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4
P E TER B L Y T H E
O H IPNOTISMO
T r ad u ção de
N a ir L a c e r d a
E D ITORA PENSAMENTO
S Ã O PA U LO
5
Título do original:
P5ubW
licinasdley
o pS
ortreet,
ArthuLroB
ndaorkneW
r L1td.,
Ano
_________________
92-93-94-95-96-97-98
__________ ______ ______ ______ ______ ______ ______ ______ _____
Direitos de tradução para a língua portuguesa
adquiridos com exclusividade pela
EDITORA PENSAMENTO LTDA.
Rua Dr. Mário Vicente, 374 — 04270 — São Paulo, SP — Fone: 272 1399
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Impresso em nossas oficinas gráficas.
6
SUMÁRIO
Agradecimentos 8
Prefácio 9
1. Falsos conceitos em torno da hipnose 10
2.
3. A
Quoem
pinipãoodm dich
e éser a iepnaoh ipandoos?e
tiz 20
27
4. Auxiliares hipnóticos 34
5.
6. A
Hisessã de tratamento hipnótico
pnoanoálise 43
52
7. Hipnodiagnose 60
8. “Cura” e controle 72
9. Uso médico da hipnose 77
10. Uso da hipnose na odontologia 84
11. U s o s n ã o -m é d i co s 89
12. Os perigos da hipnose 95
13. Hipnose e reencarnação 98
7
AGRADECIMENTOS
Desejo agradecer o auxílio recebido d e c entenas de m édicos e dentistas q ue
assistiram a os cursos d e fin s-de-semana q ue mantive d urante anos, e ofereceram-
me as vantagens de sua experiência.
Nem este livro teria sido p ossível sem os m uitos c lientes que atendi durante anos, e
embora tenha disfarçado a maioria das estórias d e c asos q ue cito, esp ero que essas
pessoas sintam q ue algum benefício obtiveram em rela ção a o tem po em que
tra
Agbraadlheç
amo,oig
s ujun
almtoesn. te, a permissão d ada p ela Penguin Books Ltd. p ara que eu
citasse trechos d e H ypnosis — Fact and Fiction , de F. L . M arcuse, e pela Abbots
Novelty Company o f Co lon, Michigan, p ara retirar c itações da Encyclopedia of
E sinHipnotism
Stage ceros ag,raddeec
Oirm
meonn
tods MacGill.
todos os amigos que, sem dúvida, deram uma
contribuição.
S u m á rio
8
PREFÁCIO
Quando meu editor e eu estávamos fazendo o planejamento deste livro,
tínhamos em mente um objetivo, que era o de remover todo o mistério e toda a
mistificação que vinham envolvendo o assunto hipnose há mais de um século.
Para alcançar este objetivo tive de explicar de que forma a hipnose é induzida, e
como são obtidos os resultados desejados. Contudo, este livro não deve ser visto
como um daqueles equipamentos do tipo “faça-você-mesmo”, porque há muita
coisa mais em hipnoterapia do que o simples fato de se poder auxiliar uma pessoa
a cair em estado hipnótico. E a hipnose não é, em caso algum, assunto para ser
tratado levianamenteI ou para servir de diversão em festas.
Outra das tarefas que nos impusemos foi a de fazer o possível para evitar a
impressão, através de citações de casos após casos, de que jamais enfrentei
qualquer fracasso. Tive alguns deles, mas foram menos freqüentes à proporção
em que eu ia me tornando cada vez mais apto na aplicação, pois tinha
compreendido que a falha não era da hipnose, mas minha. Talvez eu a estivesse
usandoAtravés
de modo
deincorreto, ou a
anos ensinei tentando usá-la quando
várias centenas não ae devia
de médicos ter feito.
dentistas os
princípios básicos da hipnose, e dei-lhes instrução prática sobre a forma de usá-la
em seu dia-a-dia de profissionais. Isso significou que tive de me manter
atualizado, lendo quase todos os livros que apareceram sobre o assunto.
Considerei alguns deles excelentes, porém outros… Contudo, minhas leituras
levaram-me a resolver que meu livro não seria uma repetição do que já tinha
aparecido. E que tentaria evitar o uso de uma linguagem demasiadamente
técnica.Finalmente,
Só espero meus
ter conseguido isso
leitores deveriam saber que não sou médico nem
cirurgião dentista, mas que durante muitos anos fiz conferências sobre hipnose
através das Ilhas Britânicas e dos Estados Unidos da América do Norte. E que
usei a hipnose como hipnoterapeuta e hipnoanalista, investigando como e por que
ela funciona. Menciono isso para evitar que o leitor se sinta confuso, pois em
algumas páginas é usada a palavra “paciente”. Isso se dá quando me refiro à
expressão usada por médicos e dentistas. De outras vezes usei a palavra “cliente”,
Disse-me
quando meum amigo,
referi ao saber
a pessoas que que eu estava escrevendo um livro sobre hipnose:
atendi.
“Peter, ninguém terminará de lê-lo. Todos vão cair no sono.” Só espero que essa
predição se realize.
S u m ário
I
Levianam ente: Irresponsavelmente. (SMJ).
9
1
F A L S O S CO N C EIT O S E M TO R N O D A HI P N O S E
através dos filmes e romances de terro r, o que levou certas id éias p reconcebidas a
serem aceitas c omo fa tos. Aquela que mais se destaca é a da im agem popular d o
hipnotizador como h omem de p ersonalidade fo rte e magnética, olhos profundos e
penetrantes, dotado de um p oder sobrenatural, para dirigir e comandar a m ente de
mortais menos importantes do q ue ele, levando-os a o tra nse. Uma vez em transe, o
paciente é visto como q ue reduzido a o p apel de sim ples fantoche, já sem vontade
própria, o bedecendo a todos o s c aprichos e o rdens d o h ipnotizador, sem saber o
Tal fa
que está coznenceito
do. , como é bastante natural, desperta medo, porque ninguém
aprecia a idéia de perder seu autocontrole e ser reduzido a um estado de
inconsc
Inifên
elizcm
ia.ente, essa apreensão m uito compreensível é aumentada, e n ão
diminuída, por muitos m édicos e dentistas q ue usam h abitualmente a hipnose no
10
O terror d e p erder a consciência é ainda mais enfatizado p elo médico o u p elo
dentista hipnotizadores, quando usa m a p alavra “sono”, enquanto induzem a
hipnose:
E agora você está ficando muito, m uito sonolento; m uito, m uito cansado. Suas pálpebras
estão ficando cada vez m ais pesadas. Suas pálpebras se estão fechando e você está
adormecendo depressa, depressa.
que prEastsa
icousug
am estã
ediocidnea “so
emnMo”anécum a hera
hester, nonçséc
a inuflo
eliz
dezdeenum
ove.certo Dr. James Braid,
No dia 13 de n ovembro de 18 41, o Dr. Braid assistiu a uma d emonstração d e
magnetismo a nimal — mesmerismo — d irigida p elo magnetizador suíço, C. de la
Fontaine. O que viu naquela ocasião in trigou-o, e ele c omeçou a usar o m agnetismo
em alguns d e seus p acientes, com grande ín dice d e suc esso. U m d ia, e p or puro
incidente, chegou a compreender que nenhum de seus p acientes estava
magnetizado, mas entravam n o q ue pensou q ue fosse um sono terapêutico. Assim,
ele tomou a p alavra grega “h ypnos”, que significa so no, e c hamou d e “h ipnotismo”
a essa terapêutica. Durante algum tempo esteve sa tisfeito com essa expressão, até
que, paciente após p aciente, todos lh e d isseram q ue podiam o uvir cada p alavra que
ele dizia. Co ncordaram em q ue se sentiam fisic amente relaxados, tanto que
pareciam esta r a dormecidos, mas mentalmente estavam a cordados e alerta. Co mo
resultaOdD o rd.eBssa
raidev idêvnacia
esta ce, rto
elenten tousua
essa m uúltim
dar oanestimome, amtiv
asa,era tau
porq rdeendinegmuém
ais. A
p a la v ra já en t ra r a n a líng ua in g lesa e to r n a ra - se d e uso
adormece q uando está h ipnotizado. Conseqüentemente, quando o so no é sugerido c o m u m .
“NadaIn daoguei
. Nã sense
ti nasen
da.”tira algum desconforto quando isso aconteceu e ele disse:
“Posso meter uma agulha em seu braço, agora?” — indaguei, e ele respondeu
com duas palavras impublicáveis, mas que queriam, positivamente, dizer: “Não!”
Foi en tão, ao c ompreender que nada sen tira antes, ao ser a a gulha en terrada
através de sua c arne, que lhe v eio à certeza d e q ue deveria estar h ipnotizado,
Coem
porque, ntarcirc
essa estó
unsta nciraias é
nom
rmais
ais,doceqrto
ue gcroanufirm
deadr oqruteria
e o esta doistir.
de ex de hipnose não
pode ser equiparado com o de inconsciência. Revela, também, como ele estava
preparado para atender e realizar as instruções do hipnotizador — “eu não quis
que ele fizesse papel de to lo diante dos espectadores” — mesmo q uando ele próprio
parecesse tolo. P or outro lado, se tiv esse considerada repulsiva à sug estão, por um
motivo q ualquer, não a teria seguido. Ou fic aria imóvel, ou d eixaria o estado
hipnótA
icoessa
. altura, a pergunta que ouço com maior freqüência é: “Se não está
dormindo quando se está hipnotizado, o que é a hipnose? Como funciona?”
Durante anos, numerosas teo rias fo ram a presentadas, numa ten tativa d e
Quero que você fique olhando para o mesmo p onto e conte, mentalmente, em ordem
decrescente, de trezen tos até zero . Não q uero que faça esforço no co ntar. Imagine q ue está
rep
Enqeutin
andto um
vocaêtabuada, co
estiver qunetan
virtualm
do emenote
rdco
emnhdeece, em otredeeu
crescen m destarei
ecrescen
faltan
e. do, mas não é
necessário que ouça o que digo.
quueero
Q está
quali,
e pemnase
s isso
na mninão
hainvtoerfere
z comco
omseseus
fossepm
róúpsica
rios pdeensfun
amdeontnousm
. restaurante: você sabe
Se aco ntecer de vo cê esquecer de co ntar a certa altura, não se preocupe. Pense apenas no
primeiro número que lhe vier à m ente, e continue a contar desse número em diante, sempre
em contagem regressiva.
Logo sentirá que seu corpo está relax ando, seus o lhos se fechando, e vo cê se está tornando
relaxado, tanto mental como fisicamente, a ponto de n ão poder mais se preocupar com a
contagem. Q uando chegar esse momento, d eixe vir, e goze a agradável sensação de
relaxamento1.
13
Quando um c avalheiro começou a usar a h ipnose, tentou v ários m étodos d e
indução em sua esposa, m as sem resultados. Ela sabia que os m étodos
funcionavam c om outras p essoas, porque os v ira em aplicação, mas resistira,
porqueEnntã
ãoo,vniaum
nedcieassid
quenadtee ddeevceorã
oop,era
elar.adormeceu no ja rdim, en quanto tomava
banho de so l, e o resultado foi so frer graves queimaduras. Nessa mesma n oite
tentou dormir, mas a pele estava tão sensível que o sono lhe fugia.
“Pode Dhieppnooistizdaer-m
paessa
ea r fm
asata
isr daedum
or, adehomraodaogita
qunedeuo-seconsaigcaam
doarm
, pier?
di”u ao marido:
Nesse momento ela descobria a necessidade da hipnose e rapidamente
permitiu que seu censor crítico fosse afastado, entrando, assim, em estado
hipnótico.
A sugestão a propriada de a nestesia da p ele foi d ada e a ceita. R ecebeu,
também, sug estão p ós-hipnótica2 p ara que, mal terminasse a sessão, ela fosse para
a cama e en trasse, imediatamente, num sono natural, profundo e seguro. T ambém
isso funcionou.
Um fa moso hipnotizador de p alco, que se apresentava sob o n ome ilusó rio e
misterioso de “D r. Q”, compreendia a importância de o bter a mais completa
coopera
Quçaãnodpooorspvaorte lundtoásrio
voslun
subtáiario
msa, oepbaalc
seao, vele
a to
codcohoicseu
havesp
a, a ectá
adcaulo
umsopbore isso.
r sua
vez: “Va mos d ar umas boas risa das à c usta da p latéia, e en ganar essa g ente. Para
isso, q uando eu lh e d isser para fazer algumas coisas a loucadas, faça exatamente o
que eu lhe d isser em segredo. Está bem?” A essa altura, p iscava um o lho c úmplice
para cTaednadum
o d3e. ssa forma o btido sua c ooperação, os v oluntários a giam d e a cordo
com a sugestão rec ebida d o “D r. Q” e era m len tamente levados a uma d ivertida
rotina, que culminava c om alguns d eles produzindo analgesia da fa ce, através da
qual era p assado um alfinete. Mesmo essa s p essoas, entretanto, p ensavam n ão ter
sido h ipnotizadas; consentiam n aquilo porque desejavam “rir b astante à custa da
platéiaE”m. bora a colaboração seja vital, a participação ativa p or parte do p aciente
pode ev itar a h ipnose. Isso foi ex presso em muitas o casiões, da seg uinte forma: “Eu
queria ser hipnotizado, realmente tentei bastante, mas nada a conteceu.” O fato de
ter tentado bastante evitou ex atamente aquilo que desejavam v er realizado, e esse
tipo d e ra ção é c hamado a “Lei do E feito Contrário”. É bastante comum, e m uitas
pessoas que fizeram teste p ara dirigir automóveis passaram p or isso. A ntes do teste
podiam d irigir com muita competência, m as quando o ex aminador sentou-se a seu
lado, e eles realmente t en t a ram dirigir, cometeram toda espécie de erros.
Alguns estud antes enfrentaram o m esmo fen ômeno a o se sub meterem a um
exame im portante. Tinham estud ado b astante, mas assim que a folha d e ex ames foi
colocada diante deles, sua mente que cessou d e fun cionar e to rnou-se vazia.
Quando o ex ame term inou, eles puderam, imediatamente, recordar uma
quantidade de referências relativas às perguntas feitas.
2
Sugestão pós-hipnótica: sugestão dada enquanto o paciente está sob hipnose, mas que deve ser levada a
efeito depois.
3
Ormond McGill, Encyclopedia of Stage Hypnotism , Abbots Novelty Co., Colon, Michigan, USA, 1947.
14
Para evitar que a Lei de Efeito Contrário se torne ativa, sempre expliquei aos
meus clientes que a hipnose é um estado de consentimento:
Vo
quecênãpooddeeseja
ter sucesso
relaxar. ao combater qualquer sugestão que eu faça, mas fazer isso só prova
Lembre-se de q ue ninguém pode h ipnotizá-lo. Jam ais hipnotizei alguém, em m inha vida,
mas ajudei a muitas centenas se não milhares de p essoas, a alcançar o estado q ue
chamamos de “h ipnose”. Você também atingirá esse estado sim plesmente deixando que as
Exipsas
co licarei
acoonteçam
que en, tsem
endoten
potrar“dfazer
eixar q
coue
mas
quco
e elas
isas aco
aconnteçam
teçam.”.
Se eu lhe sugerisse agora: “suas pálpebras estão se tornando cada vez mais pesadas, e seus
olhos estão se fechando”, você poderia fechar os olhos, para me ajudar. Isso seria fazer com
que as coisas aconteçam, porque suas pálpebras não estariam pesadas, e, portanto, não é
isso que desejamos. Contudo, se você estiver olhando para o mesmo ponto até que suas
pálpebras se tornem pesadas e seus olhos desejem fechar-se, e então você deixa que elas se
fechem, essa é a forma pela qual a hipnose funciona. Você poderia ter conservado seus
olhos abertos, mas permitiu que se fechassem quando eles mostraram disposição para isso.
dizer: “Sr. Blythe, não quero parecer grosseiro, m as estou c erto de q ue não sou
hipnotizado. Posso ouvir o que o senhor d iz, p alavra por palavra, e ten ho a certeza
de queTepnotdeieria
racaiobcrir
inamr ecus
omolele,
hos usa ndoomeantló
no m ica, qeuepeodq
ogem inudisesse.”
o que explicasse sua
perda de peso se não tivesse sido hipnotizado.
“Sei que alguma c oisa está acontecendo”, disse ele, “mas não penso que seja
resultado da h ipnose. Poderia fazer-me a gir de a lguma fo rma q ue provasse que sou
hipnotizado?”
II
Leigo: adj. 1. Que não é clérigo; laico. 2. Estranho ou alheio a um assunto. 3. Secular. (SMJ).
15
Sempre detestei extremamente provar a a lguém que está hipnotizado,
porque sei que algumas pessoas aceitarão m inhas sug estões e outras n ão. Co ntudo,
nessa ocasião, concordei em tentar d ar-lhe um a p rova, n uma v isita subseqüente.
que eu“Eesta
u ovesto erg
u ta
a sen douen doa?”,três
a un indm
ageuei,
tros dem
e dbio ranfo
stâ ciasse
, atum
rás adapeesc
rgurnivtaanrid cu! la, já
inhía
Ele concordou em que eu não estava fisicamente envolvido.
“Se v ocê n ão está erguendo o braço e se eu não estou erg uendo seu braço,
então d eve esta r h ipnotizado. Portanto, a gora que teve a p rova que desejava, e sa be
Seus
que está oo
hipn lhtiz
osadfec harhaemo-se,
o, fec s olhsua cabexça
os e rela e.” balançou para um lado, e ns ó
continuamos com a sessão habitual de terapia.
Mais tarde c onversamos so bre o que tinha acontecido, e ele disse-me q ue
abrira os o lhos porque não vira relevância entre a levitação d o b raço, q ue eu estava
produzindo, e a ra zão d e sua s v isitas, que era a obesidade. Em o utras p alavras,
minhas sug estões fizeram v oltar seu c ensor c rítico, já que ele ficou a imaginar por
que eu estaria fazendo aquilo, e tev e d e sa tisfazer sua curiosidade a ntes que
pudesseVi mcoanistinum
uar.exemplo de reação idêntica durante uma vsita i feita a uma
demonstração de hipnose.
Quatro pessoas estavam n um palco, em estado hipnótico, e iam rea lizando
as v árias sug estões do h ipnotizador. Então, a certa altura, ele sug eriu aos pacientes
que todos era m c oncertistas e q ue iam d ar um recital d e p iano. T rês das pessoas
aceitaram a sug estão, uma d elas c om mais autoconfiança do q ue as o utras. Mas a
única sen hora que se encontrava no p alco, ficou sentada em sua cadeira, embora
profundamente relaxada, e n ada fez . Q uando o h ipnotizador insistiu na sug estão,
ela reun
Quiu-se
andoaaocognrup
tecoe, um
aleg
araem
noemnate.
lia dessa ordem, h á um a resp osta engatilhada
que salta prontamente dos lábios d e m uitos h ipnotizadores: “Há p essoas mais
suscetíveis do q ue outras.” Em c asos d esse tipo, isto é, em casos d e seletiv idade
16
tomar liç ões de p iano contra a vontade, mas, assim que teve id ade b astante para
exercer alguma p ressão so bre os p ais, deixou de to car, e prometeu a si própria que
nada a induziria e tocar outra vez.
censorHcárític
amopdlaa m
even
idtêenncia
ão qéuum
e mesta
ostra concjetiv
do, sub lusivo aomueanrttific
e, qiaulemeontaefainsdtauz
mien
dot.o do
As p essoas que acreditam q ue andar por debaixo d e um a esc ada tra z a zar, ou
que acender um cigarro com fósforo já usado duas v ezes também dá a zar,
os sintU
omahsoamela em rela
quetrec
ivos,
eiasem
tomqaur um
alquaer
in jra
eçzão,ppaotorqlóugeicaacq
red
ueita
osqcuoenvfirm
ai deo. er, e
desmaia quando a in jeção é feita, a fastou seu c ensor c rítico p orque, se tivesse
pesado conscienciosamente quão p ouco p oderia ser desconfortável a inserção de
uma agulha fina sob sua pele, não teria medo.
estou E xem
ten tanpdloosmdoestra
sser.tipo são intermináveis, mas todos ilustram o ponto que
Talvez seja mais importante ainda, p ara estas b reves considerações sobre a
forma p ela qual a h ipnose funciona, a c ompreensão d e q ue o censor c rítico d a
mente está amplamente inativo d uas v ezes por dia, n a v ida d e to dos n ós, e isso
ocorre exatamente antes de a dormecermos, a cada n oite, e imediatamente antes de
nos lev
Easn ta r m
ses dooiss ppearío
ra den
osfren
d e tso
arnum ncoia,
olên vo qduiaa.ndo esta mos m eio acordados e meio
adormecidos, tem sido usa dos p ara auxiliar estud antes a adquirirem conhecimento
do chamado sistema de “Aprendizado do sono” (Hipnopedia).
No início deste século o químico francês Emile Coué, de Nancy, França, usou
os mesmos dois períodos terapeuticamente.
Embora Coué rejeitasse a idéia da h ipnose, tal c omo a c onhecemos,
favorecendo, a ntes, a auto-sugestão, usou, para testar seus p acientes, s mesmos
testes de sug estibilidade q ue alguns h ipnotizadores habitualmente usam a fim d e
assegDura
eproqisuedeseus
se terpaacsiseg
entes
urasã
dood“b ons” eptib
a susc aciilid
enates.
de in dividual, Coué preparava
uma c urta fórmula em palavras, tais como: “Cada dia, e so bre todos o s a spectos, eu
estou fic ando cada v ez melhor.” Isso deveria ser repetido c ontinuamente antes de
adormecer, da m esma m aneira pela qual um a c riança recita uma ta buada com a
qual está in teiramente familiarizado, e o m esmo p rocesso devia ser usado pela
manhã, ao acordar.
17
A simplicidade d esse método popularizou-o, e d entro de p ouco tem po o
Couéismo to rnou-se moda in ternacional. Muitas “c uras” foram a tribuídas a ele,
mas sua aplicação depressa caiu em descrédito. S eu método foi sa udado c omo um a
panacéiaIII e, q uando d eixou de c orresponder às ex ageradas ex pectativas, foi p osto
de p arte. Sua eficácia como a gente terapêutico, em certas c ondições, ainda está
sendo debatida em v ários c írculos, e eu não pretendo imiscuir-meIV n essa
controvérsia. A penas mencionei o caso porque a metodologia mostra que o
afastaDmeenmtoandeoira
cemnseonrocsrític
espoeétaum
cula
a ro, ccoardrên
a qcuiaalntem
atural
usae ddoiáoriap.eríodo de
sonolência, a ntes de a dormecer, para dar sugestões a si próprio, m as deixamos de
compreender a dinâmica sub jacente em tal c oisa. A qui estou m e referin do a
pessoas que desejam a cordar cedo n a m anhã seguinte, por algum motivo esp ecial,
talvez porque vão sair de féria s, e exatamente antes de a dormecer dizem a si
próprias, mentalmente: “Preciso acordar amanhã à s c inco horas.” Há p essoas que
reforçam essa sugestão b atendo levemente a cabeça c ontra o travesseiro o número
de v ezes desejado. E ntão a dormecem, p ara acordar uma fra ção d e seg undo antes
que o Co
demspoefun
rtadcoiornto
aqisso
ue.? A resp osta está no fa to de o c ensor c rítico ter sid o
afastado, d e fo rma q ue as p essoas aceitam a a uto-sugestão, e, já que tem a
necessária motivação pessoal para que a sugestão fun cione, sua mente inconsciente
foi m arcando os seg undos en quanto elas d ormiam p rofundamente toda à noite,
acordaHnoduv
oe v ámria
no oms ex
enptoeriên ciasdcoo. m a hipnose e o tempo, p rovando q ue a mente
deseja
inconsciente tem a capacidade d e m edir a passagem dos segundos, dos minutos e
das horas. Fiz muitas d essas ex periências, algumas simples, outras b astante
complexas. A mais simples consiste em dizer às p essoas sob h ipnose que elas se
conservarão c ompletamente relaxadas d urante três minutos e v inte segundos,
depois dos quais abrirão o s o lhos e se sentirão rea nimadas e inteiramente alertas.
Virtualmente naquele segundo indicado, essas p essoas abrem os o lhos, embora não
houvesse ali nenhum relógio mecânico p ara ajudá-las a m edir o tempo entre a
sugestã
Ouotra
daodbaserv
e sua
açãdoeqcu isãanotoda
eoauso
brir doos poelhrío
os.do de so nolência está resumida n o
adágioV b astante conhecido: “Se v ocê tiv er um problema, durma so bre ele”, e esse
adágio não deve ser rejeita do como c onversa de c omadres. Muitas p essoas viram
que ele funciona, e um d os co-descobridores da in sulina, o Dr. Banting, do Ca nadá,
poderia testificar isso . E le tentara, d urante anos, descobrir um método de c ontrolar
a diabetes, sem se aproximar, nem remotamente, da so lução. E ntão, certa noite,
acordou de um so no profundo com uma id éia girando n a c abeça. Escreveu o que
pensaTvo
ad,o
esoesses
resulta de
ex omfopi lo
àsdmesc obem
ostra rtaq udea oinpsrulin a. uisito da h ipnose — o
é-req
afastamento do c ensor c rítico — é fun ção n atural q ue o indivíduo pode c ontrolar, e
realmente controla, e n ão algo estra nho q ue aparece a través de um a gente externo,
nesse caso o hipnotizador. Por conseguinte, podemos agora chegar a uma ex ata
definição de hipnose:
III
Panacéia: sf. Remédio pretensamente eficaz para todos os males, físicos e morais. (SMJ).
IV
Im iscuir-se: v.p. Intrometer . (SMJ).
V
Adágio: sm. Provérbio . (SMJ).
18
Hipnose é um estado consentido d e rela xamento fisiológico em q ue o
paciente permite que o censor c rítico d a m ente seja afastado, em m aior o u m enor
proporção.
Quando o c ensor c rítico é a fastado em proporção maior, diz-se que o
paciente atingiu o nível mais elevado q ue se conhece d a h ipnose, e é um
sonâmbulo, o eq uivalente a alguém que anda d ormindo e, se foi a fastado apenas
ligeiramente, o paciente é classificado como em nível hipnoidal.
Como vivemos numa ép oca m ecanizada, que influencia nosso pensamento,
tornou-se norma ten tar ex plicar tudo em esc ala semimatemática, e isso se aplica a o
fenômeno erro neamente chamado hipnose. Porque há n umerosas esc alas q ue,
segundo se alega, dizem ao h ipnotizador qual o n ível alcançado pelo paciente, e elas
variam em sua c omplexidade, de seis a c inqüenta níveis diferentes. Com p ropósitos
práticos, entretanto, p odemos declarar q ue a hipnose pode ser v ista como ex istente
em três profundidades separadas:
1. Hipnoidal
2..
3 Md
oé aiambúlica
Sn
paciente não determina o suc esso ou fra casso do tra tamento. T odos os três p odem
ser usados c om eficácia, d ependendo da h abilidade d o h ipnotizador para formular
e apresentar sugestões subseqüentes.
S u m ário
19
2
A O PINIÃO M ÉDICA E A H IPNOSE
20
gesto fora inútil. O padrão h avia sido esta belecido, e podemos dizer que dali por
diante nossos estud antes médicos foram p rivados de q ualquer treino fo rmal em
relação à hipnose.
Ocupando o que podemos definir como p osição central, há um n úmero
igualmente grande d e m édicos que têm um ponto de v ista mais racional e m ais
liberal. Muitos d eles, uma v ez por outra, têm ten tado usar a h ipnose, mas
afastaram-na, subseqüentemente, quando en contraram p roblemas que acham
difíceis
Addm
e ireso
tem lqvueer.a hipnose pode b eneficiar c ertos p acientes, contanto que cada
um deles seja cuidadosamente pré-selecionado, e q ue o tratamento real seja lev ado
a efeito por um profissional q ualificado que se tenha especializado nesse campo.
Na outra extremidade d a esc ala fica um n úmero menor de m édicos que
praticam regularmente a hipnoterapia. Co ntudo, podem ser contados à s c entenas, e
como a penas um punhado deles está na c línica g eral, as p ossibilidades, para um
paciente, de rec eber tratamento hipnótico, como p arte do S erviço Na cional de
Saúde, são muito remotas.
Esse quadro está longe d e ser en corajador e, se a h ipnose deve ter p apel mais
importante na m edicina, é essencial d escobrir o que leva ta ntos m édicos a
abandU omnád-la
os. líderes da S ociedade B ritânica para a Hipnose em Medicina e
hipnotE
izláe-lo
ini.ciou a c onversa em tom d e q uem se desculpa, explicando que supunha
não poder ser hipnotizado, porque já consultara um hipnotizador famoso em duas
ocasiões, e nada acontecera em qualquer dessas vezes.
