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LIÇÃO 11

SUBSÍDIO PARA O ESTUDO DA 11ª LIÇÃO DO 1º TRIMESTRE DE


2018 – DOMINGO, 18 DE MARÇO DE 2018

OS GIGANTES DA FÉ E O SEU LEGADO PARA


A IGREJA

Texto áureo

“Ora, a fé é o firme fundamento


das coisas que se esperam e a
prova das coisas que se não
veem.” (Hb 11.1)
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE – Hb 11. 1-8, 22-26,
30-34.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
Meus prezados e distintos amigos leitores, estamos em reta final: bem-vindos
ao 11º comentário das lições deste trimestre. Desta feita nos debruçaremos a
“respeito da fé que gera confiança em Deus”. Veremos que a fé nos capacita ao
impossível, dando-nos virtudes espirituais frente ao inimigo feroz. Logo, através dos
exemplos de grandes personagens bíblicos, nos fortaleceremos, para continuar
avançando, em nossa carreira espiritual, rumo à Nova Canaã Celestial. Mas por que
os personagens arrolados nesta lição foram exemplos de fé? É o que nós
descobriremos agora. Boa leitura!!

1
I – A FÉ QUE GERA CONFIANÇA EM DEUS

1. O sacrifício de Abel.

Eis que surge uma pergunta: quem foi Abel? O seu nome significa, em
hebraico: sopro de vida; vapor, vaidade (no sentido que passa rápido) e ainda filho.1
Segundo as Sagradas Escrituras, tudo o que sabemos deste herói da fé, é que ele
era filho de Adão e Eva; tinha como labor o ser pastor de ovelhas; apresentou um
sacrifício agradável a Deus e teve de forma cruel sua vida interrompida, pasmem os
leitores, pelo seu próprio irmão consanguíneo, o enciumado – Caim.

É interessante destacar, que a Bíblia não mencionada de forma direta por que
Deus se agradou ou atentou (Gn 4. 4 – ARC) para o sacrifício de Abel em detrimento
ao de seu irmão Caim (Gn 4.5 – ARC). Sabemos, porém, que ambos os irmão
conheciam a vontade de Deus, pois os dois ofereceram sacrifício (oferta) para o
Senhor. Destarte, podemos depreender da carta aos Hebreus capítulo 11 e versículo
4, que a oferta de Abel foi aceita porque esta foi maior ( ou “melhor “ conforme se
traduz da palavra grega, Pléiona).

Neste caso, Donald Guthrie2, arrazoa da seguinte forma: “A aceitação das


ofertas está claramente ligada com o testemunho de ser justo e a aprovação de
Deus, que, por sua vez, está ligada com o sacrifício mais aceitável. A justiça referida
parece consistir-se de uma atitude mental correta que agrada a Deus.” Logo, Abel
alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons. Ora,
gosto de pensar como Orton H. Wiley que se expressou, assim:

É comum ouvirmos dizer que o sangue de Abel clama por vingança, e o


sangue de Cristo, por perdão. Embora se possa concluir isto em Hebreus
12.24, não é a ênfase que o escritor dá ao texto. Em Hebreus 11.4, é Abel
que fala, não o seu sangue; e fala não a Deus, mas a nós. O texto parece
significar simplesmente que a fé de Abel, segundo as Escrituras nos
relatam, ainda nos fala por meio da Palavra, e o fará até o fim dos tempos.

1
Livro: Os nomes bíblicos e seus significados, p. 5, Ed. Getsêmani, escrito pelo Pr. Gorge
Linhares.
2
A Carta aos Hebreus, Introdução e Comentário. GUTHRIE, Donald. Editora Mundo Cristão, p. 214.

2
Portanto, por toda a história da humanidade, Abel será lembrado por sua
obediência e fé (Hb 11.4), e por seu caráter justo (Mt 23.35). Por conseguinte, a
exemplo deste herói da fé, devemos obedecer a todo custo e confiar em Deus para
fazer as coisas corretas.

2. O testemunho de Enoque.

Enoque, o seu nome, em hebraico, significa “iniciado; dedicado; separado;


consagrado” (Gn 5.18). Em Hebreus 11. 6 (ARA), assim está escrito: “Pela fé,
Enoque foi trasladado para não ver a morte; não foi achado, porque Deus o
trasladara. Pois, antes da sua trasladação, obteve testemunho de haver agradado a
Deus”.

