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20/1/2015 ANTIGO TESTAMENTO

Antigo Testamento

Sobre o Messias

Bispo Alexander (Mileant).

Traduzido por Olga Dandolo/ Silvandira Féix dos Santos

Conteúdo:

Introdução.

Observações Sobre as Profecias Messiânicas.

As Profecias Nos Livros de Moisés.

As Profecias do Rei Davi.

As Profecias de Isaías.

O Sofrimento do Messias.

A Ressurreição do Messias.

As Profecias de Daniel.

Os Últimos e "Menores" Profetas

A Espera da Vinda do Messias

A Realização das Profecias do Antigo Testamento

Noções Distorcidas Sobre o Messias.

Apêndice: Profecias com respeito à Igreja e aos Tempos do Novo Testamento

Duas Páscoas. A Conversão Próxima Futura. Do Povo Judeu em Cristo. Índice das Profecias
Messiânicas: a) Pelo conteúdo. b) Pelos autores em ordem cronológica

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Introdução

O tema central dos livros sagrados do Antigo Testamento é a chegada do Messias e o


estabelecimento do Reino de Deus entre os povos. Nós juntamos aqui profecias importantíssimas do
Antigo Testamento sobre o Messias, o Salvador do Mundo, no intuito de podermos conversar sobre
seu conteúdo e mostrar como estas profecias se realizaram no Senhor Jesus Cristo e na Igreja do Novo
Testamento.

Apesar de sua grande antiguidade, as profecias do Antigo Testamento não perderam de modo algum a
sua atualidade. As profecias ajudam os fiéis a entenderem melhor e mais profundamente a sua fé. Para
as pessoas descrentes, elas servem como provas da existência de Deus e de Sua participação na vida
humana. Só o fato de os profetas, há centenas e milhares de anos atrás, terem feito profecias de
acontecimentos do futuro com tanta precisão e detalhe, prova que Deus falava através deles.

Esperamos que esta brochura possa ajudar os judeus, que reconhecem a Deus e que estão à procura da
verdade, a entender mais claramente as Sagradas Escrituras de seus gloriosos antepassados e a
perceber Quem, juntamente com os Profetas, é o seu tão longamente esperado Rei e Salvador.

Ademais que o cumprimento das profecias do Antigo Testamento em Nosso Senhor Jesus Cristo,
conforme veremos, exclui qualquer possibilidade de outro messias. O Verdadeiro Messias somente
pode ser um — Ele, que já veio. Todos os outros pretendentes a esse título, no passado e no futuro,
são impostores, enganadores e "lobos em pele de carneiro."

O último falso messias, que virá antes do fim do mundo, será o Anticristo. De acordo com as
profecias dos antigos Profetas e Apóstolos, muitas pessoas irão acreditar nele, como um engenhoso
líder e um "salvador" da humanidade. Mas ele trará somente desgraça e destruição ao mundo.

Observações Sobre as

Profecias Messiânicas

Os livros do Antigo Testamento conforme podemos observar, são repletos de profecias sobre o
Messias e sobre o Seu Reino abençoado. A finalidade das profecias do Antigo Testamento era
preparar os judeus e, através deles, toda a humanidade para a chegada do Salvador do mundo, para
que, no tempo de Sua vinda, Ele pudesse ser reconhecido e acreditado por todos. Entretanto, a tarefa
dos profetas foi difícil por diversas razões.

Em primeiro lugar, o Messias não deveria ser apenas um grande homem, mas ao mesmo tempo ser
Deus, ou — Deus-Pessoa. Por essa razão, os profetas se viram face a face com a incumbência de
descobrir a natureza Divina do Messias, porém de tal forma que não houvesse pretexto para o
politeísmo, ao qual os antigos eram tão inclinados, inclusive os judeus.

Em segundo lugar, os profetas tinham que mostrar que a tarefa do Messias consistiria não apenas no
aperfeiçoamento das condições exteriores de vida: na extinção das doenças, morte, pobreza,

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desigualdade social, crimes, etc., mas a finalidade de Sua vinda ao mundo seria, em primeiro lugar,
ajudar as pessoas a ficarem livres do mal interno — pecados e paixões — e mostrar o caminho para
Deus. Realmente o mal físico é apenas resultado do mal moral, destituição pecaminosa. Se não limpar
antes a infecção de uma ferida, não adiantará colocar pele enxertada para curá-la. Por essa razão, o
Messias deveria começar o ato de salvação das pessoas através da exterminação do mal pela raiz —
nas almas das pessoas. Sem isso, nenhuma mudança externa, artificial ou obrigatória nas condições de
vida poderia trazer felicidade à humanidade.

Entretanto, o renascimento espiritual é impossível sem a livre vontade e ativa participação da própria
pessoa. Daqui provêm todas as dificuldades da incumbência do Messias: a pessoa tem de ser salva
através de sua participação voluntária! Já que ela é presenteada com a liberdade de escolha entre o
bem e o mal, torna-se impossível a felicidade universal enquanto os justos e os pecadores tiverem uma
coexistência paralela. No final das contas deverá haver uma seleção entre um ou outro. Somente após
a interferência de Deus no destino da humanidade, com o julgamento universal e a seleção, poderá
começar uma nova vida para os renascidos espiritualmente, na qual reinará alegria, paz, imortalidade
e outras bênçãos.

As profecias do Antigo Testamento envolvem todos os lados deste longo e complexo processo físico
espiritual associado à vinda do Messias.

Naturalmente, a maioria das pessoas durante os tempos do Antigo Testamento não podiam chegar a
um entendimento claro a respeito da finalidade da vinda do Messias. Por essa razão Deus, através dos
Seus profetas, revelou gradualmente às pessoas a identidade do Messias e a organização de Seu
Reino, de acordo com o grau de cada pessoa, usando a experiência espiritual das gerações passadas,
alcançando o mais alto nível de espiritualidade.

O período das profecias messiânicas abrangeu muitos milênios, começando com os antepassados
"Adão e Eva" e se estendendo até o término dos tempos, com a chegada do Nosso Senhor Jesus
Cristo, no início de nossa era.

Nos livros do Antigo Testamento pode-se encontrar várias centenas de profecias a respeito do Messias
e de Seu Reino abençoado. Elas estão difundidas por quase todos os livros do Antigo Testamento,
começando pelos Cinco Livros de Moisés e terminando com os últimos profetas Zacarias e
Malaquias. O profeta Moisés, o rei Davi, os profetas Isaías, Daniel e Zacarias foram os que mais
escreveram sobre o Messias.

Iremos mencionar somente as profecias mais importantes e adiante enfatizaremos os principais


pensamentos nelas abordados. Colocando estas profecias, principalmente a maior parte, em ordem
cronológica, poderemos ver como elas gradualmente revelavam aos judeus novos e novos
acontecimentos sobre a vinda do Messias: sobre Sua natureza de Deus-Pessoa, sobre Seu caráter e
caminho de ações e sobre muitos detalhes de Sua vida. Às vezes as profecias messiânicas conservam
símbolos e alegorias. Iremos discutir isso durante a análise das profecias.

Muitas vezes os profetas, em suas visões proféticas, unem acontecimentos dentro de uma mesma
conjuntura que podem ser separados uns dos outros por muitas épocas e até milênios. Aqueles que
lêem as escritas dos profetas devem estar habituados a ver esses acontecimentos em igual perspectiva
multi-secular, na qual são mostrados simultaneamente o começo, o meio e o fim de um longo e
complexo processo espiritual.

A palavra "Messias" (Meshiah) é hebraica e significa "Ungido," isto é, ungido pelo Espírito Santo. Na
tradução grega escreve-se "Christos." Na antiguidade eram denominados de ungidos os reis, os
profetas e os padres de alta hierarquia, porque durante suas ordenações a essas posições, era
derramado óleo abençoado sobre suas cabeças como símbolo da graça do Espírito Santo, o Qual eles
recebiam na ordem para exercerem com êxito a responsabilidade a eles confiada. Na qualidade do
próprio nome, os profetas sempre relacionavam a palavra "Messias" a um determinado "Ungido de
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Deus," o Salvador do mundo. Nós iremos usar os nomes, Messias, Cristo e Salvador alternadamente,
tendo em vista Um só Ser.

As Profecias

Nos Livros de Moisés

O profeta Moisés, que viveu 1.500 anos antes do nascimento de Cristo, registrou em seus livros as
mais antigas profecias sobre o Salvador do mundo, as quais no decorrer de muitos milênios foram
mantidas através das tradições orais pelos judeus. Nossos antepassados Adão e Eva ouviram a
primeira profecia sobre o Messias ainda no Éden, logo depois de terem provado o fruto proibido.
Então Deus disse ao diabo, que assumiu a aparência de uma cobra:

"Porei inimizades entre ti e a Mulher, e entre a tua posteridade e a Posteridade Dela. Ela te pisará a
cabeça, e tu armarás traições ao Seu calcanhar" (Gên.3:15).

Com estas palavras Deus deu a sentença do diabo e consolou nossos antepassados, com a promessa de
que algum dia, um Descendente da Mulher abateria "a cabeça" da própria cobra-diabo, a qual os
seduziu. Mas, diante disto o Próprio Descendente da Mulher sofreria por parte da cobra, a qual iria
como que "armar traições ao Seu calcanhar," isto é, iria Lhe proporcionar sofrimentos físicos.

Notável portanto, nesta primeira profecia é a nomenclatura do Messias como a "Descendência da


Mulher," que aponta para o Seu extraordinário nascimento de uma Mulher, a Qual conceberia sem a
participação de um homem. Aqui é importante considerar nos descendentes dos tempos do Antigo
Testamento a ausência do pai físico, onde os descendentes eram sempre identificados paternalmente e
não maternalmente.

A atribuída profecia sobre o extraordinário nascimento do Messias é confirmada com a posterior


profecia de Isaías (7:14), a qual iremos comentar mais adiante. De acordo com as traduções dos
Targumos de Onkelos e de Jonatas (um número de interpretações ou parágrafos de várias divisões do
Antigo Testamento Hebreu no idioma Aramaico), os judeus sempre consideravam a profecia da
Posteridade da Mulher como pertinente ao Messias. Esta profecia sobre o "ferimento" foi
concretizada, quando Nosso Senhor Jesus Cristo sofrendo na Cruz com Seu corpo, venceu o demônio
— aquela "serpente antiga" (Apoc.20:2) e tomou dele imediatamente qualquer domínio sobre a raça
humana.

A Segunda profecia sobre o Messias é também encontrada no livro de Gênesis e fala sobre a "Benção"
Dele, que se estenderá sobre todas as pessoas. Isto foi dito ao justo Abraão, quando ele através de seu
ato voluntário, ofereceu em sacrifício seu único filho Isaac, demonstrando sua extrema devoção e
obediência a Deus. Então Deus, através de um Anjo prometeu a Abraão:

"E na tua descendência serão benditas todas as nações da terra, porque obedeceste à minha voz"
(Gên.22:18).

No texto original desta profecia a palavra "Descendência" está no singular, indicando com isto que
nesta promessa a questão se refere não a muitos, mas sim a apenas um único Descendente, do Qual a
benção se estenderia sobre todas as pessoas. Os judeus sempre atribuíram esta profecia ao Messias,

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compreendendo-a contudo, no sentido de que a benção deveria ser estendida essencialmente sobre
povos escolhidos.

No sacrifício, Abraão era o protótipo de Deus o Pai e Isaac o protótipo do Filho de Deus, o Qual iria
sofrer na Cruz. Este paralelo é mencionado no Evangelho, onde é dito:

"Porque Deus amou de tal modo o mundo, que lhe deu Seu Filho Unigênito, para que todo o que crê
Nele, não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16).

A importância desta profecia, sobre a benção de todas as nações da Descendência de Abraão, se


evidencia pelo fato de que Deus confirmou Sua promessa com um juramento.

A terceira profecia sobre o Messias foi proferida pelo patriarca Jacó, neto de Abraão, quando antes de
sua morte, ele abençoou seus 12 filhos e profetizou o futuro destino dos seus descendentes. Para Judá
ele predisse:

"O cetro não será tirado de Judá, nem o príncipe da sua descendência, até que venha Aquele que
deve ser enviado. E Ele será a esperança das nações" (Gên.49:10).

De acordo com a tradução dos 70 tradutores, esta profecia tem a seguinte alternativa:

"até que venha Ele, a Quem é dado a vir e Ele será a esperança das nações." Aqui o cetro simboliza o
poder. Esta profecia narra, que os descendentes de Judá terão seus próprios líderes e legisladores até o
tempo que o Messias – Shiloh (Conciliador) vier. A palavra Shiloh (Conciliador) revela um novo
aspecto na caracterização de Suas atividades: Ele eliminará a inimizade entre as pessoas e Deus,
originada como um resultado do pecado (os anjos cantavam sobre a eliminação da inimizade entre o
céu e a terra, quando Cristo nasceu: "Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens,
de boa vontade" (Luc.2:14)).

O Patriarca Jacó viveu há mais de dois mil anos antes do Nascimento de Cristo. Daí por diante, da
tribo de Judá veio o Rei Davi, descendente de Judá, que viveu há mais de mil anos antes do
nascimento de Cristo. Desde então, a tribo de Judá teve seus reis, além disso, após o cativeiro da
Babilônia, teve seus líderes até os tempos de Herodes o Grande, o qual subiu ao trono na Judéia, no
ano 47 antes de Cristo. Herodes de descendência do comandante idumeu Antípater, foi o primeiro rei
estrangeiro dos judeus. Durante o seu reinado as tribos de Judá perderam completamente o estatus de
autonomia e Jesus Cristo nasceu como foi profetizado.

Seria apropriado neste ponto, mencionar um fragmento histórico encontrado no "Mishnah," uma das
partes mais antigas do Talmude, onde é dito que os membros do Sinédrio (quando lhes foi tirado o
direito da justiça criminal, mais de 40 anos antes da destruição do Templo (no 30o ano do nascimento
de Cristo)), vestidos em farrapos e puxando os cabelos, exclamavam:

"Infortúnio para nós, infortúnio para nós: há muito tempo que o rei de Judá empobreceu, mas o
Messias prometido ainda não veio!" Naturalmente, eles se expressaram desta maneira, porque não
reconheceram em Jesus Cristo Aquele Pacificador, à respeito do Qual o patriarca Jacó havia
profetizado.

Deve-se salientar que, por causa de dois mil anos passados, desde que a tribo de Judá perdeu toda sua
autoridade civil e os judeus como entidade tribal, já há muito tempo se misturaram através do sangue
com outras tribos hebraicas e até com outras nações; aplicar a profecia dada por Jacó a qualquer novo
candidato ao título messiânico — é absolutamente impossível.

A próxima profecia sobre o Messias representada por uma estrela, ascendente dos descendentes de
Jacó, foi proferida pelo profeta Balaão um contemporâneo do profeta Moisés, a mais de 1500 anos
antes de Cristo. Ademais nesse tempo, os príncipes de Moab pediram ao profeta Balaão para que ele
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amaldiçoasse a nação hebraica, que ameaçava invadir seus territórios. Os príncipes tinham a
esperança que esta maldição do profeta, os ajudaria a derrotar os israelitas. O profeta Balaão, vendo
do alto de uma montanha o povo hebreu se aproximando, numa visão profética viu também longe, O
Distante Descendente deste povo. Em êxtase espiritual, em vez de amaldiçoar, Balaão exclamou:

"Eu O verei, mas não agora; eu O contemplarei, mas não de perto: nascerá uma estrela de Jacó,
levantar-se-á uma vara de Israel, ferirá os capitães de Moab e destruirá todos os filhos de Set"
(Núm.24:17).

A denominação simbólica do Messias como uma estrela e cetro, aponta para o seu significado
dirigente e hierárquico. Balaão profetizou a derrota dos príncipes de Moab e dos descendentes de Set
em sentido alegórico; tendo aqui em mente a anulação das forças do mal, tomando em contraste como
poder, o Reinado do Messias. Desta maneira, a presente profecia de Balaão suplementa a mais antiga
profecia a respeito do ferimento da cabeça da serpente (Gên.3:15). Ele ferirá não apenas a serpente,
mas também os seus servos.