Perguntei-lhe que método usar o hipnotizador.
21
“Pediu-me q ue olhasse para um ponto do teto , e d epois disse-me q ue meus
olhos estavam fic ando cada v ez mais pesados, e fechando-se, mas isso não
funcionou.”
Enquanto o paciente falava eu não pude d eixar de p erceber que ele estava
tão n ervoso e preocupado q ue se recusava a me fita r n os olhos por mais de um o u
dois segundos. E foi essa m aneira de ev itar o lhar-me n os olhos que me d eu a pista
para o método que eu poderia usar — o c hamado “Fixar olhos nos olhos”, que é
muito Psim
edila
-lhr eáqtéc
uense
icasen
quteasfo
seraca
ontes
fortaten
velm
tadeantceonma cele.
adeira e fixasse os o lhos nos
meus, sem desviá-los, pela fração d e um seg undo. P edi-lhe, também, q ue respirasse
profundamente e com ritmo, até que eu lhe d issesse que podia respirar
normalmente.
Então comecei a dar-lhe sugestões, de maneira autoritária:
“A cada um a d as respirações você está se tornando mais relaxado e m ais cansado. E, à
proporção que se torna m ais relaxado e m ais cansado a cad a resp iração, seus o lhos vão se
tornando mais e mais cansados. E, à p roporção que seus olhos se tornam mais e mais
cansados a cada resp iração, seus o lhos se vão fechando, seu co rpo está relax ando, e vo cê vai
entrando cada vez mais num estado profundo de relaxamento.”
Ele achou tão desconcertante o estar fixando meus olhos nos dele que
preferiu
Commuele
ito eu
mativ
is d
eeso
ixarte.
r quNem
e os to
dedle
osse
estã
fecohdaissp
sem
osto
, assasim
a ceitar
que eusugoesug
stõeesri.dadas
de m aneira tão d ogmáticaVIII e a utoritária. Com a lguns p acientes é necessário ser
completamente permissivo:
“A cada resp iração que toma, você vai se deixando ficar cada vez m ais relaxado e can sado. E
à proporção que você se deixa ficar mais relaxado e can sado a cad a resp iração, vai d eixando
que seus olhos se vão tornando cada vez mais e mais cansados. E…”
Decidir se devemos usar um a a bordagem autoritária ou p ermissiva p ode
apresentar a lguma d ificuldade, e eu descobri que uma c ombinação de a mbas evita
erros. Por conseguinte, eu digo aos clientes, habitualmente:
“A cada resp iração que você está tomando você vai ficando cada vez m ais relaxado e
cansado. E, à p roporção que se deixa ir ficando cada vez m ais relaxado e can sado a cad a
respiração que toma, seus olhos vão ficando cada vez mais cansados…”
Como se isso já não fosse bastante complicado, há n umerosos o utros
obstáculos q ue surgem do fa to de um a p essoa se esc udar nas descobertas q ue
outrosTpaulvbelic
z aam
de. claração m ais comumente repetida é a d e q ue apenas uma
pessoa, em cada c inco, é b oa paciente e depressa entrará em estado hipnótico, seja
qual for o método de indução empregado.
VIII
Dogmático: adj. Relativo a dogma, (Dogma: sm. Ponto fundamental e indiscutível de doutrina
religiosa e, p. ext., de qualquer doutrina ou sistema), ou ao dogmatismo, (Dogmatismo: sm. 1. Atitude
arrogante de afirmação ou negação. 2. Filos. Crença, geralmente ingênua e não crítica, nas verdades e
princípios racionais.). (SMJ).
22
Não fo i a inda investigado c omo essa fa lsidade surg iu e ganhou c rédito. Na
minha opinião isso se o riginou outrora, n a ép oca d o D r. Franz Anton M esmer
(1733-1813), quando se sup unha que certos in divíduos p ossuíam o p oder de
magnetiz
Comarooresulta
s doendto
es,
dedssa
evoclvren
ençdaoa
-lh esluta
bso a samúen
dete
. falsa, é fá cil ver como o s
hipnotizadores daquele período depressa começaram a a creditar em sua p rópria
onipotência, e, q uando a lguém os c onsultava, lês c onfiavam n o q ue consideravam
seu poder “dado p or Deus” e, sem qualquer dúvida em sua m ente, diziam: “Agora,
vou hiU
pnmoatizpáe-lo
qu.en
” a p orcentagem da p opulação, tanto então c omo a gora, está m ais
do q ue disposta a representar um p apel submisso. Isso fa ria com que se
considerassem seguros e eles seguiriam c egamente a ordens q ue lhes dessem,
porque essas o rdens d eixava-os liv res de resp onsabilidades. Essas p essoas
sucumbiriam p rontamente diante de um a fig ura autoritária e hipnótica, mas a
maioria da p opulação se ressen tiria ao ser tra tada assim, fa zendo o que lhe
mandassem, a n ão ser que recebesse explicações adequadas a resp eito dos porquês.
QuandHoá nmãaois, resistiria,
uma confirminstin
açãtiv
o apm enate.minha hipótese.
ara
O hipnotizador de p alco está in teiramente consciente de q ue as p essoas que
estão h abituadas a ex ecutar a s o rdens q ue recebem, sem fa zer perguntas,
mais aMnaim
l eu
adotin
s hsex
a duito
alm
isso
entee.o homem que antes não quisera tomar p arte,
indagou: “Peter, antes de fec har a sessã o, quer me h ipnotizar?” O grupo esto urou
numa g argalhada, mas ele estava sério. À quela altura ele descobriu uma ra zão p ara
23
ser hipnotizado, coisa que até então não acontecera. E entrou em hipnose dentro de
dois minutos.
Outra afirmativa que freqüentemente aparece em letra de forma é a de que a
maioria
Sedum
os phaicpinen es
ottiz adex
origaecred
de d ezisso
ita a trin
—tae sei
minquutoesapcared
ra iser
tei, h
noipin
noíctiz da.então
ioa—
passará essa sua crença para a realidade, e mesmo q ue seu paciente entre em
estado hipnótico d entro de d ois minutos, ele ignorará os sin ais óbvios, e continuará
dando sugestões de rela xamento até achar que é tempo de seu p aciente estar
hipnotE izsata
doc.rença de q ue a indução à hipnose é um processo prolongado lev ou
muitos m édicos a rejeitá-la, m ais do q ue qualquer outra razão. Dizem não dispor
do tempo necessário, quando têm de enfrentar uma cirurgia difícil.
Sabendo quanto é perigoso confiar em a rtigos de jo rnal como fo rmas de
instrução, d evemos reconhecer que as m esmas desvantagens ex istem quando se
assiste a uma d emonstração, independentemente do fa to de ser o h ipnotizador uma
pessoa qualificada ou um leigo.
Em p arte devido a o lim ite de tem po de q ue dispõe, e também para obter o
máximo efeito ilustra tivo, o demonstrador usa , in variavelmente, um paciente que
já foi h ipnotizado a ntes muitas v ezes, e estava condicionado para entrar em
profundo estado de hipnose a um sinal ou ordem pré-combinados.
Esse tipo d e p aciente, o sonâmbulo, rea lizará a sugestão d ada, tais como
alucinações positivas. É quando p assará a ver pessoas ou o bjetos q ue não estão
presentes. Um h omem pode rec eber a idéia de q ue sua esposa está com ele, quando
ela não faz p arte da p latéia, e c onversará com ela, c oncedendo o tempo necessário
para aHsárep , taomsta
bésme, acsoamluc
enitnáario
çõses
. negativas, quando o s p acientes se recusam a v er
e reconhecer pessoas que estão p resentes. Se lh es disserem que não há n inguém na
quinta cadeira da a la esquerda, na p rimeira fila, e m andam-nos sentar a li, farão
isso, mesmo que sentem no colo de alguém.
O sonâmbulo também é capaz de a nalgesia seletiva, e assim não sente dor
em determinada p arte do c orpo; o u d e a nestesia completa, quando fic a liv re de
toda eTqoudaolsquesses
er sensaasçpãeoc.tos d o fen ômeno h ipnótico sã o h abitualmente
demonstrados e, em bora o conferencista enfatize q ue seu paciente foi p reviamente
condicionado, e q ue apenas algumas pessoas reagiriam d aquela forma, o estudante
tem o desejo natural de emularIX o que viu.
Cheio de a rdente zelo, o h ipnotizador inexperiente tenta hipnotizar todo
mundo. P ode ter a so rte do p rincipiante, e conseguir o fechamento dos olhos e o
relaxamento todas a s v ezes, mas não saberá se aquilo é a verdadeira hipnose.
HaveráDium a ddúevssa
ante ida pem
erpsua
lexidm
aedn
et,e.ele tem apenas uma forma de encontrar a
resposta: copiar uma das sugestões, um tanto grotescas, que ouviu durante a
demonEsstra
quecção
e . a advertência do demonstrador, de que nem todas as pessoas
hipnotizadas aceitam essas sugestões e, quando o paciente deixa de corresponder à
IX
Emular: v.t.d. 1. Ter emulação com (Emulação: sf. 1. Sentimento que incita a igualar ou superar
outrem. 2. Estímulo, incentivo.); competir. 2. Igualar. (SMJ).
24
sugestão dada, sente-se desalentado e imagina que não aprendeu a técnica. Assim,
seu entusiasmo esfria.
Se n ão tiver esse fracasso inicial, mas descobrir que seus primeiros p acientes
são to dos so nâmbulos e q ue suas sug estões são a ceitas p alavra por palavra, p ode
acontecer que haja uma v alorização d e sua c onfiança, como ta mbém pode
acontecer que ele desenvolva um “c omplexo d e m essias”. Isso é mau para ele e para
a hipnose, porque vai chegar uma o casião em q ue encontrará alguém que pode n ão
reagir Pdaaramev
esmitaar qfouremoas, m
e éen
ditcãoos ele
e dennãtoista
sasbqerá
ue cfreq
omü oen
dota
mminm
areaussitua
curso
çãso.
desenvolvam esse “complexo d e m essias”, eu lhes peço, sempre, que confinem o
uso da h ipnose à cirurgia. E q ue se um dia estiverem numa festa e lh es pedirem que
mostrem como a coisa funciona, recusem-se, delicadamente.
Houve ocasiões em que essa advertência foi ignorada. Aconteceu, certa vez,
em Liverpool.
Fiz minha advertência na n oite de sá bado, a ntes de n os despedirmos, mas
quando to rnamos a nos reunir, na ta rde d e d omingo, p ercebi q ue dois dos
presentes pareciam g atos q ue tinham ro ubado a n ata do leite sem serem
apanh“Q
aduoes.aconteceu a vocês, que parecem tão felizes?” — indaguei.
Com ó bvio orgulho eles c ontaram, a todos n ós, que tinham esta do numa
benefícÉioc,ese
rto,hquaendaolgse
ouv umd, iserá
z querea
um
lmsin
entteom
dea cfo i tradtuara
urta doçãpoo.r sugestão direta, que o
Se d issermos a um asmático, durante a hipnose: “De a gora em diante,
nunca, n unca mais, você terá q ualquer opressão n o p eito, e esta rá sempre
respirando liv re, fácil e naturalmente”, haverá um alívio temporário; m as, como a
causa jacenteX d a sín droma asmática n ão foi d esvendada e resolvida, a dificuldade
de respirar voltará a se fazer sentir.
X
Jacente: adj2g. 1. Que jaz. 2. Im óvel, estacionário. (SMJ).
25
Contudo, se a hipnoanálise (ver capítulo seis) fosse usada para desvendar a
causa, o u um a fo rma d e R ealidade em T erapia fosse aplicada, então o a smático
poderia obter um alívio permanente.
Acho q ue essa crítica mal fundamentada foi c olocada em sua perspectiva
apropriada por F. L. M arcuse, em seu livro: Hipnosis — Fact and Fiction (H ipnose,
Fato e Ficção):
“A natureza transitória das curas (aceitando algum acordo q uanto ao que se considera cura)
foi rep etida ad infinitum, e muitas vezes é citada co mo sendo a sua (de Freud ) razão
principal para abandonar a hipnose. Realmente, a recaída n a d oença jamais mostrou ser
mais ou menos freqüente com a hipnoterapia do que com qualquer outra terapia”4.
S u m ário
4
Página 122, Penguin Books Ltd., Harmondsworth, Middlesex, 1963.
26
3
Q U E M PO D E SE R H I P N O T I Z A D O ?
fracasso, e to rna-se cada v ez mais relutante quanto ao uso d a h ipnose, a não ser
que deNaalten
gum taativfoardmeapprovssa
ar aaonptev
aceien te qeusso
r suc e ele, ou ela
futuro . , p ode ser um b om cliente
hipnótico, e para evitar q ue qualquer profissional se v eja colocado novamente em
tão c onstrangedora posição, fo ram c riados v ários “T estes de S ugestionabilidade”.
Falando so bre esses testes na c onvenção a nual d a A ssociação para o
Progresso da h ipnose Ética5, o Dr. Lester A. M illikin, d e S t. Louis, Missouri, famoso
pela sua defesa do uso m ais amplo da h ipnose médica, disse que eles eram
desnecessários. A razão p or ele apresentada para desprestigiá-los fo i a d e q ue quem
quer que procure espontaneamente um hipnotizador já provou, com essa atitude,
ser sugOeDstio
r. Mniállik
vel.
in, c om essa observação, p ouco o u n ada fa z p ara aprovar o u
desaprovar a validade d os testes. Tudo q uanto faz é rev elar q ue confia em que
todos o s q ue o procuram em seu esc ritório em busca d e a uxílio serão susc etíveis à
hipnose. E é a sua confiança pessoal, tanto quanto sua perícia técnica, que assegura
a todoNin
s ogs uém
seusppoadceirá
enex
te palicoabrten
intçeira
ão mdoenesta
te pdoor qdueehaipcnoonsfia
e.nça d o h ipnotizador
é tão im portante para o resultado do tra tamento. Co ntudo, existe ampla evidência a
mostrar q ue a confiança d o h ipnotizador é transmitida, por um complicado
processo de comunicação não-verbal, ao paciente.
5
Organização americana de hipnotizadores leigos, com sede em Irvington, New Jersey, que obedece a
um estrito código de ética e que se refere a seus membros como hipnotécnicos.
27
Num programa de televisão da BBC um médico disse aos telespectadores
como conhecera um paciente cujo corpo estava coberto de verrugas.
Sabendo que a hipnose tinha sido repetidamente empregada para remover
verrugS
as,
emcoqnufa
ioluquner
a pdoússib
vidailidem
adesua
de dm
ar-lh
entee,aele
lguminaicaisosistên cia.
u o tra tamento e, tal como
acreditava, as verrugas desapareceram.
Achou que não havia feito nada d e in comum, a té que um colega m ais velho
lhe d isse que ele contribuíra para a história da m edicina, porque tinha curado o
que, até então, fora considerado uma c ondição incurável, que só superficialmente
se assemSubeseq
lhaüven
a taem nte,as.
veerrug ele tentou traa
t r de otro
u s cso a s, sem conseguir
qualquer resultado.
Pareceria portanto que, desde q ue o médico p assou a d uvidar de sua p rópria
capacidade, o paciente tornou-se, de c erta forma, consciente disso em nível
inconsciente, e o benefício deixou de produzir-se.
A convicção d o p róprio paciente, de q ue aquilo lhe v ai fazer bem, p arece ter
papel importante no resulta do. R econhecendo esse fato, a lguns p rofissionais
mostram q uanto é agradável e fácil a hipnose chamando a rec epcionista e fazendo
uma pTeaqm
uen a daeqmueles
bém onstra
quçeãop.rocuram a h ipnoterapia depois que um amigo a
junto ao c orpo, com os d edos esticados, e que olhasse diretamente para a frente,
como se estivesse em posição de sentido:
XI
Semântica: sf. Ling. Estudo das mudanças ou trasladações sofridas, no tempo e no espaço, pela
significação das palavras. (SMJ).
28
“Agora, feche os olhos e mantenha-os fechados.
Quero que você realmente se concentre e torne to do o seu corpo rígid o, desde o alto d a
cabeça e, daí para baixo, até a ponta dos dedos, e daí para baixo até a p onta dos artelhos.
Para ajudá-lo a concentrar-se, estarei, dentro de alg uns segun dos, deslizando lentamente
minhas mãos p elos seus b raços, e, quando eu fizer isso, q uero que enrijeça os seus m úsculos
e torne o seu corpo ainda mais rígido.”
Colocando-me a trás d ele, deslizei minhas m ãos p elos seus b raços,
“Agora, mantendo o corpo rígido e os olhos fechados, quero que deite a cabeça para trás,
como se estivesse olhando para o teto.”
Para garantir a obediência a essa sugestão, coloquei a mão sob seu queixo, e
fossem ímãs, atraindo você delicadamente para trás. Você se conserva bem rígido, mas
quando eu retirar as mãos de seus ombros será atraído para trás.”
Comecei, então, a retirar a s m ãos d e seus o mbros e, se o teste tiv esse
funcionado, ele d everia ter tombado p ara trás n um ângulo de q uarenta e cinco
graus,Na
codm
a aascomnitec
nhaesu,men
ãotsreta
amnpto
a.ranEe
d
l o-o
osdcu
iloraunteligto domoentem
eira te, pluta
o6. ndo contra a
minha sugestão, e isso foi tudo.
Já que o teste não funcionara, convidei-o a retornar à sua cadeira e escolhi
outra pNa
esso
coan.ferência do m ês seguinte, e puramente por acaso, esc olhi o m esmo
homem para ajudar-me a fa zer a demonstração do teste. E le disse: “Sr. Blythe, o
senhor tentou comigo no mês passado, e o teste não funcionou.”
Embora eu me sen tisse um tanto encabulado pela infeliz coincidência,
resolvi susten tar d escaradamente a situação e d isse-lhe: “Esqueçamos o mês
passado e vejamos o que acontece hoje.”
Repeti o mesmo p rocesso, e ele in clinou-se para trás sem a m ais ligeira
hesitação. E ntão, empurrei-o para a posição ereta, e p erguntei-lhe se p odia explicar
ao a uditório, e a m im próprio, o q ue pensava ter estabelecido a d iferença entre a
tentativ
“Qaufra
ancdaososa da heoa
sen measm
r fez p raimten taten
eira tivatavtiiv
toar,ioeu
san. ão sabia o que esperava de
mim. D essa vez, eu sa bia que poderia deixar de m e in clinar para trás, se quisesse,
mas, como o sen hor n ão me d eixaria cair, ou fa zer qualquer coisa estúpida, resolvi
seguir“A chas qpuaelaavgraosra.” pode entrar em hipnose?” — indaguei.
sua
6
Os hipnotizadores de palco usam esse teste e, se ele funciona, repetem o processo; em lugar de parar a
um ângulo de quarenta e cinco graus, deixam o voluntário chegar até o piso, dizendo-lhe “relaxe e durma”.
29
Ele estava certo de poder e, com a sua permissão, continuamos com o
processo de indução, e ele alcançou o mais profundo estado sonambúlico.
Se o bservarmos os p rincípios ja centes nesse teste em particular, poderemos
ver que ele repousa, p rincipalmente, no fa to de o p aciente ter capacidade d e se
concentrar p ara tornar rígido o c orpo, c om exclusão d e tud o e d e to dos. Com o
censor c rítico d e sua m ente assim ocupado, as sug estões não são susc etíveis de
análise crítica.
Fisiologicamente, quando a c abeça é inclinada p ara trás, o equilíbrio se
transtorna, e o paciente tem tendência a aceitar o q ue lhe d izem, já q ue isso garante
certa medida d e seg urança e esta bilidade. Também o suprimento de sa ngue e
oxigênio ao c érebro é diminuído, e isso resulta no a umento da sen sação d e
flutuaçSãeooepin
acsita
enbtilid
e foardaeb. solutamente incapaz d e se c oncentrar, e permanecer
consciente do q ue o rodeia e do q ue está acontecendo, en tão a s c onsiderações
fisiológicas serão anuladas, e não haverá reação.
Há m uitos o utros testes, e o m ais amplamente usado nos Estados U nidos é o
chamado “Baço lev antado e abaixado”. Isso exige q ue o paciente esteja de p é, os p és
juntos e a mbas as m ãos esten didas para a frente, à altura dos ombros, com as
palmas voltadas para dentro.
Agora, vire a palma d ireita para baixo, de fo rma q ue as costas de sua m ão estejam voltadas
para cima, e levante o polegar da m ão direita. Feche o s o lhos e deixe-os fech ados, e imagine
que aquilo que vou d izendo está, realmente, acontecendo com vo cê. Imagine q ue, amarrado
ao seu polegar direito, está um gran de balão cheio com gás m ais leve que o ar, e que esse
balão está levantando sua mão, cada vez para mais alto.
Veja, com o s o lhos da m ente, o balão amarrado ao seu p olegar direito. S inta a corda
amarrada ao seu p olegar direito, e veja o b alão levantando lentamente sua mão direita e seu
b
Argaço
ora,dco
ireito
nforcad a vez
me sua mmãoadisireita
paravai
o alto .
se erguen do cada vez p ara mais alto, p orque vai
ficando cada vez m ais leve, imagine q ue a palma d e sua m ão esquerda tem um livro m uito
pesado, e esse livro pesado está fo rçando sua mão para baixo. Veja o livro pesado em sua
muãam
S o esq
mãuoerd
dia, queago
reita, vaira,
descen
está dse
o cad
tornaanvez mais.
do cad a vez mais leve, e erguendo-se cada vez mais
para o alto, enquanto sua mão esquerda vai ficando cada vez mais pesada.
Essas sugestões de peso e leveza do braço são repetidas a cada dois ou três
minutoAss, epeen
ssotãaosoqpuaecisã
enotecoénso
sidlic
eraitaddaos aboanbsrirpaocsien
olhtes
os. para a hipnose verão que
têm o braço e a mão direitos levantados, e a mão esquerda vergada para baixo.
Quando esse teste é usa do de m odo in discriminado, podem-se esperar
fracassos, porque está baseado sobre a falsa idéia de q ue todos têm im aginação
colorida e a tiva. Como não é esse o caso, se o p aciente não pode im aginar um balão
amarraEdso
saaborev
seue ex
popleg
lanaar,çã
noãod ehdáora
iszdãoospTaera
stes
qudeesua
S ugm
eãstio
o senab ilidaa. de p retende
erg
mostrar q ue todos eles estã o lo nge d e serem d e c onfiança, e a mais bondosa coisa
que se pode d izer em sua defesa é que, quando fun cionam, convencem o paciente
de que ele pode ser hipnotizado, e favorecem a confiança do hipnotizador.
Minha opinião psso e al é a de que esses testes não podem levar em
consideração o fato da preferência pessoal.
30
Um p aciente que vai consultar um h ipnotizador e não simpatiza c om a figura
dele ou sen te que há um in stantâneo choque de p ersonalidades, ou n ão gosta das
roupas que ele usa, o u a cha q ue o mobiliário de seu c onsultório é de m au gosto —
não enIsso
traráacem hipenuocsoe.m uma sen hora que foi p rocurar um h ipnotizador logo
ontec
depois de seu m arido ter m orrido d e um c âncer do p ulmão, p or ela atribuído a o
hábito do fum o em ex cesso. Ven do que o hipnotizador também fumava, não
possível da h ipnose, e deve a penas dizer: “Penso que posso ajudá-lo a ficar mais
relaxado e a dominar a tensão.” Então, obtém o consentimento habitual,
pergunUtsaannddoo: esse
“Quermaépto doddere in
ren umtrom
duç
odãood, o
emficéadricmoaqisuerela
temxaddeofa
?”zer um trabalho
que normalmente causaria grande in quietação, como seja c osturar um ferim ento,
etc., e vê q ue o paciente está alarmado e ten so, p ode p erguntar: “Se eu p uder ajudá-
lo a relaxar, de fo rma q ue se livre dessa tensão en quanto estou tra tando d e seu
braço,Dgaomsta ria aqm
esm ueaonefiz
irae,sse?
o d e”ntista que tem alguém em sua cadeira, a lguém que
está assustado, p ode c omentar: “Vejo que você está m uito tenso, m as acredito que
posso ajudá-lo a relaxar d e fo rma q ue meu trabalho em sua b oca n ão o incomode.
GostaCerto
ria disso
s m?e”mbros d a p rofissão m édica e o dontológica têm tid o d úvidas
quando ta l a bordagem é proposta. Q uerem saber se é ético in duzir à hipnose sem
que o paciente esteja inteiramente consciente do que está acontecendo.
Há uma resposta simples e direta.
Se a h ipnose não fosse um estado natural e consentido d e rela xamento, e se
todas a s sug estões dadas sob h ipnose tivessem que ser automaticamente atendidas,
então seu uso a q ualquer tempo, sem q ue obtivesse antecipadamente a aprovação,
seria contra a ética, e ilegal. Portanto, c omo se tra ta de um esta do consentido, e
como o p rofissional está a penas ajudando o paciente a relaxar, e dando-lhe
sugestões que podem ser aceitas o u rejeita das p or ele, não se pode p ensar n uma
quebra Poddeeétic
mosa en
emcotanltra
carso
um . a c omparação n a fo rma p ela qual o s m édicos
receitam um p lacebo, de v ez em quando: um remédio ou p ílula que não tem valor
terapêutico em si, m as, com freqüência , traz a lívio, p orque o paciente tem mais
31
confiança no médico do que em qualquer outra medicação. Tal como dz i um
médico: “Nesse caso, o importante não é o médico, mas a medicina.”
Se p lacebos são c onsiderados a ceitáveis, então o rela xamento aplicado, que é
tudo q uanto a hipnose faz, deve ser ig ualmente aceitável, porque ambas essas
coisasEdoespefeito
endem s oabptid
enoassqduoanuso
do ndãao sugestã
se m encoio
. na a hipnose podem se revelar
bastante dramáticos: isso pode ser ilustra do pelo caso de um a sen hora que foi v er o
hipnotSizeandtorup
-se,
orqnueervnoãsa
o c, non
asbeg
eira
uiadado
c ram
dir.
eira, e fic ou muito agitada até que o
hipnotizador lhe d isse: “Acho q ue não precisamos usa r o h ipnotismo n o seu c aso.
Estou seg uro de q ue lhe p osso ensinar um método de rela xamento que a tornará
capaz de relaxar todas as noites, e gozar de um bom sono.”
Sua satisfação a o p ensar q ue não precisaria ser hipnotizada, mas apenas
instruída q uanto a um método para relaxar, foi p atentemente óbvio, e q ualquer
barreira de m edo q ue poderia ter impedido a sessã o d esapareceu
instantaneamente. Entrou em p rofundo estado de rela xamento, e rec ebeu as
apropriadas sug estões pós-hipnóticas de q ue, quando fo sse dormir, e não
importava a que horas isso se d esse, respiraria profundamente por cinco vezes.
Conforme resp irasse, seu corpo rela xaria cada v ez mais, e fácil e rapidamente ela
seria levada a um sono natural e profundo.
mas aD téeesse
umasdipaoucnãoastincohnasulta
conscela
iêncesta
ia devaquem
e jacmonadisiçtiv
ões esse
de desta
ormdironso
ormbh
alm
ipneonste.
e,
Tendo esboçado a inda mais os p roblemas que podem evitar o u p rejudicar a
indução à hipnose, e isso mal arranhou a superfície (muitos m ais virão à luz e serã o
tratados n os próximos capítulos) digamos que esses problemas devem ser vistos
fora do c ontexto. E stão sen do focalizados p ara mostrar q ue hipnotizador algum
jamais terá capacidade p ara induzir à hipnose todos o s seus c lientes, devido a
fatores da p ersonalidade q ue ficam fora de seu c ontrole. E os d ez por cento que não
reagem, não deveriam se considerar não-hipnotizáveis.
Se essa m inoria procurar o utro especialista, o u tiv er a paciência de ten tar
outros m étodos d e in dução, v erá que finalmente eles funcionam ta mbém para as
suas pessoas, porque todos podem entrar em hipnose, contanto que:
1 — Compreendam inteiramente a natureza da hipnose.
2 — Discutam previamente qualquer sentimento de apreensão.
