmente, uma falta do tipo transitória pode se transformar em uma falta do
tipo permanente caso não haja uma operação adequada dos equipamentos de
proteção.

6 FENÔMENOS A SEREM OBSERVADOS NOS ESTUDOS DE PROTEÇÃO


6.1 Cálculo das Correntes de Curto-circuito
As fórmulas para o cálculo do curto-circuito estão listadas no anexo III.
Os valores de curto-circuito poderão ser calculados manualmente ou através de
programas computacionais escritos para esse fim. O anexo IV traz um programa
para o cálculo das correntes de curto-circuito. Outros programas, como por
exemplo o desenvolvido no Departamento de Planejamento, poderão ser usados,
à critério do projetista.
O Anexo V mostra tabelas contendo as impedâncias de seqüência positiva e zero
que deverão ser usadas nos cálculos das correntes de curto-circuito. Na falta de
outras informações utilize as impedâncias de seqüência zero para resistividade do
solo igual à 600 ohms. metro.
As seguintes observações devem ser levadas em consideração no cálculo das
correntes de curto-circuito:
- Os valores das correntes para os curtos-circuitos trifásicos e bifásicos serão
calculados como valores máximos, ou seja, a impedância de contato será
zero.
- As correntes de curto-circuito fase-terra deverão ser calculadas com
impedância de contato igual à zero (curto-circuito fase-terra máximo), que será
usada para dimensionamento de equipamentos, e com impedância de contato
igual à 40 ohms (curto-circuito fase-terra mínimo), que será usado para as
verificações de coordenação e seletividade entre os dispositivos.
Deve-se observar que o valor calculado com 40 ohms não será usado para o
ajuste dos "pick-ups" dos dispositivos de proteção de terra, uma vez que o
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valor da corrente do curto-circuito, quando ocorrem faltas de alta impedância,


pode ser muito menor que o calculado.
O valor a ser ajustado para os dispositivos de proteção de terra, será o menor
valor oferecido pelo dispositivo.
- Deve-se calcular o curto-circuito simétrico e o assimétrico. Caso seja possível
deve-se calcular o curto-circuito assimétrico com a relação x/r do ponto onde o
curto estiver sendo calculado. Se o valor de x/r não for conhecido pode-se
usar 1,35 como fator de assimetria, para curto-circuitos até 2 ou 3 km da S/E;
para pontos mais distantes o valor do fator de assimetria será 1. O Anexo VI
traz o método para o cálculo das correntes de curto-circuito assimétricas.
6.2 Correntes de "Inrush"
Um fenômeno transitório, característico da corrente de magnetização de
transformadores é o alto surto de corrente observado ocasionalmente quando um
transformador é energizado. Isto pode causar uma queda momentânea da tensão
se a impedância da fonte for considerável, e também pode causar a atuação de
equipamentos de proteção contra sobrecorrentes, se esses forem ajustados com
valores muito baixos. A este surto de corrente chamamos "Inrush" (palavra inglesa
que significa surto).
6.2.1 Física do Fenômeno
Se um transformador pudesse ser energizado no instante em que o valor da
onda de tensão correspondesse ao fluxo magnético real do núcleo nesse
instante, a energização seria uma suave continuação da operação anterior, sem
que ocorresse um transiente magnético. Mas na prática, o instante do
chaveamento não está sob controle e assim um transiente magnético é
praticamente inevitável.
Quando um transformador é desenergizado, a corrente de magnetização segue
o laço de histerese até o zero, e a densidade de fluxo segue para um valor
residual Br (veja figura 1). A figura 1 mostra a onda de corrente de magnetização
I1 e da densidade de fluxo B1 definitivamente interrompida no instante marcado
pela primeira linha vertical tracejada, na qual a corrente passou pelo zero, com o
fluxo em um valor residual Br. Se o transformador não fosse desenergizado as
ondas de corrente e de densidade de fluxo teriam seguido as curvas tracejadas,
mas com o transformador sendo desenergizado, elas seguem as linhas sólidas
horizontais I2 e B2, a corrente em zero e a densidade de fluxo em +Br.

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FIGURA 1 - Densidade de fluxo residual e corrente de "Inrush"


Para ilustrar o fenômeno do "Inrush" sob condições que levarão ao transiente
máximo, assumiremos que o circuito é restabelecido no instante indicado pela
segunda linha tracejada vertical quando a densidade de fluxo estaria
normalmente em seu máximo valor negativo (-Bmax). Desde que o fluxo
magnético não pode ser criado ou destruído instantaneamente, a onda de fluxo
ao invés de partir com seu valor normal (-Bmax no caso presente) e crescer
seguindo a curva tracejada, parte do final de B2, com valor residual +Br e traça a
curva B3. A curva B3 é uma curva senoidal deslocada ao invés da característica
de saturação do circuito, porque, com uma tensão senoidal aplicada, a força
contra eletro-motriz e, portanto, a onda de fluxo tem de ser senoidais. A
saturação modifica não o fluxo, mas apenas a corrente de magnetização
necessária para produzir o fluxo.
A onda de corrente, correspondente à onda de densidade de fluxo B3, é
mostrada como I3. O valor teórico máximo da curva B3 é Br+2Bmax, e, se o
transformador for desenhado para uma densidade de fluxo econômico Bmax, a
crista de B3 produzirá super saturação no circuito magnético e produzirá uma
crista muito grande na corrente de magnetização.
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Deve-se lembrar que a onda de densidade de fluxo controla a corrente e não a


corrente controla a densidade de fluxo.
6.2.2 Cálculo da Corrente de "Inrush"
O cálculo da corrente de "inrush" é extremamente complicado e impreciso.
Complicado devido à necessidade de se calcular graficamente a densidade de
fluxo para valores altos de densidade, o que nem sempre é possível, devido à
indisponibilidade de laços de histerese para esses valores. E impreciso, porque
laços de histerese obtidos com valores médios não são exatamente aplicáveis a
cada transformador em particular.
Levando-se em conta a dificuldade de cálculo e a aleatoriedade de valor da
corrente de "inrush" (ela depende do exato instante da energização do
transformador e do valor da densidade de fluxo residual em cada transformador),
foram desenvolvidos meios práticos para o cálculo da corrente de "inrush"
provável.
O método utilizado pela CPFL leva em conta o número de transformadores que
serão energizados pelo fechamento de um dispositivo.
A tabela 1 fornece um coeficiente a ser multiplicado pela corrente nominal do
grupo de transformadores que serão energizados, em função do tamanho do
grupo. A aplicação desta tabela fornecerá a corrente de "inrush" esperada em
um tempo de 0,1s.

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Tabela 1 - Fator de multiplicação para se determinar


a corrente de "inrush" em 0,1 s
Número de
Fator de multiplicação
transformadores
1 12,0
2 8,3
3 7,6
4 7,2
5 6,8
6 6,6
7 6,4
8 6,3
9 6,2
10 6,1
>10 6,0
Por exemplo, se um grupo composto por 3 transformadores de 15kVA mais 3
transformadores de 30kVA forem energizados pelo fechamento de uma chave, a
corrente de "inrush" esperada será calculada conforme segue:
kVA = 3 × 15 + 3 × 3 = 135
n = 6
135
In = = 5,65 A
3 × 13,8
da tabela, para n=6 o coeficiente é 6,6
I INRUSH = 6,6 × 5,65 = 37,3 A
Um outro ponto que merece observação é que a corrente de "inrush" não pode
ser maior que a corrente de curto-circuito trifásico para qualquer ponto. Portanto,
se o cálculo indicar que a corrente de "inrush" será maior que a corrente do
curto-circuito trifásico, considere a corrente de "inrush" igual à corrente de curto-
circuito.

7 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO CONTRA SOBRECORRENTE


Neste capítulo serão abordados os principais equipamentos de proteção utilizados
pela CPFL.
Os equipamentos utilizados são os seguintes:
- Chave Fusível/Elo fusível
- Disjuntor/Relé
- Religador

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- Seccionalizador
7.1 Chave Fusível/Elo Fusível
A chave fusível é o dispositivo mais empregado em saídas de ramais, devido ao
seu baixo custo. São padronizadas para 100A de capacidade nominal e os
cartuchos devem ter capacidade de interrupção superior à máxima corrente de
curto-circuito disponível no ponto de instalação. A CPFL somente usa cartuchos
com capacidade de interrupção de 10kA assimétrico (7100A simétrico).
Quando usadas com lâminas desligadoras as chaves fusíveis podem transportar
até 300A.
7.1.1 Escolha dos Pontos de Instalação
Ao escolher o ponto de instalação das chaves fusíveis os seguintes cuidados
devem ser tomados:
- na rede rural, a instalação deverá ser sempre em local de fácil acesso.
- o número de chaves fusíveis em série não deverá ultrapassar a quatro,
incluindo a chave de entrada do consumidor. O fator que determinará o número
exato será o da seletividade entre os elos fusíveis, que será visto mais adiante.
- instalar chaves fusíveis somente em ramais com mais de 3 transformadores ou
mais de 300m.
Excluem-se dessas recomendações as chaves fusíveis das entradas dos
consumidores, que devem atender as normas técnicas específicas, e as chaves
fusíveis diretas (sem elos fusíveis).
NOTA 1: A instalação de chaves fusíveis, com elos, em pontos com alta corrente
de carga deve ser analisado criteriosamente uma vez que a queima de um elo
fusível interromperá uma carga significativa.
NOTA 2: A quantidade de elos fusíveis instalados deve ser a menor possível, de
maneira à se evitar queimas por defeito transitório.
Na zona protegida pela unidade instantânea dos relés dos alimentadores, deve-
se evitar o uso de elos fusíveis, pois, com defeitos transitórios, haveria a queima
de elo e ainda uma operação automático do disjuntor.
Os elos fusíveis empregados nas chaves fusíveis são do tipo K e as curvas
tempo x corrente de interrupção estão definidas na NBR-5359. As capacidades
nominais usadas pela CPFL são10A, 15A, 25A, 40A e 65A. O anexo VII
reproduz as curvas tempo x corrente dos elos usados pela CPFL.
7.1.2 Dimensionamento da Chave Fusível e do Elo Fusível
Para se evitar queimas desnecessárias ocasionadas pela passagem de
correntes de surto, provocadas por descargas atmosféricas, além da

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necessidade de coordenação com elos fusíveis de transformadores, o menor elo


fusível à ser usado na rede de distribuição será o elo 10K na zona rural e o elo
15K na zona urbana. O elo 10K será usado, normalmente, na saída de ramais
rurais particulares.
O dimensionamento da chave fusível e do elo fusível deve obedecer os
seguintes critérios:
a) a capacidade de interrupção do porta fusível deve ser maior que a corrente de
curto-circuito trifásico (simétrico e assimétrico) do ponto de instalação.
b) a corrente nominal do elo fusível deve ser maior que a corrente de carga
prevista para o horizonte do estudo (3 a 5 anos).
I ELO > KF × I CARGA
onde:
I ELO é a corrente nominal do elo fusível
KF é o fato de crescimento da carga, dado por:
n
⎛ % ⎞
KF = ⎜1 + ⎟
⎝ 100 ⎠
% é o fator de crescimento anual
n é o numero de anos para o horizonte do estudo
I CARGA é a corrente de carga máxima atual passante no ponto de instalação ,
já levando-se em consideração as manobras.
c) O elo fusível deve ser capaz de suportar a corrente de "inrush" do momento
de energização do circuito.
I 0,13 > I INRUSH

onde:
I 0,13
é a corrente de fusão do elo para o tempo de 0,13s
I INRUSH
é a corrente de “inrush” esperada.
A tabela 2 mostra os valores máximos da corrente de "inrush" para cada elo
fusível usado pela CPFL.
d) A corrente para o tempo de 300 s na curva de tempo máximo de interrupção
deve ser menor que a menor corrente de curto-circuito fase-terra mínima do
trecho onde o elo fusível é a proteção de retaguarda. Isto não sendo possível,

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deve-se assegurar que o elo fundirá pelo menos para a menor corrente de
curto-circuito fase-terra mínima do trecho sob proteção deste elo.

I 300
< IccFT min

Onde:

I é a corrente em 300 s na curva de tempo máximo de interrupção


300

Icc é a corrente de curto-circuito fase-terra mínima de trecho onde o elo


FT min
é a proteção de retaguarda
A tabela 2 mostra os valores de corrente para a fusão do elo em 300s
e) Deve-se escolher o menor elo fusível que atenda às condições anteriores e
que atenda ainda os requisitos de coordenação e seletividade com outros
equipamentos instalados à jusante ou montante.
Tabela 2 - Correntes de carga máxima, correntes de curto-circuito
fase-terra mínimo e correntes de "inrush" máxima para o uso de
elos fusíveis de distribuição
Elo Corrente de Corrente de curto-circuito Corrente De
carga máxima (A) Ft Mínima I300 (A) “Inrush” Máxima
I0,13 (A)
10K 10 23 110
15K 15 37 190
25K 25 60 315
40K 40 85 510
65K 65 150 800
Exemplo:
Dimensionar a chave e o elo fusível à serem instalados em um local com as
seguintes condições:
- Corrente de carga no 5º ano = 13A
- Potência instalada à frente da chave 645 kVA (IINRUSH = 162A em 0,1s)
Corrente de curto No ponto de No final do
circuito simétricas instalação trecho
Icc30 (A) 1200 650
Icc20 (A) 1040 562
IccFT (A) 400 300
IccFTMIN (A) 160 120

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a) como a corrente de curto-circuito do ponto de instalação é menor que a


capacidade de interrupção da chave de 100A (7100A simétrico), pode-se
instalar uma chave fusível neste ponto.
b) elos capazes de suportar a corrente de carga até o horizonte do estudo:
15K, 25K, 40K e 65K
c) elos capazes de suportar a corrente de "inrush"
15K, 25K, 40K e 65K
d) elos capazes de fundir com a corrente de curto-circuito fase-terra mínima do
final do trecho:
10K, 15K, 25K e 40K
e) os elos que atendem todos os requisitos anteriores são os elos 15K, 25K e
40K, portanto utilizaremos o elo 15K, já que neste exemplo não existem
outros equipamentos com os quais fazer coordenação ou seletividade.
7.2 Disjuntores e Relés
Um dos equipamentos de proteção usados nas saídas dos alimentadores é o
disjuntor comandado por relés de sobrecorrente de fase (50/51) e neutro
(50N/51N) com religamento automático feito através de relé de religamento.
Os relés de sobrecorrente usados para a proteção de fase e terra são
eletromecânicos, possuindo uma unidade instantânea e uma unidade
temporizada. A unidade temporizada possui curva à tempo dependente, podendo
ser extremamente inverso, muito inverso ou normal inverso.
Além do relé eletromecânico, recentemente, a CPFL passou à usar relés estáticos
(eletrônicos) para a proteção de terra. Os relés estáticos permitem que se ajuste
um valor baixo para o "pick-up" de terra, objetivando desligar o alimentador nas
ocorrências de faltas à terra de alta impedância. Atualmente os relés estáticos são
usados junto com os relés eletromecânicos, de maneira que na região de
operação comum aos dois dispositivos, um serve de "back up" para o outro.
A detecção de faltas à terra de alta impedância, que não podem ser detectadas
pela função 51N, deverá ser realizada pela proteção de sobrecorrente de terra
sensível (função 51GS), a ser ajustada com uma corrente de “pick-up” tão baixa
quanto possível; porém, observando-se os desequilíbrios naturais de corrente
produzidos pelas cargas. Portanto, a função 51GS deverá ser instalada na saída
de todos os alimentadores de média tensão de classe 15 kV e 24,2 kV.
Os relés são ligados aos alimentadores através de TCs de capacidades
adequadas, sendo que os relés para a proteção de terra são ligados no esquema
residual. A figura 2 mostra a ligação dos TCs e dos relés na ligação usual na
CPFL.

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FIGURA 2 - Ligação dos TC’s e Relés de Fase e Terra


7.2.1 Operação do Disjuntor
Quando um relé é sensibilizado por uma corrente de defeito, este relé acionará o
disjuntor, após o tempo especificado pela sua curva característica. O disjuntor
abrirá o circuito interrompendo a corrente de defeito. Após a passagem de um
período de tempo igual ao primeiro intervalo de religamento, o relé de
religamento fechará o disjuntor. Se a corrente de defeito não mais existir, o
disjuntor permanecerá fechado. Caso a corrente de defeito ainda exista, o relé
de sobrecorrente tornará a acionar a abertura do disjuntor, então, o relé de
religamento esperará pelo segundo intervalo de religamento e fechará
novamente o disjuntor. Uma vez mais, se a corrente de defeito continuar, o relé
de sobrecorrente abrirá o disjuntor, entretanto, após esta terceira abertura, o
disjuntor permanecerá aberto até a intervenção de um operador. A figura 3
mostra as correntes durante um ciclo completo de operações de um disjuntor.
Esta sequência de desligamentos e religamentos fará com que o sistema
continue ligado após a ocorrência e eliminação de defeitos transitórios, sem que
seja necessária a intervenção de eletricistas e operadores para a sua operação.
Normalmente, os intervalos de religamentos usados até hoje na CPFL eram de
5s para o primeiro religamento e de 60s para o segundo religamento, entretanto
esses valores estão sendo mudados para 5s e 30s para o primeiro e segundo
intervalo respectivamente. Estes valores são definidos por órgãos da Diretoria de
Operação.

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FIGURA 3 - Operação do Disjuntor


7.2.2 Dimensionamento dos Disjuntores e Transformadores de Corrente
Os disjuntores são dimensionados para suportar a corrente nominal e para
interromper a corrente de curto-circuito máxima de seu ponto de instalação.
O dimensionamento inicial e o acompanhamento da mudança dos níveis de
curto-circuito é feita pelos setores competentes da Diretoria de Operação e,
portanto, não precisamos nos preocupar com esse dimensionamento.
Os transformadores de corrente (TC) também são dimensionados pelos setores
competentes da Diretoria de Operação, entretanto, quando definirmos os ajustes
do disjuntor devemos estar atento para a corrente nominal e a máxima corrente
de curto-circuito que o TC pode transportar sem sofrer saturação. A saturação
faz com que a corrente do secundário não seja proporcional à corrente do
primário podendo até mesmo fazer com que a corrente do secundário tenha
longos períodos de zero, o que impediria o relé de operar.
Os TCs usados na CPFL tem fator térmico igual à 1,2, o que significa que ele
pode transportar continuadamente 20% acima da corrente nominal. Assim um
TC com relação 600-5 pode conduzir 720A primários, enquanto que um TC com
relação 400-5 transporta 480A.

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O fator de sobrecorrente indica qual é a corrente que pode ser transportada, por
curtos períodos, pelo TC, com sua carga nominal, sem que este venha a saturar.
Para se saber qual a máxima corrente que o TC transporta sem saturar, basta
multiplicar o fator de sobrecorrente pela corrente nominal; assim um TC de
relação 600-5 e fator de sobrecorrente 15 não saturará para correntes menores
que 9000A, enquanto que um TC de relação 300-5 e fator de sobrecorrente igual
a 20 não saturará para correntes menores que 6000A. Os TCs usados na CPFL
têm normalmente um fator de sobrecorrente igual a 20.
7.2.3 Ajustes dos Relés
O esquema de proteção com o uso de relés pode ser visualizado na figura 4. As
unidades temporizadas e instantâneas terão as suas próprias faixas de atuação,
sendo que a quantidade de operações para bloqueio do disjuntor será a mesma,
independente de que unidade do relé operar.

FIGURA 4 - Zonas de Proteção das Unidades Instantânea e Temporizada


7.2.3.1 Tap da unidade temporizada de fase
O relé de fase deve ser ajustado para que o alimentador transporte a sua
corrente de carga mais as correntes de manobra que se fizerem necessárias.
Além disso, o relé deverá operar para a menor corrente de curto-circuito
bifásico do trecho sob proteção do disjuntor.
Para atender a essas duas condições o "tap" do relé deve ser calculado da
seguinte forma:
I CARGA × KF
a) Tap IF =
RTC
Onde:
Tap IF é o “tap da unidade temporizada de fase;

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I CARGA é a corrente de carga do alimentador somada com as correntes


necessárias para permitir manobras. De maneira geral I CARGA será de 1,5 à
2 vezes a corrente atual do alimentador.
KF é o fator de aumento da carga para o horizonte de estudo.
RTC é a relação de transformação de corrente do TC.
Icc2 F min
b) Tap <
FS × FI × RTC
onde:
Icc2 F min é o menor curto-circuito bifásico do trecho protegido pelo disjuntor

FS é um fator de segurança que leva em consideração erros envolvidos no


cálculo das correntes de curto-circuito, erros da RTC e erros do relé. Esse
fator deve estar na faixa de 1,5 à 2. Para uma discussão detalhada desse
valor veja o anexo VIII.
FI é o fator de início da curva do relé, definida pelo fabricante. Como os
fabricantes definem as curvas dos relés à partir de 1,5 ou 2 vezes o “tap”,
FI será normalmente 1,5 ou 2.
c) Sempre que possível o "tap" deve ser escolhido para proteger os cabos da
saída do alimentador contra possíveis sobrecargas. O anexo IX mostra a
curva de recozimento para os vários cabos usados pela CPFL.
d) O "tap" escolhido deve atender as condições "a" e "b" acima e devem
permitir a coordenação com outros dispositivos instalados na rede. Nem
sempre será possível atender o item "b" para curto-circuito até no final do
alimentador. Se isto ocorrer, deverá ser instalado um outro dispositivo para
proteger o trecho que estiver fora do alcance do relé de fase da SE.
7.2.3.2 Curva da Unidade Temporizada de Fase
A fim de evitar os efeitos nocivos das altas correntes de curto-circuito, a curva
da unidade temporizada de fase deve ser a mais baixa possível, desde que
permita a coordenação e seletividade do relé com outros equipamentos de
proteção, instalados na rede de distribuição. Isto é, inicialmente escolhe-se a
menor curva disponível para o relé a ser usado e então deve- se verificar a
coordenação e seletividade com outros dispositivos, conforme será visto mais
adiante. Se esta curva permitir a coordenação e seletividade, ela será a
escolhida, caso contrário escolhe-se uma curva mais lenta e repete-se o
processo.
Sempre que possível a curva deve proteger o cabo de saída do alimentador e
outros equipamentos de danos causados por sobrecargas.
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7.2.3.3 "Tap" da unidade instantânea de relé de fase.


