Você está na página 1de 115

O H I P N O T IS M O

Seu Poder e Sua Prática

4
P E TER B L Y T H E

O H IPNOTISMO

T r ad u ção de
N a ir L a c e r d a

E D ITORA PENSAMENTO
S Ã O PA U LO

5
Título do original:

HIPNOTISM ITS POWER AND PRATICE

P5ubW
licinasdley
o pS
ortreet,
ArthuLroB
ndaorkneW
r L1td.,

Copyright © Peter Blythe 1971

Todos os d ireitos reser vados. Parte nenhuma d este livro


pode ser rep roduzida (o u utiliz ada) de q ualquer forma o u
por qualquer meio, eletrô nico o u m ecânico, inclusive
fotocópia ou sistem as de a rmazenamento de in formação
sem a permissão antecipada do Autor.

Ano
_________________
92-93-94-95-96-97-98
__________ ______ ______ ______ ______ ______ ______ ______ _____
Direitos de tradução para a língua portuguesa
adquiridos com exclusividade pela
EDITORA PENSAMENTO LTDA.
Rua Dr. Mário Vicente, 374 — 04270 — São Paulo, SP — Fone: 272 1399
_________q_u_e_se
__reserv
_____a__a_p_r_o_p_ried
___a_d_e_literária
_______d_e_
sta
__tra
___ duçã
___o_._______
Impresso em nossas oficinas gráficas.

6
SUMÁRIO

Agradecimentos 8
Prefácio 9
1. Falsos conceitos em torno da hipnose 10

2.
3. A
Quoem
pinipãoodm dich
e éser a iepnaoh ipandoos?e
tiz 20
27
4. Auxiliares hipnóticos 34

5.
6. A
Hisessã de tratamento hipnótico
pnoanoálise 43
52
7. Hipnodiagnose 60

8. “Cura” e controle 72
9. Uso médico da hipnose 77
10. Uso da hipnose na odontologia 84

11. U s o s n ã o -m é d i co s 89
12. Os perigos da hipnose 95
13. Hipnose e reencarnação 98

14. O futuro da hipnose 109


Bibliografia 115

7
AGRADECIMENTOS
Desejo agradecer o auxílio recebido d e c entenas de m édicos e dentistas q ue
assistiram a os cursos d e fin s-de-semana q ue mantive d urante anos, e ofereceram-
me as vantagens de sua experiência.
Nem este livro teria sido p ossível sem os m uitos c lientes que atendi durante anos, e
embora tenha disfarçado a maioria das estórias d e c asos q ue cito, esp ero que essas
pessoas sintam q ue algum benefício obtiveram em rela ção a o tem po em que
tra
Agbraadlheç
amo,oig
s ujun
almtoesn. te, a permissão d ada p ela Penguin Books Ltd. p ara que eu
citasse trechos d e H ypnosis — Fact and Fiction , de F. L . M arcuse, e pela Abbots
Novelty Company o f Co lon, Michigan, p ara retirar c itações da Encyclopedia of

E sinHipnotism
Stage ceros ag,raddeec
Oirm
meonn
tods MacGill.
todos os amigos que, sem dúvida, deram uma
contribuição.

Este livro é dedicado a o fa lecido D r. A. Ch arles Dawes, de S methwick, Inglaterra, e


ao fa lecido D ave E lman, d e Clifto n, N. J., Estados U nidos, porque ambos deram
contribuições valiosas p ara nossa compreensão e a plicação d a h ipnose.

S u m á rio

8
PREFÁCIO
Quando meu editor e eu estávamos fazendo o planejamento deste livro,
tínhamos em mente um objetivo, que era o de remover todo o mistério e toda a
mistificação que vinham envolvendo o assunto hipnose há mais de um século.
Para alcançar este objetivo tive de explicar de que forma a hipnose é induzida, e
como são obtidos os resultados desejados. Contudo, este livro não deve ser visto
como um daqueles equipamentos do tipo “faça-você-mesmo”, porque há muita
coisa mais em hipnoterapia do que o simples fato de se poder auxiliar uma pessoa
a cair em estado hipnótico. E a hipnose não é, em caso algum, assunto para ser
tratado levianamenteI ou para servir de diversão em festas.
Outra das tarefas que nos impusemos foi a de fazer o possível para evitar a
impressão, através de citações de casos após casos, de que jamais enfrentei

qualquer fracasso. Tive alguns deles, mas foram menos freqüentes à proporção
em que eu ia me tornando cada vez mais apto na aplicação, pois tinha
compreendido que a falha não era da hipnose, mas minha. Talvez eu a estivesse
usandoAtravés
de modo
deincorreto, ou a
anos ensinei tentando usá-la quando
várias centenas não ae devia
de médicos ter feito.
dentistas os
princípios básicos da hipnose, e dei-lhes instrução prática sobre a forma de usá-la
em seu dia-a-dia de profissionais. Isso significou que tive de me manter
atualizado, lendo quase todos os livros que apareceram sobre o assunto.
Considerei alguns deles excelentes, porém outros… Contudo, minhas leituras
levaram-me a resolver que meu livro não seria uma repetição do que já tinha
aparecido. E que tentaria evitar o uso de uma linguagem demasiadamente
técnica.Finalmente,
Só espero meus
ter conseguido isso
leitores deveriam saber que não sou médico nem

cirurgião dentista, mas que durante muitos anos fiz conferências sobre hipnose
através das Ilhas Britânicas e dos Estados Unidos da América do Norte. E que
usei a hipnose como hipnoterapeuta e hipnoanalista, investigando como e por que
ela funciona. Menciono isso para evitar que o leitor se sinta confuso, pois em
algumas páginas é usada a palavra “paciente”. Isso se dá quando me refiro à
expressão usada por médicos e dentistas. De outras vezes usei a palavra “cliente”,
Disse-me
quando meum amigo,
referi ao saber
a pessoas que que eu estava escrevendo um livro sobre hipnose:
atendi.
“Peter, ninguém terminará de lê-lo. Todos vão cair no sono.” Só espero que essa
predição se realize.
S u m ário

I
Levianam ente: Irresponsavelmente. (SMJ).

9
1

F A L S O S CO N C EIT O S E M TO R N O D A HI P N O S E

“Cuidado c om a hipnose e com os h ipnotizadores” é uma rea ção b astante


comum, q uando se tra z o a ssunto a uma c onversação. E há in úmeras ra zões para
que isso
A prse
incdipêa. l pedra de tro peço a im pedir que a hipnose seja aceita com maior
disposição pela classe médica e p elo público em g eral, é a falta de c onhecimento.
Isso pode p arecer uma ex agerada declaração c ondenatória, já que o leigo esp era
que os m édicos sejam trein ados em todos o s a spectos d a m edicina. Na verdade, são
treinados em tudo, menos em hipnose.
Embora um relatório da S ubcomissão d a A ssociação M édica B ritânica,
publicado em 1955, d issesse que a hipnose tinha um papel a representar n a
medicina, os estud antes médicos consideram-se felizes se assistirem a uma
demonFostra çãocen
i essa quacn
arên iatodeestiv
in foerm
rem
açãnoo, m
hoasp
is iatain
l-esc
formoalaç.ão errônea espalhadas

através dos filmes e romances de terro r, o que levou certas id éias p reconcebidas a
serem aceitas c omo fa tos. Aquela que mais se destaca é a da im agem popular d o
hipnotizador como h omem de p ersonalidade fo rte e magnética, olhos profundos e
penetrantes, dotado de um p oder sobrenatural, para dirigir e comandar a m ente de
mortais menos importantes do q ue ele, levando-os a o tra nse. Uma vez em transe, o
paciente é visto como q ue reduzido a o p apel de sim ples fantoche, já sem vontade
própria, o bedecendo a todos o s c aprichos e o rdens d o h ipnotizador, sem saber o
Tal fa
que está coznenceito
do. , como é bastante natural, desperta medo, porque ninguém
aprecia a idéia de perder seu autocontrole e ser reduzido a um estado de
inconsc
Inifên
elizcm
ia.ente, essa apreensão m uito compreensível é aumentada, e n ão
diminuída, por muitos m édicos e dentistas q ue usam h abitualmente a hipnose no

exercício de sua p rofissão. Fazem isso quando se referem a o esta do de h ipnose


como “tra nse”, palavra que o dicionário define c omo “esta do de a turdimento,
abstração, êxtase ou ex altação; esta do de p rofundo adormecimento, in tenso e
prolongado”. E como se isso n ão fosse o suficiente para assustar a q ualquer um, o
fato de ser o m esmo term o usa do pelos q ue estão in teressados em fen ômenos
psíquicos para descrever um estado peculiar d e in consciência, n o q ual m ergulha o
médium espiritista antes de en trar em c ontato com os m ortos, causa, c om toda
certeza, extremo nervosismo.

10
O terror d e p erder a consciência é ainda mais enfatizado p elo médico o u p elo
dentista hipnotizadores, quando usa m a p alavra “sono”, enquanto induzem a
hipnose:
E agora você está ficando muito, m uito sonolento; m uito, m uito cansado. Suas pálpebras
estão ficando cada vez m ais pesadas. Suas pálpebras se estão fechando e você está
adormecendo depressa, depressa.

que prEastsa
icousug
am estã
ediocidnea “so
emnMo”anécum a hera
hester, nonçséc
a inuflo
eliz
dezdeenum
ove.certo Dr. James Braid,
No dia 13 de n ovembro de 18 41, o Dr. Braid assistiu a uma d emonstração d e
magnetismo a nimal — mesmerismo — d irigida p elo magnetizador suíço, C. de la
Fontaine. O que viu naquela ocasião in trigou-o, e ele c omeçou a usar o m agnetismo
em alguns d e seus p acientes, com grande ín dice d e suc esso. U m d ia, e p or puro
incidente, chegou a compreender que nenhum de seus p acientes estava
magnetizado, mas entravam n o q ue pensou q ue fosse um sono terapêutico. Assim,
ele tomou a p alavra grega “h ypnos”, que significa so no, e c hamou d e “h ipnotismo”
a essa terapêutica. Durante algum tempo esteve sa tisfeito com essa expressão, até
que, paciente após p aciente, todos lh e d isseram q ue podiam o uvir cada p alavra que
ele dizia. Co ncordaram em q ue se sentiam fisic amente relaxados, tanto que
pareciam esta r a dormecidos, mas mentalmente estavam a cordados e alerta. Co mo
resultaOdD o rd.eBssa
raidev idêvnacia
esta ce, rto
elenten tousua
essa m uúltim
dar oanestimome, amtiv
asa,era tau
porq rdeendinegmuém
ais. A
p a la v ra já en t ra r a n a líng ua in g lesa e to r n a ra - se d e uso
adormece q uando está h ipnotizado. Conseqüentemente, quando o so no é sugerido c o m u m .

pelo profissional, mesmo q ue ele tenha informado o p aciente de q ue aquele é um


tipo esp ecial d e so no, e n ão acontece a quilo que consideramos so no, a rea ção
imediata, d epois da sessã o, é: “T enho certeza d e q ue não estive h ipnotizado. Ouvi,
palavra por palavra, o q ue foi d ito. P ortanto, n ão podia estar h ipnotizado, não é
mesmE os, se
douto
tipor?d”e d úvida e c onfusão fo i ilustra do de m odo id eal p or um homem
que há a lguns a nos v eio me p rocurar, tentando usa r a h ipnose para vencer sua
insônia.
Em nossa entrevista inicial, perguntei-lhe se já tinha sido hp i notizado
algumQ veazn,deo ele
au lh e presp
ergounndtei
eu:o q
“Bueemele
, rea mend
quleria teizneãroc.o” m aquela resposta enigmática,
contou-me q ue antes do A to Hipnótico d e 19 53, q ue proíbe o uso d a h ipnose como
diversão em lug ares onde o p úblico em g eral é a dmitido, sem que primeiro se

obtenha permissão d os magistrados lo cais, ele tinha ido v er um espetáculo dado


por um“Mhaipsnnoãtoiza
fui
dorea
r dlempeanlc
teoh
, iepnpoatra
izaodop”a—
lcoasub
firmira
ou ccoom
motovdoalun
a tseg
áriou. rança.
Com um a p equena sug estão d e m inha parte, contou-me a lgumas das coisas
bizarras q ue fizera, ta l c omo fin gir que era um cow boy, galopando em red or do
palco, atirando so bre Peles-Vermelhas, e muitas c oisas m ais. Afirmava, entretanto,
que nãPoerg
foura
nthei-lh
ipnoe:tiz ado
“se n,ãopoestiv
rqueesse
sabia
hiponqoutiz
eaesta varia
do, fa faessa
zendsoc. oisas?”
“Não quis que ele (o hipnotizador) fizesse papel de too l diante dos
espectadores. Por isso fiz o que ele me pediu, fingindo que estava hipnotizado.”
11
Minha próxima pergunta foi: “O hipnotizador fez mais alguma coisa?”
“Sim, ele fez uma coisa que eu achei muito idiota. Enrolou a manga da
minha camisa e meteu uma agulha comprida no músculo do meu antebraço.”

“NadaIn daoguei
. Nã sense
ti nasen
da.”tira algum desconforto quando isso aconteceu e ele disse:
“Posso meter uma agulha em seu braço, agora?” — indaguei, e ele respondeu
com duas palavras impublicáveis, mas que queriam, positivamente, dizer: “Não!”

Foi en tão, ao c ompreender que nada sen tira antes, ao ser a a gulha en terrada
através de sua c arne, que lhe v eio à certeza d e q ue deveria estar h ipnotizado,
Coem
porque, ntarcirc
essa estó
unsta nciraias é
nom
rmais
ais,doceqrto
ue gcroanufirm
deadr oqruteria
e o esta doistir.
de ex de hipnose não
pode ser equiparado com o de inconsciência. Revela, também, como ele estava
preparado para atender e realizar as instruções do hipnotizador — “eu não quis
que ele fizesse papel de to lo diante dos espectadores” — mesmo q uando ele próprio
parecesse tolo. P or outro lado, se tiv esse considerada repulsiva à sug estão, por um
motivo q ualquer, não a teria seguido. Ou fic aria imóvel, ou d eixaria o estado
hipnótA
icoessa
. altura, a pergunta que ouço com maior freqüência é: “Se não está
dormindo quando se está hipnotizado, o que é a hipnose? Como funciona?”
Durante anos, numerosas teo rias fo ram a presentadas, numa ten tativa d e

responder a essas p erguntas, mas nenhuma fo i c onsiderada exata, o u


universalmente aceitável. Portanto, em lug ar de fa zer a apresentação d e m ais uma
teoria, e a umentar a c onfusão d o q ue já é confuso, é p referível que estudemos o que
O ep,oe
acontec nten
o ótbãvoioa,ndaelisa
in ícrm
ioo, és,lacnuçidaar dum a vmista
osa deooslhfa
ente, ostoàssqtéc
uendica
aí sem
usa daesmp.ara
erg
induzir à hipnose. Há m uitas, mas duas d elas serã o sufic ientes nesta ocasião,
porqueUm toddooss rep
méotousadosmm so bre
ais anotig moes,sm eooprqin cípciaotivboáusicao.imaginação dos autores,
ue
está baseado na “Fixação dos Olhos”.
Na sala de c onsultas o p aciente é instalado de m aneira confortável, ou
sentado, o u d eitado, e in struído p ara conservar a cabeça imóvel, movendo apenas
os o lhos de um la do para o outro, en quanto um pêndulo (que pode ser um reló gio
de b olso, um m edalhão, o u q ualquer objeto similar) é vagarosamente balançado
para trás e p ara frente, ligeiramente acima d o n ível dos olhos, porém próximo a o
rosto. E nquanto isso é feito, p ede-se ao p aciente que respire profundamente, e em
Auresp
ritmo ig al, aira
téçqãuoeplh
roefun
pedçaafa
mcqilita
ue oparela
ssexaamresp
entoira
, artra
novrés
madlm
openrote.
cesso normal d e
oxigenação, c hegando mais oxigênio à corrente sangüínea e dali passando a os
múscuOlosso. lhos ficarão c ansados m uito rapidamente e desejarão fec har-se, por
causa da fa diga a dvinda da n ecessidade d e m ovê-los d evagar, de um la do para
outro, e olhando para cima.

Contudo, nenhum desses processos d e in dução representa o verdadeiro


objetivo d o h ipnotizador. O que ele deseja que o paciente faça é que se concentre no
movimento do o bjeto que balança, a companhando esse m ovimento com os o lhos.
No caso de a in strução não ser suficiente para ocupar por completo sua mente
consciente, há a instrução adicional referente à respiração profunda e ritmada.
12
Com a m ente consciente da p essoa a ser h ipnotizada — eu p refiro chamá-la
de “c ensor c rítico”, por motivos que surgirão m ais tarde — a ssim ocupada, e talvez
mesmo d ividida, o hipnotizador pode fa zer a indução apropriada das sugestões,
sem que elas seja m c onscientemente analisadas e rejeita das, porque a mente
consciente está ocupada na realização de outras tarefas:
De cad a vez q ue o pêndulo balança de um lad o p ara o outro, e a cad a resp iração que você
toma, vai se sentindo mais relaxado e m ais cansado. E à proporção que vai se sentindo mais
relaxado e m ais cansado a cad a b alanço do p êndulo e a cada resp iração que toma, muito
naturalmente seus olhos vão se sentindo cada vez m ais cansados de seguir cad a b alanço do
pêndulo. E á p roporção que seus olhos vão se sentindo cada vez m ais cansados a cada
balanço do p êndulo e a cada resp iração que toma, suas pálpebras vão ficando cada vez m ais
pesadas. Logo seus olhos ficam tão cansados e suas pálpebras tão pesadas que seus olhos
vão se fechando; seu corpo se vai relax ando e você vai deslizando para o estado d e
relaxamento mais profundo e mais agradável em que jamais esteve.
O segundo método sob estud o é a mplamente usado no R eino U nido, por ter
sido id eado pelo Dr. John H artland, m édico p ortador d e d iversos título s e
Presidente da S ociedade B ritânica de H ipnose Médica e D entária, o qual ex ige q ue
o paciente fique sentado, o u d eitado, o lhando para um ponto pré-determinado d o
forro, isto é, acima do nível dos olhos.

Quero que você fique olhando para o mesmo p onto e conte, mentalmente, em ordem
decrescente, de trezen tos até zero . Não q uero que faça esforço no co ntar. Imagine q ue está
rep
Enqeutin
andto um
vocaêtabuada, co
estiver qunetan
virtualm
do emenote
rdco
emnhdeece, em otredeeu
crescen m destarei
ecrescen
faltan
e. do, mas não é
necessário que ouça o que digo.

quueero
Q está
quali,
e pemnase
s isso
na mninão
hainvtoerfere
z comco
omseseus
fossepm
róúpsica
rios pdeensfun
amdeontnousm
. restaurante: você sabe
Se aco ntecer de vo cê esquecer de co ntar a certa altura, não se preocupe. Pense apenas no
primeiro número que lhe vier à m ente, e continue a contar desse número em diante, sempre
em contagem regressiva.
Logo sentirá que seu corpo está relax ando, seus o lhos se fechando, e vo cê se está tornando
relaxado, tanto mental como fisicamente, a ponto de n ão poder mais se preocupar com a
contagem. Q uando chegar esse momento, d eixe vir, e goze a agradável sensação de
relaxamento1.

Podemos ver, outra vez como o h ipnotizador envolve a m ente consciente


numa ta refa predeterminada, enquanto procede c om as sug estões de rela xamento
muscuInladrep
e efec
ndhen
amtem
ene
tontdeodsoom
lhéoto
s.do de in dução usado, a c ooperação d o p aciente
é essencial. Sem ela, o esta do hipnótico n ão pode ser o btido, porque o paciente não
deixará que o censor c rítico seja a fastado. Fic ará concentrado no q ue o
hipnotS
izeaado
lgruestá
ém ddiziz: “Va
endmo oesn, a
veta
jarefa
se pqoudee m
lhee hfoip
iantorib
tizuaíd
r”,aa. resposta é que não se
pode. A pessoa q ue diz isso está desafiando o h ipnotizador. Pretende resistir, e
qualquer possibilidade de sucesso está perdida desde o início.
1
Esta é uma adaptação do “Método Hartland”, feita pelo autor deste livro, que o considerou eficaz,
especialmente quando combinado com a respiração profunda por parte do paciente. Ver Hartland, Medical
and Dental Hypnosis, Bailliere, Tindall & Cassell, Londres, 1966.

13
Quando um c avalheiro começou a usar a h ipnose, tentou v ários m étodos d e
indução em sua esposa, m as sem resultados. Ela sabia que os m étodos
funcionavam c om outras p essoas, porque os v ira em aplicação, mas resistira,
porqueEnntã
ãoo,vniaum
nedcieassid
quenadtee ddeevceorã
oop,era
elar.adormeceu no ja rdim, en quanto tomava
banho de so l, e o resultado foi so frer graves queimaduras. Nessa mesma n oite
tentou dormir, mas a pele estava tão sensível que o sono lhe fugia.