A profecia de Balaão sobre a Estrela da tribo de Judá, deu início à crença tanto por parte dos israelitas
como dos persas (dos quais surgiram os "homens sábios do Evangelho"), de que a vinda do Messias,
seria precedida pela aparição de uma estrela brilhante no céu. Uma extraordinária estrela brilhante,
como nós sabemos, de fato começou a brilhar no céu pouco antes do Nascimento de Cristo.

A quinta e última profecia sobre o Messias, a qual encontramos nos livros de Moisés, foi dita por
Deus ao próprio profeta Moisés, quando a vida terrena deste grande líder e legislador da nação
hebraica se aproximava ao fim. O Senhor prometeu a Moisés que em certo tempo, Ele proclamaria um
outro Profeta à nação hebraica, semelhante a ele no significado e força espiritual, e que Ele (Deus)
falaria através dos lábios deste Profeta.

"Eu lhes suscitarei do meio de seus irmãos um profeta semelhante a ti; porei na Sua boca as Minhas
palavras e Ele lhes dirá tudo o que Eu Lhe mandar. Mas o que não quiser ouvir as palavras que Ele
disser em Meu nome, Eu me vingarei dele" (Deu.18:18-19).

O pós-escrito feito no final do livro do Deuteronômio (Deu.34:10) pelos contemporâneos de Ezdra,


mais de 450 anos A.C., é testemunho de que dentre muitos profetas da nação hebraica no decorrer de
sua história secular, não se encontrou nenhum comparável a Moisés. Por conseguinte, o povo hebreu
dos tempos de Moisés esperava ver na pessoa do Messias o maior profeta legislador. Ralbag,
Gersonides (antiga literatura rabina) comenta sobre o texto acima:

"Um profeta do meio de ti. De fato o Messias é semelhante a um profeta..."

Resumindo as profecias aqui mostradas, registradas por Moisés, nós vimos que, muito antes da
formação da nação hebraica, ainda no tempo patriarcal, os ancestrais dos judeus tinham conhecimento
de muitos acontecimentos valiosos e essenciais sobre o Messias em particular: que Ele derrotaria o
demônio e seus servos; traria a benção a todas as nações; Ele seria o Pacificador e Líder e que Seu
Reino seria eterno. Estas informações passaram dos hebreus a muitos povos pagãos como indús,
persas, chineses e mais tarde aos gregos. Elas foram passadas em forma de contos populares e lendas.
É verdade que, com o passar dos anos a idéia a respeito do Salvador do mundo entre os povos pagãos,
tornou-se obscura e deformada, mas a coerência da origem destas lendas é indiscutível.

As Profecias

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do Rei Davi

Após a morte de Moisés e a ocupação da Terra Prometida pelos judeus, as profecias sobre o Messias
cessaram por centenas de anos. Uma nova série de profecias sobre o Messias surgiu durante o reinado
de Davi, um descendente de Abraão, Jacó e Judá, o qual governou a nação hebraica há mais de mil
anos A.C. Nestas novas profecias são reveladas as propriedades Real e Divina de Cristo. Deus
prometeu a Davi, através dos lábios do profeta Natã, estabelecer um Reino Eterno no Personagem de
Seu Descendente:

"Esse Me edificará uma casa, e firmarei o Seu trono para sempre. Eu serei Seu Pai e Ele será Meu
Filho" (1Crôn.17:12-13).

Esta profecia sobre o Reino Eterno do Messias é comparada com uma série de profecias, as quais
discutiremos mais minuciosamente. Para entender e avaliar o significado desta profecia, é preciso no
mínimo resumidamente, se familiarizar com a vida do Rei Davi. O rei Davi tendo sido sagrado por
Deus como rei e profeta, foi o protótipo do mais Alto Rei e Profeta — Cristo.

Davi era o filho mais novo de uma família numerosa, de um pastor pobre chamado Jessé. Quando o
profeta Samuel enviado por Deus foi à casa de Jessé, a fim de sagrar o rei de Israel, ele pensou em
sagrar um dos filhos mais velho. Porém o Senhor revelou ao profeta que o filho mais novo, ainda um
garoto, Davi, fora escolhido por Ele para este importante serviço. Então, em obediência a Deus,
Samuel derramou o óleo sagrado sobre a cabeça do filho mais novo, realizando com isto a unção para
o trono. À partir deste momento, Davi recebeu a sagração de Deus; o messias. Mas Davi não se
estabeleceu imediatamente como dirigente de fato. Davi ainda tinha pela frente, um longo caminho de
provações e perseguições injustas, por parte do então rei Saul, que tinha um forte ódio por ele. A
razão desse ódio era a inveja; porque Davi quando jovem derrotou o anteriormente invencível filisteu
gigante Golias, com uma pequena pedra e uma funda e obteve com isto a vitória para o exército
hebreu.

"E as mulheres dançavam, cantando e dizendo: Saul matou mil e Davi dez mil" (1Sam.18:7).

Somente a forte fé em Deus o Intercessor, ajudou Davi a suportar todas as inúmeras perseguições e
perigos, aos quais ele estava sujeito por parte de Saul e seus servos, no decorrer de quase 15 anos.
Caminhando durante meses pelo selvagem e impenetrável deserto, o rei Davi muitas vezes,
desabafava sua tristeza com Deus em salmos inspirados. Com o tempo, os salmos de Davi tornaram-
se elemento essencial e de embelezamento nos ofícios religiosos, tanto do Antigo como do Novo
Testamento.

Tendo subido ao trono em Jerusalém após a morte de Saul, o rei Davi tornou-se o mais notável rei,
jamais visto como governante em Israel. Ele reunia em si, muitas qualidades valiosas: o amor pelo
povo, a justiça, a sabedoria, a coragem, e o mais importante, uma forte fé em Deus. Antes de decidir
qualquer questão política , o rei Davi sempre orava fervorosamente, pedindo compreensão. Davi
recebia ajuda do Senhor em tudo e seus 40 anos de reinado foi abençoado com grande sucesso, tanto
na política interna como externa.

Contudo ele não escapou de severas provações. Sua maior mágoa foi a revolta militar, chefiada por
seu filho Absalão, o qual desejava tornar-se rei antes do tempo. Nessa ocasião Davi experimentou
todo o amargor da ingratidão infame e a traição de muitos de seus súditos. Porém, como nos tempos
de Saul, a fé e a esperança em Deus o ajudou. Absalão morreu sem glória, embora Davi tivesse se
empenhado em salvá-lo de todas as maneiras. Davi perdoou também todos os outros rebeldes. Mais
tarde ele representou claramente em seus salmos Messiânicos, a revolta sem sentido e traiçoeira de
seus inimigos.
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Ao mesmo tempo que cuidava do bem estar material, Davi dava muita importância à vida espiritual de
seu povo. Frequentemente ele encabeçava comemorações religiosas, trazendo para povo hebreu,
sacrifícios a Deus e colocando juntamente seus inspirados hinos religiosos, os salmos. Sendo um rei,
um profeta e também em um certo âmbito um padre, o rei Davi tornou-se o protótipo (um modelo),
como um precursor do maior dos Reis, Profeta e Sumo Sacerdote, Cristo o Salvador, o descendente de
Davi.

A experiência pessoal do rei Davi e portanto o dom poético, com o qual ele foi dotado, lhe deram a
oportunidade de descrever o caráter e a façanha do futuro Messias na série toda de salmos, com
precedente clareza e vividez. Por exemplo, em seu 2o salmo, o rei Davi profetizou a hostilidade e
revolta contra o Messias por parte de Seus inimigos. Este salmo está escrito na forma de um diálogo
entre três entidades: Davi, Deus o Pai e o Filho de Deus, sagrado pelo Pai para o Reino. Aqui estão os
principais trechos deste salmo:

Rei Davi: "Por que se embraveceram as nações, e os povos meditaram coisas vãs?

Os reis da terra sublevaram-se, e os príncipes coligaram-se, contra o

Senhor e contra o Seu Cristo."

Deus Pai: "Eu ungi o Meu Rei em Sião, Minha montanha é santa."

Filho de Deus: "O Senhor disse-Me: "Tu és Meu Filho, hoje Eu Te gerei."

Rei Davi: "Abraçai a boa doutrina para que o Senhor não se ire, e não pereçais fora

do caminho da justiça" (Salmo 2:1-2, 6-7, 12).

O que é mais marcante neste salmo é a verdade, aqui revelada pela primeira vez, que o Messias é o
Filho de Deus. O Monte Sião, sobre o qual estavam o Templo e a cidade de Jerusalém, simboliza o
Reino do Messias, a Igreja.

Davi descreve ainda, em vários salmos subsequentes, a respeito da Santidade do Messias. Por
exemplo, no salmo 44, Davi dirigindo-se a chegada do Messias exclama:

"O Teu trono, ó Deus, subsistirá por todos os séculos; o cetro do Teu Reino é cetro de retidão.
Amaste a justiça, e aborreceste a iniquidade; por isso o Teu Deus Te ungiu, ó Deus, com óleo de
alegria, de preferência aos Teus companheiros" (Salmo 44:7-8).

Mostrando a diferença entre as Faces em Deus; entre o Deus que unge e o Deus ungido; a profecia
especificada, dispunha um fundamento para a fé na Tríade (havendo três hipostáticas Pessoas).

O salmo 39, aponta no Antigo Testamento, a insuficiência de sacrifícios para a remissão (perdão) dos
pecados humanos e dá testemunho dos próximos sofrimentos do Messias. Neste salmo o Próprio
Messias fala, através dos lábios de Davi:

"Não quiseste sacrifício nem oferenda, mas deste-Me ouvidos perfeitos. Também não pediste
holocausto pelo pecado. Então Eu disse: Eis que venho; está escrito de Mim na cabeceira do livro:
Em fazer a Tua vontade, Deus meu" (Sal.39:7-9).

Para o sacrifício de redenção do Messias, será dedicado um capítulo à parte. Aqui, nós só queremos
mencionar, que de acordo com o Salmo 109 o Messias não é apenas o Sacrifício, Ele é o Sacerdote
oferecendo o sacrifício a Deus; oferecendo a Si Próprio. No salmo 109 aparece novamente os
pensamentos fundamentais do salmo 2, sobre a Divindade do Messias e a hostilidade contra Ele.
Porém nele são adicionados vários novos fragmentos de informações, como por exemplo, o

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nascimento do Messias, o Filho de Deus, o Qual é retratado como um acontecimento pré-eterno.


Cristo é eterno, assim como Seu Pai.

"Disse o Senhor (Deus Pai) ao Meu Senhor (Messias): Senta-Te à Minha direita, até que ponha os
Teus inimigos por escabelo de Teus pés... Contigo está o principado no dia da Tua força,... Jurou o
Senhor, e não Se arrependerá: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedec"
(Salmo 109:1-4).

(Conforme explica o apóstolo Paulo, Melquisedec foi o protótipo do Filho de Deus, o eterno sacerdote
(Gên.14:18; Veja Hebreus 7).

O salmo 71 apresenta-se como um hino de louvor ao Messias. Neste salmo vemos o Messias em Sua
Glória total. Esta Glória se realizará no final dos tempos, quando o Reino Messiânico triunfará e o mal
será exterminado. Aqui temos vários versículos deste salmo cheio de alegria.

"... e adorá-Lo-ão todos os reis da terra; todas a nações O servirão; porque livrará o pobre do
poderoso, e o indigente que não tem quem lhe valha. Seja Seu nome bendito pelos séculos; o Seu
nome existe antes do sol. Serão benditas Nele todas as tribos da terra; todas as nações O
glorificarão" (Sal.71:11-12, 17).

O Reino do Messias será comentado mais a fundo, no Apêndice. Para que o leitor possa ter noção de
como são vastas e detalhadas as profecias sobre o Messias nos salmos, citaremos a lista destas
profecias pela ordem de seu conteúdo:

Sobre a Vinda do Messias —— Salmos 17, 49, 67, 95, 97

Sobre o Reino do Messias —— Salmos 2, 17, 19, 20, 45, 65, 71, 109, 131

Sobre o Sacerdócio do Messias —— Salmo 109

Sobre os Sofrimentos, Morte e Ressurreição do Messias —— Salmos 16, 21, 30, 39,

40, 65, 68, 98

Sobre Judas o Traidor—— Salmos 40, 50, 108

Sobre a Ascensão de Cristo ao Céu —— Salmo 68

Sobre Cristo, o Fundamento da Igreja —— Salmo 117

Sobre a Glória do Messias —— Salmo 8

Sobre o Juízo Final —— Salmo 97

Sobre a Herança, Paz Eterna dos Justos —— Salmo 94.

Para podermos entender os salmos proféticos, precisamos lembrar de que tanto Davi, quanto outros
grandes homens justos do Antigo Testamento, representavam o protótipo de Cristo. É por esta razão
que muitas vezes, quando Davi escreve na primeira pessoa do singular, como se ele falasse de si
próprio, na realidade os salmos não se referem a Davi, mas eles dizem respeito a Cristo. Por exemplo:
sobre o Sofrimento no Salmo 21 ou sobre a Glória (Ressurreição dos Mortos) no Salmo 15.

Desta maneira, as profecias Messiânicas de Davi, relatadas em seus salmos de inspiração divina,
apresentaram fundamentos para a fé no Messias, como o verdadeiro e coexistente Filho de Deus, Rei,
Sacerdote das Alturas e Redentor da Humanidade. A influência dos salmos na fé dos judeus do Antigo
Testamento, era particularmente grande, graças à ampla utilização dos mesmos, na vida particular e
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nos ofícios religiosos do povo hebreu.

As Profecias

de Isaías

Conforme mencionamos anteriormente, os profetas do Antigo Testamento tinham a grande


incumbência da preservação da fé em um Único Deus à nação hebraica e preparar a base para a fé na
vinda do Messias, como um Ser, o Qual tinha além da Natureza Humana também a Natureza Divina.
Os profetas tinham que falar sobre a Divindade de Cristo de tal maneira, que não fosse entendido
pelos judeus como linguagem pagã, isto é, como politeísmo. Por esta razão os profetas do Antigo
Testamento revelaram gradativamente o segredo da Divindade do Messias, de acordo com certo grau
de fé em Deus Uno, introduzido pouco a pouco à nação hebraica.

O primeiro a profetizar sobre a Divindade de Cristo foi o Rei Davi. Depois dele, se aquietaram por
250 anos as profecias e o profeta Isaías, vivendo a mais de 700 anos antes do nascimento de Cristo,
iniciou uma nova série de profecias sobre Cristo, nas quais é fortemente manifestada a Sua Natureza
Divina.

Isaías é o mais importante profeta do Antigo Testamento. O livro escrito por ele, abrange um número
tão grande de profecias sobre Cristo e sobre acontecimentos do Novo Testamento, que muitos o
chamam de Evangelista do Antigo Testamento. Isaías profetizou dentro da região fronteiriça de
Jerusalém, durante o reinado dos reis judeus Ozias, Acaz, Ezequias e Manassés. O exército israelense
teve sua derrota, durante o tempo de vida de Isaías em 722 antes de Cristo, quando o rei assírio
Sargon tomou a nação hebraica, que ocupava Israel, em cativeiro. O império judeu subsistiu mais uns
135 anos após esta tragédia. O profeta Isaías sofreu tortura durante o reinado de Manassés, tendo sido
serrado ao meio com uma serra de madeira. O livro do profeta Isaías é célebre pelo elegante hebreu e
possui alto valor literário, o qual é transmitido inteiramente constante, nas traduções de seu livro em
diferentes idiomas.

O profeta Isaías escreveu sobre a natureza humana de Cristo, e dele nós aprendemos, que Cristo
deveria nascer de uma forma milagrosa, de uma Virgem:

"Pois por isso o mesmo Senhor vos dará este sinal: Uma Virgem conceberá e dará à luz um Filho e o
Seu nome será Emanuel," o que significa: Deus está conosco" (Isa.7:14).

Esta profecia foi dita ao rei Acaz com o propósito de convencê-lo, de que ele e sua casa não seriam
destruídos pelos reis sírio e israelense. Justamente o oposto ao plano de seus inimigos que não
chegaria a se realizar e um dos descendentes de Acaz seria o Messias prometido, o Qual nasceria
milagrosamente de uma Virgem. Como Acaz era um descendente do rei Davi, a presente profecia
confirma a profecia anterior, de que o Messias nasceria da linhagem do rei Davi.