O "tap" da unidade instantânea do relé de fase deverá ser ajustado de acordo
com a área de atuação desejada. Não há uma regra específica para a escolha
da área de atuação, que dependerá muito das condições de cada alimentador,
no entanto, a fim de auxiliar a escolha, deve-se levar em consideração que a
unidade instantânea pode auxiliar na investigação de defeitos que provoquem a
abertura do disjuntor do alimentador, através da sinalização da unidade
acionada. Isto está relacionado ao fato de que a corrente de curto-circuito é
inversamente proporcional à distância da SE ao ponto com defeito e que,
devido ao modelo de proteção adotado, as correntes maiores acionarão a
unidade instantânea. Portanto, se a unidade operada for a unidade instantânea,
então o defeito deve estar mais próximo da subestação.
Em vista do exposto, é conveniente que a zona de atuação da unidade
instantânea seja delimitada por uma chave de manobra, posicionada
estrategicamente no trecho intermediário do alimentador ou na divisa entre a
zona urbana e a zona rural, em geral distante de 1 a 3 km da subestação.
Uma vez escolhida qual a zona de atuação da unidade instantânea, o seu "tap"
deverá ser escolhido como segue:
a) a unidade instantânea não deverá atuar com acorrente de magnetização
dos transformadores instalados no alimentador, sob pena do disjuntor
bloquear desnecessariamente, logo:
I INRUSH 6 × In
TAPIF > = (para mais de 10 transformadores)
RTC RTC
TAPIF é o “tap” da unidade instantânea de fase
I INRUSH é o valor da corrente de “inrush” de todos os transformadores do
alimentador
In é a soma das correntes nominais de todos os transformadores do
alimentador
RTC é a relação de transformação de corrente do TC
b) a unidade instantânea não deverá operar para defeitos fora de sua zona de
proteção.
Icc2 Fass
TAPIF >
RTC
onde:
Icc2 Fass
é a corrente de curto-circuito bifásico assimétrica no limite da zona
de proteção da unidade instantânea.
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7.2.3.4 Tap da Unidade Temporizada de Terra (eletromecânico)


Como não existe corrente circulante pela terra ou pelo neutro primários em
condições normais de operação, o "tap" da unidade temporizada de terra deve
ser o menor "tap" oferecido pelo relé. Para os relés eletromecânicos esse "tap"
é 0,5. Mesmo assim, devemos verificar que a relação abaixo se verifique:
IccFT min
TapTT <
RTC × FI
Onde:
TapTT é o “tap” da unidade temporizada de terra
IccFT min é a corrente de curto-circuito fase-terra, calculada com uma
impedância de contato de 40 Ω, do final do trecho protegido pelo disjuntor
FI é o fator de início da curva.
7.2.3.5 Curva da Unidade Temporizada de Terra
Como no caso do relé de fase, a primeira curva a ser experimentada é a curva
mais rápida oferecida pelo relé. Caso essa curva não apresente problemas de
coordenação e seletividade com outros equipamentos então ela deve ser
usada, caso contrário, escolhe-se uma curva mais lenta e repete-se o
processo.
Alguns relés fornecem curvas muito rápidas que não permitem uma boa
seletividade com elos fusíveis, como será visto adiante. Evite usar essas
curvas muito rápidas.
7.2.3.6 Tap da Unidade Instantânea do Relé de Terra (eletromecânico)
A zona de atuação da unidade instantânea do relé de terra deve ser a mesma
que a da unidade instantânea do relé de fase, sendo assim o limite da zona de
atuação já está definido.
O “tap” da unidade instantânea de terra é calculado como segue :
Icc FTass
Tap IT >
RTC
onde:
Tap IT é o “tap” da unidade instantânea de terra
Icc FTass é a corrente de curto-circuito fase-terra assimétrica calculada com uma
impedância de contato igual a zero.
RTC é a relação de transformação de corrente do TC.

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7.2.3.7 Tap da Unidade Temporizada de Terra (estático)


A utilização de relés estáticos (eletrônicos) na proteção de terra permite que o
disjuntor opere com correntes de fuga à terra mais baixas que com os relés
convencionais, diminuindo assim o risco de acidentes no caso de condutores
caídos ao solo.
Como um compromisso entre a segurança e a continuidade de serviço deve-se
usar "taps" que possibilitem correntes de "pick-up" entre 8 e 12A. Assim:
I PE
TapTE =
RTC
Onde:
TapPE é o “tap” do relé estático de terra
I PE é a corrente de “pick-up” esperada (entre 8 A e 12 A)
RTC é a relação de transformação de corrente.
Os relés estáticos usados pela CPFL não possuem unidade instantânea, já que
esta existe no relé eletromecânico.
7.2.3.8 Curva da Unidade Temporizada de Terra (estático)
Como normalmente o "pick-up" do relé estático é baixo, deve-se ajustar curvas
com alguma temporização para permitir a coordenação e seletividade com
outros equipamentos de proteção, especialmente com elos fusíveis.
Recomenda-se utilizar uma curva com tempo de atuação de aproximadamente
6,0s no início da curva.
A figura 5 mostra as curvas dos relés de fase e terra, assim como a curva de
um relé estático.

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FIGURA 5 - Ajustes de relés


7.3 Religadores
Os religadores são usados tanto para a proteção da saída de alimentadores,
como para a proteção de linhas, ao longo do alimentador.
Da mesma forma que os disjuntores, os religadores possuem unidades para
proteção de fase e terra independentes.
As curvas dos religadores possuem características a tempo dependente
extremamente inversa, muito inversa ou normal inversa para fase e terra, exceto
as unidades de terra dos religadores Reyrolle OYT-250 ou OYT-400 e o Mcgraw-
Edison tipo KF que possuem curvas de tempo definido.
O religador possui duas curvas: uma rápida e uma temporizada. A característica
de operação do religador permite que ambas as curvas sejam usadas em uma
seqüência de aberturas e religamentos de maneira que o religador opere na curva
rápida durante as primeiras operações e opere na curva lenta nas últimas
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operações antes do bloqueio. Devido a isso o melhor emprego para o religador é


evitar que faltas de natureza transitória queimem elos fusíveis. A figura 6 mostra
as curvas de fase e terra de um religador. Note que as curvas rápida e
temporizada cobrem a mesma faixa de corrente.
Quando uma unidade de proteção do religador é sensibilizada por uma corrente
de defeito e após transcorrido o tempo especificado na sua curva característica de
operação, o religador operará, abrindo o circuito.

FIGURA 6 - Ajustes de um religador


Após a passagem do tempo especificado para o religamento, o religador tornará a
fechar. Se a corrente de defeito não estiver mais presente, o religador contará um
tempo de rearme e voltará a sua condição inicial. Caso a corrente de defeito ainda
exista, o religador tornará a operar. Após o religador efetuar o número de
aberturas ajustado em sua programação, ele permanecerá aberto, exigindo a
presença de um eletricista para a sua operação.
7.3.1 Dimensionamento dos Religadores
Assim como os disjuntores, os religadores devem ser dimensionados para
suportarem a corrente nominal e para interromperem a corrente de curto-circuito
máxima do seu ponto de instalação. Portanto, quando um religador for projetado
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para ser instalado em um determinado ponto do circuito, devemos verificar a


corrente passante por esse ponto e o valor do curto- circuito trifásico desse
ponto.
As tabelas 3 e 4 mostram a capacidade de condução e a capacidade de
interrupcão dos religadores utilizados na CPFL.
Tabela 3 - Capacidade de condução e de interrupção dos religadores de SE
Capacidade de
Tipo Corrente nominal (A) interrupção (A)
(simétrico)
RE 400 4000
WE 560 10000
R 400 4000
W 560 10000
OYT-400 400 6750
Tabela 4 - Capacidade de condução e de interrupção dos religadores de linha
Capacidade de
Corrente
Marca Tipo interrupção (A)
nominal (A)
(simétrico
MCGRAW-EDISON KF 280 *
REYROLLE OYT-250 250 **
REYROLLE OYT-400 400 **
WESTINGHOUSE SEV-280 280 6000
BRUSH PMR1-15 400 6000
BRUSH PMR3-15 560 6000
* veja anexo XII
** veja anexo XIII
7.3.2 Ajustes dos Religadores
Existem religadores de várias marcas e modelos, sendo que cada um deles
possui opções de ajustes diferentes. Neste item serão vistos os ajustes comuns
para todos os religadores. Para ver os ajustes e opções disponíveis para cada
modelo veja os anexos XII, XIII, XIV, XV e XVI.
7.3.2.1 Ajuste do "Pick-up" de Fase
O ajuste do "pick-up" de fase deve obedecer os seguintes critérios:
a) Para o caso dos religadores com bobina série (OYT e KF, e os de
subestação).
In > KF × I CARGA ou I PF > 2 × KF × I CARGA
Onde:

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In é a corrente nominal da bobina série


KF é o fator de crescimento da carga no horizonte do estudo
I CARGA é a corrente máxima passante no ponto de instalação, já levando-se
em consideração as manobras
I PF é a corrente de “pick-up” do religador
O número “2” que aparece na fórmula de I PF é porque, para esses
religadores, I PF = 2 × In
b) para os religadores com relés eletrônicos (SEV-280, PMR1-15 e PMR3-15)
I PF > KF × I CARGA
Onde:
I PF é a corrente de “pick-up” do religador

KF é o fator de crescimento da carga no horizonte do estudo


I CARGA é a corrente máxima passante no ponto de instalação, já levando-se
em consideração as manobras
c) Além disso para os dois tipos de religadores, o "pick-up" deverá ser menor
que a corrente de curto-circuito bifásico, dividida por FS, do final do trecho
onde se deseja que haja coordenação e seletividade entre o religador e
outros dispositivos de proteção.
Icc2 F min
I PF <
FS
Onde:
Icc2 F min é o menor curto-circuito bifásico do trecho protegido pelo religador

FS é o mesmo fator de segurança usado no ajuste do “pick-up”dos relés


de fase.
7.3.2.2 Ajuste das Curvas de Fase
a) curva rápida
Normalmente existe uma única curva rápida de fase, portanto não há nenhuma
escolha a ser feita. Entretanto, os religadores SEV-280 possuem várias curvas
rápidas. Neste caso, sempre que possível escolher a mais rápida entre elas,
porque isso permitirá uma coordenação maior com elos fusíveis.

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Os religadores PMR1-15 e PMR3-15 possuem somente uma curva rápida à


qual é possível somar-se tempos definidos. Sempre que possível deve-se
evitar somar qualquer tempo às curvas originais, pelo mesmo motivo de
escolhermos a curva mais rápida nos religadores SEV-280.
b) curva temporizada
Alguns religadores possuem poucas curvas temporizadas, enquanto outros
possuem uma gama muito variada de curvas. Entretanto, qualquer que seja o
caso, deve-se dar preferência à curva lenta mais próxima da curva rápida,
desde que isso não prejudique a coordenação e seletividade com outros
dispositivos.
7.3.2.3 Ajuste do "Pick-up" de Terra
Como no sistema da CPFL não existem correntes para terra em condições
normais de serviço, o ajuste da corrente do "pick-up" de terra deve ser o menor
possível. Em religadores que possuem ajuste de 5A este deve ser o ajuste
preferencial se a rede estiver em boas condições e o religador não operar
exageradamente. Caso o religador opere muito, pode-se colocar o "pick-up" de
terra em 10A. Entretanto, caso o religador continue operando, deve-se dar
manutenção na linha e não aumentar ainda mais o "pick-up" de terra.
Nos religadores tipo PMR1-15 e PMR3-15 deve-se ajustar o "pick-up" da UST
nos valores acima, e as curvas inversas podem, então, ser ajustadas em 20A,
30A ou qualquer outro valor necessário.
7.3.2.4 Ajuste das Curvas de Terra
Valem os mesmos comentários feitos para o ajuste das curvas de fase,
observando ainda que nos religadores que possuem curvas à tempo definido
deve-se evitar usar tempos de operação maiores que 3s.
7.3.2.5 Seqüência de Operação
Todos os religadores podem efetuar até 4 desligamentos, podendo ter todas as
operações temporizadas; todas as operações rápidas; ou um número escolhido
de operações rápidas, seguindo por uma outra quantidade escolhida de
operações temporizadas.
Deve-se, preferencialmente, escolher uma seqüência de operações com duas
operações rápidas e duas operações temporizadas, para se diminuir a
quantidade de queimas de elos fusíveis, durante defeitos transitórios.
A figura 7 mostra as correntes durante a operação de um religador com uma
seqüência de duas operações rápidas e duas temporizadas.

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7.3.2.6 Correntes de "Inrush" e Ajuste do Religador


As curvas temporizadas dos religadores são geralmente insensíveis às
correntes de "inrush", devido, principalmente, à possuírem tempos maiores que
0,1s para as correntes de "inrush" esperadas no seu ponto de instalação.
As curvas rápidas possuem tempos inferiores à 0,1s e, portanto, podem ser
sensíveis às correntes de "inrush", se o "pick-up" de fase do religador for menor
que a corrente de "inrush" esperada. A simples retirada da curva rápida evitaria
a operação do religador, devido a corrente de "inrush", mas isso também
impediria o religador de realizar a sua função principal. Uma maneira de se
diminuir o número de operações, devido às correntes de "inrush", quando o
problema se apresentar, é usar uma única operação rápida para o religador.

FIGURA 7 - Seqüência de operação de um religador


7.4 Seccionalizadores
O seccionalizador, apesar de ser considerado um equipamento de proteção
automático, é sempre instalado após um outro equipamento de proteção
automático (religador ou disjuntor) e dentro da zona de proteção deste último
equipamento, como mostrado na figura 8.
O seccionalizador não é capaz de interromper correntes de curto-circuito, embora
possa interromper correntes até a sua capacidade nominal. O seccionalizador
pode ser fechado mesmo em condições de curto-circuito (veja tabela 5).

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FIGURA 8 - Zonas de proteção do seccionalizador e do religador


7.4.1 Funcionamento do Seccionalizador
O funcionamento do seccionalizador pode ser resumido no seguinte:
a) quando circula pelo seccionalizador uma corrente de curto-circuito, o
seccionalizador é sensibilizado e se prepara para contar.
b) esta corrente também sensibilizará o equipamento de retaguarda, que abrirá
o circuito. O seccionalizador notará a abertura do equipamento de
retaguarda devido à queda da corrente para valores abaixo do seu valor de
disparo e contará a operação do equipamento.
c) após o tempo determinado, o equipamento de retaguarda fechará o circuito.
Se o defeito persistir, o processo se repetirá até que o seccionalizador
acumule a quantidade de contagem ajustada. Então, durante o tempo em
que o equipamento de retaguarda estiver aberto, o seccionalizador abrirá os
seus contatos principais.
Quando o equipamento de retaguarda religar, o trecho com defeito estará
isolado e o resto da rede funcionará normalmente.
A figura 9 mostra as correntes durante a seqüência de operações de um
equipamento de proteção de retaguarda e a abertura de um seccionalizador.

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FIGURA 9 - Operação de seccionalizador


7.4.2 Instalação de Seccionalizadores
O seccionalizador pode ser instalado:
- Em pontos da rede onde a corrente é muito alta para a utilização de elos
fusíveis.
- Em pontos onde a coordenação com elos fusíveis não é suficiente para o
objetivo pretendido.
- Em ramais longos e problemáticos.
- Após consumidores que podem suportar as operações dos religadores, mas
não suportam longas interrupções, no caso do bloqueio do religador.
Um seccionalizador, quando instalado em substituição à uma chave fusível,
apresenta as seguintes vantagens:
a) coordenação efetiva em toda a faixa comum com religador de retaguarda.
b) interrompe as 3 fases simultaneamente.
c) pode ser usado como chave de manobra sob carga.
d) ajustes independentes para operação de fase e de terra.
Para a instalação do seccionalizador deve-se ainda observar:
- A corrente de curto-circuito trifásica (simétrica ou assimétrica) disponível no
ponto de instalação deve ser menor que a capacidade suportável da bobina ou
sensor de corrente do seccionalizador (veja Anexos XVII e XVIII).

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- Toda a zona de proteção do seccionalizador deve estar contida na zona de


proteção do equipamento de retaguarda.
7.4.3 Ajustes do Seccionalizador
O seccionalizador possui unidades independentes para operações por fase e por
terra. Ambas as unidades devem ser ajustadas para operarem com no máximo
80% dos respectivos ajustes do equipamento de retaguarda. Deve-se observar
que no caso dos seccionalizadores OYS da Reyrolle a corrente de atuação é de
1,6 vezes a corrente nominal da bobina.
Um outro ajuste nos seccionalizadores é o número de contagens para abertura.
Este ajuste deve ser feito igual a uma operação à menos que o equipamento de
retaguarda ou menor.
Tabela 5 - capacidade suportável de corrente dos seccionalizadores
Capacidade suportável de
Tipo Sensor fase Sensor terra corrente ( a)
10s 1s Momentânea
Bobina série
resistor 600 200 10000
20-30-35
Bobina série
resistor 1290 3640 10000
50
OYS
Bobina série
resistor 1510 4690 10000
75
Bobina série
resistor 1860 5940 10000
100
GN3E resistor resistor 1600 5700 9000
7.4.4 Acessórios
Os seccionalizadores podem ter os seguintes acessórios opcionais:
- Restritor de tensão: Dispositivo que não permite a contagem enquanto houver
tensão na linha. É indicado para permitir que a seqüência de operações do
religador de retaguarda possa ter duas operações rápidas e duas
temporizadas. Nenhum seccionalizador usado pela CPFL possui este
acessório.
- Restritor de corrente: Dispositivo que não permite a contagem enquanto
houver corrente passando pelo seccionalizador. O seccionalizador OYS não
possui este dispositivo, enquanto que ele é parte integrante do seccionalizador
GN3E, sendo que o dispositivo impede a contagem se a corrente for maior que
3,5A.
- Restritor de corrente de "inrush": Dispositivo que não permite a contagem
quando a corrente for transitória de magnetização dos transformadores e de

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cargas indutivas. Os seccionalizadores usados pela CPFL não possuem este


acessório.

8 COORDENAÇÃO E SELETIVIDADE DA PROTEÇÃO


A existência de equipamentos dotados de religamentos automáticos requer que
eles estejam coordenados entre si e com outros equipamentos de proteção, de
acordo com uma seqüência de operações preestabelecida. O termo coordenação
será empregado nesta norma, conforme definido no item 3.5, quando estiverem
envolvidos equipamentos que dispuserem de duas curvas de atuação
consecutivas, com bloqueio automático, após uma seqüência de operações. O
termo seletividade será usado nos casos onde somente equipamentos com uma
única curva de operação, tais como fusíveis e disjuntores, forem utilizados.
O objetivo da coordenação é evitar que faltas transitórias causem a operação de
dispositivos de proteção que não tenham religamentos automáticos e que, no caso
de defeitos permanentes, a menor quantidade possível da rede fique desligada;
enquanto o objetivo da seletividade é fazer com que o equipamento de proteção
mais próximo ao defeito opere, independente da falta ser transitória ou
permanente.
O estudo da coordenação e da seletividade é feito pela superposição das curvas
característica tempo x corrente dos diversos equipamentos no gráfico bi-log, com o
objetivo de definir as temporizações mais adequadas para cada equipamento. As
correntes de atuação deverão ser aquelas definidas usando-se os critérios
estabelecidos no capítulo 7.
A coordenação ou seletividade entre os equipamentos de proteção deverão ser
obtidas dentro da faixa de corrente comum aos equipamentos que se pretende
fazer a coordenação ou seletividade.
8.1 Seletividade entre Elos Fusíveis
A seletividade entre dois elos fusíveis em série é garantida se o tempo de
interrupção do elo fusível protetor (o que está instalado mais longe da SE e que
deverá queimar em caso de defeito) for no máximo 75% do tempo mínimo de
fusão do elo protegido (aquele mais próximo à SE e que não deverá queimar). A
figura 10 ilustra o conceito de elo fusível protetor e protegido. As tabelas 6 e 7
mostram as correntes máximas para coordenação obedecendo este critério entre
elos fusíveis tipo K e H e entre elos fusíveis tipo K.

Figura 10 - Elos fusíveis protegido e protetor

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Tabela 6 - correntes máximas para seletividade entre elos K e H

Elo fusível Elo fusível protegido


protetor 10 K 15 K 25 K 40 K 65K
1H 100 200 400 650 1000
2H 40 180 350 650 1000
3H 40 180 350 650 1000
5H 40 180 350 650 1000

Tabela 7 - Correntes máximas para seletividade entre elos tipo K

Elo fusível Elo fusível protegido


protetor 10 K 15 K 25 K 40 K 65K
6K 90 230 420 700 1200
10K - 130 370 700 1200
15K - - 220 640 1200
25K - - - 350 1100
40K - - - - 700
8.2 Seletividade Relé-Elo Fusível
A característica de operação dos disjuntores na CPFL não permite que os
mesmos tenham uma seqüência de operação de maneira a evitar a queima do elo
fusível, mesmo para faltas de natureza transitória, por isso só nos preocuparemos
com a seletividade entre o relé e o elo fusível.
Para haver seletividade entre o relé do alimentador e o elo fusível é necessário
que o elo fusível interrompa a corrente de defeito antes que o relé opere. Para
garantirmos que isso aconteça, o tempo de interrupção máximo do elo fusível
deverá ser no máximo 75% do tempo de atuação da unidade temporizada do relé
para as correntes no trecho comum.
Para a verificação da seletividade com a unidade instantânea, consideraremos o
tempo de interrupção do disjuntor, igual à 8 ciclos (0,133s) independente do valor
da corrente. Portanto, para haver seletividade, o fusível deverá fundir-se com
tempos inferiores à 0,133s para correntes acima do "pick-up" da unidade
instantânea, caso contrário haverá a atuação do disjuntor e não a queima do elo.
Para as correntes de curto-circuito bifásico, a seletividade deverá ser verificada
entre a curva de interrupção máxima do elo e a curva temporizada do relé, para
valores de corrente entre o valor de curto-circuito no ponto de instalação do elo
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até a metade da corrente de curto-circuito do final do trecho protegido pelo elo.


Como a curva do relé de fase é maior que a curva do elo fusível, possivelmente,
não haverá problemas de seletividade entre a curva temporizada do relé e o elo
fusível.
Para as correntes de curto-circuito fase-terra, a seletividade deverá ser verificada
para as correntes de curto-circuito mínimo, isto é, aquelas calculadas com uma
resistência de falta de 40 ohms, tanto para o ponto de instalação da chave fusível,
como para o ponto final do trecho protegido pelo fusível. Também aqui, a
seletividade deverá ser verificada entre a curva de interrupção máxima do fusível
e a curva temporizada do relé.
Caso não se consiga obter uma boa seletividade para a proteção de fase e para a
proteção de terra simultaneamente, deve-se dar preferência à seletividade para a
proteção de terra, já que a grande maioria dos defeitos em nossa rede são fase-
terra.
Exemplo: Dado o circuito de rede urbana mostrado na figura 11 e os ajustes dos
relés definir a capacidade do elo tipo K mais indicado para atender as condições
de seletividade.

Figura 11 - Seletividade entre relés e elos fusíveis - exemplo

Ajustes fornecidos
Relé de fase Relé de neutro
Tap temporizado 5A 0,5 A
Curva 0,1 0,2
Tap instantâneo 51 A 13 A
Múltiplo 2 2
RTC = 400/5
Solução: Levantando-se as curvas dos relés e dos elos fusíveis, como na figura
12, observamos que para IccFT = 177A os elos que atendem às condições de
seletividade e de carga é o elo de 15K.
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Figura 12 - Seletividade entre relés e elos fusíveis - exemplo


8.3 Coordenação Relé-Religador
Quando um religador de linha está instalado dentro da zona de proteção de um
disjuntor, como na figura 13, deve-se garantir que os relés de fase ou terra que
comandam o disjuntor não venham a operar enquanto o religador realiza a sua
seqüência de operação, até que a falta seja extinta ou até que o religador
bloqueie. Para se evitar a operação do disjuntor, deve-se escolher as curvas de
operação dos relés - assumindo-se que as curvas de operação de fase e terra do

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religador já estejam definidas - levando-se em conta a integração devido ao


tempo de religamento do religador e o tempo de rearme dos relés.