“Pode Dhieppnooistizdaer-m
paessa
ea r fm
asata
isr daedum
or, adehomraodaogita
qunedeuo-seconsaigcaam
doarm
, pier?
di”u ao marido:
Nesse momento ela descobria a necessidade da hipnose e rapidamente
permitiu que seu censor crítico fosse afastado, entrando, assim, em estado
hipnótico.
A sugestão a propriada de a nestesia da p ele foi d ada e a ceita. R ecebeu,
também, sug estão p ós-hipnótica2 p ara que, mal terminasse a sessão, ela fosse para
a cama e en trasse, imediatamente, num sono natural, profundo e seguro. T ambém
isso funcionou.
Um fa moso hipnotizador de p alco, que se apresentava sob o n ome ilusó rio e
misterioso de “D r. Q”, compreendia a importância de o bter a mais completa
coopera
Quçaãnodpooorspvaorte lundtoásrio
voslun
subtáiario
msa, oepbaalc
seao, vele
a to
codcohoicseu
havesp
a, a ectá
adcaulo
umsopbore isso.
r sua

vez: “Va mos d ar umas boas risa das à c usta da p latéia, e en ganar essa g ente. Para
isso, q uando eu lh e d isser para fazer algumas coisas a loucadas, faça exatamente o
que eu lhe d isser em segredo. Está bem?” A essa altura, p iscava um o lho c úmplice
para cTaednadum
o d3e. ssa forma o btido sua c ooperação, os v oluntários a giam d e a cordo
com a sugestão rec ebida d o “D r. Q” e era m len tamente levados a uma d ivertida
rotina, que culminava c om alguns d eles produzindo analgesia da fa ce, através da
qual era p assado um alfinete. Mesmo essa s p essoas, entretanto, p ensavam n ão ter
sido h ipnotizadas; consentiam n aquilo porque desejavam “rir b astante à custa da
platéiaE”m. bora a colaboração seja vital, a participação ativa p or parte do p aciente
pode ev itar a h ipnose. Isso foi ex presso em muitas o casiões, da seg uinte forma: “Eu
queria ser hipnotizado, realmente tentei bastante, mas nada a conteceu.” O fato de
ter tentado bastante evitou ex atamente aquilo que desejavam v er realizado, e esse
tipo d e ra ção é c hamado a “Lei do E feito Contrário”. É bastante comum, e m uitas
pessoas que fizeram teste p ara dirigir automóveis passaram p or isso. A ntes do teste
podiam d irigir com muita competência, m as quando o ex aminador sentou-se a seu
lado, e eles realmente t en t a ram dirigir, cometeram toda espécie de erros.
Alguns estud antes enfrentaram o m esmo fen ômeno a o se sub meterem a um
exame im portante. Tinham estud ado b astante, mas assim que a folha d e ex ames foi
colocada diante deles, sua mente que cessou d e fun cionar e to rnou-se vazia.
Quando o ex ame term inou, eles puderam, imediatamente, recordar uma
quantidade de referências relativas às perguntas feitas.
2
Sugestão pós-hipnótica: sugestão dada enquanto o paciente está sob hipnose, mas que deve ser levada a
efeito depois.
3
Ormond McGill, Encyclopedia of Stage Hypnotism , Abbots Novelty Co., Colon, Michigan, USA, 1947.

14
Para evitar que a Lei de Efeito Contrário se torne ativa, sempre expliquei aos
meus clientes que a hipnose é um estado de consentimento:

Vo
quecênãpooddeeseja
ter sucesso
relaxar. ao combater qualquer sugestão que eu faça, mas fazer isso só prova
Lembre-se de q ue ninguém pode h ipnotizá-lo. Jam ais hipnotizei alguém, em m inha vida,
mas ajudei a muitas centenas se não milhares de p essoas, a alcançar o estado q ue
chamamos de “h ipnose”. Você também atingirá esse estado sim plesmente deixando que as

Exipsas
co licarei
acoonteçam
que en, tsem
endoten
potrar“dfazer
eixar q
coue
mas
quco
e elas
isas aco
aconnteçam
teçam.”.
Se eu lhe sugerisse agora: “suas pálpebras estão se tornando cada vez mais pesadas, e seus
olhos estão se fechando”, você poderia fechar os olhos, para me ajudar. Isso seria fazer com
que as coisas aconteçam, porque suas pálpebras não estariam pesadas, e, portanto, não é
isso que desejamos. Contudo, se você estiver olhando para o mesmo ponto até que suas
pálpebras se tornem pesadas e seus olhos desejem fechar-se, e então você deixa que elas se
fechem, essa é a forma pela qual a hipnose funciona. Você poderia ter conservado seus
olhos abertos, mas permitiu que se fechassem quando eles mostraram disposição para isso.

O falecido D ave E lman, um h ipnotizador leigoII a mericano, que se


especializou em ensinar médicos e dentistas a usa r a h ipnose, dava a to dos o s seus
pacientes esta instrução: “D eseje que aconteça, esp ere que aconteça, e acima d e
tudo, deixe q ue aconteça.” Garantia aos seus estudantes que, quando se c onseguia
isso, nD oeve ne
sd taqpuoer ocecnetnosdoor cs rqític
ueopdrec
a misaenvtaem
é daafahsita
pndoos, e
e oficpaavcaim
enhteippneorm
tiziatedoqs.
ue as
S e g u n d o m in h a ex p eriên c ia , c o n s id e ro ex a ta essa
coisas a conteçam, tem os a condição conhecida c omo h ipnose, mas isso não a f irm a çã o .
significa q ue o censor c rítico p recise se conservar a fastado. B asta que o
hipnotizador faça uma sug estão c om a qual o p aciente não concorde, ou n ão veja
nela qualquer relevância, e o c ensor c rítico rea parece. Como resultado ele rejeitará
a sugestão, que não terá efeito, o u o p aciente abrirá os o lhos. Para tornar o caso um
tanto mais claro, p osso citar o c aso de um h omem que veio consultar-me d evido a
estar pDeesa
ponisdoqudeemlhe
ais.
ex pliquei exatamente o que é a hipnose, e o que esperava
dele, o homem entrou, rapidamente, em profundo estado de h ipnose, e as
sugestões que lhe d ei foram o bviamente aceitas sem c ríticas, porque ele começou a
perder peso tão d epressa que poderia ser chamado “um milagre hipnótico” o tipo
de resulta do que todos d esejam n esse tipo esp ecial d e tera pia, m as raramente
obtêm.
inúmera Oshdoieta
mesm, semficouêx
mito
uito
, msa
astisfeito
ainda acsosim
m o,sem
resulta dose
sua terc , ira
pois já h,acvoiamten
visita eçotaudpoor

dizer: “Sr. Blythe, não quero parecer grosseiro, m as estou c erto de q ue não sou
hipnotizado. Posso ouvir o que o senhor d iz, p alavra por palavra, e ten ho a certeza
de queTepnotdeieria
racaiobcrir
inamr ecus
omolele,
hos usa ndoomeantló
no m ica, qeuepeodq
ogem inudisesse.”
o que explicasse sua
perda de peso se não tivesse sido hipnotizado.
“Sei que alguma c oisa está acontecendo”, disse ele, “mas não penso que seja
resultado da h ipnose. Poderia fazer-me a gir de a lguma fo rma q ue provasse que sou
hipnotizado?”

II
Leigo: adj. 1. Que não é clérigo; laico. 2. Estranho ou alheio a um assunto. 3. Secular. (SMJ).

15
Sempre detestei extremamente provar a a lguém que está hipnotizado,
porque sei que algumas pessoas aceitarão m inhas sug estões e outras n ão. Co ntudo,
nessa ocasião, concordei em tentar d ar-lhe um a p rova, n uma v isita subseqüente.

Duas sessõ es depois decidi q ue o momento tinha chegado, e, quando ele


estava completamente relaxado, sug eri: “Dentro de p oucos segundos eu v ou dizer a
palavra “agora”, e quando eu d isser a palavra “agora” v ocê sen tirá que toda a

sensação d e p eso desaparece d e sua m ão esquerda e d e seu b raço esquerdo. Na


verdade, sua mão e seu braço parecerão tã o lev es que deixarão sua vemente o braço
da cadCo nfoe
eira, rmse
e eu c uoerã
erg ntinou,adveavsug
agaer,rin
emdodaireç
senãsoaa
çãoofo
drerolev ezgaoem
. “A ra!”sua m ão
esquerda e em seu b raço esquerdo, eles começaram a erg uer-se, até que a mão
alcançou a a ltura do o mbro. E ntão, ele abriu os o lhos, olhou ferozmente para mim
e quis saber: “Para que estamos fa zendo isto?” “Você está erguendo o seu braço
esquerdo?”, indaguei.
Ele declarou que não estava fazendo tal coisa.

que eu“Eesta
u ovesto erg
u ta
a sen douen doa?”,três
a un indm
ageuei,
tros dem
e dbio ranfo
stâ ciasse
, atum
rás adapeesc
rgurnivtaanrid cu! la, já
inhía
Ele concordou em que eu não estava fisicamente envolvido.
“Se v ocê n ão está erguendo o braço e se eu não estou erg uendo seu braço,

então d eve esta r h ipnotizado. Portanto, a gora que teve a p rova que desejava, e sa be
Seus
que está oo
hipn lhtiz
osadfec harhaemo-se,
o, fec s olhsua cabexça
os e rela e.” balançou para um lado, e ns ó
continuamos com a sessão habitual de terapia.
Mais tarde c onversamos so bre o que tinha acontecido, e ele disse-me q ue
abrira os o lhos porque não vira relevância entre a levitação d o b raço, q ue eu estava
produzindo, e a ra zão d e sua s v isitas, que era a obesidade. Em o utras p alavras,
minhas sug estões fizeram v oltar seu c ensor c rítico, já que ele ficou a imaginar por
que eu estaria fazendo aquilo, e tev e d e sa tisfazer sua curiosidade a ntes que
pudesseVi mcoanistinum
uar.exemplo de reação idêntica durante uma vsita i feita a uma
demonstração de hipnose.
Quatro pessoas estavam n um palco, em estado hipnótico, e iam rea lizando
as v árias sug estões do h ipnotizador. Então, a certa altura, ele sug eriu aos pacientes
que todos era m c oncertistas e q ue iam d ar um recital d e p iano. T rês das pessoas
aceitaram a sug estão, uma d elas c om mais autoconfiança do q ue as o utras. Mas a
única sen hora que se encontrava no p alco, ficou sentada em sua cadeira, embora
profundamente relaxada, e n ada fez . Q uando o h ipnotizador insistiu na sug estão,
ela reun
Quiu-se
andoaaocognrup
tecoe, um
aleg
araem
noemnate.
lia dessa ordem, h á um a resp osta engatilhada
que salta prontamente dos lábios d e m uitos h ipnotizadores: “Há p essoas mais
suscetíveis do q ue outras.” Em c asos d esse tipo, isto é, em casos d e seletiv idade

individual em h ipnose, essa explicação não é apenas não-científica e


Conpvlista
supersim ersei, ccoommo essa
tambsen
ém,hrem
ora adta
epdoaistodlic
a ed.emonstração, e perguntei-lhe p or
que ela preferira não reagir à sugestão p ara que tocasse piano. S ua resposta foi
pessoal, mas muito lógica. Disse-me q ue quando era p equenina lev aram-na a

16
tomar liç ões de p iano contra a vontade, mas, assim que teve id ade b astante para
exercer alguma p ressão so bre os p ais, deixou de to car, e prometeu a si própria que
nada a induziria e tocar outra vez.

censorHcárític
amopdlaa m
even
idtêenncia
ão qéuum
e mesta
ostra concjetiv
do, sub lusivo aomueanrttific
e, qiaulemeontaefainsdtauz
mien
dot.o do
As p essoas que acreditam q ue andar por debaixo d e um a esc ada tra z a zar, ou
que acender um cigarro com fósforo já usado duas v ezes também dá a zar,

afastaram, com sucesso, o c ensor c rítico. Aceitaram, sem a criticar, a sugestão q ue


lhes deu outra pessoa d e q ue tais coisas seria m a zarentas, e aceitaram isso c omo
um fato; m as, se tivessem analisado o assunto conscienciosamente, na o casião,
teriamDvoisto
nasqdueecnaãsa
o qtin
ueharea liza
fun dammta
enrefa
to, sem
o orejeita
nótonraiasm
e .d e ro tina, como la var lo uça,
mas estão a bsorvidas, pensando em a lguma o utra coisa percebem, c om freqüência,
que terminaram a ta refa que tinham em m ãos sem a m enor lembrança d o q ue
estiveram fazendo.
Um m otorista que dirige h abitualmente ao lo ngo d a m esma estra da, e em
certa ocasião está p reocupado c om algum problema, verá que dirigiu
“automaticamente”, e não pode rec ordar o fato de ter d irigido a través de um a
porçãoOdpeacsem
ientáefoqru
oeso
aucred
paissa do proso
ta esta rm uitodso pdoenctoerta
fren s dedoreferên
ença, pcoiad.e mostrar todos

os sintU
omahsoamela em rela
quetrec
ivos,
eiasem
tomqaur um
alquaer
in jra
eçzão,ppaotorqlóugeicaacq
red
ueita
osqcuoenvfirm
ai deo. er, e
desmaia quando a in jeção é feita, a fastou seu c ensor c rítico p orque, se tivesse
pesado conscienciosamente quão p ouco p oderia ser desconfortável a inserção de
uma agulha fina sob sua pele, não teria medo.
estou E xem
ten tanpdloosmdoestra
sser.tipo são intermináveis, mas todos ilustram o ponto que
Talvez seja mais importante ainda, p ara estas b reves considerações sobre a
forma p ela qual a h ipnose funciona, a c ompreensão d e q ue o censor c rítico d a
mente está amplamente inativo d uas v ezes por dia, n a v ida d e to dos n ós, e isso
ocorre exatamente antes de a dormecermos, a cada n oite, e imediatamente antes de
nos lev
Easn ta r m
ses dooiss ppearío
ra den
osfren
d e tso
arnum ncoia,
olên vo qduiaa.ndo esta mos m eio acordados e meio
adormecidos, tem sido usa dos p ara auxiliar estud antes a adquirirem conhecimento
do chamado sistema de “Aprendizado do sono” (Hipnopedia).
No início deste século o químico francês Emile Coué, de Nancy, França, usou
os mesmos dois períodos terapeuticamente.
Embora Coué rejeitasse a idéia da h ipnose, tal c omo a c onhecemos,
favorecendo, a ntes, a auto-sugestão, usou, para testar seus p acientes, s mesmos
testes de sug estibilidade q ue alguns h ipnotizadores habitualmente usam a fim d e
assegDura
eproqisuedeseus
se terpaacsiseg
entes
urasã
dood“b ons” eptib
a susc aciilid
enates.
de in dividual, Coué preparava

uma c urta fórmula em palavras, tais como: “Cada dia, e so bre todos o s a spectos, eu
estou fic ando cada v ez melhor.” Isso deveria ser repetido c ontinuamente antes de
adormecer, da m esma m aneira pela qual um a c riança recita uma ta buada com a
qual está in teiramente familiarizado, e o m esmo p rocesso devia ser usado pela
manhã, ao acordar.
17
A simplicidade d esse método popularizou-o, e d entro de p ouco tem po o
Couéismo to rnou-se moda in ternacional. Muitas “c uras” foram a tribuídas a ele,
mas sua aplicação depressa caiu em descrédito. S eu método foi sa udado c omo um a
panacéiaIII e, q uando d eixou de c orresponder às ex ageradas ex pectativas, foi p osto
de p arte. Sua eficácia como a gente terapêutico, em certas c ondições, ainda está
sendo debatida em v ários c írculos, e eu não pretendo imiscuir-meIV n essa
controvérsia. A penas mencionei o caso porque a metodologia mostra que o
afastaDmeenmtoandeoira
cemnseonrocsrític
espoeétaum
cula
a ro, ccoardrên
a qcuiaalntem
atural
usae ddoiáoriap.eríodo de
sonolência, a ntes de a dormecer, para dar sugestões a si próprio, m as deixamos de
compreender a dinâmica sub jacente em tal c oisa. A qui estou m e referin do a
pessoas que desejam a cordar cedo n a m anhã seguinte, por algum motivo esp ecial,
talvez porque vão sair de féria s, e exatamente antes de a dormecer dizem a si
próprias, mentalmente: “Preciso acordar amanhã à s c inco horas.” Há p essoas que
reforçam essa sugestão b atendo levemente a cabeça c ontra o travesseiro o número
de v ezes desejado. E ntão a dormecem, p ara acordar uma fra ção d e seg undo antes
que o Co
demspoefun
rtadcoiornto
aqisso
ue.? A resp osta está no fa to de o c ensor c rítico ter sid o
afastado, d e fo rma q ue as p essoas aceitam a a uto-sugestão, e, já que tem a
necessária motivação pessoal para que a sugestão fun cione, sua mente inconsciente

foi m arcando os seg undos en quanto elas d ormiam p rofundamente toda à noite,
acordaHnoduv
oe v ámria
no oms ex
enptoeriên ciasdcoo. m a hipnose e o tempo, p rovando q ue a mente
deseja
inconsciente tem a capacidade d e m edir a passagem dos segundos, dos minutos e
das horas. Fiz muitas d essas ex periências, algumas simples, outras b astante
complexas. A mais simples consiste em dizer às p essoas sob h ipnose que elas se
conservarão c ompletamente relaxadas d urante três minutos e v inte segundos,
depois dos quais abrirão o s o lhos e se sentirão rea nimadas e inteiramente alertas.
Virtualmente naquele segundo indicado, essas p essoas abrem os o lhos, embora não
houvesse ali nenhum relógio mecânico p ara ajudá-las a m edir o tempo entre a
sugestã
Ouotra
daodbaserv
e sua
açãdoeqcu isãanotoda
eoauso
brir doos poelhrío
os.do de so nolência está resumida n o
adágioV b astante conhecido: “Se v ocê tiv er um problema, durma so bre ele”, e esse
adágio não deve ser rejeita do como c onversa de c omadres. Muitas p essoas viram
que ele funciona, e um d os co-descobridores da in sulina, o Dr. Banting, do Ca nadá,
poderia testificar isso . E le tentara, d urante anos, descobrir um método de c ontrolar
a diabetes, sem se aproximar, nem remotamente, da so lução. E ntão, certa noite,
acordou de um so no profundo com uma id éia girando n a c abeça. Escreveu o que
pensaTvo
ad,o
esoesses
resulta de
ex omfopi lo
àsdmesc obem
ostra rtaq udea oinpsrulin a. uisito da h ipnose — o
é-req
afastamento do c ensor c rítico — é fun ção n atural q ue o indivíduo pode c ontrolar, e
realmente controla, e n ão algo estra nho q ue aparece a través de um a gente externo,

nesse caso o hipnotizador. Por conseguinte, podemos agora chegar a uma ex ata
definição de hipnose:
III
Panacéia: sf. Remédio pretensamente eficaz para todos os males, físicos e morais. (SMJ).
IV
Im iscuir-se: v.p. Intrometer . (SMJ).
V
Adágio: sm. Provérbio . (SMJ).

18
Hipnose é um estado consentido d e rela xamento fisiológico em q ue o
paciente permite que o censor c rítico d a m ente seja afastado, em m aior o u m enor
proporção.
Quando o c ensor c rítico é a fastado em proporção maior, diz-se que o
paciente atingiu o nível mais elevado q ue se conhece d a h ipnose, e é um
sonâmbulo, o eq uivalente a alguém que anda d ormindo e, se foi a fastado apenas
ligeiramente, o paciente é classificado como em nível hipnoidal.
Como vivemos numa ép oca m ecanizada, que influencia nosso pensamento,
tornou-se norma ten tar ex plicar tudo em esc ala semimatemática, e isso se aplica a o
fenômeno erro neamente chamado hipnose. Porque há n umerosas esc alas q ue,
segundo se alega, dizem ao h ipnotizador qual o n ível alcançado pelo paciente, e elas
variam em sua c omplexidade, de seis a c inqüenta níveis diferentes. Com p ropósitos
práticos, entretanto, p odemos declarar q ue a hipnose pode ser v ista como ex istente
em três profundidades separadas:
1. Hipnoidal
2..
3 Md
oé aiambúlica
Sn

E, c ontrariando a o pinião m édica c orrente nesse campo, o n ível atingido p elo

paciente não determina o suc esso ou fra casso do tra tamento. T odos os três p odem
ser usados c om eficácia, d ependendo da h abilidade d o h ipnotizador para formular
e apresentar sugestões subseqüentes.
S u m ário

19
2
A O PINIÃO M ÉDICA E A H IPNOSE

“Perguntei a meu médico se a hipnose me ajudaria, e ele não soube dizer.”


“Li m uito sobre isso nos jornais, e perguntei-lhe se ele m e h ipnotizaria. E le
disse que não usava isso, e q ue não conhecia ninguém, em sua á rea de tra balho,
que o fizesse.”
Esse tipo de reação por parte dos clínicos gerais não é rara, porque a
profissão médica está virtualmente dividida em três facções, no que se refere à
hipnose.
Numa d as pontas d a esc ala há um g rande n úmero de p rofissionais que
afastam o a ssunto como d estituído d e v alor p ara uma d iscussão séria . E n ão só
relutam em d iscuti-lo, c omo n em mesmo estã o p reparados p ara investigar as
muitas reiv indicações feitas em seu fa vor, ou estud ar a vasta quantidade d e d ados
dignos d e fé e b em documentados q ue se encontram em q ualquer boa biblioteca de
medicina. No que concerne a eles, a h ipnose permanece rela cionada com a
alquimSiau,aoautitud
quaelq se
uerresum
maneipem ansdoiVIzesim
r: “Eila
urn. ão acredito nisso; p ortanto não tente
me c onfundir apresentando fa tos”. E essa atitude n ão é coisa que se tenha
desenvolvido rec entemente. Existe de h á m uito, d esde m eados d o últim o séc ulo, e
tornou-se notavelmente manifesta quando o D r. John E lliotson, um dos mais
brilhantes homens d e seu tem po. P rofessor d e M edicina d a U niversidade d e
Londres, e Fundador d o c olégio-Hospital d a m esma U niversidade, começou a usar
o “magnetismo animal”, demonstrando aos estudantes as suas potencialidades.
Quando a n otícia do q ue ele estava fazendo chegou aos ouvidos de seus
colegas, eles começaram a a cusá-lo de irresp onsável e do a buso exagerado de seus
experimentos, embora recusassem repetidos convites para assistir às sua s
conferências e demonstrações.
A campanha d e d esmoralização tornou-se tão c heia de v itupériosVII q ue, em
1838, o Co nselho d a U niversidade d e L ondres considerou n ecessário baixar uma
resolução: “Q ue a Comissão d o H ospital seja in struída p ara dar os p assos q ue
considere necessários a fim d e ev itar a p rática d o m esmerismo o u m agnetismo
animaO l, dDar.qE
uillio
potso
r dniafic
nte,
ou dheonrro
trorizdaodhoocspom itaal.”estreiteza d e v istas d e seus c olegas e
com a decisão d o Co nselho, e demitiu-se, em protesto, esp erando q ue esse ato os
levaVI
sse a reconsiderar q uanto à atitude q ue haviam a ssumido. Verificou-se que seu
Manipanso: sm. Ídolo africano; fetiche. (SMJ).
VII
Vitupério: sm. 1. Insulto, Injúria. 2. Ato vergonhoso ou infame. (SMJ).