Em suas profecias seguintes, Isaías revela novos detalhes sobre a Criança prodigiosa, a Qual nasceria
de uma Virgem. Deste modo em seu 8o capítulo, Isaías escreve que o povo de Deus não deve temer as
intrigas de seus inimigos, pois seus planos não serão realizados:

.".. formai planos, e eles sairão frustrados; proferi alguma palavra de mando, e ela não será
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executada, porque Deus é conosco (Emanuel)" (Isa.8:10).

No capítulo seguinte, Isaías fala das características da Criança Emanuel:

"Porquanto um Menino nasceu para nós, um Filho nos foi dado e foi posto o principado sobre o Seu
ombro; e será chamado Admirável, Conselheiro, Deus forte, Pai do século futuro, Príncipe da paz"
(Isa.9:6).

O nome Emanuel, tanto quanto os outros nomes dados aqui à Criança, não aparecem como nomes
próprios, evidente, mas indicam as características de Sua Natureza Divina.

Isaías profetizou, que o Messias pregaria na região norte da Terra Santa, nas fronteiras das tribos de
Zabulon e Neftali, a qual era chamada de Galiléia:

"No tempo passado foi levemente combatida a terra de Zabulon, e a terra de Neftali, e no tempo
futuro serão cobertas de glória a costa do mar, além-Jordão, a Galiléia das nações. Este povo, que
andava nas trevas, viu uma grande luz; aos que habitavam na região da sombra da morte nasceu-lhes
o dia" (Isa.9:1-2).

Esta profecia foi mencionada pelo Evangelista Mateus, quando ele descreveu o sermão de Jesus Cristo
nesta região da Terra Santa, a qual era religiosamente, particularmente ignorante (Mat.4:16). Nas
Sagradas Escrituras a luz é o símbolo do conhecimento religioso; a verdade.

Nas profecias avançadas, Isaías denomina no entanto várias vezes, o Messias por outro nome —
Rebento. Este nome simbólico confirma profecias anteriores sobre o nascimento milagroso e não
comum do Messias, especificamente, que ele ocorreria sem a participação de um homem, igual a
um ramo, sem semente, que nasce diretamente da raiz da planta.

"Sairá uma vara do tronco de Jessé, (assim era chamado o pai de Davi) e uma flor brotará da sua
raiz. Repousará sobre ele o Espírito do Senhor, Espírito de sabedoria e de entendimento, Espírito de
conselho e de fortaleza, Espírito de ciência e de piedade; e será cheio do Espírito do temor do
Senhor" (Isa.11:1-3).

Aqui Isaías profetiza a Unção de Cristo com as Sete Dádivas do Espírito Santo, isto é, com toda a
Graça do Espírito, a Qual sucedeu no dia de Seu batismo no rio Jordão.

Em outras profecias, Isaías fala dos feitos de Cristo e Suas qualidades, em particular, de Sua
compaixão e humildade. A profecia aqui apresentada transmite as palavras de Deus o Pai:

"Eis o Meu Servo, Eu O ampararei; o Meu escolhido, no Qual a Minha alma pôs a Sua
complacência; sobre Ele derramei o Meu Espírito, Ele espalhará a justiça entre as nações. Não
clamará, nem fará acepção de pessoas, nem a Sua voz se ouvirá na ruas. Não quebrará a cana
rachada, nem apagará a mecha que ainda fumega;." (Isa.42:1-3).

Estas últimas palavras falam da grande paciência e condescendência com a fragilidade humana, com a
qual Cristo tratará as pessoas arrependidas e necessitadas. Uma semelhante profecia Isaías pronunciou
um pouco mais tarde, falando em nome do Messias:

"O Espírito do Senhor repousou sobre Mim, porque o Senhor Me ungiu; Ele Me enviou para
evangelizar os mansos, para curar os contritos de coração, pregar a redenção aos cativos e a
liberdade aos encarcerados; para publicar o ano da reconciliação do Senhor e o dia da vingança do
nosso Deus, para consolar todos os que choram;." (Isa.61:1-2). Estas palavras determinam
precisamente a finalidade da vinda do Messias: curar os males espirituais das pessoas.

Além das doenças espirituais, o Messias tinha como incumbência a cura das enfermidades físicas,
como Isaías profetizou:
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"Então se abrirão os olhos dos cegos e se desimpedirão os ouvidos dos surdos. Então saltará o coxo
como um cervo e desatar-se-á a língua dos mudos; porque rebentarão mananciais de águas no
deserto e torrentes na solidão" (Isa.35:5-6).

Esta profecia foi cumprida, quando o Senhor Jesus Cristo, pregando o Evangelho, curou milhares de
pessoas de várias doenças; aqueles cegos de nascença e aqueles possessos. Com Seus milagres Ele
confirmou a verdade de Seus ensinamentos e Sua unicidade com Deus o Pai.

Pelos planos de Deus, a salvação das pessoas deveria ser realizada no Reino do Messias. Este Reino
abençoado dos fiéis era às vezes comparado pelos profetas a uma construção (edificação) harmoniosa
(veja no apêndice as profecias sobre o Reino do Messias). O Messias Criatura por um lado, o
Fundador do Reino de Deus e por outro o Fundamento da verdadeira fé, é chamado pelos profetas a
Pedra, ou seja, a Fundação sobre a Qual está edificado o Reino de Deus. Esta nomenclatura simbólica
do Messias é encontrada na seguinte profecia:

"Portanto estas coisas diz o Senhor Deus: Eis que colocarei nos fundamentos de Sião uma Pedra,
uma Pedra escolhida, angular, preciosa, assentada em (solidíssimo) fundamento; aquele que crer,
não se apresse" (Isa.28:16). Sião era chamada a montanha (colina), sobre a qual se encontrava o
Templo e a Cidade de Jerusalém.

É digno de nota que nesta profecia é enfatizada pela primeira vez, a importância da FÉ no Messias:
"Aquele que crer, não se apresse!"

No salmo 117, escrito depois de Isaías, é mencionado a respeito desta Pedra:

"A Pedra rejeitada pelos edificadores esta foi posta por Pedra angular. Foi o Senhor que fez isto, e é
uma maravilha aos nossos olhos" (Sal.117:22-23, ver também Mat.21:42). Ou seja, apesar dos
"construtores" –– pessoas de prestígio no comando do poder, terem rejeitado esta Pedra, Deus todavia
O colocou como alicerce de uma estrutura abençoada — a Igreja.

A próxima profecia completa as profecias anteriores, na qual ela fala do Messias como um
Conciliador e uma fonte de benção, não somente para os judeus, mas também para todas as nações:

"Ele disse-Me: É pouco que Tu sejas Meu servo para restaurar as tribos de Jacó e converter os restos
depreciados de Israel; eis que Eu Te restabeleci para luz das gentes, a fim de seres a salvação que Eu
envio até à última extremidade da terra" (Isa.49:6).

Mas apesar da intensa luz espiritual emanada do Messias, Isaías previu que nem todos os judeus
veriam esta luz em razão de sua insensibilidade espiritual. Eis o que o profeta escreveu a respeito
disso:

"O Senhor disse-me: Vai e dize a esse povo: Ouvi o que vos digo, e não o entendais. Vede a visão, e
não a conheçais. Obceca o coração deste povo, ensurdece-lhe os ouvidos, entenda com seu coração,
e se converta, e Eu o sare" (Isa.6:9-10).

Por se preocuparem unicamente com o bem estar terreno, nem todos os judeus reconheceram o seu
Salvador no Senhor Jesus Cristo, prometido pelos profetas. Como que prevendo a falta de fé dos
judeus, o rei Davi tendo vivido antes de Isaías, invocou-os em um de seus salmos, com estas palavras:

"Se hoje ouvirdes a Sua voz (do Messias), não queirais endurecer os vossos corações; como
aconteceu quando Me provocaram à ira, no dia da tentação no deserto, onde vossos pais Me
tentaram, Me provaram, e viram Minhas obras" (Sal.94:8-9).

Ou seja, quando vocês ouvirem o sermão do Messias, acreditem em Suas palavras. Não persistam,
como seus ancestrais no tempo de Moisés no deserto, os quais tentaram Deus e murmuraram contra
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Ele (ver Êxodo 17:1-7), "provocaram" significa "censuraram."

O Sofrimento do Messias

Os sacrifícios de purificação ocupavam o lugar central na vida religiosa do povo hebreu. Todo
hebreu ortodoxo desde a infância, sabia que o pecado poderia ser remido somente com o sacrifício do
sangue redentor. Todos os dias de solenidade sagrada e de eventos familiares eram acompanhados de
sacrifícios.

Os profetas não explicavam, em que consistia a força purificadora do sacrifício. Porém, de suas
profecias sobre os sofrimentos do Messias, observa-se que os Sacrifícios do Antigo Testamento,
apontavam para o Sacrifício Redentor do Messias, o qual Ele deveria oferecer para a remissão dos
pecados do mundo. Deste grande sacrifício, os Sacrifícios do Antigo Testamento tiravam seu
significado e força. A ligação intrínseca entre o pecado e os sofrimentos subsequentes e a morte de um
indivíduo, tanto quanto entre os sofrimentos voluntários e a salvação subsequente do povo —
permanece até hoje em incompleto entendimento. Nós não iremos tentar explicar aqui esta ligação
intrínseca, mas queremos nos estender na profecia, sobre os sofrimentos futuro do Messias para a
nossa salvação.

A predição mais vívida e detalhada sobre os sofrimentos do Messias é a profecia de Isaías, a qual
ocupa um capítulo e meio de seu livro (o final do cap.52 e todo o cap.53). Esta profecia contém certos
detalhes dos sofrimentos de Cristo, que o leitor tem a impressão, que o profeta Isaías a escreveu aos
pés do Gólgota, embora como nós sabemos, ele viveu a mais de setecentos anos antes de Cristo.
Apresentamos aqui a referida profecia:

"Eis que o Meu Servo procederá com inteligência, será exaltado e elevado, chegará ao cúmulo da
glória. Assim como pasmaram muitos à vista de Ti, assim será sem glória o Seu aspecto entre os
homens, e a Sua figura desprezível entre os filhos dos homens. Ele borrifará (ou purificará com o Seu
sangue) muitas nações, diante Dele os reis taparão a boca; porque O viram aqueles a quem nada tinha
sido anunciado a Seu respeito; os que não tinham ouvido falar Dele O contemplarão.

Quem deu crédito ao que nós ouvimos? E a quem foi revelado o braço do Senhor? Ele subirá
como o arbusto diante Dele, e como raiz que sai de uma terra sequiosa; Ele não tem beleza, nem
formosura; vímo-Lo, não tinha parecença do que era, e por isso não fizemos caso Dele. Ele era
desprezado, o último dos homens, um Homem de dores, experimentado nos sofrimentos; o Seu
rosto estava encoberto; era desprezado, e por isso nenhum caso fizemos Dele.

Verdadeiramente Ele foi O que tomou sobre Si as nossas fraquezas, Ele mesmo carregou com
as nossas dores; nós O reputamos como um leproso, como um homem ferido por Deus e
humilhado. Mas foi ferido por causa das nossas iniqüidades, foi despedaçado por causa dos
nossos crimes; o castigo que nos devia trazer a paz, caiu sobre Ele, e nós fomos sarados com as
Suas pisaduras. Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se extraviou por seu
caminho; e o Senhor carregou sobre Ele a iniqüidade de todos nós. Foi oferecido (em
sacrifício), porque Ele mesmo quis, e não abriu a Sua boca; como uma ovelha que é levada ao
matadouro, como um cordeiro diante do que o tosquia, guardou silêncio e não abriu sequer a
Sua boca. Ele foi tirado pela angústia e pelo juízo. Quem contará a sua geração? Porque Ele foi
cortado da terra dos viventes; eu O feri por causa da maldade do meu povo. E (o Senhor) Lhe
dará os ímpios (convertidos) em recompensa da Sua sepultura, e o rico em recompensa da Sua
morte; porque Ele não cometeu iniqüidade, nem nunca se achou dolo na Sua boca. O Senhor
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quis consumí-Lo com sofrimentos, mas, quando tiver oferecido a Sua vida pelo pecado, verá
uma descendência perdurável, e a vontade do Senhor prosperará nas Suas mãos. Verá o fruto do
que a Sua alma trabalhou, e ficará satisfeito. Este mesmo justo, Meu servo (diz o Senhor)
justificará muitos com a Sua ciência, e tomará sobre Si as suas iniqüidades. Por isso Eu Lhe
darei por sorte uma grande multidão e Ele distribuirá os despojos dos fortes, porque entregou a
Sua vida à morte, foi posto no número dos malfeitores, tomou sobre Si os pecados de muitos e
intercedeu pelos pecadores" (Isa.52:13-15, 53:1-12).

As frases desta profecia: "Quem deu crédito ao que nós ouvimos? E a quem foi revelado o braço do
Senhor?" dá a confirmação da natureza extraordinária do acontecimento descrito, exigindo um esforço
voluntarioso considerável por parte do leitor, para acreditar nele. Verdadeiramente as profecias
antecipadas de Isaías falavam da grandeza e glória do Messias. A profecia apresentada fala sobre Sua
humilhação voluntária, sofrimento e morte! O Messias, criatura completamente imaculada de pecados
pessoais e sagrado, resiste a todos estes sofrimentos, para a purificação das ilegalidades humana.

O rei Davi também descreveu os sofrimentos do Salvador na Cruz muito vivamente em seu salmo 21.
Ainda que a fala neste salmo esteja na primeira pessoa do singular, o rei Davi não poderia
naturalmente escrever sobre si próprio, porque ele não experimentou tais sofrimentos. Ele aqui, como
o protótipo do Messias, atribuía profeticamente para si, o que de fato dizia respeito ao seu
Descendente — Cristo. É notável, que diversas palavras deste salmo, foram repetidas precisamente
por Cristo durante Sua crucificação. Apresentamos aqui várias frases do salmo 21 e o texto paralelo
do Evangelho:

2° versículo: "Ó Deus, Deus Meu, olha para Mim, por que Me desamparaste?,"

assim exclamou o Senhor antes de Sua morte (compare Mateus 27:46).

8o versículo: "Todos os que Me viram escarneceram de Mim,." (compare Marcos

15:29).

9° versículo: "Esperou no Senhor, livre-O; salve-O, se é que O ama." Esta frase foi

literalmente dita pelos príncipes dos Sacerdotes e escribas (compare

Mateus 27:43).

17o versículo: ."..Transpassaram Minhas mãos e Meus pés,." (compare Lucas 23:33).

19o versículo: "Repartiram entre si as Minhas vestes, lançaram sorte sobre Minha

túnica" (compare Mateus 27:35).

Além disso, o profeta Isaías escreveu as seguintes particularidades sobre os sofrimentos do Messias,
as quais também foram realizadas meticulosamente. A fala está na primeira pessoa do singular:

"O Senhor deu-Me uma língua erudita, para Eu saber sustentar com a palavra o que está cansado;...
Eu entreguei o Meu corpo aos que Me feriam, e a Minha face aos que Me arrancavam a barba; não
desviei a Minha face dos que Me injuriavam e cuspiam. O Senhor Deus é o Meu protetor, por isso
não fui confundido;." (Isa.50:4-7, compare Mateus 26:67).

Levando em consideração estas profecias sobre os padecimentos do Messias, torna-se compreensível


a antiga e inexplicável profecia enigmática do patriarca Jacó, relatada ao seu filho Judá, a qual já foi
por nós parcialmente mencionada no segundo capítulo. Mencionaremos aqui inteiramente a profecia
de Judá:
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"Judá é um cachorro de Leão; correste, meu filho, para a presa; deitaste-Te para descansar como o
leão, e como a leoa, quem O despertará? O cetro não será tirado de Judá, nem o príncipe da sua
descendência, até que venha Aquele que deve ser enviado. E Ele será a expectação das nações. Ele
atará à vinha o Seu jumentinho, e à videira, ó meu filho, a Sua jumenta. Lavará a Sua túnica no
vinho, e a Sua capa no sangue da uva" (Gên.49:9-11).