Figura 13 - Coordenação relé-religador


8.3.1 Condições para Obtenção da Coordenação
As seguintes condições devem ser observadas para se obter uma coordenação
satisfatória:
8.3.1.1 As correntes de "pick-up" do religador deverão ser menores que as
correntes de "pick-up" dos respectivos relés de fase ou terra.
8.3.1.2 A soma dos avanços relativos do contato móvel do relé, devido aos
religamentos do religador, deve ser inferior ao avanço total para a atuação do
relé, independentemente da corrente de curto-circuito na zona de proteção
mútua. Esta soma pode ser obtida utilizando-se o método descrito no anexo X.
8.3.2 Escolha da Curva Temporizada do Relé
Como uma primeira aproximação para a curva temporizada do relé pode-se
escolher a curva que permita que, para o ponto mais crítico da zona de proteção
mútua:
t RELIG
< 0,35
t RELÉ
onde:
t RELIG é o tempo que o religador levará para atuar para a corrente crítica, nas
operações temporizadas
t RELÉ é o tempo que o relé levará para atuar para a corrente crítica
Ponto crítico: Ponto de gráfico tempo x corrente correspondente à maior
aproximação entre a curva temporizada de religador e a curva de relé.
Corrente crítica: É a corrente do ponto crítico.
Uma vez escolhida esta curva, calcula-se o tempo de integração entre o relé e o
religador. Caso a soma do avanço do contato móvel esteja próximo, mas ainda
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abaixo de 100%, adota-se, então, esta curva como ajuste para o relé. Caso a
soma esteja muito abaixo de 100% escolhe-se, então, uma curva mais rápida
para o relé e repete-se o processo até que a soma dos avanços relativos para
uma curva esteja próximo a 100%.
Este método deve ser usado para se definir as curvas temporizadas para os relés
de fase e de terra. A aplicação do método permitirá a escolha da curva
temporizada mais rápida que tenha coordenação com o religador.
Para exemplo de cálculo veja o anexo X.
8.4 Coordenação Religador - Elo Fusível
A coordenação entre um religador e um elo fusível é satisfatória quando o fusível
não fundir enquanto o religador realiza as suas operações rápidas, mas fundir
durante a primeira operação temporizada do religador. Logicamente o religador
deve estar ajustado para operar na curva rápida e a seguir na curva temporizada.
Como a CPFL só usa elos fusíveis no lado carga dos religadores, somente
verificaremos a coordenação para este caso. O uso de elos fusíveis no lado fonte
do religador (isto é entre a subestação e o religador) não é permitido, visto que a
queima de um elo fusível de uma fase que alimenta a bobina de fechamento do
religador faria com que, durante tentativas de religamento, a bobina de
fechamento fosse submetida à uma subtensão, e o religador não fecharia,
fazendo tentativas seguidas de religamento que poderiam queimar a bobina de
fechamento.
8.4.1 A maior corrente em que ocorre a coordenação entre o elo fusível e o religador é
obtida do cruzamento da curva de fusão mínima do elo fusível com a curva
rápida do religador, multiplicada por um fator K. Este fator K é um fator de
segurança no caso em que a seqüência de operações do religador tiver uma
operação rápida, e um fator de segurança mais um fator que leva em conta o
aquecimento do elo fusível quando a seqüência de operações tiver duas
operações rápidas. A tabela 8 mostra o fator K para religadores operando com
uma ou duas operações rápidas e para vários tempos de religamento.

TABELA 8 - Fator K de multiplicação da curva rápida do religador


com elo fusível do lado da carga.
Tempo de Duas operações
Um operação rápida
religamento rápidas
< 0,5s 1,25 1,8
< 0,5s e < 5,0s 1,25 1,35

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8.4.2 A menor corrente em que ocorre a coordenação é obtida do cruzamento da


curva de interrupção máxima do elo fusível e da curva temporizada do religador
multiplicada por 0,9, para levar em conta os possíveis erros da curva do
religador.
8.4.3 A coordenação entre o religador e o elo fusível deverá ser verificada para os
valores de curto- circuito fase-terra mínimo do trecho protegido pelos dois
dispositivos. Sempre que a coordenação for conseguida para defeitos fase-terra,
será garantido que, para os defeitos entre fases, haverá, pelo menos,
seletividade, podendo ocorrer a coordenação para os dois tipos de defeitos.
A figura 14 mostra como obter os valores das correntes máxima (Imax) e mínima
(Imin) de coordenação entre um religador e um elo fusível.
Para defeitos com correntes maiores que Imin e menores que Imax haverá
coordenação. Para correntes menores que Imin não haverá nem coordenação
nem seletividade uma vez que o religador deverá completar a sua seqüência de
operação antes da queima do fusível. Já para as correntes maiores que Imax
haverá somente seletividade, isto é, o elo fusível queimará antes que o religador
possa realizar a sua operação rápida; podendo ocorrer, ainda, a queima do elo
fusível enquanto o religador realiza a sua primeira operação rápida.

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Figura 14 - Coordenação religador-elo fusível


Pode-se notar pela figura 14 que a coordenação entre elos fusíveis de grande
capacidade dificilmente funcionarão bem com as operações de terra do
religador. Nestes casos deve-se buscar, ao menos, a coordenação para
operações por fase.
8.4.4 Seqüência de Operação do Religador
Sempre que possível deve-se escolher a seqüência de operação que permita ao
religador realizar 2 operações rápidas, seguidas de 2 operações temporizadas.
Isto fará com que se evite um número maior de queimas de elos fusíveis durante
faltas transitórias.
8.5 Coordenação Religador-Seccionalizador-Elo Fusível
Para se obter a coordenação entre os três equipamentos é necessário que sejam
cumpridas as exigências dos itens 7.4.3 e 8.4 simultaneamente.
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As figuras 15 e 16 mostram esquematicamente, a seqüência de operações dos


equipamentos.

Figura 15 - Coordenação religador-seccionalizador-elo fusível


Devemos observar que no caso da figura 15, onde o religador está ajustado para
realizar duas operações na curva rápida e à seguir duas operações na curva
temporizada; o seccionalizador poderá entender a queima do elo como sendo
uma operação do religador e também abrir os seus contatos. Isto pode ser
evitado, usando-se um seccionalizador com o restritor de corrente - no caso da
CPFL, só o seccionalizador GN3E - e, desde que a corrente de carga pelo
seccionalizador seja maior que 3,5A, após a queima do elo fusível.

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Figura 16 - Coordenação religador-seccionalizador-elo fusível


Na figura 16 a seqüência de operação do religador é uma operação rápida e três
temporizadas. Neste caso sempre haverá a queima do elo fusível e não a
abertura do seccionalizador.
8.6 Coordenação e Seletividade Religador-Religador
Entre dois religadores instalados em série poderá haver coordenação ou
seletividade. Haverá coordenação quando dois religadores quaisquer estiverem
em série e ambos operarem juntos na curva instantânea, mas não na temporizada
e haverá seletividade se o religador protegido (o mais próximo da S/E) for um
religador PMR1-15 ou PMR3-15 e este estiver com a seqüência de coordenação
ativada, quando então o religador protetor fará a sua seqüência de operação, que
será acompanhada pelo religador protegido.
Para qualquer das técnicas acima, coordenação ou seletividade, as curvas do
equipamento protegido, multiplicada por 0,9, devem ser 12 ciclos (200 ms) mais
lentas que as curvas do equipamento protetor, multiplicada por 1,1. Além disso os
"pick-ups" do equipamento protetor devem ser iguais ou menores que os "pick-
ups" do equipamento protegido.
As figuras 17 e 18 mostram respectivamente, a coordenação e seletividade entre
religadores. Note na figura 17 que as curvas rápidas dos dois religadores estão
sobrepostas, enquanto que na figura 18 não.

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Figura 17 - Coordenação entre religadores

FIGURA 18 - Seletividade entre religadores

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9 PROTEÇÃO DO TRANSFORMADOR DE DISTRIBUIÇÃO


A proteção dos transformadores de distribuição é feita através de chaves fusíveis
no lado da alta tensão. As chaves fusíveis devem, no mínimo, ter corrente nominal
de 100 A, NBI 95 kV e capacidade de interrupção assimétrica de 10000 A.
Sendo os transformadores trifásicos e os enrolamentos ligados em delta-estrela
com atraso de 30, polaridade subtrativa, a corrente do lado da rede primária em
caso de curto-circuito na rede secundária só obedece a relação de transformação
quando este curto-circuito for trifásico.
Para curto-circuito fase-fase a corrente referida ao lado de alta tensão, em uma das
fases, será 115% do valor calculado através da relação de transformação,
eqüivalendo ao mesmo valor do curto- circuito trifásico. Para o curto-circuito fase-
terra o valor no lado da rede primária será 57,7% do valor calculado no lado da
rede secundária, considerando a relação de transformação.
O anexo XI apresenta maiores detalhes sobre cálculo de curto- circuito no lado de
baixa tensão de transformadores.
A NBR 8926 - Guia de Aplicação de Relés para Proteção de Transformadores
estabelece o tempo máximo admissível para cargas de curta duração, após o
regime a plena carga do transformador, conforme mostrado na Tabela 9.

Tabela 9 - Cargas de curta duração para transformadores


Tempo Múltiplos da Corrente Nominal
2 segundos 25,0
10 segundos 11,3
30 segundos 6,7
60 segundos 4,75
5 minutos 3,0
30 minutos 2,0
Os elos fusíveis para os transformadores de distribuição estão padronizados de
acordo com a tabela 10 a seguir:

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Tabela 10 - Elos fusíveis para transformadores trifásicos de distribuição


Capacidade Nominal e Tipo de Elo Fusível

Tensão Nominal do Sistema


Potência
Nominal
(kVA) 6,6 kV 11,9 kV 13,8 kV 23 kV

1F 2F
Transformadores
Monofásicos

10 2H 2H 1H 1H
25 5H 5H 3H 2H
50 10K 10K 5H 3H
100 20K 15K 10K 6K

Transformadores
Trifásicos

15 2H 1H 1H 1H
30 5H 2H 2H 1H
45 5H 3H 3H 2H
75 8K 5H 5H 3H
112,5 12K 6K 6K 5H
150 20K 8K 8K 5H
225 25K 12K 12K 8K
300 40K 20K 20K 10K
15//15 2H 2H
15//30 3H 3H
15//45 5H 5H
30//30 5H 5H
30//45 5H 5H
45//45 6K 6K

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30//75 6K 6K
75//75 8K 8K
112,5//112,5 12K 12K
150//150 20K 20K

Para o caso de transformadores rurais de propriedade da CPFL, de 11,9 ou


13,8 kV, será utilizada a seguinte tabela:

Tabela 11 - Elos fusíveis para transformadores rurais da CPFL


Potência (kVA) Trifásico Bifásico MRT
10 - 1H 2H
15 3H 2H 3H
30 5H - -
45 5H - -

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10 ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO ESTUDO DE PROTEÇÃO


10.1 Escolha dos Alimentadores a Serem Estudados
Para identificar os alimentadores a serem estudados sugere-se dar prioridade
àqueles que estejam incluídos em alguns dos itens abaixo:
a) Elevado número de operações os equipamentos de proteção e de queima de
elos fusíveis.
b) Nunca foram estudados.
c) O horizonte do Estudo já foi Atingido
Além desses itens o projetista deve consultar os Setores de Operação e
Manutenção, que poderão dispor de maiores informações sobre o desempenho
do sistema elétrico, ajudando na escolha.
10.2 Coleta de Dados
Relacionamos abaixo alguns dados necessários para elaboração do estudo:
- Diagrama unifilar
- Índices Operativos do Sistema Elétrico
- Consumidores Prioritários
- Demanda dos Alimentadores
- Previsão de Expansão do Sistema
- Dados da SE
10.3 Cálculo de Curto-circuito
Efetuar os cálculos de curto-circuito através do programa descrito no anexo IV.
10.4 Escolha dos Ajustes de Proteção
Os ajustes dos equipamentos de proteção devem ser feitos na seguinte ordem:
a) Dimensionamento dos elos fusíveis, começando pelos elos mais distantes da
SE.
b) Ajustes dos equipamentos existentes no alimentador (Religador,
Seccionalizador).
c) Ajustes dos equipamentos da Subestação (Saída do Alimentador).
Após a escolha dos ajustes deve-se montar um resumo com os ajustes de todos
os equipamentos.

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10.5 Documentação
A apresentação do estudo é muito importante para facilitar seu entendimento e
acompanhamento, principalmente se este for feito por outro técnico.
Para isso é necessário manter os estudos em arquivo separados por
SE/Alimentador. A documentação deverá conter todos os dados necessários para
o entendimento do projeto, como por exemplo quais os motivos que justificaram a
instalação ou retirada de um equipamento de proteção.
Esse arquivo também servirá de base para obtenção de dados necessários para
escolha de novos alimentadores a serem estudados, conforme consta no item
10.1.
Para um exemplo de como deve ser a documentação veja o item 11.

11 EXEMPLO DE UM ESTUDO DE PROTEÇÃO


As plantas do alimentador PEN-07 estão no Anexo XIX.
11.1 Cálculos de curto-circuito em alguns pontos do alimentador.

CORRENTES DE CURTO CIRCUITO


S/E: PEN CC3F: 7014 ÂNGULO: 88.67
MVA: 25 CCFT: 7399 ÂNGULO: 89.08
AL: PEN07 KV: 138/11.9

CORRENTE C. C. CORRENTE C. C.
TRECHO
DIST. SIMÉTRICA ASSIMÉTRICA
CABO
INÍCI FIM (KM) CC3F CC2F CCFT CFTM CC3FA CC2FA CCFTA CFTMA
O
0 1 0,75 A33 5317 4605 4509 171 8154 7062 6588 177
1 2 8,40 S10 832 721 575 144 861 745 638 144
2 3 3,50 S10 609 527 420 135 626 542 464 135
3 4 1,23 A10 563 488 388 132 579 501 428 132
4 5 0,53 6 530 459 370 129 542 469 404 130
5 6 0,50 A02 509 441 357 128 520 4450 388 128
6 7 0,80 S04 466 403 332 124 472 409 356 125
7 8 8,30 S04 243 210 190 97 245 212 196 97

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7 11 8,00 S04 247 214 193 98 249 216 199 98


8 9 1,00 S04 229 199 180 94 231 200 186 95
8 10 1,20 S04 227 197 178 94 229 198 184 94
11 12 2,20 S04 219 189 172 92 220 191 178 92
12 13 1,50 S04 202 175 161 89 204 177 165 89
12 14 0,80 S04 210 182 166 90 211 183 171 91
11.2 Dados da SE
Transformador: 25 MVA - 138/11,9kV
kVA instalado: 13070
Corrente de curto-circuito trifásica simétrica: 7104A
Corrente de curto-circuito fase-terra simétrica: 7400A

Icarga Atual = 240A


Icarga Futura = 290 A
Transformador de corrente: RTC 600-5
Fator térmico = 1,2
Fator sobrecorrente = 20
Relés de Fase: CDG 23 (GEC/ENGRO)
TAPs disponíveis: 4,0-4,8-6,0-8,0-9,6-12-16
Curvas: 0,1-0,2-0,3-0,4-0,5-0,6-0,7-0,8-0,9-1,0
Instantâneo: 20 a 80
Relés de Terra: CDG 23 (GEC/ENGRO)
TAPs disponíveis: 0,5-0,6-0,75-1,0-1,2-1,5-2,0
Curvas: 0,1-0,2-0,3-0,4-0,5-0,6-0,7-0,8-0,9-1,0
Instantâneo: 10 a 40
11.3 Dimensionamento dos Elos Fusíveis
- Ponto 11
a) Ielo > kF x Icarga
Ielo > 20A

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b) I 0,13 > IINRUSH


kVA = 500
Para 1 transformador (tabela 1), n = 12
500
I INRUSH = 12 ⋅ = 291,1A
3 × 11,9
I 0,13 > 291,1A

c) I300 < IccFTMIN


No ponto 11, IccFTMIN = 98A
I300 < 98A
Para atender os itens a, b e c, escolhemos pela tabela 2 o elo de 25K.
- Pontos 8, 10, 12 e 13
Repetindo-se os cálculos, verifica-se que para esses pontos o elo de 10K é
adequado.
- Ponto 7
a) Ielo > 3A
195
I 0,13 > 6 ⋅
b) 3 × 11,9

I 0,13 > 56,8 A

c) I 300 < 94 A
Como já existe elo fusível de 10K nos pontos 8 e 10, escolheremos o elo
imediatamente superior, ou seja, 15k. Pela tabela 2 verificamos que esse elo
atende os requisitos dos itens a, b e c.
A seletividade entre os elos fusíveis deve ser verificada através da tabela 7. Os
elos fusíveis de 10K e 15K possuem seletividade para valores de até 130A.
Portanto, para curto-circuito fase-terra mínimo (94A nos pontos 9 e 10) haverá
seletividade.
Para curto-circuito fase-fase não haverá seletividade (199A no ponto 9 e 197A
no ponto 10).
Teremos, então, duas opções:
1a. Escolher o elo de 25K para o ponto 7 (que teria também seletividade com o
elo de 10K para curto-circuito fase-fase).

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Nesse caso, como ainda existe um elo fusível em série (ponto 6) para ser
especificado, e como existem valores de curto circuito fase-fase maiores que o
limite da faixa de seletividade entre os elos de 25K e 40K, teríamos que optar
pelo elo de 65K no ponto 6.
2a. Manter o elo de 15K no ponto 7 e especificar para o ponto 6 elo de 25K ou
40K, a depender da carga e da seletividade.
Adotaremos a 2a. opção, pois o elo de 65K (1a. opção) apresentará maiores
dificuldades para coordenar com o religador do ponto 1.
Elo escolhido: 15K
- Ponto 6
a) Icarga máxima = 25A

Ielo > 25A


b) I0,13 > IINRUSH
kVA = 895
Pela tabela 1, n = 6
895
I 0,13 > 6 ⋅ = 260,5 A
3 × 11,9
I 0,13 > 260,5 A

c) I300 < IccFTMIN


IccFTMIN = 89A
I300 < 89A
Pela tabela 2, escolhemos o elo de 40K, que atende às condições acima.
A seletividade do elo de 40K com elo de 15K (ponto 7) ocorre para níveis de
curto-circuito de até 640A,
Portanto, haverá seletividade para curto-circuito fase-terra (124A no ponto 7) e
fase-fase (403A no ponto 7).
Elo escolhido: 40K

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11.4 Ajustes do Religador do Ponto 1

Figura 19 - Níveis de curto-circuito, demanda e correntes – exemplo


a) Ajustes de Fase
a1) "Pick-up" de fase
- Unidade Temporizada
I pf > I c arg a ⋅ KF

A corrente de carga no ponto 1, já considerado o horizonte do estudo é de 126A,


conforme mostrado na figura 19.
I pf > 126 A

Escolheremos o "pick-up" imediatamente acima, que é 150A.


RTC: 100/1
%RTC: 150%
Icc2 F min
I pf <
FS
Para o "pick-up" escolhido, e considerando FS = 2, teremos:
Icc2 F min
150 <
FS
Icc2 F min > 300 A
Portanto a zona de proteção para o ajuste de fase do religador será até o ponto
onde Icc2 F min = 300 A (trecho compreendido entre os pontos 7 e 8 e entre os
pontos 7 e 11).
A partir desse ponto, a rede elétrica ficará protegida pelo elo fusível de 40K
existente no ponto 6.

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- Unidade Instantânea
Escolhido o mesmo "pick-up" da unidade temporizada: 150A. (FE = 1).
a2) Curvas de Fase
- Temporizada
Escolhemos a curva temporizada 0,1 (MI), que é a menor curva disponível do
religador e não prejudica a seletividade com os elos fusíveis do trecho protegido
(vide figura 20).
- Instantânea
Única disponível do PMR-1-15
b) Ajustes de Terra
b1) "Pick-up" de Terra
Unidade temporizada = 20A (20% da RTC)
Unidade Instantânea = 40A (FE = 2)
b2) Curvas de Terra
- Temporizada
Curva escolhida: 0,3I. Esta curva proporciona boa faixa de coordenação com elos
fusíveis, principalmente para correntes de valores menores.
- Instantânea
Única disponível do PMR-1-15
c) Ajuste da UST
"Pick-up" da UST: 5A
Tempo de Operação: 3s
Nº operações: 4
d) Número de Operações
Curvas de Fase e Terra: 2I, 2T
e) Religamento: 2s
f) Rearme: 10s
g) Tempo adicional da curva rápida: 0
11.5 Verificação do Dimensionamento do TC do Disjuntor
a) Carga
I CARGA atual = 24 A

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I CARGA no horizonte do estudo = 290 A


Na especificação da corrente nominal do TC deve ser considerada a condição de
manobra, que nesse exemplo consideraremos que o alimentador PEN07 possa
transportar, além da “corrente futura” do próprio alimentador, 2/3 da “corrente
futura” do alimentador Pen08.
Portanto: I total = 290 + 2 ⋅ (361) = 531A
3
Como o TC suporta 600 x 1,2 (Fator Térmico) = 720A, para a condição de carga o
dimensionamento atual está adequado.
b) Curto-circuito x saturação
I nominal TC x Fator sobrecorrente = 600x20 = 12.000A.
Como o valor da corrente de curto-circuito trifásica simétrica na SE é 7108A, não
haverá saturação do TC.
Portanto o dimensionamento do TC está adequado.
11.6 Ajuste do "TAP" da Unidade Temporizada do Relé de Fase
I CARGA × KF
a) TAP >
RTC
I CARGA × KF (considerando manobras) = 531 A
531
TAP > ∴ TAP > 4,4
120
Icc2 F min
b) TAP <
FS × FI × RTC
Para o relé CDG23 FI=2
Icc2 F min (ponto 15) = 2614 A.
Considerando o fator de segurança (FS) = 2, temos:
2614
TAP <
2 × 2 × 120
TAP < 5,4
Escolheremos um “tap” imediatamente acima de 4,4 A (condição A), ou seja, 4,8
A.
Para esse “tap”, teremos:

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Icc2 F
4,8 <
2 × 2 × 120
Icc2 F > 2304 A
Isso significa que a zona de proteção do relé de fase da SE será até o ponto onde
Icc2 F = 230 A (situado entre os pontos 1, 2 e além do ponto 15).
11.7 Ajuste do "TAP" da Unidade Instantânea do Relé de Fase
a) Zona de atuação da unidade instantânea
Escolheremos o ponto 1 (religador)
I INRUSH
b) TAP >
RTC
kVA = 13070
n=6
13070
I INRUSH = 6 × = 3804,7
3 × 11,9
3804,7
TAP >
120
TAP > 31,7
Icc2 Fass
c) TAP >
RTC
Icc2 Fass (ponto 1) = 7062 A.
7062
TAP >
120
TAP > 58,9
“Tap” escolhido: 60 A.
11.8 Ajuste do "TAP" da Unidade Temporizada do Relé de Terra
IccFT min
TAP <
RTC × FI
Para o ajuste de terra, recomenda-se utilizar o menor “tap”, portanto
escolheremos o “tap” 0,5.
Para o relé CDG23 FI = 2

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IccFT min
0,5 <
120 × 2
IccFT min > 120 A
A zona de proteção do relé de terra da SE será até o ponto onde Icc = 120 A (um
pouco após o ponto 7). Após esse ponto, a rede elétrica estará protegida pelo
religador do ponto 1 e pelo elo fusível do ponto 6.
11.9 Ajuste do "TAP" da Unidade Instantânea do Relé de Terra
Escolhida a zona de proteção até o ponto 1 (religador)
IccFTass
TAP >
RTC
IccFTass = 6588 A (ponto 1)
6588
TAP >
120
TAP > 54,9
Como a faixa de TAP’s do relé existente é de 10 a 40A, escolheremos o maior
valor, ou seja 40A.
11.10 Escolha das Curvas de Atuação das Unidades Temporizadas dos Relés de
Fase e de Terra
11.10.1 Curva da Unidade Temporizada do Relé de Fase
Escolheremos a menor curva (0,1) e verificamos pela figura 20 que existe
seletividade com os elos fusíveis.
O próximo passo consiste em verificar a integração entre relé-religador, cujos
resultados são mostrados a seguir:
Como os valores de integração são inferiores a100%, haverá coordenação.
Portanto, manteremos a escolha da curva 0,1 para o ajuste de fase do relé.