20
gesto fora inútil. O padrão h avia sido esta belecido, e podemos dizer que dali por
diante nossos estud antes médicos foram p rivados de q ualquer treino fo rmal em
relação à hipnose.
Ocupando o que podemos definir como p osição central, há um n úmero
igualmente grande d e m édicos que têm um ponto de v ista mais racional e m ais
liberal. Muitos d eles, uma v ez por outra, têm ten tado usar a h ipnose, mas
afastaram-na, subseqüentemente, quando en contraram p roblemas que acham
difíceis
Addm
e ireso
tem lqvueer.a hipnose pode b eneficiar c ertos p acientes, contanto que cada
um deles seja cuidadosamente pré-selecionado, e q ue o tratamento real seja lev ado
a efeito por um profissional q ualificado que se tenha especializado nesse campo.
Na outra extremidade d a esc ala fica um n úmero menor de m édicos que
praticam regularmente a hipnoterapia. Co ntudo, podem ser contados à s c entenas, e
como a penas um punhado deles está na c línica g eral, as p ossibilidades, para um
paciente, de rec eber tratamento hipnótico, como p arte do S erviço Na cional de
Saúde, são muito remotas.
Esse quadro está longe d e ser en corajador e, se a h ipnose deve ter p apel mais
importante na m edicina, é essencial d escobrir o que leva ta ntos m édicos a
abandU omnád-la
os. líderes da S ociedade B ritânica para a Hipnose em Medicina e

Odontologia fez a seguinte observação: “M uitos a prendem um pouco so bre o


assunto, d e um a fo rma o u d e o utra, e c omeçam usando isso à d ireita, à esquerda e
ao c entro, e, n aturalmente, a coisa não funciona. E ntão eles se d esencorajam e
abandAoqnui
amsurg a p.”ergunta: onde e como obtiveram eles esses conhecimentos?
o ceaso
Na maior p arte, através da leitura d e a rtigos que aparecem em jornais
profissionais, ou p or assistir a demonstrações isoladas. E nenhum desses métodos
de adqQuuirir
emco qnuh
erec
qiumeeesc
ntorev
doaaum
ssun
a rttig
o porin
ovcolin
u aser
-seaadrestrin
equadgoir-se,
. devido a o esp aço
que o editor lh e reserv a, em descrever o método que leva a in duzir à hipnose,
método que ele considerou o m ais eficiente, e isso cria a impressão, na m ente do
leitor, de q ue, se usar a m esma téc nica, terá sucesso igual. Alguns d escobrirão q ue a
fraseologia lhes é completamente estranha, e se sentirão em baraçados ao ten tar
repetir palavras a lheias. Esse embaraço será , p or sua vez, tra nsmitido a o p aciente,
com o A faintodradm
e apis: os q auçeãpoeq
erturb rsistirem
ue evitaeráse
a to
hirpnnaora m m estres em suas a plicações,
se.
sabem que têm de se a daptar. Têm de ser c apazes de usa r m uitos m étodos
diferentes de in dução, e o m étodo escolhido n um momento particular n ão será
determinado p or qualquer preferência pessoal, mas pelo fato de ser o m ais próprio
para aApim
erso
ponrtâ
alnidcaiadedado paoclhien
esc a dte.
o m elhor método de in dução surgiu para mim
quando um c avalheiro marcou uma c onsulta e perguntou-me se eu p oderia

hipnotE
izláe-lo
ini.ciou a c onversa em tom d e q uem se desculpa, explicando que supunha
não poder ser hipnotizado, porque já consultara um hipnotizador famoso em duas
ocasiões, e nada acontecera em qualquer dessas vezes.
Perguntei-lhe que método usar o hipnotizador.

21
“Pediu-me q ue olhasse para um ponto do teto , e d epois disse-me q ue meus
olhos estavam fic ando cada v ez mais pesados, e fechando-se, mas isso não
funcionou.”
Enquanto o paciente falava eu não pude d eixar de p erceber que ele estava
tão n ervoso e preocupado q ue se recusava a me fita r n os olhos por mais de um o u
dois segundos. E foi essa m aneira de ev itar o lhar-me n os olhos que me d eu a pista
para o método que eu poderia usar — o c hamado “Fixar olhos nos olhos”, que é
muito Psim
edila
-lhr eáqtéc
uense
icasen
quteasfo
seraca
ontes
fortaten
velm
tadeantceonma cele.
adeira e fixasse os o lhos nos
meus, sem desviá-los, pela fração d e um seg undo. P edi-lhe, também, q ue respirasse
profundamente e com ritmo, até que eu lhe d issesse que podia respirar
normalmente.
Então comecei a dar-lhe sugestões, de maneira autoritária:
“A cada um a d as respirações você está se tornando mais relaxado e m ais cansado. E, à
proporção que se torna m ais relaxado e m ais cansado a cad a resp iração, seus o lhos vão se
tornando mais e mais cansados. E, à p roporção que seus olhos se tornam mais e mais
cansados a cada resp iração, seus o lhos se vão fechando, seu co rpo está relax ando, e vo cê vai
entrando cada vez mais num estado profundo de relaxamento.”

Ele achou tão desconcertante o estar fixando meus olhos nos dele que

preferiu
Commuele
ito eu
mativ
is d
eeso
ixarte.
r quNem
e os to
dedle
osse
estã
fecohdaissp
sem
osto
, assasim
a ceitar
que eusugoesug
stõeesri.dadas
de m aneira tão d ogmáticaVIII e a utoritária. Com a lguns p acientes é necessário ser
completamente permissivo:

“A cada resp iração que toma, você vai se deixando ficar cada vez m ais relaxado e can sado. E
à proporção que você se deixa ficar mais relaxado e can sado a cad a resp iração, vai d eixando
que seus olhos se vão tornando cada vez mais e mais cansados. E…”
Decidir se devemos usar um a a bordagem autoritária ou p ermissiva p ode
apresentar a lguma d ificuldade, e eu descobri que uma c ombinação de a mbas evita
erros. Por conseguinte, eu digo aos clientes, habitualmente:
“A cada resp iração que você está tomando você vai ficando cada vez m ais relaxado e
cansado. E, à p roporção que se deixa ir ficando cada vez m ais relaxado e can sado a cad a
respiração que toma, seus olhos vão ficando cada vez mais cansados…”
Como se isso já não fosse bastante complicado, há n umerosos o utros
obstáculos q ue surgem do fa to de um a p essoa se esc udar nas descobertas q ue
outrosTpaulvbelic
z aam
de. claração m ais comumente repetida é a d e q ue apenas uma
pessoa, em cada c inco, é b oa paciente e depressa entrará em estado hipnótico, seja
qual for o método de indução empregado.

VIII
Dogmático: adj. Relativo a dogma, (Dogma: sm. Ponto fundamental e indiscutível de doutrina
religiosa e, p. ext., de qualquer doutrina ou sistema), ou ao dogmatismo, (Dogmatismo: sm. 1. Atitude
arrogante de afirmação ou negação. 2. Filos. Crença, geralmente ingênua e não crítica, nas verdades e
princípios racionais.). (SMJ).

22
Não fo i a inda investigado c omo essa fa lsidade surg iu e ganhou c rédito. Na
minha opinião isso se o riginou outrora, n a ép oca d o D r. Franz Anton M esmer
(1733-1813), quando se sup unha que certos in divíduos p ossuíam o p oder de
magnetiz
Comarooresulta
s doendto
es,
dedssa
evoclvren
ençdaoa
-lh esluta
bso a samúen
dete
. falsa, é fá cil ver como o s
hipnotizadores daquele período depressa começaram a a creditar em sua p rópria
onipotência, e, q uando a lguém os c onsultava, lês c onfiavam n o q ue consideravam

seu poder “dado p or Deus” e, sem qualquer dúvida em sua m ente, diziam: “Agora,
vou hiU
pnmoatizpáe-lo
qu.en
” a p orcentagem da p opulação, tanto então c omo a gora, está m ais
do q ue disposta a representar um p apel submisso. Isso fa ria com que se
considerassem seguros e eles seguiriam c egamente a ordens q ue lhes dessem,
porque essas o rdens d eixava-os liv res de resp onsabilidades. Essas p essoas
sucumbiriam p rontamente diante de um a fig ura autoritária e hipnótica, mas a
maioria da p opulação se ressen tiria ao ser tra tada assim, fa zendo o que lhe
mandassem, a n ão ser que recebesse explicações adequadas a resp eito dos porquês.
QuandHoá nmãaois, resistiria,
uma confirminstin
açãtiv
o apm enate.minha hipótese.
ara
O hipnotizador de p alco está in teiramente consciente de q ue as p essoas que
estão h abituadas a ex ecutar a s o rdens q ue recebem, sem fa zer perguntas,

constituem a melhor classe de p acientes. E nessa categoria estão so ldados,


marinhAeiro
lémsd, ia
sso
ero, n auata
bertura
s, etc. de seu esp etáculo, o h ipnotizador de p alco é fo rçado
a pedir que voluntários sub am à cena, e deseja tantos q uantos p uder conseguir,
porque nem todos eles serv irão. Seu segundo passo é testar um d eles para ver se
aceitará sua pessoa c omo fig ura autoritária. Aproximadamente uma p essoa, entre
cinco, fa rá isso. A s o utras, mesmo a s q ue demonstrarem apenas ligeira hesitação,
recebem delicado c onvite para que retornem às sua s c adeiras e a ssistam a o
espetáculo.
Eu tiv e a inda outras p rovas d e q ue mais de n oventa por cento da p opulação
pode ser c omposta de b ons p acientes, contanto que o desejem e estejam m otivados.
Isso aconteceu durante um curso de fim -de-semana p ara médicos e dentistas, que
dirigi nDoenpoord
is eqste dapliq
ue ex Ingula
eiterra.
que a hipnose era um estado de c onsentimento,
comecei a demonstrar v inte métodos d iferentes de in dução, usa ndo c ada m embro
do grupo como paciente.
Todos os h omens, menos um, c orresponderam, e entraram em h ipnose
dentro de três o u q uatro minutos, mas o único q ue não me a tendeu, recusou to dos
os oferec imednetosse
Ao fim s pcaurarso
qu, aecpoanrtic
teciepu-m
asse.
e m encionar o s p acientes que eu conhecera,
e que depois de esta rem inteiramente relaxados, quando d o esta do hipnótico, sem
que houvesse qualquer sugestão p or parte do h ipnotizador se sentiram m ais livres e

mais aMnaim
l eu
adotin
s hsex
a duito
alm
isso
entee.o homem que antes não quisera tomar p arte,
indagou: “Peter, antes de fec har a sessã o, quer me h ipnotizar?” O grupo esto urou
numa g argalhada, mas ele estava sério. À quela altura ele descobriu uma ra zão p ara

23
ser hipnotizado, coisa que até então não acontecera. E entrou em hipnose dentro de
dois minutos.
Outra afirmativa que freqüentemente aparece em letra de forma é a de que a
maioria
Sedum
os phaicpinen es
ottiz adex
origaecred
de d ezisso
ita a trin
—tae sei
minquutoesapcared
ra iser
tei, h
noipin
noíctiz da.então
ioa—
passará essa sua crença para a realidade, e mesmo q ue seu paciente entre em
estado hipnótico d entro de d ois minutos, ele ignorará os sin ais óbvios, e continuará

dando sugestões de rela xamento até achar que é tempo de seu p aciente estar
hipnotE izsata
doc.rença de q ue a indução à hipnose é um processo prolongado lev ou
muitos m édicos a rejeitá-la, m ais do q ue qualquer outra razão. Dizem não dispor
do tempo necessário, quando têm de enfrentar uma cirurgia difícil.
Sabendo quanto é perigoso confiar em a rtigos de jo rnal como fo rmas de
instrução, d evemos reconhecer que as m esmas desvantagens ex istem quando se
assiste a uma d emonstração, independentemente do fa to de ser o h ipnotizador uma
pessoa qualificada ou um leigo.
Em p arte devido a o lim ite de tem po de q ue dispõe, e também para obter o
máximo efeito ilustra tivo, o demonstrador usa , in variavelmente, um paciente que
já foi h ipnotizado a ntes muitas v ezes, e estava condicionado para entrar em
profundo estado de hipnose a um sinal ou ordem pré-combinados.
Esse tipo d e p aciente, o sonâmbulo, rea lizará a sugestão d ada, tais como
alucinações positivas. É quando p assará a ver pessoas ou o bjetos q ue não estão
presentes. Um h omem pode rec eber a idéia de q ue sua esposa está com ele, quando
ela não faz p arte da p latéia, e c onversará com ela, c oncedendo o tempo necessário
para aHsárep , taomsta
bésme, acsoamluc
enitnáario
çõses
. negativas, quando o s p acientes se recusam a v er
e reconhecer pessoas que estão p resentes. Se lh es disserem que não há n inguém na
quinta cadeira da a la esquerda, na p rimeira fila, e m andam-nos sentar a li, farão
isso, mesmo que sentem no colo de alguém.
O sonâmbulo também é capaz de a nalgesia seletiva, e assim não sente dor
em determinada p arte do c orpo; o u d e a nestesia completa, quando fic a liv re de
toda eTqoudaolsquesses
er sensaasçpãeoc.tos d o fen ômeno h ipnótico sã o h abitualmente
demonstrados e, em bora o conferencista enfatize q ue seu paciente foi p reviamente
condicionado, e q ue apenas algumas pessoas reagiriam d aquela forma, o estudante
tem o desejo natural de emularIX o que viu.
Cheio de a rdente zelo, o h ipnotizador inexperiente tenta hipnotizar todo
mundo. P ode ter a so rte do p rincipiante, e conseguir o fechamento dos olhos e o
relaxamento todas a s v ezes, mas não saberá se aquilo é a verdadeira hipnose.
HaveráDium a ddúevssa
ante ida pem
erpsua
lexidm
aedn
et,e.ele tem apenas uma forma de encontrar a
resposta: copiar uma das sugestões, um tanto grotescas, que ouviu durante a

demonEsstra
quecção
e . a advertência do demonstrador, de que nem todas as pessoas
hipnotizadas aceitam essas sugestões e, quando o paciente deixa de corresponder à
IX
Emular: v.t.d. 1. Ter emulação com (Emulação: sf. 1. Sentimento que incita a igualar ou superar
outrem. 2. Estímulo, incentivo.); competir. 2. Igualar. (SMJ).

24
sugestão dada, sente-se desalentado e imagina que não aprendeu a técnica. Assim,
seu entusiasmo esfria.
Se n ão tiver esse fracasso inicial, mas descobrir que seus primeiros p acientes
são to dos so nâmbulos e q ue suas sug estões são a ceitas p alavra por palavra, p ode
acontecer que haja uma v alorização d e sua c onfiança, como ta mbém pode
acontecer que ele desenvolva um “c omplexo d e m essias”. Isso é mau para ele e para
a hipnose, porque vai chegar uma o casião em q ue encontrará alguém que pode n ão
reagir Pdaaramev
esmitaar qfouremoas, m
e éen
ditcãoos ele
e dennãtoista
sasbqerá
ue cfreq
omü oen
dota
mminm
areaussitua
curso
çãso.
desenvolvam esse “complexo d e m essias”, eu lhes peço, sempre, que confinem o
uso da h ipnose à cirurgia. E q ue se um dia estiverem numa festa e lh es pedirem que
mostrem como a coisa funciona, recusem-se, delicadamente.
Houve ocasiões em que essa advertência foi ignorada. Aconteceu, certa vez,
em Liverpool.
Fiz minha advertência na n oite de sá bado, a ntes de n os despedirmos, mas
quando to rnamos a nos reunir, na ta rde d e d omingo, p ercebi q ue dois dos
presentes pareciam g atos q ue tinham ro ubado a n ata do leite sem serem
apanh“Q
aduoes.aconteceu a vocês, que parecem tão felizes?” — indaguei.
Com ó bvio orgulho eles c ontaram, a todos n ós, que tinham esta do numa

festa, n a n oite anterior, e aconteceu que a esposa de um d eles mencionara que


ambos“Im edivaata
esta mmestud
ente to
anddoos qhiupisera m sa
notism o. ber como fun cionava” — d isse um deles
— “por isso p ensei que podia usar o m étodo rápido q ue os h ipnotistas d e p alco
usam. Arranjei um voluntário, e d entro de a lguns seg undos ele esta va deitado no
chão. Fiz com que ficasse completamente rígido, e nós dois o erguemos pelos p és e
pelo pescoço. Quando c ompreendi quanto aquilo era fácil, tentamos a m esma c oisa
com diferentes pessoas, e de n ovo a c oisa funcionou. Deus, é uma sen sação
maravilhosa quando se pode fazer uma coisa dessas.”
Felizmente, a maioria dos pós-graduados p erde d epressa qualquer sensação
de en deusamento, q uando sã o fo rçados a aceitar o fa to de n ão poderem hipnotizar
qualquCo
ernum e,dse
tudo e quheá seus
um a pdaecsv
ienatnes
tagse
emaum
toa-hioipr nnoatiz
s acmo.nferências c om
demonstrações, é a impressão q ue elas c ausam d e q ue, com um bom paciente, uma
só sessão é o bastante para produzir uma cura notável.
Como isso raramente acontece e, m esmo q ue aconteça, o s efeito s n ão são
duradouros, então fa z-se a acusação d e q ue “a hipnose não tem valor tera pêutico,
porque seus efeitos são apenas transitórios”.

benefícÉioc,ese
rto,hquaendaolgse
ouv umd, iserá
z querea
um
lmsin
entteom
dea cfo i tradtuara
urta doçãpoo.r sugestão direta, que o
Se d issermos a um asmático, durante a hipnose: “De a gora em diante,
nunca, n unca mais, você terá q ualquer opressão n o p eito, e esta rá sempre

respirando liv re, fácil e naturalmente”, haverá um alívio temporário; m as, como a
causa jacenteX d a sín droma asmática n ão foi d esvendada e resolvida, a dificuldade
de respirar voltará a se fazer sentir.

X
Jacente: adj2g. 1. Que jaz. 2. Im óvel, estacionário. (SMJ).

25
Contudo, se a hipnoanálise (ver capítulo seis) fosse usada para desvendar a
causa, o u um a fo rma d e R ealidade em T erapia fosse aplicada, então o a smático
poderia obter um alívio permanente.
Acho q ue essa crítica mal fundamentada foi c olocada em sua perspectiva
apropriada por F. L. M arcuse, em seu livro: Hipnosis — Fact and Fiction (H ipnose,
Fato e Ficção):
“A natureza transitória das curas (aceitando algum acordo q uanto ao que se considera cura)
foi rep etida ad infinitum, e muitas vezes é citada co mo sendo a sua (de Freud ) razão
principal para abandonar a hipnose. Realmente, a recaída n a d oença jamais mostrou ser
mais ou menos freqüente com a hipnoterapia do que com qualquer outra terapia”4.

S u m ário

4
Página 122, Penguin Books Ltd., Harmondsworth, Middlesex, 1963.

26
3
Q U E M PO D E SE R H I P N O T I Z A D O ?

Compreende-se que qualquer pessoa q ue jamais tenha tido ex periência com


a hipnose fique a cogitar se seria susc etível a tal c oisa. A ún ica fo rma d e c hegar a
uma conclusão seria procurar um hipnotizador.
O médico en frenta a mesma in certeza. E stá consciente de q ue os p eritos
declararam q ue em cada d ez pessoas uma n ão reage absolutamente à hipnose, e
também ele se terá encontrado na em baraçosa situação d e ter rec omendado a
hipnoterapia para ajudar a dar alívio a determinada c ondição e, tendo obtido o
consentimento de seu paciente, não conseguir a reação desejada.
Quando isso a contece, o paciente é forçado a c rer que há d uas a lternativas:
ou o m édico n ão tem a capacidade n ecessária para realizar o tratamento proposto,
ou ele,Opm
esso
édicaolm
c oem
ntpe,reen
é um
de en
qutereseu
os pdreestíg
z poirocso
enfreu
to nem
ã o -h
coipnnsoeq
tizüáên
vecis.
ia de seu

fracasso, e to rna-se cada v ez mais relutante quanto ao uso d a h ipnose, a não ser
que deNaalten
gum taativfoardmeapprovssa
ar aaonptev
aceien te qeusso
r suc e ele, ou ela
futuro . , p ode ser um b om cliente
hipnótico, e para evitar q ue qualquer profissional se v eja colocado novamente em
tão c onstrangedora posição, fo ram c riados v ários “T estes de S ugestionabilidade”.
Falando so bre esses testes na c onvenção a nual d a A ssociação para o
Progresso da h ipnose Ética5, o Dr. Lester A. M illikin, d e S t. Louis, Missouri, famoso
pela sua defesa do uso m ais amplo da h ipnose médica, disse que eles eram
desnecessários. A razão p or ele apresentada para desprestigiá-los fo i a d e q ue quem
quer que procure espontaneamente um hipnotizador já provou, com essa atitude,
ser sugOeDstio
r. Mniállik
vel.
in, c om essa observação, p ouco o u n ada fa z p ara aprovar o u
desaprovar a validade d os testes. Tudo q uanto faz é rev elar q ue confia em que

todos o s q ue o procuram em seu esc ritório em busca d e a uxílio serão susc etíveis à
hipnose. E é a sua confiança pessoal, tanto quanto sua perícia técnica, que assegura
a todoNin
s ogs uém
seusppoadceirá
enex
te palicoabrten
intçeira
ão mdoenesta
te pdoor qdueehaipcnoonsfia
e.nça d o h ipnotizador
é tão im portante para o resultado do tra tamento. Co ntudo, existe ampla evidência a
mostrar q ue a confiança d o h ipnotizador é transmitida, por um complicado
processo de comunicação não-verbal, ao paciente.
5
Organização americana de hipnotizadores leigos, com sede em Irvington, New Jersey, que obedece a
um estrito código de ética e que se refere a seus membros como hipnotécnicos.