O relato bíblico em Gênesis é: “Andou Enoque com Deus e já não era, porque
Deus o tomou para si” (Gn 5.24 - ARA). É destacável que no hebraico, a expressão
andou com Deus foi traduzida para a Septuaginta como foi agradável a Deus.
Enoque, portanto, representou o caminho da fé (no hebraico) e a vida da fé (no
grego). Corroborando com Wiley, a ênfase primacial deste texto é que Enoque, pela
fé, escapou à morte mediante a trasladação. Fazendo uma comparação, temos que
Abel, homem justo, sofreu morte cruenta nas mãos de seu irmão enciumado;
destarte, Cristo sofreu morte violenta nas mãos do Seu povo. Enoque, por sua
trasladação, representou a ascensão de Cristo à glória celeste. Deste modo, os dois
primeiros testemunhos de que temos notícia, da fé (Abel e Enoqque), simbolizam
todo o escopo da obra redentora de Cristo. Logo, Wiley, escreve:

Sobre a fé de Enoque, o escritor da Epístola aos Hebreus faz certas


observações valorosas para os leitores. Deus diz que sem fé é impossível
agradar-lhe; nenhum homem deve tentar Deus. Ao fazer a tentativa, Caim
falhou, e todos os que se seguiram a ele falharam igualmente. Nossa fé
deve descansar em um Deus pessoal, que responde às nossas orações. A
fé repousa em Outrem e, a menos que esse Outrem seja uma pessoa
compreensiva, a nossa fé é vã, e as nossas orações não serão respondidas.

Por conseguinte, vislumbra-se, diante de nós: o sacrifício da fé, o caminho da


fé, a vida da fé e o triunfo da fé.

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3. A confiança de Noé.

O nome Noé significa, em hebraico, “repouso, consolo” (Gn 5.32), e tem certa
semelhança com o verbo hebraico que significa “nos consolará”. A versão grega do
AT chamada Septuaginta (LXX), traz: “nos dará repouso”.

Em Hebreus 11.7 (ARA), assim está escrito: “Pela fé, Noé, divinamente
instruído acerca de acontecimentos que ainda não se viam e sendo temente a Deus,
aparelhou uma arca para a salvação de sua casa; pela qual condenou o mundo e se
tomou herdeiro da justiça que vem da fé.”

Pensemos no seguinte: toda aquela geração sem temor a Deus,


contemporânea de Noé, julgava inconcebível que um dilúvio de águas cobrisse a
face da terra, até porque ainda não havia chovido naqueles tempos, (Gn 2.5); de
sorte que eles não acreditavam no dilúvio, tampouco que uma embarcação pudesse
navegar sobre semelhantes turbulentas águas. Motivado, contudo, pela fé e pelo
temor de Deus, Noé preparou uma arca para a salvação de sua família, tornando-se,
desta maneira, o representante não apenas da obra da fé, como também da
paciência da fé, suportando a tensão longa e demorada, mas exemplificando a fé
pelas suas obras.

Pois bem, segundo Wiley, o autor da Epístola aos Hebreus faz duas
observações sobre a fé de Noé:

1 — Noé, pela sua fé, condenou o mundo. A perseverança na obra que


Deus confiara a Noé foi sem dúvida a principal fonte de condenação,
embora Pedro fale do patriarca como pregador da justiça (2 Pe 2.5 ara).
Durante o período Antediluviano, Deus foi longânimo, e o Seu Espírito
pelejou com os homens. Mas estes não deram ouvidos e continuaram no
pecado até o dia em que Noé entrou na arca (Mt 24.38,39). Podemos dizer,
então, que a obra de Noé condenou o mundo; sua vida santa condenou a
dos que viviam em pecado, e suas advertências de juízo iminente os
condenaram. 2 — Noé se tomou herdeiro da justiça que vem da fé. Assim
como ele recebeu revelação do Dilúvio iminente, é revelado a nós que q Dia
do Senhor virá como ladrão [...] e que neste dia os céus passarão com
estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a
terra e as obras que nela existem serão atingidas. Daí a recomendação de
Pedro: Por essa razão, pois, amados, esperando estas coisas, empenhai-
vos por serdes achados por ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis (2 Pe
3.10,14 ara).