3 — Desejem entrar em hipnose e estejam preparados para cooperar e deixar
32
dizer em que idade um a c riança é capaz de c ompreensão. Isso significa q ue o
resultado feliz de um a sessã o d ependerá da c apacidade d o h ipnotizador no
estabelecer relacionamento e comunicar-se efetivamente com a criança em seu
próprio
Emním
veel udetraen
baten
lhod,im
raeranm
toen
. te vejo crianças abaixo d e n ove a nos d e id ade,
mas um dentista que freqüentou um c urso de fim d e sem ana em L eeds, telefonou-
me, pouco tem po depois, para dizer-me q ue tinha induzido à h ipnose uma c riança
de q uatro anos, que não conhecia antes, e que o nível de rela xamento obtido fo ra
A toeup
suficien tra cafa
ara teg oria
zer resisten
o tra tamentetoédaednatáqruioeles qiudeosã
exig . o in felizes bastante para que
classifiquemos de p sicóticos. Trata-se de p essoas que não conseguem entender-se
com a realidade e q ue, ao in vés de a fastar-se da so ciedade, criaram e se refug iaram
numa existência particular e fantástica, na qual ninguém mais é admitido.
Não querem ficar boas, porque se isso acontecer terão de enfrentar o mesmo
terror que as levou a fugir.
E como eu disse muitas vezes, pilheriandoXII, no curso das minhas conferências: “Se
a hipnose não funciona com você, talvez você resolva decidir, previamente, em qual
das duas categorias prefere figurar…”
S u m ário
XII
Pilhéria: sf. Piada . (SMJ).
33
4
A U X I L I A R E S HI P N Ó T I C O S
induçõOespadceien
rottin
e sen
a grtav-se
adansum
ema pfita
oltro
. na confortável, com os b raços rep ousando
sobre os b raços d a c adeira, de fo rma q ue possa facilmente apertar um b otão q ue
está colocado na ex tremidade d o b raço direito do m óvel, e é solicitado a olhar para
um ponto preestabelecido d a p arede q ue lhe fic a à fren te. A máquina é en tão p osta
em funcionamento, e a v oz gravada começa a s sug estões de c ansaço o cular e p eso
nos olhos.
Depois que a mesma sugestão foi repetida algumas vezes, a voz gravada diz:
“Se seus olhos estão fechados, aperte o botão.”
Se o b otão n ão foi a pertado, a un idade ló gica en tra em ação, e a mesma
sugestão é rep etida a té que o botão seja a pertado. S ó q uando é reg istrada pela
unidade ló gica um a resp osta positiva é q ue a gravação p assa para a etapa seguinte
na rotina de indução.
Tendo encontrado o Dr. Clark algumas vezes, e tendo também ouvido um a
de sua s c onferências so bre a máquina, senti que a principal limitação d essa peça é
exigir que o censor c rítico d o p aciente continue funcionando, isto é, o paciente tem
que tomar, conscientemente, a decisão d e a pertar o b otão, e isso pode c onstituir
uma in ibição definitiva n o q ue se refere ao rá pido esta belecimento do esta do de
hipnose, em certas p essoas. Não q uer dizer que o processo não chegue a induzir à
hipnose, nem significa q ue a repetição constante das mesmas sugestões não
condicione pacientes para aceitarem eventualmente o estado hipnótico. Mas, se a
7
Publicada em Proceedings of IFIP’68 Congress , realizado em Edimburgo, de 5 a 10 de agosto de 1968.
34
máquina foi inventada para encurtar o período de tempo exigido, então considero
que ela deixará de alcançar seu objetivo.
Outro inconveniente que vejo na m áquina d e Cla rk é o fato de ela d eixar de
tomar em c onsideração a m uito importante comunicação não-verbal, que
realmeEnmtehex
ipniste enotre
otism , quoahnip
dnoose
tizdaidsc
our te
huqmuaanlqoue
erseu
ajudpaa, céien te.iso que se tenha
prec
em mente que o sonâmbulo ou p aciente profundamente hipnótico en trará em
Não v ou afirmar que cigarros d evam ser agora usados c omo fo rma reg ular
de in duzir à hipnose, nem posso recomendar um m étodo usado durante um curto
tempo por um amigo, embora esteja certo que hipnotizadores de b oa fé e de b oa
preguiçEsase
o con leg
sidae, q
raure,
iammuum ito oesto
bviaumroen
. te, deve p ermanecer anônimo, costumava
preparar seu c onsultório colocando um d isco d e m úsica d e efeito rela xante na
vitrola e pondo uma v ela de c era comum sobre a mesa, d iretamente diante da
cadeiraQuoannddeo o opapcaicen
ienteteiriachsen
egatvaar-se.
, ele acendia a vela, puxava as cortinas para
escurec
“Qeur ero
a saqluaeefiq
liguaevcaoanfvoirtro
tavlaelm
. ente sentado nessa cadeira, o lhando para o
coração d a c hama trêmula da v ela durante todo o tempo. Vo u sa ir da sa la por
alguns m inutos, mas você fic a o nde está , o lhando para a chama trêmula e ouvindo
esta música rela xante, e sentirá que seus olhos se tornarão m uito cansados; seus
olhos se irão fec hando; seu corpo se irá rela xando e, q uando eu v oltar, o
encontrarei profundamente relaxado.”
A essa altura ele deixava a sala e ia até a copa tomar uma xícara de café e
conversar com sua esposa.
Compreendesse ele ou n ão, esse m étodo particular — c om exceção da m úsica
— é muito semelhante ao q ue foi d e in ício usado pelo médico esc ocês que clinicava
em MaQnucahnedster
oo Dem
r. Bmraeiaddfo
osi vdeor um
sécausessã
lo dezoedne
ovme,eo
smDer.riJsammoe8 era
s Brcaoidisa
. aceita que
35
adiantado e teve d e esp erar p or ele na sa la de esp era. Q uando o m édico c hegou,
encontrou o p aciente sentado à mesa, o q ueixo rep ousado nas mãos, e olhando
para a chama de uma lâmpada de óleo.
O Dr. Braid disse: “Estou à s sua s o rdens, agora”, mas suas p alavras fo ram
ignoradas. Caminhando a té o meio da sa la o Dr. Braid reparou q ue os o lhos do
paciente estavam v ítreos, coisa que ele testemunhara quando m agnetizara outras
pessoas. Ficou tão in trigado q ue resolveu fazer um teste para ver se o homem
estava em estado pré-magnético. Ordenou: “Feche seus olhos.” O paciente fechou
os o lhos. O médico d isse então: “Durma”, e, ao q ue pareceu, o paciente fez
exatam Den
uratente ce.rto tempo, d epois de ter feito a d escoberta de q ue não era
isso
necessário usar a quela rotina d as pancadinhas, Braid levava to dos o s seus
pacientes a olhar para uma luz b rilhante, enquanto acrescentava sugestões de
cansaço e sono. T ambém isso ele considerou c omo g asto excessivo d e tem po, e,
subseqüentemente, usou seu b rilhante estojo do b isturi. Movia-o vagarosamente
para baixo e p ara cima, diante do ro sto do p aciente, depois de so licitar q ue este
conservasse a cabeça imóvel e seguisse o movimento com os o lhos. Ao m esmo
tempoEfa ziatéc
sta asnic
suga aeistõ
ndaesé aapmropplaria
md astepusa
en aradlev arnto
a ta aopfec
or h
paromfissio
entondaoiss coolh
moos.por
leigos, mas em lugar de usarem um estojo de bisturi o hipnotizador usa uma
canetaE-m lanctern
ertaas.estó rias reiv indicou-se a idéia de q ue o estojo de b isturi de B raid
foi o p rimeiro auxiliar h ipnótico. Isso não é estritamente verdadeiro. A nton
Mesmer costumava fa zer grupos de p acientes sentarem em volta de um a g rande
tina d e m adeira cheia de lim alha d e ferro e g arrafas d e á gua, d evendo cada q ual
agarrar um a d as muitas v aretas d e ferro q ue saiam d a tin a. Se n ão houvesse varetas
suficientes para todos, isso não importava, seg undo Mesmer, porque aos pacientes
que sobravam b astaria colocar o s b raços so bre uma p essoa q ue realmente estivesse
segurando um a d as varetas e o m agnetismo fluiria a través dela, p ara aquele
pacienUte.m c ontemporâneo de M esmer, que muito contribuiu para o nosso
conhecimento do so nambulismo in duzido e d o so no ambulatório artificial, foi o
nobre francês, Marquês de Puységur (1751-1825).
No início de sua c arreira mesmérica, o marquês “magnetizou” uma á rvore
em sua propriedade, e pendurou n ela uma p orção de c ordas. Sua teoria era de q ue
aqueles que procuravam sua a ssistência poderiam ir ter c om a árvore e receber o
fluxo de magnetismo através das cordas presas a ela 9
Rememorando, podemos ver que o tubo d e M esmer e a árvore de P uységur
foram o s p rimeiros a uxiliares hipnóticos, mesmo q ue esses dois cavalheiros
acrediE
tadssem
essesserhuesse
mildeos mpreinlhcoíprio
casm in h o
surg iu pum
araa m
toarren
gnetiz
te daer in
seus paecnien
strum tostes.
e
aparelhos, que vão do m ais simples até verdadeiras b ruxarias eletrô nicas, e que
36
No ponto mais baixo d a esc ala está o pêndulo de Ch evrêul, que é uma b ola
clara, de c ristal o u p lástico, suspensa a um pedaço d e c orrente fina. Esse objeto
esteve n o m ercado h ipnótico d urante muitos a nos, e ainda goza d e um a v enda
seguraA,inddeavicdoonafia
o nbdaoixnoopefeito
reço de oàpsua
êndsim pe
ulo d licCh
idaedverêul,
opera ciosnhailp. notizadores
vário
adquiriram um m etrônomo numa lo ja de a rtigos musicais e, colocando-o em
posição proeminente diante do p aciente, põem-no em m ovimento enquanto vão
37
num estojo vistoso, q ue produz a rotação d e um d os três hipnodiscos — outro nome
para espiral — fo rnecido c om o aparelho, e posso declarar, muito definitivamente,
que esse aparelho p roduz uma ilusã o d e ó ptica m uito mais rapidamente do q ue
acontec
Paeracoomhipanesp
otiziaradloestá tica
r preg ,o
uiç fixso
ad, oaunpoateto
ra a.lguém que não tem certeza d e
recordar o que deve d izer enquanto induz à hipnose, há d iscos long-playing, que
foram feito s p or colegas empreendedores, e contêm completa rotina d e in dução
verbal ali gravada. P odem ser tocados p ara o paciente enquanto o hipnotizador fica
recostado em sua cadeira, esperando q ue o L. P . o lev e a o esta do hipnótico, depois
do queAiele
ndapnoedsse
e prcoasso
seg, ouuso
ir codme um
as ddeisc o oduads esug
seja umeastõ
fitaeg
s rtera
avapdêutica
a tem lim
s. itações,
porque não há um a in dução hipnótica c ujo processo se adapte ao tem peramento
psicológico d e q ualquer paciente e, se o hipnotizador confiar n uma sim ples
gravação, então o número de pessoas que deixarão de reagir aumentará.
Até agora venho tentando d ar um rápido resum o d os vários tip os de
auxiliares hipnóticos e, embora não me ten ha referido a to dos, penso que é
aconselhável avaliar a s reiv indicações feitas em b enefícios d eles, e resolver se têm
algo cSom
emqulev
e paor ssa
emmccoonnstid
ribeurairçp
ãaoramainphraática
própdria
a hioppnin
osiãe.o, que deixarei
perfeitamente esclarecida m ais adiante, devemos admitir que certa espécie de
39
operadores de ra dar en travam n um estado que a ele pareceu hipnótico, enquanto
permaneciam sen tados fita ndo um a luz q ue pestanejava na tela d o ra dar. E se
conservavam n esse estado até serem tocados, sacudidos, ou q uando a lguém falava
com eles. Contudo, voltavam a se to rnar completamente conscientes, sem
percebHeáremotra
u ques alg
r ovdaes andaormmsm
po ael seahavinuç
dia pãaossa
fódtoica
com
à eles.
hipnose acontecendo
naturalmente, e uma dla e s foi ga r vada por W. Gray Wlter, a do Burde n
cNeurological
omo a s p esso as que(In
Institute ansdtituto
am deNeuro
b icicleta Buardloenng),a d
lógpicoor um estra
e Brdisto
a, reta
l. Eeleadrbeoscriz
revadeau,
com o sol d erramando-se entre os g alhos das árvores e caindo sobre seus olhos à
medida q ue pedalam a um a v elocidade rítm ica, entram em esta do de h ipnose.
Conforme essa s p essoas se relaxam, o movimento dos pedais torna-se mais lento, e
a perda do ímpeto para a frente leva-as de volta à consciência completa.
Durante a 8.º Convenção A nual d a A ssociação para o Progresso da H ipnose
Ética, mantida em D etroit, Michigan, o S r. Schneider disse ao a uditório: “Co nversei
com pilotos d a a viação q ue me a firmaram q ue, no tip o d e a vião à h élice, conforme a
hélice d iminui a rotação, no m omento de a terrissar, e lampejos d e luz se p rojetam
através das lâminas, eles perdem momentaneamente a consciência das coisas. Na
minha opinião, esse fato tem sido o resp onsável pelos c hamados in explicáveis
desastres de a viação. O que aconteceu com os o peradores de ra dar, com os c iclistas
e com os p ilotos, foi o fa to de a luz ter la mpejado numa freq üência que coincidiu
com o seu padrão p articular d e o ndas cerebrais, ocorrendo então o esta do de
relaxaEmmen19
to 4c8onohS
ecr.idSocchonm
eid
oehr ipinnio
cisoe.
u suas experiências com o BWS, que achou
que deveria corresponder às seguintes exigências:
com facilidade.
3 — Não deveria haver conexão alguma ligada ao paciente, por isso poderia
ser usado tanto na hipnose individual como na hipnose de grupo.
grupo, deveria estar c apacitado para instalar um p adrão d e freq üência média para
o grupo to do. P ortanto, d evia ser variável, de a cordo c om todos o s a lcances das
ondas cerebrais.
6 — Tinha de ser flexv í el, de modo que o profissional pudesse usá-lo
juntamente com suas próprias técnicas de indução hipnótica.
7 — Tinha de ser durável e exigir um mínimo de manutenção.
40
Durante os n ove a nos q ue se seguiram, vários in strumentos ex perimentais
foram feito s e testa dos c om o auxílio do D r. William S . K roeger, que era, en tão
professor a ssistente de o bstetrícia e ginecologia na E scola Médica d e Ch icago, e que
hoje éEcnotre
nsid
ageora dodceo19
sto mo57um
e oduotub
s grroadned19
es 5ex
8,pooBen
Wtes
S fodiasohb
ipeja
nom seen
mté
edXIIIictesta
a. do
em cerca de d ois mil e quinhentos p acientes, quer individualmente, quer em grupos
pequenos e grandes. Duzentos en tre esses pacientes eram m ulheres grávidas, que
estavam sen do condicionadas n o H ospital E dgewater de Ch icago p ara o parto sob
hipnose. E, seg undo o Jornal da Associação Médica , datado de 2 1 d e m arço d e
1959, “o a parelho c onseguiu causar a in dução hipnótica, em níveis de lev e a
profunEdmo,osoutub
breronodeve19nt5
a8p, o
Srcchenneid
to edrasen
s pa
tiu-se
cientes”.
bastante confiante para iniciar a
produção dos BWS, e h oje esse aparelho está sen do usado em hospitais,
universidades, clínicas particulares e instituições governamentais, em vinte e dois
países através do mundo.
No início deste capítulo declarei que o bom paciente hipnótico — refiro -me
aos sonâmbulos, porque todos sã o b ons p acientes hipnóticos se o quiserem —
entrarão em h ipnose independentemente do m étodo ou a parelho usa dos, e isso
desperta uma p ergunta: “O B WS é melhor do q ue o metrônomo eletrônico?”
a parentem
Americana encteita
, já é,dpoo, rq
counetin
ou mae:sm “…o cneúrca
merodedtrin
o Jornal
ta pordaceAssociação
nto dos paMédica
cientes que não
receberam explicação ou verbalização, e não tinham conhecimento do que o BWS
iria fazer, foram hipnotizados em vários graus, desde o estado leve até o profundo.”
O aparelho ta mbém teve êx ito onde o s o utros m étodos h aviam sid o
negativos, e isso foi en fatizado quando o D r. Schneider fez uma d emonstração d o
seu instrumento para os m embros d o Ca pítulo de No va Jersey da A ssociação p ara o
Progresso da H ipnose Ética, n o d ia 19 de fev ereiro de 19 61. Não fez ten tativa
alguma p ara condicionar o s v oluntários, mas passou seis m inutos d emonstrando
sua própria técnica o peratória. A s luz es foram en tão a cesas, e quatro pessoas da
primeira fileira estavam em esta do hipnótico. Como três dos voluntários já tin ham
sido h ipnotizados anteriormente, sua reação n ada p rovou. Contudo, o quarto
paciente era um cavalheiro que várias v ezes resistira à hipnose, embora o Sr. Harry
Arons, notável hipnotizador leigo e ed itor d o Hypnosis Quarterly , tivesse tentado
hipnotO izáq-lo
uarem
to vd
oolun
zetáorcioareen
siõestro
du em htes.
iferen ipnose com o BWS, e rec ebeu a sugestão
de q ue dali por diante entraria em hipnose, fosse qual fo sse o método usado. O S r.
Aron, então, induziu-o ao esta do hipnótico em m enos de um m inuto, e v ários testes
foram lev ados a efeito para haver certeza d a p rofundidade d a h ipnose que o
paciente, até então resisten te, havia alcançado. Viu-se q ue ele era capaz de p roduzir
a catalepsia do b raço — quando lh e fo i sug erido q ue seu braço estava rígido e q ue
não poderia dobrá-lo, p or mais que tentasse; e analgesia, quando fic ou livre de
desconforto; e a amnésia11.
XIII
Sobejamente: (Sobejar: v.intr. e t.i. Sobrar.) (Sobejo: (ê) adj. 1. Que sobeja; sm. 2.Restos . De sobejo.
de sobra.). (SMJ).
11
Pormenores completos podem ser encontrados no Hypnosis Quarterly , datado de abril de 1961.
41
Durante um período de a nos eu ta mbém usei o BWS, e tiv e a s m esmas
experiências, mas hoje fico a p ensar se o s resulta dos fo ram o btidos devido à
estimulação fó tica, o u p orque meus clientes ficaram im pressionados c om o aspecto
do apaPreelh
rguon. tei a Sydney Schneider, quando estive em Chicago há alguns anos, se
seu instrumento não poderia provocar crises epilépticas, como acontecera quando
hipnotizadores estavam usa ndo o m etrônomo eletrônico o u o estro boscópio. E le
42
5
A S E S S Ã O D E T R AT A M E N T O H I P N Ó T I C O
tenho chamado de “g atilho”. Pode ser um a sim ples palavra escolhida p elo
hipnotizador, ou um a a ção físic a q ue ele realize p ara informar o paciente de q ue
chegou o tempo em que realmente deve d eixar-se levar e relaxar tã o
profunDdaavme en
Eltm
eaqnu, ahniptonoptoizssív
adoer l,leig
soobahm
iperic no, usou um gatilho físico, opondo-o
nosae.
ao gatilho verbal, para completar a rotina de indução.
Ficando de p é d iante da c adeira, o h ipnotizador coloca a mão, c om os d edos
esticados e a palma v oltada para o paciente, a cerca d e d uas p olegadasXIV d e sua
testa:
Agora, veja minha mão descendo para seu rosto, e quando minha mão desaparecer sob seu
queixo quero que feche os olhos.
43
Observando-se os o lhos, percebe-se que está sendo feita uma ten tativa p ara
abri-los, e quando a s p álpebras n ão se abrem, isso d emonstra que o censor c rítico
da mente foi afastado, e o estado pré-hipnótico já foi alcançado.
Deixe, agora, que essa sensação de relax amento que sente em suas pálpebras vá descendo
pelo seu corpo to do, até o s artelh os. Dentro de algun s segun dos estarei levan tando seu
braço esquerdo e d eixando que retombe em seu co lo. E , co mo você está cooperando
integralmente, e deixou a sensação de relax amento descer até a ponta de seus artelh os,
quando eu segurar seu braço ele estará inteiramente flácido. Então, q uando eu deixar que
seu braço retombe em seu co lo ele cairá como um pano d e p ratos m olhado, e quando ele
cair em seu braço dessa maneira você está deixando isso acontecer, e partindo para o mais
profundo estado de relaxamento que jamais experimentou.
(Essa é a minha adaptação d a d outrina o rtodoxa de E lman, e o s leito res
interessados p odem ler o livro do D r. Elman Findings in Hypnosis (D escobertas d a
Hipnose), que é encontrado em Nova Jersey, Estados U nidos, 56, Edgewood
AvenuSe,ó dClifto
epon is, qauoeporeç
hipondoetiz12
adodróesb
lares.)
oçou o que vai fazer, deve rea lmente
levantar o b raço, p elo pulso. S e seg urasse o pulso desde o in ício, h averia a
possibilidade d e o c ensor c rítico ser a tivado, quando o p aciente cogitasse em quem
estaria fazendo aquilo.
gatilhoQfísic
uanod.o o braço é solto, e recai sobre o colo, esse fato é o que se entende por
Essa rotina particular de indução e gatilho físico tem certas vantagens.
O paciente tem oportunidade d e a fastar seu p róprio censor c rítico sem q ue
seja necessário o hipnotizador sugere que as p álpebras estã o d e ta l fo rma p esadas e
coladas uma à outra tão fortemente, que não podem ser abertas.
“Sim. E las estão coladas uma à o utra tão fortemente que quanto, m ais você tentar abri-las,
mais fortemente elas ficarão coladas. Você pode ten tar abri-las” — é o desafio do
hipnotizador — “mas as pálpebras não se abrirão. De fato estão coladas uma à outra”.
É bastante freqüente o fato de o p aciente decidir aceitar o d esafio, e, p ara
desgosto do h ipnotizador, abre os o lhos, bem abertos, com um comentário
triunfaInsso
te: a“Vê,
contec
douto
eu em
r, eumpeo
iosso
a um
abariropoera
s olçhãoos.”
cirúrgica, em que o cirurgião estava
usando anestesia hipnótica num rapazinho.
A meio caminho da c irurgia, um membro da eq uipe d e o peradores,
espantado ao v er que o rapazinho nada sen tia, p erguntou se o p aciente poderia
abrir os o lhos. O cirurgião a ssegurou-lhe q ue o rapazinho não poderia fazer tal
coisa, e d isse ao p aciente que, se ele tentasse abrir os o lhos, não o conseguiria. S em
qualquer hesitação, o rapazinho abriu os o lhos, bem abertos, e isso poderia ter
desbaratado a confiança d e um m édico m enos experiente. Nesse caso, o m édico riu,
permitiu que o rapaz m antivesse os o lhos abertos p or um pequeno esp aço d e
tempo, en quanto chamava a atenção d e seus c olegas para o fato de o p aciente ainda
estar so b h ipnose, o que era provado pelo fato de o ra paz n ão sentir qualquer
desconforto ainda na perna que estava sendo tratada.
44
Outra vantagem desse processo é que, quando o b raço é erguido p elo
hipnotizador, ele pode sa ber, pela liberdade d e m ovimento naquele membro, se h á
qualquer resistência muscular. Se h á, ele dirá: “Va mos, deixe seu b raço relaxar
completamente.” E, p ara facilitar essa sug estão, balançará delicadamente o braço,
de cá No
para
qulá
e ,maetéc osen tir qeu,ehána
ncern ãopen
háarestriç
s uma ã doesv
deam
nto
avgiem
me.nIsso
to. p arece sim ples
demais, e as p essoas esperam q ue o processo hipnótico seja m ais complicado. Esse
45
Recordo-me d e ter o uvido um a c onferência feita pelo famoso psicólogo
americano, o professor L eonard Cohen, n a q ual ele d escreveu o processo que
normalmente usa.
de umSgurgaenre
de abaseus
lão aépreo
acien
. tes que estão deitados no fundo de uma cesta suspensa
A seguir, sugere que o balão está sendo solto e vai erguendo a cesta cada vez
mais alto, no céu.
“Você pode ver o céu claro e belo, todo azul, acima de você” — continuava ele — “e ele é tão
sereno. Uma brisa delicada está balançando o cesto de um lado para o outro”.
“Enquanto o cesto vai balançando de um lado para o outro você vai mergulhando mais
profundamente em estado de relaxamento.”
A essa altura ele ligava seu m otor d e a lta rotação, que na rea lidade esta va
muito longe d e p roduzir um som tra nqüilizante, e começava a tra balhar na b oca d o
pacienQte.
uando c onversávamos a resp eito dessa inovação, o d entista contou-me q ue
muitos d e seus p acientes haviam c omentado, d epois, que sentiam, realmente o sol
no ro sto. R imos, ambos, porque sabíamos q ue o que eles tinham sen tido fo ra o
calor que vinha das fortes luzes suspensas sobre a cadeira de dentista.
O processo de aprofundamento que prefiro está muito longe de ser assim
imaginativa. Digo aos meus clientes: “Agora você vai sentar-se ali, respirando livre,
46
fácil e naturalmente, entrando cada vez mais profundamente em relaxamento a
cada respiração que tomar e a cada palavra que eu for dizendo.”
Já q ue o cliente continuará respirando d urante toda a sessão, e eu
continuarei falando, isso, n o q ue me c oncerne, oferece o estím ulo e a continuidade
necessá
Corniotud
s. o, todos os três passos dados até aqui são apenas uma preparação
para o quarto passo — a apresentação das sugestões terapêuticas.
senhoAra gqruaevapçrãec
o isa
quvea ele
extra
fez
ir um
para
d en
mte.
im revela sua experiência com uma jovem
Depois de ter a judado a p aciente a alcançar a h ipnose, ele começou a
produzir a hipnoanalgesia, p assando a m ão pelo lado do ro sto em que se localizava
o molar d oente, e dando-lhe a sug estão d e q ue seu rosto e seu maxilar, no lug ar que
ele tocDaevpar,essa
se esta
a pava
cim
ento
terndaenmdoonin teira
stro u qmuen
e pteerd
en torto
era pedcaidaosen
s. sação n a á rea
indicada d e seu ro sto e, satisfeito com a sua primeira tentativa p ara produzir
hipnoanalgesia, o que é compreensível, o dentista lhe d isse: “Agora, v ou tirar o seu
dente,Qeuvaoncdêo,npãoorém
vai, sen
ele tseg
ir ne
unrohuum
o daednote
r.”com o instrumento, ela c omeçou a
gritar. Perplexo, naquele momento, o d entista resolveu dar à paciente a injeção de
costume.
Não adiantou. Mal segurou o dente ela recomeçou a gritar, ainda mais alto e
mais longamente.
Havia uma única saída diante de tal situação: continuar com o que estava
fazendo e extrair o dente.
Após a ex tração, ele, naturalmente, ficou a pensar se a in jeção havia falhado,
e para descobrir isso colocou um a so nda, profundamente, na á rea anestesiada. Não
houveOanmdeeesta
nor sen
ria osaerro
ção?.
A paciente havia sido c ondicionada, a través de ex periência, c omo to dos
47
em agarrarmos-nos aos braços d a c adeira, p reparados p ara o pior. Sabemos que o
que se seguir será doloroso, p orque, se não fosse doer, não haveria necessidade
alguma de se falar nessa possibilidade.
Para voltar à p aciente e examinar o fiasco m ais de p erto: ela , é ó bvio, h avia
afastado lindamente seu censor c rítico, produzindo o entorpecimento sugerido d o
rosto e do m axilar. Então, o censor c rítico v iu-se forçado a v oltar à c ena, com as
infelizes palavras esc olhidas e usadas im pensadamente. Se seu d entista tivesse
dito: “A gora vou trabalhar em sua boca. Você sentirá que estou tra balhando em sua
boca, mas isso será tudo”, nada h averia, n essa frase, que revelasse o que se ia
seguir, e, de a cordo c om isso, o c ensor c rítico teria p ermanecido em seu
afastaA mlém
entod.e esta r c onsciente das implicações semânticas, o hipnotizador deve
saber, também, c omo a presentar a sug estão tera pêutica d e fo rma q ue seja aceitável
pelo paciente.
Imaginemos que estamos, às esc ondidas, ouvindo um médico q ue dá
sugestões a um paciente para que domine d ores de c abeça p rovenientes de ten são
nervos“D
a.aqui por diante, nunca, nunca mais você sofrerá dessas irritantes dores de
cabeça. Em todas as ocasiões, e daqui por diante, sua cabeça estará livre de tensão.”
As p ossibilidades de a ceitação dessas sug estões-padrão e,
medicina, que considera todas as doenças de modo mais abrangente e integral, valorizando tanto os fatores
psíquicos quanto os somáticos. (SMJ).
48
infeliz e indisposto. P orque estou in feliz e indisposto, rea lizo m enos bem meu
trabalho e o utras a tividades; portanto, fic o frustra do e/ou sinto-me c ulpado.