27
Num programa de televisão da BBC um médico disse aos telespectadores
como conhecera um paciente cujo corpo estava coberto de verrugas.
Sabendo que a hipnose tinha sido repetidamente empregada para remover
verrugS
as,
emcoqnufa
ioluquner
a pdoússib
vidailidem
adesua
de dm
ar-lh
entee,aele
lguminaicaisosistên cia.
u o tra tamento e, tal como
acreditava, as verrugas desapareceram.
Achou que não havia feito nada d e in comum, a té que um colega m ais velho

lhe d isse que ele contribuíra para a história da m edicina, porque tinha curado o
que, até então, fora considerado uma c ondição incurável, que só superficialmente
se assemSubeseq
lhaüven
a taem nte,as.
veerrug ele tentou traa
t r de otro
u s cso a s, sem conseguir
qualquer resultado.
Pareceria portanto que, desde q ue o médico p assou a d uvidar de sua p rópria
capacidade, o paciente tornou-se, de c erta forma, consciente disso em nível
inconsciente, e o benefício deixou de produzir-se.
A convicção d o p róprio paciente, de q ue aquilo lhe v ai fazer bem, p arece ter
papel importante no resulta do. R econhecendo esse fato, a lguns p rofissionais
mostram q uanto é agradável e fácil a hipnose chamando a rec epcionista e fazendo
uma pTeaqm
uen a daeqmueles
bém onstra
quçeãop.rocuram a h ipnoterapia depois que um amigo a

considerou c omo a resp osta a um problema seu, c onstituem, h abitualmente, bons


pacientes, porque já estão c onvencidos de q ue aquilo funciona, e tiv eram
oportunidade d e c onversar a resp eito de c omo a s c oisas se p assam q uando se é
hipnotJizáaqduoe, anqtes
uestã
deosua
d a cpornim
fiaenira
çavéisita
tã o.im portante, podemos ver como o s T estes
de S ugestionabilidade p odem ter algum valor ta ngível, quando funcionam. O
paciente recebe a p rova desejada e o médico c onsegue a luz verde p ara se adiantar
sem qH ua áloqurev
er earso
preen
da smãeod. alha, quando o h ipnotizador sugere um dos testes para
ver se o paciente é receptivo. Isso pode c riar in certeza, e sua proposta talvez dê
origem a uma in terpretação errônea, n o sen tido d e lev ar o paciente a pensar q ue
“até o médico a cha q ue comigo isso n ão vai funcionar, porque, se achasse, não teria
necessid
Há,aadienddae, cfaezrta
ersum teste”.
c om plicações semânticasXI q ue se levantam q uando a
palavra “teste” é usada, já q ue ela geralmente implica n o fa to de q ue aquilo que se
segue é uma fo rma d e ex periência ou d esfio e, como o p aciente não sabe o que se
espera dele, pode preferir se conservar arredio.
Isso aconteceu a um certo período, q uando eu esta va dando uma série d e
conferências m ensais na esta ção b alneária de L ancashire, St. Annes-on-Sea. D epois
de ter feito v ários T estes de S ugestionabilidade p ara toda a platéia, p edi a um
homem Peqdui-lh
e veiesse ajaud
q ue fic ar-m
sse deep é
a,dceom
rpoonereto
strar ,op é
teste
s jundtoes“B
, baralaçnoçsoreto
da sP, oestic
sturaad”.os

junto ao c orpo, com os d edos esticados, e que olhasse diretamente para a frente,
como se estivesse em posição de sentido:
XI
Semântica: sf. Ling. Estudo das mudanças ou trasladações sofridas, no tempo e no espaço, pela
significação das palavras. (SMJ).

28
“Agora, feche os olhos e mantenha-os fechados.
Quero que você realmente se concentre e torne to do o seu corpo rígid o, desde o alto d a
cabeça e, daí para baixo, até a ponta dos dedos, e daí para baixo até a p onta dos artelhos.
Para ajudá-lo a concentrar-se, estarei, dentro de alg uns segun dos, deslizando lentamente
minhas mãos p elos seus b raços, e, quando eu fizer isso, q uero que enrijeça os seus m úsculos
e torne o seu corpo ainda mais rígido.”
Colocando-me a trás d ele, deslizei minhas m ãos p elos seus b raços,

comprimindo-os a o m esmo tem po contra os la dos d e seu c orpo, para reforçar a


Quoadnedorigmidinehzam
sugestã s umsc
ãouslapra. ssaram para seus ombros e alcançaram o pescoço,
continuei:

“Agora, mantendo o corpo rígido e os olhos fechados, quero que deite a cabeça para trás,
como se estivesse olhando para o teto.”

Para garantir a obediência a essa sugestão, coloquei a mão sob seu queixo, e

curvei sua cabeça para trás, na posição pedida.


“Bom. A gora prenda seu corpo n esta posição, d e fo rma q ue nada o leve a d obrar-se. Estou
pondo as mãos so bre seus ombros, e dentro de alg uns segun dos vo u retirá-las, len tamente,
de seus o mbros. E quando eu tirar as mãos d e seus o mbros, será como se minhas mãos

fossem ímãs, atraindo você delicadamente para trás. Você se conserva bem rígido, mas
quando eu retirar as mãos de seus ombros será atraído para trás.”
Comecei, então, a retirar a s m ãos d e seus o mbros e, se o teste tiv esse
funcionado, ele d everia ter tombado p ara trás n um ângulo de q uarenta e cinco
graus,Na
codm
a aascomnitec
nhaesu,men
ãotsreta
amnpto
a.ranEe
d
l o-o
osdcu
iloraunteligto domoentem
eira te, pluta
o6. ndo contra a
minha sugestão, e isso foi tudo.
Já que o teste não funcionara, convidei-o a retornar à sua cadeira e escolhi

outra pNa
esso
coan.ferência do m ês seguinte, e puramente por acaso, esc olhi o m esmo
homem para ajudar-me a fa zer a demonstração do teste. E le disse: “Sr. Blythe, o
senhor tentou comigo no mês passado, e o teste não funcionou.”
Embora eu me sen tisse um tanto encabulado pela infeliz coincidência,
resolvi susten tar d escaradamente a situação e d isse-lhe: “Esqueçamos o mês
passado e vejamos o que acontece hoje.”
Repeti o mesmo p rocesso, e ele in clinou-se para trás sem a m ais ligeira
hesitação. E ntão, empurrei-o para a posição ereta, e p erguntei-lhe se p odia explicar
ao a uditório, e a m im próprio, o q ue pensava ter estabelecido a d iferença entre a
tentativ
“Qaufra
ancdaososa da heoa
sen measm
r fez p raimten taten
eira tivatavtiiv
toar,ioeu
san. ão sabia o que esperava de
mim. D essa vez, eu sa bia que poderia deixar de m e in clinar para trás, se quisesse,

mas, como o sen hor n ão me d eixaria cair, ou fa zer qualquer coisa estúpida, resolvi
seguir“A chas qpuaelaavgraosra.” pode entrar em hipnose?” — indaguei.
sua
6
Os hipnotizadores de palco usam esse teste e, se ele funciona, repetem o processo; em lugar de parar a
um ângulo de quarenta e cinco graus, deixam o voluntário chegar até o piso, dizendo-lhe “relaxe e durma”.

29
Ele estava certo de poder e, com a sua permissão, continuamos com o
processo de indução, e ele alcançou o mais profundo estado sonambúlico.
Se o bservarmos os p rincípios ja centes nesse teste em particular, poderemos
ver que ele repousa, p rincipalmente, no fa to de o p aciente ter capacidade d e se
concentrar p ara tornar rígido o c orpo, c om exclusão d e tud o e d e to dos. Com o
censor c rítico d e sua m ente assim ocupado, as sug estões não são susc etíveis de
análise crítica.
Fisiologicamente, quando a c abeça é inclinada p ara trás, o equilíbrio se
transtorna, e o paciente tem tendência a aceitar o q ue lhe d izem, já q ue isso garante
certa medida d e seg urança e esta bilidade. Também o suprimento de sa ngue e
oxigênio ao c érebro é diminuído, e isso resulta no a umento da sen sação d e
flutuaçSãeooepin
acsita
enbtilid
e foardaeb. solutamente incapaz d e se c oncentrar, e permanecer
consciente do q ue o rodeia e do q ue está acontecendo, en tão a s c onsiderações
fisiológicas serão anuladas, e não haverá reação.
Há m uitos o utros testes, e o m ais amplamente usado nos Estados U nidos é o
chamado “Baço lev antado e abaixado”. Isso exige q ue o paciente esteja de p é, os p és
juntos e a mbas as m ãos esten didas para a frente, à altura dos ombros, com as
palmas voltadas para dentro.
Agora, vire a palma d ireita para baixo, de fo rma q ue as costas de sua m ão estejam voltadas
para cima, e levante o polegar da m ão direita. Feche o s o lhos e deixe-os fech ados, e imagine
que aquilo que vou d izendo está, realmente, acontecendo com vo cê. Imagine q ue, amarrado
ao seu polegar direito, está um gran de balão cheio com gás m ais leve que o ar, e que esse
balão está levantando sua mão, cada vez para mais alto.
Veja, com o s o lhos da m ente, o balão amarrado ao seu p olegar direito. S inta a corda
amarrada ao seu p olegar direito, e veja o b alão levantando lentamente sua mão direita e seu
b
Argaço
ora,dco
ireito
nforcad a vez
me sua mmãoadisireita
paravai
o alto .
se erguen do cada vez p ara mais alto, p orque vai
ficando cada vez m ais leve, imagine q ue a palma d e sua m ão esquerda tem um livro m uito
pesado, e esse livro pesado está fo rçando sua mão para baixo. Veja o livro pesado em sua
muãam
S o esq
mãuoerd
dia, queago
reita, vaira,
descen
está dse
o cad
tornaanvez mais.
do cad a vez mais leve, e erguendo-se cada vez mais
para o alto, enquanto sua mão esquerda vai ficando cada vez mais pesada.

Essas sugestões de peso e leveza do braço são repetidas a cada dois ou três
minutoAss, epeen
ssotãaosoqpuaecisã
enotecoénso
sidlic
eraitaddaos aboanbsrirpaocsien
olhtes
os. para a hipnose verão que
têm o braço e a mão direitos levantados, e a mão esquerda vergada para baixo.
Quando esse teste é usa do de m odo in discriminado, podem-se esperar

fracassos, porque está baseado sobre a falsa idéia de q ue todos têm im aginação
colorida e a tiva. Como não é esse o caso, se o p aciente não pode im aginar um balão
amarraEdso
saaborev
seue ex
popleg
lanaar,çã
noãod ehdáora
iszdãoospTaera
stes
qudeesua
S ugm
eãstio
o senab ilidaa. de p retende
erg
mostrar q ue todos eles estã o lo nge d e serem d e c onfiança, e a mais bondosa coisa
que se pode d izer em sua defesa é que, quando fun cionam, convencem o paciente
de que ele pode ser hipnotizado, e favorecem a confiança do hipnotizador.
Minha opinião psso e al é a de que esses testes não podem levar em
consideração o fato da preferência pessoal.

30
Um p aciente que vai consultar um h ipnotizador e não simpatiza c om a figura
dele ou sen te que há um in stantâneo choque de p ersonalidades, ou n ão gosta das
roupas que ele usa, o u a cha q ue o mobiliário de seu c onsultório é de m au gosto —
não enIsso
traráacem hipenuocsoe.m uma sen hora que foi p rocurar um h ipnotizador logo
ontec
depois de seu m arido ter m orrido d e um c âncer do p ulmão, p or ela atribuído a o
hábito do fum o em ex cesso. Ven do que o hipnotizador também fumava, não

conseguiu relaxar. Procurou um m édico q ue não fumava, e facilmente relaxou a té a


hipnosOe.s testes ta mbém não conseguem medir a apreensão q ue uma p essoa p ode
sentir em relação à h ipnose, porque devemos reconhecer que esse nome ten de a
despertar o medo do desconhecido.
Para eliminar esse inconveniente eu tentei, sempre que foi p ossível,
proporcionar a m eus clientes os b enefícios d a h ipnose sem que eles percebessem
que estavam sendo hipnotizados.
Isso não é tão dfíc
i il como pode parecer quando se pensa no caso pela
primeira
Navra
eziz. de m uitos d os transtornos que reagem com a hipnoterapia, ex iste
uma g rande q uantidade d e ten são in controlada, q ue ali está sem que o paciente
compreenda por quê. O p rofissional, portanto, n ão tem de fa lar so bre o uso

possível da h ipnose, e deve a penas dizer: “Penso que posso ajudá-lo a ficar mais
relaxado e a dominar a tensão.” Então, obtém o consentimento habitual,
pergunUtsaannddoo: esse
“Quermaépto doddere in
ren umtrom
duç
odãood, o
emficéadricmoaqisuerela
temxaddeofa
?”zer um trabalho
que normalmente causaria grande in quietação, como seja c osturar um ferim ento,
etc., e vê q ue o paciente está alarmado e ten so, p ode p erguntar: “Se eu p uder ajudá-
lo a relaxar, de fo rma q ue se livre dessa tensão en quanto estou tra tando d e seu
braço,Dgaomsta ria aqm
esm ueaonefiz
irae,sse?
o d e”ntista que tem alguém em sua cadeira, a lguém que
está assustado, p ode c omentar: “Vejo que você está m uito tenso, m as acredito que
posso ajudá-lo a relaxar d e fo rma q ue meu trabalho em sua b oca n ão o incomode.
GostaCerto
ria disso
s m?e”mbros d a p rofissão m édica e o dontológica têm tid o d úvidas
quando ta l a bordagem é proposta. Q uerem saber se é ético in duzir à hipnose sem
que o paciente esteja inteiramente consciente do que está acontecendo.
Há uma resposta simples e direta.
Se a h ipnose não fosse um estado natural e consentido d e rela xamento, e se
todas a s sug estões dadas sob h ipnose tivessem que ser automaticamente atendidas,
então seu uso a q ualquer tempo, sem q ue obtivesse antecipadamente a aprovação,
seria contra a ética, e ilegal. Portanto, c omo se tra ta de um esta do consentido, e
como o p rofissional está a penas ajudando o paciente a relaxar, e dando-lhe
sugestões que podem ser aceitas o u rejeita das p or ele, não se pode p ensar n uma
quebra Poddeeétic
mosa en
emcotanltra
carso
um . a c omparação n a fo rma p ela qual o s m édicos
receitam um p lacebo, de v ez em quando: um remédio ou p ílula que não tem valor
terapêutico em si, m as, com freqüência , traz a lívio, p orque o paciente tem mais

31
confiança no médico do que em qualquer outra medicação. Tal como dz i um
médico: “Nesse caso, o importante não é o médico, mas a medicina.”
Se p lacebos são c onsiderados a ceitáveis, então o rela xamento aplicado, que é
tudo q uanto a hipnose faz, deve ser ig ualmente aceitável, porque ambas essas
coisasEdoespefeito
endem s oabptid
enoassqduoanuso
do ndãao sugestã
se m encoio
. na a hipnose podem se revelar
bastante dramáticos: isso pode ser ilustra do pelo caso de um a sen hora que foi v er o

hipnotSizeandtorup
-se,
orqnueervnoãsa
o c, non
asbeg
eira
uiadado
c ram
dir.
eira, e fic ou muito agitada até que o
hipnotizador lhe d isse: “Acho q ue não precisamos usa r o h ipnotismo n o seu c aso.
Estou seg uro de q ue lhe p osso ensinar um método de rela xamento que a tornará
capaz de relaxar todas as noites, e gozar de um bom sono.”
Sua satisfação a o p ensar q ue não precisaria ser hipnotizada, mas apenas
instruída q uanto a um método para relaxar, foi p atentemente óbvio, e q ualquer
barreira de m edo q ue poderia ter impedido a sessã o d esapareceu
instantaneamente. Entrou em p rofundo estado de rela xamento, e rec ebeu as
apropriadas sug estões pós-hipnóticas de q ue, quando fo sse dormir, e não
importava a que horas isso se d esse, respiraria profundamente por cinco vezes.
Conforme resp irasse, seu corpo rela xaria cada v ez mais, e fácil e rapidamente ela
seria levada a um sono natural e profundo.
mas aD téeesse
umasdipaoucnãoastincohnasulta
conscela
iêncesta
ia devaquem
e jacmonadisiçtiv
ões esse
de desta
ormdironso
ormbh
alm
ipneonste.
e,
Tendo esboçado a inda mais os p roblemas que podem evitar o u p rejudicar a
indução à hipnose, e isso mal arranhou a superfície (muitos m ais virão à luz e serã o
tratados n os próximos capítulos) digamos que esses problemas devem ser vistos
fora do c ontexto. E stão sen do focalizados p ara mostrar q ue hipnotizador algum
jamais terá capacidade p ara induzir à hipnose todos o s seus c lientes, devido a
fatores da p ersonalidade q ue ficam fora de seu c ontrole. E os d ez por cento que não
reagem, não deveriam se considerar não-hipnotizáveis.
Se essa m inoria procurar o utro especialista, o u tiv er a paciência de ten tar
outros m étodos d e in dução, v erá que finalmente eles funcionam ta mbém para as
suas pessoas, porque todos podem entrar em hipnose, contanto que:
1 — Compreendam inteiramente a natureza da hipnose.
2 — Discutam previamente qualquer sentimento de apreensão.
3 — Desejem entrar em hipnose e estejam preparados para cooperar e deixar

que as coisas aconteçam.


4 — Tenham uma razão pessoal, válida, para desejar entrar nesse estado.
5 — O método de indução seja adequado à sua personalidade.
Há apenas duas categorias de pessoas que se mostrarão como exceções.
Crianças m uito novas não alcançam o esta do de h ipnose, devido à sua
incapacidade d e c ompreender o que está acontecendo e o que se espera delas. E,
tendo feito essa declaração, apresso-me em ex plicá-la melhor, porque é impossível

32
dizer em que idade um a c riança é capaz de c ompreensão. Isso significa q ue o
resultado feliz de um a sessã o d ependerá da c apacidade d o h ipnotizador no
estabelecer relacionamento e comunicar-se efetivamente com a criança em seu
próprio
Emním
veel udetraen
baten
lhod,im
raeranm
toen
. te vejo crianças abaixo d e n ove a nos d e id ade,
mas um dentista que freqüentou um c urso de fim d e sem ana em L eeds, telefonou-
me, pouco tem po depois, para dizer-me q ue tinha induzido à h ipnose uma c riança

de q uatro anos, que não conhecia antes, e que o nível de rela xamento obtido fo ra
A toeup
suficien tra cafa
ara teg oria
zer resisten
o tra tamentetoédaednatáqruioeles qiudeosã
exig . o in felizes bastante para que
classifiquemos de p sicóticos. Trata-se de p essoas que não conseguem entender-se
com a realidade e q ue, ao in vés de a fastar-se da so ciedade, criaram e se refug iaram
numa existência particular e fantástica, na qual ninguém mais é admitido.
Não querem ficar boas, porque se isso acontecer terão de enfrentar o mesmo
terror que as levou a fugir.
E como eu disse muitas vezes, pilheriandoXII, no curso das minhas conferências: “Se
a hipnose não funciona com você, talvez você resolva decidir, previamente, em qual
das duas categorias prefere figurar…”
S u m ário

XII
Pilhéria: sf. Piada . (SMJ).

33
4
A U X I L I A R E S HI P N Ó T I C O S

Tendo o processo de in dução hipnótica sid o c onsiderado como


excessivamente demorado por aqueles que não compreenderam b em a dinâmica
nele envolvida, era natural q ue se pensasse que a invenção d e um a parelho o u
máquina q ue encurtasse o período de tem po necessário, to rnaria a hipnose mais
aceitável em relação aos profissionais da medicina e da odontologia.
O Dr. John H . Cla rk, c onferencista do D epartamento de P sicologia da
Universidade d e M anchester, escreveu, em seu trabalho: “A imitação d e um
hipnotizador humano p or uma m áquina d e en sinar”, quando d iscutia a vantagem
de sua m áquina d estinada a in duzir à hipnose, “tira a tarefa de r otina d os ombros
do h ipS
noutaizm
adáoqruhinuamhaipnnoo, lib
tizeara
donra
dofo-oi dpeasen
ra ovuotro
lvisdtra
a dbualh
ranotes ceeev
rtoitannúdmoearofaddeigaan…
os”,
7

e consiste numa un idade ló gica q ue controla o funcionamento e a repetição de

induçõOespadceien
rottin
e sen
a grtav-se
adansum
ema pfita
oltro
. na confortável, com os b raços rep ousando
sobre os b raços d a c adeira, de fo rma q ue possa facilmente apertar um b otão q ue
está colocado na ex tremidade d o b raço direito do m óvel, e é solicitado a olhar para
um ponto preestabelecido d a p arede q ue lhe fic a à fren te. A máquina é en tão p osta
em funcionamento, e a v oz gravada começa a s sug estões de c ansaço o cular e p eso
nos olhos.
Depois que a mesma sugestão foi repetida algumas vezes, a voz gravada diz:
“Se seus olhos estão fechados, aperte o botão.”
Se o b otão n ão foi a pertado, a un idade ló gica en tra em ação, e a mesma
sugestão é rep etida a té que o botão seja a pertado. S ó q uando é reg istrada pela
unidade ló gica um a resp osta positiva é q ue a gravação p assa para a etapa seguinte
na rotina de indução.
Tendo encontrado o Dr. Clark algumas vezes, e tendo também ouvido um a
de sua s c onferências so bre a máquina, senti que a principal limitação d essa peça é
exigir que o censor c rítico d o p aciente continue funcionando, isto é, o paciente tem
que tomar, conscientemente, a decisão d e a pertar o b otão, e isso pode c onstituir
uma in ibição definitiva n o q ue se refere ao rá pido esta belecimento do esta do de
hipnose, em certas p essoas. Não q uer dizer que o processo não chegue a induzir à
hipnose, nem significa q ue a repetição constante das mesmas sugestões não
condicione pacientes para aceitarem eventualmente o estado hipnótico. Mas, se a
7
Publicada em Proceedings of IFIP’68 Congress , realizado em Edimburgo, de 5 a 10 de agosto de 1968.