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Semelhantemente, nós, em tempos hodiernos, pela responsabilidade e
seriedade de nossa missão, condenemos a frieza e a idolatria do mundo presente;
também pela urgência no cumprimento da Grande Comissão, condenemos a falta de
fé e de perdão inerentes a nó seres humanos, e, pelas advertências incessantes,
condenemos a insensibilidade das pessoas à verdade. Deste modo,
indubitavelmente, nos tornaremos herdeiros da justiça que vem da fé.

II – A FÉ QUE FAZ VER O INVISÍVEL

1. A obediência de Abraão.

O nome Abraão, tem como significado, em hebraico, “pai de muitos; pai da


multidão” (Gn 17.5). Nas Sagradas Escrituras ele é chamado de o amigo de Deus
por três vezes (2 Cr 20.7; Is 41. 8; Tg 2.23) e é também considerado de o pai da fé
(Gl 3. 6,7; Rm 4. 11-13, 16; Lc 2.8). Mais vejamos alguns pontos fortes deste herói
da fé:

 Sua fé agradou a Deus;

 Tornou-se fundador da nação judaica;

 Foi respeitado pelos outros e corajoso ao defender a sua família a qualquer


preço;

 Foi um pai cuidadoso não apenas para a sua família, pois praticou a
hospitalidade para com outras pessoas.

Algumas outras coisas podem ser ditas de Abraão, mas uma é de grande
destaque: “E creu ele no Senhor, e foi-lhe imputado isto por justiça” (Gn 15.6), o que
concorda com este outro texto: “Porque dizemos que a fé foi imputada como justiça
a Abraão” (Rm 4. 9). Destarte, o autor desta missiva escreve assim, no capítulo 11 e
versículo 8:; e saiu, “Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar
que havia de receber por herança sem saber para onde ia.” (ARA). Segundo Wiley,
temos:

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Em Hebreus 11.8, o verbo traduzido como chamado, no particípio presente,
kaloumenos, salienta o caráter imediato da obediência de Abraão, que
“obedeceu ao chamado enquanto (por assim dizer) este ainda lhe soava
aos ouvidos” (Westcott). Mas, com este chamado, havia duas promessas:
(1) de bênçãos temporais — uma descendência numerosa e uma terra em
que esta habitaria; e (2) bênçãos espirituais — mediante ele, viria a
prometida Semente da mulher (Gn 3.15), Aquele em quem seriam benditas
todas as nações da terra (Gn 12.3). O chamado de Deus para Abraão
significava completo rompimento com a antiga vida e o abandono de toda
confiança própria, para que o patriarca aprendesse a lição da confiança
plena no Senhor somente.

Deste modo, temos a prontidão de obediência e a simplicidade da confiança


no Deus invisível — eis as lições que temos de aprender se quisermos andar nas
pegadas da fé de Abraão, porque este é pai de todos nós, crentes (Rm 4.12-16).
Portanto, a fé nos traz a salvação; a obediência ativa, por sua vez, demonstra que a
nossa fé é genuína e nos faz ver o invisível.

2. A fidelidade de José.

O seu nome significa, em hebraico, “Jeová acrescentará” (Gn 35.24). Neste


idioma, o nome José (Yosef) tem pronúncia semelhante aos verbos que significam:
“tirar e acrescentar”, respectivamente.

Em Hb 11. 22 (ARA), assim, está escrito: “Pela fé, José, próximo do seu fim,
fez menção do êxodo dos filhos de Israel, bem como deu ordens quanto aos seus
próprios ossos”. Segundo o pensamento de William Barclay3, o incidente da vida de
José provém de Gênesis 50. 22-26, “quando José estava próximo da morte fez os
israelitas jurarem que não deixariam seus ossos no Egito, mas sim que os levariam
consigo à terra prometida, promessa que cumpriram a seu devido tempo” (Êxodo
13.19; Josué 24.32). Ora, José tinha alcançado uma grande projeção no Egito, mas
mesmo assim era a grandeza de um estrangeiro em terra estranha. E, entretanto,
jamais duvidara que alguma vez a promessa teria cumprimento. Portanto,
certamente José morreu não desesperado, mas esperançado. Pela fé derrotou a
morte. Sim, morreu, de fato, mas a promessa de Deus não podia morrer jamais.