Nesta profecia o Leão com Sua grandeza e poder, simboliza o Messias, O qual teria de nascer da tribo
de Judá. A indagação do patriarca sobre quem despertará o Leão adormecido, se refere alegoricamente
à morte do Messias, designado nas Sagradas Escrituras como "o Leão da tribo de Judá" (Apo.5:5).

As seguintes palavras proféticas de Jacó sobre a lavagem das vestes no sangue da uva, também falam
a respeito da morte do Messias. Uvas são o símbolo do sangue. As palavras sobre a jumenta e o lombo
do jumento foram realizadas, quando o Senhor Jesus Cristo antes de Seu padecimento na Cruz,
sentado no lombo de um jumento, entrou em Jerusalém. O profeta Daniel também profetizou sobre o
tempo, quando o Messias iria sofrer, como veremos no próximo capítulo.

A profecia não menos definida de Zacarias, que viveu duzentos anos depois de Isaías (500 anos A.C.),
sobre os sofrimentos do Messias, deverá ser acrescentada a estas antigas afirmações. No 3o capítulo
de seu livro o profeta Zacarias descreve a visão do sumo sacerdote Josué, primeiramente com
vestimenta ensanguentada então posteriormente com vestes claras. O vestuário do sacerdote Josué
simboliza a condição moral (situação) do povo: primeiramente a pecaminosa, então mais tarde a
honrada.

Na visão descrita existem muitos detalhes interessantes relatando o sacramento da redenção, mas nós
iremos apresentar aqui somente as palavras finais de Deus o Pai:

."..porque eis que farei vir o Meu servo Oriente. Porque eis a Pedra que Eu pus diante de Jesus
(Jesus Navin ou Josué); sobre esta Pedra Única estão Sete Olhos; eis que Eu mesmo a lavrarei com o
cinzel, diz o Senhor dos exércitos; Eu num dia tirarei a iniquidade desta terra... eles porão os olhos
em Mim, a Quem traspassaram; chorá-Lo-ão com pranto, como se chora um filho único... Naquele
dia haverá uma Fonte aberta para a casa de Davi e para os habitantes de Jerusalém, para se lavarem
as manchas do pecador e da mulher impura" (Zac.3:8-9; 12:10; 13:1).

O nome Rebento já vimos anteriormente com o Profeta Isaías. Ele se refere ao Messias, assim como
também Nosso Senhor Jesus Cristo simbolicamente era chamado de Pedra (Angular). É notável que,
de acordo com a profecia, a absolvição dos pecados das pessoas ocorrerá em um só dia. Em outras
palavras, um Sacrifício individual realizará a redenção dos pecados! A Segunda parte da profecia,
encontrada no capítulo 12, fala dos padecimentos do Messias na Cruz, de Seu corpo perfurado por
uma lança e do arrependimento das pessoas. Todos estes acontecimentos ocorreram e estão escritos
nos Evangelhos.

Mesmo sendo difícil para as pessoas do Antigo Testamento intensificarem a fé na necessidade destes
sofrimentos do Messias; calados, diversos escritores judeus daquela época entenderam corretamente a
profecia do capítulo 53 do livro de Isaías.

Apresentamos aqui pensamentos valiosos a este respeito contidos nos livros dos antigos hebreus.
"Qual é o nome do Messias?" é perguntado no Talmude e a resposta é: "O Único piedoso, como está
escrito" "Estes nossos pecados Ele carrega e sente compaixão por nós" (tratados (Massektoth),
Talmude Babli).

Em outra parte do Talmude é dito:

"O Messias assume para Si, todos os sofrimentos e martírios, pelos pecados dos Israelitas. Se Ele não
assumisse estes sofrimentos para Si, nenhuma pessoa no mundo conseguiria suportar a inevitável
pena como uma consequência da ruptura da lei" (Jalkut Chadach, fol.154, col.4, 29, Tit.).
http://www.fatheralexander.org/booklets/portuguese/messiah_p.htm 15/40
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O Rabino Moshe Goddarshan escreve no Medrash (o livro que interpreta as Sagradas Escrituras):

"O Santíssimo e Abençoado Deus fez o seguinte acordo com o Messias dizendo-Lhe: Messias,
Meu Único Justo! Os pecados da humanidade impor-se-ão a Ti como um pesado jugo: Teus
olhos não verão a luz, Teus ouvidos ouvirão terríveis blasfêmias, Tua boca sentirá o amargor,
Tua fala separar-se-á de Tua garganta... e Tua alma sucumbirá de angústia e ansiedade. Tu estás
de acordo com isto? Se Tu assumes para Ti a responsabilidade de todos estes sofrimentos:
então, muito bem. Se não assumes, então Eu extinguirei neste instante a humanidade — os
pecadores. O Messias respondeu a isto: Senhor do universo! Eu aceito de boa vontade todos
estes padecimentos sob uma condição: que Tu, ressuscite da morte durante os Meus dias,
começando por Adão, até o dia de hoje e não salve somente apenas eles, mas também a todos
aqueles que Tu planejastes criar e não criastes até agora. O Santíssimo e Abençoado Deus
respondeu a isto: sim, Eu concordo. Naquele momento o Messias tomou para Si de boa vontade,
todos os sofrimentos, conforme estava escrito: Ele foi torturado, mas sofreu voluntariamente...
como um carneiro conduzido para abater" (da argumentação no livro de Gênesis).

Estes depoimentos dos hebreus ortodoxos, especialistas nas Sagradas Escrituras são valiosos, porque
eles mostram qual o grande significado que a profecia de Isaías tem, para o fortalecimento da fé no
poder dos sofrimentos do Messias na Cruz para a nossa salvação.

A Ressurreição

Do Messias

Entretanto, falando da necessidade e salvação, graças ao sofrimento do Messias, os profetas também


profetizaram a Sua ressurreição dos mortos e a Sua posterior glória. Descrevendo os padecimentos de
Cristo, Isaías conclui seu relato com as seguintes palavras:

"O Senhor quis consumi-lo com sofrimentos, mas, quando tiver oferecido a Sua vida pelo pecado,
verá uma descendência perdurável, e a vontade do Senhor prosperará nas Suas mãos. Verá o fruto do
que a Sua alma trabalhou, e ficará satisfeito. Este mesmo Justo, Meu servo (diz o Senhor) justificará
muitos com a Sua ciência, e tomará sobre Si as suas iniquidades. Por isso Eu Lhe darei por sorte uma
grande multidão e Ele distribuirá os despojos dos fortes, porque entregou a Sua vida à morte, foi
posto no número dos malfeitores, tomou sobre Si os pecados de muitos e intercedeu pelos pecadores"
(Isa.53:10-12).

Em outras palavras, após a morte o Messias reviverá para comandar o Reino dos justos e ficará
moralmente satisfeito com o resultado de Seus sofrimentos.

O rei Davi também profetizou a ressurreição de Cristo no salmo 15, o qual é proferido na voz de
Cristo:

"Eu contemplava sempre o Senhor diante de Mim; porque Ele está à Minha direita para Me
sustentar. Portanto, alegrou-se o Meu coração, e exultou de alegria Minha língua, e, além disso,
também a Minha carne repousará na esperança. Porque não deixarás a Minha alma no inferno, nem
permitirás que o Teu Santo experimente a corrupção. Mostraste-Me as sendas da vida, a plenitude da
alegria com Tua presença, as eternas delícias à Tua destra" (Salmo 15:8-11).

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20/1/2015 ANTIGO TESTAMENTO

No profeta Oséias, há menção a respeito do terceiro dia da ressurreição, embora a escrita nesta
profecia esteja no plural:

"Eles, vendo-se na sua tribulação, dar-se-ão pressa a recorrer a Mim: Vinde (dirão), e voltemos para
o Senhor; porque Ele nos cativou, e Ele nos livrará, Ele nos feriu, e Ele nos curará. Ele nos dará a
vida em dois dias; ao terceiro dia nos ressuscitará, e nós viveremos na Sua presença." (Osé.6:1-3, ver
também 1Cor. 15:4).

Além das profecias sobre a imortalidade do Messias, na realidade, todas estas colocações do Antigo
Testamento, nas quais o Messias é chamado Deus, dão testemunho disto (por exemplo nos Salmos 2,
45 e 110; Isa.9:6; Jer.23:5; Miq.5:2; Mal.3:1).

Deus em Sua verdadeira essência é imortal. A imortalidade do Messias também pode ser firmada,
após lermos as profecias sobre Seu Reino Eterno (por exemplo em Gên.49:10; 2Sam.7:13; Salmos 2,
131:11; Ezeq.7:27; Dan.7:14). Para um Reino Eterno supõe-se um Rei Eterno!

Desta maneira, recapitulando o conteúdo deste capítulo, vemos que os profetas do Antigo Testamento,
falavam de forma muito definida sobre os sofrimentos, morte, ressurreição e glória do Messias. Ele
teria que morrer para a redenção dos pecados humanos e ressuscitar para comandar o Reino Eterno
daqueles, os quais Ele salvou. Estas verdades reveladas primeiramente pelos profetas, formaram mais
tarde os fundamentos da fé Cristã.

As Profecias

De Daniel

Conforme apresentamos no 2° capítulo, ao patriarca Jacó coincidiu os tempos da vinda do


Conciliador, com o tempo em que os descendentes de Judá perderiam sua independência política. O
tempo da vinda do Messias foi definido mais precisamente pelo profeta Daniel em sua profecia das
setenta semanas.

O profeta Daniel escreveu a profecia sobre o tempo da chegada do Messias, quando ele e outros
hebreus encontravam-se cativos na Babilônia.

Os hebreus foram levados ao cativeiro pelo rei Nabucodonosor, que havia destruído a cidade de
Jerusalém no ano 588 A.C. O profeta Daniel sabia que os 70 anos, período do cativeiro babilônico
proferido pelo profeta Jeremias (no Cap.25 de seu livro) estava chegando ao fim. Desejando rápido
retorno do povo hebreu do cativeiro para sua terra nativa e a restauração da Cidade Santa de
Jerusalém, São Daniel começou a pedir frequentemente a Deus por isto em preces fervorosas. Ao final
de uma destas preces, surgiu repentinamente diante dele o Arcanjo Gabriel e disse que Deus ouvira
sua prece e em breve auxiliaria os hebreus na restauração da cidade. Prosseguindo, o Arcanjo revelou
ainda mais notícias boas, especificamente, que do tempo da declaração do decreto da restauração de
Jerusalém, iniciar-se-ia a previsão do ano da vinda do Messias e a instituição do Novo Testamento.
Eis o que o Arcanjo Gabriel falou ao profeta Daniel:

"Setenta semanas de anos foram decretadas sobre o teu povo e sobre a tua cidade santa a fim de
que as prevaricações se consumam, o pecado tenha o seu fim, a iniquidade se apague, a justiça

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eterna seja trazida, as visões e profecias se cumpram e o Santo dos Santos seja ungido. Sabe,
pois, isto e adverte-o bem: Desde a saída da ordem para Jerusalém ser reedificada até ao Cristo
chefe, passarão sete semanas e sessenta e duas semanas; e serão reedificadas as praças e os
muros nos tempos de angústia. Depois das sessenta e duas semanas, será morto o Cristo, e o
povo que O há de negar, não será mais Seu. Um povo com o seu capitão, que há de vir,
destruirá a cidade e o santuário; o seu fim será uma ruína total, e, depois do fim da guerra, virá a
desolação decretada. E (o Cristo) confirmará com muitos a Sua Aliança durante uma semana;
no meio da semana fará cessar a hóstia e o sacrifício; estará no Templo a abominação da
desolação; e a desolação durará até à consumação e até ao fim" (Dan.9:24-27).

A totalidade do tempo, desde o decreto da restauração de Jerusalém até a instituição do Novo


Testamento e da segunda destruição desta cidade, está nesta profecia, dividido em três períodos.

A disposição de tempo de cada período era calculado em "semana" anos, isto é, sete anos a fio. A
palavra hebraica para "semana" é "shavua" e literalmente significa "sete." Sete é um número sagrado,
simbolicamente significa plenitude, perfeição.

O significado da profecia dada é o seguinte: para a nação judáica e para a Cidade Santa são
estabelecidas 70 "semanas" (70 x 7 = 490 anos), até à vinda do Santo dos Santos (Cristo), o Qual
extinguirá a ilegalidade, trazendo a verdade eterna e realizando todas as profecias.

A norma para a nova construção de Jerusalém e do Templo servirá como o início destas semanas; e as
últimas semanas servirão como a segunda destruição de ambos.

Pela ordem dos acontecimentos, estas semanas estão divididas do seguinte modo: durante as primeiras
sete "semanas" (i.e. 49 anos) Jerusalém e o Templo serão reconstruídos.

Então, no final das 62 semanas seguintes (i.e. 434 anos) Cristo virá, mas Ele sofrerá e será levado à
morte.

Finalmente, no decorrer da última "semana" (i.e. 7 anos) será instituído o Novo Testamento e na
metade desta "semana" os sacrifícios habituais no Templo de Jerusalém serão extinguidos e haverá no
santuário abominação proveniente da desolação. Virá então um povo conduzido por um líder, o
qual destruirá a Cidade Santa e o Templo.

É interessante e instrutivo observar, como de fato os acontecimentos históricos se desenrolam no


período de tempo designado pelo Arcanjo Gabriel. O decreto para a restauração de Jerusalém foi
expedido pelo rei persa Artaxerxes da dinastia Arquemenide em 453 A.C. Este notável acontecimento
é descrito em detalhes por Neemias no 2o capítulo de seu livro.

À partir do momento da expedição desse decreto, é que deve se começar a enumeração das "semanas"
de Daniel.

Pelo método grego de contagem dos anos, este era o 3o ano da 76a Olimpíada.

Pelo método romano era o 299o ano após a fundação de Roma.

A restauração dos muros e do Templo foi protelada aproximadamente por 40 ou 50 anos (sete
"semanas"), pois muitas nações pagãs que viviam nas regiões vizinhas de Jerusalém, impediam de
todas as maneiras possíveis a restauração da cidade.

De acordo com a profecia, o Messias iria sofrer pela purificação dos pecados humanos no período
entre 69 e 70 "semanas."

Se somarmos ao ano da expedição do decreto da restauração de Jerusalém 69 semanas (69 x 7) i.e.


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483 anos, resultará então no 30o ano do método cristão de numeração dos anos. E foi por volta desse
tempo, de 30 a 37 D.C. conforme a profecia, que o Messias iria sofrer e morrer.

O Evangelista Lucas escreve, que o Senhor Jesus Cristo saiu para pregar, no 15o ano do governo do
imperador romano Tibério. Isto coincide com o 782o ano da fundação de Roma ou com o 30o ano
após o nascimento de Cristo.

O Senhor Jesus Cristo ensinou três anos e meio e sofreu no 33o ou 34o ano de nossa era, precisamente
durante o tempo indicado por São Daniel.

A fé cristã começou a propagar-se rapidamente após a Ressurreição de Cristo, tanto que na verdade, a
última, 70a semana implicou na instituição do Novo Testamento entre muitas pessoas.

Jerusalém foi destruída pela segunda vez no ano 70 de nossa era, pelo líder militar romano Tito.
Durante o cerco de Jerusalém pelas legiões romanas, dominou completo caos nesta cidade, devido à
discórdia entre os líderes judeus. Como resultado dessa discórdia, os serviços religiosos no Templo
eram conduzidos muito irregularmente e finalmente reinou a "abominação da desolação" conforme
predito pelo Arcanjo ao profeta Daniel.

O Senhor Jesus Cristo em uma de suas discussões, lembrou aos cristãos dessa profecia e advertiu Seus
ouvintes, que, quando eles vissem no Lugar Santo a "abominação da desolação," eles deveriam partir
de Jerusalém o mais rápido possível, porque tinha chegado o fim (Mat.24:15).

Os cristãos que viviam em Jerusalém assim procederam, quando o exército romano; devido a eleição
de um novo imperador por ordem de Vespasiano, suspendeu temporariamente o cerco da cidade e
recuou. Por esta razão os cristãos não sofreram durante o retorno subsequente do exército romano e a
destruição de Jerusalém, e deste modo escaparam do trágico destino de muitos judeus que
permaneceram na cidade. A profecia de Daniel sobre as semanas chega a um fim com a destruição de
Jerusalém.