34
máquina foi inventada para encurtar o período de tempo exigido, então considero
que ela deixará de alcançar seu objetivo.
Outro inconveniente que vejo na m áquina d e Cla rk é o fato de ela d eixar de
tomar em c onsideração a m uito importante comunicação não-verbal, que
realmeEnmtehex
ipniste enotre
otism , quoahnip
dnoose
tizdaidsc
our te
huqmuaanlqoue
erseu
ajudpaa, céien te.iso que se tenha
prec
em mente que o sonâmbulo ou p aciente profundamente hipnótico en trará em

hipnose de m odo m uito rápido, independentemente do m aterial q ue seja usado. E


o mesmo a contece, igualmente, com as p essoas às q uais se disse antes, e de m odo
exato, o q ue é a hipnose, e que elas p recisam p ermitir a si próprias a en trada no
estadoNum
hipncóutrso
ico.de fim d e sem ana, mostrei aos espectadores que qualquer coisa
poderia ser usada para induzir à hipnose, e para ilustrar o q ue dizia acendi um
cigarro e pedi a to dos q ue olhassem para o meu rosto. “A c ada v ez que eu tirar um a
baforada do c igarro os o lhos de v ocês irão se to rnando cada v ez mais pesados, e
depois que eu tiver tirado umas poucas baforadas o s o lhos de v ocês se irão
fechando e v ocês resvalarão p ara um estado de rela xamento, p rofundo e agradável”
— foi T
o iq ue en
rei, lhetãsodidsse.
ez rápidas baforadas, e a essa altura, apenas uma questão de
segundos, sete pessoas entraram em hipnose.

Não v ou afirmar que cigarros d evam ser agora usados c omo fo rma reg ular
de in duzir à hipnose, nem posso recomendar um m étodo usado durante um curto
tempo por um amigo, embora esteja certo que hipnotizadores de b oa fé e de b oa
preguiçEsase
o con leg
sidae, q
raure,
iammuum ito oesto
bviaumroen
. te, deve p ermanecer anônimo, costumava
preparar seu c onsultório colocando um d isco d e m úsica d e efeito rela xante na
vitrola e pondo uma v ela de c era comum sobre a mesa, d iretamente diante da
cadeiraQuoannddeo o opapcaicen
ienteteiriachsen
egatvaar-se.
, ele acendia a vela, puxava as cortinas para
escurec
“Qeur ero
a saqluaeefiq
liguaevcaoanfvoirtro
tavlaelm
. ente sentado nessa cadeira, o lhando para o
coração d a c hama trêmula da v ela durante todo o tempo. Vo u sa ir da sa la por
alguns m inutos, mas você fic a o nde está , o lhando para a chama trêmula e ouvindo
esta música rela xante, e sentirá que seus olhos se tornarão m uito cansados; seus
olhos se irão fec hando; seu corpo se irá rela xando e, q uando eu v oltar, o
encontrarei profundamente relaxado.”
A essa altura ele deixava a sala e ia até a copa tomar uma xícara de café e
conversar com sua esposa.
Compreendesse ele ou n ão, esse m étodo particular — c om exceção da m úsica
— é muito semelhante ao q ue foi d e in ício usado pelo médico esc ocês que clinicava
em MaQnucahnedster
oo Dem
r. Bmraeiaddfo
osi vdeor um
sécausessã
lo dezoedne
ovme,eo
smDer.riJsammoe8 era
s Brcaoidisa
. aceita que

a forma d e m agnetizar alguém consistia em bater delicadamente no ro sto, n o


pescoço, nos ombros e n o c orpo in teiro, a té que o magnetismo a nimal fosse
transferido d o o perador p ara o paciente. Diz a estória, em bora eu não jure quanto à
sua veracidade, que Braid usou essa téc nica até o dia em que um paciente chegou
8
Ver página 11.

35
adiantado e teve d e esp erar p or ele na sa la de esp era. Q uando o m édico c hegou,
encontrou o p aciente sentado à mesa, o q ueixo rep ousado nas mãos, e olhando
para a chama de uma lâmpada de óleo.
O Dr. Braid disse: “Estou à s sua s o rdens, agora”, mas suas p alavras fo ram
ignoradas. Caminhando a té o meio da sa la o Dr. Braid reparou q ue os o lhos do
paciente estavam v ítreos, coisa que ele testemunhara quando m agnetizara outras
pessoas. Ficou tão in trigado q ue resolveu fazer um teste para ver se o homem
estava em estado pré-magnético. Ordenou: “Feche seus olhos.” O paciente fechou
os o lhos. O médico d isse então: “Durma”, e, ao q ue pareceu, o paciente fez
exatam Den
uratente ce.rto tempo, d epois de ter feito a d escoberta de q ue não era
isso
necessário usar a quela rotina d as pancadinhas, Braid levava to dos o s seus
pacientes a olhar para uma luz b rilhante, enquanto acrescentava sugestões de
cansaço e sono. T ambém isso ele considerou c omo g asto excessivo d e tem po, e,
subseqüentemente, usou seu b rilhante estojo do b isturi. Movia-o vagarosamente
para baixo e p ara cima, diante do ro sto do p aciente, depois de so licitar q ue este
conservasse a cabeça imóvel e seguisse o movimento com os o lhos. Ao m esmo
tempoEfa ziatéc
sta asnic
suga aeistõ
ndaesé aapmropplaria
md astepusa
en aradlev arnto
a ta aopfec
or h
paromfissio
entondaoiss coolh
moos.por
leigos, mas em lugar de usarem um estojo de bisturi o hipnotizador usa uma

canetaE-m lanctern
ertaas.estó rias reiv indicou-se a idéia de q ue o estojo de b isturi de B raid
foi o p rimeiro auxiliar h ipnótico. Isso não é estritamente verdadeiro. A nton
Mesmer costumava fa zer grupos de p acientes sentarem em volta de um a g rande
tina d e m adeira cheia de lim alha d e ferro e g arrafas d e á gua, d evendo cada q ual
agarrar um a d as muitas v aretas d e ferro q ue saiam d a tin a. Se n ão houvesse varetas
suficientes para todos, isso não importava, seg undo Mesmer, porque aos pacientes
que sobravam b astaria colocar o s b raços so bre uma p essoa q ue realmente estivesse
segurando um a d as varetas e o m agnetismo fluiria a través dela, p ara aquele
pacienUte.m c ontemporâneo de M esmer, que muito contribuiu para o nosso
conhecimento do so nambulismo in duzido e d o so no ambulatório artificial, foi o
nobre francês, Marquês de Puységur (1751-1825).
No início de sua c arreira mesmérica, o marquês “magnetizou” uma á rvore
em sua propriedade, e pendurou n ela uma p orção de c ordas. Sua teoria era de q ue
aqueles que procuravam sua a ssistência poderiam ir ter c om a árvore e receber o
fluxo de magnetismo através das cordas presas a ela 9
Rememorando, podemos ver que o tubo d e M esmer e a árvore de P uységur
foram o s p rimeiros a uxiliares hipnóticos, mesmo q ue esses dois cavalheiros
acrediE
tadssem
essesserhuesse
mildeos mpreinlhcoíprio
casm in h o
surg iu pum
araa m
toarren
gnetiz
te daer in
seus paecnien
strum tostes.
e
aparelhos, que vão do m ais simples até verdadeiras b ruxarias eletrô nicas, e que

foram saudados como formas de encurtar o tempo de indução.


9
A Brief History of Hypnotism, por Frank A. Pattie, da Universidade de Kentucky, e incluído no
Handbook of Clinical and Experimental Hipnosis, editado pelo Dr. Jesse E. Gordon (MacMillan Company, N.
Y. e Collier-MacMillan, Londres, 1967).

36
No ponto mais baixo d a esc ala está o pêndulo de Ch evrêul, que é uma b ola
clara, de c ristal o u p lástico, suspensa a um pedaço d e c orrente fina. Esse objeto
esteve n o m ercado h ipnótico d urante muitos a nos, e ainda goza d e um a v enda
seguraA,inddeavicdoonafia
o nbdaoixnoopefeito
reço de oàpsua
êndsim pe
ulo d licCh
idaedverêul,
opera ciosnhailp. notizadores
vário
adquiriram um m etrônomo numa lo ja de a rtigos musicais e, colocando-o em
posição proeminente diante do p aciente, põem-no em m ovimento enquanto vão

tranqüilamente entoando: “A c ada b alanço d o p êndulo você v ai se sentindo mais


relaxado e cansado. S eus olhos estão se sen tindo cada v ez mais cansados, conforme
o pêndAulo
idése
ia dbeausa
lançraum demceátrô
panraomláo, neãdoedpervessa
e serseus
d esca orta
lhodsasecofec
mohaanrtig
ãoü…
id”ade
hipnótica. Ela tem certas v antagens. Vai a o en contro do c ritério do D r. Clark, n o
ponto em que permite ao h ipnotizador humano fic ar livre para observar as rea ções
de seu p aciente mais de p erto. E le é flexível. A rapidez com a qual o p êndulo
balança pode ser reg ulada para cada p essoa em p articular, até o ponto em que ela o
considere relaxante, e cada b alanço d o p êndulo é acompanhado por um estalido
audível. Essa combinação de estím ulo áudio-visual o ferece m ais para ocupar o
censor c rítico, permitindo, p ortanto, q ue as sug estões sejam m ais prontamente
aceitas em n ível inconsciente. Finalmente, depois que a hipnose foi a lcançada, o
estalido p ode ser usa do para conseguir um estado mais profundo: “Ca da estalido
do m ePtrô
ara
noomhoipestá
notizajaud
doarnmdo
aisvovcoêlta
a rela
do pxaarar-se
a eletric
cada videazdme,ahisá p
mroeftrô
unndoam
moen
s te…”
elétricos especialmente desenhados, que substituem o pêndulo por uma luz
intermitente, e essa luz também pode ser reg ulada e pulsar em d iferentes
velocidades, desde a muito lenta até a muito rápida.
Contudo, esse aparelho n ão está inteiramente livre de um elem ento de
perigo, se for usa do para toda gente. A luz intermitente pode c ausar a taque
epiléptico n os que sofrem dessa doença do sistem a n ervoso e, embora o médico
saiba o q ue deve fa zer se isso acontecer, o leigo p ode se v er diante de um p roblema
para oTqaumabl ém
estáhoinuv
teira mten
e ten teadsepsp
ativ rep
ara o auso
raddoa. d istorção óptica c omo a uxiliar
hipnótico, fazendo em geral c om que o paciente fixe o s o lhos no p onto central d e
uma espiral concêntrica.
Quando c omecei a usar a h ipnose, mandei colar um a esp iral n o c entro do
teto do m eu consultório, e c ostumava p edir aos meus clientes que fixassem os o lhos
no centro daquela peça.
Foi sem pre parte da m inha rotina, ao fim d e c ada sessã o d e h ipnotismo,
indagar: “Como se sente?” A ssim, a lguns d os comentários feito s d epois de fix arem
a espiral, revelaram-se muito interessantes. Os três m ais freqüentes foram:
“Quando o lhei para o disco, ele parecia estar ro dando, e quando isso a conteceu
percebi q ue a hipnose começava a fun cionar.” Como alternativa: “Foi c omo se eu
estivesse sendo levado p ara dentro de um lo ngo tún el.” E, p or fim: “M eus olhos
teimavOamtememposa
quiredceadfoaccol,ien
e eu
te lev
vi aqvuaepnaãra
o csen
onstireg
audia
isto
mraçnãtoê-lo
ópsticaabverto
ariasv.”a, m as
uma c ompanhia comercial a mericana p ercebera suas p otencialidades, e o mercado
apresentou o q ue os a núncios c hamam d e “M odelo Profissional, Opti-Scópio
Elétrico 3 D ”. Esse aparelho c ompreende um pequeno m otor elétric o in stalado

37
num estojo vistoso, q ue produz a rotação d e um d os três hipnodiscos — outro nome
para espiral — fo rnecido c om o aparelho, e posso declarar, muito definitivamente,
que esse aparelho p roduz uma ilusã o d e ó ptica m uito mais rapidamente do q ue
acontec
Paeracoomhipanesp
otiziaradloestá tica
r preg ,o
uiç fixso
ad, oaunpoateto
ra a.lguém que não tem certeza d e
recordar o que deve d izer enquanto induz à hipnose, há d iscos long-playing, que
foram feito s p or colegas empreendedores, e contêm completa rotina d e in dução

verbal ali gravada. P odem ser tocados p ara o paciente enquanto o hipnotizador fica
recostado em sua cadeira, esperando q ue o L. P . o lev e a o esta do hipnótico, depois
do queAiele
ndapnoedsse
e prcoasso
seg, ouuso
ir codme um
as ddeisc o oduads esug
seja umeastõ
fitaeg
s rtera
avapdêutica
a tem lim
s. itações,
porque não há um a in dução hipnótica c ujo processo se adapte ao tem peramento
psicológico d e q ualquer paciente e, se o hipnotizador confiar n uma sim ples
gravação, então o número de pessoas que deixarão de reagir aumentará.
Até agora venho tentando d ar um rápido resum o d os vários tip os de
auxiliares hipnóticos e, embora não me ten ha referido a to dos, penso que é
aconselhável avaliar a s reiv indicações feitas em b enefícios d eles, e resolver se têm
algo cSom
emqulev
e paor ssa
emmccoonnstid
ribeurairçp
ãaoramainphraática
própdria
a hioppnin
osiãe.o, que deixarei
perfeitamente esclarecida m ais adiante, devemos admitir que certa espécie de

aparelhos presta grande a ssistência ao p rofissional q ue entrou rec entemente no


campo da h ipnose. Contudo, esses aparelhos não são úteis c omo ec onomizadores
de temOpmo,eoduo cqoum
e ocasa
dalvparginucaip
rdiaandteedfra
o hciapsnso
otism
s. o sen te está na p ergunta que faz
a si próprio: “D esta vez, será q ue vai dar certo?” Como não deseja fracassar, sua
ansiedade p ode ser c onsideravelmente diminuída p ela compra do a parelho q ue,
segundo ele sabe, foi usa do com sucesso por outros q ue tinham m aior ex periência.
Em o utras p alavras, o auxiliar h ipnótico p ode a umentar a c onfiança do o perador, e
essa confiança é transmitida a o p aciente. Ainda assim, o a uxiliar p ode ser usa do
como b ode ex piatório. S e tiv er certo número de fra cassos d entro de um c urto
período, o h ipnotizador pode a fastar a h ipótese de sua p rópria incompetência,
lançando a culpa so bre o aparelho: “Não sei p or que me d ei ao tra balho d e c omprar
isto. Nã
Olohaserv
ndoeppaararaonsaindsatrum
!” entos, através do o utro lado, o d o p aciente, há
muitos q ue preferem, rea lmente, ser “hipnotizados” pela máquina e n ão por outro
ser humano. O raciocínio que está por trás d essa atitude é o d e eq uiparar a h ipnose
com a força d e v ontade, e pensar q ue, entrando em h ipnose, entregam a própria
força d e v ontade a uma p ersonalidade p ossuidora de m ente mais forte. Se um
aparelho in duz à hipnose, isso apenas prova o poder da m oderna tec nologia, e n ão
há nadPaelovem
rgeonnohsosem
o emdois adex
mietirmisso
plos . a tecnologia tem constituído um tremendo
auxílio para o mundo da hipnose.

O fundador e d iretor ex ecutivo d o In stituto Americano d e H ipnose, o Dr.


William J . B ryan, acha q ue um número sempre crescente de p essoas está
procurando a h ipnoterapia, e prognostica q ue depressa chegará o dia em que ele, e
os d emais hipnotizadores do I nstituto, n ão serão sufic ientes para atender a todos
os q ue forem à sua procura. P ara antecipar essa situação, ele desenvolveu o que
38
veio a ser conhecido como o hp i notizador Bryan Eletronic Automated Robot
(BEAR) (Robô Eletrônico Automatizado de Bryan).
Os q ue trabalharam c om o BEAR, garantem que o Dr. Bryan d escobriu a
resposta, e q ue qualquer médico p ode tra tar d e um a p orção de p acientes ao m esmo
tempo, sem d eixar de m anter certo grau d e c ontato pessoal com todos eles, o q ue é
conseguido c olocando-se os p acientes em cubículos sep arados, onde estã o
instaladas c adeiras v ibratórias esp eciais, chamadas c adeiras O xford, e m ais um
circuito fechado de T V, um gravador a utomático eletrô nico e m icrofones de a lcance
total, de fo rma q ue o médico o uça o q ue cada p aciente queira dizer, e possa falar
com qO uaslqpuaer
cien
detles,
es têmindivoisduoalhlm
osenvte
e.ndados e rec ebem um par de fo nes
estereofônicos, bem como um m icrofone, que fica p endurado em seu pescoço. O
médico sen ta-se diante da m esa de tela s d e telev isão e tem d iante de si um p ainel
que controla as g ravações. Apertando um d os botões da série, p ode a tivar fitas já
gravadas, que trazem indução e processos d e fa zerem-na m ais profunda, sug estões
específicas, e término em hipnose10.
Escrevendo sobre o trabalho q ue agora vem sendo feito pelo hipnotizador
que usa o BEAR, o Dr. Louis K. B oswell revelou q ue passou v inte minutos c om o
Robô, ouvindo uma fita p ré-gravada, e m uitos d ias d epois conseguia suportar seis
horas d e c irurgia dentária sem que qualquer agente anestésico fo sse usado*. No
mesmo a rtigo, Boswell relata como um a m ulher grávida, que havia repetidamente
rejeitado a hipnose, foi so licitada a ouvir o Robô, de m odo a q ue pudesse dar ao
médico sua im pressão q uanto aos méritos d o a parelho. O resultado dessa sessão fo i
Muessa
o de ter itas psen
essohoarsanoão
seuse bsenebtêirã o saqtisfeita
sem ualquers ddiaensc
teodnafoarptoa,ren te imapnesso
e sem alidoas.
estésic de
do h ipnotizador BEAR, e é possível discutir-se se ele pode ser in cluído n a c ategoria
de a uxiliar h ipnótico, pois não foi esp ecificamente destinado a d iminuir o período
de indO uç“B
ãoraninem
WaavveernScyer
ncahrresistên
onizer” (B ciaWàSh) i(S
pnio
nsce.
ronizador de O ndas Cerebrais)
corresponde à definição de a uxiliar h ipnótico. Pesa sete libras, é portátil, e foi
inventado para induzir à hipnose mais eficientemente, mais depressa e com maior
profundidade. O tempo médio necessário para produzir o estado hipnótico é d e três
minutos. Outra vantagem desse aparelho está n o fa to de q ue pode ser o perado pelo
pacienEte
sse
sem
é um
peprdro
edr uto
a sua
do cefic
érebácria.
o de o utro cidadão americano, o Sr. Sydney A.
Schneider, de S tokie, Illinois, presidente da Co mpanhia de In strumentos
Schneider. Ele se interessou p ela hipnose antes da S egunda Guerra Mundial,
quando v iu seu irmão, en tão a cadêmico, fazer experiências c om ela, e o bservou os
problemas relacionados c om a situação. Mas foi rea lmente durante a Segunda
Guerra Mundial q ue ele viu como a estim ulação fó tica — luz la mpejante — poderia
oferecCo
er mum
o aum
solduç
osãoen. genheiros responsáveis pela operação de radar em navios e

submarinos que serviam no Oceano Atlântico, o Sr. Schneider observou que os


10
Não usei o hipnotizador BEAR, e todos os pormenores aqui dados vêm de material escrito e de
conversações particulares.
*
“The Bryan Eletronic Automated Robot Hypnotist”, Journal of the American Istitute of Hypnosis, Los
Angeles, Califórnia (julho, 1966).

39
operadores de ra dar en travam n um estado que a ele pareceu hipnótico, enquanto
permaneciam sen tados fita ndo um a luz q ue pestanejava na tela d o ra dar. E se
conservavam n esse estado até serem tocados, sacudidos, ou q uando a lguém falava
com eles. Contudo, voltavam a se to rnar completamente conscientes, sem
percebHeáremotra
u ques alg
r ovdaes andaormmsm
po ael seahavinuç
dia pãaossa
fódtoica
com
à eles.
hipnose acontecendo
naturalmente, e uma dla e s foi ga r vada por W. Gray Wlter, a do Burde n

cNeurological
omo a s p esso as que(In
Institute ansdtituto
am deNeuro
b icicleta Buardloenng),a d
lógpicoor um estra
e Brdisto
a, reta
l. Eeleadrbeoscriz
revadeau,
com o sol d erramando-se entre os g alhos das árvores e caindo sobre seus olhos à
medida q ue pedalam a um a v elocidade rítm ica, entram em esta do de h ipnose.
Conforme essa s p essoas se relaxam, o movimento dos pedais torna-se mais lento, e
a perda do ímpeto para a frente leva-as de volta à consciência completa.
Durante a 8.º Convenção A nual d a A ssociação para o Progresso da H ipnose
Ética, mantida em D etroit, Michigan, o S r. Schneider disse ao a uditório: “Co nversei
com pilotos d a a viação q ue me a firmaram q ue, no tip o d e a vião à h élice, conforme a
hélice d iminui a rotação, no m omento de a terrissar, e lampejos d e luz se p rojetam
através das lâminas, eles perdem momentaneamente a consciência das coisas. Na
minha opinião, esse fato tem sido o resp onsável pelos c hamados in explicáveis
desastres de a viação. O que aconteceu com os o peradores de ra dar, com os c iclistas
e com os p ilotos, foi o fa to de a luz ter la mpejado numa freq üência que coincidiu
com o seu padrão p articular d e o ndas cerebrais, ocorrendo então o esta do de
relaxaEmmen19
to 4c8onohS
ecr.idSocchonm
eid
oehr ipinnio
cisoe.
u suas experiências com o BWS, que achou
que deveria corresponder às seguintes exigências:

1 — Tinha de ser seguro.


2 — Tinha de ser prático, de forma que qualquer pessoa pudesse operá-lo

com facilidade.
3 — Não deveria haver conexão alguma ligada ao paciente, por isso poderia
ser usado tanto na hipnose individual como na hipnose de grupo.

4 — Deveria ser leve e fácil de transportar.


5 — Quando usa do em qualquer pessoa, teria de a justar-se à freqüência
predominante da o nda c erebral d essa pessoa. Quando usa do para hipnose de

grupo, deveria estar c apacitado para instalar um p adrão d e freq üência média para
o grupo to do. P ortanto, d evia ser variável, de a cordo c om todos o s a lcances das
ondas cerebrais.
6 — Tinha de ser flexv í el, de modo que o profissional pudesse usá-lo
juntamente com suas próprias técnicas de indução hipnótica.
7 — Tinha de ser durável e exigir um mínimo de manutenção.