INTEGRAÇÃO ENTRE RELÉ E RELIGADOR


P/ FASE ALIMENTADOR: PEN07
TEMPOS DE ATUAÇÃO NAS CURVAS
ICC INTEGRAÇÃO (%) INST. RELIG. TEMP. RELIG. RELE
1200 24,12 0,084 0,250 1,267
1275 26,56 0,083 0,230 1,058

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1350 27,75 0,082 0,210 0,925


1425 31,27 0,082 0,210 0,821
1500 33,33 0,081 0,200 0,733
1650 39,08 0,081 0,190 0,594
1800 42,29 0,081 0,170 0,505
1950 49,50 0,080 0,160 0,438
2100 54,83 0,080 0,150 0,387
2250 57,43 0,080 0,140 0,351
2625 71,34 0,080 0,130 0,285
3000 91,49 0,080 0,130 0,242
11.10.2 Curva da Unidade Temporizada do Relé de Terra
Escolheremos, inicialmente, a curva 0,7, que apresenta boa seletividade com os
fusíveis (vide figura 20).
Verificação da integração relé-religador para a curva 0,7:

INTEGRAÇÃO ENTRE RELÉ E RELIGADOR


POR TERRA ALIMENTADOR: PEN07
TEMPOS DE ATUAÇÃO NAS CURVAS
ICC INTEGRAÇÃO (%) INST. RELIG. TEMP. RELIG. RELE
125 20,23 0,090 1,150 10,833
130 23,37 0,090 1,150 9,667
135 25,92 0,088 1,100 8,500
140 28,47 0,088 1,100 7,867
150 33,17 0,087 1,050 6,600
160 37,77 0,087 1,020 5,733
170 43,17 0,086 1,000 5,000
180 48,73 0,086 0,980 4,400
190 52,95 0,085 0,960 4,000
200 57,53 0,084 0,940 3,633
220 66,82 0,083 0,910 3,067

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240 74,55 0,083 0,880 2,680


260 81,47 0,082 0,850 2,383
280 87,52 0,081 0,820 2,150
300 92,55 0,081 0,800 1,990
320 100,59 0,081 0,790 1,817
340 103,93 0,081 0,770 1,717
360 108,87 0,080 0,750 1,600
380 114,13 0,080 0,740 1,513
400 118,49 0,080 0,730 1,447
Como existem valores acima de 100%, não haverá coordenação acima de 320A.
Repetindo o processo para a curva 0,8, verificamos também que não haverá
coordenação para valores acima de 400A.

INTEGRAÇÃO ENTRE RELÉ E RELIGADOR


P/ TERRA ALIMENTADOR: PEN07
TEMPOS DE ATUAÇÃO NAS CURVAS
ICC INTEGRAÇÃO (%) INST. RELIG. TEMP. RELIG. RELE
125 18,76 0,090 1,150 11,833
130 21,35 0,090 1,150 10,667
135 23,30 0,088 1,100 9,500
140 25,56 0,088 1,100 8,800
150 29,68 0,087 1,050 7,400
160 33,56 0,087 1,020 6,467
170 38,14 0,086 1,000 5,667
180 42,91 0,086 0,980 5,000
190 46,76 0,085 0,960 4,533
200 50,59 0,084 0,940 4,133
220 57,96 0,083 0,910 3,533
240 65,53 0,083 0,880 3,050
260 70,83 0,082 0,850 2,740

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UN Distribuição

280 75,61 0,081 0,820 2,487


300 81,91 0,081 0,800 2,250
320 87,55 0,081 0,790 2,087
340 90,71 0,081 0,770 1,967
360 95,18 0,080 0,750 1,830
380 99,62 0,080 0,740 1,733
400 103,21 0,080 0,730 1,660
Para a curva 0,9 (resultados abaixo), haverá coordenação em todo trecho,
portanto essa será a curva escolhida.

INTEGRAÇÃO ENTRE RELÉ E RELIGADOR


P/ TERRA ALIMENTADOR: PEN07
TEMPOS DE ATUAÇÃO NAS CURVAS
ICC INTEGRAÇÃO (%) INST. RELIG. TEMP. RELIG. RELE
125 15,88 0,090 1,150 13,833
130 17,75 0,090 1,150 12,667
135 18,94 0,088 1,100 11,500
140 20,84 0,088 1,100 10,633
150 24,39 0,087 1,050 8,900
160 27,66 0,087 1,020 7,767
170 31,86 0,086 1,000 6,733
180 36,86 0,086 0,980 5,800
190 40,11 0,085 0,960 5,267
200 43,76 0,084 0,940 4,767
220 57,17 0,083 0,910 4,000
240 57,91 0,083 0,880 3,450
260 63,31 0,082 0,850 3,067
280 68,36 0,081 0,820 2,753
300 73,78 0,081 0,800 2,500
320 79,15 0,081 0,790 2,310

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UN Distribuição

340 81,76 0,081 0,770 2,183


360 87,22 0,080 0,750 2,000
380 90,32 0,080 0,740 1,917
400 94,28 0,080 0,730 1,823
11.11 Resumo dos Ajustes
a)
Relés Fase Terra
Tipo: CDG-23 CDG-23
RTC: 600-5 600-5
TAP Temporizado: 4,8A 0,5A
TAP Instantâneo: 60A 40A
Curva: 0,1 0,9
b) Religador
Tipo: PMR-1-15
Fase Terra UST
PU: 150 20
Curva: 0,1(MI) 0,3(I)
PU Instante.(FE): 150 (I) 40 (2,0)
Seq. Operação: 2I 2T 2I 2T
PU (FE): 5 (0,25)
Tempo Def.(s): 3
Nº Operações: 4 4 4
RTC: 100/1
Religamento (s): 2
Rearme (s) 10
Tempo Adic. Curva Rápida(s) 0
c) Gráfico tempo x corrente

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Figura 20 - Gráfico tempo x corrente – exemplo

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ANEXO I – COMPONENTES SIMÉTRICAS

1 INTRODUÇÃO
As correntes de curto-circuito assimétricas são estudadas pelo método das
componentes simétricas, onde os três fasores desequilibrados podem ser
substituídos pela soma vetorial de 3 sistemas equilibrados de fasores.
As componentes equilibradas do conjunto são:
a) Componente de seqüências positiva, consistindo de 3 fasores iguais em
módulo, defasados entre si de 120 e tendo a mesma seqüências de fase dos
fasores originais (A1, B1, C1).
b) Componente de seqüências negativa, consistindo de 3 fasores iguais em
módulo defasados entre si de 120 e tendo seqüências de fase oposta à dos
fasores originais (A2, B2, C2).
c) Componente de seqüências zero, consistindo de 3 fasores iguais em módulo e
sem defasagem entre si (A0, B0, C0).

2 EQUAÇÕES DE COMPONENTES SIMÉTRICAS


Os vetores de tensão VA, VB e VC, serão expressos em termos de suas
componentes simétricas, pelas seguintes equações:

V&A = V&A1 + V&A 2 + V&A0 = V&A1 + V&A 2 + V&A0

V& & & & & & &


B = VB1 + VB 2 + VB 0 = a ⋅ V A1 + a ⋅ V A 2 + V A 0
2

V& & & & & & &


C = VC1 + VC 2 + VC 0 = a ⋅ V A1 + a ⋅ V A 2 + V A 0
2

onde a é o operador que faz a rotação do vetor de 120


a = 1∠120 = −0,5 + j 0,866
a = 1∠240 = −0,5 − j 0,866
Somando-se V&A , V& & 2
B , VC e lembrando que (1+a+a ) = 0, temos:

V&A0 = (V&A + V&B + V&


C)
1
3
1
(
V&A1 = V&A + a ⋅ V&B + a 2 ⋅ V&
3
C )

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1
(
V&A 2 = V&A + a 2 ⋅ V&B + a ⋅ V&
3
C )
As componentes das demais fases podem ser obtidas pelas relações:
V& & &
B 0 = VC 0 = V A 0

V&B1 = a 2 ⋅ V&A1 e V& &


C1 = a ⋅ V A1

V& & & &


B 2 = a ⋅ V A 2 e VC 2 = a ⋅ V A 2
2

As equações para determinação das correntes seguem os procedimentos análogos


aso da tensão, bastando para isso substituir V& por I&.
Num sistema trifásico ligado em estrela (Y), a soma das correntes de linha são
iguais a IN, a corrente de retorno pelo neutro.
Portanto: I&A + I&B + I& &
C = IN

sendo I&A0 = (I&A + I&B + I&


C ) concluímos que I N = 3I A 0
1 & &
3
Um circuito trifásico funciona como um monofásico, no tocante às correntes de
seqüências zero, uma vez que os módulos e as fases são as mesmas. Portanto, as
correntes de seqüências zero só circularão se existir um caminho de retorno pelo
qual se completa o circuito.
As impedâncias da terra e dos cabos neutros deverão ser incluídas na impedância
de seqüências zero.
Se existe uma impedância, Zn, entre o neutro e a terra num circuito ligado em
estrela (Y), uma impedância de valor igual a 3Zn, deverá ser colocada entre o
neutro e a barra de referência do circuito de seqüências zero como indica a figura
I.1, no caso de um curto-circuito fase terra.

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FIGURA I.1 - Diagrama unifilar e diagrama de seqüência para


um curto-circuito fase-terra

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ANEXO II – VALORES "POR UNIDADE" (PU) DE ELEMENTOS DE UM CIRCUITO


TRIFÁSICO

VABASE
Corrente base = I BASE = (amperes )
3 × VBASE
VABASE
Impedância base = z BASE = (ohms )
3 × I BASE

V 2 BASE
Impedância base = z BASE = (ohms )
VABASE
impedância real (ohms) VA
Impedância por unidade = Z pu = = Z REAL × 2 BASE
impedância base (ohms) V BASE
Onde: V = tensão entre fases
VA = potência total nas 3 fases
Mudança de Base
Quando o valor de impedância em pu é dado em uma base diferente da escolhida a
conversão se faz da seguinte forma:
2
⎡V ⎤ VA
Z pu = Z pu DADO × ⎢ DADO ⎥ × BASE
⎣ VBASE ⎦ VADADO
Nota: Quando a resistência e a reatância de um dispositivo forem dadas pelo
fabricante em porcentagem ou em valores pu subentende-se que as bases são os
valores de VA e o de V nominais do dispositivo.
A vantagem de se adotar o valor em pu está na equivalência da impedância do
transformador tanto no lado da alta como no lado da baixa.

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ANEXO III – FÓRMULAS PARA CÁLCULOS DAS CORRENTES DE CURTO-


CIRCUITO

1 CURTO-CIRCUITO TRIFÁSICO
1
Icc3 F = × I BASE
Z1 pu
ou
Vff
Icc3 F =
3 × Z1
onde:
Z1 pu = (Z1SE + Z1c ) pu

Z1 = (Z1SE + Z1c )ohms


Z1c = impedância de seqüência positiva do condutor, dada no anexo V

Z1SE = impedância equivalente de seqüência positiva na barra da SE


I BASE
Z1SE pu =
Icc3 F (amperes)
Vff
Z1SE ohms =
3 × Icc3 F (amperes )
Vff = tensão entre fases, em volts.

2 CURTO-CIRCUITO BIFÁSICO
3
Icc2 F = × I BASE
2 ⋅ Z1 pu

Vff
Icc2 F =
2 × Z1
Comparando com o curto-circuito trifásico pode-se obter a seguinte relação:
3
Icc2 F = × Icc3 F = 0,866 × Icc3 F
2

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3 CURTO-CIRCUITO FASE-TERRA
Em pu:
3
Icc FT = × I BASE
2 ⋅ Z 1 pu + Z 0 pu + 3 ⋅ R fpu
Em valores reais:
3 ⋅ Vff
Icc FT =
2 ⋅ Z1 + Z 0 + 3 ⋅ R f
onde:
Z 0 pu = (Z 0 SE + Z 0 c ) pu

Z 0 = (Z 0 SE + Z 0c )ohms

Z 0 pu = impedância de seqüência zero do condutor, dado no anexo V

Z 0 SE pu = impedância de seqüência zero na barra da SE

3 ⋅ I BASE
Z 0 SE pu = − 2 ⋅ Z1SE pu
IccFT (amperes)

3 ⋅ Vff
Z 0 SE ohms = − 2 ⋅ Z1 − 3 ⋅ R f
IccFT
Vff = tensão entre fases em volts

ρ ⎛ 2 ⋅ Lc ⎞
Rf = × ln⎜ ⎟ (condutor rompido)
π ⋅ Lc ⎝ 1,36 ⋅ d ⎠
ou
ρ ⎛ 4 ⋅ Lh ⎞
Rf = × ln⎜ ⎟ (aterramento com uma haste)
2 ⋅ π ⋅ Lh ⎝ d ⎠
R f = resistência de contato

ρ = resistividade do solo (Ω.m)


Lc = comprimento do condutor em contato com o solo (m)
Lh = comprimento da haste (m)
d = diâmetro do condutor (m)

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4 FORMULÁRIO
A tabela III.1 apresenta os valores de correntes de faltas simétricas e tensões
durante as faltas.

Tabela III.1 - Correntes de faltas simétricas e tensões durante as faltas


Faltas
Faltas bifásicas Faltas fase-terra Faltas duplas fase-terra
trifásicas
através de Zf através de R (terra) através de R (terra)
através de Zf
Vf 3V f
Ia 0 0
Z1 + Z f 2 Z1 + Z 0 + 3 R
a 2V f Vf Z0 +3⋅ R−a⋅Z2
Ib −j 3 0 − j 3Vf
Z1 + Z f 2Z1 + Z f Z +2⋅Z1 ⋅(Z0 +3⋅ R)
2
1

aV f Vf Z 0 + 3R − a 2 Z 2
Ic −j 3 0 − j 3V f
Z1 + Z f 2 Z1 + Z f Z12 + 2Z1 (Z 0 + 3R )
Zf 3R 3(Z 0 + 2 R )
Va Vf Vf Vf Vf
Z1 + Z f 2 Z1 + Z 0 + 3R Z1 + 2(Z 0 + 3R )
a2Z f a2Z f − Z2 3a 2 R − j 3 (Z 2 − aZ 0 ) − 3R
Vb Vf Vf Vf Vf
Z1 + Z f 2Z1 + Z f 2 Z 1 + Z 0 + 3R Z 1 + 2(Z 0 + 3R )
aZ f aZ f − Z 2 3aR − j 3 (Z 2 − aZ 0 ) − 3R
Vc Vf Vf Vf Vf
Z1 + Z f 2Z1 + Z f 2 Z 1 + Z 0 + 3R Z 1 + 2(Z 0 + 3R )
Zf Zf 2Z1 + Z0 + 3R
Vbc j 3V f j 3V f j 3V f 0
Z1 + Z f 2Z1 + Z f 2Z1 + Z0 + 3Z f
a2Z f
j 3V f Z f + j 3Z 2 a 2 (3R + Z 0 ) − Z 2 3 (Z 0 + 3 R )
Vca Z1 + Z f j 3V f j 3V f 3V f
2Z1 + Z f 2Z1 + Z 0 + 3Z f Z1 + 2(Z 0 + 3R )

aZ f aZ f + j 3Z 2 a (3R + Z 0 ) − Z 2 3(Z0 + 3R)


Vab j 3V f j 3V f j 3V f − 3V f
Z1 + Z f 2Z1 + Z f 2 Z 1 + Z 0 + 3Z f Z1 + 2(Z0 + 3 ⋅ R)

V f = tensão fase-terra do sistema (Volts)

Z f = impedância de falta (ohms)

R = resistência de aterramento (ohms)


Z1 = Z 2
a = operador 1∠120

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ANEXO IV – CARACTERÍSTICAS E IMPEDÂNCIAS DE SEQÜÊNCIAS DOS CABOS


UTILIZADOS PELA CPFL– PAULISTA

Tabela IV.1
Características de condutores de alumínio com alma de aço (CAA)
Bitola Formação Diâmetro r ( 50º C ) x RMG
AWG/MCM alumínio/aço condutor (mm) (ohm/km) (ohm/km) (mm)
4 6/1 6,350 1,5972 0,0656 1,33
2 6/1 8,026 1,0503 0,0867 1,27
1/0 6/1 10,109 0,6960 0,0995 1,35
4/0 6/1 14,300 0,3679 0,0798 2,48
336,4 26/7 18,313 0,1902 0,0158 7,43
477 26/7 21,793 0,1342 0,0159 8,83

Tabela IV.2
Características de condutores de alumínio sem alma de aço
Bitola Diâmetro r ( 50º C ) x RMG
Formação
AWG/MCM condutor (mm) (ohm/km) (ohm/km) (mm)
4 7 5,892 1,5040 0,0242 2,138
2 7 7,416 0,9477 0,0241 2,692
1/0 7 9,347 0,5954 0,0242 3,392
2/0 7 10,515 0,4729 0,0242 3,816
4/0 7 13,258 0,2977 0,0242 4,812
336,4 19 16,916 0,1876 0,0209 6,411
477 19 20,142 0,1330 0,0209 7,633

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Tabela IV.3
Características de condutores de cobre (cu)
Diâmetro
Bitola r (50 °C) x RMG
Formação Condutor Fio
AWG/MCM (ohm/km) (ohm/km) (mm)
(mm) (mm)
6 1 4,225 4,115 1,4854 0,0188 1,603
4 1 5,182 5,182 0,9341 0,0188 2,020
2 3 8,128 3,777 0,5935 0,0294 2,752
1/0 7 9,347 3,119 0,3766 0,0242 3,392
4/0 7 13,259 4,417 0,1876 0,0241 4,813
r = resistência do condutor a 50 °C
f = 60 Hz
x = reatância interna do condutor
0 ,5 × d
x = 0 ,1679 log
RMG
d = diâmetro do condutor em milímetro
RMG = raio médio geométrico em milímetro

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Tabela IV.4
Auto-impedância de condutores neutros para rede secundária- alumínio
Auto–impedância
Condutor CA
Resistividade do (ohm/km)
Bitola Formação solo (ohm.m)
Rn Xn Zn
AWG/MCM fios
100 1,0059 0,9560 1,3877
02 7 600 1,0065 1,0230 1,4351
5000 1,0068 1,1026 1,4931
100 0,6536 0,9387 1,1438
1/0 7 600 0,6542 1,0056 1,1997
5000 0,6545 1,0853 1,1674
100 0,5311 0,9298 1,0708
2/0 7 600 0,5317 0,9967 1,1297
5000 0,5320 1,0764 1,2007
100 0,3559 0,9123 0,9793
4/0 7 600 0,3565 0,9792 1,0421
5000 0,3568 1,0589 1,1174

Tabela IV.5
Auto-impedância de condutores neutros pararede secundária - cobre
Auto–impedância
Condutor CU
(ohm/km)
Resistividade do
Bitola Formação
solo (ohm.m)
AWG/MC fios Rn Xn Zn
M
100 1,5436 0,9952 1,8366
06 1 600 1,5442 1,0621 1,8742
5000 1,5445 1,1417 1,9207
100 0,6517 0,9544 1,1557
02 3 600 0,6523 1,0213 1,2118
5000 0,6526 1,1010 1,1674
100 0,4348 0,9387 1,0345
1/0 7 600 0,4354 0,0056 1,0958
5000 0,4357 1,0853 1,1695

Rn = r + Rnn
Xn = x + Xnn

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Tabela IV.6
Impedâncias de seqüências para rede primária alumínio (CAA) zona rural
Resistividade Impedância de sequência Impedância de sequência
Código positiva e negativa (ohm/km) zero (ohm/km)
do solo
Bitola
(ohm.m) R1 X1 Z1 R0 X0 Z0
100 1,5973 0,5220 1,6804 1,7717 1,9837 2,6597
S04 600 1,5972 0,5220 1,6804 1,7735 2,1844 2,8197
5000 1,5972 0,5220 1,6804 1,7744 2,4234 3,0036
100 1,0504 0,5254 1,1745 1,2248 1,9872 1,3343
S02 600 1,0503 0,5255 1,1744 1,2266 1,1879 1,5083
5000 1,0503 0,5255 1,1744 1,2275 2,4268 2,7196
100 0,6961 0,5208 0,8694 0,8705 1,9826 2,1653
S10 600 0,6960 0,5209 0,8693 0,8723 2,1833 2,3511
5000 0,6960 0,5209 0,8693 0,8723 2,1833 2,3511
100 0,3680 0,4750 0,6009 0,5424 1,9367 2,0112
S20 600 0,3679 0,4750 0,6008 0,5442 2,1374 2,2056
5000 0,3679 0,4751 0,6009 0,5451 2,3764 2,4381
100 0,1903 0,3922 0,4359 0,3647 1,8540 1,8895
S40 600 0,1902 0,3923 0,4360 0,3665 2,0547 2,0871
5000 0,1902 0,3923 0,4360 0,3674 2,2936 2,3228
100 0,1343 0,3792 0,4023 0,3087 1,8409 1,8666
S33 600 0,1342 0,3793 0,4023 0,3105 2,0417 2,0652
5000 0,1342 0,3793 0,4023 0,3114 2,2806 2,3018
F = 60 Hz
T = 50 C
Espaçamento médio geométrico entre as fases = 1,35 m
Altura dos condutores ao solo = 6,8 m

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Distribuição
Título do Documento:
Proteção de Redes Aéreas de Distribuição - Sobrecorrente