Porque estou frustrado e/ou sinto-me culpado, sinto-me ainda mais doente.”
Esses pensamentos g iram e to rnam a girar n a m ente, como um d isco n um
toca-discos. Não h á fo rma d e d etê-los, e a cada v olta a ranhura se faz m ais
profunda. A sen sação d e esta r d oente e incapaz d e en frentar a s c oisas to rna-se mais
pronunciada, resultando em depressão cada vez mais dura de suportar.
O Dr. Dawes chegou à conclusão d e q ue o necessário seria um Círculo
Analéptico d e id éias sa dias, que começasse por quebrar o v icioso e destrutivo
círculoE, le d
coenpsoeg
is utoiumcarsiase
r um
seucílug
rcualor. autopermanente, e deu os pormenores a seus
colegas do Congresso de Paris.
Este é um modelo que indica de que forma ele pode ser aplicado:
“Dentro de d ois minutos eu lh e p edirei que abra os o lhos, e desde o m omento em que abrir
os o lhos estará se sentindo melhor, mais disposto e mais forte. E a razão de se sen tir
melhor, mais disposto e mais forte está no fato d e estar tão b em relaxado n este momento. É
esse relaxamento que lhe permite sentir-se melhor, mais disposto e mais forte.
Como resultado d e sen tir-se melhor, mais disposto e mais forte, você está encarando seus
problemas mais objetivamente, e fazendo o que tem a fazer com m aior facilid ade e m ais
eficácia. Por estar enfrentando bem tudo, todos, e qualquer situação, cad a vez m is
facilmente, você tem mais energia.
Tendo mais energia, isso lhe d ará mais autoconfiança, mais auto-segurança. E essa
sensação íntima d e auto confiança e auto-segurança está ajudando você a se sentir ainda
melhor, mais capacitado e mais forte.”
(Este modelo está baseado nas idéias do Dr. Dawes expressas em Paris, mas
foi, mais tarde, melhorado por ele.)
Desde q ue o conceito básico seja c ompreendido, qualquer médico p ode c riar
seu próprio círculo analéptico p ara atender às n ecessidades de c ada c liente em
particular. Alguns d eles podem ser complexos, mas considero que, quanto mais
simples,
Quamnadis
o aefic
sugazestã
se oto-prnaa
draãotera
da ptera
ia. pêutica foi dada ao paciente o estágio final
do tratamento feito em sessões é o término da hipnose.
Um c urso de h ipnose em discos, que foi v endido n os Estados U nidos a quem
quer que tivesse dinheiro para comprá-lo, rec omendava que o hipnotizador
dissesse a seus pacientes: “Vou esta lar m eus dedos, e quando eu fiz er isso você
acordaCo
rámeose
o psen
acien
tirátemnuãito
o tin
behm
a esta
.” do adormecido, imaginar ou m andar q ue ele
acordasse implanta o pensamento de q ue: “Talvez eu devesse estar a dormecido, e
como n ão estava, a c oisa não funcionou.” Essa situação p ode ser d ominada p or
explicação p osterior d a v erdadeira natureza d a h ipnose, mas também pode ter
desagSraedaávtra
eis efeito
nsiçã o dsosec
relauxnadm
áren
iosto
. -hipnose para a realidade d o c onsultório é
49
Outro efeito secundário pode ser um a p rolongada sen sação d e so nolência, e
se o paciente tiver um carro lá fora, a leta rgia contínua pode a fetar sua c apacidade
de dirigir, quando for embora.
Já q ue isso foi m encionado, a id éia de a lguém que deixa um h ipnotizador e
dirige um c arro enquanto sofre a “ressaca” hipnótica n ão deve p reocupar ninguém
quantoOahiem
pnoptreen drerexum
izado curso
perien deahem
te lev ipncoo
tera pia
nsid . ção esses fa tores, e se assegura
era
Dentro de algun s segun dos vo u co ntar, um, d ois, três, e então direi: “Abra os o lhos.” Depois
que eu tiver contado, um, d ois, três, e quando eu disser: “Abra os o lhos”, você vai abrir os
olhos sentindo-se revigorado d epois desses poucos m inutos d e relax amento. Não terá d or
de cab eça, nem pescoço endurecido. Suas pálpebras não estão pesadas, seus olhos não estão
cansados e seu corpo está inteiramente livre de qualquer sensação de peso muscular.
Mas quando abrir os o lhos estará retendo, m antendo com v ocê, a quantidade d e
relaxamento que tem agora e da q ual necessita. Assim, d entro de algun s segun dos vo u
contar, um, d ois, três, e dizer: “Abra os o lhos”, e você abre os o lhos, sentindo-se revigorado,
mm
U as…mDaoravilh
is… oTsam
rês… enAtebra
calm
os oolehorelax
s. ado. Melhor ainda se sentirá durante todo o dia.
esse estado que não se sinta preparado para deixá-lo. M esmo q uando o p aciente
resolve ig norar a in strução do h ipnotizador para que abra os o lhos, não se conserva
permanentemente hipnotizado. Abrirá os o lhos quando se sen tir suficientemente
revigorado ou d eslizará para um sono natural, do q ual a cordará muito
normaO lmqeunete.
se descreveu acima c omo sessã o típ ica d e tra tamento hipnótico só se
aplica à p rimeira vez em que médico e p aciente se encontram. Para poupar tempo,
nos encontros sub seqüentes, a partir do seg undo, a ro tina d e in dução e o sinal-
gatilho sã o en curtados e c ombinados. Isso se realiza d ando o médico a sug estão
pós-hipnótica d e q ue na p róxima v ez o paciente tornará a entrar, imediatamente,
em hipPnaora
se,maanum mcoomesã
ter a entoo, o
esp
hipenco
ífic
tizoa.dor que termina o esta do hipnótico
contando: “Um… dois… três… Abra os o lhos”, tenderá a formular sua s sug estões
pacienSte ser
tal pcosto
isa em
fosse
perig
neogo
ligueso
ncfia
rer
daa, lghuavmeria
embum
araaçopo. ssibilidade remota de o
Tomemos uma situa ção h ipotética: um h omem pode esta r d irigindo seu
carro, d e v olta à casa, d epois de um d ia cansativo n o esc ritório, e o uve um a v oz, n o
rádio, fa zendo o mesmo tip o d e c ontagem. Co mo seu censor c rítico está o cupado n o
controle do c arro, p or um segundo sua concentração pode ser p rejudicada p elo
desejo espontâneo de fec har o s o lhos. Nessa fração d e seg undo um acidente pode
ocorrer.
Menos dramático: o mesmo h omem de fic ção p oderia ter chegado à sua c asa,
ligado a telev isão, e estar fa lando c om a esposa. E ntão o uve, em nível subliminal,
um comentador d e esp orte contando d a m esma m aneira pela qual o fez o seu
hipnotAizasa
dolvr,ageupaord
dea rela
verbxaal rev
, piataraqaubeocrorec
isaim
s aesnsim
to o u
accoonnteç
stern
ama. ção de sua esp osa.
S u m ário
51
6
HIPNOANÁLISE
por que o paciente tem necessidade d e a gir de d eterminada m aneira, e v erificar que
razõesPoinrccoanusa detsse
scien es melo
otivdaim
reto entre
esse comFreud
portae a htoipp
men no náulise,
aartic lar. torna-se impossível
discutir esta última sem observar de perto Freud e suas descobertas.
Hoje, e especialmente em círculos in telectuais, o nome d e Freud to rnou-se
sinônimo d e “fra ude”, e essa etiqueta descuidadamente aplicada surg e,
principalmente, da ên fase que o Dr. Freud colocou so bre os efeito s d a rep ressão
52
sexual e sua defesa da teoia r de sexualidade ina f ntil, proclamando, ainda, a
situação de Édipo14 como origem das neuroses.
Embora revelasse uma p ouco sa dia rigidez de c aráter o afirmar que todas a s
situações neuróticas, e estados d e a nsiedade a ela s a liados, são c ausados p or
problemas sexuais não resolvidos, seria igualmente fanatismo d eclarar q ue o sexo
tem niO
sso
s maépden
icoass qum
ue p apm
usa el adh
imipinnuoto
an. álise estão, continuamente, vendo pacientes
53
Sua mãe depressa percebeu que alguma c oisa estava preocupando a moça, e
lançou-lhe um a b ateria de p erguntas, até que, soluçando, ela c ontou o q ue
sucedera.
Em lug ar de p rocurar a calmar os rec eios d a filh a, dando-lhe a lgum conforto
e segurança d e q ue tudo esta va bem porque a relação sex ual c ompleta não chegara
a acontecer, a mãe ficou extremamente indignada e acusou-a de n ão ser muito
melhor do que uma suja devassa.
Dois anos m ais tarde, a paciente tornou-se estudante de en fermagem e,
enquanto assistia a uma série d e c onferências so bre doenças v enéreas, recebeu uma
carta do m arinheiro, q ue dizia amá-la ainda e perguntava se poderia encontrar-se
com elaA cqhueg
anaddoa d
viaesse
c artaà tro
ciduaxdeed. e v olta toda a sua sensação d e ser m aculada e
suja, e d entro de v inte e quatro horas p ercebeu que havia algumas feridas
exsudativasXVI em suas mãos.
Aquilo assustou-a, e quando as feridas começaram a se espalhar a moça
ficou aterrorizada com o pensamento de que poderia ter contraído sífilis.
Por tanto tempo quanto possível ela manteve a s ferid as ocultas, mas quando
se tornaram m ais profundas fo i fo rçada a c onsultar um m édico d o c orpo c línico d o
hospita
Col. m
Eloe adliív
agiondoestic
seusou rec
derm astite.
eio , e dado q ue as lem branças do q ue acontecera
com ela em relação a o m arinheiro eram d esagradáveis, a moça rep rimiu-se em seu
Coien
inconsc ntud
te,oe, doecsd
enesqourecfic ouo pgraep
rític raanra
tiudaqu
peara rec
ela s aolrd aratud
i fic o em
riam . n ível consciente,
e pode fa lar n o c aso sem se sentir culpada n em suja, sua d ermatite desapareceu
depois de algumas sessões de sugestão hipnótica.
Para completar este b reve sum ário que mostra como o sex o p ode esta r n a
raiz de m uitos tra nstornos, há a estó ria de um h omem jovem, so lteiro, q ue pensou
que esta
Forvaa fic
veranodomlo
éduiccoo. e recebera tranqüilizantes. Como esses remédios não
dessemSoresulta
b hipndoose,
, foele
i enp
via
ôddeo acoum
ntarpsaiq
o uia
antara. M aq
lista s useus
e a crec eiosvpeerd
ausa rmadaenira
ecera .
demseus
temores estava no fato de se masturbar a intervalos regulares.
Estava certo de ser m entalmente enfermo, já q ue precisava aliviar a ten são
sexual a través de m anipulação m anual, pois estava certo, em sua m ente, de q ue
homem adulto algum, sendo são, precisa fazer a mesma coisa.
Outra preocupação lhe era cusa a da pelo fato de ter ouvido, em sua
juventude, que a masturbação contínua levava à insanidade.
Esses dois fatos, que o precisar m asturbar-se fosse sinal de a normalidade
mental, e que de c ada v ez que se masturbava isso sig nificava q ue ele estava se
tornando mais perturbado, mostravam-se pavorosos d emais para que ele os
encarasse conscientemente. Assim, tud o q uanto percebia era o medo d e se to rnar
insano.
Outra crítica freq üentemente ouvida q uanto à análise freudiana, é q ue ela
exige tem po excessivo, e muitas p essoas não recebem benefício tangível
submetendo-se a ela.
XVI
Exsudativa: (Exsudato: Med. Líquido, de natureza variável, que flui de área inflamada.) (SMJ).
54
É bastante certo que certo número de pacientes não completa a análise, mas
isso não é, necessariamente, por falha da terapia ou do terapeuta.
Vivemos numa época em que fomos condicionados para esperar e obter
resultaLdeoms brá
rop-id
moes.dA idadaesen
e um da h
cuora
ra im
queedm
iae
tap. rocurou q ueixando-se de ten são e
depressão, e me p erguntou se eu p oderia hipnotizá-la para que esquecesse seus
problemas.
dívidas.
Então começou a contar quais eram os seus problemas: pouco dinheiro e
A hipnose não poderia ajudá-la, m as, como fiq uei sabendo que em pouco
tempo ela estaria recebendo dinheiro suficiente para atender aos seus dois
problemas financeiros, tentei garantir-lhe q ue os sin tomas en tão d esapareceriam.
Já q ue eu não conseguira realizar a esperada cura instantânea, a sen hora
obteve d o m édico a lguns tra nqüilizantes. Também esses não a ajudaram, de fo rma
que ela atormentou o m édico p ara que a enviasse a um psiquiatra. Este confirmou
meu diagnóstico, e disse-lhe, virtualmente, a mesma coisa que eu lhe dissera.
Seus comentários so bre a profissão m édica d epois disso estavam lo nge d e
ser elogiosos, mas quando o d inheiro se materializou seus sintomas c omeçaram a
ceder.Qualquer de n ós pode ter um a d or de c abeça, e haverá uma ra zão p ara isso.
Talvez estejamos so b c erta estafa, talvez estejamos tra balhando demais e por muito
tempo, o u ex ista um problema q ue no m omento não podemos resolver. Contudo,
nenhum de n ós toma tempo para indagar: “Por que tenho esta dor de c abeça?” E
daí, dar alguns p assos p ara remover a causa. Nã o. Queremos alívio imediato, e a
fórmulaSeqpuoím
deicm
a,oas ascpeita
irinraisso
, ali ,está
n ão,éà dmifíc
ãoil, vpearra
poarten
qudeer
ceàrto
quela
númneoro
ssa
denpeecsso
essid
asade.
interrompem a análise, quando a cham que depois de um as poucas visitas n ão
tiveramIguresulta
almendteosd.evemos compreender que há p essoas constitucionalmente
inadequadas em c ertas situa ções, e seus sintomas o u d oenças serv em como
mecanismo d e d efesa para protegê-las c ontra uma v ida q ue não estão c apacitadas a
enfrenEtasrse
. tipo d e p aciente fará tudo c omo se d esejasse melhorar m as, quase
sempre, isso é apenas para tranqüilizar os o utros, e assim que percebem que estão
fazendo progressos, interrompem a análise e lançam tiradas d e v itupérios c ontra o
analista, em lugar de confessar a própria incapacidade.
O psicólogo americano, Professor L eonard Cohen, d isse-me c omo ten tava
evitar q ue esses pacientes fizessem análise com ele, perguntando-lhes, na p rimeira
consulta: “Q ue fará quando m elhorar?”, ou “Q ue espécie de p essoa g ostaria de ser,
desdeOqsuqeudeonmãionetinseus
ham pprlaonbolem
s paasraaotua is?” , o u d escreviam um a p ersonalidade
futuro
neurótica in timamente semelhante a eles próprios n aquele momento, era m o s q ue
o Dr. Co
Mahs,envoreluta
ltandovaà em
crítica
admdeitirquceom
a opscic
lien
anátes.
lise ortodoxa exige tempo demais!
Há a lguma justific ativa p ara isso, p orque a análise, em média, o q ue quer
que signifique, tomará de três a c inco anos, com o paciente vendo o analista duas
ou três vezes por semana durante esse tempo.
55
Os m édicos que compreendem o que a análise pode fa zer, estão b astante
conscientes do fa tor tem po, e d e q ue os h onorários ex igidos tornam-na im possível
para a maioria.
A hipnoanálise é uma d as tentativas para remediar esse fa to, m as novos
problemas estão surg indo, p orque o profissional c omum não tem conhecimento da
psicodinâmica sub jacente na a nálise. E isso é perigoso, b em como p ode lev ar a
erros que afetam o êxito do resultado.
Voltando à m inha comparação entre a sessão d e tra tamento hipnótico e a
operação c irúrgica, a cho q ue essa carência de c onhecimento psicológico p ode ser
comparada à idéia ridícula de q ue um estudante do p rimeiro ano de m edicina,
desde q ue receba um a série d e in strumentos c irúrgicos e um livro intitulado
“Cirurgia:
O qFaça
ue rea lmmesmo
você ente a”cestá
ontecce
a,pcaocm
itaodresulta
o a fazer
doum
daaigcnoom
râpnlic
ciaa,daéoqpuera
e umçãao.
proporção muito grande d os que estão a gora usando a h ipnoanálise simplificam
excessivamente todo o processo.
Erradamente, pensam q ue é necessário apenas descobrir em que idade o s
sintomas p rincipais aparecem e daí levar o paciente a voltar a esse tem po, a fim d e
descobrir que fato traumatizante aconteceu para causá-los.
“Agora você vai voltar atrás, nos anos. Os an os estão passando, e vo cê Chegou ao s d ezenove
anos. Alguma co isa lhe está aco ntecendo, algum a co isa que o assusta ou p erturba tan to que
você mal pode resp irar. Sim, v ocê está voltando àquele momento em que sentiu que não
podia respirar normalmente, e está me co ntando, ex atamente, o que causou esse ap erto em
seu peito.”
A teoria, q uanto à essa regressão, é que desde q ue o episódio reprimido é
trazido d e v olta à consciência, to da a energia outrora usada para abafá-lo na m ente
inconsciente será liberada, e o desaparecimento da sin tomatologia prevalecente
ocorrerá.
Não p retendo lançar a implicação de q ue “lancetarXVII o a bscessoXVIII
psicológico” é conceito inteiramente espúrioXIX. O que estou d izendo é que apenas
um número limitado de p acientes terá a remissão esp ontânea depois de rec ordar
um incidente isolado, e d evem ser considerados c omo ex ceções, mais do q ue como
norma.
OHáprrisc os qnuael npã
ofissio oodetem
m dim
ficaunltar
eirao ex
resulta
ata pdaora
. se certificar d e q ue o
acontecimento recordado é o q ue realmente determinou os sin tomas e, se n ão for,
esses sintomas permanecerão tão ativos quanto antes.
A lembrança rep rimida p ode ser tã o d esagradável que o censor c rítico n ão
permitirá que ela venha à tona e ameace o ego, seja qual fo r a p rofundidade d a
hipnosMe.as, quando as exceções realmente ocorrem, parecem bastante milagrosas.
XVII
Lancetar: v.t.d. Cortar ou abrir com lanceta. (Lanceta: (ê) sf. Instrumento cirúrgico de dois gumes,
para sangrias, incisão de abscessos, etc.) (SMJ).
XVIII
Abscesso: Patol. Coleção localizada de pus; apostema. (SMJ).
XIX
Espúrio: adj. 1. Não genuíno. 2. Ilegítim o, ilegal. (SMJ).
56
Lembro-me d e um a c liente que conseguiu fazer novo e m elhor ajustamento
assim que reconheceu o medo, e capacitou-se para falar so bre ele de m aneira
racional.
Estivera sofrendo o medo d os espaços abertos, a agorafobia, d urante os v inte
e um meses anteriores ao n osso encontro, e c hegara ao p onto em que receava ir a
seu prAónptes
rio jadredim
ap,asem que aolg
recerem s uémt amaacsomdapaanghoarasse.
sino fobia, ela estivera recebendo
tratamDen
eptoois
peqrió
uedic
euo apainraduz
a iten
à hsiãpononsee,
rvoesa
andtes
uraqnutee p
ceurto
desse
núminero
stituir
de aonporso.cesso
hipnoanalítico, ela tornou-se muito agitada, e c omeçou a soluçar, dizendo: “Nã o
quero morrer.”
Quando lhe perguntei por que pensava que ia morrer, disse-me ter certeza
de que um câncer a mataria.
“E por que tem medo de câncer?” — indaguei.
“Minha mãe teve câncer” — respondeu — “e tudo o que aconteceu com
minha mãe tem acontecido comigo.”
A compreensão c onsciente de seu in justificável medo sig nificou que ela
estava capacitada a discuti-lo, e n ossas c onversas, após um c urto período de tera pia
sugestiva, foram o sufic iente para que a ansiedade fó bica, a agorafobia,
desaparecesse, o que levou a cliente a considerar d esnecessária a continuação d o
tratamHen
ouv
to.e o utro caso, tra zido à m inha atenção h á d ois anos, quando um
abscesso psíquico fo i ra pidamente localizado p ela regressão, mas, devido à
ignorância do m édico q uanto à psicodinâmica d a a nálise, o resultado tornou-se
fatal para a paciente.
O caso envolvia uma v iúva d e m eia-idade c om duas filh as. A mais velha era
casada e vivia longe d e c asa, n uma c idade g rande, enquanto a mais nova
permaAnepcaicaien
notelaso
r. fria de asma e, acreditando que se tratava de um caso funcional
ou psicQousso
anmdoáso
ticb h ,ipseu
oXX nosm
e,éadsen
ico sug
horaeriu
recoord
usooudqeuh
e,ipim
noesde.iatamente antes de seu
primeiro ataque asmático, a filha m ais nova h avia recebido um a c arta da irm ã,
insistindo para que deixasse o lar e fo sse morar c om Lea e o marido, porque a vida
que eles levavam era das mais excitantes.
O pensamento de q ue a filha m ais nova d eixaria a casa fez com que ela se
sentisse doente. Tinha dificuldade d e resp irar, e a opressão n o p eito permaneceu
até que tiveram de chamar um médico.
Toda essa informação foi dada enquanto a cliente estava sob hipnose, mas,
uma vDeziaterm
nte dineasse
da adisessã
lema, oo, m
a ésen
dichoo, rpaennsão
antin
dohqaulem rançaajud
e asbsim daaqria
uiloàqsua
ue dpiassera
cient.e,
rompeu a regra principal da h ipnoanálise, e contou-lhe ex atamente o que ela
dissera. E , n ão contente com isso, d eu-lhe ta mbém uma in terpretação: que sua
asma era um a fo rma d e d izer à filha: “Você não me p ode d eixar porque eu estou
doente.”
XX
Psicossomático: Referente à mente e ao corpo. (SMJ).
57
Compreender que sua doença era uma fo rma d e c hantagem emocional fo i
demais para a senhora, q ue logo após en trou em a guda c rise asmática d e q ue
resultou sua morte, dentro de vinte e quatro horas.
Se o m édico estiv esse familiarizado com os p rincípios p sicológicos, saberia
que a amnésia espontânea significava q ue sua paciente não estava preparada,
naquele particular m omento, p ara aceitar as ra zões de sua a sma em n ível
consciente e, assim, teria permanecido em silêncio.
Na próxima c onsulta ele a teria induzido à h ipnose, e usado, rea lmente, a
terapia das sugestões, até que a senhora tivesse suficiente força em seu ego p ara
encaraUrma idpaédiarãdoe d
qeuesugestã
sua o a qpuoedeele
filh ria pdoedixearia
r oter
lar.usado está delineado nestas
linhas:
“Em n ossa última sessão , en quanto a senhora estava se relaxando, d isse-me p or que teve o
problema co m sua resp iração; mas, como sabe, quando a sessão terminou, não conseguiu
recordar-se.
Isso não deve preocupá-la, e o que normalmente significa é que necessita um pouco mais de
tempo antes que possa recordar-se, e é nisso que o relaxamento ajuda. Sabe q ue se está
relaxando bem nesse momento e, porque está se relaxando tão b em, q uando esta sessão
terminar, dentro de ais alg uns m inutos, a senhora se sentirá mais calma e m ais relaxada d o
que há m uito não lhe aco ntece. Por estar se sentindo mais calma e m ais relaxada, verá que
se sente também mais confiante. Mais confiante em si própria, mais confiante no q ue quer
que esteja fazendo, e, acim a d e tud o, mais confiante em sua capacidade p ara lutar contra
qualquer coisa, contra qualquer pessoa, contra qualquer situação. E , à p roporção que os
dias se passarem, essa sen sação de calm a, de relax amento e de co nfiança se vai tornando
cada vez m ais parte de sua p essoa. E, co nforme se sen te mais calma, mais relaxada e m ais
confiante, depressa se lembrará do q ue me d isse na sem ana p assada: a causa da d ificuldade
de resp irar que sente. E quando estiver recordando qual é o problema, estará
completamente livre de q ualquer tensão nessa área. Realmente, o que se dará será o oposto.
A senhora ficará satisfeita ao recordar, e poderá discutir o caso comigo, calm amente,
relaxadamente, e confiantemente.”
A condição de sua p ele começou a ser notada quando tin ha dezessete anos, e
a experiência detonadora foi um a c ena in completa de sed ução, d epois da q ual a
moça se sen tia suja e tentava lavar d e v ez a culpa e a sujeira , to mando in úmeros
banhos.
58
A origem, en tretanto, esta va muito mais afastada, à altura de seus q uatro
anos. Ela havia estado a brincar n o ja rdim e, caindo, sujo u-se. Perguntei-lhe c omo
esse fato se relacionava com a condição de sua pele.
“Mter
poderia amãlev
e azdan
o goag
lu-se
umamudeito
stacosujeira
m ig o. D
paisse-m
ra debeaixqoue damepele,
haviea qsuja o e seria
ue disso que
asqueroso.”
Ana recordou-se outro fato ocorrido quando ela tinha quatro anos:
deixaraOafa
li tdoelib
deera
sedater
menpetrd
e, ip
dorqnuemoa pgara
iandaemlo
ajvaa, m
e afic
is adrocqerta
ue adm
e aqvuaeasua
mãe.
m ãe a
Ao to do, A na esteve so b h ipnoanálise durante um mês e meio, e a c ada um
de n ossos en contros sem anais, mais episódios era m relem brados, até que ela
obteve v isão in terior sufic iente de seus p roblemas básicos, e com isso sua pele ficou
limpa.O aspecto importante do c aso de A na, q uando c omparado com a psicanálise
ortodoxa, é q ue todos o s in cidentes trazidos de v olta à consciência estavam
diretamente relacionados c om as c ondições de sua p ele, e isso foi rea lizado p elo uso
da hipnodiagnose.
S u m ário
59
7
HIPNODIAGNOSE
sugestão, coisa que será integralmente explicada m ais adiante, neste capítulo) eu
“A senhora desejava saber se a hipnose poderia ajudá-la a deixar de fum ar, e
lhe disse:
é possível que ela faça isso. Co ntudo, é igualmente possível que por agora a senhora
tenha necessidade d e fum ar e que não esteja ainda pronta para deixar de fum ar.
“Nem eu nem a senhora sabemos qual é a resp osta, p or isso vamos deixar
que nossa mente inconsciente nos diga se a sen hora está psicologicamente
preparada para deixar de fum ar, aqui e agora. E eis c omo v amos obter essa
resposta.
60
“Como sabe, quando in iciamos esta sessã o, sua mente inconsciente levantou
sua mão esquerda, que ergueu a almofada sem qualquer esforço c onsciente de sua
parte. Dentro de a lguns seg undos, eu vou dizer a palavra “agora”, e quando eu
disser a palavra “agora”, se a senhora tiver qualquer necessidade p sicológica d e
continuar fum ando, sua m ente inconsciente saberá disso, e esta rá capacitada a
dizer-lhe, e a dizer a mim próprio tal c oisa, fa zendo sua mão e seu braço esquerdo
se tornarem leves, e levantando-os de seu colo até tocarem seus lábios.
braço “S
e sua
e, pomrã ooutro
esqlauderd
o, oassen
ficahrã
oroa cestiv
ompeleta
r emmencotnedim
içõóes
vedis. e deixar de fumar, seu
“Agora.”
Lentamente, a mão esquerda da senhora ergueu-se.
Esse foi o fim d o ex perimento. A lgum tempo depois a mesma m oça v eio ver-
me so bre o mesmo a ssunto, d eixar o fumo, e eu repeti o mesmo p rocesso. M as
nessa ocasião a m ão não se ergueu quando eu d isse a palavra-gatilho “a gora”, e
como c onsiderei que essa era uma resp osta afirmativa, continuei a sessão d ando as
sugestões apropriadas para ajudá-la a deixar de fumar, e ela realmente deixou.
Em retro specto, p ode a rgumentar-se que o que acabo d e rela tar n ão prova
que eu tenha violado o cofre da m ente inconsciente, particularmente quando n os
encontramos p ela segunda vez. O s c ríticos podem afirmar que ela evitou, de fo rma
consciente, que seu braço se erguesse, mesmo q ue ela o quisesse, porque deu desejo
de deix
Easse
r de
pofum
ntoadrenvãista
o eratalvfoerzte.
tenha alguma v alidade, mas se o desejo dela era
intenso, e lev ando em consideração q ue ela aceitara, o bviamente, a premissa de
que a hipnose poderia ajudá-la, o q ue ficou confirmado p ela visita subseqüente que
me fez — eu achei que qualquer risco de fracasso havia sido minimizado.