Desta maneira, a coincidência da profecia dada, com os acontecimentos históricos subsequentes na


vida da nação hebraica e com o relato do Evangelho, é surpreendente.

Aqui deverá ser mencionado, que os rabinos hebreus, frequentemente proibiam seus compatriotas de
contarem as semanas de Daniel. O rabino de Gemar até subjugou aqueles hebreus, os quais viessem a
prever o ano da vinda do Messias, com a seguinte maldição:

"Que estremeçam os ossos daqueles, os quais prevejam os tempos... Pereçam todos aqueles, os quais
prevejam o fim, que será dito a favor do homem, uma vez que o fim profetizado é aqui e o Messias
não veio e Ele nunca virá!" (Sanedrin 97 b).

A severidade desta proibição é compreensível. Para as semanas de Daniel, apontam o tempo da


atividade de Cristo o Salvador, o que é desagradável de admitir, àqueles que não acreditam Nele.

No profeta Daniel encontramos também o mais profético testemunho sobre o Messias, escrito na
forma de uma visão, na qual o Messias é retratado como o Eterno Soberano. Isto está escrito no
sétimo capítulo de seu livro:

"Eu estava, pois, observando estas coisas durante a visão noturna, e eis que vi Um Que parecia o
Filho do Homem, Que vinha com as nuvens do céu, e Que chegou até ao Ancião dos (muitos) dias; e
O apresentaram diante Dele. E Ele deu-Lhe o poder, a honra e o reino; todos os povos, tribos e
línguas O serviram; o Seu poder é um poder eterno que Lhe não será tirado; o Seu reino não será
jamais destruído" (Dan.7:13-14).

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Esta visão fala do destino final do mundo, do término da existência dos reinados terrenos, do último
julgamento das nações, reunidas diante do trono do Ancião dos Dias, isto é, Deus Pai, e do começo do
tempo glorioso para o Reinado do Messias. O Messias é aqui chamado "Filho do Homem," o que
aponta para Sua Natureza Humana. Conforme sabemos dos Evangelhos, o Senhor Jesus Cristo muitas
vezes chamou a Si próprio o Filho do Homem, lembrando com este nome aos judeus a profecia de
Daniel (Mat.8:20; 9:6; 12:40; 24:30; etc.).

As profecias de outros dois grandes profetas Jeremias e Ezequiel são encontradas no apêndice, onde
as profecias sobre o Reinado do Messias são registradas.

Para concluir este capítulo nós apresentamos somente a profecia de Baruc, discípulo de Jeremias,
onde ele escreve sobre a vinda de Deus à terra:

"Este é o nosso Deus e nenhum outro Lhe é comparável. Ele achou todo o caminho da ciência e o deu
a Jacó, Seu servo, e a Israel, Seu amado. Depois de tais coisas, foi Visto sobre a Terra, e conversou
com os homens" (Bar.3:36-38).

Infelizmente, nos tempos do cativeiro da Babilônia, o original hebreu do profeta Baruc foi perdido,
razão pela qual, a tradução grega de seu livro foi colocada na lista dos livros não canônicos. Por esta
razão a profecia de Baruc, não recebe o prestígio merecido entre os especialistas Bíblicos de outras
crenças.

Os Últimos e

"Menores" Profetas

Além dos livros dos "grandes" profetas, Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel encontram-se ainda
entre os livros sagrados do Antigo Testamento, 12 livros dos profetas "menores" que assim são
chamados devido ao fato de seus livros serem de menores proporções, contendo apenas alguns
capítulos.

Dos profetas "menores" os que escreveram sobre o Messias foram Oséias, Joel, Amós e Miquéias,
contemporâneos do profeta Isaías, que viveram 700 anos A.C., e os profetas Ageu, Zacarias e
Malaquias, que viveram após o cativeiro babilônico, durante o 6o e 5o centenários A.C.. Durante os
tempos dos três últimos profetas foi construído o segundo Templo em Jerusalém, no lugar do Templo
de Salomão. As Escrituras do Antigo Testamento encerram-se com o livro de Malaquias.

O profeta Miquéias escreveu sobre a profecia de Belém, bastante conhecida, que foi citada pelos
escribas judeus quando o rei Herodes perguntou-lhes onde supostamente o Cristo deveria nascer:

"E tu, Belém (chamada) Éfrata, tu és pequenina entre os milhares de Judá; mas de ti é que Me há de
sair Aquele que há de reinar em Israel, e Cuja geração é desde o princípio, desde os dias da
eternidade" (Miq.5:2).

Aqui o profeta Miquéias diz, que embora Belém fosse considerada uma das cidades mais
insignificantes de Judá, ela estaria designada a ser o lugar do nascimento do Messias e a realidade
deste acontecimento se estenderia pela eternidade. A existência eterna como nós sabemos, mostra a

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natureza distinta da Essência de Deus. Por essa razão, esta profecia testemunha sobre a eternidade e
consequentemente sobre a unidade do Messias com Deus Pai (devemos nos lembrar, que Isaías
chamava o Messias de "Pai Eterno" (Isa.9:6)).

As seguintes profecias de Zacarias e Amós, referem-se aos últimos dias da vida terrena do Messias. A
profecia de Zacarias fala da entrada triunfante do Messias em Jerusalém, montado num jumento:

"Salta de alegria, ó filha de Sião, enche-te de júbilo, ó filha de Jerusalém. Eis que o teu Rei virá a ti,
Justo e Salvador; Ele é pobre, e vem montado sobre uma jumenta e sobre o potrinho da jumenta...Ele
anunciará a paz às nações e o Seu poder se estenderá de um mar até ao outro e desde os rios até às
extremidades da terra. Tu também, por causa do sangue da tua aliança, fizeste sair os teus cativos do
lago, em que não há água" (Zac.9:9-11).

A Jumenta é o símbolo da paz, assim com o cavalo é o símbolo da guerra. De acordo com esta
profecia, O Messias deveria proclamar a paz para a humanidade — reconciliação com Deus e o cessar
da inimizade entre os povos. A Segunda parte da profecia sobre a libertação dos prisioneiros do fosso,
professava a respeito da libertação das almas dos mortos do inferno, como resultado dos sofrimentos
redentores do Messias.

Na profecia seguinte Zacarias predisse, que o Messias seria traído por trinta moedas de prata. Nesta
profecia o discurso provém em nome de Deus, o Qual propõe aos líderes judeus, Lhe designarem
pagamento por tudo aquilo que Ele fez pelo Seu povo:

"E Eu disse-lhes: se vos parece bem, dai-Me a recompensa que Me é devida; e, se não, deixai-
vos disso. Então, pagaram-Me pelo Meu salário trinta moedas de prata. O Senhor disse-me:
Arroja ao oleiro esse dinheiro, essa bela soma pela qual Me apreciaram. Tomei as trinta moedas
de prata e lancei-as na casa do Senhor para o oleiro" (Zac.11:12-13).

Conforme sabemos do Evangelho, Judas Escariote traiu seu Mestre por trintas moedas de prata.
Entretanto Judas não esperava, que Cristo fosse condenado à morte. Quando soube disto, ele se
arrependeu de seu procedimento e lançou fora no Templo, as moedas que lhe foram dadas. Com estas
trinta moedas de prata, os príncipes dos Sacerdotes compraram do oleiro um pedaço de terra, para o
sepultamento dos estrangeiros, conforme havia predito Zacarias (Mat. 27:7-10).

O profeta Amós profetizou sobre a eclipse do sol, que aconteceu durante a crucificação de Cristo:

"Naquele dia acontecerá, diz o Senhor Deus, que o sol se porá ao meio-dia e farei cobrir a
terra de trevas na maior luz do dia" (Amós 8:9).

Semelhante profecia encontramos também em Zacarias:

"Naquele dia não haverá luz, mas sim frio e gelo. E haverá um dia conhecido do Senhor, que
não será nem dia nem noite; e na tarde aparecerá a luz" (Zac.14:6-7).

As profecias mais antigas sobre o Messias dos profetas Ageu, Zacarias e Malaquias, tem uma estreita
relação com a construção do segundo Templo de Jerusalém. Tendo retornado do cativeiro, os judeus
construíram sem grande entusiasmo o novo Templo no lugar das ruínas do Templo de Salomão. Toda
a nação estava devastada e muitos judeus preferiram reconstruir suas próprias casas. Por isso, após o
período do cativeiro tornou-se necessário aos profetas, coagirem os judeus a construírem a Casa de
Deus. Para encorajar os construtores os profetas diziam, que embora em sua fachada exterior o novo
Templo cedesse ao de Salomão, ele era muito superior na sua importância espiritual. O motivo da
glória do Templo em construção, era, que ele seria frequentado pelo Messias, o Qual era aguardado
por todos. Nós trazemos aqui como exemplo deste fato, as profecias de Ageu, Zacarias e Malaquias
uma vez que elas se complementam uma a outra. Deus fala através da boca dos profetas:

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"Porque isto diz o Senhor dos Exércitos: Ainda falta um pouco, e Eu comoverei o céu e a terra,
o mar e todo o universo. Abalarei todas as nações e virá O desejado de todas as gentes; e
encherei de glória está casa, diz o Senhor dos Exércitos... A glória desta última casa será maior
do que a da primeira" (Ageu 2:7-10).

"Eis o Homem cujo nome é Oriente; este Germe brotará por Si mesmo e edificará um Templo
ao Senhor... será coberto de glória, sentar-Se-á e dominará sobre o Seu trono" (Zac.6:12-13).

"Eis que mando Eu o Meu Anjo, (o profeta João Batista) o qual preparará o caminho diante da Minha
face. E imediatamente o Dominador que vós buscais, e o Anjo do Testamento que desejais, virá ao
Seu Templo. Ei-Lo, aí vem, diz o Senhor dos Exércitos" (Mal. 3:1).

Deus Pai denomina o Messias "O desejado de todas as nações," "Rebento," "Senhor" e "Anjo do
Testamento." Estas denominações conhecidas pelos judeus através das profecias anteriores, une todas
as numerosas profecias sobre Cristo em um todo.

Malaquias foi o último profeta do Antigo Testamento. Sua profecia a respeito do "Anjo" enviado para
preparar o caminho do Senhor, o Qual logo virá, encerra a missão dos profetas do Antigo Testamento
e dá início ao período de espera, da chegada de Cristo.

Nós podemos apenas convir que na profecia apresentada por Zacarias, o Messias deveria criar o
Templo do Senhor. Aqui, o diálogo não é a respeito da criação de um templo de pedra (o qual não
sustentaria todos os povos), mas sim de um Templo Espiritual — Igreja dos Fiéis, uma vez que Deus
habita nas almas dos fiéis, como num Templo (Lev.26:12).

A Espera

Da Vinda do Messias

Resumindo o conteúdo das profecias do Antigo Testamento sobre o Messias, nós vemos que os
judeus, possuindo uma descrição abundante e detalhada a respeito do caráter de Nosso Senhor Jesus
Cristo e de muitos acontecimentos de Sua vida, poderiam sem dificuldades ter adquirido Nele a
verdadeira fé.

Em partes eles deveriam saber que o Messias teria as duas naturezas: Humana e Divina, que Ele seria
o Profeta Maior, Rei e Sumo Sacerdote, Sagrado por Deus (Pai) para esses serviços e seria o Bom
Pastor.

As profecias também testemunhavam o fato, que o objetivo importante do Messias seria a derrota do
demônio e seus servos; a redenção dos pecados da humanidade; a cura de seus males físicos e
espirituais e a reconciliação com Deus. Ele santificaria a fé e estabeleceria um Novo Testamento e que
Suas benções espirituais se estenderiam sobre toda a humanidade.

Os profetas revelaram muitos acontecimentos da vida do Messias, especificamente que: Ele


descenderia de Abraão, da tribo de Judá, da linhagem do rei Davi. Nasceria de uma Virgem na cidade
de Belém, iria propagar a paz à humanidade, curar as doenças. Seria dócil e complacente, seria traído
e condenado inocentemente. Iria padecer, seria traspassado (por uma lança), morreria, seria sepultado

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em um sepulcro novo e durante Sua crucificação o céu se escureceria. Então o Messias desceria ao
inferno e levaria de lá as almas das pessoas e a seguir Ele ressuscitaria dos mortos.

Eles também previram, que nem todos iriam reconhecer Nosso Senhor Jesus Cristo como o Messias e
alguns iriam até hostilizá-Lo, embora sem sucesso. O resultado de Sua Redenção, seria a renovação
espiritual dos fiéis e a expansão da Graça do Espírito Santo sobre eles.

Os profetas finalmente precisaram, que o tempo da vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo coincidiria
com o fim da independência política da tribo de Judá; que ocorreria não mais tarde do que 70
"semanas" (70 x 7 = 490 anos) após a emissão do decreto para a restauração da cidade de Jerusalém e,
não mais tarde, do que a destruição do Segundo Templo.

Que Ele aniquilaria o Anticristo e viria novamente com glória. O resultado final de Suas atividades
seria a obtenção da justiça, paz e felicidade.

Os nomes pelos quais o Messias era designado pelos profetas, também provam a Natureza e a
Magnitude de Seus atos. Ele era denominado: Leão, Davi, Rebento, Deus Poderoso, Emanuel,
Conselheiro, Líder do Mundo, Pai do século futuro, Conciliador, Estrela, Descendência da Mulher,
Profeta, Filho de Deus, Rei, Ungido (Messias), Redentor, Deus, Senhor, Servo (de Deus), Justo, Filho
do Homem, Santo dos Santos.

Esta abundância de profecias sobre o Cristo nas Sagradas Escrituras do Antigo Testamento, revela-nos
o grande significado, que os profetas davam à sua missão de ensinarem aos judeus a crerem na vinda
de Cristo. Além do que, foi propagada pelos judeus através de muitas nações, a esperança de que
algum dia viria uma Pessoa Extraordinária, a Qual livraria a todos da calamidade, razão pela qual o
profeta Ageu denominou Cristo de "O Desejado de todas as nações."

Realmente, muito antes do nascimento de Cristo, havia uma lenda entre os povos antigos (chineses,
indús, persas, gregos e outros) sobre a vinda ao mundo de um Deus-pessoa. Uns O chamavam de
"Santo," outros de "Salvador."

Assim, os profetas do Antigo Testamento planejaram condições necessárias, para o sucesso da


propagação da fé do Novo Testamento. Na verdade, muitos documentos antigos, escritos entre o
período do 2o século antes do nascimento de Cristo até o início do 2o centenário depois de Cristo,
testemunharam, que durante esse tempo a nação hebraica aguardava intensamente a vinda do Messias.

Dentre estes documentos podemos mencionar o Livro de Enoc, o Livro de Baruc, a Sabedoria de
Salomão, Oráculos de Sibil, partes antigas do Talmude, Pergaminhos do Mar Morto, anotações de
José Flávio (um historiador judeu do 1o século da nossa era) e outros. Citações destas fontes requerem
muito espaço.

Lendo estes antigos documentos, é possível concluir-se, que a fé dos judeus no Messias alcançava
algumas vezes uma proporção surpreendente. Assim por exemplo, alguns escritores antigos
denominavam o futuro Messias, o Filho do Homem e o Filho de Deus, e Existente antes do
surgimento do mundo; Rei e Juiz Justo, recompensando o bom e punindo o mau (segunda parte do
Livro de Enoc).

A Realização das Profecias

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do Antigo Testamento

A quantidade de hebreus que estavam espiritualmente preparados para a aceitação do Messias, pode
ser vista nos primeiros capítulos do Evangelho de São Lucas. Neste ponto, a Santíssima Virgem
Maria, a justa Elizabete, o sacerdote Zacarias, o justo Simão, a profetiza Ana e muitos cidadãos de
Jerusalém, ligavam o nascimento de Jesus Cristo com o cumprimento das antigas profecias sobre a
vinda do Messias; com o perdão dos pecados; com a derrota dos orgulhosos e a exaltação dos mansos;
sobre a restauração do Testamento com Deus e sobre o serviço de Israel a Deus com um coração puro.