UN Distribuição

Tabela IV.7
Impedâncias de seqüências para rede primária alumínio (CA) zona rural
Resistividade Impedância de sequência Impedância de sequência
Código positiva e negativa (ohm/km) zero (ohm/km)
do solo
bitola
(ohm.m) R1 X1 Z1 R0 X0 Z0
100 1,5041 0,4862 1,5807 1,6885 1,9479 2,5713
A04 600 1,5040 0,4862 1,5806 1,6803 2,1486 2,7276
5000 1,5040 0,4863 1,5807 1,6812 2,3876 2,9201
100 0,9478 0,4688 1,0574 1,1222 1,9305 2,2330
A02 600 0,9477 0,4689 1,0574 1,1240 2,1312 2,4094
5000 0,9477 0,4689 1,0574 1,1249 2,3702 2,6236
100 0,5955 0,4514 0,7472 0,7699 1,9131 2,0622
A10 600 0,5954 0,4514 0, 7472 0,7717 2,1138 2,2503
5000 0,5954 0,4515 0, 7472 0,7726 2,3528 2,4764
100 0,4730 0,4425 0,6477 0,6474 1,9042 2,0112
A20 600 0,4729 0,4426 0,6476 0,6492 2,1049 2,2027
5000 0,4729 0,4426 0,6477 0,6501 2,3439 2,4324
100 0,2978 0,4350 0,5190 0,4722 1,8867 1,9449
A40 600 0,2977 0,4251 0,5190 0,4740 2,0874 2,1405
5000 0,2977 0,4251 0,5190 0,4749 2,0874 2,1405
100 0,1877 0,4034 0,4449 0,3621 1,8651 1,899
A33 600 0,1876 0,4034 0,4449 0,3639 2,0658 2,0976
5000 0,1876 0,4034 0,4449 0,3648 2,3047 2,3334
100 0,1331 0,3902 0,4123 0,3075 1,8519 1,8773
A47 600 0,1330 0,3903 0,4123 0,3093 2,0526 2,0758
5000 0,1330 0,3903 0,4123 0,3102 2,2916 2,3125
F = 60 Hz
T = 50º C
Espaçamento médio geométrico entre as fases = 1,35 m
Altura dos condutores ao solo = 6,8 m
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Tabela IV.8
Impedâncias de seqüências para rede primária-cobre zona rural
Resistividade Impedância de sequência Impedância de sequência
Código positiva e negativa (ohm/km) zero (ohm/km)
do solo
Bitola
(ohm.m) R1 X1 Z1 R0 X0 Z0
100 1,4855 0,5079 1,5699 1,6599 1,9696 2,5758
06 600 1,4854 0,5080 1,5699 1,6617 2,1703 2,7334
5000 1,4854 0,5080 1,5699 1,6626 2,4093 2,9273
100 0,9342 0,4905 1,0551 1,1086 1,9522 2,2450
04 600 0,9341 0,4905 1,0551 1,1104 2,1529 2,4224
5000 0,9341 0,4905 1,0551 1,1113 2,3918 2,6374
100 0,5936 0,4671 0,7553 0,7680 1,9289 2,0762
02 600 0,5935 0,4672 0,7553 0,7698 2,1296 2,2645
5000 0,5935 0,4672 0,7553 0,7707 2,3685 2,4907
100 0,3767 0,4514 0,5879 0,5511 1,9131 1,9909
10 600 0,3766 0,4514 0,5879 0,5529 2,1138 2,1849
5000 0,3766 0,4515 0,5879 0,5538 2,3528 2,4171
100 0,1877 0,4250 0,4646 0,3621 1,8867 1,9211
40 600 0,1876 0,4250 0,4646 0,3639 2,0874 2,1189
5000 0,1876 0,4251 0,4647 0,3648 2,3264 2,3548
F = 60 Hz
T = 50 °C
Espaçamento médio geométrico entre as fases = 1,35 m
Altura dos condutores ao solo = 6,8 m

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Tabela IV.9
Impedâncias de seqüências para rede primária-alumínio Zona urbana
Resistividade Impedância de sequência Impedância de sequência
Código positiva e negativa (ohm/km) zero (ohm/km)
do solo
Bitola
(ohm.m ) R1 X1 Z1 R0 X0 Z0
100 1,5040 0,4861 1,5806 1,9125 1,5700 2,4744
A04
600 1,5040 0,4861 1,5806 1,9768 1,6666 2,5856
(A04)
5000 1,5040 0,4861 1,5806 2,0545 1,7690 2,7111
100 0,9477 0,4687 1,0573 1,3562 1,5525 2,0614
A02 600 0,9477 0,4687 1,0573 1,4205 1,6492 2,1766
(A02)
5000 0,9477 0,4687 1,0573 1,4982 1,7516 2,3049
100 0,5954 0,4513 0,7471 1,0039 1,5351 1,8342
A10
600 0,5954 0,4513 0, 7471 1,0682 1,6312 1,9498
(A02)
5000 0,5954 0,4513 0, 7471 1,1460 1,7342 2,0786
100 0,4729 0,4424 0,6476 0,8814 1,5262 1,7624
A20
600 0,4729 0,4424 0,6476 0,9457 1,6229 1,8783
(A02)
5000 0,4729 0,4424 0,6476 1,0234 1,7253 2,0060
100 0,2977 0,4249 0,5188 0,7062 1,5087 1,6658
A40
600 0,2977 0,4249 0,5188 0,7705 1,6054 1,7807
(A02)
5000 0,2977 0,4249 0,5188 0,8482 1,7078 1,9068
100 0,1876 0,4033 0,4448 0,5961 1,4871 1,6021
A33
600 0,1876 0,4033 0,4448 0,6604 1,5837 1,7159
(A02)
5000 0,1876 0,4033 0,4448 0,7318 1,6861 1,8406
100 0,1330 0,3901 0,4121 0,5415 1,4739 1,5702
A47
600 0,1330 0,3901 0,4121 0,6058 1,5706 1,6834
(A02)
5000 0,1330 0,3901 0,4121 0,6335 1,6730 1,8072
F = 60 Hz
T = 50º C
Espaçamento médio geométrico entre as fases = 1,35 m
Espaçamento geométrico entre fases e neutro = 2,20 m
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Tabela IV.10
Impedâncias de seqüências para rede primária-cobre zona urbana
Resistividade Impedância de sequência Impedância de sequência
Código positiva e negativa (ohm/km) zero (ohm/km)
do solo
bitola
(ohm.m) R1 X1 Z1 R0 X0 Z0
100 1,4854 0,5078 1,5698 1,8868 1,7224 2,5547
06 (06) 600 1,4854 0,5078 1,5698 1,9547 1,8512 2,6922
5000 1,4854 0,5078 1,5698 2,0402 1,9936 2,8525
100 0,9341 0,4904 1,0550 1,3355 1,7049 2,1657
04(06) 600 0,9341 0,4904 1,0550 1,4034 1,8338 2,3092
5000 0,9341 0,4904 1,0550 1,4889 1,9761 2,4742
100 0,5935 0,4671 0,7553 0,9949 1,6816 1,9539
02(06) 600 0,5935 0,4671 0,7553 1,0628 1,8105 2,0994
5000 0,5935 0,4671 0,7553 1,1483 1,9528 2,2654
100 0,3766 0,4513 0,5878 0,7303 1,4099 1,5878
10(02) 600 0,3766 0,4513 0,5878 0,7778 1,4824 1,6741
5000 0,3766 0,4513 0,5878 0,8332 1,5575 1,7664
100 0,1876 0,4249 0,4645 0,4669 1,2990 1,3804
40(10) 600 0,1876 0,4249 0,4645 0,4983 1,3583 1,4468
5000 0,1876 0,4249 0,4645 0,5341 1,4194 1,5166
F = 60 Hz
T = 50º C
Espaçamento médio geométrico entre as fases = 1,35 m
Espaçamento médio geométrico entre fases e neutro = 2,20 m

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Tabela IV.11
Impedâncias de seqüências para rede secundária-alumínio
Resistividade Impedância de sequência Impedância de sequência
Código positiva e negativa (ohm/km) zero (ohm/km)
do solo
bitola
(ohm.m) R1 X1 Z1 R0 X0 Z0
100 0,9477 0,3417 1,0074 1,5551 1,5697 2,2096
A02 600 0,9477 0,3417 1,0074 1,6313 1,6409 2,3138
(A02)
5000 0,9477 0,3417 1,0074 1,7205 1,7140 2,4286
100 0,5954 0,3243 0,6780 1,2028 1,55221 1,9637
A10
600 0,5954 0,3243 0,6780 1,2790 1,6235 2,0668
(A02)
5000 0,5954 0,3243 0,6780 1,3682 1,6966 2,1795
100 0,5954 0,3243 0,6780 1,1342 1,3307 1,7485
A10
600 0,5954 0,3243 0,6780 1,1890 1,3743 1,8173
(A10)
5000 0,5954 0,3243 0,6780 1,2505 1,4176 1,8903
100 0,4729 0,3154 0,5684 1,0117 1,3218 1,6645
A20
600 0,4729 0,3154 0,5684 1,0665 1,3654 1,7326
(A10)
5000 0,4729 0,3154 0,5684 1,1280 1,4087 1,8047
100 0,2977 0,2979 0,4212 0,8365 1,3043 1,5495
A40
600 0,2977 0,2979 0,4212 0,8913 1,3480 1,6160
(A10)
5000 0,2977 0,2979 0,4212 0,9528 1,3912 1,6862
100 0,2977 0,2979 0,4212 0,6572 1,0913 1,2739
A40
600 0,2977 0,2979 0,4212 0,6838 1,1188 1,3112
(A40)
5000 0,2977 0,2979 0,4212 0,7127 1,1463 1,3498
F = 60 Hz
T = 50º C
Espaçamento médio geométrico entre as fases = 0,25 m
Espaçamento médio geométrico entre fases e neutro = 0,36 m

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Tabela IV.12
Impedâncias de seqüências para rede secundária-cobre
Resistividade Impedância de sequência Impedância de sequência
Código positiva e negativa (ohm/km) zero (ohm/km)
do solo
bitola
(ohm.m) R1 X1 Z1 R0 X0 Z0
100 1,4854 0,3808 1,5334 2.0679 1,8281 2,7601
06 (06) 600 1,4854 0,3808 1,5334 2,1514 1,9386 2,8960
5000 1,4854 0,3808 1,5334 2,2536 2,0585 3,0522
100 0,9341 0,3633 1,0023 1,5166 1,8106 2,3619
04(06) 600 0,9341 0,3633 1,0023 1,6001 1,9211 2,5002
5000 0,9341 0,3633 1,0023 1,7023 2,0410 2,6577
100 0,5935 0,3400 0,6840 1,1760 1,7873 2,1395
02(06) 600 0,5935 0,3400 0,6840 1,2595 1,8978 2,2777
5000 0,5935 0,3400 0,6840 1,3617 2,0177 2,4342
100 0,3766 0,3243 0,4970 0,7303 1,4099 1,5878
10(02) 600 0,3766 0,3243 0,4970 0,7778 1,4824 1,6741
5000 0,3766 0,3243 0,4970 0,8332 1,5575 1,7664
100 0,1876 0,2979 0,3520 0,5983 1,1600 1,3052
40(10) 600 0,1876 0,2979 0,3520 0,6322 1,1927 1,3499
5000 0,1876 0,2979 0,3520 0,6694 1,2253 1,3962
F = 60 Hz
T = 50º C
Espaçamento médio geométrico entre as fases = 0,25 m
Espaçamento médio geométrico entre fases e neutro = 0,36 m

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ANEXO V – CARACTERÍSTICAS E IMPEDÂNCIAS DE SEQÜÊNCIAS DOS CABOS


UTILIZADOS PELA CPFL– PIRATININGA

TABELA V.1
Impedâncias de seqüências para rede da Piratininga
TENSÃO 6,6 KV
BITOLA (AWG/MCM) Ohms/km
Fase Neutro Mono-aterrado Multi-aterrado
R1 X1
BIT MT BIT MT R0 X0 R0 X0
CONDUTORES DE COBRE
400A CU 1/0 CU 0,1883 0,3927 0,3659 1,9472 0,4745 1,3425
200A CU 4 CU 0,2989 0,4108 0,4766 1,9653 0,7121 1,5756
260A CU 4 CU 0,3773 0,4195 0,5549 1,9740 0,7904 1,5843
130 CU 6 CU 0,9434 0,4524 1,1211 2,0069 1,3545 1,7517
100 CU 6 CU 1,4854 0,476 1,6630 2,0305 1,8965 1,7753
CONDUTORES DE ALUMÍNIO
430A AL 3/0 AL 0,1908 0,3715 0,3684 1,9260 0,4850 1,3140
275 AL 1/0 AL 0,3810 0,4019 0,5586 1,9564 0,7531 1,4380
200 AL 4 AL 0,6047 0,4178 0,7823 1,9723 1,0162 1,7254
110 AL 4 AL 1,5289 0,4655 1,7065 2,0200 1,9404 1,7731

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Tabela V.2
Impedâncias de seqüências para rede da Piratininga
TENSÃO 13,2 KV
BITOLA (AWG/MCM) Ohms/km
Fase Neutro Mono-aterrado Multi-aterrado
R1 X1
BIT MT BIT MT R0 X0 R0 X0
CONDUTORES DE COBRE
4/0 CU 1/0 CU 0,1883 0,3927 0,3659 1,9472 0,4745 1,3425
2/0 CU 4 CU 0,2989 0,4108 0,4766 1,9653 0,7121 1,5756
1/0 CU 4 CU 0,3773 0,4195 0,5549 1,9740 0,7904 1,5843
4 CU 6 CU 0,9434 0,4524 1,1211 2,0069 1,3545 1,7517
6 CU 6 CU 1,4854 0,4760 1,6630 2,0305 1,8965 1,7753
CONDUTORES DE ALUMÍNIO
336,4 AL 3/0 AL 0,1908 0,3715 0,3684 1,9260 0,4850 1,3140
3/0 AL 1/0 AL 0,3810 0,4019 0,5586 1,9564 0,7531 1,4380
1/0 AL 4 AL 0,6047 0,4178 0,7823 1,9723 1,0162 1,7254
4 AL 4 AL 1,5289 0,4655 1,7065 2,0200 1,9404 1,7731

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Tabela V.3
Impedâncias de seqüências para rede da Piratininga
TENSÃO 23 KV
BITOLA (AWG/MCM) Ohms/km
Fase Neutro Mono-aterrado Multi-aterrado
R1 X1
BIT MT BIT MT R0 X0 R0 X0
CONDUTORES DE COBRE
4/0 CU 1/0 CU 0,1883 0,4196 0,3659 1,8934 0,4810 1,2683
2/0 CU 4 CU 0,2989 0,4377 0,4766 1,9114 0,7220 1,5093
1/0 CU 4 CU 0,3773 0,4464 0,5549 1,9201 0,8003 1,5180
4 CU 6 CU 0,9434 0,4793 1,1211 1,9531 1,3638 1,6901
6 CU 6 CU 1,4854 0,5029 1,6630 1,9767 1,9067 1,7137
CONDUTORES DE ALUMÍNIO
336,4 AL 3/0 AL 0,1908 0,3984 0,3684 1,8722 0,4918 1,2395
3/0 AL 1/0 AL 0,3810 0,4288 0,5586 1,9025 0,7622 1,3671
1/0 AL 4 AL 0,6047 0,4447 0,7823 1,9185 1,0254 1,6641
4 AL 4 AL 1,5289 0,4924 1,7065 1,9662 1,9496 1,7117

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ANEXO VI – CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO ASSIMÉTRICA

1 INTRODUÇÃO
As equações da corrente de curto-circuito trifásica, descritas anteriormente, são
aplicáveis somente quando a corrente de curto circuito já atingiu o regime
permanente. Elas calculam o valor eficaz da corrente que persistiu por um período
suficientemente longo de modo que o transitório inicial já desapareceu. Essas
equações não podem calcular o valor instantâneo da corrente de curto-circuito,
imediatamente após a ocorrência de falta. Isto será visto neste anexo.
Define-se como corrente eficaz o valor de I EF da expressão:
T
1
I EF = ∫ i 2 dt
T0
onde:
i = corrente instantânea que varia em função do tempo
t = tempo
T = intervalo de tempo especificado para determinação do valor eficaz
Se i = I MÁX sen ωt , onde I MÁX é o valor de crista de uma corrente senoidal, a
equação acima terá seu valor
I MÁX
I EF = , quando T = π .
2
Do ponto de vista físico, uma corrente senoidal com o valor de crista igual a I MÁX
terá o mesmo efeito no valor da potência ou energia gerada em um resitor, se este
for percorrido por uma corrente contínua de valor I EF . Por isso, a corrente I EF é
chamada de valor eficaz de i . Entretanto, o valor 2 não pode ser generalizado
uma vez que nem sempre a corrente varia senoidalmente conforme acima.
No caso particular dos transitórios que ocorrem na rede de distribuição, há uma
componente exponencial decrescente que se soma à senóide, resultando no seu
deslocamento para cima, conforme a figura VI.1.b a seguir:

O novo valor de I EF , neste caso, pode ser determinado pela curva I ' EF da
I EF
figura VI.2, desde que se tome T = π 2 .

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Figura VI.1.a - Tensão variando senoidalmente

Figura VI.1.b - Corrente deslocada por uma componente exponencial decrescente

É este primeiro meio ciclo que interessa nos cálculos de dimensionamento para a
capacidade de condução das correntes de curto nos equipamentos.
Para o cálculo da capacidade de interrupção, se costuma usar na distribuição o
valor de 1,35 para disjuntores e religadores, uma vez que a operação de abertura
ocorre 3 a 8 ciclos após a ocorrência de falta.
No ponto de instalação de um dispositivo de proteção de um circuito qualquer, o
valor eficaz da corrente de curto-circuito simétrica pode ser conhecido através das
equações do Anexo III, e o valor da relação X/R pode ser conhecido através da
impedância total do sistema utilizado no cálculo.

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2 FÓRMULAS
2.1 Corrente de Curto-circuito Trifásica Assimétrica
Icc3 Fass = k1 Icc3 F

Onde k1 é obtido da figura VI.2, para a impedância Z = Z1 = R1 + jX 1


2.2 Corrente de Curto-circuito Bifásica Assimétrica
Icc2 Fass = k1Icc2 F
2Z1 2
Onde k1 é obtido da figura VI.2, para a impedância Z = = (R1 + jX 1 )
3 3
2.3 Corrente de Curto-circuito Fase Terra Assimétrica
IccFTass = k0 IccFT
2 Z1 + Z 0 + 3R f
Onde k0 é obtido da figura VI.2, para a impedância Z =
3

FIGURA VI.2 - Fator de assimetria - K

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ANEXO VII – CURVAS T X I DOS ELOS FUSÍVEIS TIPO "K"

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ANEXO VIII – CÁLCULO DO FATOR DE SEGURANÇA A SER UTILIZADO NO


AJUSTE DA PROTEÇÃO DE FASE
Considerando-se:
1. Que os TCs utilizados pela CPFL possuem erros de ± 10%;
2. Que o "pick-up" dos relés também possuem erros de ± 10%;
3. Que o erro no cálculo da impedância da rede (anexo V) é de ± 10%;
4. Que existirá um erro na medição do comprimento da rede, que consideraremos de
5%;
O Fator de Segurança será o produto deles.
Então:
FS = 1,1× 1,1×1,1× 1,05 = 1,40
Para acrescentar impedâncias impostas por arco elétrico ou mau contato entre os
cabos em curto-circuito, sugerimos utilizar valores entre 1,5 à 2,0 , sendo que o último
valor dará mais segurança que o primeiro.

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ANEXO IX – CURVA TEMPO X CORRENTE PARA INÍCIO DE RECOZIMENTO DOS


CABOS DE ALUMÍNIO

1 CABOS CA

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2 CABOS CAA

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ANEXO X – INTEGRAÇÃO RELÉ-RELIGADOR

1 INTRODUÇÃO
Na coordenação relé-religador onde for utilizado relé a indução devem ser
verificados os avanços relativos do contato móvel do relé, durante a seqüências de
operações do religador.
A figura X.1 ilustra os principais elementos de um relé de indução:

Figura X.1
Durante o tempo equivalente a 1a. operação do religador, o relé também é
sensibilizado pela sobrecorrente, e a unidade móvel que é a base de indução,
avança em direção ao contato fixo.
Durante o intervalo de religamento do religador, o relé tende a retornar à sua
posição inicial, sendo que esse retorno depende do tipo de relé e do ajuste da
curva temporizada do mesmo, conforme mostra a figura X.2.
O processo se repete nas operações seguintes do religador, e quando o avanço for
maior que o retorno do relé, a unidade móvel permanecerá numa posição
adiantada em relação àquela inicial.
A soma dos avanços relativos do relé (avanço - retorno), em qualquer das
operações do religador, não deve ser suficiente para que o contato móvel encontre
o contato fixo do relé. Se isto ocorrer, o relé comandará a abertura do disjuntor,
ocorrendo uma descoordenação com o religador.

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Figura X.2 - Tempo de rearme


Os cálculos para a integração relé-religador podem ser feitos manualmente ou
através de um programa computacional, conforme mostrado a seguir:

2 MÉTODO MANUAL
A integração deve ser feita para valores de corrente de curto-circuito no trecho
onde as curvas apresentam maior proximidade relativa entre si, isto é, no ponto
T
onde ocorrer a maior relação religador . Deverá ser feita para os ajustes de fase e de
Trelé
terra.
Devido aos possíveis erros dos dispositivos de proteção, deve ser dada uma
tolerância para obter-se maior garantia na coordenação. A tolerância considerada
será de 10% para cada dispositivo, o que significa elevar a curva temporizada do
religador em 10% e abaixar a curva do relé em 10% conforme ilustrado na figura
X.3 .
Essa tolerância não será considerada para a curva rápida do religador, pois a
mesma é especificada pelo fabricante como curva máxima (tempo máximo de
atuação).

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Figura X.3 - Tolerância dos dispositivos de proteção

A verificação da integração deverá ser feita através do preenchimento da tabela


abaixo:
Religador Relé ////////
Sequência
operação Curva Tempo de Tempo de Soma
Avanço % Rearme %
operação (t1) religamento (t2) relativa



4ª ///////////// /////////
Roteiro para preenchimento:
1. Preencher os campos referentes as curvas, tempo de operação do religador para
o valor de curto-circuito desejado (T1) e tempo de religamento do religador (T2).

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2. Avanço do relé
T 1× 100
Avanço =
X
T 1 = tempo de operação do religador para o valor de curto-circuito desejado
X = tempo de operação do relé para o valor de curto-circuito desejado
3. Rearme do relé
T 2 ×100
Rearme =
Y
T 2 = tempo de religamento do religador
Y = tempo de rearme total do relé (função da curva do relé)
4. Soma relativa
Diferença entre o avanço e Rearme do relé. Caso o valor seja negativo,
considerá-lo igual a zero.
A coordenação estará assegurada quando o valor total da soma relativa for
inferior a 100%.
Exemplo: Verificar a coordenação entre o disjuntor e o religador do circuito
mostrado na figura X.4. O gráfico tempo x corrente com os ajustes dos
equipamentos está mostrado na figura X.5.

Figura X.4 - Exemplo

a) Ajustes dos equipamentos


Relé de Sobrecorrente
RTC: 300/5
Ajustes Fase Ajustes Terra
Marca: Westinghouse Westinghouse
Tipo: CO7 CO6
TAP: 5,0 A 0,5 A
Curva: 2 9

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Instantâneo: 50 A 15 A

Religador
RTC: 100/1
Marca: Brush
Tipo: PMR 1-15
Fase Terra UST
P.U. Temporizado (%RTC): 100 (100%) 20 (20%)
Curva (característica): 04 (MI) 03 (I)
P.U. Inst. (FE): 100 (1,0) 40 (2,0)
Seq. Operações: 2I 2T 2I 2T
PU UST (FE): 8(0,4)
Tempo definido (s): 3
Número operações: 4 4 4
Religamento (s): 2
Rearme (s): 10
Tempo adicional curva rápida (s): 0

Figura X.5 - Integração relé-religador - exemplo

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b) Para exemplificar será feita a verificação da integração para os ajustes de terra.


A faixa de corrente a ser considerada é entre 48 e 400A, que são os valores de
corrente de curto-circuito fase-terra mínima e máxima na zona de proteção
mútua do relé e do religador.
Conforme pode ser visto pela Tabela X.1, as curvas do religador e do relé estão
mais próximas em 80 A, que será o valor usado no cálculo.