Desde en tão eu m e to rnei cada v ez mais propenso a usar esse p rocesso com
pessoas que tiveram c ontato comigo n a in tenção d e d eixar de fum ar. Se a resp osta
obtida n essa comunicação n ão-verbal era a de q ue não estavam p rontos p ara parar
de fum ar, eu daria um passo mais e verificaria se estariam p rontos p ara deixar de
fumar em uma d ata futura. Q uando rec ebia resposta positiva, tentava certificar-me
quanto a essa futura data, d e fo rma q ue pudessem marcar a consulta para a ocasião
apropria
Medsma. o q uando rec ebia a indicação de q ue o cliente estava preparado para
deixar de fum ar, eu não achava q ue ele já fosse capaz de d eixar completamente o
cigarro. Nã o ten ho o dom de ler n a m ente de o utros seres h umanos, de n ovo
resolvia apelar p ara o inconsciente a fim de sa ber se esse cliente poderia deixar de o
fumo sem n enhuma ten são o u a nsiedade, ou se seria p referível que o fosse
deixando aos poucos, diminuindo o número de c igarros d e q ue necessitava a cada
dia, sem
Coanntud
a poo, d
r esem
poisanqau,eccoommoecresulta dor adlev
ei a usa e sug
itaçeãstõ
o deosbhriapçnoóctic
omas.
o m eio de
comunicação com o inconsciente, compreendi,rapidamente, o quanto era
embaraçoso, e q ue inumeráveis dificuldades criava, a mais óbvia sendo que eu
61
na E dição Internacional d e Li fe (2 5 d e a bril de 19 60). Movimentei-me c om
dificuldade en tre a vasta coleção de rec ortes referentes à hipnose, que acumulara
durante os a nos, e li como o s a mericanos estavam c olocando um d edo so b o
controle ideomotor (o in consciente), usando isso c omo um a esp écie de d etector
psíquicQouadnadm
oe ntira
rec eb.i o c liente que em seguida se a presentou, pus em prática o q ue
tinha lido, e depressa estabeleci c ontrole ideomotor d o p rimeiro dedo d a m ão
verdade, o primeiro dedo d e sua m ão esquerda ficará tão leve, q ue sem que você faça coisa
alguma co nscientemente, o primeiro dedo d e sua m ão esquerda irá se levan tando do b raço
da cadeira…”
O primeiro dedo d a m ão esquerda resp ondeu à sugestão, e desse momento
em diante eu soube q ue a hipnodiagnose e a hipnoanálise, feitas c om precisão em
determHia
nvaidaoap
inodnatoa,lgpuondseoria m ser
bstá culoem
s apserem
reendid
a faassta
nodo
futuro
s. Eu.p recisava encontrar
uma fo rma d e fic ar seguro, p elo menos no q ue me d izia respeito, d e q ue o cliente
XXI
Crispar: 1. Encrespar, franzir. 2. Contrair 3. Contrair-se espasm odicamente. (SMJ).
62
Sim, enquanto você estiver concentrado em seus dedos, e tornando-se consciente deles, um
de seus dedos saltará um bocadinho.
chegou a umas duas p olegadas acima d a a lmofada, e n esse estágio eu lhe p edi q ue
desviasse os o lhos e passei minha mão entre seus olhos e a almofada, a fim d e
rompeOr oclseu
ienteolsur
harpfix
reeno. deu-se ao v er sua mão erguendo-se sem esforço
consciente, e depois dessa demonstração esta va preparado para aceitar a h ipótese
de queOsua
próxmimeontpeain con
sso scioen
era te fiz
bter coenra
troaleqid
uilo
eo.motor so bre o primeiro dedo d e sua
mão esquerda e, d esde q ue isso aconteceu, a cena esta va preparada para o começo
da hipnodiagnose.
Jack: é p ossível que alguma co isa lhe aco ntecesse no p assado, que depois veio a trazer-lhe o
problema p resente, ou p odemos estar em caminho errado e seu p roblema p resente nada
mais é senão um hábito-padrão do p assado, que adquiriu força. Nenhum de n ós, a esta
altura, sabe a resp osta, mas sua mente inconsciente sabe, e vamos tratar de q ue ela nos diga
Dueal
q ntro
é, dtan
e algun
to a vsosegun
cê comdosaeu
mvo
imu
. d izer a palavra “agora”, e se realmente alguma co isa lhe
aconteceu no p assado, trazendo-lhe o p roblema q ue tem agora, sua mente inconsciente
saberá que alguma co isa aconteceu, e é capaz de n os dizer, levantando o primeiro dedo d e
sua mão esquerda quando eu disser a palavra “agora”.
Contudo, Jack, se nada aconteceu em seu passado para causar o problema presente, o
primeiro dedo de sua mão esquerda permanecerá perfeitamente imóvel…
O dedo erg ueu-se, mas como a essa a ltura havia quase expirado o tempo
reservado p ara a sessão, preparei o término d a h ipnose, removendo primeiro o
controle inconsciente do seu d edo, e depois dando-lhe um a sug estão p ara fortalecer
sua confiança.
Dentro de algun s segun dos esta sessão estará term inada, e quando você abrir os o lhos se
sentirá muito feliz. E terá toda a razão de se sen tir feliz, porque agora sabe q ue alguma co isa
aconteceu no p assado, resultando no p roblema p resente, e, tudo co rrendo bem, eu
conseguirei descobrir o que causou isso , e p oderei desfazer essa interferência para sempre.
Porque você sabe q ue agora estamos no cam inho para resolver seu problema, e porque tem
esse sentimento íntimo d e felicid ade, a partir de ago ra até a próxima co nsulta irá sentir-se
mais calmo, mais relaxado e m ais confiante. E, co mo conseqüência dessa sensação de
clama, de relax amento e de co nfiança, verá que está falando com m aior lib erdade, mais fácil
63
e mais naturalmente. E a cada d ia que passa você irá notando que está falando com m aior
liberdade, mais fácil e mais naturalmente, e isso o fará sentir-se mais feliz, e ainda mais
calmo, mais relaxado e mais confiante.
E quando nos encontrarmos de n ovo, n a p róxima sem ana, e estivermos prontos p ara
começar a nossa sessão, relax ará ainda mais depressa do q ue hoje, e irá mergulhando cada
vez mais profundamente em relaxamento…
Na semana seg uinte tornamos a nos encontrar, e ele contou-me, encantado,
que se havia sentido m uito melhor e que houvera melhora sensível em sua fala, m as
que não queira perder tempo em conversa fiada, o q ue nos levou, portanto, a
começDaer paohisipdneofa zer
dia gnaoin
se.dução e restabelecer o controle ideomotor d o d edo, fiz
Jack rec ordar que tínhamos m otivo p ara creditar q ue algo, ou p ossivelmente mais
de um ep isódio, teria a contecido n o p assado, e q ue íamos d escobrir quando esse
acontecimento específico ocorrera.
…vou co ntar devagar de vin te e dois até zero. E sses são os an os de sua vid a, e quando eu
mencionar o ano ex ato em que algo lhe aco nteceu, trazendo depois o problema q ue vem
tendo, sua m ente inconsciente saberá que algo aconteceu quando você estava com essa
idade, e pode d izer isso a você e a mim, levan tando o primeiro dedo d a m ão esquerda m uito
rapidamente. Mas apenas quando eu mencionar o ano exat o.
Fui contando d evagar, sem que houvesse reação, até alcançar o n úmero dez,
quando o d edo erg ueu-se. Anotei essa idade, pedi a o c liente que deixasse cair o
Subbre
dedo so seq
oüben
ratçem
o deantce,adoedira
ed, oeerg
conueu-se
tinuei aà cmoennta
çãr.o de quatro, três, dois e zero.
Com essa s id ades anotadas, comecei a regressão h abitual, sugerindo-lhe q ue
quando eu d issesse “quatro” ele v oltaria ao tem po em que era um menino d e q uatro
anos, e recordava um in cidente específico q ue mais tarde c ausaria o seu problema.
No interesse da exatidão, e para garantir que o que ele recordasse seria o
incidente real, usei o primeiro dedo da mão esquerda como detector de mentiras.
De c ada v ez que eu disser “quatro” o in cidente que você tev e a os quatro anos
de d íade vai se tornando mais claro e mais vívido “— d isse-lhe eu — ” e q uando
estiver recordando o incidente que teve p arte importante no p roblema q ue está
64
uma criança o estado de ansiedade, e que Otto Rank fora mais longe, ao dizer que o
trauma do nascimento era o início de todas as neuroses.
Eu lera o liv ro Hypnotherapy with Children ( Hipnoterapia com Crianças),
escrito pelo psiquiatra inglês Dr. Gordon Ambrose, no q ual h avia o relato de um
estudo-piloto que fizera na d écada in iciada em 1950, c om um grupo d e c rianças
asmátic
OaDsr. .Ambrose fez cada criança voltar à época em que havia nascido, e
15
permitiu que revivesse a fantasia de novo nascimento, mas, sob hipnose, elas
tinham sido instruídas de que quando deixassem o útero poderiam respirar
livremO enresulta
te. do dessa experiência foi q ue, ao tem po em que o médico esc reveu
seu livro, n enhum de seus jo vens p acientes manifestara qualquer sinal de sua
antiga asma.
Freud e Rank tin ham a presentado teorias, e o Dr. Ambrose não tentou lev ar
as c rianças a recordar o que estava acontecendo quando rea lmente nasciam, e isso
era o que eu queria fazer. Queria que Jack rev ivesse seu nascimento e me d issesse o
que acLoignutec
ei ium
a nagqra
uvela
adoorc,aesiã
fizoc. om que Jack voltasse a um ano de idade. (O que se
segue é uma condensaçãoXXIII.)
Dentro de alguns segundos vou dzer i “zero”, e quando eu disser “zero” você voltará ao
tempo imediatamente anterior ao seu nascimento.
É como se estivesse numa agrad ável gruta aquecida. Sente-se muito confortável, são e
seguro. E assim q ue estiver de v olta àquela gruta aquecida, o primeiro dedo d e sua m ão
esquerda se levantará para que eu o saiba…
Bom! Agora você está seguro, no útero de sua mãe, dentro da gruta aquecida, e diante de
você
Vo hánum
u co tar a“Ufresta
m”, “dpoeis”,
quen a.
“três”, e enquanto eu contar você vai sair, através daquela fresta,
para a boca da gruta. Está nascendo.
E, conforme vai sendo puxado para baixo, para a luz da vida, está recordando, está
revivendo, e está me contando tudo quanto lhe aconteceu.”
(Tratava-se de um capuz.)
Ele não conseguia chorar.
“Estão me pondo na água” — disse ele.
S
“Aeiu
ndcaorp
nãoompoostra
ssovresp
a-seiraatrivdoid ura,nnteão
reito top
dosso
o tem
chpooraem
r.” que falava, m as logo
depois descobriu que podia gritar, e com toda a força d e sua v oz, a nunciou: “Posso
respirar, agora. P osso chorar. É uma sen sação m aravilhosa. É m aravilhoso ser
capaz de resp irar. O ar está , fin almente, enchendo meus pulmões. Isso é
maravilhoso. Sinto-me vivo.”
repuxaOmeanrto deos felicd
múiscaudlo em
e s fa seu roto
ciais. s pouco durou, e foi subtituíd s o plo
e
15
(Staples Press, Londres, 1961) pp. 104-105.
Hypnotherapy with Children
XXIII
Condensação: (Condensar: 1. Tornar denso ou mais denso. 2. Resumr,
i sintetizar. 3. Tornar-se
denso.) (SMJ).
65
“Alguma c oisa me está a contecendo. T odo o m eu corpo está fo rmigando.
Penso que vou enlouquecer. Faça alguma c oisa. Fa ça alguma c oisa, p or favor” —
soluçou ele.
“Segure-me. Segure-me. Não m e d eixe c air” — conseguiu dizer, enquanto
sua respiração to rnava-se reprimida, e seu corpo in teiro ficou rígido e b loqueado
numa D puora
siçnãteo. mais de mia
e hora Jack prm e aneceu bloqueado, em estado
catalépOtic
esta
o, sem
do hippondóetricm
o odveim
h áenmtaurito
osddeeixdaora
s seq
de ex
uer.
istir. Ele fora apanhado p or
uma c atarseXXIV q ue tudo in vadira, e tud o q uanto pude fa zer foi seg urá-lo e
continuar falando com ele, confiantemente — algo que eu não sentia.
Eventualmente, ele relaxou, e vi que já conseguia respirar melhor do que
jamais o fizera.
No que a mim se referia, a rev ivescência do tra uma d e p arto realizada p or
Jack, reunida a o tra balho feito p elo Dr. Gordon Ambrose, tendiam a p rovar a
declaração de R ank d e q ue o ato de n ascer pode la nçar os fun damentos d e futura s
neuroses. Além disso, c onfirmava, também, o tra balho in icial feito p elo falecido D r.
Wilhelm Reich, que apresentara a teoria de q ue as n euroses podem ficar
bloqueadas n uma p arte do c orpo e a d e eu, a n ão ser que a tensão m uscular fo sse
relaxada, os sintomas não desapareceriam.
Contudo, para voltar a o fim d e n ossa quarta sessão, Jack e eu to mamos um a
xícara de c afé, coisa de q ue bem estávamos p recisando, e conversamos so bre o que
acontecO ecra.
liente viu onde esta vam a s ra ízes de sua g agueira e, embora
positivamente se recusasse a permitir retorno à quela experiência, g arantiu-me q ue
nunca se sentira tão v ivo. Contudo, ficara bastante impressionado, e em lug ar de
voltar O
pasra
d oseu apuatira
is disc rtammen
o sto
a creso lveim
ontec u eqnute
osp,rm
eferia ir ãveerna
as a m ãompãôe.
de c onfirmá-los o u
negá-los. Não d esejando d eixar o caso sem solução, d ecidiram ir a té a povoação
onde m Peorg
rauvnatm
araemvear aessa
parteira queeira
enferm asasistira
posenotapdaarto
se. podia recordar o nascimento
de Jack e, se podia, o que acontecera então de diferente.
Sem qualquer pergunta mais que trouxesse sugestões, a senhora, q ue devia
ter feito muitas c entenas de p artos a través dos anos, contou c omo J ack n ascera
com um capuz sobre a cabeça e, n ão podendo chorar, foi m ergulhado,
alternadamente, em água quente e em água fria.
O resultado dessa imersão a lternada fo i q ue Jack c omeçou a respirar
normalmente, mas então, sua respiração se a bateu, e ele ficou cataléptico c erca d e
trinta minutos, durante os q uais ela massageara seu corpo, tentando rela xar-lhe o s
múscuDlousra
. nte a semana seg uinte o cliente não gaguejou, e na q uinta sessão fiz
com que voltasse no tem po, à la A mbrose, e permiti que tivesse um nascimento
imaginOário
ca, so
quedfo
e i nJc
aorm
k afo
l.i ineg
t ralmente descrito para ilustrar a técnica do
hipnodiagnóstico e, embora sirva a esse propósito, há o perigo de que as pessoas
XXIV
Catarse: 1. Purgação; purificação. 2. Psiq. Liberação de pensamentos, idéias, etc. que estavam
reprimidos no inconsciente, seguindo-se alívio emocional. (SMJ).
66
que o lêem tenham a imressã p o d e qeu sintomas sim ilares podem ser
diagnosticados e tratados em pouco mais de um mês.
Se a o m enos isso fosse verdade, mas não é. A simples detecção d a id ade n ão
significa q ue todos p ossam rec ordar os in cidentes específicos durante uma
regressão h ipnoanalítica. O censor c rítico a inda pode sup rimi-los, se sentir que a
mente consciente não é bastante forte para encarar o q ue possa haver de
desagradável, e quando isso a contece, o hipnoanalista deve rec orrer a outros
estrataMgéem
todaos efic
para azten
é usa
tar rvae“esc
ncerrita
a resistên
automáctica
ia. ”, mas muitos h ipnoterapeutas sã o
cautelosos em rela ção a isso , p orque os esp iritualistas a firmam que esse é um meio
usado pelos mortos para se comunicarem com os vivos.
Encontramos p essoas que acreditam ter sua s m ãos c ontroladas p or um
autor m orto, q ue as usa p ara escrever os liv ros q ue planejara e que não completou
antes de morrer.
Pinturas têm sido atribuídas a artistas mortos, e partituras foram compostas
por grandes mestres que morreram há séculos.
Os p sicólogos d ão a tudo isso um a in terpretação in teiramente diferente.
Consideram q ue o conteúdo d e to da escrita automática v em da m ente inconsciente,
Em d efesa dessa opinião, referem-se ao fa to de q ue um paciente, em estado
hipnótico, pode produzir escrita automática através do uso da sugestão.
No que se refere à finalidade d este trabalho, a escrita automática é um a
extensão n atural d o c ontrole ideomotor d a m ão e do b raço, e fic a fo ra do c ontrole
consciente. Portanto, q uando um p aciente não pode rec ordar um incidente passado
em idade rec uada, ex plica-se-lhe q ue em lugar de lev ar a mente inconsciente a
tomar P co an
ratro lecdeertez
ter umaddeedqou , “v
eo am
coons,tro
agleodrae,seja
lev ád-la
o foai esta
tomabrelec
o c oindtoro
, alesdmaemsm
ãoaq
s ue
vinosctruç
ê usa n o rm a lm e n t e p a ra esc r ev e r”.
ões verbais são d adas tal c omo ex plicamos antes (à página 16 ) e só depois
que se consegue a levitação da mão a sugestão é fornecida:
Quando eu disser a palavra “agora” você estará abrindo os olhos, e tomará de mim um bloco
e um lápis.
Pousará a ponta do lápsi sobre o bloco, e sua mão, que está controlada por sua mente
inconsciente, começará a escrever sem qualquer esforço de sua parte.
E o que sua mão estará escrevendo serão todos os detalhes do incidente que ocorreu quando
você tinha… anos, e mais tarde veio a ter parte no problema que está tendo agora…
Inicialmente, as p alavras esc ritas sã o fo rmadas lenta e desajeitadamente,
ligadas umas às o utras, sem pontuação, mas quando o p aciente aceita o fato de ter
entregHuáe, oaicnodnat,ro
oule,
traoex
látpen
is sm
ãoovdea-se
m em
smais deproessa
a resp . eomotriz, q ue o famoso
sta id
psiquiatra australiano, D r. Ainslie Meares, médico, chama de “H ipnopictografia”, e
muitos p acientes acham preferível isso à escrita automática, porque não implica em
escrevEesrsa
inctéc
idennictes
a taqm
uebéqm
uerem
requer
quqeuepearm
mãaonedçoamminesq
anteuec
esteja
idos.sob c ontrole
inconsciente, mas, em lugar de a m ão escrever, sugere-se que ela desenhe algo, faça
um projeto, o u sim plesmente rabisque, “e o que for o d esenho, o p lano ou o
67
rabisco, revelará, de certa forma, parte do problema que surgiu quando você
tinha… anos de idade”.
Repetimos que essa análise de rabiscos não é um desenvolvimento novo no
campoCodamafreq
nálise.
üência, o s p sicanalistas p edem a seus pacientes que tragam a o
consultório qualquer rabisco q ue tenham feito in advertidamente entre as sessõ es, e
então esses m esmos analistas ten tam d ecifrar a s g aratujasXXV p ara encontrar m ais
algumAadpiferen
sta noçapen
robtre
lema ahiqpuneopeles
ictoginra
dficiaae
ma. análise de ra biscos está em que o
hipnoanalista não tenta tirar q ualquer conclusão d os desenhos q ue vê. Ele diz ao
paciente:
“Dentro de algun s segun dos… você estará abrindo os o lhos e olhando para o desenho que
mantém diante dos olhos. E quando olhar para o desenho, verá n ele parte de seu p roblema.
Irá dizer-me o que vê…”
Continuando a fazer comparações entre o psico e o hipnoanalista, o que cada
um de nós sonha pode ser muito revelador.
Freud chamou a a tenção p ara isso quando d isse que “sonhos são o
verdadeiro caminho para o inconsciente”, e desde en tão a a nálise dos sonhos
tornou-se parte integrante da doutrina freudiana ortodoxa.
Segundo os teó ricos freudianos, as fa ntasias q ue temos quando d ormimos,
nossos so nhos, permitem que descarreguemos todas a s en ergias rep rimidas,
resultantes de a nseios, desejos e tem ores, que reprimimos durante o dia. A ra zão d e
serem nossos so nhos muitas v ezes desvirtuados, parecendo não ter qualquer lógica,
é que os im pulsos rep rimidos têm que se disfarçar a fim de p assar p elo censor
crítico.
sonho U pomdeexesp
emeplhloarqum proebnlem
ue rec temaeq
nuteecnhãaomfo
oiureso
a m ilnvhidaoadten
uraçnãte
o moodstra
ia. rá como um
Uma senhora sonhava. Essa senhora tinha vinte e poucos anos e esta va
apaixonada p or um homem casado. Nã o p odiam v er-se com demasiada freqüência,
devido a s c ircunstâncias d o rela cionamento e, por isso, ela sen tiu-se fisicamente
atraída p or outro homem do lug ar em que trabalhava. Para a moça, esse era um
verdadeiro dilema. Queria conservar seu primeiro amor e ser-lh e fiel, m as também
gostavCoa dmaaaptra çãogqem
assa uedsen
os dtia
iaspela
elo se
seu sencotleg
ia caulp
deadtra baen
a e, lhotã
. o, sonhou certa noite
que tinha engendrado um encontro entre os d ois homens, e que eles discutiram
amargamente para saber qual deles deveria ser o único objeto de seu amor.
os dois,
Acmoradsandão ,ptev
odiea arec
imoprd
ressã
ar quoaldde eq
les
ue esc
foraolhfoera
rça, daafinaal.fazer uma escolha entre
Seu sonho p ermitira que algo d e sua a nsiedade se d issipasse, mas a moça
não estava conscientemente pronta a tomar um a d ecisão firm e, e, por isso, seu
censor crítico não permitia que ela recordasse qual fora o homem escolhido.
Desde a m orte de Freud tem h avido m uita pesquisa sobre sono e sonhos, e a
evidência resultante confirma sua p rimeira teoria16. Contudo, isso não anulou a
desc
XXV
onfiança a mplamente espalhada q uanto à análise dos sonhos, que ainda se
Garatuja: 1. Careta. 2. Desenho m alfeito. 3. Rabisco. (SMJ).
16
REM, publicada pelos Laboratórios Roussel Ltda., W embley Park, Middlesex, pág. 28.
68
difunde pela profissão m édica, porque o material do so nho tem d e ser in terpretado
por outro ser humano, que pode p rojetar seus p róprios m edos e desejos n essa
interpretação, com a resultante perda da objetividade.
A hipnoanálise evita uma a rmadilha d esse tipo. Jamais faz q ualquer
tentativa p ara interpretar o so nho a lheio. P ermite que o paciente faça isso por si
mesmP o.ara um médico, considerar q ue qualquer sonho é im portante para o
dada:
Desde ago ra, até a próxima vez em q ue nos encontrarmos, você terá um sonho. Sonhará
quando adormecer, ou q uando estiver dormindo, o u q uando estiver acordando. M as o que
sonhar será revelador, de certa forma, quanto a uma parte do problema que está tendo.
Porque esse sonho é im portante, quando estiver acordando irá lembrar-se de cad a
pormenor dele, muito claramente. E porque o sonho é tão vívid o, compreenderá a sua
importância, e poderá contar-me o q ue sonhou, na p róxima vez em q ue nos encontrarmos.
No próximo en contro ele contou-me q ue acordara no m eio da n oite, depois
do m ais vívido so nho, no q ual era um a c riança d e o ito anos, e a cidade em q ue vivia
estavaEsen do so
m seu pensa
hodele
amen te vbaonmubmaradberig
esta adoaapnetia
laéareo
via,çdãeoita
aldem
o nãu.m beliche, “duro
de m edo”, enquanto ouvia as b ombas esto urando em to da a volta. O a brigo fa zia
com que ele se sentisse como q ue numa a rmadilha. Desejava escapar daquele ruído
Conmfesso
e correr, as taumqbuéemaosaabcia
ordqauredse
o rea
salíism
sseopdaorasofonrhaopsen
odetia
riatoser
da a
mten
ortos.ão e h orror
que sentira quando c riança, mas, apesar d e ter o p ijama encharcado de suo r, a
sensação d e a lívio havia sido trem enda. P odia ver, agora, q ue a sua agorafobia atual
69
trazia em si um medo idêntico ao que sentira durante o bombardeamento na
guerra.
Tivemos então uma conversa em nível consciente sobre os acontecimentos
surg idos dim
surpreen euedviearific
tamaen
r qtuee atondtes do mdecsen
os era ompca
adráea mento do seu sino
veis. t ma, e não nos
Por diferentes razões ele sentia que todo o seu futuro estava ameaçado.
Queria escapar, mas não tinha para onde ir. Sentia-se como que numa armadilha!
por alguns m inutos, e não por horas. Nesse caso a profundidade d e so no obtida
Deix
pode ter toar na
ddoode
inla
opdeorasua
ntesto
c odnasaidceorançsõceiên
s teó
ciarcicoans,dic
sua
ionaapdlic
ad ao
çãtem
o tera
pop. êutica fo i
demonstrada num curso adiantado de h ipnose, realizado em Leeds, no a no de
1970.
Um m édico q ue assistia ao c urso, c omentou q ue não adiantava nada, para
ele, conseguir qualquer dos livros rec omendados n a lista d e leitura , p ois que desde
sua inSfâenucidaeja
domlev
aisacnotandsoeginudira
icaler
va um
q ueliv ro abtléoqoueio
seu fim.mental em rela ção à leitura
Assim, qtausegun
sessen ando eu
dodsi.sser a palavra “sonho” você sonhará por todo o tempo que quiser, no
tempo hipnótico, m as quando eu disser “pare”, seu sonho, ou so nhos, terminarão, e vo cê
recordará o que sonhou.”
70
mesmo três so nhos. Disseram-lhe, também, q ue assim como tiv era os so nhos
saberia o que eles significavam, e p oderia dizer qual era esse sig nificado q uando
ouvisse a palavra “pare”.
No início dos dois minutos ele m ostrou sin ais de in tensa agitação, c omo se
quisesse abrir os o lhos, e depois, quando o s d ois minutos es esta vam esc oando,
começPoeurgaunso
tardrir.
o sobre se sabia o que significavam seus sonhos, desatou a rir, e
exclamSoouub : “A
e-se,
quele
enfilh
tãoo, qdua e,
mqãe
uannãdoom
c reiadneçixao,ufoara
caabar
umdheoler
spiotaliv
l praora
.” ter o braço
lancetado. Fo ra preparado para a pequena c irurgia, e estava sentado, len do um
livro, à espera da chegada do médico.
Como se sentia muito profundamente preso à história, e esta va quase no fim
do liv ro, n ão ouviu nem percebeu que o médico c hegara. Q uando p ercebeu, o
medico estava lancetando seu braço.
Concordou em que a experiência não fora dolorosa, mas sentiu-se de tal
forma sobressaltado e assustado pelo imprevisto daquilo que gritou.
O hipnotizador perguntou se ele, o m édico, vira se o incidente estava
relacionado com sua dificuldade p ara a leitura. E le respondeu: “Naturalmente.
Tenho tido m edo d e term inar a leitura de um liv ro, n ão fosse algo d esagradável
suceder.”
com pOrazver,
olun
attéároiofim
ta,mum
bémlivarod.quiriu a certeza de que, para o futuro, poderia ler
S u m ário
71
8
“ C U R A ” E C O N T R O LE
penetraOrhaipvnaogtera
inap. euta havia tratado com um grande n úmero d e h omens q ue
sofriam d e v árias fo rmas de im potência, e sua experiência lhe d izia que a maioria
deles necessitava de h ipnoanálise. E aí, estava a dificuldade, porque o jovem vivia a
considerável distância de sua casa, e teria de fazer uma longa viagem semanal.
Conseguiram c hegar a um acerto. O h ipnoterapeuta concordou em receber o
moço p ara uma c onsulta inicial, durante a qual ten taria se certificar d e q ue a
hipnose poderia ajudar. Se o futuro se a presentasse esperançoso, ele a rranjaria
uma fo rma d e o jo vem se tratar c om um profissional q ue morava em sua
localidade.
72
Durante a consulta, depois de ouvir uma descrição completa do problema, o
hipnoterapeuta explicou o que é a hipnose, antes de induzir ao estado hipnótico.
Uma vez sob hipnose, o moço recebeu esta sugestão:
Agora você sabe q ue pode en trar em estado h ipnótico e, como resultado d esse
conhecimento, v ocê também sabe q ue pode ser ajud ado n o sen tido d e d ominar seu
problema presente. Portanto, nada deve preocupá-lo.