40
Durante os n ove a nos q ue se seguiram, vários in strumentos ex perimentais
foram feito s e testa dos c om o auxílio do D r. William S . K roeger, que era, en tão
professor a ssistente de o bstetrícia e ginecologia na E scola Médica d e Ch icago, e que
hoje éEcnotre
nsid
ageora dodceo19
sto mo57um
e oduotub
s grroadned19
es 5ex
8,pooBen
Wtes
S fodiasohb
ipeja
nom seen
mté
edXIIIictesta
a. do
em cerca de d ois mil e quinhentos p acientes, quer individualmente, quer em grupos

pequenos e grandes. Duzentos en tre esses pacientes eram m ulheres grávidas, que
estavam sen do condicionadas n o H ospital E dgewater de Ch icago p ara o parto sob
hipnose. E, seg undo o Jornal da Associação Médica , datado de 2 1 d e m arço d e
1959, “o a parelho c onseguiu causar a in dução hipnótica, em níveis de lev e a
profunEdmo,osoutub
breronodeve19nt5
a8p, o
Srcchenneid
to edrasen
s pa
tiu-se
cientes”.
bastante confiante para iniciar a
produção dos BWS, e h oje esse aparelho está sen do usado em hospitais,
universidades, clínicas particulares e instituições governamentais, em vinte e dois
países através do mundo.
No início deste capítulo declarei que o bom paciente hipnótico — refiro -me
aos sonâmbulos, porque todos sã o b ons p acientes hipnóticos se o quiserem —
entrarão em h ipnose independentemente do m étodo ou a parelho usa dos, e isso
desperta uma p ergunta: “O B WS é melhor do q ue o metrônomo eletrônico?”
a parentem
Americana encteita
, já é,dpoo, rq
counetin
ou mae:sm “…o cneúrca
merodedtrin
o Jornal
ta pordaceAssociação
nto dos paMédica
cientes que não
receberam explicação ou verbalização, e não tinham conhecimento do que o BWS
iria fazer, foram hipnotizados em vários graus, desde o estado leve até o profundo.”
O aparelho ta mbém teve êx ito onde o s o utros m étodos h aviam sid o
negativos, e isso foi en fatizado quando o D r. Schneider fez uma d emonstração d o
seu instrumento para os m embros d o Ca pítulo de No va Jersey da A ssociação p ara o
Progresso da H ipnose Ética, n o d ia 19 de fev ereiro de 19 61. Não fez ten tativa
alguma p ara condicionar o s v oluntários, mas passou seis m inutos d emonstrando
sua própria técnica o peratória. A s luz es foram en tão a cesas, e quatro pessoas da
primeira fileira estavam em esta do hipnótico. Como três dos voluntários já tin ham
sido h ipnotizados anteriormente, sua reação n ada p rovou. Contudo, o quarto
paciente era um cavalheiro que várias v ezes resistira à hipnose, embora o Sr. Harry
Arons, notável hipnotizador leigo e ed itor d o Hypnosis Quarterly , tivesse tentado
hipnotO izáq-lo
uarem
to vd
oolun
zetáorcioareen
siõestro
du em htes.
iferen ipnose com o BWS, e rec ebeu a sugestão
de q ue dali por diante entraria em hipnose, fosse qual fo sse o método usado. O S r.
Aron, então, induziu-o ao esta do hipnótico em m enos de um m inuto, e v ários testes
foram lev ados a efeito para haver certeza d a p rofundidade d a h ipnose que o
paciente, até então resisten te, havia alcançado. Viu-se q ue ele era capaz de p roduzir
a catalepsia do b raço — quando lh e fo i sug erido q ue seu braço estava rígido e q ue
não poderia dobrá-lo, p or mais que tentasse; e analgesia, quando fic ou livre de
desconforto; e a amnésia11.
XIII
Sobejamente: (Sobejar: v.intr. e t.i. Sobrar.) (Sobejo: (ê) adj. 1. Que sobeja; sm. 2.Restos . De sobejo.
de sobra.). (SMJ).
11
Pormenores completos podem ser encontrados no Hypnosis Quarterly , datado de abril de 1961.

41
Durante um período de a nos eu ta mbém usei o BWS, e tiv e a s m esmas
experiências, mas hoje fico a p ensar se o s resulta dos fo ram o btidos devido à
estimulação fó tica, o u p orque meus clientes ficaram im pressionados c om o aspecto
do apaPreelh
rguon. tei a Sydney Schneider, quando estive em Chicago há alguns anos, se
seu instrumento não poderia provocar crises epilépticas, como acontecera quando
hipnotizadores estavam usa ndo o m etrônomo eletrônico o u o estro boscópio. E le

garantiu-me q ue esse perigo fo ra levado em c onsideração q uando ele e o D r.


Kroeger estavam d esenvolvendo o BWS, e q ue nada h avia a temer nesse terreno.
Como experimentei todos o s a uxiliares hipnóticos que mencionei, com exceção do
BEAR h ipnotizador, no q ue me c oncerne a cho q ue o único a uxiliar d e q ue o
hipnotizador necessita é a sua voz, e m esmo isso n ão é essencial p ara induzir à
hipnose. O Dr. Lester A. M illikin demonstrou, repetidamente, que a hipnose pode
ser conseguida sem se p ronunciar um a só p alavra, e sem q ue audição do p aciente
fosse bloqueada desde a palavra “Vá”.
S u m ário

42
5
A S E S S Ã O D E T R AT A M E N T O H I P N Ó T I C O

Levando em conta as d iferenças in dividuais entre pacientes do h ipnotismo e


seus sintomas, o tratamento hipnótico, em suas sessõ es, tem semelhança muito
próxima como uma operação cirúrgica.
Nos n ossos h ospitais é prática c orrente dar ao p aciente uma in jeção, a ntes
de lev á-lo para a sala de c irurgia. E ssa prática não tem a intenção d e p roduzir
inconsciência, e sim um rela xamento eufórico, que suprime to das a s p reocupações
no que se refere a estar sendo leva12do para uma cirurgia.
A ro tina d e in dução hipnótica p reenche a m esma fun ção, e só o fato de o
paciente estar c om os o lhos fechados e o c orpo rela xado não significa q ue o estado
de h ipnose tenha sido a lcançado. O q ue se vê é a penas o estado pré-hipnótico, no
qual oOpqau
cieen
vetemestá
depopis
roénto a uen
o eq ivtara r em
len te hh
ipip
nnóo
ticso
e.d e um a nestésico, e é o que

tenho chamado de “g atilho”. Pode ser um a sim ples palavra escolhida p elo
hipnotizador, ou um a a ção físic a q ue ele realize p ara informar o paciente de q ue
chegou o tempo em que realmente deve d eixar-se levar e relaxar tã o
profunDdaavme en
Eltm
eaqnu, ahniptonoptoizssív
adoer l,leig
soobahm
iperic no, usou um gatilho físico, opondo-o
nosae.
ao gatilho verbal, para completar a rotina de indução.
Ficando de p é d iante da c adeira, o h ipnotizador coloca a mão, c om os d edos
esticados e a palma v oltada para o paciente, a cerca d e d uas p olegadasXIV d e sua
testa:
Agora, veja minha mão descendo para seu rosto, e quando minha mão desaparecer sob seu
queixo quero que feche os olhos.

A mão vai descendo lentamente, junto do perfil, de forma que os olhos se


cansem ao seguir o lento movimento.
Bem. A gora, quero que relaxe rap idamente os m úsculos d e suas p álpebras de fo rma q ue
estejam tão relaxadas que seus olhos não se possam abri. E assim que tiver certeza de q ue
suas pálpebras estão de tal m odo relax adas que não podem se movimentar, quero que as
experimente delicadamente, para se assegurar de q ue estão de ta l m aneira relaxadas que
seus olhos não se abrirão.
12
Ver o Capítulo 1.
XIV
Polegada: sf. 1. Medida aproximadamente igual à do comprimento da segunda falange do polegar. 2.
Medida inglesa, equivalente a 25,40mm do sistema métrico decimal. (SMJ).

43
Observando-se os o lhos, percebe-se que está sendo feita uma ten tativa p ara
abri-los, e quando a s p álpebras n ão se abrem, isso d emonstra que o censor c rítico
da mente foi afastado, e o estado pré-hipnótico já foi alcançado.
Deixe, agora, que essa sensação de relax amento que sente em suas pálpebras vá descendo
pelo seu corpo to do, até o s artelh os. Dentro de algun s segun dos estarei levan tando seu
braço esquerdo e d eixando que retombe em seu co lo. E , co mo você está cooperando
integralmente, e deixou a sensação de relax amento descer até a ponta de seus artelh os,
quando eu segurar seu braço ele estará inteiramente flácido. Então, q uando eu deixar que
seu braço retombe em seu co lo ele cairá como um pano d e p ratos m olhado, e quando ele
cair em seu braço dessa maneira você está deixando isso acontecer, e partindo para o mais
profundo estado de relaxamento que jamais experimentou.
(Essa é a minha adaptação d a d outrina o rtodoxa de E lman, e o s leito res
interessados p odem ler o livro do D r. Elman Findings in Hypnosis (D escobertas d a
Hipnose), que é encontrado em Nova Jersey, Estados U nidos, 56, Edgewood

AvenuSe,ó dClifto
epon is, qauoeporeç
hipondoetiz12
adodróesb
lares.)
oçou o que vai fazer, deve rea lmente
levantar o b raço, p elo pulso. S e seg urasse o pulso desde o in ício, h averia a
possibilidade d e o c ensor c rítico ser a tivado, quando o p aciente cogitasse em quem
estaria fazendo aquilo.
gatilhoQfísic
uanod.o o braço é solto, e recai sobre o colo, esse fato é o que se entende por
Essa rotina particular de indução e gatilho físico tem certas vantagens.
O paciente tem oportunidade d e a fastar seu p róprio censor c rítico sem q ue
seja necessário o hipnotizador sugere que as p álpebras estã o d e ta l fo rma p esadas e
coladas uma à outra tão fortemente, que não podem ser abertas.
“Sim. E las estão coladas uma à o utra tão fortemente que quanto, m ais você tentar abri-las,
mais fortemente elas ficarão coladas. Você pode ten tar abri-las” — é o desafio do
hipnotizador — “mas as pálpebras não se abrirão. De fato estão coladas uma à outra”.
É bastante freqüente o fato de o p aciente decidir aceitar o d esafio, e, p ara
desgosto do h ipnotizador, abre os o lhos, bem abertos, com um comentário

triunfaInsso
te: a“Vê,
contec
douto
eu em
r, eumpeo
iosso
a um
abariropoera
s olçhãoos.”
cirúrgica, em que o cirurgião estava
usando anestesia hipnótica num rapazinho.
A meio caminho da c irurgia, um membro da eq uipe d e o peradores,
espantado ao v er que o rapazinho nada sen tia, p erguntou se o p aciente poderia
abrir os o lhos. O cirurgião a ssegurou-lhe q ue o rapazinho não poderia fazer tal
coisa, e d isse ao p aciente que, se ele tentasse abrir os o lhos, não o conseguiria. S em
qualquer hesitação, o rapazinho abriu os o lhos, bem abertos, e isso poderia ter
desbaratado a confiança d e um m édico m enos experiente. Nesse caso, o m édico riu,
permitiu que o rapaz m antivesse os o lhos abertos p or um pequeno esp aço d e
tempo, en quanto chamava a atenção d e seus c olegas para o fato de o p aciente ainda
estar so b h ipnose, o que era provado pelo fato de o ra paz n ão sentir qualquer
desconforto ainda na perna que estava sendo tratada.

44
Outra vantagem desse processo é que, quando o b raço é erguido p elo
hipnotizador, ele pode sa ber, pela liberdade d e m ovimento naquele membro, se h á
qualquer resistência muscular. Se h á, ele dirá: “Va mos, deixe seu b raço relaxar
completamente.” E, p ara facilitar essa sug estão, balançará delicadamente o braço,
de cá No
para
qulá
e ,maetéc osen tir qeu,ehána
ncern ãopen
háarestriç
s uma ã doesv
deam
nto
avgiem
me.nIsso
to. p arece sim ples
demais, e as p essoas esperam q ue o processo hipnótico seja m ais complicado. Esse

ceticismo n ão fica a penas confinado a o leig o, porque médicos e dentistas ta mbém


sentem que deveria haver mais alguma c oisa. P or essa razão, quando o S r. Elman
dava seus c ursos, ele dizia ao seu p aciente, depois que deixava c air o braço, q ue
abrisse a boca.
“Agora um dentista vai trabalhar em sua boca” — continuava ele — mas nada d o q ue ele
fizer irá perturbar você. Você saberá que ele está trabalhando em sua boca, mas isso será
tudo.”
Fazia, en tão, com que um dos dentistas p resentes se adiantasse, tomasse
uma so nda e fiz esse um teste profundo na á rea alveolar d a g engiva, sem que o
paciente demonstrasse o menor sinal de desconforto.
(Embora Dave E lman tenha morrido, médico e d entistas p odem adquirir seu
curso completo em discos long playing , ou fita s g ravadas, através do en dereço q ue
já fornO
echeim
pnoos.)
tizador que usa um método de indução mais longo pode fazer uso de
um gatilho verbal:
Dentro de algun s segun dos vo u d izer a palavra “agora”, e quando eu disser a palavra “agora”
dentro de alg uns segun dos, cada m úsculo do seu co rpo estará se relax ando. S im, m esmo o
menor dos músculos n o alto d e sua cab eça, até a ponta de seus d edos e até a ponta de seus
artelhos.
Cada últim a o nda, cada últim a go ta de ten são vai desaparecer de seu co rpo, e seu corpo vai
mergulhando na cad eira, completa e inteiramente flácido. Na verdade, seu corpo está tão
flácido e tão relax ado q ue todo o seu corpo sen te-se pesado. Tão pesado q ue até parece que
seu corpo já n ão faz parte de sua p essoa. Esse peso causa uma sen sação muito agradável, e
porque é assim agradável você esquece tudo a resp eito de seu co rpo. Vai-se deixando levar,
e entrando no m ais profundo, n o estad o d e relax amento mais profundo em que já esteve.
“Agora. E ago ra deixe cada músculo de seu corpo relaxar.
Muito bem. E ago ra deixe que toda a tensão se vá de seu corpo.
E ago ra deixe seu corpo mergulhar na cadeira, completa e inteiramente flácido…”
A repetição d a p alavra “agora” é d eliberada e proposital. Está virtualmente
incitando o p aciente a mergulhar em relaxamento cada v ez mais profundo, sem pre
que é repetida, e portanto se torna o terc eiro estágio da sessã o d e tra tamento
hipnótico.
Primeiro foi a in dução. D epois veio a palavra ou a a ção-gatilho. A seguir o
processo de p rofundidade, que se relaciona com o trabalho feito p elo anestesista
durante uma c irurgia, a fim d e m anter o paciente inconsciente durante todo o
tempoAem foq
rmuea ela adurato
exta r.mada pelo processo de aprofundamento depende do
hipnotizador, e pode ser muito variada.

45
Recordo-me d e ter o uvido um a c onferência feita pelo famoso psicólogo
americano, o professor L eonard Cohen, n a q ual ele d escreveu o processo que
normalmente usa.

de umSgurgaenre
de abaseus
lão aépreo
acien
. tes que estão deitados no fundo de uma cesta suspensa
A seguir, sugere que o balão está sendo solto e vai erguendo a cesta cada vez
mais alto, no céu.
“Você pode ver o céu claro e belo, todo azul, acima de você” — continuava ele — “e ele é tão
sereno. Uma brisa delicada está balançando o cesto de um lado para o outro”.
“Enquanto o cesto vai balançando de um lado para o outro você vai mergulhando mais
profundamente em estado de relaxamento.”

O professor Co hen contou-nos como, em certa ocasião, ele próprio se


arrebatou c om suas sug estões. Viu um ar d e ta manho p razer surgir no ro sto de um
paciente do sex o m asculino q uando ele lh e fa lava no c esto a balançar-se de um la do
para o outro, que continuou:
‘Quero que olhe p ara baixo e veja a cid ade d e No va Iorque brilhando sob o s raio s d o so l. E,
quando estiver olhando para Nova Iorque, irá ficando em estado m ais profundo de
relaxamento.’

O paciente não entrou em profundo estado de relaxamento, conforme lhe


fora recomendado. Em lugar de fazer isso, abriu os olhos e disse:
“Isso é impossível, doutor Co hen. S e eu esto u d eitado no fun do de um c esto,
como p osso, c om os d iabos, olhar por sobre as b ordas dele e ver o que se passa lá
embaiUxom?”dentista inglês também usou sua imaginação para tornar mais profunda
a hipnose.
Dizia a seus pacientes que eles estavam no topo de uma escada rolante que

os levava para baixo, para o subsolo do relaxamento.


“Conforme a escada roan l te vai levando você cada vez mis a para baixo, você vai
mergulhando cada vez mais em estado de profundo relaxamento.
E agora você está saindo da escad a, que parou, e está indo para o jardim. E stá se deitando e

acomodando-se confortavelmente. Dentro de algun s segun dos, ouvirá o vizinho ligar o


aparador elétrico de gram a, e isso terá um efeito muito tranqüilizante. Na verdade,
enquanto vai ouvindo o aparador de gram a, você vai entrando em relaxamento cada vez
mais profundo.”

A essa altura ele ligava seu m otor d e a lta rotação, que na rea lidade esta va
muito longe d e p roduzir um som tra nqüilizante, e começava a tra balhar na b oca d o
pacienQte.
uando c onversávamos a resp eito dessa inovação, o d entista contou-me q ue
muitos d e seus p acientes haviam c omentado, d epois, que sentiam, realmente o sol
no ro sto. R imos, ambos, porque sabíamos q ue o que eles tinham sen tido fo ra o
calor que vinha das fortes luzes suspensas sobre a cadeira de dentista.
O processo de aprofundamento que prefiro está muito longe de ser assim
imaginativa. Digo aos meus clientes: “Agora você vai sentar-se ali, respirando livre,

46
fácil e naturalmente, entrando cada vez mais profundamente em relaxamento a
cada respiração que tomar e a cada palavra que eu for dizendo.”
Já q ue o cliente continuará respirando d urante toda a sessão, e eu
continuarei falando, isso, n o q ue me c oncerne, oferece o estím ulo e a continuidade
necessá
Corniotud
s. o, todos os três passos dados até aqui são apenas uma preparação
para o quarto passo — a apresentação das sugestões terapêuticas.

Nisso é que ficará determinado se o tra tamento foi um suc esso ou um


fracasso, d a m esma fo rma q ue o resultado de um a o peração d epende do q ue faz o
cirurgiO
ãoc. irurgião precisa conhecer a parte interna do corpo humano melhor do
que conhece o caminho para sua casa.
O hipnotizador tem de c onhecer o efeito que as p alavras p odem ter sobre
outras p essoas. Deve ter um c onhecimento completo da sem ântica. P orque algumas
palavras podem criar tensão nervosa, devido a conotações emocionais.
Para ilustrar o p oder emocional d as palavras eu sem pre ponho a funcionar
uma fita g ravada nos cursos q ue dou, fita essa que foi feita p ara mim por um
cirurgiE
ãloe-de
sanbtista
ia .como induzir à hipnose, mas tinha deixado de apreciar a
importância da semântica.

senhoAra gqruaevapçrãec
o isa
quvea ele
extra
fez
ir um
para
d en
mte.
im revela sua experiência com uma jovem
Depois de ter a judado a p aciente a alcançar a h ipnose, ele começou a
produzir a hipnoanalgesia, p assando a m ão pelo lado do ro sto em que se localizava
o molar d oente, e dando-lhe a sug estão d e q ue seu rosto e seu maxilar, no lug ar que
ele tocDaevpar,essa
se esta
a pava
cim
ento
terndaenmdoonin teira
stro u qmuen
e pteerd
en torto
era pedcaidaosen
s. sação n a á rea
indicada d e seu ro sto e, satisfeito com a sua primeira tentativa p ara produzir
hipnoanalgesia, o que é compreensível, o dentista lhe d isse: “Agora, v ou tirar o seu
dente,Qeuvaoncdêo,npãoorém
vai, sen
ele tseg
ir ne
unrohuum
o daednote
r.”com o instrumento, ela c omeçou a
gritar. Perplexo, naquele momento, o d entista resolveu dar à paciente a injeção de
costume.
Não adiantou. Mal segurou o dente ela recomeçou a gritar, ainda mais alto e
mais longamente.
Havia uma única saída diante de tal situação: continuar com o que estava
fazendo e extrair o dente.
Após a ex tração, ele, naturalmente, ficou a pensar se a in jeção havia falhado,
e para descobrir isso colocou um a so nda, profundamente, na á rea anestesiada. Não
houveOanmdeeesta
nor sen
ria osaerro
ção?.
A paciente havia sido c ondicionada, a través de ex periência, c omo to dos

temos, para esperar d or se um dente é extraído sem a nestesia, e seu d entista


aumenMtaurito
a sa daenn ós a
sied jádse
e inen
iccial
onusa
trarnadmonaep
ssa
alasitua
vra “dçã
oor”., em grau m enor. Se fo rmos
ao d entista e ele nos disser que não há n ada p ara nos preocupar — “Isso não vai
doer” — nossa reação in stintiva, quando a p alavra “doer” é mencionada, resum e-se