Tabela X.1 - Relação entre o tempo de atuação do religador e do relé

Tempo religador curva Treligador


Corrente Tempo relé (s)
temporizada (s) Trelé
50 5,2 2,4 0,462
60 4,2 2,0 0,476
70 3,5 1,8 0,514
80 3,1 1,6 0,516
90 2,9 1,45 0,500
100 2,8 1,35 0,482
150 2,3 1,10 0,478
200 2,1 0,95 0,452
300 1,9 0,82 0,432
400 1,8 0,76 0,422
b1) Tempo de operação do relé de terra para 80A: 3,1 s. Considerando a tolerância
de 10%, esse tempo diminui para 2,79 s (3,1 x 0,9).
b2) Tempo de operação do religador na curva rápida para 80A:0,09s.
b3) Tempo de operação do religador na curva lenta para 80A: 1,6 s. Considerando
a tolerância de 10% esse tempo aumenta para 1,76 s (1,6 x 1,1)
b4) Avanço do contato móvel do relé na 1a. operação do religador (curva rápida)
0,09 × 100
Avanço = = 3,2%
2,79
b5) Rearme do relé
O tempo para o rearme total do relé é fornecido pelo fabricante, e é função da
curva do relé escolhida, conforme mostra a figura X.6.

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Figura X.6 - Curva de rearme do relé CO-6

Como foi escolhida a curva 9, o tempo total de rearme é de 6 s.


Como o tempo de religamento do religador é 2 s, tem-se:
2 ×100
Rearme = = 33,3%
6
Soma reativa = Avanço - Rearme = 3,2% - 33,3% = -30,1%, que significa que
não houve avanço relativo do relé na 1a. atuação do religador.
b6) Avanço do contato móvel do relé na 2a. operação do religador (curva rápida)
Os cálculos são idênticos aos itens b4 e b5, portanto não ocorre avanço
relativo do relé na segunda atuação do religador.
b7) Avanço do contato móvel do relé na 3a. operação do religador (curva lenta)
1,76 ×100
Avanço = = 63,1%
2,79
Rearme = 33,3% (idem item b5)
Soma Relativa = 63,1% - 33,3% = 29,8%
b8) Avanço do contato móvel do relé na 4a. operação do religador (curva lenta)
1,76 ×100
Avanço = = 63,1%
2,79
Soma Relativa Total: 29,8% + 63,1% = 92,9%
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c) Resumo dos Cálculos


Religador Relé /////////
Sequência
operação Tempo de Tempo de Soma
Curva Avanço % Rearme %
operação (t1) religamento (t2) relativa
1ª Rápida 0,09 2 3,2 33,3 0
2ª Rápida 0,09 2 3,2 33,3 0
3ª Lenta 1,76 2 63,1 33,3 29,8
4ª Lenta 1,76 ////////////// 63,1 ///////// 92,2
O resultado indica que para um valor de corrente de curto-circuito de 80 A existe
coordenação entre relé-religador.
Os cálculos devem ser repetidos para outros valores na faixa de 48 a 400 A.

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AJUSTES PROPOSTOS PARA OS EQUIPAMENTOS

ALIMENTADOR:

RELÉ DE SOBRECORRENTE
FASE TERRA
MARCA: WE WE
TIPO : CO7 CO6
TAP : 5,0 A 0,5 A
CURVA: 2 9
UNID.INST.: 50 A 15 A
RTC : 300/5

TEMPO REARME: 2,155 5,80

RELIGADOR
MARCA: BRUSH
TIPO : PMR-15
FASE TERRA UST
PU TEMP. (% RTC) : 100 (100%) 20 (20%)
CURVA (CARACT) : 04 (MI) 03 (I)
PU INST. (FE) : 100 (1.0) 40 (2.0)
SEQ. OPERAÇÃO : 2I 2T 2I 2T
PU UST (FE) : 8 (0.40)
TEMPO DEF. (SEG) : 3.0
NUM. OPERAÇÃO : 4 4 4
RTC : 100/1
RELIGAMENTO (SEG) : 2.0
REARME (SEG.) : 10.0
TEMPO ADIC.CURVA RÁPIDA (SEG) : 0.00

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ANEXO XI – CURTO-CIRCUITO NO LADO BT DO TRANSFORMADOR

1 CURTO-CIRCUITO TRIFÁSICO

Figura XI.1 - Curto-circuito trifásico


V( BT )
Icc3 F ( AT ) = Icc3 F ( BT ) ×
V( AT )

Ex.: Calcular o curto-circuito trifásico na saída de um transformador (lado BT) de


45 kVA, tensões 11,9 kV/220-127V, Z% = 3,2%.
Vff
Icc3 F ( BT ) =
3 ⋅ Z1
Z1( pu ) = 0,032

VABASE
Z1( pu ) = Z1( ohms ) 2
VBASE
45000
0,032 = Z1( ohms )
220 2
Z1( ohms ) = 0,034

220
Icc3 F ( BT ) = = 3736 A
3 ⋅ 0,034
Referindo-se ao primário:
V( BT )
Icc3 F ( AT ) = Icc3 F ( BT ) ×
V( AT )

220
Icc3 F ( AT ) = 3736 × = 69,1A
11900
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Figura XI.2 - Curto-circuito trifásico


Nota: No exemplo foram desprezados os valores das impedâncias da SE e do
cabo primário. Esses valores quando refletidos ao secundário são bastante
baixos. Entretanto, em pontos da rede primária onde Icc3F for igual ou
menor que 1000A, os mesmos passam a ser significativos.

2 CURTO-CIRCUITO BIFÁSICO

Figura XI.3 – Curto-circuito bifásico


1 V
Icc2 F ( AT ) = Icc2 F ( BT ) ⋅ ⋅ ( BT )
cos 30° V( AT )

Como Icc2 F ( BT ) = Icc3 F ( BT ) ⋅ cos 30° ⇒ Icc2 F ( AT ) = Icc3 F ( AT )

Nota: essa relação é válida para apenas uma das fases. Nas outras duas fases o
Icc2 F ( AT )
valor de corrente é .
2
Exemplo: Calcular o curto-circuito bifásico do exemplo anterior.
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Vff
Icc2 F ( BT ) =
2Z1
220
Icc2 F ( BT ) = = 3235 A
2 ⋅ 0,037
Referindo-se ao primário:
1 V
Icc2 F ( AT ) = Icc2 F ( BT ) ⋅ ⋅ ( BT )
cos 30° V( AT )

1 220
Icc2 F ( AT ) = 3235 ⋅ ⋅ = 69,1A
cos 30° 11900

Figura XI.4 - Curto-circuito bifásico

3 CURTO-CIRCUITO FASE TERRA


1 V( BT )
Icc FT ( AT ) = Icc FT ( BT ) ⋅ ⋅
3 V( AT )

Figura XI.5 - Curto-circuito fase-terra

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3.1 Considerando Rf = 0
3 ⋅ Vff
IccFT =
2 Z1 + Z 0
Para transformadores: Z 0 = Z1 , portanto:

3 ⋅ Vff Vff
IccFT = = = Icc3 F
3Z 1 3Z 1
Portanto:
IccFT ( BT ) = Icc3 F ( BT )

3.2 Considerando Rf ≠ 0

3 ⋅ Vff
IccFT =
2 Z1 + Z 0 + 3R f
Exemplo para um curto-circuito na saída de um transformador de 112,5 kVA; 11,9
kV-220/127, R f = 10 Ω, Z=3,5 %.

V2
Z1TRAFO ( ohms ) = Z1TRAFO pu
VABASE

220 2
Z1TRAFO ( ohms ) = 0,035 = 0,015
112500
3 ⋅ 220
IccFT ( BT ) =
2 ⋅ 0,015 + 0,015 + 3 ⋅ 10
IccFT ( BT ) = 12,7 A

1 V( BT )
IccFT ( AT ) = IccFT ( BT ) ⋅ ⋅
3 V( AT )
1 220
IccFT ( AT ) = 12,⋅ ⋅ = 0,14 A
3 11900
Portanto para curto-circuito fase terra no lado BT de um transformador, mesmo
que Rf seja baixa, a corrente de curto-circuito que flui no primário é muito baixa,
tornando difícil a atuação do elo fusível de proteção.

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Nota: Foram desprezadas as impedâncias da SE e do cabo primário, pois os


valores das mesmas refletidas no secundário são muito baixos comparados
com o valor de Rf.

Figura XI.6 - Curto-circuito fase-terra

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ANEXO XII – RELIGADORES TIPO KF DA MCGRAW-EDISON

1 INTRODUÇÃO
Este anexo traz os ajustes e as curvas que estão disponíveis no religador tipo KF
da McGraw-Edison.
O religador KF é um religador com controles hidráulicos, com isolação à óleo e
abertura feita em garrafas de vácuo.

2 CARACTERÍSTICAS NOMINAIS
Corrente nominal: 280 A
Tensão nominal: 14,4kV
NBI: 110kV *
* Esta tensão não deve ser aplicada com os contatos abertos. Nesta condição a
isolação de religador é menor que 110kV.

3 CORRENTE DE "PICK-UP" E CAPACIDADE DE INTERRUPÇÃO


O religador KF utiliza bobinas séries como elemento sensor de fase, sendo que a
corrente de "pick-up" da bobina é o dobro de sua capacidade nominal. Também a
capacidade de interrupção é afetada pela bobina usada. Veja a tabela XII.1 para os
valores disponíveis.
O sensor para as operações de terra é eletrônico e possui os seguintes ajustes de
corrente de disparo: 5A, 10A, 20A, 35A, 50A, 100A, 140A, 200A e 280A. Apesar da
grande quantidade de ajustes disponíveis, deve-se utilizar os valores 5A e 10A.

TABELA XII.1
Bobinas séries do Religador KF
Corrente Corrente de “pick- Capacidade de interrupção
nominal up “ simétrica à 14,4 kV
5 10 500
10 20 1000
5 30 1500
25 50 1500
35 70 3500
50 100 5000
70 140 6000
100 200 6000
140 280 8200

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4 NÚMERO DE OPERAÇÕES
O religador pode ser ajustado para executar 2, 3 ou 4 operações para bloqueio
(uma operação para bloqueio só é conseguida abaixando-se a alavanca de
bloqueio após a primeira operação). O ajuste é único para as operações de fase e
terra, isto é, a quantidade de operações para bloqueio para fase e terra será o
mesmo.
Como o mecanismo de integração do número de operações é único para fase e
terra, em um bloqueio as operações podem ser todas de fase, todas de terra ou
uma combinação delas.

5 SEQÜÊNCIAS DE OPERAÇÕES
O religador kF possui seqüências de operações independentes para fase e terra,
sendo que para qualquer uma delas é possível termos de nenhuma à 4 operações
rápidas. O números de operações temporizadas será o número de operações para
bloqueio menos o número de operações rápidas.

6 CURVAS CARACTERÍSTICAS DE OPERAÇÃO DE FASE


As curvas características de operação de fase para o religador kF são a tempo
inverso. Este religador possui uma única curva rápida (curva A) que será usada
quando o religador realizar suas operações rápidas. A curva A mostrada na figura
XII.1 é o tempo máximo de interrupção do equipamento, e portanto, todos os erros
serão negativos. O religador oferece ainda, duas curvas temporizadas (B e C) para
a escolha do projetista, a figura XII.1 mostra o tempo médio de operação, cuja
variação é de 10% para mais ou para menos.

7 CURVAS CARACTERÍSTICAS DE OPERAÇÃO DE TERRA


O religador kF oferece as curvas de operação de terra a tempo definido, mostradas
na tabela XII.2 e nas figuras XII.2 a XII.10. Note nestas figuras que cada curva é
composta por um par de curvas. A curva inferior é o menor tempo em que o
religador opera, já levando-se em consideração os erros. A curva superior é o
máximo tempo em que o religador operará, quando o seu capacitor de carga estiver
totalmente descarregado. Se a corrente de carga for maior que 5A o capacitor pode
ser considerado como carregado para a primeira operação.
Nos casos em que a corrente da linha é menor que 5A, ou em operações
subsequentes à primeira, ou outros casos em que o capacitor não estiver totalmente
carregado, o tempo de abertura estará entre as curvas superior e inferior. Assim
para a verificação da coordenação com relés o tempo da curva superior deve ser o
considerado. Observe ainda que as curvas de terra são dadas em amperes, e que
portanto, não é necessário deslocá-las quando o "pick-up" for diferente de 5A,
bastando desprezar o início da curva até o "pick-up" desejado.

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TABELA XII.2
Curvas características de operação para terra
CURVA TEMPO MÉDIO (s)
1 0,1
2 0,2
3 0,5
4 1,0
5 2,0
6 3,0
7 5,0
8 10,0
9 15,0

Figura XII.1 - Curvas de Fase do religador KF

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Figura XII.2

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Figura XII.3

Figura XII.4

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Figura XII.5

Figura XII.6

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Figura XII.7

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Figura XII.8

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Figura XII.9

Figura XII.10

8 TEMPOS DE RELIGAMENTO
O religador kF possui um único tempo de religamento, não ajustável, de 2 s.

9 TEMPO DE REARME
O tempo de rearme do religador kF é em torno de 1 minuto a 1,5 minuto por
operação, sendo que o tempo total de rearme após o bloqueio do religador é de
aproximadamente 7 minutos.

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ANEXO XIII – RELIGADORES TIPOS OYT-250 E OYT-400 DA REYROLLE

1 INTRODUÇÃO
Este anexo traz os ajustes e curvas que estão disponíveis nos religadores OYT-250
e OYT-400 da Reyrolle.
Os religadores OYT são religadores com controle hidráulico e isolação e abertura
em óleo.

2 CARACTERÍSTICAS NOMINAIS
Corrente Nominal: 250A ou 400A
Tensão Nominal: 14,4 kV
NBI: 110 kV

3 CORRENTES DE "PICK-UPS" E CAPACIDADE DE INTERRUPÇÃO


Os religadores OYT utilizam bobinas séries como elemento sensor de fase, sendo
que a corrente de "pick-up" é o dobro da corrente nominal. A capacidade de
interrupção também é afetada pela bobina usada. Veja a tabela XIII.1 para os
valores disponíveis.
O sensor para defeitos à terra é eletrônico e pode ser ajustado em 5A, 10A ou 20A.

Tabela XIII.1
Bobinas séries dos religadores OYT
Capacidade de interrupção
Corrente Corrente de
até 11 kV à 13,8 kV
nominal “pick-up “
Sim. Assim. Sim. Assim.
5 10 1056 1510 1056 1600
10 20 2112 3020 2112 3200
15 30 5250 7500 4000 6050
20 40 5250 7500 4000 6050
25 50 5250 7500 4000 6050
30 60 5250 7500 4000 6050
35 70 5250 7500 4000 6050
50 100 5250 7500 4000 6050
75 150 5250 7500 4000 6050
100 200 5250 7500 4000 6050
150 300 5250 7500 4000 6050
200 400 5250 7500 4000 6050
250 500 5230 7500 4000 6050

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4 NÚMERO DE OPERAÇÕES
Os religadores OYT permitem o ajuste do número total de operações para o
bloqueio em 1, 2, 3 ou 4 operações. O número de operações para bloqueio
escolhido será o número de operações para fase, para terra ou mesmo para uma
combinação de operações de fase e terra

5 SEQÜÊNCIAS DE OPERAÇÕES
A seqüências de operações para os religadores OYT é a mesma para fase e terra.
É possível selecionar-se de nenhuma a quatro operações temporizadas, sendo o
número de operações rápidas a diferença entre o número de operações para o
bloqueio menos o número de operações lentas, exceto quando todas as operações
forem lentas.

6 CURVAS CARACTERÍSTICAS DE OPERAÇÃO DE FASE

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FIGURA XIII.1 - Curvas de fase dos religadores OYT


Os religadores OYT oferecem apenas uma curva rápida de fase, a curva H, e duas
curvas temporizadas, Kl e Ks, sendo que alguns religadores possuem ainda uma
terceira curva temporizada, curva D, que é mais lenta que as duas anteriores. Ao
utilizar a curva D deve-se verificar se o religador a ser usado possui esta curva.
A Figura XIII.1 mostra as curvas de fase dos religadores OYT, a curva H mostrando
o máximo tempo de interrupção e as outras curvas mostrando o tempo médio, os
quais podem ter uma variação de 10% para mais ou para menos.

7 CURVAS CARACTERÍSTICAS DE OPERAÇÃO DE TERRA


Os religadores OYT oferecem uma curva rápida de terra e várias curvas
temporizadas, sendo que estas últimas são curvas a tempo definido.
As curvas temporizadas de terra oferecidas originalmente pelos religadores OYT
são de 0,5s; 1,0s; 2,0s; 5,0s; 9,0s e 13s. Entretanto, devido a substituição dos
temporizadores originais por outros temporizadores fabricados na própria CPFL,
atualmente existem religadores com outros valores de tempo. São encontrados
normalmente as seguintes combinações de curvas:
0,5 s; 1,0 s e 2,0 s;
ou
1,0 s; 2,0 s e 3,0 s.
Ao usar uma curva de terra que não seja comum a todos os religadores, deve-se
verificar se o equipamento a ser utilizado possui a curva desejada.
A Figura XIII.2 mostra as curvas originais dos religadores OYT. Note que os valores
de correntes estão em ampéres e que, portanto, não há necessidade de deslocá-
las para valores de "pick-up" diferentes de 5A, bastando desprezar o início da
curva. Com exceção da curva rápida, que mostra o tempo máximo de interrupção,
todas as outras têm uma tolerância de 10% para mais ou para menos.

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Figura XIII.2

8 TEMPOS DE RELIGAMENTO
O tempo de religamento dos religadores OYT é de 2,0s. Este tempo é único e não
é ajustável.

9 TEMPO DE REARME
O tempo de rearme dos religadores OYT é de 1,5 minuto por operação. O tempo
total de rearme após o bloqueio é de aproximadamente 7 minutos. Este tempo não
é ajustável.

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ANEXO XIV – RELIGADORES TIPO SEV-280 DA WESTINGHOUSE

1 INTRODUÇÃO
Este anexo traz os ajustes e as curvas disponíveis para o religador SEV-280 da
Westinghouse.
O religador SEV-280 é isolado a óleo e faz a interrupção da corrente em garrafas
de vácuo. Este religador possui controle eletrônico para todas as suas funções.

2 CARACTERÍSTICAS NOMINAIS
Corrente nominal: 280A
Tensão nominal: 11,5kV e 13,2kV
Capacidade de interrupção : 6000A simétricos
NBI: 110kV *
* Não aplicável entre contatos abertos. Capacidade de isolamento é 25% inferior
nesta condição.

3 CORRENTES DE "PICK-UP"
O religador SEV-280 possui um número grande de "pick-up" para fase e para terra,
entretanto, deve ser observado que o "pick-up" de terra é dependente do "pick-up"
de fase. Os "pick-ups" possíveis estão indicado na Tabela XIV.1.
A CPFL possui os módulos calibradores da corrente de pick-up de terra números 9,
10, 11 e 12, que devem atender a todas as nossas necessidades.

4 NÚMERO DE OPERAÇÕES
O número de operações para bloqueio é comum para as operações de fase e terra
e pode ser ajustado desde 1 até 4 operações para bloqueio.

5 SEQÜÊNCIAS DE OPERAÇÕES
A seqüências de operações do religador SEV-280 é comum para fase e terra, isto
é, uma mesma seqüência será executada, quer o defeito seja para a terra quer ele
seja entre fases.
Podem ser ajustadas desde nenhuma até três operações rápidas. O número de
operações lentas será o número de operações para bloqueio menos o número de
operações na curva rápida. Note que se o ajuste escolhido for quatro operações
para bloqueio haverá, então, pelo menos uma operação na curva temporizada.
Deve ser observado ainda que as operações nas curvas rápidas sempre precedem
as operações na curva temporizada.

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Tabela XIV.1 – Pick-up de terra


Módulo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
Pick-up
Transformador auxiliar
de fase
H1-H2 H1-H3 H1-H4 H1-H5
50 50 40 33 25 29 15 12 9 7 5,5 - - - - - - -
70 70 50 46 35 26 21 17 13 10 8 6 5 - - - - -
80 80 64 52 40 39 24 19 15 11 9 7 5,5 - - - - -
90 90 72 59 45 33 27 22 16 13 10 8 6 4,5 - - - -
100 100 80 65 50 37 30 14 18 14 11 9 7 5 - - - -
110 110 88 72 55 41 33 26 20 15 12 10 8 5.5 - - - -
130 130 104 85 65 48 39 31 23 18 14 12 9 6,5 5 - - -
150 150 120 98 75 56 45 36 27 21 17 14 10 7,5 6 5 - -
170 170 136 111 85 63 51 41 31 24 19 15 12 8,5 7 5,5 - -
180 180 144 117 90 67 54 43 33 25 20 16 13 9 7 6 - -
200 200 160 130 100 74 60 48 36 28 22 18 14 10 8 6,5 5 -
280 280 224 182 140 104 84 67 50 39 31 25 20 14 11 9 7 5

6 CURVAS CARACTERÍSTICAS DE OPERAÇÃO DE FASE


O religador SEV-280 oferece as seguintes curvas de fase:
rápidas : A, B, C, D
temporizadas: E, F, G, H,
Dessas a CPFL possui as curvas B, C, E, F, e G. Todas as curvas oferecidas pelo
religador SEV-280 são curvas muito inversas. A Figura XIV.1 mostra as curvas de
fase. As curvas mostradas são curvas de atuação de relé, o tempo total de
operação de religador é obtido somando-se 36 ms à curva dada. Para se verificar a
coordenação do religador com fusíveis, deve-se somar os 36 ms nas operações
temporizadas.
Os tempos mostrados na Figura XIV.1 são tempos médios, com variação de 10%
para mais ou para menos.

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Figura XIV.1 - Curvas de fase do religador SEV-280

7 CURVAS CARACTERÍSTICAS DE OPERAÇÃO DE TERRA


O religador SEV-280 oferece as seguintes curvas de terra:
rápidas: J, K, L
temporizadas: N, O, P e Q
Dessas a CPFL possui as curvas K, L, O e P.
A figura XIV.2 mostra as curvas de terra. As curvas mostradas são as curvas de
atuação do relé. Para se observar o tempo total de interrupção soma-se 36 ms à
curva dada. Para a verificação da coordenação entre o religador e os elos fusíveis,
é necessário somar-se os 36 ms nas curvas das operações rápidas, mas não nas
curvas das operações temporizadas. Os tempos mostrados também são tempos
médios, com variação de 10% para mais ou para menos.

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8 TEMPOS DE RELIGAMENTO
Por ser um religador com relé eletrônico, o religador SEV-280 apresenta tempos de
religamento ajustáveis. A Tabela XIV.2 mostra os tempos disponíveis.

Tabela XIV.2
Tempos de religamento do religador SEV-280
Primeiro religamento (s): 0,6 1,25 2,5
Segundo e terceiro religamentos (s): 2,5 5,0 10,0 20,0
Para o primeiro religamento use o tempo de 2,5 s. Use os tempos menores apenas
se houver necessidade.
Para o segundo e o terceiro religamento use também os tempos de 2,5s. Se houver
necessidade, devido à coordenação com relés, pode-se usar o tempo de 5,0s. Os
tempos maiores deverão ser evitados.

FIGURA XIV.2 - Curvas de terra do religador SEV-280

9 TEMPO DE REARME
O religador SEV-280 também oferece vários tempos de rearme. O tempo de
rearme no religador SEV-280 é o tempo que o religador demora para voltar à

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primeira operação. A contagem de tempo de rearme inicia-se após uma operação


de fechamento automática ter sido executada e continua até que o tempo de
rearme se complete, ou outra operação de abertura e fechamento seja efetuada.
Os tempos de rearme disponíveis são os seguintes: 20s, 40s, 80s e 160s.