Porque a hipnose é um agradável estado d e relax amento, d a p róxima vez q ue precisar
entrar em hipnose relaxará ainda mais rapidamente do q ue hoje, e irá, mesmo, mais
profundamente para o relaxamento.
Sem qualquer tentativa em rela ção à tera pia, a sessã o term inou, e foram
feitos a rranjos p ara que o moço c onsultasse seu novo h ipnoterapeuta na sem ana
seguinte.
O moço fo i à c onsulta, m as não precisou d e q ualquer tratamento, p orque na
mesma n oite, depois de sua c urta sessão d e h ipnose, conseguira, fa cilmente, e sem
pensar n aquilo, m anter sua ereção e completar o a to sexual. Tivera, ta mbém,
relaçõR
esesulta
sexudaoiss, m
em
aiscoaudamum
enoas dsem
as neolhites subsã
antes seq
o ü entües.
freq entemente obtidos com o
velho molhador de cama: o enurético.
Quando c riança, o enurético p ode ter tid o n ecessidade d e m olhar a cama,
eram sim ples padrões de h ábitos p ara mascarar um c onflito mais profundo e,
depois que o hábito foi ro mpido, o conflito emergiu na c ompreensão c onsciente.
17
Clinical & Experimental Hypnosis , pág. 336, J. B. Lippincott Company, Filadélfia e Montreal, 1963.
XXVI
Algures: Em algum lugar. (SMJ).
73
Um c avalheiro usou a h ipnose para romper o hábito de fum ar, mas depois
que deixou de ser um fum ante tornou-se cada v ez mais consciente da b arreira
sexual que existia entre sua esposa e ele, voltando à hipnoanálise.
Uma senhora de trin ta e poucos anos uso u a h ipnose para ser ajudada n o
desejo de p arar d e fum ar, depois que seu médico lh e d isse que isso era essencial,
dadasOahs ip
conn
odtiziçaõdes
or dqeueseu
ela tó
foriacxo.nsultar p assou um a p orção de tem po fazendo
desenvolvimento e emprego d o “sin toma de sub stituição”, que agora está sendo
usadoEpmorccee
rto caaso
ntsen s ds eselec onadnoasi,s,oem
profiissio Dr.toEdric
o koso
mnunãdoo.tenta produzir uma “cura”.
Em lugar de fazer isso, ele substitui o sintoma por outro mais aceitável.
XXVII
Fugaz: 1. Que foge rápido. 2. Pouco duradouro; fugidio, fugitivo. (SMJ).
74
Se im aginarmos um paciente que se apresente para a terapia, c om um
desagradável e perturbador tique facial (repuxamento), seu médico p oderia
sugerir-lhe, enquanto estivesse em estado hipnótico, que, para o futuro, sem pre
que necessitasse de um p equeno esp asmo m uscular, em lugar de c ontrair os
músculos d a fa ce, repuxando-os, sentiria os m úsculos d o d edo g rande d o seu p é
esquerd
Esosamtéc
ovneica
ndop-o
sedeinser
conatro
dalpata
velm
da peanra
te.assistir a asmáticos a fim de q ue deixem
de ser d ependentes de seu in alador, dar-lhes algum controle sobre sua dificuldade
de respAnira
tes
r eden
e incdurta
uzir àa hdip
unraoçsãe,
o éde
exseus
plicadaotaqquues.
e a asma n ão-orgânica n ão é, em si
mesma, uma d oença, e sim um a fo rma d e ten são q ue ataca, e virtualmente paralisa,
os tub os bronquiais, e contrai o s m úsculo do p eito a tal p onto que os p ulmões não
podem expandir-se como é necessário.
A sugestão q ue se apresenta a esses doentes é a de q ue, quando sen tirem a
chegada d a c onstrição à resp iração, sua mão não-dominante se fechará
automaticamente, tornando-se um punho.
E enquanto sua mão se vai fechando, to da a compressão vai desaparecendo de seu p eito.
Está sendo transferida p ara baixo, pelo seu braço, e ch egando à sua mão. E ntão, estará certo
de q ue toda a tensão se foi d e seu p eito para a sua mão. E q uando estiver seguro de q ue
pode d e n ovo respirar facilmente, sua mão irá relaxando, e a ten são acumulada fluirá p ara
fora da p onta de seus d edos, para o ar. Estará relaxando completamente, e continuando a
respirar com liberdade, fácil e naturalmente.
Depois que os p aciente se convencem de q ue isto funciona, o utras sug estões
são feita s, dizendo que, como resulta do desse controle, estão p assando p or
períodUom
s ca
prdoacesso
vez mdaeistra
lotnagmoen
s, tem
o mqauise resp iram
revoluc ionnáorrm
io aresulto
lmente.u das experiências
do Dr. Erickson com a distorção de tempo.
Ele viu que podia ajudar pessoas que sofriam d e d ores constantes de c abeça
a viver sem as p rolongadas enxaquecas e n áuseas, que com grande freq üência os
levavaDmeppeanraden
a cdaomda freq
numüên
qucaia
rtode esc uroa, tp
sses aoqrues
umddeiena oxuaq
muec
ais.a, o Dr. Erickson
sugere que sempre que sintam o c omeço d a en xaqueca, deitem-se imediatamente e
tornem a entrar em esta do hipnótico. Desse momento em diante estarão em
“tempo hipnótico” e, com isso, p odem ter sua enxaqueca p or quanto tempo
precisarem, m as no tem po real o a taque só terá durado um minuto. Q uando o s
sessenta segundos se esc oam, a dor de c abeça e o s sin tomas c omplementares terão
desaparecidos, e assim eles podem levantar-se, sentindo-se saudáveis e relaxados18.
Aqnuicom
Erickso na a Inglaterra
resp um
osta id eommoétd
oircao, paestev e ccoolm
ra “en inaanex
hebr” doten
o scãoondcoeito bqásic
s ata ues.o de
Com seus p acientes em hipnose, e depois de ter p osto um de seus d edos sob
controle inconsciente, primeiro diz-lhes que a cada d ia que passa eles irão se
18
Publicado na Edição Internacional de Life, 25 de abril de 1960.
75
Naturalmente, não saberá, em nível consciente, por quanto tempo precisa ter os ataq ues,
mas sua mente inconsciente saberá, e nós vamos perguntar à sua mente inconsciente se
podemos encurtar a duração de suas enxaquecas.
Se sua m ente inconsciente concordar em que, daqui por diante, suas enxaquecas precisam
durar apenas quatro horas, então o primeiro dedo d e sua m ão esquerda se levan tará para
mostrar-lhe, e a mim, que você não as necessita por maior espaço de tempo…”
Quando o dedo dá a confirmação, o médico reforça as sugestões de calma e
relaxaM
maen
s tnoã, oese
ducraonnte
tenatsasessõ
em deeix
s aseg
r a cuo
inisa
tesa“en
ssimco.lS
hee”fo
o rapto
assív
que epl,ara
sugum
eremqiu
neuto.
períodos c ada v ez maiores de tem po decorrerão en tre os a taques, até que,
finalmente, eles desapareçam.
O que esse médico h ipnotizador está fazendo pode n ão ser o que todo o
mundo classifica como “c ura”, mas um número c rescente dos que ouvem os b oatos
sobre o seu trabalho estã o m ais que dispostos a d izer: “Mande-me p ara “o
encolhedor”, a fim de se “encolhido”19.
S u m ário
19
A expressão “encolhido” corresponde, aqui, à palavra inglesa “shrink”. “Shrink” é expressão de gíria
para psiquiatra.
76
9
U S O M É D I C O DA HI P N O S E
extremamente agitado. S egundo ele, não podia respirar d ireito, e isso to rnava o
Um
sono im poh pn o
sisív etl.izador leigo foi chamado para ensinar o paciente a se relaxar, e
restaurar o padrão normal de sono.
Sem sequer mencionar a p alavra “hipnose”, porque isso poderia ter
agravado a tensão em lug ar de a liviá-la, o h ipnotizador disse acreditar q ue o
relaxamento facilitaria a respiração, e que, por sua vez, isso fa cilitaria ao p aciente o
gozo de algum sono.
Usando um a téc nica p ermissiva d e in dução, o p aciente foi en sinado so bre
como rela xar, a respiração to rnou-se mais fácil e ele começou a cochilar. O sono
verdadeiro, p rofundo, c ontinuava a esquivar-se, entretanto. E p or uma ra zão m uito
boa, q ue o paciente jamais ousaria colocar em p alavras. Ele receava ter outra crise
cardíaca e, se ela v iesse enquanto dormia, p ensava não ter possibilidade d e a lertar
a enferm
Paraeira
dodmainnaorite.
esse receio foi d ada a o d oente uma sug estão: a de q ue, se ele
se relaxasse, poderia entregar-se, ocasionalmente, a um sono profundo, n ormal,
mas que nada d everia preocupá-lo, p orque se sentisse o mais leve d esconforto no
peito iria acordar imediatamente e tocar a c ampainha para chamar a en fermeira.
acordaDvuara
sonbteressa
os lpta
oucdoo.s dias que se seguiram o paciente adormecia, mas logo
Isso era o início, e o hp i notizador explorou o cso a , dz i endo que ele
continuaria a dormir por períodos cada vez maiores, em cada ocasião em que
77
adormecesse, mas teve o cid u ado de enaf tizar que “se sentisse qualquer
desconforto no peito acordaria”.
Nenhuma d as sugestões teve a fin alidade d e ten tar c orrigir as c ondições do
coração, que tinham lev ado o p aciente ao h ospital. A meta era o relaxamento, a o
lado da c rença de q ue a capacidade d e rela xar fa ria com que se sentisse mais feliz,
melhoAr peesa
fisicr adm
o ednetsa
e nmim
ais
adfo
orrte.
prognóstico inicial, o paciente recuperou-se. E hoje,
muitosAahniopsno
dsep
eota
is,mabiénm
dafoestá
i n ecveissá
vo eria
atnivoos. estágios fin ais do c âncer, para afastar a
dor, depois que as d rogas p erdem sua potência. I sso foi c onfirmado p elo Dr.
William J . B ryan, o fundador d o American Institute of Hypnosis , de L os Angeles.
Disse ele, quando estev e em D enver, Colorado: “P acientes em fase final de c âncer
podem aprender a auto-hipnose a ponto de ig norarem a dor. Um d os meus
pacientes foi D ick P owell, o ator, cujos últim os dias se p assaram d e m odo
agradável.”
Nessas circunstâncias de doença orgânica, a hipnose não pretende substituir
o trataCitei
mentesses
o ortoddooxisoex
reg ularo,smpaasrapomdoestra
trem serr um adojun
a s en rmteosmduific
itouútil.
ldades que
envolvem a tentativa d e d ocumentar o nde e q uando a h ipnose pode ser utiliz ada n a
pratica m édica, e na esp erança d e q ue me d esculparão se m e lim ito a doenças m ais
geraisAqim
uepaoftlig
ênecmia gsex
ranudael nno
úmho
emroedme tem
pesso
sidaos.c lassificada c omo a p raga
silenciosa do séc ulo vinte, e é mais predominante do q ue mostram a s esta tísticas. E
há um a b oa razão p ara que poucos dos homens q ue são im potentes estejam
preparados p ara confessar isso e p rocurarem tratamento: é q ue em nossa
sociedade, dominada p elo machismo, dizer “sou im potente” é coisa vista como
perda Edsatemso
asc ulin
frim enidtoadsilen
e. cioso é uma tra gédia, p orque, na v asta maioria, o s
casos d e im potência são d evidos a fatores psicológicos, ao c ontrário de fa tores
fisiológ
Coico
ns,
tudeo,esses
antescadso
e spsã
rososeg
, pourta
ir nto
o , asen
ponsta
ívreiscoà
mho ipesse
noterapproia.
blema pode ser
dominado, devemos compreender que ele toma três formas separadas:
78
Ou o h omem condicionou-se para a impotência por um longo p eríodo,
interrompendo temporariamente o ato sexual a c ada v ez que se sentia perto de
ejacular, até chegar ao está gio em que a ejaculação to rnou-se impossível, ou ele tem
um medo in consciente de eja cular e p erder o controle de si p róprio no
paroxismoXXVIII d o o rgasmo. Se se tra ta desse último c aso, en tão o p rofissional n ão
tem diante de si a penas um problema sex ual, pois isso é apenas um sinal externo d e
confusão da personalidade que deve ser investigada.
de ejacUula
m çhãoomperm
emdaetura
vint.e e poucos foi consultar um hipnoterapeuta e queixou-se
“Segundos d epois de ter in serido m eu pênis, ejaculo” — d isse ele ao
profissional. “Nada posso fazer para evitar isso . T entei cremes, força d e v ontade,
tudo, mas nada funciona.”
Durante a hipnoanálise ele recordou como, em sua adolescência, costumava
ter relações sexuais ocasionais, na cozinha da casa de sua namorada.
“Quase sempre seus pais entravam na saa l vizinha enquanto fazíamos
aquilo” — recordou ele.
“Eu estava sempre com medo de sermos apanhados no ato, mas minha
namorada queria sempre que fizéssemos amor, cada vez que eu ia à casa dela.
Lembro-me, agora! Eu sempre desejava acabar com aquilo o mais depressa
possível…”
que nãRoetin
cebheancdoomtera
quepiasedepraeo
pociup
o, apranrao aqnuim
e se
ar seu
referia
egoà, sua
deprvessa
ida sex
om ua
oçl.o percebeu
Nem todos os casos de ejaculação prematura estão ligados a uma experiência
sexual do passado. Um medo generalizado de fracasso pode causar isso.
O homem que tem medo d e fa lhar, ou d e ser in adequado, p ode ter um
pensamento inconsciente: “Se eu a cabar d epressa, en tão p rovarei que sou h omem
de verd adoes, e
Vim anntes
ão phoarvqeuráe tem poho
certo pmara
emfrancãaoscsa
onr.”
seguia manter sua ereção
(Capítulo 8), mas um negociante de m eia-idade, que me v eio consultar, precisou d e
hipnoa“Co
nálise.
nsigo a ereção, mas de cada vez que vou inserir, perco-a.”
Como muitos o utros h omens q ue compartilham do m esmo d ilema, pensava
ser impotente só com a sua mulher, e para provar a si p róprio que nada h avia de
errado com sua virilidade, arranjou um a jo vem atraente, sensível, e tentou ter
relações sexuais com ela. O s resulta dos fo ram o s m esmos, só que depois dessa
experiência ele ficou certo de q ue não havia mais esperanças para o seu caso, e,
para não correr o riso de se sen tir novamente como um to lo, ten tou a ceitar o fa to
de se ter d estruído sex ualmente quando m ais jovem, a través do uso d emasiado do
sexo. Por motivos pessoais, ele não concordou em se submeter ao p rocesso
habitual h ipnoanalítico, mas consegui descobrir que essa condição era devida a
alguma c oisa que acontecera no p assado. D iante disso dei-lhe um a sug estão p ós-
hipnótica: “De a gora até a próxima v ez em que nos encontrarmos, você esta rá
recordando, v ividamente, o que lhe a conteceu no p assado e lhe está c ausando o
proXXVIII
blema atual.”
Paroxismo: 1. Med. Estágio duma doença em que os sintomas se manifestam com maior
intensidade. 2. A maior intensidade; o auge. (SMJ).
79
Uma semana d epois o cliente voltou e m e c ontou c omo, havia quatro anos,
encontrara-se com uma m ulher no b ar de um h otel. Beberam m uito e então
voltaram para o apartamento dela, e foram para a cama.
desejoCo mouaciosmtinfreq
s sex hamüên ciaenatacdoon,tec
aum meas depois
sua capdaecidter
adebesex
biduoal m
buaito álcool, seus
ixara.
Tentou c onseguir a ereção. S ua companheira tentou v ários m étodos p ara
levá-lo a colocar-se à altura da o casião, mas a resposta foi n ula. E ntão, num
momento de c ompreensível frustração, ela estourou: “Você não agüenta mais nada.
Esse é o seu problema, companheiro. Vo cê quer é ir para casa, esq uecer que existe
sexo, Ee sse
sa pdôerca
larm
açeãxo
ersope
blo
re ja
a sua
rdimp, octên
uidcaia
nd, eo m
daasisflo
om edo la tente de q ue sexo
res.”
demais na m ocidade c ause impotência na m eia-idade fo ram o tra uma sufic iente
para deixar profunda e duradoura marca no seu inconsciente.
Meu cliente mostrou-se avesso a aceitar q ue algo tã o sem im portância e
transitório pudesse ter tido efeito tã o d uradouro sobre ele e duvidou bastante
quando eu ex pressei a certeza de q ue estava a caminho de um a rec uperação sex ual.
Depois de ten tar a nimar sua confiança, dei-lhe a sug estão d e q ue qualquer
dia, n um futuro nada d istante, ele teria uma ereç ão que sustentaria sem qualquer
pensamento nem esforço e, q uando c ompreendesse que não iria perdê-la, h averia
confiança para ter e gozar uma relação sexual normal.
tentariaAntes
ter q ue çsa
rela õeíssse
sexduoaim
s,eumcaosnesp
sultó rior, iafiz
era , pcaom qutem
cien e meentp
e,roamtetesse
é que aqusug
e neãstã
o o
hipnótica funcionasse.
No nosso próximo encontro o homem não podia esperar para me dar as
notícias:
“Peter! Funcionou! Na manhã seguinte do d ia em que estive a qui, na sem ana
passada, a cordei-me c om uma ereç ão, m as pensei comigo m esmo: “Não v ai durar”,
e fui p“Q
arauaonbdaonterm
heiroin, eai d
fim
e fadzeer
faazer
baarbbaaarbinad. a continuava a ereção. Gritei p ara
minha mulher: “Volte para a cama, amor” e fizemos amor. Tudo v ai bem, d esde
então.”
va g in a P
umrobólem
rgãaosinsex
ternuoa,isnãnoa se
muolhbeserv
r sãaomtasin
mbaéismde
prm
edaoumfun
inacniotes,
nammen
as,
to sen
sexduo
al,ae
muitas m ulheres permanecem parceiras in ativas durante as rela ções sexuais. Essa
passividade esc onde o problema, e desencoraja a mulher no sen tido d e p rocurar
tratamento.
Tem havido n umerosos lev antamentos e rela tórios so bre a frigidez feminina
e, embora tal c oisa seja suspeita em muitos q uadrantes, eles mostraram q ue o
conceito popular d a m ulher frígida c omo to talmente despida d e q ualquer desejo
para gMozuaita
r sasmrela
ulheçres
õesnsex
ão puoadiseé
merra
reladxo
a.r d urante o ato sexual, e atravessam a
vida sem ter um o rgasmo. Contudo, isso não quer dizer que estejam in conscientes
81
Para a mulher que sente que nunca deve a bandonar-se nem perder o
império sobre o que quer que esteja acontecendo, ta mbém há esp erança. O
tratamento tende a ser mais complexo, e de m ais longa d uração, e o terapeuta deve
tentar a lib ertação d a p ersonalidade p or inteiro, liv rando-a das inibições
restrinO
gidim
ora
posr.tante no uso da hipnoterapia para o tratamento da frigidez é olhar
para além dos nomes, e ver o que está implicado por ambos os termos.
animaçãoO… di”cio ário
venm dadepfin
alae vfrig dez icdoam
ra ifríg , oqusendon“friez
e sig : friez
ifica a“geladaa doeu aen
feiç
rigãoe:cifalta
da depelo frio:
fria: geladamente rígida ” (os itálicos são meus).
A hipnose é um estado de relaxamento, portanto o oposto completo de estar
“frígida”.
Por causa dessa polaridade é q ue muitas m ulheres, que se referem a si
próprias c omo sen do sexualmente frígidas, descobrem, d epois que aprendem como
relaxar a ten são m uscular, que a rigidez do c orpo desaparece, e que estão
capacitadas p ara relaxar e g ozar as rela ções sexuais, sem que qualquer sugestão
especA ífica
nteslhdeesdseja
eixad
raadáarea
. da g inecologia, p ode ser in teressante para as leito ras e
seus maridos, o saberem como a h ipnose tem sido utiliz ada em c asos d e
esterilidade não-orgânica.
Quem quer que leia jornais não pode d eixar de ter n otícia dos tremendos
avanços que têm sido feito s c om drogas q ue capacitam a s m ulheres aparentemente
estéreis a ter filhos, e a hipnose não deve ser v ista como um a a lternativa p ara as
drogasEsdto
a ufertilid
seg uaroded,em q uaes to
codmosonaólgsocoqnuheecpoedmeoser
s peten
lo m
taednooasnum
tesa d
meulalhse. r que
desejava ter um filho, e que, embora ela e o marido fo ssem examinados por
médicos sem que fosse encontrada qualquer razão o rgânica p ara a esterilidade, o
bebê tã
Deoplo ngdaemm
ois enutito
e desp
eseja eradro, naãno anpdaoreceerez
ela u. ando, finalmente o casal resolveu
82
Muitas fo rmas de a lergias resp ondem à hipnoterapia, e ta mbém essa
reivindicação deve ser q ualificada. Isso não significa q ue a hipnose impeça q uem
quer que seja de ser a lérgico a o p ólen, à p oeira, o u a q ualquer outra coisa. O q ue o
terapeuta pode fa zer, é descobrir por que o paciente precisa manifestar o s sin tomas
quandEosestá
se é em
um cpoonnttaotodecovm o qaulta
ista emqu
enertequcoenotro
afvete.
ertido, e quando eu o mencionei
a um grupo de estudantes, houve uma explosão de indignados protestos.
não era
Exresulta
pliqueinqteuedehm
aveia
u ex
algaugm
era
a d“ev
o en
idêtusia
ncia”smao m
poestra
la apr lic
quae
çãao méindhicaa odbaserv
hipnaçoãso
e.
O que eu disse foi q ue se aceitamos q ue algumas pessoas sejam a lérgicas a
pêlos d e g ato, a o fen o, à poeira, etc ., podemos com segurança im aginar que sempre
tiveram essa alergia, que ela não brotou da noite para o dia.
Se essa h ipótese era aceitável, eu perguntava: “P or que esses sintomas
alérgicos não estavam p resentes desde o n ascimento?” E, em seg undo lugar: “Que
ativou esses sintomas?”
Uma das senhoras d o g rupo a inda não podia aceitar a p remissa que eu
estava apresentando, e anunciou q ue era alérgica à p oeira e sempre tinha uma fo rte
crise d“E
e esp
quainrro
dosdqeusc
an droiufaqzuiae atinchaamessa
ob a. alergia?” — indaguei.
“Quando me casei” — foi a resposta.
sentido.”
S u m ário
83
10
U S O D A HI P N O S E N A OD O N T O L O G I A
84
hipnose real através de uma simples manobra, e sugeriram que apenas relaxariam
o paciente.
Eu lh es disse que essa questão era p uramente acadêmica, porque tudo
quanto desejavam á ria um paciente relaxado quando d essem a injeção, e q ue se
conserUvm
asdse
enrela
tistaxqaudeo adsusistia
ranteemo tra
Newtamcen
asttle
o. a um curso Tyne, levou isso a efeito.
Usou, também, um m étodo de in dução ao rela xamento destinado a c rianças,
do tratUasmoen
u ato,téc ica do relaxamento, e quando o paciente abriu os olhos, ao fim
dinsse:
“Que fez comigo d esta vez, q ue foi d iferente? Não sen ti a espetada da a gulha
e, se não senti desta vez, a sen hora pode fa zer o que quer que tenha feito hoje, para
o futuro
O,apsoprq
ecuto
emo aqis
ueimeu
podrta
etesto
nte daéhaipangoulh
se,aem
.” odontologia, en tretanto, n ão é a
técnica usa da, m as a maneira pela qual é a presentada ao p aciente, bem como a s
palavras usadas antes e durante o verdadeiro tratamento.
Se o d entista usar a s p alavras “d or”, “doer”, ou “lig eira picada”, e falar em
injeção, tud o isso a trai lem branças desagradáveis; e tão d epressa essas lem branças
são ev ocadas, desaparece o rela xamento. Isso a conteceu com um bom amigo m eu,
Michael Rostron, que tinha dominado a a uto-hipnose a ponto de p oder produzir
analgesia hipnótica quando precisava.
Quando so ube q ue precisaria obturar um d ente, Michael disse ao d entista
que não havia necessidade d e lh e d ar a injeção, p orque ele poderia fazer com que
seu roD
sto
epnoaisddaesen
a lgtuisse,
m temsem isso
p o, e p o.ssivelmente por estar esp antado com a maneira
despreocupada c om que seu paciente se recostava à cadeira enquanto ele usava o
motor, o dentista indagou: “Tem certeza d e q ue não está sentindo nenhuma d or?”
Até esse momento Michael nada sen tira de in cômodo. P elo contrário, esta va
deixando correr alegremente o tempo com agradáveis divagações. Quando o uviu
mencionar a p alavra “dor”, seu censor c rítico fic ou imediatamente alerta. E ele
tornou-se
Alémcaddea vpo
erz dm
uzaiis
r cboen
nséfic
cieno terela
daxadm
oren
emto, sua
a bhp
iocnao.se também controla o
excessivo fluxo da saliva. Isso se faz quando o dentista sugere:
“Taplvez
ex licar ven
o quhe
a causa
a sentirisso
qu.e sua boca produz muita saliva, no momento, e eu gostaria de lhe
20
A criança e seus pais ficaram tão contentes com o que aconteceu que o caso foi contado na imprensa
nacional.
85
Quando comemos alguma co isa, nossas glândulas salivares trabalham para ajudar nossa
digestão. P roduzem uma um idade, um fluido, que nos ajuda a d igerir o alimento mais
facilmente.
No momento, suas g lândulas salivares estão trabalhando fora de tem po, p orque não
conhecem a diferença eu há en tre o alimento colocado em sua b oca e os m eus instrumentos.
Mas você conhece essa diferença. E porque conhece e sabe q ue não tem comida n a b oca,
porque não tem necessidade d e en golir alimento algum, d escobrirá que suas glândulas
salivares não têm necessidade n em motivo para continuarem a produzir muita saliva. E, já
que suas glândulas não têm necessidade d e p roduzirem tanta saliva, sua boca vai se
tornando mais seca, e permanecendo bastante seca enquanto eu estiver trabalhando nela.”
Muito mais embaraçoso para o cliente é o “Reflexo de Náusea”, o desejo de
vomitar, assim que qualquer instrumento é colocado na boca.
ser coO
ntro
fallaec
doidaotra
Dvaés
ve dEelmum
an sim
dempoles
nstro
estra
u em
tagem
uma.de seus cursos como isso pode
Usando um m édico c omo c obaia, ele, a ntes de m ais nada, conseguiu outro
médico p ara testar o reflex o d a n áusea e, tendo obtido resp osta, p ediu a seu
paciente:
…segure este lápis fortemente, com am bas as mãos, e continue segurando-o fortemente,
tanto tempo quanto puder, todo o tempo. E nquanto continuar segurando fortemente o
lápis, verá que não pode vo mitar. Portanto, segure o láp is com fo rça, e verá que não pode
vomitar.
(Essas não foram as palavras exatas do Sr. Elman, mas eu dei essa versão
através de um médico que assistiu ao curso.)
Teste idêntico foi novamente feito pelo médico, mas na segunda vez o reflexo
estavaOaSusen e.an aplicou os p rincípios d a h ipnose, sem aplicar o estado
r. Etlm
hipnótico. Levou seu paciente a se concentrar, conscientemente, no a garrar o lá pis,
e isso ocupou o censor c rítico, permitindo que a sugestão d eslizasse para o
inconsciente.
Se ele estivesse trabalhando com o paciente de um dentista, sob verdadeira
hipnose, o lápis seria supérfluo, e estas palavras se mostrariam suficientes:
“Percebo q ue você sente náuseas quando coloco alguma co isa em sua boca, e essa é uma
reação perfeitamente normal. Isso significa que você tem o desejo inconsciente de cusp ir o
que considera como material alheio em sua boca. Contudo, agora que compreende porque
isso tem acontecido, já que está se relaxando tão bem e sabe q ue apenas estou tiran do o
molde d e suas gen givas (Raios X, etc.), n ão tem necessidade d e ten tar expelir o que está em
sua boca. Em vez d isso, vai se co nservar completamente calmo e relax ado, respirando
livremente, facilmente e naturalmente, livre de d esconforto durante todo o tempo em que
eu estiver trabalhando…”
O rangimento de d entes não é habitualmente reconhecido c omo um
problema d entário, m as isso tanto pode in comodar a p essoa q ue percebe q ue está
continuamente rangendo os d entes como, em última a nálise, pode c ausar d anos
gravesEsasa
os cdoenndtes
içãoe ra
àsragm
enen
giv
teas.
responde a uma sugestão direta “de que de agora
em diante você não terá necessidade nem motivo para continuar rangendo os
86
dentes”. Ao contrário, a razão pela qual a pessoa sente essa necessidade de iniciar
esse padrão de hábito, deve ser trazida à tona, e, então, poderá ser dominada.