47
em agarrarmos-nos aos braços d a c adeira, p reparados p ara o pior. Sabemos que o
que se seguir será doloroso, p orque, se não fosse doer, não haveria necessidade
alguma de se falar nessa possibilidade.
Para voltar à p aciente e examinar o fiasco m ais de p erto: ela , é ó bvio, h avia
afastado lindamente seu censor c rítico, produzindo o entorpecimento sugerido d o
rosto e do m axilar. Então, o censor c rítico v iu-se forçado a v oltar à c ena, com as
infelizes palavras esc olhidas e usadas im pensadamente. Se seu d entista tivesse
dito: “A gora vou trabalhar em sua boca. Você sentirá que estou tra balhando em sua
boca, mas isso será tudo”, nada h averia, n essa frase, que revelasse o que se ia
seguir, e, de a cordo c om isso, o c ensor c rítico teria p ermanecido em seu
afastaA mlém
entod.e esta r c onsciente das implicações semânticas, o hipnotizador deve
saber, também, c omo a presentar a sug estão tera pêutica d e fo rma q ue seja aceitável
pelo paciente.
Imaginemos que estamos, às esc ondidas, ouvindo um médico q ue dá
sugestões a um paciente para que domine d ores de c abeça p rovenientes de ten são
nervos“D
a.aqui por diante, nunca, nunca mais você sofrerá dessas irritantes dores de
cabeça. Em todas as ocasiões, e daqui por diante, sua cabeça estará livre de tensão.”
As p ossibilidades de a ceitação dessas sug estões-padrão e,

conseqüentemente, do d esaparecimento dos sintomas, são in significantes, porque


não foi d ada a o p aciente nenhuma ra zão a ceitável para o desaparecimento das
dores Adeexcapberiên
eça.cia mostra que, se os pacientes tiverem de mlh e orar como
resultado de hipnoterapia, precisam receber uma razão lógica para isso.
Para a solução desse problema, todas a s p essoas que trabalham no c ampo da
hipnoterapia devem gratidão eterna a o fa lecido D r. A. Ch arles Dawes, de
SmethDwuicrakn, te
Staseu
ffordtem
shire
po .de cín
13
l ico-geral o Dr. Dawes observou e estudou os
efeitosDdeosd“ceírc
q uueloesse
viciocsíorc” uem questa
lo se e tanbta s pae,sso
eleç toransa-se
se en on
aucto traemrgen
-en izavnotleviadtara
s.vés de
sua repetição, e “p ode lev ar a um círculo vicioso de id éias, que se tornam potentes
que chegam a dominar a regulagem de um a g rande p arte, se não do to do, n o q ue se
refere ao campo de pensamento de uma pessoa”.
Em tra balho q ue entregou ao Co ngresso Internacional d e H ipnose e
Medicina P sicossomáticaXV, realizado em P aris, em abril de 19 65, o D r. Dawes deu
um exemplo simples desse círculo vicioso: “E u m e sin to doente. Portanto, fic o
13
O Dr. Dawes era membro líder da British Society for Medical and Dental Hypnosis , que oferece cursos
regulares
XV
para médicos dentistas, e fez conferências sobre o assunto.
Psicossomática: A palavra foi criada por Heinroth, no começo do século XIX, mas só ganhou
importância 100 anos depois, quando muitos psicanalistas, liderados por Franz Alexander , passaram a buscar
mecanismos psicológicos inconscientes que poderiam provocar ou agravar doenças somáticas (orgânicas).
Assim, m uitas enfermidades, cujas causas somáticas eram ainda obscuras, foram chamadas de
“psicossomáticas”, atribuindo-se sua srcem a conflitos psíquicos profundos: alergias, úlceras digestivas,
pressão alta sem causa determinada, asma etc. Entretanto, à m edida que tais doenças foram mais bem
estudadas, outras causas orgânicas foram descobertas, percebendo-se que os fatores psicológicos não eram os
principais determinantes, apesar de sua importância. Hoje, psicossomática representa uma corrente da

medicina, que considera todas as doenças de modo mais abrangente e integral, valorizando tanto os fatores
psíquicos quanto os somáticos. (SMJ).
48
infeliz e indisposto. P orque estou in feliz e indisposto, rea lizo m enos bem meu
trabalho e o utras a tividades; portanto, fic o frustra do e/ou sinto-me c ulpado.
Porque estou frustrado e/ou sinto-me culpado, sinto-me ainda mais doente.”
Esses pensamentos g iram e to rnam a girar n a m ente, como um d isco n um
toca-discos. Não h á fo rma d e d etê-los, e a cada v olta a ranhura se faz m ais
profunda. A sen sação d e esta r d oente e incapaz d e en frentar a s c oisas to rna-se mais
pronunciada, resultando em depressão cada vez mais dura de suportar.
O Dr. Dawes chegou à conclusão d e q ue o necessário seria um Círculo
Analéptico d e id éias sa dias, que começasse por quebrar o v icioso e destrutivo
círculoE, le d
coenpsoeg
is utoiumcarsiase
r um
seucílug
rcualor. autopermanente, e deu os pormenores a seus
colegas do Congresso de Paris.
Este é um modelo que indica de que forma ele pode ser aplicado:
“Dentro de d ois minutos eu lh e p edirei que abra os o lhos, e desde o m omento em que abrir
os o lhos estará se sentindo melhor, mais disposto e mais forte. E a razão de se sen tir
melhor, mais disposto e mais forte está no fato d e estar tão b em relaxado n este momento. É
esse relaxamento que lhe permite sentir-se melhor, mais disposto e mais forte.
Como resultado d e sen tir-se melhor, mais disposto e mais forte, você está encarando seus
problemas mais objetivamente, e fazendo o que tem a fazer com m aior facilid ade e m ais
eficácia. Por estar enfrentando bem tudo, todos, e qualquer situação, cad a vez m is
facilmente, você tem mais energia.
Tendo mais energia, isso lhe d ará mais autoconfiança, mais auto-segurança. E essa
sensação íntima d e auto confiança e auto-segurança está ajudando você a se sentir ainda
melhor, mais capacitado e mais forte.”
(Este modelo está baseado nas idéias do Dr. Dawes expressas em Paris, mas
foi, mais tarde, melhorado por ele.)
Desde q ue o conceito básico seja c ompreendido, qualquer médico p ode c riar
seu próprio círculo analéptico p ara atender às n ecessidades de c ada c liente em
particular. Alguns d eles podem ser complexos, mas considero que, quanto mais
simples,
Quamnadis
o aefic
sugazestã
se oto-prnaa
draãotera
da ptera
ia. pêutica foi dada ao paciente o estágio final
do tratamento feito em sessões é o término da hipnose.
Um c urso de h ipnose em discos, que foi v endido n os Estados U nidos a quem

quer que tivesse dinheiro para comprá-lo, rec omendava que o hipnotizador
dissesse a seus pacientes: “Vou esta lar m eus dedos, e quando eu fiz er isso você
acordaCo
rámeose
o psen
acien
tirátemnuãito
o tin
behm
a esta
.” do adormecido, imaginar ou m andar q ue ele
acordasse implanta o pensamento de q ue: “Talvez eu devesse estar a dormecido, e
como n ão estava, a c oisa não funcionou.” Essa situação p ode ser d ominada p or
explicação p osterior d a v erdadeira natureza d a h ipnose, mas também pode ter
desagSraedaávtra
eis efeito
nsiçã o dsosec
relauxnadm
áren
iosto
. -hipnose para a realidade d o c onsultório é

brusca, o paciente pode fic ar sobressaltado. S eus olhos se abrirão n um repente. A


adrenalina se esp alhará através de seu c orpo, preparando-o para enfrentar um a
emergência desconhecida, e alguns m inutos se p assarão a ntes que a tensão
desapareça.

49
Outro efeito secundário pode ser um a p rolongada sen sação d e so nolência, e
se o paciente tiver um carro lá fora, a leta rgia contínua pode a fetar sua c apacidade
de dirigir, quando for embora.
Já q ue isso foi m encionado, a id éia de a lguém que deixa um h ipnotizador e
dirige um c arro enquanto sofre a “ressaca” hipnótica n ão deve p reocupar ninguém
quantoOahiem
pnoptreen drerexum
izado curso
perien deahem
te lev ipncoo
tera pia
nsid . ção esses fa tores, e se assegura
era

de q ue o paciente esteja adequadamente preparado, ta nto física c omo


mentaIlsm
soense
te, pfa rem
azra sa irodva
enreg
do iãtooddaos soasnhsug
o eestõ es osdeolhcaons.saço dos olhos e de
abrir
relaxamento muscular, dadas durante a indução e ao sinal-gatilho.

Dentro de algun s segun dos vo u co ntar, um, d ois, três, e então direi: “Abra os o lhos.” Depois
que eu tiver contado, um, d ois, três, e quando eu disser: “Abra os o lhos”, você vai abrir os
olhos sentindo-se revigorado d epois desses poucos m inutos d e relax amento. Não terá d or
de cab eça, nem pescoço endurecido. Suas pálpebras não estão pesadas, seus olhos não estão
cansados e seu corpo está inteiramente livre de qualquer sensação de peso muscular.
Mas quando abrir os o lhos estará retendo, m antendo com v ocê, a quantidade d e
relaxamento que tem agora e da q ual necessita. Assim, d entro de algun s segun dos vo u
contar, um, d ois, três, e dizer: “Abra os o lhos”, e você abre os o lhos, sentindo-se revigorado,
mm
U as…mDaoravilh
is… oTsam
rês… enAtebra
calm
os oolehorelax
s. ado. Melhor ainda se sentirá durante todo o dia.

Há um rec eio amplamente espalhado d e q ue algumas pessoas não abram o s


olhos, mas permaneçam, c omo a B ela Adormecida, em estado hipnótico, à espera
do milagre principesco que as venha acordar.

Como todos o s o utros rec eios, esse é infundado, e n ão passa de um resíd uo


do a pogeu dos hipnotizadores de p alco, quando o s jo rnais traziam, ocasionalmente,
uma estó ria sobre um elemento do a uditório que permanecera hipnotizado, e
descrevia de q ue modo o h ipnotizador tivera de fa zer uma v iagem especial p ara
libertaO
r aquve
ítim
gearadlm
e eseu
nteennãcoase
ntasa
mben
e,top.orque é guardado c omo seg redo d e esta do, é
que os p róprios h ipnotizadores de p alco a rmavam essa situação c omo truq ue
publicNin
itário , para
guém seaclim
onesnerv
taraseu
rá hieg
pnoote
izaesp
do,aalhnaãr ofaser
maqduee sup
cone r-heoremtã
sid enosa.gradável

esse estado que não se sinta preparado para deixá-lo. M esmo q uando o p aciente
resolve ig norar a in strução do h ipnotizador para que abra os o lhos, não se conserva
permanentemente hipnotizado. Abrirá os o lhos quando se sen tir suficientemente
revigorado ou d eslizará para um sono natural, do q ual a cordará muito
normaO lmqeunete.
se descreveu acima c omo sessã o típ ica d e tra tamento hipnótico só se
aplica à p rimeira vez em que médico e p aciente se encontram. Para poupar tempo,
nos encontros sub seqüentes, a partir do seg undo, a ro tina d e in dução e o sinal-
gatilho sã o en curtados e c ombinados. Isso se realiza d ando o médico a sug estão
pós-hipnótica d e q ue na p róxima v ez o paciente tornará a entrar, imediatamente,
em hipPnaora
se,maanum mcoomesã
ter a entoo, o
esp
hipenco
ífic
tizoa.dor que termina o esta do hipnótico
contando: “Um… dois… três… Abra os o lhos”, tenderá a formular sua s sug estões

pós-hipnóticas mais ou menos como nestas linhas:


50
“Da p róxima v ez que nos encontrarmos, e você m e o uvir, e só a mim , contar,
regressivamente, “Três… dois… um” en tão seus o lhos se fecham, seu corpo v ai
relaxando, e você en trará em relaxamento ainda maior d o q ue esse em que está
a g o r a .”
hipnóticEonfaa tiz
nãaondser
o oqpuoenoto tera
de qpu e o, ppaecsso
euta ienatelmneãnote,torfa
nçaaráaacen
onttra
agrem
emreg
esta do a, o
ressiv
hipnotizador está usando isso como salvaguarda.

pacienSte ser
tal pcosto
isa em
fosse
perig
neogo
ligueso
ncfia
rer
daa, lghuavmeria
embum
araaçopo. ssibilidade remota de o
Tomemos uma situa ção h ipotética: um h omem pode esta r d irigindo seu
carro, d e v olta à casa, d epois de um d ia cansativo n o esc ritório, e o uve um a v oz, n o
rádio, fa zendo o mesmo tip o d e c ontagem. Co mo seu censor c rítico está o cupado n o
controle do c arro, p or um segundo sua concentração pode ser p rejudicada p elo
desejo espontâneo de fec har o s o lhos. Nessa fração d e seg undo um acidente pode
ocorrer.
Menos dramático: o mesmo h omem de fic ção p oderia ter chegado à sua c asa,
ligado a telev isão, e estar fa lando c om a esposa. E ntão o uve, em nível subliminal,
um comentador d e esp orte contando d a m esma m aneira pela qual o fez o seu
hipnotAizasa
dolvr,ageupaord
dea rela
verbxaal rev
, piataraqaubeocrorec
isaim
s aesnsim
to o u
accoonnteç
stern
ama. ção de sua esp osa.

S u m ário

51
6
HIPNOANÁLISE

A hipnoanálise não é uma in ovação hipnótica rec ente, embora atualmente


seja usada em maior a mplitude e esteja d espertando reiv indicações em seu
benefício por parte de entusiastas.
Sigmund Freud uso u um a fo rma in cipiente da h ipnoanálise, quando n o
início de sua v ida p rofissional, mas aceitou a ilusã o d e q ue o paciente era capaz de
alcançar o m ais alto nível de h ipnose antes que o censor c rítico p udesse ser anulado
e as lembranças da primeira infância recuperadas.
Quando v iu que apenas uma p equena p orcentagem de p essoas que
procuravam sua a ssistência alcançavam o esta do sonambulístico, devido a o m étodo
autoritário de in dução que ele empregava, abandonou a hipnose e desenvolveu a
sua téc
Conica
mo dresulta
a “livredoad
sso
ascex
iap
çã o”. cias d e seu fun dador, os a nalistas o rtodoxos
eriên

freudianos rejeita m a h ipnose e a hipnoanálise, mas aí a inda permanece um


denomPianra
adcoor rta
cormum
umta, qnutoeoéjaargaãcoeita
técçnãic
ood,odidrem os q
eterm inuism
e isso
o pssig
íqnuific
icoa. q ue ambos
os g rupos acreditam q ue cada a ção h umana tem um a ra zão, mesmo q ue a razão
não seja conhecida ou compreendida em nível consciente.
Da mesma maneira, o censor crítico tem a capacidade de rejeitar uma
sugestão, e tem, também, o poder de reprimir lembranças na mente inconsciente.
Quando a s lem branças o u a nseios sã o tã o p oderosos q ue estão
continuamente lutando p ara tingir a superfície do c onsciente, mas não conseguem
passar p elo censor, tratam d e d isfarçar-se e manifestam-se da m aneira que é
chamada, p opularmente, “lapso freudiano”, ou c ondições psicossomáticas tais
com o O
aa sm
tra a fun
balh cionntoad
o, ta l. o p sicanalista como d o h ipnoanalista, é ten tar d escobrir

por que o paciente tem necessidade d e a gir de d eterminada m aneira, e v erificar que
razõesPoinrccoanusa detsse
scien es melo
otivdaim
reto entre
esse comFreud
portae a htoipp
men no náulise,
aartic lar. torna-se impossível
discutir esta última sem observar de perto Freud e suas descobertas.
Hoje, e especialmente em círculos in telectuais, o nome d e Freud to rnou-se
sinônimo d e “fra ude”, e essa etiqueta descuidadamente aplicada surg e,
principalmente, da ên fase que o Dr. Freud colocou so bre os efeito s d a rep ressão

52
sexual e sua defesa da teoia r de sexualidade ina f ntil, proclamando, ainda, a
situação de Édipo14 como origem das neuroses.
Embora revelasse uma p ouco sa dia rigidez de c aráter o afirmar que todas a s
situações neuróticas, e estados d e a nsiedade a ela s a liados, são c ausados p or
problemas sexuais não resolvidos, seria igualmente fanatismo d eclarar q ue o sexo
tem niO
sso
s maépden
icoass qum
ue p apm
usa el adh
imipinnuoto
an. álise estão, continuamente, vendo pacientes

que trazem um insolúvel complexo d e É dipo, outros q ue mostram um a fa ntasia


sexuaO s quaiatro
l freud na ex
e oeumtro
plossc useg
josupinrotes ilustrarã
blem as sexouaciosm
oos aofeta
sexmodpeofo
dermafaeta
n ãro-esex
deufa
alt.o
afeta, nossa saúde física e mental.
Uma jovem senhora, q ue chamaremos Ana, p ara proteger seu anonimato,
sofria de esp inhas n o ro sto, e n enhum tratamento recomendado por vários
dermatologistas dera qualquer resultado.
Seu desenvolvimento psicológico é d e ta l im portância para o tema g lobal d a
hipnoanálise, que será tratado mais amplamente em estágio posterior, mas neste
ponto o item interessante é o sentimento inconsciente que ela trazia em si de q ue
estava suja. S entia-se suja, p orque durante anos tin ha sustentado a fantasia de ter
tido rela ções sexuais com o pai, quando se m asturbava. E, d e a cordo c om o
conceito freudiano, também via na mãe uma rival na afeição do pai.
resultaEdmo dneívssa
el crep
onsrcessã
ienteo sua
ela npãeo
le ppoadsso
ia uadamrefletir
itir seus
aquela
desejo
sens sin
acçã
estuo
o de ssujeira
os, e em
.
Uma mulher de v inte e um anos sen tia-se compelida a ter rela ções sexuais
quando c olocada em determinadas situações, e ao m esmo tem po sentia repulsa
pelo pênis masculino e por qualquer aproximação sexual prévia.
Quando so b h ipnoanálise, reviveu, até os m enores detalhes, o fato de ter sid o
sexualmente violentada por um tio, q uando era p equenina e seus p ais não estavam
em caD
sa.
escreveu a dor que sentiu quando o tio ten tava introduzir o pênis em sua
pequena v agina, e como ele a fiz era segurar e a cariciar seu ó rgão sexual, e
finalmS
enetgeua
ndrep ulsanaqrra
o sua uetiv
sen
a, tlo
iugqoudaenpdooisodheossa
meeja
m eja culo
culaç ãouseus
sobre
paela
is v. oltaram,
viram a s c alças d a m enina n o c hão e a m arca m olhada em seu v estido. O pai
chamou im ediatamente um médico, e no d ia seguinte o tio foi m andado embora.
Isso foi uma fantasia sexual, e a confirmação veio de seu pai, quando lhe
garantiu que tal coisa jamais havia acontecido.
Houve também o caso de uma jovem mulher, casada, com uma dermatite
nas mãos, pulsos e cotovelos, que resistia a qualquer tratamento.
Sob hipnose, recordou que aos dezesseis anos d e id ade p ensara estar
apaixonada p or um marinheiro, e c omo n a últim a n oite da lic ença, ele tentara
manter
Emrela
boçraõeele
s sexnuãaois ccoonm ela
seg .
uisse completar o cito
o , ela era tão inên g ua,

sexualmente, que começou a se preocupar, receando ter ficado grávida.


14
Freud acreditava que quando somos crianças nos apaixonamos pelo pai, ou pela mãe, com oposição dos
sexos, e vemos o pai ou a mãe, do outro sexo, como um rival odiado. Édipo apaixonou-se pela mãe e
assassinou o pai.

53
Sua mãe depressa percebeu que alguma c oisa estava preocupando a moça, e
lançou-lhe um a b ateria de p erguntas, até que, soluçando, ela c ontou o q ue
sucedera.
Em lug ar de p rocurar a calmar os rec eios d a filh a, dando-lhe a lgum conforto
e segurança d e q ue tudo esta va bem porque a relação sex ual c ompleta não chegara
a acontecer, a mãe ficou extremamente indignada e acusou-a de n ão ser muito
melhor do que uma suja devassa.
Dois anos m ais tarde, a paciente tornou-se estudante de en fermagem e,
enquanto assistia a uma série d e c onferências so bre doenças v enéreas, recebeu uma
carta do m arinheiro, q ue dizia amá-la ainda e perguntava se poderia encontrar-se
com elaA cqhueg
anaddoa d
viaesse
c artaà tro
ciduaxdeed. e v olta toda a sua sensação d e ser m aculada e
suja, e d entro de v inte e quatro horas p ercebeu que havia algumas feridas
exsudativasXVI em suas mãos.
Aquilo assustou-a, e quando as feridas começaram a se espalhar a moça
ficou aterrorizada com o pensamento de que poderia ter contraído sífilis.
Por tanto tempo quanto possível ela manteve a s ferid as ocultas, mas quando
se tornaram m ais profundas fo i fo rçada a c onsultar um m édico d o c orpo c línico d o
hospita
Col. m
Eloe adliív
agiondoestic
seusou rec
derm astite.
eio , e dado q ue as lem branças do q ue acontecera

com ela em relação a o m arinheiro eram d esagradáveis, a moça rep rimiu-se em seu
Coien
inconsc ntud
te,oe, doecsd
enesqourecfic ouo pgraep
rític raanra
tiudaqu
peara rec
ela s aolrd aratud
i fic o em
riam . n ível consciente,
e pode fa lar n o c aso sem se sentir culpada n em suja, sua d ermatite desapareceu
depois de algumas sessões de sugestão hipnótica.
Para completar este b reve sum ário que mostra como o sex o p ode esta r n a
raiz de m uitos tra nstornos, há a estó ria de um h omem jovem, so lteiro, q ue pensou
que esta
Forvaa fic
veranodomlo
éduiccoo. e recebera tranqüilizantes. Como esses remédios não
dessemSoresulta
b hipndoose,
, foele
i enp
via
ôddeo acoum
ntarpsaiq
o uia
antara. M aq
lista s useus
e a crec eiosvpeerd
ausa rmadaenira
ecera .
demseus
temores estava no fato de se masturbar a intervalos regulares.
Estava certo de ser m entalmente enfermo, já q ue precisava aliviar a ten são
sexual a través de m anipulação m anual, pois estava certo, em sua m ente, de q ue
homem adulto algum, sendo são, precisa fazer a mesma coisa.
Outra preocupação lhe era cusa a da pelo fato de ter ouvido, em sua
juventude, que a masturbação contínua levava à insanidade.
Esses dois fatos, que o precisar m asturbar-se fosse sinal de a normalidade
mental, e que de c ada v ez que se masturbava isso sig nificava q ue ele estava se
tornando mais perturbado, mostravam-se pavorosos d emais para que ele os
encarasse conscientemente. Assim, tud o q uanto percebia era o medo d e se to rnar
insano.
Outra crítica freq üentemente ouvida q uanto à análise freudiana, é q ue ela
exige tem po excessivo, e muitas p essoas não recebem benefício tangível
submetendo-se a ela.

XVI
Exsudativa: (Exsudato: Med. Líquido, de natureza variável, que flui de área inflamada.) (SMJ).