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The Letter to The Hebrews, BARCLAY, William.

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3. A determinação de Moisés.

O nome Moisés, provavelmente, seja um nome de origem egípcia, que


significa “filho ou nascido de” e aparece em nomes compostos como Tutmósis e
Amósis. Pois bem, neste caso, aqui temos uma explicação popular desse nome,
associando-o a um verbo hebraico que tem pronúncia semelhante ao do verbo tirar.

Em Hb 11. 24-26, as Sagradas escrituras dizem: “Pela fé, Moisés, sendo já


grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo, antes, ser
maltratado com o povo de Deus do que por, um pouco de tempo, ter o gozo do
pecado; tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo do que os tesouros do
Egito; porque tinha em vista a recompensa”. Orton H. Wiley diz que:

Este é o primeiro ato de que temos notícia sobre Moisés como homem
maduro, sendo que a fé que ele primeiro inspirou em seus pais agora se
manifestava como uma decisão de fé individual. Moisés sentiu o chamado
de Deus para devotar a vida à redenção do seu povo oprimido, escolhendo,
antes, ser maltratado com o povo de Deus. O vocábulo grego, traduzido
como maltratado, contém a raiz kakon, que significa humilhado ou
ignominioso. Mostra que Moisés se identificava com os que eram
escorraçados. E o motivo apresentado para esta escolha é que ele reputou
por maiores riquezas, o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito;
porque tinha em vista a recompensa (Hb 11.26). A palavra traduzida como
recompensa (ARC) ou galardão (ARA), em grego, significa pesar em
balanças ou restituir todo o equivalente da paga. E assim, colocado em
balanças, o vitupério (ARC) ou opróbrio (ARA) de Cristo contrabalançava
infinitamente os tesouros transitórios do Egito. Moisés tinha conhecimento
de Cristo, pois a promessa do Messias estava implícita no que Deus
prometera a Abraão (Gn 12.3). Nosso Senhor disse que Moisés escreveu
sobre Ele (Jo 5.46), e Pedro, reproduzindo as palavras de Moisés, disse: O
Senhor, vosso Deus, levantará dentre vossos irmãos um profeta semelhante
a mim; a ele ouvireis em tudo quanto vos disser (At 3.22ss.). Estas palavras
também foram citadas por Estevão em sua pregação (At 7.37). Além disso,
Moisés era um tipo de Cristo, e sua decisão [de rejeitar as riquezas do
mundo] coaduna-se com a fé de Abraão, Isaque, Jacó e José.

Deste moldo, vemos o contraste entre as alternativas que Moisés tinha diante
dele é demonstrado vividamente — ser maltratado ou os prazeres transitórios do
pecado. Que sua fé escolheu as coisas do porvir ao invés das presentes demonstra
seu caráter de abnegação. Moisés tinha muitas coisas atraentes para perder,

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embora os prazeres sejam especificamente atribuídos ao pecado. A fé e o prazer
pecaminoso não caminham juntos.

O missionário Moffatt cita um dito de A. S. Peake: “A coragem de abandonar a


obra na qual está empenhado de todo coração e de aceitar com ânimo a ação como
vontade de Deus, é de uma índole muito estranha e elevada; só pode ser criada e
sustentada por maior visão espiritual”. Que nunca venhamos perder a nossa fé por
coisas transitórias deste mundo.

III – A FÉ QUE DÁ PODER PARA AVANÇAR

1. A ousadia de Josué.

O nome Josué (Nm 13.16), em hebraico, significa: “Jeová é salvação” e sua


forma grega é Jesus (Mt 1.21), com o mesmo significado.