Uma conseqüência mais alarmante e perturbadora das extrações de dentes
pode ser
Sobo csa
ircnugnrsatâ
mnen
citaosex essiv
n ocrm e prreq
ais,oisso olonugeradqouedosealcvoélo
olqoue
XXIX
debnre
so táariog.engiva um
chumaço d e a lgodão para absolver o sangue, e, embora dê resulta do, é c oisa de
desagradáveis efeitos sec undários. O paciente tende a sondar o algodão com a
línguaQ, euahnádum
o a hgiopsto
nosdeeésa
usangduaeem
coaclohm
adboinn
aaçãbooccoam
, toodaonestésic
o tempo.h abitual, a
hemorragia é consideravelmente reduzida, sem que qualquer sugestão esp ecífica
seja feita, e esse fen ômeno fo i o bservado h á m uito tempo, n a d écada in iciada em
1840, q uando o D r. James Esdaile, médico esc ocês que trabalhava n a Ín dia,
realizou centenas de o perações cirúrgicas sob h ipnose-mesmerismo, conforme era
então chamada, como único anestésico.
Em lugar de deixar a coisa ao acaso, é melhor dizer:
“A
É ngeocessário
ra seu deqnute osaiu
sanegue
ém uitodunran
flua atural que o tem
te algum sanpgo
ue, msaia,
as nãpoara
hádneeixcessid
ar limpaodeodalvéo
e q ueloflua
.
por muito tempo. P ortanto, d entro de alg uns segun dos, o sangue já terá fluído d e m aneira
suficiente, e cessará de fluir. E o san gue que permanece no alvéo lo vai formando um
coágulo são, que ajudará o alvéolo a se curar mais rapidamente.”
87
dentista para fazer novos trabalhos. Com essa s p essoas recorri á hipnodiagnose e à
análise, e uma sen hora tinha a idéia inconsciente de q ue só os id osos usa vam
dentaduras. Ela não queria ser velha; assim, naturalmente, rejeitava-as.
No estado hipnótico eu en fatizei o fato de q ue quando ela era jo vem o
material usa do nas dentaduras fa zia com que elas p arecessem mesmo a rtificiais, e
toda gente percebia isso. H oje isso já não acontece. Na verdade, hoje, quem quer
que não tenha dentes pode ser c onsiderado velho, porque o contorno d e seu ro sto
se defo
Serm
guain
, ddaonadreed
o-lheucum
açãaospvecrbtoal,neu
adalhneaptural,
edi q ueeen
abvrisse
elhecoisdo .lhos e olhasse
para o espelho q ue coloquei diante dela. E q ue reparasse quanto parecia velha sem
qualquer dente. Devido a essa sug estão d e q ue pareceria mais velha, ela concordou
que realmente pareceria. D epois de ter n ovamente fechado os o lhos, pedi-lhe q ue
colocasse a dentadura. E ntão, fiz com eu se olhasse de n ovo a o esp elho e v isse
quanto parecia mais jovem. E la concordou em que houvera uma tra nsformação
completa, e sen tiu-se mais do q ue disposta a usar a d entadura constantemente,
para o futuro.
S u m ário
88
11
U S O S NÃ O - M É D I C O S
XXXII
Relapso: Adj. 1. Que reincide em erro. 2. Bras. Que falta a seus deveres. (SMJ).
89
A situação d o R eino U nido é c omparável à que existe do o utro lado do
Atlântico, com esta exceção: n os Estados U nidos os h ipnotizadores leigos estão
proibidos, por lei, de em preender o tratamento de q ualquer condição médica, a não
ser que tenham p ermissão d o m édico, que será o responsável, ao p asso que a lei
britânica perm
O esta doitedoqsueneoghóicpin
osotn
izaadInogrlatra te oestã
terra queoqem
uer q
deutrim
e seja
ent.oXXXIII do futuro da
hipnose, bem como dos clientes, que de nada desconfiam.
Um ex emplo dos perigos que podem resultar d essa falta de c ontrole: minha
atenção fo i c hamada para um homem que assistiu a uma d emonstração d e
fenômeno h ipnótico, leu alguns liv ros so bre o assunto, e en tão in stalou-se como
hipnotizador de tem po parcial. Dentro de a lgumas semanas, ele estava tentando
tratar um d oente maníaco-depressivo, através de sug estão d ireta de q ue o doente
nuncaNa madisécse
adsen
a in itciria
iaddaeem 19
prim id6o0. foi feita um a ten tativa p ara estabelecer na
Inglaterra um “Instituto de H ipnose Ética”, nas mesmas linhas d o I nstituto para
Promoção da Hipnose Ética, dos Estados Unidos.
Membros d esse Instituto foram ex aminados quanto ao seu c onhecimento e
competência, e tiveram d e c oncordar em que limitariam sua s a tividades hipnóticas
ao a uxílio a pessoas que desejassem dominar a falta de c onfiança, removendo a
tensão p or ocasião d e ex ames, removendo o medo d o d entista, o terror d o p alco, a
assistir esportistas e a en sinar auto-hipnose para desenvolvimento pessoal. Esses e
outros c asos, considerados n ão-médicos, foram rela cionados n uma “A utorização”
que os h ipnotécnicos eram o brigados a exibir na p arede d e seus esc ritórios p ara
mostraCo r amoo
s aclestrita
ientes aqduesãe poodàiasm
regtra
rata
s rlim
coita
mreles.
ia as fo ntes de ren da de m uitos
hipnotizadores leigos, poucos entre eles acharam q ue valia a pena a derir. Outro
fator q ue limitou o n úmero de m embros d o In stituto foi o fa to de ele n ão ter, nem
pretender ter nunca, um p rograma de trein amento para leigos. Preferia, a ntes,
oferecer certa medida d est atus à s c entenas de h ipnotizadores que já trabalhavam.
nem alO caresulta
nçou seusdo fooibqjetiv
ue oos.“Instituto de Hipnose Ética” não deu em coisa alguma,
Antes dessa tentativa, houve a fo rmação da A ssociação B ritânica de
Hipnoterapia, em L ondres, que começou a operar m ais ou m enos nas mesmas
linhas. Essa Associação a inda existe, e desenvolveu um programa de três a nos d e
treinamento, q ue deve ser o m ínimo d e esc olaridade ex igida, equivalente à
admissão em fa culdade. Seus estudantes recebem instrução q uanto à teoria da
hipnose subjacente, instruções práticas d e m etodologia, e, a inda mais importante,
recebem compreensão quanto à psicologia dinâmica.
Hoje, a Associação B ritânica d e H ipnoterapia compilou um a lista d e
profissionais leigos em vários p ontos d o p aís, e esses nomes e endereços estão
prontaH máente um daisppo
o
r npívoesta
is prec
araeqnuteempq arauer seque esta
façabelec
contearto um
coma sua sed
A“sso ciaeçã.o d
22
e
90
hipnodiagnose e na h ipnoanálise. Embora esse corpo esteja a inda no está gio de
planejamento, a in tenção é a d e q uem quer que deseje ser aceito como trein ador de
hipnoanálise deve esta r d e p osse de um g rau rec onhecido o u sim ilar q ualificação
educacional. E como n as corporações psicanalíticas freudianas, junguianas e
adlerianas, pretende-se que todos o s trein adores tenham p assado pela hipnoanálise
pessoTal.enho sido eu um d os instigadores do em briônico “In stituto de H ipnose
essa chamada lei é baseada sobre um fato observável, que diz que quanto mais
tentamos n os forçar para fazer alguma c oisa, c om medo d e fra casso ou d e p erder a
motivaTçoãdoa, essa
mais tendifíc
sãil ose torgnoalfe
, em a ta refao. utros jo gos c ompetitivos, pode ser
e em
diminuída o u elim inada a través da sug estão h ipnótica. E m fev ereiro de 19 65, n o
Campo d e Go lfe Huddle Park, em J ohannesburg, Á frica d o S ul, Lawrie Fouchee
precisou d e trin ta e três put ts p ara cobrir nove b uracos, e essa foi, mais ou m enos, a
sua média. E ntão, foi lev ado a o esta do hipnótico p elo psicólogo Dr. Brian No rgarb,
que lhe d isse que ele jogaria de m aneira mais relaxada e mais segura.
Imediatamente depois, jogou n os mesmos nove b uracos, novamente, e dessa vez
pôde lev
O Sarr. aFobuoclahee
a enactrahorunaemleselhnuom
ra surp
notárveen
el, edisso
entefoniúcm
oenro
firmda
eddoenzuem
ssete put ts.
a c arta
que o Dr. Norgarb me esc reveu, datada de 11 d e fev ereiro de 19 68: “Co nforme o
assunto lhe in teressa, essa ex periência foi lev ada a efeito n um campo de p rática d e
nove b uracos, e os resulta dos sã o, portanto, a lgo n otável, pois significa um m ínimo
de d istância de put tingXXXIV, entre os b uracos, de c erca d e v inte pésXXXV, e alguns
exigiriam quarenta, para embocar.”
XXXIV
Putting: (pu-tinn) s. colocação; ato de pôr. (SMJ).
91
O condicionamento hipnótico n em sempre demora muito a se fazer sentir, e
os g olfistas p odem se ver agradavelmente surpreendidos com a rapidez de sua
resposta.
No dia 4 de fev ereiro de 19 66, p ediram-me q ue fizesse uma d emonstração d e
hipnose, aplicada a o g olfismo, no p rograma “Olhe p ara o Norte”, da telev isão B BC.
Como tínhamos tem po limitado à nossa disposição, o p razo para as sug estões era
de a proximadamente dois minutos. Um d os voluntários era o S r. Denis Watkins,
um jogador d e h andicapXXXVI d ezoito. E stive c om ele uma sem ana d epois e ele
disse: “É impossível, realmente, mas mesmo d epois de um a c urta sessão d e h ipnose
eu joguei uma p artida m ais relaxada e mais confiante do q ue nunca jogara antes, e
isso foi n otado, p orque meu parceiro comentou o fa to.” e acrescentou: “Não p ode
ter sido a h ipnose. Deve ter sid o a in tenção d e jo gar m elhor que me fez jo gar
assim.”
demonsNo trarGolf
o poDten ciaRange
riving l da hi,pdneoJseohancJearccaob
dse ,cem
inqüen
Nortbarec
mkem
, Bblro
acsk. pool, tornei a
Durante dois minutos e m eio eu lhes dei sugestões para efeito de q ue
quando sa íssem para o campo profusamenteXXXVII ilum inado, antes de d irigir a bola,
deveriam d ecidir, mentalmente, onde d esejavam q ue ela fosse ter. Então, ao
dirigirem a bola, esq ueceriam tud o e to dos e se c oncentrariam, aos olhos de sua s
mentes, sobre o lugar onde q ueriam q ue a bola fosse parar. Garanti-lhes, também,
que teria
Ummrep
umórter
baladnoçoLancashire
relaxadEvening
o e coPost
nfianesta
te, cvoamproesen
tacot.e e escreveu, sob o
título “Cobaias do golfe Vendidas para a Hipnose”, o que aconteceu:
…Imediatamente houve um a c orrida d e to dos p ara apanhar os ta cos e a s
bolas d e g olfe, a fim de ser feita um a sessã o n o c ampo profusamente iluminado e
saber Ucommesp
o fun
eracio
nçnoaso
riagaolfista
experiên
apóscia
oo . utro alcançou seu p onto com incrível
exatidão, n a d ireção de m etas d istantes. Então a lguns d eles disseram a o rep órter
do Pos t o q uanto sentiram q ue a hipnose havia beneficiado seu ímpeto de a ção…
O Sr. Tom Rafferty, trinta e quatro anos, de M ossom L ane, Norbreck,
jogando c om um handicap v inte e quatro comentou: “Acho q ue a minha
concentração n o ím peto do jo go é espantosa. Na da me d istrai. De c erta forma eu
me sin to amplamente confiante quanto a conseguir bater apropriadamente a bola,
onde qNauer
tura
qulm
eeeu
nte,
jogaue”
hip23n.ose não dá a o g olfista um aumento de h abilidade. Isso
tem de ser a dquirido c om a prática. O q ue ela faz é p ermitir que a senhora ou o
cavalheiro joguem com a sua melhor capacidade to das a s v ezes. Isso foi esc larecido
há a lguns a nos p or meu pai, Henry Blythe, quando lh e p erguntaram se ele
XXXV
Pés: (Pé: 10. Unidade de medida linear anglo-saxônica, equivalente a cerca de 30,48cm do sistema
métrico decimal.). Vinte pés seriam então: 609,6cm, (6m, 9cm, e 6mm) e quarenta pés seriam: 1219,2cm,
(12m, 19cm, e 2mm). (SMJ).
XXXVI
fraco). v.Handicap : (hén-dikép)pôr
Pôr obstáculos; s. Desvantagem imposta a um competidor forte (dando vantagem ao mais
embaraço. (SMJ).
XXXVII
Profusamente: (Profusão: sf. 1. Superabundância. 2. Esbanjamento, desperdício.); (Profuso: adj. 1.
Que se espalha em abundância. 2. Copioso, abundante.). (SMJ).
23
Lancashire Evening Post , datado de 23 de fevereiro de 1966. Outras experiências foram relatadas em
92
hipnotizaria todo o time do Gloucester City, time de futebol, de forma que ele
pudesse vencer, no jogo próximo, ganhando a Taça da Associação de Futebol.
Ele disse ao tim e q ue quando en trasse em campo jogaria para vencer, com o
melhor de sua c apacidade. Realmente, o Gloucester City venceu aquele jogo, m as
perdeu quando en controu um tim e c ujos m embros tin ham m ais capacidade d o q ue
os jogA
adnotes
resdedd
o eCity.
ixar a área de esp ortes pessoais competitivos, que está aberta
93
O que levou o Coronel Lipton a lev antar o a ssunto foi um a n otícia de jo rnal
segundo a qual H enry Blythe usa ra a hipnose para ajudar uma sen horita a passar
no ex ame d e m otorista. O Co ronel Lipton, ao q ue parece, não sabia que a senhorita
não estava em estado hipnótico en quanto dirigia. A ntes de fa zer o teste, tinha
ouvido d e m eu pai que estaria calma e rela xada enquanto dirigisse, e que se
lembraria de to das a s reg ras d o Có digo d as Estradas, guiando d a m elhor maneira
que lhe fosse possível.
Se essa m oça fo sse má m otorista, p oderia ainda ser ameaça na estra da
mesmo se tiv esse sido h ipnotizada m ilhares de v ezes, porque a sugestão h ipnótica
não lhe d aria a experiência de estra da nem aumentaria seu conhecimento, e d e
qualquFoerrma nsim
eira ilaela
r d efa
a lnhsied
ariaandoeteste.
fic a d isfarçada sob o n ome d e “ pânico d o p alco”
e muitas estrela s d o p alco e d a tela , ta nto da tela g rande c omo d a p equena, têm
usado hipnose para ajudá-las a ter m elhor desempenho. M as esse medo n ão fica
circunscritoXXXIX a a tores e atrizes. As p essoas de q ualquer setor d a v ida p odem ter
dificuldades quando sã o c hamadas a se ex pressarem ou a fa lar d iante de um g rupo.
Os jo vens n uma sa la de a ula podem ter esse problema, e sua fortalecida
relutância quanto a falar p ode ser m al interpretada por alguns p rofessores, que
consideram essa s c rianças c omo estúp idas. Longe disso. A c riança deseja poder
falar. Sabe o q ue quer dizer, ainda assim o medo d e q ue a possam to mar p or tola
evita qNum
ue aesropsaolasvara
tosres
seja têm
md usa
itasd.o a hipnose para facilitar o a prendizado d e um
roteiro. Fred die Davis, mais afetuosamente conhecido c omo “Ca ra de P apagaio”,
depois de um tip o d ivertido p or ele criado para o seu espetáculo, a chou a hipnose
útil quando era c hamado a aparecer, como c onvidado, a um espetáculo da
televisã o. die estava de tra balho a té os o lhos, com o verão em B lackpool e o utros
Fred
compromissos; assim, fo i v er um hipnotizador e recebeu a sugestão p ós-hipnótica
de q ue poderia aprender sua parte rapidamente e recordá-la quando estiv esse
dianteSdeagsucnâdm
o aum
rasa n
daota
telev
queisã
aop.areceu no Daily Mail, Freddie Davis pôde
representar a p arte e o episódio que foi lev ado a o v ídeo-tape pela primeira vez, sem
ensaio.
Embora eu concorde em q ue o hipnotizador leigo n ão se ceva en volver com
os esp etáculos tea trais, e outros d o g ênero, p essoas de to das a s id ades os ro deiam,
com problemas referentes à concentração e exercício exato da m emória, e a ssim
esses hipnotizadores podem ajudá-los, em vários n íveis. Portanto, o h ipnotizador
que não é médico n ão precisa depender de c ondições médicas para sobreviver
financeiramente. Seu escopoXL é lim itado apenas pelos lim ites de sua im aginação, e
se ele não pode libertar sua imaginação, deve procurar um hipnotizador.
S u m ário
XXXIX
Circunscrito: adj. 1. Lim itado, restrito. 2. Que tem limites determinados. (SMJ).
XL
Escopo: (ô) sm. Alvo, mira; intenção. (SMJ).
94
12
O S PE R I G O S D A HI P N O S E
porqueEmela
asnálhlise
e dpizrioalm
on: g“D
adoauto
eur,cqouner
cosa
rdabria
er?coEm
uonãpoonotoam
deovm
ista
ais.”
analítico, mas a
transferência positiva p ode ser ev itada na p rática m édica e d entária geral,
acrescentando uma sugestão mais ou menos nestes termos:
E agora que você está se relaxando realmente bem, e p orque está colaborando e se
relaxando bem, sab e q ue nós a estamos ajudando para resolver o seu p roblema. E porque eu
estou ap enas ajudando você a se ajudar, você não tem necessidade, nem motivo, n em
desejo, de se sentir dependente de mim…
95
A Associação Médica Britânica, no relatório da sua subcomissão obre “O Uso
Médico do Hipnotismo”, publicado em 1955, teve de fazer este comentário:
“Os p erigos d o h ipnotismo têm sid o ex agerados em alguns lugares. A sub comissão está
convencida, entretanto, d e q ue eles existem, esp ecialmente quando o hipnotismo é usad o
sem apropriada co nsideração, em p essoas que são, co nstitucionalmente, ou p or efeitos d e
doença, predispostas a reações psiconeuróticas graves, ou co mportamento anti-social…”
Interpreto esse parágrafo do rela tório como sig nificando que o hipnotismo é
perfeitamente seguro, c ontanto que cada p rofissional tra balhe d entro do c ampo de
sua competência. P orque a hipnose, na p rática geral, médica o u d entária, n ão
pretende substituir o papel do p siquiatra. Ela pretende ajudar os p acientes que
constantemente procuram a a tenção d o m édico p ara satisfazer a uma n ecessidade
psicológica, e não por serem psicóticos. Podemos ir até o ponto de d izer que a
hipnose é uma “m edicina p sicológica p reventiva”, e evita que os p acientes
neurótQicuoaslqse
uertop
rnrejuíz
em posicqóutic
e pousdeesse
neceassita
dvir do suso
de cduaidhaip
dnoosspesé
iqutra idoos.
iáztric à bailaXLI
por mal concebido e, em muitos casos, ridículo abuso e mau uso da sugestão.
Há um c aso relatado de um p rofissional q ue fazia uma c onferência e
demonstração d e h ipnose, na q ual in corporava vários tip os de fen ômenos
hipnóticos. Nessa ocasião, ele disse a seu paciente: “De a gora em diante você n ão
ouvirá nada. Não p ode o uvir absolutamente nada. O que quer que aconteça d aqui
por diante você n ão poderá ouvir.” Para demonstrar q uanto era eficaz essa
sugestão, o demonstrador d isparou um a p istola de tiro d e p artida m uito próximo
do o uvido d o p aciente, e não houve rea ção a o esto uro ruidoso. O h ipnotizador pode
ter-se sentido sa tisfeito com o auxílio visual, mas quando term inou a hipnose, o
paciente permaneceu sob h ipnose. Qual a ra zão d isso? O p aciente aceitara a
sugestão d e c ompleta surdez, e isso sig nifica q ue ele não estava preparado para
ouvir aEm vozsua
do hanipsied adaedopr.ara impressionar seus colegas, o hipnotizador esquece
notiz
d e faser
não zerasug estãvoz
minha o seletiv
…” o paâ. nSiecoele
qutivesse
e se segduito “Dm
iu: ja aqauiispteria
or diaancte
onvtec
ocêidnoa.dM
aoaus,vinráã,oa é
para surpreender, isso fez com que muitos d os médicos que assistiam à
demonstração fic assem subseqüentemente receosos d e usa r a h ipnose, não fosse
catástro
Um femidéêdnictic
oad easejo
contec
u saerber
cose
m eles.
poderia produzir amnésia seletiva n uma
paciente com o qual esta va trabalhando, e lh e d isse: “Quando a brir os o lhos, não se
lembrará de n ada d esde o m omento em que fechou o s o lhos e se relaxou. Não tem
lembrança d e n ada d o q ue aconteceu ou d o q ue eu disse.” Viu que conseguira obter
a amnésia, p orque a senhora de n ada se lem brou. Mas a perda d a m emória
preocupou-a tanto que ela passou a ter in sônia, e to rnou-se presa da a nsiedade a o
raspar o cérebro tentando rec ordar o que acontecera enquanto estava sob h ipnose.
Usando a h ipnoanálise, um psiquiatra fez com que um homem regressasse
aos cinco anos d e id ade. O trauma o riginal foi lo calizado e a energia represada, a
ele associada, foi p osta em liberdade. A sessão term inou então. Foi n a sem ana
seguinte que o paciente disse: “Esta foi um a sem ana en graçada, d outor. Parece q ue
da últim a v ez que estive a qui desenvolvi um a p ersonalidade d ividida. Há o casiões
XLI
Baila: sf. Desus. Baile. Vir à baila. Vir a propósito. (SMJ).
96
em que sinto que reagi como se fo sse uma c riança, novamente.” Mal o psiquiatra
ouviu isso soube q ual era a c ausa. E squecera-se de d izer ao p aciente, antes de
terminar a sessão p recedente: “E dentro de a lguns seg undos c hegaremos ao fim d o
relaxamento, m as quando isso a contecer você já n ão terá cinco anos d e id ade. Você
terá…Isso
anosp,roevesta
a qureá oaqpui
rofcissio
omignoalem …p…
não odee a
dedixaata
r cé……
oisa a”lguma ao acaso, quando
se trata de dar e remover sugestões. Nem pode pressupor nada.
XLII
Disparate: sm. asneira. (SMJ).
97
13
HIPNOSE E R EENCARNAÇÃO
do Co lofor
Search ra d o, M oMurphy
Bridie rey Bern(Ostein
Cas,oq due B
cornidtin
iehM
auosrp ), eesc
phoyrm norres, da
ito p odr oum
s pohrip
umnoatizador
senhora em estado hipnótico, sobre uma ex istência anterior q ue vivera na Irla nda,
no século dezenove.
Naturalmente, o conceito de q ue vivemos antes não é novo. Várias relig iões
orientais, o Budismo e o H induísmo, aceitam isso im plicitamente, e místicos de
todas a s n ações têm estado certos d e q ue viveram a ntes, e têm dado d escrições
pormenorizadas do q ue lhes aconteceu. Descreveram a c ultura da ép oca e o m odo
de v ida, e, em certos c asos, o ambiente e o estilo de v ida d escritos fo ram p rovados
como h istoricamente corretos, embora o místico n ão tenha feito um estudo
particuAlarind aquele
vestig açãpoedrío
e dBoern
dastein
histó
tarm
iab
. ém não foi a primeira tentativa quanto ao
uso da hipnose como um método de enviar as pessoas a tempos pretéritos.
How toSAchieve
egundo Past
o faLife
lecidRecal
o Vo lslne(yCoM
maothA
iso
lcna,nd
çae rLL
osemAbnra
genles,
çasem
da sua
VidamPoanssa ),
ogrdaafia
em 1950 ele usava esse método.
Mathison d iz como d esenvolveu uma série d e sin tomas d epois de so fre um
grave revés em negócios, e verificando que não conseguia alívio com os
profissionais médicos ortodoxos, tornou-se um estudante de “d ianética”, em 1949,
para vNo
er se
anisso
o segouainjud
te aele
ria. inventou um instrumento chamado “Eletropsicômetro”
— uma série de aparelho de raios X psíquicos — pretendendo localizar na mente
98
inconsciente incidentes anteriores que estivessem causando rpoblemas à
personalidade.
Durante as ex periências c om o seu instrumento, M athison v iu que estava
obtendo respostas a firmativas à pergunta: “H á a lgo m ais em seu caso, c om o que
d evem
nesta os to
vida? ” mar c ontato, e q ue é ainda anterior ao momento de sua concepção
Depois de usa r seu a parelho d e ra ios X p síquicos para se certificar de q ue era
99
John Ga rwood, seu ancestral, não sa íra para caçar so zinho. E ram sete a s
pessoas do g rupo, e quatro dentre eles pereceram. Contudo, ele foi sa lvo p or peles-
vermelhas e sua perna foi a mputada. As a notações localizadas d eclaram q ue “ele
não foi d e g rande utilid ade p ara si próprio e para a colônia, a pesar d e ter c asado e
criadoNoumqauefaamm
ília
im” se
24
. refere, essa estória não prova a existência de m emória
ancestral, ou d e reen carnação, p orque está dentro do â mbito do q ue a senhora em
questão tiv esse ouvido d a estó ria de J ohn Ga rwood, quando c riança, e h ouvesse
esquecEim
do resp
o faotosta
. a essa espécie de crítica, e para apoiar o uso do regresso à
reencarnação como parte da terapêutica hipnótica, Volney Mathison escreveu, no
Power and Glory of Sex (P oder e Glória do S exo):
Não há n ada a gan har com a rejeição d os fenômenos de um a vid a an terior, sob o p retexto de
que é “fictícia”. “Não-científica”, “metafísica”, ou co isa assim. O p resente escritor é d e
opinião, en tretanto, q ue os aco ntecimentos d a vid a p assada, se genuínos, podem ser
realmente transmitidos através de d ados nos genes e cromossomos, e que os d ados dessa
“vida p assada” que presumimos existir, são, p ortanto, an cestrais e genéticos. Na análise
final, os p rocessos d e eletrop sicometria têm o propósito de curar o p aciente perturbado, e se
a ativação de im agens m entais, ou “so nhos” de um a “vid a p assada” curam-no, então os
processos podem ser vistos como um sucesso25.
24
Ambos esses casos foram integralmente descritos em How to Achieve Past Life Recalls.
25
Publicado por Mathison, em Los Angeles, 1956, pág. 76.
100
quando meu pai considerou que nada mais havia a rebuscar, disse-lhe que os anos
tinham passado e ela estava com cinqüenta anos.
A expressão fa cial d a p aciente modificou-se, e meu pai contou-me, mais
tarde, que ela realmente parecia mais velha, mas poucas foram a s in formações
obtidas, a não ser que seu marido se m anifestara como um p erfeito canalha, e já
não exQistia
uan.do lh e d isseram q ue estava com sessenta anos ela c omeçou a divagar, e
sua fala era a de um a v elha. Como os id osos, seus interesses estavam n o p assado.
Continuou a rep isar em q uanto era brutal seu m arido p ara com ela, e q ue homem
Elnele
horríve tãofo
Hrean. rM
yaBslyth
faleoud,isse
realqmueenote,
utro
qusedjá
eznaãnoopsose
diah avnidaamr p
diareito
ssa.do e
perguntou-lhe o q ue acontecera nesses últimos dez anos. Ela respondeu a algumas
perguntas, dizendo inclusive q ue sabia que não ia viver muito mais, e ficou
silenciosa.
O que aconteceu durante esse silêncio foi relatado por meu pai em seu livro
The Three Lives of Naomi Henry (A s três v idas de Na omi H enry):
Eu estava o lhando firmemente para ela, meus dedos no seu p ulso de sua m ão esquerda.