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ANEXO XV – RELIGADOR TIPO PMR-1-15 DA BRUSH SWITCHGEAR

1 INTRODUÇÃO
Este anexo traz as curvas e os ajustes disponíveis no religador tipo PMR-1-15 da
Brush Switchgear.
O religador PMR-1-15 é um religador com isolação e interrupção em SF6
(hexafluoreto de enxofre) e que possui controle totalmente eletrônico, através do
relé Dynatrip II.

2 CARACTERÍSTICAS NOMINAIS
Corrente nominal : 400A
Tensão nominal : 11,9kV e 13,8kV
Capacidade de interrupção: 6kA simétricos
NBI : 110kV

3 CORRENTE DE "PICK-UP" DE FASE


3.1 Unidade Temporizada
A corrente de "pick-up" da unidade temporizada de fase pode ser ajustada em
25%, 50%, 75%, 100%, 125%, 159%, 200% e 225% da relação nominal do TC do
religador. Como os religadores adquiridos pela CPFL tem relações nominais de
100-1A e de 200-1A os valores que podem ser ajustados são aqueles da Tabela
XV.1.
3.2 Unidade Instantânea
Esta unidade possui um "Fator de Escala" (FE), que aumenta o "pick-up" da
unidade instantânea em relação à unidade temporizada. Este Fator de Escala
pode ser ajustado em 1,0; 1,2; 1,4; 1,6; 1,8; 2,0; 2,2 e 2,4.
O valor da corrente de "pick-up" da unidade instantânea é determinado
multiplicando-se o valor da corrente de "pick-up" da unidade temporizada de fase
pelo fator de escala.
Este recurso da unidade instantânea pode ser utilizado para aumentar a corrente
de “pick-up” da curva instantânea para valores acima da corrente de “inrush”.
Sugere-se que inicialmente seja utilizado o FE=1, o que fará com que a corrente
de “pick-up” da unidade instantânea seja igual à da unidade temporizada. A
utilização de fatores de escala maiores de 1 prejudica a coordenação com elos
fusíveis.

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Tabela XV.1 - Corrente de "pick-up" da fase


% da relação Instantâneo Temporizado
do TC 100-1 (A) 200-1 (A) 100-1 (A) 200-1 (A)
225 255 x FE 450 x FE 225 450
200 200 x FE 400 x FE 200 400
175 175 x FE 350 x FE 175 350
150 150 x FE 300 x FE 150 300
125 125 x FE 250 x FE 125 250
100 100 x FE 200 x FE 100 200
75 75 x FE 150 x FE 75 150
50 50 x FE 100 x FE 50 100
25 25 x FE 50 x FE 25 50

Exemplo do cálculo de "pick-up" da fase


Cálculo do “pick-up” temporizado de fase
TC = 100/1 150 × 100
" pick − up" temporizad o = = 150 A
% rel TC = 150% 100
TC = 200/1 150 × 200
" pick − up" temporizad o = = 300 A
% rel TC = 150% 100
Cálculo do “pick-up” instantâneo de fase
TC = 100/1
25 × 100
% rel TC = 25% " pick − up" instantâneo = × 1,2 = 30 A
100
Fator de escala = 1,2

TC = 200/1
150 × 200
% rel TC = 150% " pick − up" instantâne o = × 2,0 = 600 A
100
Fator de escala = 2,0

3.3 Restrições quanto ao Ajuste de Mínima Corrente de Disparo:


O relé microprocessador foi projetado para consumir o mínimo de energia
possível. Dessa forma o relé permanece em estado dormente até que a corrente

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detectada se aproxime da mínima corrente de disparo ajustada. Neste momento o


relé microprocessador é ativado e o consumo de energia aumenta.
O relé é ativado com aproximadamente 90% da mínima corrente de disparo
ajustada e entra em estado dormente para um valor igual ou menor que 70%
desse ajuste.
O consumo do relé em estado dormente é de aproximadamente 36 A e de 60 mA
quando em estado ativado.
Para prevenir o consumo desnecessário, que causa o descarregamento
prematuro da bateria, recomenda-se que a mínima corrente de disparo seja
ajustada a pelo menos 160% do máximo valor de corrente de carga esperado.
Observação:
A CPFL através de orientações do fabricante, está modificando os relés, de
maneira que os mesmos passem ao estado ativo com 100% do ajuste de "pick-
up" e retornem ao estado dormente com 90% da corrente de "pick-up". Caso o
relé a ser utilizado já tenha sofrido a modificação, então o "pick-up" de fase
poderá ser apenas ligeiramente maior que a maior corrente de carga esperada.

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4 CURVAS TEMPO X CORRENTE DE FASE


4.1 Curvas Temporizadas

Figura XV.1- Curvas normalmente inversa


O religador PMR-1-15 permite dois tipos de curva tempo x corrente, uma
normalmente inversa e uma muito inversa, o que permite que a curva do religador
se adapte ao tipo de curva utilizado pelo equipamento de proteção da subestação.
Para cada tipo de curva (normalmente inversa ou muito inversa) existem 8
diferentes temporizações.
Sugere-se que quando não houver prejuízo na proteção ou na coordenação entre
o religador PMR-1-15 e o equipamento de proteção da SE a curva utilizada seja a
normalmente inversa. Estas curvas estão mostradas nas Figuras XV.1 e XV.2.

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Figura XV.2 - Curvas muito inversa


4.2 Curva Rápida de Fase
É uma curva única, mostrada na Figura XV.3, à qual, entretanto, podem ser
acrescidos tempos, conforme será mostrado no item 13.

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Figura XV.3 – Curva rápida e fator de escala

5 CORRENTE DE "PICK-UP" DE TERRA (RESIDUAL)


5.1 Unidade Temporizada
A corrente de "pick-up" da unidade temporizada de terra pode ser ajustada em
10%, 20%, 30%, 40%, 50%, 60%, 70%, 80% e 90% da relação nominal do TC do
religador. As possíveis correntes de "pick-up" temporizada de terra estão na
tabela XV.2.
5.2 Unidade Instantânea
Assim como a unidade instantânea de fase, a unidade instantânea de terra possui
um "Fator de Escala" (FE), que aumenta o "pick-up" da unidade temporizada, e
que pode ser ajustado em 1,0; 1,2; 1,4; 1,6; 1,8; 2,0; 2,2 e 2,4.

Tabela XV.2 - Corrente de "pick-up" de terra residual


% da relação Instantâneo Temporizado
do TC 100-1 (A) 200-1 (A) 100-1 (A) 200-1 (A)
90% 90 x FE 180 x FE 90 180
80% 80 x FE 160 x FE 80 160
70% 70 x FE 140 x FE 70 140
60% 60 x FE 120 x FE 60 120
50% 50 x FE 100 x FE 50 100
40% 40 x FE 80 x FE 40 80
30% 30 x FE 60 x FE 30 60
20% 20 x FE 40 x FE 20 40
10% 10 x FE 20 x FE 10 20
O valor da corrente de "pick-up" da unidade instantânea de terra é determinado
multiplicando-se a corrente de "pick-up" da unidade temporizada de terra pelo
fator de escala.
Sugere-se que inicialmente seja utilizado o FE=1. A utilização de fatores de
escala maiores que 1 prejudica a coordenação com elos fusíveis, entretanto estes
poderão ser usados para se evitar que a curva instantânea cubra parte da UST o
que poderia fazer o religador operar mais de 4 vezes em uma mesma seqüências.
Cálculo do “pick-up” temporizado de terra (residual)
TC = 100/1 40 × 100
" pick − up" temporizad o = = 40 A
% rel TC = 40% 100
TC = 200/1 70 × 200
" pick − up" temporizad o = = 140 A
% rel TC = 70% 100

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Cálculo do “pick-up” instantâneo de terra (residual)


TC = 100/1
80 × 100
% rel TC = 80% " pick − up" instantâne o = × 1,4 = 122 A
100
Fator de escala = 1,4

TC = 200/1
30 × 200
% rel TC = 150% " pick − up" instantâne o = × 1,8 = 108 A
100
Fator de escala = 1,8

6 CURVAS TEMPO X CORRENTE DE TERRA


6.1 Curvas Temporizadas
São as mesmas curvas que as utilizadas para fase, entretanto o ajuste do tipo de
curva e da temporização é independente dos ajustes feitos para fase.
Sugere-se que, quando não houver prejuízo na proteção ou na coordenação entre
o religador PMR-1-15 e o equipamento de proteção da S/E a curva utilizada seja a
normalmente inversa.
6.2 Curva Instantânea de Terra
É uma curva única e idêntica à curva instantânea de fase.

7 UNIDADE SENSÍVEL DE TERRA (UST)


O religador PMR1-15, também possui uma outra unidade de proteção de terra
com um "pick-up" menor que a proteção residual de terra e com curvas de tempos
definidos em 0,5; 1,5; 2,5; 3,5; 5; 8; 10 e 24 segundos, conforme mostrado na
figura XV.4. Chamamos essa unidade de Unidade Sensível de Terra (UST).
O valor de corrente de "pick-up" da UST é determinado multiplicando-se o valor
da corrente de "pick-up" da unidade temporizada de terra por um "Fator de
Escala" (FE). Esse fator de escala pode ser 0,1; 0,15; 0,2; 0,25; 0,3; 0,35; 0,4 e
0,45.

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Figura XV.4 – Curvas da UST

O menor valor da corrente de "pick-up" que deve ser ajustado na UST para que o
religador opere corretamente é de 4 A para religadores com TC de relação 100-1
A e de 5 A para relação 200-1. Caso o "pick-up" seja ajustado para valores
inferiores à esses, o religador poderá sofrer desligamentos mesmo que a corrente
de neutro esteja abaixo do valor ajustado.
Caso se deseje ou caso seja necessário é possível bloquear a UST de maneira
que o religador só funcione com as curvas temporizada e instantâneo da
proteção.
Sugere-se utilizar temporizações de 2,5 s ou 3,5 s e "pick-ups" em torno de 8 A.
Exemplo:
TC = 100/1 20 × 100
" pick − up" instantâne o = × 0,2 = 4 A (min )
% rel TC = 20% 100

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Figura XV.5 - Ajuste de terra FE=1


É possível que a curva de tempo definido da UST cruze com a curva temporizada
de terra.
Se o FE da curva instantânea utilizado for o 1,0, então a curva da UST estará
entre as curvas temporizada e instantânea. Neste caso é possível que uma
corrente de defeito faça o religador atuar pela curva rápida e depois pela UST até
o bloqueio. Isto faria com que o religador operasse tantas vezes quanto a soma
do número de operações instantâneas mais o número de operações da UST.
Embora essa situação não seja indesejável é possível evitá-la utilizando- se um
FE para a curva instantânea de tal maneira que a sua corrente de "pick-up" fique

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acima da corrente do cruzamento da curva temporizada e da UST (Veja as


Figuras XV.5 e XV.6).

Figura XV.6 - Ajuste de terra FE = 2

8 NÚMERO TOTAL DE OPERAÇÕES


Cada unidade (fase, terra e UST) tem um ajuste para a quantidade total de
operações para bloqueio independente das demais unidades.
Assim, para que o religador bloqueie é necessário que ele opere por uma das três
unidades até atingir a quantidade de operações ajustadas nesta unidade.
Qualquer unidade (fase, terra ou UST) pode ser ajustada para 1, 2, 3 ou 4
operações até o bloqueio.
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9 SEQÜÊNCIAS DE OPERAÇÕES
As unidades de proteção de fase e de terra podem ser ajustadas para qualquer
seqüências de operação, uma vez que a seqüências de operações é determinada
desligando-se a curva instantânea para aquelas operações que se pretenda que
sejam temporizadas.
A seqüências de operação da unidade de proteção de fase é independente da de
terra.
A Unidade Sensível de Terra não tem seqüências de operação, uma vez que só um
tempo definido pode ser usado de cada vez.

10 TEMPO DE RELIGAMENTO
O religador PMR1-15 permite que se escolha um dos seguintes tempos para
religamento: 0,25; 1; 2; 5; 10; 30; 60 e 120 segundos.
O tempo de religamento escolhido será o mesmo para todas as operações de
religamento.
Normalmente, deve-se utilizar o tempo de 2,0s, entretanto tempos maiores poderão
ser utilizados caso seja exigido pelo rearme do relé da S/E.

11 TEMPO DE REARME
O tempo de rearme pode ser ajustado em 5; 10; 15; 20; 30; 60; 90; 120 e 180
segundos. Estes tempos de rearme são ativados conforme segue:
a) no início da contagem de tempo de passagem de corrente, em qualquer
operação, sempre dando preferência para a contagem de tempo de curva.
Quando o religador abrir, cessa a contagem do tempo de rearme, ou quando não
houver a integração do tempo de curva devido a corrente ter cessado, haverá a
continuidade da contagem do tempo de rearme;
b) no início da contagem do tempo de religamento, em qualquer operação, sempre
dando preferência para a contagem do tempo de religamento.
Após o tempo de religamento, se não ocorrer mais religamentos a contagem do
tempo de rearme continuará até que se complete o tempo de rearme ajustado;
c) após o bloqueio do religador haverá início da contagem do tempo de rearme.
Se o religador for fechado e houver a passagem de corrente de defeito antes de
completar o tempo de rearme, o religador fará apenas uma operação e tornará a
bloquear.
Em qualquer posição quando ocorrer a integração do tempo de rearme a
seqüências voltará para o início, isto é, para a primeira operação.

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O microprocessador do religador somente volta ao estado dormente se o tempo de


rearme for completado, sem que haja outra operação do religador (abertura ou
fechamento).
Mesmo após o bloqueio do religador o microprocessador voltará ao estado de
dormência após passado o tempo próprio de 9 a 15 seg.
O tempo de rearme máximo recomendado é de 30 segundos.

12 CURVA DE ATUAÇÃO QUANDO SE UTILIZA O BLOQUEIO DO RELIGAMENTO


É possível se escolher com qual curva (temporizada ou instantânea) o religador irá
atuar quando o religamento for bloqueado.
Se a curva escolhida for a temporizada esta será a que está ajustada para o
equipamento.
A curva que deve ser utilizada normalmente é a temporizada, para que quando se
estiver fazendo manobras para procura de defeitos se dê oportunidade de que os
elos fusíveis se queimem.
Para os trabalhos de linha viva este ajuste também será a curva temporizada.

13 MÍNIMO TEMPO DE RESPOSTA


O mínimo tempo de resposta é um recurso em que é adicionado um tempo às
curvas instantâneas de fase e de terra. O tempo será adicionado à ambas as
curvas simultaneamente.
Os tempos adicionados, dependendo ou não de se usar a seqüências de
coordenação (item 14), podem ser:
Não usando seqüências de coordenação: 0, 100, 150, 200, 250 e 300ms.
Usando a seqüências de coordenação: 0, 100, 150, 200, 250, 300, 400, 500, 600 e
700ms.
O mínimo tempo de resposta sem seqüências de coordenação pode ser usado
para colocar a curva acima do tempo da corrente de "inrush", se houver problemas.
O uso do mínimo tempo de resposta diminuirá a faixa de coordenação do religador
com elos fusíveis, e por isso deve ser utilizado somente quando necessário.
Como o mínimo tempo de resposta é somado à curva instantânea é possível que a
curva instantânea cruze com a curva temporizada.
No traçado do gráfico, estes tempos adicionados devem ser feito ponto a ponto,
para se evitar erro no traçado da curva.

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14 SEQÜÊNCIAS DE COORDENAÇÃO
14.1 Princípio de Funcionamento
Seqüências de coordenação é uma técnica empregada quando dois ou mais
religadores são instalados em série. O objetivo da seqüências de coordenação é
prevenir que o religador à montante atue pela curva instantânea quando o
religador à jusante tiver atingido uma posição na sua seqüências de operação tal
que ele esteja atuando pela curva temporizada.
Com a seqüências de operação funcionando o religador à montante monitora a
passagem da corrente de falta e suas interrupções durante um período
equivalente ao tempo de religamento selecionado ou do tempo de operação da
proteção.
Se a corrente de falta vier a ser interrompida pelo lado da carga do religador a
montante então a proteção do religador de montante se move para a próxima
curva característica na seqüências de operação e inicia a contagem de tempo
para o rearme. Se a falta não é interrompida dentro do tempo permitido pelo
religador de montante a proteção deste religador opera.
14.2 Restrições
As seguintes restrições devem ser observadas quando a seqüências de
coordenação for utilizada.
1. Todos os religadores devem ter a mesma seqüências de operações
instantâneas e temporizadas.
2. Todos os religadores devem ter o mesmo tempo morto.
3. A proteção temporizada do religador de montante deve ser ajustada com uma
diferença mínima de 170ms em relação à curva temporizada do religador à
jusante para a corrente de coordenação.
4. O mínimo tempo de resposta pode ser ajustado para conseguir grande
flexibilidade em coordenação, particularmente com curvas instantâneas.
Quando usado em conjunto com a seqüências de coordenação o mínimo
tempo de resposta deve tornar-se progressivamente menor em no mínimo
200ms para religadores mais à jusante na linha.
5. O tempo de rearme dos religadores à montante devem ser ajustados com
valor maior que o mais longo tempo morto dos religadores de maneira que o
religador à montante não resete antes que o religador à jusante religue.
A seqüências de coordenação permite dois ajustes:
- sacado; quando então o religador funcionará como outro religador qualquer.

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- inserido; quando então o religador se comportará conforme descrito no item


14.1.

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ANEXO XVI – RELIGADOR TIPO PMR-3 DA BRUSH SWITCHGEAR

1 INTRODUÇÃO
Este anexo contém os ajustes e as curvas que estão disponíveis no Religador
PMR-3 da Brush.
O religador PMR-3 é um religador com isolação e interrupção em SF6 (hexafluoreto
de enxofre) e que possui controle totalmente eletrônico, através do relé Microtrip.

2 CARACTERÍSTICAS NOMINAIS
O religador PMR-3 possui as seguintes características nominais:
Tensão nominal: 11,9 kV ou 13,8 kV
Corrente Nominal: 560A
Corrente de interrupção: 6000A
Duplo TC: 100-1A
300-1A
Meio isolante e extintor: SF6
Comando por relé eletrônico tipo Microtip

3 O RELÉ MICROTRIP
O relé Microtrip é um relé eletrônico microprocessado, que contém todos os
comandos necessários ao controle e operação do religador PMR-3, podendo
também ser utilizado com o religador PMR-1-15.
O Microtrip é programado através de um equipamento auxiliar, o "hand held
controller" (HHC).
O Microtrip contém 5 elementos de medição de corrente, sendo 3 para fase e 2
para correntes de terra.
Normalmente o relé estará no modo de baixo consumo ("dormindo"), quando a
corrente em qualquer elemento cresce acima de 100% do valor programado para o
pick-up, o relé acorda e inicia a seqüências programada de operação. Se a falta é
temporária, o relé irá rearmar após o tempo de rearme ter passado e voltará para o
modo de baixo consumo. Se a falta é permanente, o relé realizará sua seqüências
completa e finalmente bloqueará o religador. Uma vez o religador bloqueado, o relé
imediatamente voltará ao estado dormente e o religador deverá ser fechado
manualmente para rearmar o sistema.

4 CARACTERÍSTICAS DE PROTEÇÃO DISPONÍVEIS


As características de proteção do relé Microtrip podem ser agrupadas em sete
grupos básicos:
1. Ajustes Gerais
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2. Ajustes de Fase
3. Ajustes de Terra
4. Ajustes da UST
5. Ajustes para Bloqueio com Alta Corrente
6. Ajustes para Operações sem Religamento
7. Ajustes para "Pick-up" de Carga Fria
4.1 Ajustes Gerais
a) Número de Operações para Bloqueio
O número de operações para bloqueio é ajustável nas seguintes quantidades
para cada elemento:
Fase: 1, 2, 3 ou 4 operações
Terra: 1, 2, 3 ou 4 operações
UST: 1, 2, 3, 4 operações ou sacado
O número máximo de operações para cada elemento é 4 e o número total de
operações em uma seqüências não excederá à 4.
Nota: O Microtrip oferece seqüências independentes para fase, terra e UST.
Depois de cada operação de abertura o Microtrip tentará avançar a
seqüências dos três elementos para a sua próxima característica de
operação. Não é necessário que haja corrente de falta nos três
elementos para que isso aconteça. Um elemento que tenha chegado a`
sua última operação só causará o bloqueio se a característica de
operação desse elemento for excedida. A unidade não irá causar o
bloqueio do religador devido a` operações dos outros elementos.
O Microtrip tentará realizar o número ajustado de operações, a` menos que:
- A proteção estiver sacada.
- A proteção for sacada durante a seqüências.
- O Microtrip está na condição sem religamento.
- A operação por alta corrente for ativada em uma operação a menos que o
número de operações ajustadas e o "pick-up" de alta corrente for excedido.
- O Microtrip for fechado em uma falta e com o "pick-up" de carga fria ativado.
Quando o Microtrip completar a última operação programada ele
imediatamente passará para o estado dormente.

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b) Tempos de Religamento
O tempo de religamento é o tempo entre o início da operação de abertura e o
fechamento.
O número de tempos de religamento selecionado é um a menos que o número
máximo de operações em qualquer unidade (fase, terra, UST).
Os tempos de religamento disponíveis são os seguintes (em segundos):
0,25 4,00 30,00 90,00
0,50 5,00 40,00 100,00
0,75 10,00 50,00 120,00
1,00 15,00 60,00 140,00
2,00 20,00 70,00 160,00
3,00 25,00 80,00 180,00
O tempo de religamento é selecionado para cada religamento, de maneira
independente dos outros religamentos.
c) Tempo de Rearme
O tempo de rearme é o tempo que o Microtrip demora para dormir depois de
um fechamento com sucesso. É também o tempo para o relé dormir quando o
valor da corrente cair abaixo do "pick-up".
Os tempos de rearme disponíveis são os seguintes (em segundos):
5 25 60 100 180
10 30 70 120
15 40 80 140
20 50 90 160
Preferencialmente deve-se utilizar o tempo de 10s, entretanto outros tempos
poderão ser usados, à critério do projetista.
d) Seqüências de Coordenação
Seqüências de coordenação é uma técnica que é empregada quando dois ou
mais religadores são usados em série. O objetivo da seqüências de
coordenação é evitar que o religador à montante realize uma operação
instantânea se o religador à jusante chegou no estado de realizar operações
temporizadas.
Com a seqüências de coordenação em operação o relé de montante monitora
a passagem de corrente de falta e sua interrupção durante um período
equivalente ao tempo de religamento ajustado ou ao tempo de interrupção,
aquele que for maior. Se a corrente de falta for interrompida por um religador
do lado carga então o relé se move para a próxima operação na seqüências e
começa a contagem de tempo para o rearme da seqüências de coordenação.