Depois que Jesus Cristo começou a pregar; o Evangelho testemunha a facilidade com que muitos
judeus simpatizantes de coração, reconheceram Nele o Messias prometido e propagaram esse
reconhecimento a seus conhecidos. Citamos como exemplo os apóstolos André e Felipe e mais tarde
Natanael e Pedro (João 1:40-45).

Jesus Cristo declarou-Se o próprio Messias e atribuiu a Si as predições dos profetas, como por
exemplo: a profecia de Isaías sobre o Espírito do Senhor, o Qual deveria descer sobre o Messias
(Isa.61:1; Luc.4:18).

Ele referiu-se às profecias de Isaías sobre a cura dos enfermos pelo Messias (Isa.35:5-6; Mat.11:5).

Jesus elogiou o apóstolo Pedro por chamá-Lo de Cristo, o Filho de Deus Vivo e prometeu edificar a
Sua Igreja na Sua fé. (Mat.16:16-18).

Ele pediu aos judeus que examinassem as Escrituras, pois Elas dão testemunhos Dele (João5:39).

Ele disse também que Ele é o Filho, o Qual estará sentado à Mão Direita do Pai, referindo-se ao
Salmo 109 (Mat.22:44).

Jesus Cristo falou que Ele é a "Pedra" rejeitada pelos "construtores," referindo-Se à conhecida
profecia no Salmo 117 (Mat.21:42).

Antes de Seus padecimentos, Jesus Cristo recordou a Seus discípulos que: "... é necessário que se
cumpra em Mim isto que está escrito" (Luc.22:37; Isa.53).

Durante o julgamento diante do sumo sacerdote Caifás, através da pergunta do mesmo se Ele era "o
Cristo, o Filho de Deus," Jesus Cristo respondeu afirmativamente e recordou a profecia de Daniel
sobre o Filho do Homem. Sua confirmação serviu como razão formal para Sua condenação à morte
(Mat.26:63-66; Dan.7:13).

Após Sua ressurreição dos mortos, Cristo censurou Seus Apóstolos por serem "... estultos e tardos do
coração para crer tudo o que anunciaram os profetas!" (Luc.24:25).

Em resumo, desde o início de Seus serviços públicos até Seus padecimentos na Cruz e depois de Sua
ressurreição, Jesus Cristo Se declarava o Messias prometido pelos profetas.

Se Cristo evitava denominar a Si próprio como o Messias na presença do povo e somente citava
profecias a Seu respeito, era devido às representações grosseiras e distorcidas sobre Ele, às quais se
estabeleceram entre o povo. Cristo evitava sob todos os aspectos a glória terrena e a interferência
na vida política.

Devido à sua humilhante dependência de Roma, muitos judeus desejavam ter o Messias como um
potente Rei conquistador, o qual lhes daria independência política, glória e bens materiais. Porém
Cristo veio para evidenciar nas pessoas o renascimento espiritual.
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Ele prometeu benções celestes e não terrestres, como recompensa por uma vida virtuosa. Esta
foi a razão pela qual muitos judeus rejeitaram Cristo.

Embora os Apóstolos antes de Sua crucificação tenham covardemente vacilado na fé em Cristo,


depois de Sua Ressurreição dos mortos, não tiveram dúvida nenhuma quanto a ser Ele o Messias
prometido por Deus; sendo que está fé se fortaleceu tanto, que eles estiveram dispostos e
verdadeiramente deram suas vidas por Cristo.

Eles mencionavam constantemente em suas cartas, as antigas profecias sobre o Messias, para
convencerem os judeus da veracidade da fé cristã. Por esta razão, suas palavras tiveram tão grande
sucesso primeiramente entre os judeus e mais tarde entre os pagãos, não obstante a descrença e a
oposição, principalmente dos sumo sacerdotes e escribas.

Voltada para o final do primeiro século, a fé cristã espalhou-se por quase todos os fins do vasto
Império Romano.

Noções Distorcidas

Sobre o Messias

Apesar da riqueza de profecias sobre o Messias nos escritos do Antigo Testamento, durante o tempo
de vida terrena de Cristo, muitos judeus não tinham noções sobre Ele. A razão disto foi, que muitos
deles não conseguiram elevar-se ao entendimento espiritual nas profecias messiânicas, como por
exemplo, sobre a Natureza Divina do Messias, sobre a necessidade do Renascimento Espiritual ou
sobre a Graça de Deus no Reino do Messias.

O período entre o 3o século A.C. até o início do 2o século D.C., foi um tempo de intensa luta da nação
hebraica pela sua independência política. Esta difícil luta e as necessidades associadas à ela,
contribuíram para desenvolver entre muitos judeus a esperança por tempos melhores; a espera do
Messias que derrotaria os inimigos da nação hebraica.

Eles sonhavam que com a subida do Messias ao trono, iniciariam para eles tempos felizes, cheios de
riqueza material na vida.

Por causa destes desejos nacionais egocêntricos e utilitários, conforme já mencionamos, o Senhor
Jesus Cristo evitava declarar-Se publicamente como o Messias.

Por outro lado, Ele citava com frequência as profecias antigas, que falavam sobre o Messias como um
Líder Espiritual e com isto retornava a fé dos judeus para o caminho certo (ver Mat.26:54; Mar.9:12;
Luc.18:31; João 5:39).

Os hebreus, desejando ter no Messias o rei terreno e sonhando com bens materiais, irritavam-se com a
aparência pacífica e humilde de Jesus Cristo. Seus ensinamentos sobre a humildade, o amor aos
inimigos, a aspiração ao Reino Celeste, eram totalmente estranhos a eles.

Os líderes judeus no decorrer de vários anos, não sabiam como se livrar do indesejável Mestre

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Milagroso. Eles também receavam pela perda de suas próprias influências sobre o povo, pois muitas
pessoas simples acreditavam em Jesus Cristo.

Finalmente uma oportunidade conveniente surgiu, quando Judas um dos doze apóstolos ofereceu seus
serviços aos Sumo Sacerdotes, ajudando-os a entregarem Jesus Cristo para julgamento. Porém,
durante o julgamento os juizes não se depararam com acusação alguma, pela qual Ele pudesse ser
condenado à morte.

Somente após Jesus Cristo ter respondido afirmativamente à pergunta de Caifás, se Ele considerava a
si próprio o Cristo (Messias) o Filho de Deus Vivo, é que então Ele foi acusado de blasfêmia. A este
"pecado" era por lei punido com a morte.

Mas os líderes hebreus por si sós, não tinham o direito de executarem Sua sentença, porque a Judéia
era subordinada aos romanos. Conforme nossos conhecimentos do Evangelho, Pilatos contra sua
própria vontade e temendo seu próprio destino, confirmou a sentença dos líderes hebreus — os Sumo
Sacerdotes e membros do Sinédrio.

Cristo foi crucificado na véspera da Páscoa dos judeus no 33o ou 34o ano da nossa era. Diante destas
circunstâncias a nação hebraica, representado por seus líderes, rejeitou o Enviado de Deus Messias.

Porém, como era antes de Cristo, a espera pelo Messias como um Rei conquistador, criou
especialmente nos 1o e 2o séculos depois Dele, uma base conveniente para o aparecimento de todos os
tipos de auto denominados Messias entre os judeus. Afinal, era o tempo de acordo com as profecias
do patriarca Jacó e do profeta Daniel, que o verdadeiro Messias deveria chegar.

Na história da nação hebraica, houveram aproximadamente cerca de sessenta falsos messias. Eles
eram geralmente, todos os tipos possíveis de aventureiros: às vezes eram simplesmente chefes de
quadrilhas, líderes militares de maior evidência ou fanáticos religiosos e reformistas.

O mais proeminente desses falsos messias foi Bar-Kochba, que chefiou uma batalha desesperada
contra Roma nos anos 132-135 D.C. Ele se intitulava a Estrela de Jacó e o messias libertador
(referindo-se provavelmente, à profecia em Números 24:17).

Ele possuía uma vontade de ferro e conduziu a população judaica na Palestina completamente
subjugada. Ele era um senhor absoluto, tanto dos bens como das vidas de seus subordinados. Os
judeus acreditaram cegamente em suas denominações messiânicas e estavam preparados para
sacrificar tudo, a fim de realizarem seus sonhos sobre os afortunados tempos messiânicos.

Mas para a pequena Judéia, a tarefa da tomada da poderosa Roma era muito grande. A guerra
terminou com uma terrível destruição sobre toda a Palestina. Uma parte considerável da população
morreu nessa guerra e o restante foi levado como cativo e vendido no mercado de escravos.

O próprio Bar-Kochba morreu. (Um escritor do segundo século, que viveu na Palestina, chamado
Justin o Filósofo, relata sobre a brutalidade de Bar-Kochba durante o apogeu de seu poder. Ele exigia
dos cristãos que eles rejeitassem a Cristo e desacreditassem em Seu nome. Todos aqueles que se
recusassem a fazer isto, ele os submetia a sofrimentos cruéis e à morte. Ele não poupava nem
mulheres, nem crianças (Apologia 1, par.31)).

No decorrer dos próximos séculos judeus, estando espalhados pelo mundo todo, conduziram todas as
suas forças para preservarem sua religião do Antigo Testamento e o seu nacionalismo. Nisto eles
foram bem sucedidos.

Mas, porque não aceitaram Cristo e Seus ensinamentos, os judeus se privaram daquilo que foi mais
valioso e deixado a eles pelos profetas a esperança do renascimento espiritual.

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Após a segunda guerra mundial, alguns judeus revelaram o anseio pelo seu Messias — Jesus Cristo.
Missionários surgiram entre eles, atraindo seus compatriotas para a fé cristã. O trabalho missionário
avançou com muito bom êxito, porque eles recorriam às profecias messiânicas dos profetas do Antigo
Testamento.

É preciso dizer que as Sagradas Escrituras são sumamente respeitadas, mesmo entre aqueles judeus
indiferentes a Deus. Deste modo, as escritas dos profetas permanecem com a palavra viva e eficaz de
Deus, não obstante o transcorrer dos séculos.

É evidente que caberá a esses novos cristãos dentre os judeus, a difícil tarefa de revelar a falsidade da
chegada final do falso messias — o Anticristo.

Este impostor, igual aos antigos falsos messias, irá prometer alegrias terrenas e felicidade. De acordo
com as predições, muitos irão acreditar nele cegamente, e ele conseguirá um sucesso político
considerável, mas não por muito tempo. Depois ele também morrerá, igual a muitos impostores da
antiguidade.

Os cristãos não tem a necessidade de provar que Jesus Cristo é o verdadeiro Messias, porém o
conhecimento das profecias antigas é útil para todos. Esta familiaridade por um lado enriquece a fé
em Cristo e por outro oferece os meios de conversão à fé, aos duvidosos e descrentes.

Devemos ser gratos aos profetas do Antigo Testamento, que relataram com tanta clareza e detalhes à
respeito de Cristo. Graças a eles, nossa fé em Cristo está estabelecida sobre uma rocha dura e com esta
fé nós alcançaremos a salvação.

Apêndice

Profecias com respeito à Igreja e aos

Tempos do Novo
Testamento

De acordo com os profetas, a finalidade da vinda do Messias ao mundo era o estabelecimento do


Reino de Deus, no qual deveria tomar parte uma nova Israel renovada espiritualmente. Os profetas
descrevem esse Reino minuciosamente.

Neste artigo, nós tomamos como meta apresentar as profecias referente ao Messias e mostrar como
elas foram cumpridas em Jesus Cristo. Apresentaremos aqui superficialmente as profecias
relacionadas ao Seu Reino, nos detendo apenas nas qualidades principais e mais comuns desse Reino.

Quando falavam do Reino Messiânico, os profetas retratavam-No como uma sociedade de pessoas
renovadas espiritualmente. Além disso, fora os judeus, outras nações deveriam também entrar nesta
sociedade. A principal característica distinta deste Reino seria a riqueza de doações de Graça dentro
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Dele. Receptor, ele se iniciou nos tempos da vinda do Messias à terra e no final da existência do
mundo e após o julgamento final das nações por Deus, ele deverá se transformar em sua aparência
externa.

Então na nova terra glorificada, desaparecerá todas os sofrimentos físicos e reinará entre os cidadãos
deste Reino, bem-aventurança, imortalidade e a plenitude das benções de Deus. Isto em poucas
palavras, é a essência destas profecias.

Agora nos deteremos em diversas particularidades.

Falando dos tempos messiânicos, os profetas evidenciavam, que eles seriam os tempos do Novo
Testamento (Aliança) entre de Deus e as pessoas. Como nós sabemos, o Antigo Testamento entre
Deus e Israel foi concluído na presença de Moisés no Monte Sinai. A partir deste tempo, os judeus se
comprometeram a cumprir os mandamentos escritos nas placas de pedra e eles receberam como uma
recompensa de Deus a terra prometida a Abraão (a Terra Prometida).

Eis o que escreve o profeta Jeremias sobre a Nova Aliança:

"Eis virão dias, diz o Senhor, em que Eu farei Nova Aliança com a casa de Israel e com a casa
de Judá; não como a aliança que Eu fiz com seus pais no dia em que os tomei pela mão, para os
tirar da terra do Egito, aliança que eles violaram; e fiz sentir sobre eles o Meu poder, diz o
Senhor. Mas eis a aliança que farei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor:
Imprimirei a Minha lei nas suas entranhas, escrevê-la-ei nos seus corações, serei o seu Deus e
eles serão o Meu povo. Ninguém ensinará mais o seu próximo, nem o seu irmão, dizendo:
Conhece o Senhor; porque todos Me conhecerão, desde o menor até o maior, diz o Senhor;
porque perdoarei a sua maldade, e não Me lembrarei mais do seu pecado" (Jer.31:31-34).

O profeta Isaías chama a Nova Aliança de eterna:

"Inclinai o vosso ouvido e vinde a Mim; ouvi e a vossa alma viverá, e farei convosco um pacto
eterno (concedendo-vos) as misericórdias que prometi a Davi" (Isa.55:3; ver Atos13:34).

A característica peculiar da Nova Aliança comparada à Antiga, seria que outras nações além da
judáica, seriam chamadas para Ela, as quais todas juntas formariam uma nova Israel, o Reino
Abençoado do Messias.

O profeta Isaías assim escreveu sobre esta convocação das nações pagãs em nome de Deus Pai:

"Ele disse-Me: É pouco que Tu sejas Meu servo para restaurar as tribos de Jacó e converter os
restos depreciados de Israel; eis que Eu Te restabeleci para Luz das Gentes, a fim de seres a
Salvação que Eu envio até à última extremidade da terra" (Isa.49:6).

Um pouco mais adiante o profeta Isaías exprimi alegria nesta ocasião:

"Alegra-te, estéril, que não dás à luz; entoa cânticos de louvor e de júbilo, tu que não tinhas
filhos, porque os filhos da desamparada são muito mais do que os daquela que tem marido, diz
o Senhor... Porque tu te estenderás para a direita e para a esquerda; a tua posteridade tomará
posse das nações e povoará as cidades desertas" (Isa.54:1-3; ver Gal.4:27).

Aqui o profeta retrata a igreja hebraica do Antigo Testamento na figura de uma mulher casada e as
nações pagãs na figura de uma mulher estéril, a qual mais tarde dará à luz mais filhos do que a
primeira mulher. O profeta Oséias também profetizou o chamado dos gentios, para tomar o lugar dos
judeus decaídos do Reino (Osé.1:9 e 2:23).

No período do Antigo Testamento a afiliação com o Reino dependia da nacionalidade.

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Nos tempos do Novo Testamento o requisito necessário para pertencer ao Reino do

Messias seria a fé, sobre a qual escreveu Habacuc: "... mas o justo viverá na sua fé" (Hab.2:4;
Isa.28:16).

Em contraste às leis do Antigo Testamento escritas em placas de pedra, a nova lei de Deus seria
escrita nos próprios corações da Nova Israel, isto é, a vontade de Deus viria a ser uma parte
inseparável de sua existência. Esta inscrição da lei nos corações da Israel renovada, seria feita pelo
Espírito Santo, sobre o Qual escrevem os profetas Isaías, Zacarias e Joel. Como podemos ver, os
profetas quando falam da Graça do Espírito Santo, frequentemente chamam-Na de água. A Graça,
como a água, refresca, purifica e dá vida à alma das pessoas.