Ainda não havia resposta por parte de Nao mi, e, subitamente, senti que seu pulso parava,
sua respiração — claramente audível durante ambas as sessões — parou, todos o s traço s d e
cor d eixaram seu rosto. P arecia estar morta. Debrucei-me ain da mais perto e tentei
descobrir um traço de resp iração, m as nada h avia. A atmosfera da sala estava ten sa. Pude
sentir medo em m inha esposa e no taq uígrafo. D epois ambos co nfessaram que tinham
“Vo cêo está
ficad apavosalva,
rados.euResto coemntvo
apiduam ê.leiVoco
e, cfa cêmestá salva,
urgên salva,
cia, ao salva…
ouvid o de Nao
” mi:
Vagarosamente, seu pulso começou a bater de novo, sua respração i voltou, alguma cor
retornou ao seu rosto. Penso que se haviam passado cinco segundos…” 26
O interrogatório foi enãt o recomeçado, para saber com que idade ela
morrera como Mary Cohen.
A paciente não quis falar, e só depois de uma ordem positiva foi que ela disse
ter moO
rrid o comdsessen
resulta o dessatadream
seis
áticaaneosa d e idadde.ora experiência foi ter D onald
ssusta
Gomery escrito no Daily Express , datado de 2 8 d e a bril de 19 56, q ue todas a s
experiências q ue estavam sen do levadas a efeito, n essa mesma lin ha, em v árias
partes do p aís, deviam c essar d ali por diante. Citava o que fora transcrito quanto
aos acontecimentos d e E xeter, no d ia 4 de a bril, e continuava: “A quela mulher,
como v êem, tin ha “morrido” com sessenta e seis anos. Quando o h ipnotizador
perguntou-lhe o q ue estava fazendo quando tin ha setenta anos, ela compreendeu
que esta
O Svra. Go
“mm orta
ery”. esc
Foilanreec
ssa
eu oocqauseiãqoueu
eriaela
dizpear:ro
“Puoddee ser,
respciraonr.”tudo, que a
publicação d essa experiência induza o utros, não suficientemente qualificados, a
levar adiante experiências sim ilares sem supervisão a dequada, e isso terá efeito
prejudicial, talvez, sobre a pessoa hipnotizada…”
jornal,Meeu empai,bomrauitopundaeturalm
sse ceonm te, ficouder
preen basta eteodeed
q un saiptoorntacdon
oscidoem
raa
vadenceisã o dorio
cessá
26
Henry Blythe — As Três Vidas de Naomi Henry (The Three Lives of Naomi Henry) (Frederick Muller,
Londres, 1956), pág. 71.
101
proteger os leitores, decidiu, depois de muita deliberaçãoXLV, continuar com sua
pesquisa sobre reencarnação.
Nas sessõ es posteriores, a Sra. H enry deu pormenores de a inda uma o utra
vida, no séc ulo dezenove, e no in ício do séc ulo vinte, como Cla rice H illier, e
também interpretou, se esta é a palavra correta, um a c ena d e m orte, e disse como,
na q ualidade d e Cla rice H illier, tinha sido sep ultada na sep ultura 207, em
Westbury-on-Trym, perto de Bristol.
MurphyMeas,The
apesa r deLives
Three todasof aNaomi
s inform
Henry adaaspônd
açõ,esnadd o elivser
ro The
encSearch
ontrafor
doBridie
para
corroborar e p rovar q ue Bridie Murphy, Mary Cohen ou Cla rice H illier tivessem
XLVI
um dia vivido so bre esta terra. P ortanto, a q uestão d o reg resso à reencarnação p ela
hipnose deve p ermanecer um enigma, e n ão devemos abrigar pensamentos
esperançosos, motivados pelo nosso desejo de o bter alguma p rova de q ue temos
vida a pós a m orte, e assim, ex pandir e distorcer as ev idências b astante delgadasXLVII
que temos em mãos.
Quando fa lo sobre esse assunto com as p essoas que desejam
desesperadamente acreditar n a reen carnação, elas se a garram à m orte de “M ary
Cohen” n a d écada in iciada em 1830 e na m aneira pela qual Na omi H enry começou
a “morrer” em 1956, c omo p rova mais do q ue suficiente para elas. Isso é uma p ena,
porque deixam de lev ar em consideração q ue muitas p essoas podem ter, e chegam
a ter, vTon
odtaode
s jáde
oum viomrrer.
os falar d e p essoas que morreram p or terem o coração
partido, depois de p erderem um ser amado, e sa bemos, igualmente, que o coração
orgânico n ão se parte em milhares de p edaços, mas que as p essoas, lentamente —
às vezes rapidamente — morrem porque perderam a vontade de viver.
Houve um a série d e c asos b em comentados d e a borígines africanos e
australianos q ue, sendo amaldiçoados p or um feiticeiro-curador, foram len tamente
se acabando a té que a morte os a rrebatou. Um d esses homens fo i ex aminado a ntes
de m orrer, e nada h avia de o rganicamente lesado, m as, como o a borígine
acreditava que a morte seria inevitável, nada d o q ue a moderna m edicina p udesse
fazer saEm lvum
ariaasua
o u ovuitra
da.ocasião to do médico tev e d e en frentar p acientes que
perderam o d esejo de v iver, que recusam en carar a v ida, e sob ta is circunstâncias o
médico n ão tem o poder de in tervir. Nas á reas rura is da In glaterra, q uando isso
acontece, dá-se esta explicação: “E le virou o ro sto para a parede”, e isso quer dizer
que o paciente voltou as costas à vida.
Contudo, minhas reserv as quanto à validade d a reen carnação hipnótica n ão
significa q ue não existam c asos em q ue a reencarnação p arece ser a ún ica
explica
Açã o ipsta
rev ossív
ameeric
l. ana Look , no ex emplar d atado de 2 0 d e o utubro de 19 70,
publica um fascinante artigo in titulado “Há O utra Vida A pós a M orte”, que conta
sobre uma p esquisa levada a efeito p or um eminenteXLVIII p siquiatra americano, o
XLV
Deliberação: (Deliberar: v.t.d., int. e p. 1. Resolver(-se), após exame, discussão. T.i. 2. Discutir,
examinar.) (SMJ).
XLVI
Corroborar: v.t.d. Confirm ar, comprovar. (SMJ).
XLVII
Delgado: adj. 1. Pouco espesso. 2. De reduzida grossura ou diâmetro. 3. Magro. (SMJ).
XLVIII
Em inente: adj2g. 1. Alto, elevado. 2. Excelente. (SMJ).
102
Dr. Ian S tevenson. Ele investigou muitas c entenas de c asos d esde q ue teve in ício
seu interesse pelo assunto, em 19 53. D evido à s reg ras sev eras q uem impôs p ara seu
programa de p esquisa, fo i fo rçado a d ispensar a m aioria daqueles casos, porém
conserDvaom
ueqsm
uaraenmtaaneeq ua
ira troeudecles
,m eticq ueodso
ism esa fiaamreg
bre quraessã
lquer outra
o em intcerp
reen arnra
eta
çãçoão.
hipnótica n ão significa q ue ela não possa ser usada por hipnoanalistas, com a
finalidade d e tra zer para o consciente as a titudes que o paciente é forçado a
“É fácil responder isso” — p ode o p aciente dizer. “Eu q uero ser igual a os
outros h omens. Quero ser capaz de a mar, de m e c asar e d e ter filh os. Mas, tal c omo
acontece a gora, é c omo se h ouvesse alguma c oisa dentro de m im que me im pede d e
fazer isso. P or isso quero que o senhor d escubra o que me está seg urando, e me
livre dO
issopr.o”cesso de h ipnodiagnóstico é p osto em ação, mas nada v em ao
consciente que possa responder pelo problema. O terapeuta considera, en tão, que o
paciente está sofrendo de a nsiedade a guda, devido a o rec eio de fra casso sexual, e
combina c om ele para que sejam feita s sessõ es de tera pia de rea lidade, a fim de
animaA r gseu
ora egveojaamboastidesse
o. paciente dois meses depois, só para descobrir que não
há modificações em seu ponto de vista.
Se o hp i noanalista quisesse usar a regessã r o à reencarnação hp i nótica,
poderia dizer:
Há uma teoria que afirma que as pessoas cujos sintomas não respondem ao tratamento que
já tentamos estão realmente sendo afetadas por um incidente ou experiência traumática que
aconteceu a um de seus ancestrais.
Segundo os que aceitam essa teoria, o incidente original foi passado através dos tempos, sob
a forma de memória ancestral, e jaz na profundeza do inconsciente.
Isso pode ser ou não ser correto. Não sei, mas se quisesse explorar mais esse ponto, estou
pronto a auxiliar. Acha que vale a pena?
dois caOmqinuheosacaobnerto
teces paara
segoutera
ir deppeuta.
ende da resposta recebida. Se for um “sim”, há
O primeiro é induzir à hipnose, estabelecer a resposta ideomotora em um
dos dedos, e depois fazer a pergunta:
103
É possível que o seu problema tenha sido causado pr o uma lembrança ou md e o
mergulhados profundamente em seu inconsciente.
Pode muito bem ser que se trate de alguma coisa que aconteceu a um de seus ancestrais, e a
lembrança do passado distante tenha passado para você.
Conscientemente, você não saberá se uma lembrança do passado está causando o problema,
mas sua mente inconsciente saberá a resposta, e poderá dizê-la, a você e a mim. E assim é
que poderemos descobrir…
ancestra
Sel: o hp
i noanalista quisesse usar a regessã
r o à reena
c rnação inid
c en t e
Dentro de alguns segundos, eu irei contando, lentamente, em contagem regressiva, através
do tempo.
“século
Co meçarei
dezopieto
lo”,século
“séculovin
dete,
zesseis”.
que é o nosso tempo presente, depois direi “século dezenove”,
E quando eu mencionar o século exato em que algo aconteceu para causar o seu problema
presente no século vin te, então, e só en tão, o p rimeiro dedo d e sua m ão esquerda se
levantará, rapidamente, e bem alto…
Muito bem, e d aqui por diante, quando sua mente inconsciente desejar responder a uma
das minhas perguntas que eu vou fazer, como “sim”, ou afirm ativa, estará girando o
pêndulo em direção dos ponteiros do relógio, tal como está girando agora.
Quando ela quiser responder a uma p ergunta com um “n ão”, ou n a n egativa, estará girando
o pêndulo em direção contrária à dos ponteiros d o reló gio, assim . E ago ra que você está se
concentrando no p êndulo, sua m ente inconsciente está fazendo o giro de o utra maneira, na
direção contrária à dos ponteiros do relógio…
Só dp
e ois que esse padrão de respsta
o s era estaelec
b id o Mth
a ison
pergunSta
evoab: tiv
“Peosse
de cresp
onseg
osta
uir aofirm
regaresso
tiva, isso
a umera
a vóidtim
a aon; terio
mas,r se
a esta
receb
épiaoresp
ca?”osta
negativa, continuava perguntando, até descobrir por que a resposta afirmativa n ão
era possível. “Está receoso de eu p ossa ficar preso ao p assado, sem v oltar a o
presente?” “Poderá regressar a uma vida anterior em outra ocasião?”
Contudo, como esta mos tra tando d e um a estó ria hipotética, que vou
criando, ficaremos com a resposta ideomotora como n ossa ferramenta de
investigação, e faremos de c onta que o primeiro dedo d a m ão esquerda erg ueu-se
para mostrar que algo acontecera no século dezessete.
104
Sob hipnose, e tendo regressado ao século dezessete, o paciente pode contar
sua estória:
Há um so ldado co mbatendo na E spanha, e foi cap turado p elo inimigo, q ue é notório pelo
mau tratamento que dá ao s p risioneiros, mas o carcereiro-chefe é um homem grande,
co
Serppaurolen
u too,pprisio
erverso
neiro de seus camaradas e quer ter relações anais com ele. O prisioneiro
tenta lutar, mas não o consegue.
esc
LadyoLnd
Did
oa soesta
yle b o pvaaletó
naq. E ntão
uele moom
h ip
entootiz
.A adresp
or diosse
sta afooipqauceien teesta
ela quevvaisse
senota
nde
a em seu
quarto, e o p aciente pôde fa zer uma d escrição ex ata de tud o q uanto havia naquele
quarto. A essa a ltura Erskine p erguntou a Sir A rthur se podia instruir o paciente
para dizer o que La dy D oyle estava fazendo, m as Sir A rthur disse que isso não era
necessário, d e v ez eu ele já tinha visto e ouvido b astante. Foi um a g rande p ena,
porque não houve q ualquer evidência para confirmar a reivindicação d e E rskine, de
XLIX
Sir: (sâr) s. senhor; título de respeito. (SMJ).
27
Publicado pela Wilshire Book Company, 8721, Sunset Boulevard, Los Angeles, Califórnia, 1957.
L
Lady: (lêi-di) s. senhora; dona-de-casa; dama; esposa.
105
que a mente inconsciente — ele a chamava subconsciente — “podia ligar o espaço e
o tempo”.
Como o paciente já tinha mostrado que podia “ler” os p ensamentos d e Si r
Arthur Conan D oyle, é possível que tenha obtido telep aticamente a descrição do
quarto da esp osa do esc ritor. Mas se lhe tiv essem permitido d escrever o que a
senhora estava fazendo, e um a a notação q uando a o tem po exato pudesse ser
verificada junto deLa dy Doyle, a sessão teria sido mais significativa.
A telepatia poderia também explicar o que aconteceu quando m eu pai,
Henry Blythe, colocou a S ra. Na omi H enry, de o lhos vendados e in struiu seu “eu”
para deixar o corpo físic o e v ir ficar de p é a seu la do, d e fo rma q ue pudesse “ver” o
que se estava passando. Nisso ela teve rep etidos êxitos, tanto em sessões
particulares como d iante de a uditórios, no Ca mpo d e Féria s S t. Mary, em Brixham,
SouthEDxepvlic
on a.ção sim ilar ser viria para a ocasião, em 1960, em q ue Henry colocou o
Sr. Harry Jackman, h omem de trin ta e um anos, pai de c inco filhos, em hipnose, e
deu-lhe um reló gio de p ulso que pertencia a um homem presente, para ver se o
hipnotOizaSdro. Jpaocdkem
ria
andadrisse
alguqnusepoorm engoiores
reló erasoum
bre poresen
donot.e da esp osa do
proprietário, e en tão c omeçou a divulgar alguns reta lhos altamente confidenciais
da v ida p articular d o d ono d o reló gio, c oisas d esconhecidas de q uantos esta vam n a
sala. Ainda segurando o reló gio, o S r. Jackman foi en viado “para diante no
tempo”, e pediram-lhe q ue relatasse o que aconteceria ao d ono d a p renda durante
aquele período. S e essa s p redições , por falta de m elhor palavra, to rnaram-se
realidade, eu não sei, mas quando m eu pai mandou o p aciente “para trás n o
tempo”, o Sr, Jackman pode d escrever muitos d os acontecimentos rea is da v ida
daquele
Hehno
rymtaem
mb. ém deu ao S r. Jackman um objeto pertencente a um cirurgião-
dentista que estava na sa la com eles, e dessa vez o objeto revelou q ue o dentista
estava pensando em v ender parte de sua p róspera clínica, d e fo rma a p oder dedicar
mais tempo aos seus pacientes. O dentista ficou estupefato LI. Confessou q ue aquilo
que ouvira estava correto, c ontudo tin ha sido g uardado c omo a bsoluto segredo, a
fim deAqté
ueaíomresulta
uito bedmo, d
maassnaeteo
gocriia
açtelep
ões ántic
ãoafo
n sãse
o lapnrçejud
a q uicaalqduoer
. luz em casos d e
precognição , quando um a p essoa, sob h ipnose, é enviada para diante, no tem po,
LII
106
Cinco dias d epois tive m otivos para cogitar n o q ue haveria atrás d a p ergunta
que meu pai fizera, p orque os jo rnais matutinos traziam um a p equena n otícia,
declarando q ue corriam b oatos, em Moscou, boatos d epois confirmados, de q ue o
major Ga garin estava doente e fora forçado a c ancelar a lguns d e seus
compro
Inm
icisso
ialmsenptúebltelefo
icos. nei para Henry, a fim de perguntar como sabia ele da
doença do cosmonauta antes que a imprensa o soubesse.
LIII
Digressão: sf. 1. Desvio de rumo ou de assunto. 2. Excursão, passeio. 3. Subterfúgio, evasiva. (SMJ).
107
saber onde ele ia, naquela ocasião, nem com quem se encontraria, e confirmou,
também, que as anotações do hipnotizador eram exatas sob todos os aspectos28.
Embora eu concorde q ue tudo isso é fa scinante, e mostre a necessidade d e
experiências rig orosamente controladas a serem feita s n essas m esmas linhas, da
mesma m aneira pela qual v astos p rogramas d e p esquisas q uanto ao p oder da
psique estão sen do empreendidos na U nião S oviética e n a m aioria dos países da
Europa oriental, ainda afirmo q ue isso deve ser c ompletamente divorciado do
trabalho d o h ipnoterapeuta. Q ue as un iversidades instalem departamentos d e
pesquisa hipnótica, como fez a U niversidade d e M anchester para facilitar o
trabalho d o D r. John Cla rk e sua máquina, o Hipnotizador Simulado, e só
publiquem os resulta dos d e sua s ex periências d epois que eles tenham sid o
cuidadAotsa
é qm
ueenvteenahnaaalisa
alvdoora
s.da desse dia, será m elhor para o hipnotizador manter-
se com a hipnoterapia, e q ue os in teressados em fen ômenos psíquicos fiquem em
seu próprio campo. Isso n ão deve ser m uito difícil, porque Erskine esc reveu:
“Jamais, até agora, en contrei um paciente que pudesse, em transe hipnótico, fazer
o que não poderia fazer quando n ormalmente consciente, mesmo q ue soubesse
como faze-lo.”
S u m ário
28
Alex Erskine: A Hipnotist’s Case Book .
108
14
O F U TU R O D A H I P N O S E
A maioria das mães e dos pais têm uma id éia distorcida so bre a hipnose,
idéia habitualmente recolhida n o n oticiário orientado para o sensacionalismo, e
isso resulta num antagonismo p ositivo à id éia de q ue seus filhos possam ser
expostos a um S vengali pedagógico, porque isso lhes parece ser um a fo rma d e
lavagemPorcseu
ereblard
aloa
, aGeo
s a urto
geridOardweesll,edduec“19
acio8n4a”.is estão c onscientes dessa atitude
dos pais, e para proteger o sistema esc olar c ontra ataques, detestariam m encionar o
uso das técnicas h ipnóticas por parte de q ualquer professor, numa sa la de a ulas,
fosse qual fosse o benefício que o estudante pudesse usufruir disso.
Apesar d essa estreiteza m ental, a hipnose educacional está fa zendo
progressos, e não fica fo ra do â mbito da p ossibilidade a v inda de um a ép oca em q ue
os p ais estejam p edindo que seus filhos recebam as v antagens d o h ipnotismo q ue
outras crianças estarão obtendo.
Em 19 66, n os Estados U nidos, uma ex periência controlada foi rea lizada p elo
Dr. Peter H. C. M utke, médico, o Dan-Ro, Sistema Co rretivo d e L eitura de S ão
Francisco, e da Fa culdade d o Co légio da P enínsula Monterey, para ver se o
processo da leitura p oderia ser acelerado, e a c ompreensão m elhorada através da
h ipnosOe.
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reençsããoo ddea
29
Relatado em Hypnosis Quarterly , Vol. XI, nº 4, 1967.
109
leitura, depois de cinco ou seis sessões, quando os estudantes que aprendiam pelo
método ortodoxo tiveram, em média, vinte e duas sessões30.
A importância da a celeração d a leitura n ão deve ser p osta de la do, p orque,
com a nossa tecnologia avançada, todos o s estud antes devem ler cada v ez mais
material im presso, e seu g rito universal é: “M ais livros p ara ler? Onde
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trarem
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assapdoo?”foi noticiado pelo Independent Star-News, de Pasadena,
CalifórOnipar,ocfesso
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s.
de ex periência no m agistério, tin ha estado trabalhando durante três anos c om
hipnose, na sa la de a ula, ta nto para eliminar ansiedade c omo p ara melhorar o
desempenho acadêmico das crianças educacionalmente atrasadas.
Ele contou a o Independent Star-News , através do seu c orrespondente, que
usara a hipnose em cera de m il crianças, entre nove e c atorze a nos d e id ade, e que
houvera melhora marcante em todas a s c rianças a trasadas c om as q uais tratara,
uma o u d uas d elas ten do subido d o fun do das respectivas classes para o mais alto
posto.O Sr. Matsukawa fez um a d emonstração, mostrando c omo a m emória
melhorava como resulta do da sug estão h ipnótica, e disse que as c rianças que
tinham d ificuldade p ara aprender uma lín gua estrangeira ficavam capacitadas a
110
pais e aos alunos, foi o fato de que os que aprenderam sob hipnose tornaram-se
mais ajustados, psicologicamente.
À proporção que adquirimos conhecimento mais profundo da im portância
do rela xamento no p rocesso de a prendizado, torna-se mais possível esperar q ue os
professores primeiro relaxem seus alunos, antes das lições, vencendo assim as
objeçõAes corren
esse resptes coonfuturo
eito tra a hpipondoesjáe.ter c hegado, porque inúmeros rela tórios
professor. Fazendo isso, o In stituto declara que os estud antes absorvem um curso
O aDnr.oLso
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. ia nada tem em
comum com a hipnose e o aprendizado so b so no, m as é baseado em seu estudo d e
Ioga e do c ontato de m ente a mente. Suas n egativas podem ser devidas à sua
própria idéia do eu é a h ipnose, mas se pensarmos na in dução mental c riada pelo
Dr. John H artland (Capítulo 1) veremos que há um elo d efinitivo en tre as d uas
coisas. Na Sugestopedia os estud antes são so licitados a p assar sua m ente
consciente para a música. Na técnica H artland, o p aciente hipnótico é so licitado a
concentrar-se na c ontagem regressiva, mentalmente, de trez entos a té zero.
Enquanto os estud antes e pacientes ocupam seus censores críticos dessa maneira, o
material p edagógico o u a s sug estões hipnóticas podem ser passados p ara sua
mente/Em emcó
stá laria incnoãnoscim
ro eu ien
pote.
rta que o Instituto de S ofia esteja usando a h ipnose
aplicada; a fórmula de en sino é ún ica, e pode ter p rovado que alunos podem
“divagar em seu caminho para o conhecimento”.
O mesmo c onceito ocorreu a uma estud ante de a rte e música d o Co légio
Educacional de Y orkshire, há q uatro anos, e ela sugeriu ao p rofessor d e m úsica q ue
poderia ser vantajoso selecionar d iscos de m úsica c lássica que tocassem enquanto
eles se ocupavam na sa la de a rte. Pensava que isso tornaria os estud antes
familiarizados c om aquelas p eças musicais, e quando c hegasse a ocasião em q ue
realmente teriam d e to cá-las, isso se tornaria muito mais fácil. Sua idéia não foi
considOeuratra
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futuro
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nologciaiae
. da lei.
31
Sheila Ostrander e Lynn Schroeder, Psychic Discoveries Behind the Iron Curtain (Prentice-Hall, 1970)
[Trad. Bras.: Experiências Psíquicas Além da Cortina de Ferro , S. Paulo, Cultrix, 1974.]
111
O número de outubro de 1962 do Journal of the American Institute of
Hypnosis (Jornal do Instituto Americano de Hipnose) trouxe uma nota informativa
que dizia ter um membro do I nstituto, D r. T. E . A . D edenroth, m édico, ajudado
homens d a lei a id entificar um motorista que atropelara e fugira quando d e um
acidenUtemfa
a ttestem
a l. unha da c ena d o c rime n ão pôde rec ordar os p ormenores sobre o
veículo envolvido, quando in terrogada. T udo a contecera tão ra pidamente, mas
112
Para ser justo com os a nestesistas d os dias p resentes, eles já usam sug estões
de rela xamento com seus pacientes, mas um anestesista me d isse, depois de ter
assistido a um c urso sobre hipnose: “Eu ten ho usado a hipnose há a nos, e não sabia
disso.QMuaasnd
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psoeles,
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s mmaurgito
in.a” is
aparecerão. Menor quantidade d e a nestesia química será ex igida d urante a
operação; o choque e o desconforto pós-operatório diminuirão, e o processo natural
de curaA in
será
sônia
acaelera
indadaof.eta milhões de p essoas nas Ilhas Britânicas e as d rogas
soporíferasLIV sã o rec eitadas e c ustam m ilhões de lib ras. Porém, o m ais importante
são o s p erigos envolvidos. Os p acientes podem tornar-se dependentes de sua s
pílulas p ara dormir, e podem formar uma to lerância que os lev a, incidentalmente, a
tomar uma dose excessiva.
Seguramente, no in teresse da seg urança e d a ec onomia, n ão seria de m aior
benefício estabelecer-se clínicas para a insônia, q uando h ipnose de g rupo p udesse
ser estabelecida?
Da m esma m aneira, c línicas d e a sma, particularmente para crianças, terão
alta prioridade n a lista d e um futuro M inistro da S aúde. Elas ev itarão o so frimento
oculto, e ev itarão q ue muitos a smáticos se tornem dependentes de seus in alantes,
ou do uso regular da cortisonaLV.
A parte que a hipnose pode ter n a reso lução das condições psicossomáticas
está bem documentada, m as há, agora, um c rescente interesse na p arte que têm as
emoçõPes or m
soabisredaesum
doaen
d éçcaasdoarse
gântem feito p esquisas m édicas, observando a s
icas.
ligações possíveis entre a emoção e o câncer. Em 19 67 The Observer p ublicou uma
notícia, so b o título : “A s em oções podem estar lig adas ao c âncer”, e contava como o
Dr. David M. K issen, d iretor d a U nidade d e P esquisa Psicossomática no H ospital
Geral SdeouSestud
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Kissen nos Estados U nidos pelos D rs. A. H . S chmale e H. P . Ik er, do D epartamento
de P siquiatria e Medicina d a U niversidade d o Cen tro Médico d e R ochester, Nova
Iorque. Esses médicos entrevistaram q uarenta mulheres no d ia seguinte em que
tinham sid o testa das p ara câncer, mas antes que os resulta dos d os testes fossem
conhecidos.
O objetivo d e sua s en trevistas era a ssegurar-se de q uanta frustração
(desesperança) cada p aciente havia previamente experimentado em sua vida e,
usandO
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as que teriam a
doença, e vinte e três em vinte e seis como as que não teriam.
O Dr. Schmale disse, de acordo com o The Observer , que estava dentro do
113
inconsciente do crescimento maligno que existia em seu corpo, mas também era
possível que a frustração fosse fator de predisposição para a doença34.
Mais recentemente, um número crescente de esp ecialista ingleses em câncer
afirmou o quanto era importante o estado mental d o p aciente para a efetivação da
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adquire mais ampla aceitação, os h ospitais descobrirão q ue precisam d e p sicólogos
34
The Observer datado de 22 de janeiro de 1967 acrescenta este importante parágrafo: “Nenhuma das
investigações implica em que apenas fatores psicológicos sejam responsáveis pelo câncer, mas sugerem que
há alguma ligação entre a doença e certos estados emocionais.”
LVI
Voga: sf. 2. Divulgação. 3. Grande aceitação; popularidade. 4. Uso atual; moda. (SMJ).
35
“ Hypnosis in Anesthesiology”, The Illinois Medical Journal , julho 1936.
114
BIBLIOGRAFIA
Marcuse, F. L., Hypnosis — Fact and Fiction , Penguin Books Ltd., Harmondsworth, Middx., 1963.
Mathison, V., How to Achieve Past Life Recalls , Los Angeles, Calif., (Privately Printed).
Mcgill, O., Encyclopedia of Stage Hypnotism , Abbots Novelty Co., Collon, Michigan, USA, 1947.
Ostrander, S., & Schroeder, L., Psychic Discoveries Behind the Iron Curtain, Prentice Hall,
Englewood Cliff, NJ, USA, 1970. [Tradução brasileira publicada pela Editora Cultrix, SP.]
Roussel Laboratories Ltda., REM, Wembley, Middx.
115
Editora Pensamento
Livraria Pensamento
Gráfica Pensamento
Rua Domingos Paiva, 60
03043 São Paulo, SP
116
Outras obras de interesse:
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autores
NO V A S P E R S P E C T IV A S DA
P A RA P S I C O L O G I A — Rhine e Brier
NOS S A S FO R Ç A S MEN T A IS ( 4 vols.) —
Prentice Mulford
A F ORÇA D O PE N S AME N T O — W. W.
A t k i ns o n
P A RA P S I C O L O G I A E I N C O N S C I E N T E
C O LE T IV O — Dr. Alberto Lyra
P A RA P S I C O L O G I A, P S I Q U I AT R I A ,
R E LI G I Ã O — Dr. Alberto Lyra
O S E X T O S E N T I D O — Rosalind Heywwod
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