“Pela fé, caíram os muros de Jericó, sendo rodeados durante sete dias.” (Hb
11.30). Eis o que diz Orton H. Wiley, sobre este versículo:

Com Moisés, começou a fé da liderança, em oposição à fé da esperança


paciente pela promessa. Nos 40 anos no deserto, fundou-se uma nação e
foram instituídos os serviços religiosos. Estes anos serviram também para
disciplinar o povo nas agruras das peregrinações nesse lugar. O escritor de
Hebreus nada comenta sobre esses anos. Josué se tornara o líder de Israel
na conquista de uma terra que a esse povo foi divinamente prometida. O
primeiro ponto de ataque foi Jericó, cidade murada e muito bem equipada.
Os israelitas de nada dispunham para atacar, mas, em obediência à ordem
de Deus, marcharam em volta das muralhas, bradaram, e elas ruíram, de
sorte que todos os conquistadores entraram na cidade franqueada à sua
vista (Js 6.20). Foi pela fé na promessa de Deus que venceram, e é por
essa fé que todos os cristãos, desde séculos, têm igualmente sido
vitoriosos. As armas de nossa guerra não são carnais, contudo são
poderosas em Deus, para destruir fortalezas (2 Co 10.4 – ARA).

Portanto, não devemos lutar contra os nossos inimigos espirituais com armas
carnais, não! Ousemos resisti-los com as nossas armas espirituais, deste modo,
seremos mais do que vencedores pela fé.

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2. A coragem de Raabe.

Raabe, em hebraico, significa: “tempestade; arrogância; largo” (Js 2.3).

Hebreus 11.31, diz: “Pela fé, Raabe, a meretriz, não pereceu com os
incrédulos, acolhendo em paz os espias”. Mais uma vez corroboro com Orton Wiey,
quando escreve:

Raabe era uma mulher gentia dona de uma estalagem nas muralhas de
Jerico, como se evidencia pelo fato de que os espias encontraram
alojamento ali. Correndo o risco de ser considerada traidora, deu-lhes abrigo
e, enquanto todos os habitantes de Jericó foram condenados à destruição,
só ela se salvou, porque creu na palavra dos mensageiros de Deus e agiu
conforme a sua fé, pela qual foi a única habitante da cidade a sobreviver e
livrar sua casa. Não existe prova mais clara da salvação pela fé do que este
acontecimento, que assinala que esta salvação é para os gentios também.
Raabe posteriormente se casou com Salomão e deu à luz Boaz, que se
casou com Rute; o filho desta, Obede, foi o pai de Jessé, e Jessé foi o pai
do rei Davi (Mt 1.5,6).

Deste modo, ela demonstrou ter fé no propósito de Deus para com a nação
de Israel. Como recompensa de seus atos heroicos, movido pela fé, não apenas ela,
mas toda a sua família foram salvas naquele dia, quando Jericó foi completamente
destruída.

3. O heroísmo de Gideão.

Gideão, em hebraico, significa: “lenhador ou Guerreiro” (Jz 6.11).

O eminente escritor Charles Barclay, escreveu, assim, sobre este importante


personagem de fé: “A história de Gideão é narrada em Juízes 6 e 7. Com apenas
trezentos homens Gideão obteve uma vitória sobre os amonitas nos dias em que
estes eram o terror de Israel; foi um episódio que teve ressonância durante séculos.”

Deste modo, Gideão não venceu com a maioria, mas ao contrário, com 300
homens, apenas. Como diz certo ditado: “A minoria com Deus é tudo”. Portanto, a
batalha da fé não se vence pela força da carne, mas pelo poder invencível da fé.
Louvado seja o nome de Jesus Cristo. Amém!!!

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CONCLUSÃO

Assim, todos esses heróis da fé creram nas promessas de Deus e confiaram


no então invisível pelo que pacientemente esperavam e aguardavam. Dá-se
testemunho de sua fé em promessas que tardaram muito a cumprir-se, em feitos
notáveis, em torturas atrozes e até martírio, pois eles não reputavam a própria vida
como preciosa. Como vimos, a fé é sempre ativa; ela é um exercício da vontade.

Portanto, meus amados e distintos leitores, ousemos imitar estes exemplos


de gigantes na fé, para que quando a adversidade venha nos rodear, não venhamos
recuar covardemente, mas prosseguir para o alvo, para a plena recompensa em
Cristo Jesus.

Meditemos, neste lindo coro extraído do Hino 459 da Harpa Cristã:

De Deus mui firmes são as promessas,


Falhando tudo, não falharão;
Se das estrelas o brilho cessa,
Mas as promessas brilharão!

[Professor. Teólogo. Tradutor. Jairo Vinicius da Silva Rocha – Presbítero,


Superintendente e Professor da E.B.D da Assembleia de Deus no Pinheiro.]
Maceió, 17 de março de 2018.

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