O profeta Isaías foi o primeiro a professar sobre a renovação espiritual:

"Porque Eu derramarei águas sobre a terra sequiosa e rios sobre o solo seco; derramarei o Meu
Espírito sobre a tua posteridade, e a Minha benção sobre a tua descendência" (Isa.44:3).

Em Zacarias nós lemos:

"Derramarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém um espírito de graça e de


preces; eles porão os olhos em Mim, a Quem transpassaram; chorá-Lo-ão com pranto, como se
chora um filho único, e terão Dele um sentimento, como se costuma ter na morte de um
primogênito... Naquele dia haverá uma fonte aberta para a casa de Davi e para os habitantes de
Jerusalém, para se lavarem as manchas do pecador e da mulher impura" (Zac.12:10, 13:1, 14:5-
9 e Isa.12:3).

Além disso, foi profetizado sobre o sentimento arrependido, pelo qual os habitantes de Jerusalém
vivenciaram após a morte de Cristo no Gólgata (ver João 19:37; Atos 2:37).

O profeta Ezequiel também escreveu sobre a renovação espiritual:

"Porque Eu vos tirarei dentre as nações, vos congregarei de todos os países e vos trarei para a vossa
terra. Derramarei sobre vós uma água pura, sereis purificados de todas as vossas imundícies, purificar-
vos-ei de todos os vossos ídolos. Dar-vos-ei um coração novo e porei um novo espírito no meio de
vós; tirarei da vossa carne o coração de pedra e dar-vos-ei um coração de carne. Porei o Meu Espírito
no meio de vós, farei que andeis nos Meus preceitos, que guardeis as Minhas leis e que as pratiqueis"
(Ezeq.36:24-27).

A próxima profecia, de Joel, complementa as três profecias prévias:

"Depois disto, acontecerá que derramarei o Meu Espírito sobre toda a carne, e os vossos filhos e as
vossas filhas profetizarão; os vossos velhos serão instruídos por sonhos e os vossos jovens terão
visões. Derramarei também naqueles dias o Meu Espírito sobre os Meus servos e sobre as Minhas
servas. Farei aparecer prodígios no céu e na terra, sangue, fogo e turbilhões de fumaça. O sol
converter-se-á em trevas e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor.
Acontecerá que todo o que invocar o nome do Senhor será salvo" (Joel 2:28-32).

Estas profecias começaram a ser cumpridas no 50o dia, após a ressurreição de Cristo (ver Atos 2).
Compare também em Isaías 44:3-5; Ez.36:25-27 e Romanos 10:13.

O final da profecia de Joel sobre o escurecimento do sol, refere-se aos acontecimentos antes do fim do
mundo.

O Reino Messiânico é às vezes descrito pelos profetas na figura de uma montanha alta. Este símbolo
obtido do Santo Monte Sião é comparável ao Reino Messiânico, porque como uma montanha

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apoiando-se na terra, ele conduz as pessoas às alturas, ao Céu.

Eis o que o profeta Isaías escreve do Reino do Messias:

"E acontecerá nos últimos dias que o monte da casa do Senhor terá os seus fundamentos no cume dos
montes, elevar-se-á sobre os outeiros e concorrerão a ele todas as gentes. Irão muitos povos e dirão:
Vinde, subamos ao monte do Senhor e à casa do Deus de Jacó, e Ele nos ensinará os seus caminhos, e
nós andaremos pelas Suas veredas, porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a palavra do Senhor"
(Isa.2:2-3).

Os profetas chamavam de Jerusalém não somente a capital da cidade da nação hebraica, mas também
o Reino do Messias. Assim, por exemplo Isaías exclamou:

"Levanta-te, recebe a luz, Jerusalém, porque chegou a tua luz, e a glória do Senhor nasceu sobre
ti. Porque eis que as trevas cobrirão a terra, e a escuridão os povos; mas sobre ti nascerá o
Senhor, e a Sua glória se verá em ti. As nações caminharão à tua luz, e os reis, ao resplendor da
tua aurora. Levanta em roda os olhos e vê; todos esses se congregaram, vieram a ti; teus filhos
virão de longe, tuas filhas surgirão de todos os lados. Então tu verás, estarás na abundância, o
teu coração se espantará e se dilatará fora de si mesmo, quando se voltarem para ti as riquezas
do mar, e a fortaleza das nações vier ter contigo" (Isa.60:1-5).

Esta descrição alegórica do Reino Messiânico é repetida com novos detalhes na visão do profeta
Daniel. Em sua profecia além da montanha, ele fala de uma pedra, a qual desprendeu-se da montanha
e destruiu a imagem (estátua) imóvel no vale. A pedra, conforme nós já explicamos, simboliza o
Messias.

Aqui temos a descrição desta visão:

"Estavas a olhá-la, quando uma Pedra se desprendeu dum monte sem intervirem mãos, a Qual
feriu a estátua nos seus pés de ferro e de barro e os fez em pedaços. Então se quebraram a um
tempo o ferro, o barro, o cobre, a prata e o ouro, e ficaram reduzidos como a miúda palha que o
vento leva para fora da eira no tempo do estio; não ficou nada deles; porém a Pedra que tinha
dado na estátua tornou-se um grande monte que encheu toda a terra" (Daniel 2:34-35).

Mais adiante o profeta Daniel explica esta visão:

"No tempo, porém, daqueles reinos suscitará o Deus do Céu um reino que não será jamais destruído, e
este Seu reino não passará a outro povo; antes esmigalhará e aniquilará todos estes reinos e Ele
subsistirá para sempre" (Dan.2:44).

A estátua aqui, representa os reinos terrestres. Não importa o quanto os inimigos do Messias
hostilizarão contra o Seu Reino, seus esforços não serão coroados de êxito. Todos os reinos terrestres
mais cedo ou mais tarde desaparecerão, somente o Reino Messiânico será eterno.

Conforme veremos, algumas vezes as profecias do Reino Messiânico falam das condições ideais de
vida na terra, da felicidade e da bem-aventurança. Aqui o leitor poderá ter as seguintes dúvidas: serão
essas descrições do Reino Messiânico um sonho irrealizável? Ou talvez a Igreja do Novo Testamento
não tem o direito de reivindicar a Si própria o nome de Reino de Deus, uma vez que em sua história
hajam tantas divergências daquele ideal, o qual está descrito nas profecias?

Para poder entender a profecia do Reino Messiânico, é preciso lembrar-se que nela estão reunidas
muitas épocas diferentes, separadas umas das outras por muitas centenas e às vezes milhares de anos.

Em se tratando do Reino Messiânico, o exterior é determinado pelo interior: felicidade, imortalidade,


bem-aventurança, harmonia completa, paz e outras benções não são implantadas forçosamente e nem

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por mecanicamente. Elas são o resultado da voluntária renovação interior, através da qual os membros
deste reino devem passar. O processo de renovação espiritual deveria começar imediatamente no
momento da vinda do Messias mas seria concluído no final da existência do mundo.

Por esta razão as visões proféticas do abençoado Reino do Messias inclui em um grandioso quadro
muitas épocas de sua existência — os tempos próximos aos profetas e à vinda do Messias e
simultaneamente tempos distantes no futuro, relatando a época do fim do mundo e o início de uma
nova vida. Esta comparação dos futuros próximo e distante em um só quadro é muito característico
das visões proféticas e se nos lembrarmos disto, então o leitor poderá entender o significado das
profecias com respeito ao Reino Messiânico.

Na seguinte profecia, Isaías escreve sobre as condições jubilosas no Reino Triunfante do Messias:

"... Não julgará pelo que se manifesta à vista, nem condenará somente pelo que ouve dizer; mas
julgará os pobres com justiça, tomará com equidade a defesa dos humildes da terra, ferirá a terra com
a vara da Sua boca e matará o ímpio com o sopro dos Seus lábios... O lobo habitará com o cordeiro; e
o leopardo se deitará ao pé do cabrito... Eles não farão dano algum, nem matarão em todo o Meu
Santo Nome, porque a terra estará cheia da ciência do Senhor, assim como as águas do mar que as
cobrem. Naquele dia o rebento da raiz de Jessé, que está posto por estandarte dos povos, será
invocado pelas nações, e será glorioso o Seu sepulcro" (Isa.11:3-10, ver Rom. 15:12).

O "ímpio" aqui, o qual será derrotado pelo Messias, deverá ser entendido como o último e o maior dos
ímpios — o Anticristo.

Temos mais duas profecias dos grandes profetas, referentes a esta mesma época.

Profeta Jeremias:

"Eis vêm os dias, diz o Senhor, em que Eu suscitarei a Davi um germe justo, e reinará um Rei
que será sábio, e praticará a equidade e a justiça na terra. Nesses dias Judá será salvo, e Israel
habitará sem temor, e eis o nome por que O chamarão: Senhor, nosso justo" (Jer.23:5,6 e
33:16).

Profeta Ezequiel:

"Suscitarei sobre elas um único pastor que as apascente, o Meu servo Davi; ele mesmo as
apascentará e será o seu pastor. E Eu, o Senhor, serei o seu Deus, e o Meu servo Davi será
príncipe no meio delas" (Ezeq.34:23-24).

"O Meu servo Davi reinará sobre eles, e será um só o pastor de todos eles; observarão as
Minhas leis, guardarão os Meus preceitos e praticá-Los-ão" (Ezeq.37:24).

Entre os profetas do Antigo Testamento, a chegada do Reino do Messias resulta na esperança do


domínio do mal final da humanidade — a morte. A ressurreição dos mortos e a vida eterna, são as
vitórias finais do Messias sobre o mal.

Nos capítulos 25 a 27 do livro do profeta Isaías, contém cânticos de louvor da Igreja a Deus,
comemorando a vitória sobre a morte:

"Por isso Te louvará um povo forte, a cidade da nações robustas Te temerá; porque Te tornaste
fortaleza para o pobre, fortaleza para o necessitado na sua tribulação, refúgio contra a
tempestade, sombra contra o calor... Neste monte quebrará a cadeia que tinha ligados todos os
povos e a redes estendidas contra todas as nações. Aniquilará a morte para sempre; o Senhor
Deus enxugará as lágrimas de todas as faces e tirará de cima de toda a terra o opróbrio do Seu
povo... Eis que este é o nosso Deus, Nele esperamos e Ele nos salvará; este é que é o Senhor,

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nós temo-Lo esperado, nós exultaremos, e alegrar-nos-emos com a salvação que vem Dele.
Porque neste monte repousará a mão do Senhor" (Isa. 25:3-10).

"Abri as portas, e entre o povo justo, que observa a verdade. Desapareceu o antigo erro; Tu (ó
Senhor) conservarás a paz, a paz, porque em Ti esperamos. Vós pusestes para sempre a vossa
esperança no Senhor, no Senhor Deus, que é a nossa fortaleza eterna... Compadeçamo-nos do
ímpio, e ele não aprenderá a justiça" (Isa. 26:2-10).

O profeta Oséias também escreveu a respeito da vitória sobre a morte:

"(Não obstante) Eu os livrarei do poder da morte, Eu os resgatarei da morte. Ó morte, Eu hei de


ser a tua morte; ó inferno, Eu hei de ser a tua destruição. A consolação está escondida aos Meus
olhos" (Osé.13:14).

A esperança da ressurreição foi expressada pelo fiel e muito sofrido Jó da antiguidade, nas seguintes
palavras:

"Porque eu sei que meu Redentor vive, que no último dia ressurgirei da terra, serei novamente
revestido da minha pele, e na minha própria carne verei meu Deus. Eu mesmo O verei, meus
olhos O hão de contemplar, e não outro" (Jó19:25-27).

Concluindo apresentaremos a seguinte profecia, relatando a segunda vinda do Messias:

"Eu estava, pois, observando estas coisa durante a visão noturna, e eis que vi Um que parecia o
Filho do Homem, que vinha com as nuvens do céu, e que chegou até ao Ancião dos (muitos)
dias; e O apresentaram diante Dele. E Ele deu-Lhe o poder, a honra e o reino; todos os povos,
tribos e línguas O serviram; o Seu poder é um poder eterno que Lhe não será tirado; o Seu reino
não será jamais destruído" (Dan.7:13-14; ver Mat.24:30).

Resumindo aqui as profecias dadas a respeito do Reino Messiânico, nós vemos que todas elas falam
de processos espirituais: sobre a necessidade da fé, o perdão dos pecados, purificação do coração,
renovação espiritual, a difusão de dádivas sagradas sobre os fiéis, o conhecimento de Deus e Sua lei, o
acordo eterno com Deus, a vitória sobre o demônio e forças do mau. As benções eternas — vitória
sobre a morte, a ressurreição dos mortos, a renovação do mundo, a restauração da justiça e finalmente
a Glória Eterna— virão como uma recompensa pela virtude.

Se os profetas retratando a glória futura usaram expressões como, riqueza, abundância e termos
terrenos similares; fizeram isto, porque a linguagem humana não possui as palavras necessárias para
descrever o estado abençoado do mundo espiritual.

Foram estas palavras particulares sobre as benções externas, entendidas por alguns em seu significado
materialista imperfeito, que serviram como motivos para todos os tipos de representações distorcidas
sobre o reino messiânico terreno.

É preciso dizer, que não apenas os judeus dos tempos de Cristo visualizavam incorretamente os
tempos messiânicos na forma do bem-estar terreno; idéias similares continuam surgindo até os dias de
hoje, entre os sectários, na forma de por exemplo; os ensinamentos dos 1.000 anos do reinado de
Cristo na terra (quiliasmo). Os profetas, Jesus Cristo e os apóstolos profetizaram a transfiguração do
mundo físico, após a qual se realizará a justiça completa, a vida eterna e a benção celestial.

Estas benções universalmente desejadas virão somente depois, que este mundo material corrompido
pelos pecados se transfigurar pelo poder de Deus em "novo céu e nova terra, onde habitará a
verdade." Então iniciará a vida nova e eterna.

Aqueles que desejam herdar o Reino Transfigurado do Messias, precisam passar para esta nova vida,

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pelo caminho estreito da auto reformação como Cristo ensinou. Não existe outro caminho.

Duas Páscoas

O acontecimento mais importante na vida da nação hebraica, foi sem dúvida o êxodo do Egito e o
recebimento da Terra Prometida. O Senhor salvou a nação hebraica da escravidão oprimida, dando-
lhe no Monte Sião os Seus Divinos Mandamentos; concluiu com ela uma aliança e a conduziu à terra
prometida de seus antepassados. Todos estes grandes acontecimentos na vida do povo escolhido eram
concentrados na festividade da Páscoa. Nesta festividade os judeus comemoravam anualmente as
inúmeras benções de Deus, prestadas à nação hebraica.

Comparemos a Páscoa dos hebreus do Antigo Testamento com o maior acontecimento do Novo
Testamento. O Senhor Jesus Cristo suportou sofrimento, morreu na cruz e foi ressuscitado dos mortos
precisamente nos dias da Páscoa dos hebreus. Esta coincidência destes dois maiores acontecimentos
— a formação de Israel do Antigo Testamento e a instituição da Igreja do Novo Testamento — não
podem ser casuais!

Isto mostra que nesse ponto existe uma profunda conexão interna entre os eventos Pascais do Antigo e
Novo Testamento, isto é, o maior evento na vida da nação hebraica foi o protótipo dos acontecimentos
do Novo Testamento. Para podermos ver esta conexão espiritual, compararemos estes eventos.

A Páscoa Do Antigo Testamento A Páscoa Do Novo Testamento

O abate do cordeiro puro, com cujo A morte na Cruz do Cordeiro de Deus,


sangue foram redimidos os primogênitos com Cujo sangue são redimidos os
israelitas. primogênitos cristãos.

A travessia do Mar Vermelho pelos O batismo liberta as pessoas do cativeiro


judeus e a libertação do cativeiro. do pecado.

Admissão na aliança com Deus no 50° A descida do Espírito Santo no 50o dia
dia após o êxodo do Egito e recebimento após a Páscoa, pelo Qual foi estabelecido o
dos Mandamentos. Novo Testamento.
A peregrinação durante 40 anos pelo A vida do cristão entre provações e
deserto e as diversas provações. sofrimentos.
O comer do milagroso Maná enviado por O comer do "Pão Celestial," Corpo e
Deus. Sangue de Cristo pelos fiéis.
A edificação da serpente de cobre, à qual A Cruz de Cristo, à Qual os fiéis
os judeus contemplando, eram curados contemplando, salvam-se das ciladas do
das picadas de cobras. demônio.
A ingresso dos judeus na terra prometida.