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Se a corrente de falta não é interrompida enquanto o religador conta o tempo, a


proteção normal atuará.
O tempo de rearme para a seqüências de coordenação é igual ao tempo de
rearme selecionado para o relé. Se outras correntes de falta não forem
detectadas durante o tempo de rearme, a seqüências de coordenação é
rearmada para dar a seqüências de operações completa. Se correntes de falta
forem detectadas durante esse período, a contagem do tempo de religamento e
do tempo de rearme recomeçará.
A seqüências de coordenação permite 2 ajustes:
- sacado; quando então o religador funcionará como outro religador qualquer.
- inserido; quando então o religador se comportará conforme descrito acima.
e) "Pick-up" de Carga Fria
"Pick-up" de carga fria é uma função que permite ao Microtrip discriminar entre
correntes de falta e correntes de "inrush" quando o religador é fechado
manualmente. Entretanto a discriminação só se realizará se a curva
selecionada for ligeiramente mais lenta que a corrente de "inrush" esperada.
O "pick-up" de carga fria é ativado quando o religador é manualmente fechado
e se manterá ativado enquanto o botão -FECHA- ou o contato remoto forem
mantidos pressionados, ou até que o religador opere e bloqueie.
Os ajustes possíveis são:
- sacado: o religador usará as curvas ajustadas para operações normais
sempre.
- inserido: enquanto o botão FECHA for mantido pressionado, o religador
usará as curvas selecionadas para a carga fria.
f) RTCs e "Pick-ups"
As relações de transformação de correntes disponíveis para o religador PMR-3
são as de 300-1 A e 100-1 A.
Os "pick-ups" de fase, terra e UST podem ser ajustados independentemente
entre eles.
Os "pick-ups" de fase disponíveis são os seguintes (em porcentagem da RTC):
20 100 180 260
40 120 200 280
60 140 220 300
80 160 240 320
Os "pick-ups" disponíveis para terra são os seguintes (em porcentagem da
RTC):

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10 50 90 130
20 60 100 140
30 70 110 150
40 80 120 160
Os "pick-ups" disponíveis para a UST são os seguintes (em porcentagem da
RTC):
1 5
2 6
3 7
4 8
4.2 Ajustes das Curvas de Fase
O relé Microtrip não possui ajuste para seqüências de operação. Ele possui
apenas ajustes para qualquer das operações em uma seqüências. Assim a
seqüências de operações é montada conforme se escolhe as curvas de atuação
para uma operação qualquer.
Uma curva para qualquer operação é dividida em 3 partes distintas:
a) Curva Temporizada
b) Curva Rápida
c) Bloqueio para Altas Correntes
Os itens "a" e "b" formam a proteção normal e serão tratadas nesta seção. O item
"c" é uma função especial e será vista adiante.
a) Curva Temporizada
Uma curva temporizada típica é mostrada na figura XVI.1. Ela é construída
usando os seguintes passos:
a.1) Escolha da curva básica (tipo) e do multiplicador de tempo.
a.2) Escolha do atraso adicional.
a.3) Escolha do mínimo tempo de resposta superposto à curva escolhida.
A curva final é a destacada na figura XVI.1.
a.1) A gama de curvas básicas disponíveis é grande. Curvas temporizadas
inversas e de tempo definido são oferecidas. O multiplicador de tempo
modifica as duas curvas de tempo definido, fornecendo uma faixa de
ajustes entre 0,1 s e 20,0 s.
As curvas básicas disponíveis são as seguintes:
Normal inversa: SI
Muito inversa: VI

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Extremamente inversa: EI
Tempo definido 1 s: Df
Tempo definido 10 s: Ds
Curvas de terra do tipo Mc Graw
1 5 8 14
2 6 9 15
3 7 11 16
4 8* 13 18
Curvas de fase Mc Graw
A E N V
B KP P W
C L R Y
D M T Z
Obs.: As curvas de terra e fase da Mc Graw podem ser usadas tanto para fase
como para terra.
Os multiplicadores de tempo disponíveis para qualquer curva são os seguintes:
0,10 0,40 0,90 1,50
0,15 0,45 1,00 1,60
0,20 0,50 1,10 1,70
0,25 0,60 1,20 1,80
0,30 0,70 1,30 1,90
0,35 0,80 1,40 2,00
a.2) Atraso Adicional
O atraso adicional é um tempo adicional que é acrescentado à curva
normal.
Os atrasos adicionais disponíveis são os seguintes (em segundos):
0,00 0,70 1,40
0,10 0,80 1,50
0,20 0,90 1,60
0,30 1,00 1,70
0,40 1,10 1,80
0,50 1,20 1,90
0,60 1,30 2,00
a.3) Mínimo tempo de resposta

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O mínimo tempo de resposta é o menor tempo em que o religador


operará na curva temporizada, ou seja, a curva será inversa até esse
tempo, sendo uma curva de tempo definida após esse tempo.
OBS.: Se não houver intersecção entre a curva temporizada e o mínimo
tempo de resposta este ajuste ficará inoperante.
Os mínimos tempos de resposta disponíveis são os seguintes (em
segundos):
0,00 0,70 1,40
0,10 0,80 1,50
0,20 0,90 1,60
0,30 1,00 1,70
0,40 1,10 1,80
0,50 1,20 1,90
0,60 1,30 2,00
b) Curva rápida
O relé microtrip possui apenas uma curva rápida.
A curva rápida, como mostrada na figura XVI.2, se sobrepõe a` curva
temporizada ajustada, para dar as operações rápidas desejadas.
A curva rápida é construída com os seguintes passos:
b.1) Escolha do múltiplo do "pick-up" temporizado
O valor do "pick-up" da curva rápida é igual ao múltiplo escolhido vezes o
valor do "pick-up" temporizado. A curva rápida pode ser mantida fora de
operação usando-se a opção "OUT", mantendo-se apenas a curva
temporizada.
Os múltiplos disponíveis são os seguintes:
OUT 1,7 2,5 6,0 14,0
1,0 1,8 2,6 7,0 15,0
1,1 1,9 2,7 8,0 16,0
1,2 2,0 2,8 9,0 17,0
1,3 2,1 2,9 10,0 18,0
1,4 2,2 3,0 11,0 19,0
1,5 2,3 4,0 12,0 20,0
1,6 2,4 5,0 13,0
b.2) Atraso adicional

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O atraso adicional para a curva rápida é idêntico ao atraso adicional para


a curva temporizada.
Nota: Para uma determinada operação de fase o relé atuará de acordo
com a curva destacada da fig. XVI.2.
4.3 Ajustes das Curvas de Terra
Os ajustes das curvas de terra são idênticos aos ajustes de fase descritos acima.
Se a corrente de falta exceder o "pick-up" programado para o elemento de terra o
Microtrip irá executar a sua seqüências programada, à menos que a proteção de
terra esteja sacada.
4.4 Ajustes da curva UST
A UST utiliza curvas de tempo definido e não existem modificadores para os
mesmos.
Os tempos definidos disponíveis são os seguintes (em segundos):
INST 1,3 4,0 13,0 40,0
0,5 1,4 5,0 14,0 50,0
0,6 1,5 6,0 15,0 60,0
0,7 1,6 7,0 16,0 80,0
0,8 1,7 8,0 17,0 100,0
0,9 1,8 9,0 18,0 120,0
1,0 1,9 10,0 19,0 140,0
1,1 2,0 11,0 20,0 160,0
1,2 3,0 12,0 30,0 180,0
4.5 Ajustes para Bloqueio para Alta Corrente
Esta função é o último tipo de modificador citado na seção 4.2 e é uma operação
instantânea extra superposta à curva ajustada. Ela é selecionada para ser ativada
em qualquer operação em uma seqüências. O Microtrip modificará sua
seqüências para uma operação para bloqueio se o nível da falta é maior
que o valor especificado. Por ativado entenda-se que a seqüências será
modificada na operação selecionada e nas subsequentes.
O uso do bloqueio para altas correntes se dará para evitar religamentos
desnecessários em faltas que poderão causar danos ao sistema. O valor em que
o bloqueio para altas correntes operará é ajustado como um múltiplo do "pick-up"
temporizado, similar ao do ajuste da curva rápidas.
Os ajustes de bloqueio para altas correntes podem ser feitos tanto para fase
como para terra, independentemente.
Os ajustes disponíveis são os seguintes:
- Ativar na operação: 1, 2, 3, 4 ou OUT
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A opção "OUT" deixa o religador sem o bloqueio para alta corrente.


- Múltiplo de pick-up temporizado:
5,0 9,0 13,0 17,0
6,0 10,0 14,0 18,0
7,0 11,0 15,0 19,0
8,0 12,0 16,0 20,0
- Atraso adicional - igual ao do ajuste da curva temporizada.
4.6 Ajustes para Função Religamento Manual
Quando a função religamento estiver inserida, o Microtrip irá realizar a sua
seqüências programada, conforme descrito nas seções anteriores. Quando a
função religamento estiver sacada o Microtrip operará com uma única operação
para bloqueio, conforme descrito aqui.
A curva de operação com o religamento sacado é escolhida da mesma forma que
a curva de operação de fase e pode ser ajustada independentemente para fase e
para terra.
Esta curva deverá ser ajustada em tempos pequenos, para permitir uma rápida
atuação do equipamento quando turmas de linha-viva estiverem trabalhando à
frente do religador.

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Figura XVI.1 - Ajuste da curva temporizada do relé MICROTRIP


4.7 Ajustes para "Pick-Up" de Carga Fria
Os ajustes para o "pick-up" de carga fria são escolhidos da mesma maneira que
os ajustes para religamento manual.
Deverá ser escolhida uma curva suficientemente temporizada para evitar
operações do religador por correntes de "inrush". Normalmente pode-se escolher
as mesmas curvas temporizadas que serão usadas nas operações da seqüências
normal do religador.

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Figura XVI.2 - Superposição da curva rápida

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ANEXO XVII – SECCIONALIZADORES TIPO GN3-E DA MCGRAW-EDISON

1 INTRODUÇÃO
Este anexo contém os ajustes disponíveis no seccionalizador tipo GN3-E da
McGraw-Edison.
O seccionalizador GN3-E é isolado a óleo e também faz a sua abertura dentro do
óleo.
O controle do seccionalizador é eletrônico, tanto para o ajuste do número de
operações, como para as contagens durante a operação do seccionalizador.

2 CARACTERÍSTICAS NOMINAIS
Corrente nominal 200A
Corrente nominal de interrupção (carga) 400A (simétrico)
Corrente suportável de fechamento 9000A (assimétrico)
Corrente de curta duração: 10 segundos 2600A
1 segundo 5700A
Tensão nominal 14,4kV
NBI 110kV

3 CORRENTES DE DISPARO
É a corrente acima da qual o seccionalizador contará as operações do
equipamento de retaguarda. A corrente de disparo é independente para a fase e
para terra.
Os valores oferecidos para o disparo de fase são os seguintes: 16, 24, 40, 56, 80,
112, 160, 224, 256, 296 e 320A. Para terra são oferecidos os seguintes valores: 3,
5, 7, 16, 28, 40, 56, 80, 112, 160, 224 e 320.
Conforme o item 7.4.3 desta norma, os ajustes deverão ser iguais ou menores que
80% dos respectivos "pick-ups" do equipamento de retaguarda.

4 NÚMERO DE CONTAGENS PARA ABERTURA


O seccionalizador pode ser ajustado para abrir após 1, 2 ou 3 operações do
equipamento de retaguarda.

5 TEMPO DE MEMÓRIA E TEMPO DE REARME


A contagem das operações do seccionalizador GN3-E é feita através da carga de
um capacitor. Após cada operação do equipamento de retaguarda este capacitor
recebe uma percentagem da sua carga total e quando a carga total for alcançada o
seccionalizador abrirá os seus contatos.

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O rearme do seccionalizador (retorno à operação inicial) é feita pelo


descarregamento do capacitor de contagem, através de um resistor de grande
resistência. A descarga do capacitor acontece continuadamente, isto é, mesmo que
a falta ainda exista na rede e que o equipamento de retaguarda esteja contando o
tempo para a abertura do circuito, o capacitor de contagem do seccionalizador
estará sendo descarregado. O tempo entre cada operação para que a contagem do
seccionalizador ocorra sem problemas é de até 60s e é chamado de tempo de
memória. O tempo para que a carga no capacitor caia para zero (quando então o
seccionalizador voltará ao estado inicial), após acumular a carga total, é de 7
minutos e é chamado de tempo de rearme. Caso as operações ocorram com
intervalos maiores que o tempo de memória o seccionalizador provavelmente
operará com uma quantidade de operações do dispositivo de retaguarda maior que
o programado.
As figuras XVII.1 e XVII.2 mostram o comportamento do seccionalizador quando o
intervalo entre duas operações consecutivas for inferior ou superior a 60s.

Figura XVII.1 - Tempo de religamento menor que 60s

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Figura XVII.2 - Tempo de religamento maior que 60s

6 RESTRITOR DE CORRENTE
A fim de evitar que o seccionalizador opere para defeitos que farão operar
dispositivos de proteção à sua frente, por exemplo elos fusíveis, o seccionalizador
GN3-E vem equipado com um dispositivo conhecido como restritor de corrente. A
função deste dispositivo é impedir a contagem do seccionalizador quando a
corrente cai para valores abaixo do valor de disparo do equipamento, mas ainda
existir uma corrente na linha maior que 3,5A, que é o limite de sensibilidade do
resistor de corrente.
As figuras XVII.3 e XVII.4 mostram as correntes de carga, defeito e a nova
corrente de carga após a queima de um elo fusível que isolará o defeito. No
primeiro caso o restritor de corrente atuará impedindo que o seccionalizador conte
a operação como uma operação do equipamento de retaguarda, enquanto que no
segundo caso, o restritor de corrente não atuará e, então, o seccionalizador
contará erroneamente a operação.
Portanto, quando se for coordenar um religador que estiver ajustado para realizar
duas operações rápidas e duas operações temporizadas com um seccionalizador

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GN3-E e elos fusíveis, deve-se garantir que, mesmo após a queima de um elo
fusível, a corrente de carga passante pelo seccionalizador ainda seja maior que
3,5A, sob o risco do seccionalizador abrir quando o elo fusível queimar. Caso isto
não possa ser garantido, então será preferível adotar-se uma operação rápida e
três temporizadas para o religador, quando, então, o elo fusível queimará durante
a segunda operação do religador e mesmo que o seccionalizador conte a queima
do elo, ele não abrirá, por não ter atingido a contagem ajustada.

Figura XVII.3 - Atuação do restritor de corrente Seccionalizador não conta a operação

Figura XVII.4 - Atuação do restritor de corrente Seccionalizador conta a operação

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ANEXO XVIII – SECCIONALIZADOR TIPO OYS DA REYROLLE

1 INTRODUÇÃO
Este anexo contém os ajustes disponíveis para o seccionalizador tipo OYS da
Reyrolle.
O seccionalizador OYS é isolado em óleo, que também proporciona o meio de
extinção do arco-elétrico durante o processo da interrupção da corrente.
Este seccionalizador tem a sua atuação para defeitos de fase efetuada através de
bobina série, enquanto que a atuação para terra é através de um circuito eletrônico
com TCs, como nos religadores OYT. A contagem das operações e a abertura são
realizadas através de dispositivos hidráulicos e molas.
Para que o seccionalizador OYS opere satisfatoriamente o tempo de religamento
do equipamento de retaguarda não deve ser menor que 0,5s e nem maior que 10s,
o que limita o uso deste seccionalizador apenas com religadores, já que o tempo
do 2º religamento dos disjuntores dos alimentadores é de 30s ou 60s.

2 CARACTERÍSTICAS NOMINAIS
Corrente nominal 200A
Corrente nominal de interrupção (carga) 440A
Corrente de fechamento 17800A (pico)
NBI 110kV

3 CORRENTES DE DISPARO
A corrente de disparo para a fase depende da bobina usada, sendo que o valor do
disparo é 1,6 vezes a corrente nominal da bobina. Cada bobina também possui
seus valores de correntes suportáveis. A tabela XVIII.1 mostra as bobinas
disponíveis, seu valor de disparo e suas correntes suportáveis.
Para a terra o seccionalizador OYS oferece apenas dois ajustes: 5A ou 16A. O
ajuste de 5A deve ser usado quando o seccionalizador for instalado junto com um
religador. O valor de 16A será usado quando o seccionalizador for instalado junto
com disjuntores sem relé estático de terra.

4 NÚMERO DE CONTAGENS PARA ABERTURA


O seccionalizador OYS oferece ajuste do número de contagens para abertura
independentes para fase e terra. Para qualquer uma delas é possível ajustar-se 1,
2 ou 3 contagens para abertura. Normalmente escolhe-se o mesmo número de
contagens para a fase e terra.

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UN Distribuição

Tabela XVIII.1 - Bobinas séries do seccionalizador OYS


Corrente Corrente Curta Duração
Corrente
Mínima de
Nominal Inst. 1s 10 s
Disparo
5 8 1360 500 160
10 16 3400 900 290
15 24 6200 1350 430
25 40 10000 1900 600
30 48 10000 1900 600
35 56 10000 1900 600
50 80 10600 3800 1200
75 120 10600 4800 1500
100 160 10600 6000 1850
150 240 10600 6360 3100
200 320 10600 6360 3700

5 TEMPO DE REARME
O tempo de rearme é de 1 minuto por contagem e de 2 a 5 minutos para o rearme
completo após uma seqüências de 3 contagens.

6 SEQÜÊNCIAS DE OPERAÇÕES DO EQUIPAMENTO DE RETAGUARDA


Como este seccionalizador não possui restritor de corrente, a seqüências de
operações do religador de retaguarda deve ser sempre 1 operação rápida e 3
operações temporizadas, para que a coordenação com fusíveis ocorra de forma
satisfatória.

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UN Distribuição

247
214 14

193
98
ANEXO XIX
10K
12
13
Folha 1 de 3
N 30

247
214
193
5317
98
4605 11
25K
4509
Destilaria de Alcool
171 Avanhandava
"DIANA"
59
0
21
Religador tipo 21
NOTA 1 PMR-15-400 A

0
59
21
existênte

21
R3
1
10K
PENÁPOLIS 476
SE 0 S10
SE PENÁPOLIS 106 S1
138 - 11,9 kV; 25 MVA 126 0 PEN-07 832
PE
N- 0 721
7
575
144
832
30
721
10K 30
575
9
144 10

4
S0
4
S0
8
10K
42 2
15
101 10K
11 V 41
9 10
LEGENDA 15K 100
11 8

S04
832

4
S0
15K 721

5
68
S1

22
Icc 3F 0

22
PE 10K 575
N- 0
Icc 2F 10K 7
3 7 144

DIRETO
15K

S0
4
Icc FT (max) 19
5

5
4
R3

89
S0

S0
6

24
10K 2 4

S 04
10K 38
Icc FT (min)

25
10K 45 BOMBA 3
40K
9 D'ÁGUA
11 8
5
NOTA
832
2 721
4760 - Carga atual instalada em kVA 10K
575
10K
106 - Demanda atual em A DIRETO
10K 144
126 - Demanda futura em A

S04
10K

60
1
1
Linha da CPFL de 11,9 kV AVANHANDAVA
Linha particular de 11,9 kV

Transformador da CPFL

Transformador particular

NOTA 1: Ver folha 2 de 3


10K elo fusível de 10K NOTA 2: Ver folha 3 de 3

S10 Cabo de alumínio com alma de aço


N.Documento: Categoria: Versão: Aprovado por: Data Publicação: Página:
PEN-07
1/0 AWG; alimentador PEN-07

2912 Procedimento 1.2 Ronaldo Antônio Roncolatto 25/09/2006 153 de 155

IMPRESSÃO NÃO CONTROLADA


Tipo de Documento: Norma Técnica
Área de Aplicação: Distribuição
Título do Documento: Proteção de Redes Aéreas de Distribuição - Sobrecorrente

UN Distribuição

ANEXO XIX

Folha 2 de 3

65K

3018
2614
2230
153

C3

A3
3

A0
2

74 8
5
C
3 53

86
40
NA 0
-6

C
3
40
0
3
A3

-6
A0
2
NA

A
PE 33
N R
-0 ua
8 Ru
NA iB
ar
bo
sa

36
1 58

4
54

19 48

1 5
13 01
8

6 A
PE 33
N-
08

C
3
40
0
-6
o

93
ai

5
m

2 58
25
de

10 7

34 56
13

2 06
ua
R

15K
06

15K
PE 40

A3
A

-0

3
N

A0
2
PE 33
-6

7
A

-0

Escola Indústrial
0

N
40

112,5
C3

NA
06

C
3
40
0
-6
A3
3
A3
3

Cerâmica
Avanhandava
112,5
NA A0
2

15K
33
10 23 3

A
81 8

65
8

72 121 1
27

15
A3 -09
PE

2
3

A0

A0
N

15K
5
119
708

145

NA
15K

2
A0 do
Le
3

es
A3

alv
o nç
3 G
A3 a
09 Ru
N-
A3 10
PE

PE
3
N-

0
15K A1
3
A3
A1

15K
0

Cerâmica
Bandeirantes
150
A3

3
A3 08
3

N-
PE
10 240
86

15K
3
27

A0
6
49 50

2
32
1 5

NA
19

0
07 0
13 24 0
29
10
N- 9
PE N-0 08
PE EN- 07
5

P N-
121
726

151

PE
13 240
07
0
29
0

1
2 25
0
27 27
12

PEVI 5317
2 x 500 4605
12
R3

12 4509
3

171
C
6
0-
40

Religador tipo PMR-15-400 A


0
4 76
106
A3 07

126

da BRUSH - existente
PE

3
N-

A10
a D dava
A
IAN
n
3

esti nha
A3

e d Ava
lari

N.Documento: Categoria: Versão: Aprovado por: Data Publicação: Página:


Para

2912 Procedimento 1.2 Ronaldo Antônio Roncolatto 25/09/2006 154 de 155

IMPRESSÃO NÃO CONTROLADA


Tipo de Documento: Norma Técnica
Área de Aplicação: Distribuição
Título do Documento: Proteção de Redes Aéreas de Distribuição - Sobrecorrente

UN Distribuição

ANEXO XIX

C3
3

DIA
Folha 3 de 3

Para e faze
NA
Des ndas
38

tilari
75
11 98 06

a
5 A1
0 o
br
m
te
Se
de

S 04
7
a
Ru 06
3018

06

895
15K

24
25
75 2614
0 2230
A1 06 40K
153

6
25K 06

36 90

1 7
58
42
A0

18 5

A0
2

10

2
6
DIRETO 15K
2
A0
afé
oC
ad
Ru
o
15K br Bertocco e Bertocco
m

30 75
ve

55

A02
Cia. Ltda.
No
de 150

88
15 7
Cerâmica Guarani a
112,5 Ru 7 5 A02
15K 06
5
5 06
2

Ru
A0

a
Ru
iB
2

ar
A0

bo
4
S0

sa
Cerâmica 3 Irmãos

06
NA 15K 75K

Cerâmica São

A0
2
Jorge 75K

A0
15K

2
29 73
60
85
NA NA

R
2
A0

ua
Bo
a
Vis
25K
06

ta

06

Ru
25K

a
06

Jo A02
DIRETO

rg
e
15K
4

Ve
lh
o
23 59
10
06

68
Cerâmica Corbocci
125
7
3018
7 2614 2 2
15K A0 A0

93 21
2230

5
26
153
5 0
19 2 A1
3 06

06

A0
06

2
15K
A0
2

06

2 DIRETO
A0

2
A0

15K
5
15K 22 4
6
0

57 11
20 2

0
3

15
s
tro
ou

34 7
e
as

5
nd
ze

9
Fa
ra
Pa

10K

R
ua
Para fazendas e

Bo
60 outros

a
Vi
1

st
a
1

4
S0
15K 2
A0
Cerâmica
São Vicente
es
120 gu
in
m
Do

06
ão
Jo
a
Ru

N.Documento: Categoria: Versão: Aprovado por: Data Publicação: Página:

2912 Procedimento 1.2 Ronaldo Antônio Roncolatto 25/09/2006 155 de 155

IMPRESSÃO NÃO CONTROLADA

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