O recebimento do Reino Celeste, pelos


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fiéis.

Verdadeiramente, as semelhanças são surpreendentes! O Próprio Nosso Senhor Jesus Cristo, tanto
quanto Seus apóstolos, salientaram a existência destes paralelos, entre os acontecimentos do Antigo e
do Novo Testamentos relacionados com a Páscoa.

Deste modo, nós vemos que, não somente os profetas escreveram sobre o Messias e sobre os tempos
do Novo Testamento, mas toda a vida religiosa da nação hebraica na época do Antigo Testamento, era
a maior parte intimamente ligada aos fatos do Messias. Esta realidade nos mostra a unidade espiritual
completa da Igreja do Novo Testamento com o Israel do Antigo Testamento. Por esta razão, todas as
profecias, nas quais são mencionadas os nomes Israel, Jerusalém, Sião, etc., tem a sua realização
completa e plena na abençoada Igreja de Cristo.

A Conversão Próxima Futura

Do Povo Judeu em Cristo

Conforme já havíamos escrito, a maioria dos judeus do tempo de Cristo não O reconheceram como
o Messias prometido por Deus e O rejeitaram. Eles desejavam como Messias um poderoso rei
conquistador, o qual traria fama e riqueza para a nação hebraica.

Cristo, por outro lado, pregava a pobreza voluntária, humildade, amor em relação aos inimigos, o
que para muitos era inaceitável.

Com o passar dos séculos a postura religiosa da nação hebraica pouco mudou e os judeus continuam
não reconhecendo a Cristo. Entretanto, São Paulo apóstolo previu claramente, que nos últimos tempos
haverá uma conversão em massa de judeus em Cristo. Este reconhecimento e fé em Cristo como o
Salvador do mundo por muitos judeus, coincidirá com uma redução drástica e afastamento da fé em
massa, entre os povos cristãos.

A profecia de São Paulo sobre a conversão à fé da nação hebraica, é encontrada nos capítulos 10 e 11
de sua carta aos Romanos. Estes dois capítulos estão repletos de grande pesar, pelo rancor religioso
dos judeus contemporâneos ao apóstolo.

Apresentaremos aqui as mais pertinentes idéias da profecia do apóstolo Paulo:

"Porque eu não quero, irmãos, que vós ignoreis este mistério (para que não vos julgueis sábios
dentro de vós mesmos): que uma parte de Israel caiu na cegueira até que tenha entrado a
plenitude dos gentios, e assim todo o Israel se salve, como está escrito:

"Virá de Sião o Libertador e afastará de Jacó a impiedade" (Rom. 11:25-26).

Quem será este "Libertador" o Apóstolo não define: o Próprio Cristo, ou o profeta Elias, o qual de

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acordo com a legenda está previsto a vir antes do fim do mundo, a fim de revelar a falsidade do
Anticristo, ou, alguém da nação hebraica?

Nos últimos 30-40 anos tem surgido entre os judeus, sinais de início do renascimento da fé em Cristo.
Em uma série inteira de grandes cidades nos Estados Unidos, tem aparecido centros missionários de
judeus cristãos, pregando entre seus irmãos de sangue, a fé em Nosso Senhor Jesus Cristo. É muito
interessante e esclarecedor se familiarizar com suas brochuras e livros sobre temas religiosos. É
visível, que os coligadores dessas brochuras entendem nitidamente as Sagradas Escrituras e a religião
judáica do Antigo Testamento.

Eles explicam as predições dos profetas sobre o Messias e Seu Reino abençoado claramente e
convincentemente. As pessoas interessadas podem assinar para receber as brochuras missionárias em
inglês, através do seguinte endereço: Beth Sar Shalom Publication 250 W. 57th St. NY, NY 10023.

Existem ramificações desta organização missionária também em outras grandes cidades dos Estados
Unidos. Podemos portanto nos contactar com: Judeus com Jesus, 60 Haight St.San Francisco, CA
94102, tel.: (415) 864-2600.

Nós suplicamos a Deus para ajudar os judeus a contemplarem o seu Salvador e começarem a serví-Lo
fervorosamente tanto quanto seus gloriosos ancestrais O serviram!

Índice

das Profecias Messiânicas


a) Pelo conteúdo

Os profetas escreveram que o Messias teria duas naturezas:

a Humana (Gên.3:15; Isa.7:14; Gên.22:18; Sal.39:7; Dan.7:13); e a Divina (Sal.2; Sal.45; Sal.109;
Isa.9:6; Jer.23:5; Bar.3:36-38; Mic.5:2; Mal.3:1); que Ele seria o Profeta Maior (Deut.18:18); Rei
(Gên.49:10; 2Sam.7:13; 1Crôn.17:12-13; Sal.2:6; Sal.131:11; Ez.37:24; Dan.7:13-14); e Sumo
Sacerdote (Sal.109; Zac.6:11); Ungido por Deus (o Pai) para estes deveres (Sal.2; Sal.44:8; Isa.42;
Isa.61:1-4; Dan.9:24-27); e seria uma espécie de Pastor (Ez.34:23-24; 37:24; Mic.5:3).

As profecias também testemunham, que a principal atuação do Messias seria:

derrotar o demônio e seus poderes (Gên.3:15); redimir as pessoas dos pecados e curar seus males
físicos e espirituais (Sal.40; Isa.35:5-7; 42:1-12; 50:4; 53; 61:1-3; Zac.3:8-9);

e a reconciliação deles com Deus (Gên.49:10; Jer.23:5-6; 31:34; Ez.36:24-27; Dan.9:24-27;


Zac.13:1); que Ele santificaria os fiéis (Zac.6:12); estabeleceria um Novo Testamento no lugar do
Antigo (Isa.42:9; 55:3; 59:20-21; Dan. 9:24-27); e que este testamento seria para a eternidade (Jer.
31:31; Isa. 55:3).

Os profetas predisseram o chamado dos pagãos para o Reino do Messias (Sal. 71:12; Isa. 11:1-11;
43:16-28; 49:6; 65:1-3); a propagação da fé, iniciando com Jerusalém (Isa. 2:2); que Suas benções
espirituais, se estenderão por toda a humanidade (Gên. 22:18; Sal. 131:11-12; Isa.11:1; 42:1-12; 54:1-
5; Ez.34:23; 37:24; Amós 9:11-12; Ag.2:6-7; Sof.3:9; Zac.9:9-11); e a satisfação espiritual dos fiéis
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(Isa. 12:3).

Os profetas igualmente revelaram muitos pormenores quanto à vinda do Messias, especificamente:


que Ele descenderia de Abraão (Gên.22:8); da tribo de Judá (Gên.49:9);

da linhagem do rei Davi (2Sam.7:13; 1Crôn.17:12-13); nasceria de uma Virgem (Isa.7:14); na cidade
de Belém (Mic.5:2); propagaria a Luz Espiritual (Isa.9:1-2); curaria os enfermos (Isa.35:5-6); sofreria,
seria traspassado, morreria, seria sepultado em um sepulcro novo, depois ressuscitaria dos mortos
(Gên.49:9-11; Sal.41:7-10; Isa.50:5-7; 53; Zac.12:10; Sal.16:9-11); levaria as almas do inferno
(Zac.9:11).

Eles também profetizaram, que nem todos O reconheceria como o Messias (Isa.6:9); mas que alguns
teriam contenda com Ele, embora sem êxito (Núm.24:17; Deut.18:18; Sal.2; 93:6-8; 109:1-4;
Isa.50:8-9; 65:1-3).

Isaías escreveu sobre a humildade do Messias no capítulo (42:1-12).

Os frutos de Sua redenção seria a renovação espiritual dos fiéis e a dispersão da graça do Espírito
Santo sobre eles (Isa.44:3; 59:20-21; Zac.12:10; Joel 2:28; Ez.36:25). Eles também falaram da
necessidade da fé (Isa.28:16; Hab.3:11).

Os profetas precisaram, que o tempo de Sua vinda coincidiria com a perda da independência política
da tribo de Judá (Gên.49:10); que isto ocorreria não mais tarde que 70 "semanas" (490 anos) após o
decreto para restaurar a cidade de Jerusalém (Dan.9:24-27);

e não mais tarde que a destruição do segundo Templo em Jerusalém (Ag.2:6; Mal.3:1).

Os profetas previram, que Ele aniquilaria o Anticristo (Isa.11:4); E que viria novamente em Glória
(Mal.3:1-2). O resultado final de Sua atividade, seria a obtenção da justiça, paz e felicidade (Isa.11:1-
10; Jer.23:5).

É notável mencionar os múltiplos detalhes, os quais os profetas predisseram sobre a vinda do Messias,
como por exemplo: o massacre das crianças nos arredores de Belém (Jer.31:15); os sermões de Cristo
na Galiléia (Isa.9:1); a entrada em Jerusalém sobre uma jumenta (Zac.9:9; Gên.49:11); a traição de
Judas (Sal.40:10; 54:14; 108:5); as 30 moedas de prata e a compra da terra do oleiro (Zac.11:12); a
degradação e a cuspida na face (Isa.50:4-11); detalhes da crucificação (Sal.21); a inclusão do Messias
entre os malfeitores e o sepultamento no túmulo de um rico (Isa.53); a escuridão durante a
crucificação (Amós 8:9; Zac.14:5-9); o arrependimento do povo (Zac.12:10-13).

Da mesma forma, aqueles nomes, os quais os profetas deram a Ele, provam a natureza do Messias e a
grandeza de Seus atos, chamando-O de: Leão, Davi, Anjo do Testamento, Rebento, Deus o Poderoso,
Emanuel, Conselheiro, Líder do mundo, Pai do século futuro, Conciliador, Estrela, Descendência da
Mulher, Profeta, Filho de Deus, Rei, Um dos Ungidos (Messias), Redentor, Libertador, Deus, Senhor,
Servo (de Deus), Justo, Filho do Homem, Santo dos Santos.

As profecias sobre o Reino Messiânico são: purificação dos pecados (Isa.59:20-21; Jer.31:31-34;
Ez.36:24-27; Dan.9:24-27; Zac.6:12; 13:1); revelação às pessoas quanto à castidade e pureza de
coração (Jer.31:33; Ez.36:27); a conclusão do Novo Testamento (Isa.55:3; 59:20-21; Jer.31:31);
abundância de benções (Isa.35:5; 44:3; 55:3; 59:20-21; Joel 2:28-32; Zac.12:10-13); o chamado aos
pagãos (Sal.21:28; 71:10-17; Isa.2:2; 11:1-10; 42:1-12; 43:16-28; 49:6; 54:12-15; 65:1-3; Dan.7:13-
14; Ageu 2:6-7); a propagação da Igreja por todo o mundo (Isa.42:1-12; 43:16-28; 54:12-14); estável
e invencível (Isa.2:2-3; Dan.2:44; 7:13; Zac.9:9-11); a extinção do mau, do sofrimento (Núm.24:17;
Isa.11:1-10); a confirmação da felicidade (Isa.42:1-12; 54:12-14; 60:1-5; 61:1-4); ressurreição da

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carne (Jó 19:26); a extinção da morte (Isa.26; 42:1-12; 61:1-4; Zac.9:9-11; Osé.13:14); conhecimento
de Deus (Isa.2:2-3; 11:1-10; Jer.31:31-34); triunfo da verdade e justiça (Sal.71:1-17; 110:1-4; Isa.9:6-
7; 11:1-10; 26; Jer.23:5); a glória da Igreja Triunfante (Isa.26; 27); o paralelo do Reino Messiânico à
montanha (Sal.2; Isa.2:2-3; 11:1-10; 26; Dan.2:35).

b) Pelos autores em ordem cronológica

Lugar na Escritura

O Livro de Gênesis

3:15 A Família da Esposa esmagará a cabeça da serpente

22:18 Benção dos Descendentes de Abraão

49:10 Conciliador da descendência de Judá

Números

24:17 A Estrela de Jacó

Deuteronômio

18:18-19 Um profeta semelhante a Moisés

Jó19:25-27 Sobre o Redentor, o Qual será ressuscitado

2Sam.7:13 A Eternidade do Reino Messiânico

1Crôn.17:12-13

Salmos (os números entre parênteses pertencem à Bíblia Judáica).

2 (2) Messias — Filho de Deus

8 (8) O louvor dos pequeninos ao entrar em Jerusalém

15 (16) Sua carne não verá deterioração

21 (22) Sofrimentos do Messias na Cruz

29 (30) As almas tiradas do inferno

30 (31) "Em Tuas mãos entrego Meu espírito"

39 (40) O Messias veio cumprir a vontade de Deus

40 (41) Sobre o traidor

44 (45) O Messias — Deus

54 (55) Sobre o traidor

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67 (68) Subiu às alturas; libertou os cativos

68 (69) "Porque o zelo da Tua Casa Me devorou"

71 (72) Descrição da glória do Messias

94 (95) Sobre a descrença

109 (110) Sumo Sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedec

117 (118) Messias — é a Pedra Rejeitada pelos edificadores

131 (132) O descendente de Davi, reinará pela eternidade

Profeta Isaías

2:2-3 O Reino Messiânico é similar à montanha

6:9-10 Descrença dos hebreus

7:14 Nascimento de uma Virgem

9:1-2 Sermão do Messias na Galiléia

9:6-7 Messias — um Deus forte, Pai para a Eternidade

11:1-10 Nele — o Espírito de Deus, junto à Igreja

12:3 Sobre a felicidade e benções

25:27 Cânticos de louvor ao Messias

28:16 Ele — é a Pedra Angular

35:5-7 Ele curará todas as enfermidades possíveis

42:1-4 Sobre a humildade do Rebento de Deus

43:16-28 Chamado dos pagãos

44:3 Dispersão de benções pelo Espírito Santo

49:6 Messias — a Luz da humanidade

50:4-11 Sobre os insultos ao Messias

53 Sobre o sofrimento e ressurreição do Messias

54:1-5 Sobre a convocação dos pagãos ao Reino

55:3 Sobre o Testamento Eterno

60:1-5 Seu Reino — a Nova Jerusalém

61:1-2 Atos de compaixão do Messias

Profeta Joel
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2:28-32 Sobre as dádivas do Espírito Santo

Profeta Oséias

1:9; 2:23 Convocação dos pagãos

6:1-2 Ressurreição no terceiro dia

13:14 A extinção da morte

Profeta Amós

8:9 Sobre o escurecimento do sol

9:11 Sobre a restauração do Tabernáculo de Davi

Profeta Miquéias

5:2 Sobre o nascimento do Messias em Belém

Profeta Jeremias

23:5 Messias — um Rei justo

31:15 O massacre das crianças em Belém

31:31-34 Estabelecimento do Novo Testamento

Profeta Baruc

3:36-38 Sobre a vinda de Deus à terra

Profeta Ezequiel

34:23-24 Messias — o Pastor

36:24-27 A Lei de Deus escrita nos corações

37:23-24 Messias — Rei e Bom Pastor

Profeta Daniel

2:34-44 Reino Messiânico comparado à montanha

7:13-14 Visão do Filho do Homem

9:24-27 Profecia das setenta "semanas"

Profeta Ageu

2:6-7 Sobre a visita do Messias ao Templo

Profeta Habacuc
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3:11 Sobre a fé

Profeta Zacarias

3:8-9 Os pecados da humanidade serão extinguidos em um dia

6:11-12 Messias — o Sacerdote

9:9-11 Entrada do Messias em Jerusalém

11:12 Sobre as trinta moedas de prata

12:10; 13:1 Sobre a crucificação do Messias e o Espírito Santo

14:5-9 A escuridão durante a crucificação e sobre as benções

Profeta Malaquias

3:1 O Anjo do Testamento virá em breve

Folheto Missionário número P16

Copyright © 2001Holy Trinity Orthodox Mission

466 Foothill Blvd, Box 397, La Canada, Ca 91011

Editor: Bishop Alexander (Mileant)

(messiah_p.doc, 07-28-2001).

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