54
É bastante certo que certo número de pacientes não completa a análise, mas
isso não é, necessariamente, por falha da terapia ou do terapeuta.
Vivemos numa época em que fomos condicionados para esperar e obter
resultaLdeoms brá
rop-id
moes.dA idadaesen
e um da h
cuora
ra im
queedm
iae
tap. rocurou q ueixando-se de ten são e
depressão, e me p erguntou se eu p oderia hipnotizá-la para que esquecesse seus
problemas.

dívidas.
Então começou a contar quais eram os seus problemas: pouco dinheiro e
A hipnose não poderia ajudá-la, m as, como fiq uei sabendo que em pouco
tempo ela estaria recebendo dinheiro suficiente para atender aos seus dois
problemas financeiros, tentei garantir-lhe q ue os sin tomas en tão d esapareceriam.
Já q ue eu não conseguira realizar a esperada cura instantânea, a sen hora
obteve d o m édico a lguns tra nqüilizantes. Também esses não a ajudaram, de fo rma
que ela atormentou o m édico p ara que a enviasse a um psiquiatra. Este confirmou
meu diagnóstico, e disse-lhe, virtualmente, a mesma coisa que eu lhe dissera.
Seus comentários so bre a profissão m édica d epois disso estavam lo nge d e
ser elogiosos, mas quando o d inheiro se materializou seus sintomas c omeçaram a
ceder.Qualquer de n ós pode ter um a d or de c abeça, e haverá uma ra zão p ara isso.

Talvez estejamos so b c erta estafa, talvez estejamos tra balhando demais e por muito
tempo, o u ex ista um problema q ue no m omento não podemos resolver. Contudo,
nenhum de n ós toma tempo para indagar: “Por que tenho esta dor de c abeça?” E
daí, dar alguns p assos p ara remover a causa. Nã o. Queremos alívio imediato, e a
fórmulaSeqpuoím
deicm
a,oas ascpeita
irinraisso
, ali ,está
n ão,éà dmifíc
ãoil, vpearra
poarten
qudeer
ceàrto
quela
númneoro
ssa
denpeecsso
essid
asade.
interrompem a análise, quando a cham que depois de um as poucas visitas n ão
tiveramIguresulta
almendteosd.evemos compreender que há p essoas constitucionalmente
inadequadas em c ertas situa ções, e seus sintomas o u d oenças serv em como
mecanismo d e d efesa para protegê-las c ontra uma v ida q ue não estão c apacitadas a
enfrenEtasrse
. tipo d e p aciente fará tudo c omo se d esejasse melhorar m as, quase
sempre, isso é apenas para tranqüilizar os o utros, e assim que percebem que estão
fazendo progressos, interrompem a análise e lançam tiradas d e v itupérios c ontra o
analista, em lugar de confessar a própria incapacidade.
O psicólogo americano, Professor L eonard Cohen, d isse-me c omo ten tava
evitar q ue esses pacientes fizessem análise com ele, perguntando-lhes, na p rimeira
consulta: “Q ue fará quando m elhorar?”, ou “Q ue espécie de p essoa g ostaria de ser,
desdeOqsuqeudeonmãionetinseus
ham pprlaonbolem
s paasraaotua is?” , o u d escreviam um a p ersonalidade
futuro
neurótica in timamente semelhante a eles próprios n aquele momento, era m o s q ue

o Dr. Co
Mahs,envoreluta
ltandovaà em
crítica
admdeitirquceom
a opscic
lien
anátes.
lise ortodoxa exige tempo demais!
Há a lguma justific ativa p ara isso, p orque a análise, em média, o q ue quer
que signifique, tomará de três a c inco anos, com o paciente vendo o analista duas
ou três vezes por semana durante esse tempo.

55
Os m édicos que compreendem o que a análise pode fa zer, estão b astante
conscientes do fa tor tem po, e d e q ue os h onorários ex igidos tornam-na im possível
para a maioria.
A hipnoanálise é uma d as tentativas para remediar esse fa to, m as novos
problemas estão surg indo, p orque o profissional c omum não tem conhecimento da
psicodinâmica sub jacente na a nálise. E isso é perigoso, b em como p ode lev ar a
erros que afetam o êxito do resultado.
Voltando à m inha comparação entre a sessão d e tra tamento hipnótico e a
operação c irúrgica, a cho q ue essa carência de c onhecimento psicológico p ode ser
comparada à idéia ridícula de q ue um estudante do p rimeiro ano de m edicina,
desde q ue receba um a série d e in strumentos c irúrgicos e um livro intitulado
“Cirurgia:
O qFaça
ue rea lmmesmo
você ente a”cestá
ontecce
a,pcaocm
itaodresulta
o a fazer
doum
daaigcnoom
râpnlic
ciaa,daéoqpuera
e umçãao.
proporção muito grande d os que estão a gora usando a h ipnoanálise simplificam
excessivamente todo o processo.
Erradamente, pensam q ue é necessário apenas descobrir em que idade o s
sintomas p rincipais aparecem e daí levar o paciente a voltar a esse tem po, a fim d e
descobrir que fato traumatizante aconteceu para causá-los.
“Agora você vai voltar atrás, nos anos. Os an os estão passando, e vo cê Chegou ao s d ezenove
anos. Alguma co isa lhe está aco ntecendo, algum a co isa que o assusta ou p erturba tan to que
você mal pode resp irar. Sim, v ocê está voltando àquele momento em que sentiu que não
podia respirar normalmente, e está me co ntando, ex atamente, o que causou esse ap erto em
seu peito.”
A teoria, q uanto à essa regressão, é que desde q ue o episódio reprimido é
trazido d e v olta à consciência, to da a energia outrora usada para abafá-lo na m ente
inconsciente será liberada, e o desaparecimento da sin tomatologia prevalecente
ocorrerá.
Não p retendo lançar a implicação de q ue “lancetarXVII o a bscessoXVIII
psicológico” é conceito inteiramente espúrioXIX. O que estou d izendo é que apenas
um número limitado de p acientes terá a remissão esp ontânea depois de rec ordar
um incidente isolado, e d evem ser considerados c omo ex ceções, mais do q ue como
norma.
OHáprrisc os qnuael npã
ofissio oodetem
m dim
ficaunltar
eirao ex
resulta
ata pdaora
. se certificar d e q ue o
acontecimento recordado é o q ue realmente determinou os sin tomas e, se n ão for,
esses sintomas permanecerão tão ativos quanto antes.
A lembrança rep rimida p ode ser tã o d esagradável que o censor c rítico n ão
permitirá que ela venha à tona e ameace o ego, seja qual fo r a p rofundidade d a
hipnosMe.as, quando as exceções realmente ocorrem, parecem bastante milagrosas.

XVII
Lancetar: v.t.d. Cortar ou abrir com lanceta. (Lanceta: (ê) sf. Instrumento cirúrgico de dois gumes,
para sangrias, incisão de abscessos, etc.) (SMJ).
XVIII
Abscesso: Patol. Coleção localizada de pus; apostema. (SMJ).
XIX
Espúrio: adj. 1. Não genuíno. 2. Ilegítim o, ilegal. (SMJ).

56
Lembro-me d e um a c liente que conseguiu fazer novo e m elhor ajustamento
assim que reconheceu o medo, e capacitou-se para falar so bre ele de m aneira
racional.
Estivera sofrendo o medo d os espaços abertos, a agorafobia, d urante os v inte
e um meses anteriores ao n osso encontro, e c hegara ao p onto em que receava ir a
seu prAónptes
rio jadredim
ap,asem que aolg
recerem s uémt amaacsomdapaanghoarasse.
sino fobia, ela estivera recebendo

tratamDen
eptoois
peqrió
uedic
euo apainraduz
a iten
à hsiãpononsee,
rvoesa
andtes
uraqnutee p
ceurto
desse
núminero
stituir
de aonporso.cesso
hipnoanalítico, ela tornou-se muito agitada, e c omeçou a soluçar, dizendo: “Nã o
quero morrer.”
Quando lhe perguntei por que pensava que ia morrer, disse-me ter certeza
de que um câncer a mataria.
“E por que tem medo de câncer?” — indaguei.
“Minha mãe teve câncer” — respondeu — “e tudo o que aconteceu com
minha mãe tem acontecido comigo.”
A compreensão c onsciente de seu in justificável medo sig nificou que ela
estava capacitada a discuti-lo, e n ossas c onversas, após um c urto período de tera pia
sugestiva, foram o sufic iente para que a ansiedade fó bica, a agorafobia,
desaparecesse, o que levou a cliente a considerar d esnecessária a continuação d o
tratamHen
ouv
to.e o utro caso, tra zido à m inha atenção h á d ois anos, quando um
abscesso psíquico fo i ra pidamente localizado p ela regressão, mas, devido à
ignorância do m édico q uanto à psicodinâmica d a a nálise, o resultado tornou-se
fatal para a paciente.
O caso envolvia uma v iúva d e m eia-idade c om duas filh as. A mais velha era
casada e vivia longe d e c asa, n uma c idade g rande, enquanto a mais nova
permaAnepcaicaien
notelaso
r. fria de asma e, acreditando que se tratava de um caso funcional

ou psicQousso
anmdoáso
ticb h ,ipseu
oXX nosm
e,éadsen
ico sug
horaeriu
recoord
usooudqeuh
e,ipim
noesde.iatamente antes de seu
primeiro ataque asmático, a filha m ais nova h avia recebido um a c arta da irm ã,
insistindo para que deixasse o lar e fo sse morar c om Lea e o marido, porque a vida
que eles levavam era das mais excitantes.
O pensamento de q ue a filha m ais nova d eixaria a casa fez com que ela se
sentisse doente. Tinha dificuldade d e resp irar, e a opressão n o p eito permaneceu
até que tiveram de chamar um médico.
Toda essa informação foi dada enquanto a cliente estava sob hipnose, mas,
uma vDeziaterm
nte dineasse
da adisessã
lema, oo, m
a ésen
dichoo, rpaennsão
antin
dohqaulem rançaajud
e asbsim daaqria
uiloàqsua
ue dpiassera
cient.e,
rompeu a regra principal da h ipnoanálise, e contou-lhe ex atamente o que ela
dissera. E , n ão contente com isso, d eu-lhe ta mbém uma in terpretação: que sua

asma era um a fo rma d e d izer à filha: “Você não me p ode d eixar porque eu estou
doente.”

XX
Psicossomático: Referente à mente e ao corpo. (SMJ).

57
Compreender que sua doença era uma fo rma d e c hantagem emocional fo i
demais para a senhora, q ue logo após en trou em a guda c rise asmática d e q ue
resultou sua morte, dentro de vinte e quatro horas.
Se o m édico estiv esse familiarizado com os p rincípios p sicológicos, saberia
que a amnésia espontânea significava q ue sua paciente não estava preparada,
naquele particular m omento, p ara aceitar as ra zões de sua a sma em n ível
consciente e, assim, teria permanecido em silêncio.
Na próxima c onsulta ele a teria induzido à h ipnose, e usado, rea lmente, a
terapia das sugestões, até que a senhora tivesse suficiente força em seu ego p ara
encaraUrma idpaédiarãdoe d
qeuesugestã
sua o a qpuoedeele
filh ria pdoedixearia
r oter
lar.usado está delineado nestas
linhas:
“Em n ossa última sessão , en quanto a senhora estava se relaxando, d isse-me p or que teve o
problema co m sua resp iração; mas, como sabe, quando a sessão terminou, não conseguiu
recordar-se.
Isso não deve preocupá-la, e o que normalmente significa é que necessita um pouco mais de
tempo antes que possa recordar-se, e é nisso que o relaxamento ajuda. Sabe q ue se está
relaxando bem nesse momento e, porque está se relaxando tão b em, q uando esta sessão
terminar, dentro de ais alg uns m inutos, a senhora se sentirá mais calma e m ais relaxada d o
que há m uito não lhe aco ntece. Por estar se sentindo mais calma e m ais relaxada, verá que
se sente também mais confiante. Mais confiante em si própria, mais confiante no q ue quer
que esteja fazendo, e, acim a d e tud o, mais confiante em sua capacidade p ara lutar contra
qualquer coisa, contra qualquer pessoa, contra qualquer situação. E , à p roporção que os
dias se passarem, essa sen sação de calm a, de relax amento e de co nfiança se vai tornando
cada vez m ais parte de sua p essoa. E, co nforme se sen te mais calma, mais relaxada e m ais
confiante, depressa se lembrará do q ue me d isse na sem ana p assada: a causa da d ificuldade
de resp irar que sente. E quando estiver recordando qual é o problema, estará
completamente livre de q ualquer tensão nessa área. Realmente, o que se dará será o oposto.
A senhora ficará satisfeita ao recordar, e poderá discutir o caso comigo, calm amente,
relaxadamente, e confiantemente.”

Ainda assim, o fa to de sa ber o que aconteceu por ocasião d o a parecimento


dos sintomas, não traz, habitualmente, qualquer mudança permanente nas
condiçTõres
atad-se,
o pacpien
enate.
s, de um d etonador q ue faz ex plicar uma b omba construída
na m ente inconsciente durante um período de a nos, por uma série d e ex periências
similares, que precisam ser todas arrancadas. Antes que a análise termine.
Também, a o c ontrário do q ue geralmente se pensa, o s a contecimentos q ue
dão origem à sintomatologia subseqüente não podem ser classificados c omo
traumáticos, mas têm, isso sim , um p rofundo efeito sobre a psique, quando
sofridoVo
s. ltando à estó ria analítica de A na, a m oça q ue tinha espinhas n o ro sto, a
doença chamada acne, e que mencionei no in ício deste capítulo, p odemos ver como
a sensação de estar suja pode ter se originado.

A condição de sua p ele começou a ser notada quando tin ha dezessete anos, e
a experiência detonadora foi um a c ena in completa de sed ução, d epois da q ual a
moça se sen tia suja e tentava lavar d e v ez a culpa e a sujeira , to mando in úmeros
banhos.

58
A origem, en tretanto, esta va muito mais afastada, à altura de seus q uatro
anos. Ela havia estado a brincar n o ja rdim e, caindo, sujo u-se. Perguntei-lhe c omo
esse fato se relacionava com a condição de sua pele.
“Mter
poderia amãlev
e azdan
o goag
lu-se
umamudeito
stacosujeira
m ig o. D
paisse-m
ra debeaixqoue damepele,
haviea qsuja o e seria
ue disso que
asqueroso.”
Ana recordou-se outro fato ocorrido quando ela tinha quatro anos:

Ana: “Fui à festa de aniversário de uma amiga.”


Eu: “E que aconteceu com você nessa festa de aniversário?”
Ana: “Fiquei zangada com outra meninazinha e mordi-a.”
A
Enua
: :“E
“L peo
ver iqum
ue aisso
s paalm adu
feto assua
e dip
ssera
ele?”m-me q ue meninazinhas b em educadas
não mordiam a s p essoas, porque a pele delas p odia estar suja e a lguma sujeira
talvez entrasse em minha boca e eu ficasse doente.”
Havia muito mais a acontecer.
Uma detalhada rec ordação d e ex periência sexual c om um menino m ais
velho, que ejaculara sobre ela, q uando A na tinha seis anos, e como d epois disso ela
se lavO
arafafreq
to düeen
qutem
aseenser
te. apanhada por sua mãe quando ela e uma meninazinha
sua amiga estavam fazendo mútuas descobertas sexuais.

deixaraOafa
li tdoelib
deera
sedater
menpetrd
e, ip
dorqnuemoa pgara
iandaemlo
ajvaa, m
e afic
is adrocqerta
ue adm
e aqvuaeasua
mãe.
m ãe a
Ao to do, A na esteve so b h ipnoanálise durante um mês e meio, e a c ada um
de n ossos en contros sem anais, mais episódios era m relem brados, até que ela
obteve v isão in terior sufic iente de seus p roblemas básicos, e com isso sua pele ficou
limpa.O aspecto importante do c aso de A na, q uando c omparado com a psicanálise
ortodoxa, é q ue todos o s in cidentes trazidos de v olta à consciência estavam
diretamente relacionados c om as c ondições de sua p ele, e isso foi rea lizado p elo uso
da hipnodiagnose.
S u m ário

59
7
HIPNODIAGNOSE

Para o hipnoanalista a mente inconsciente pode ser c omparada a um vasto


banco de m emória, q ue contém pormenores de tud o o q ue ouvimos, dissemos,
vimos, lemos ou ex perimentamos, e funciona como um c omputador. Ela também
pode p redizer, com determinado g rau d e ex atidão, a ferido p ela nossa maneira de
lutar em situa ções do p assado, p elo qual será n ossa reação m ais provável, se no
futuro enfrentarmos certos problemas e circunstâncias.
Infelizmente, todas essa s rec ordações estão tra ncadas num cofre guardado
pelo censor c rítico, e isso decide so bre os d ados que terão p ermissão p ara se revelar
e, assim
A ,inadla
cagançça
ãor adocoannsacliista
ência . sido esta: “Como poderemos levar a mente
tem
inconsciente a revelar seus segredos?”
Penso que encontrei parte da resp osta numa c onferência que fiz, q uando

uma jo vem senhora perguntou-me se eu p ensava que a hipnose a ajudaria a deixar


o hábiE
tomdbeora
fumeuar.saiba q ue a hipnose ajudou muita gente a se abster do fum o —
meu pai, Henry Blythe, que se especializou nessa área, d eclara que ela é oitenta por
cento eficiente — estava igualmente sabedor de q ue muitos fum antes têm
necessidade p sicológica n o q ue se refere a cigarros, e se alguém dessa última
categoria deixa d e fum ar, há p ossibilidade d e q ue substitua esse hábito por outro,
mais provavelmente o hábito de comer de modo compulsivo.
Com esse c onhecimento em mente, disse à jovem senhora que não sabia,
mas que estava certo de q ue sua própria mente inconsciente daria a resposta
pedidaD. epois de a ter c olocado em estado hipnótico p ela levitação d as mãos
(quando a m ão levanta uma a lmofada involuntariamente, como resulta do de

sugestão, coisa que será integralmente explicada m ais adiante, neste capítulo) eu
“A senhora desejava saber se a hipnose poderia ajudá-la a deixar de fum ar, e
lhe disse:
é possível que ela faça isso. Co ntudo, é igualmente possível que por agora a senhora
tenha necessidade d e fum ar e que não esteja ainda pronta para deixar de fum ar.
“Nem eu nem a senhora sabemos qual é a resp osta, p or isso vamos deixar
que nossa mente inconsciente nos diga se a sen hora está psicologicamente
preparada para deixar de fum ar, aqui e agora. E eis c omo v amos obter essa
resposta.

60
“Como sabe, quando in iciamos esta sessã o, sua mente inconsciente levantou
sua mão esquerda, que ergueu a almofada sem qualquer esforço c onsciente de sua
parte. Dentro de a lguns seg undos, eu vou dizer a palavra “agora”, e quando eu
disser a palavra “agora”, se a senhora tiver qualquer necessidade p sicológica d e
continuar fum ando, sua m ente inconsciente saberá disso, e esta rá capacitada a
dizer-lhe, e a dizer a mim próprio tal c oisa, fa zendo sua mão e seu braço esquerdo
se tornarem leves, e levantando-os de seu colo até tocarem seus lábios.
braço “S
e sua
e, pomrã ooutro
esqlauderd
o, oassen
ficahrã
oroa cestiv
ompeleta
r emmencotnedim
içõóes
vedis. e deixar de fumar, seu
“Agora.”
Lentamente, a mão esquerda da senhora ergueu-se.
Esse foi o fim d o ex perimento. A lgum tempo depois a mesma m oça v eio ver-
me so bre o mesmo a ssunto, d eixar o fumo, e eu repeti o mesmo p rocesso. M as
nessa ocasião a m ão não se ergueu quando eu d isse a palavra-gatilho “a gora”, e
como c onsiderei que essa era uma resp osta afirmativa, continuei a sessão d ando as
sugestões apropriadas para ajudá-la a deixar de fumar, e ela realmente deixou.
Em retro specto, p ode a rgumentar-se que o que acabo d e rela tar n ão prova
que eu tenha violado o cofre da m ente inconsciente, particularmente quando n os
encontramos p ela segunda vez. O s c ríticos podem afirmar que ela evitou, de fo rma
consciente, que seu braço se erguesse, mesmo q ue ela o quisesse, porque deu desejo
de deix
Easse
r de
pofum
ntoadrenvãista
o eratalvfoerzte.
tenha alguma v alidade, mas se o desejo dela era
intenso, e lev ando em consideração q ue ela aceitara, o bviamente, a premissa de
que a hipnose poderia ajudá-la, o q ue ficou confirmado p ela visita subseqüente que
me fez — eu achei que qualquer risco de fracasso havia sido minimizado.
Desde en tão eu m e to rnei cada v ez mais propenso a usar esse p rocesso com
pessoas que tiveram c ontato comigo n a in tenção d e d eixar de fum ar. Se a resp osta
obtida n essa comunicação n ão-verbal era a de q ue não estavam p rontos p ara parar
de fum ar, eu daria um passo mais e verificaria se estariam p rontos p ara deixar de
fumar em uma d ata futura. Q uando rec ebia resposta positiva, tentava certificar-me
quanto a essa futura data, d e fo rma q ue pudessem marcar a consulta para a ocasião
apropria
Medsma. o q uando rec ebia a indicação de q ue o cliente estava preparado para
deixar de fum ar, eu não achava q ue ele já fosse capaz de d eixar completamente o
cigarro. Nã o ten ho o dom de ler n a m ente de o utros seres h umanos, de n ovo
resolvia apelar p ara o inconsciente a fim de sa ber se esse cliente poderia deixar de o
fumo sem n enhuma ten são o u a nsiedade, ou se seria p referível que o fosse
deixando aos poucos, diminuindo o número de c igarros d e q ue necessitava a cada
dia, sem
Coanntud
a poo, d
r esem
poisanqau,eccoommoecresulta dor adlev
ei a usa e sug
itaçeãstõ
o deosbhriapçnoóctic
omas.
o m eio de
comunicação com o inconsciente, compreendi,rapidamente, o quanto era
embaraçoso, e q ue inumeráveis dificuldades criava, a mais óbvia sendo que eu

estava usando um m embro inteiro, o b raço e a mão do p aciente, e isso exigia um


esforço trem endo por parte do in consciente, esforço esse q ue poderia alterar o
censoD r cep oisod
rític . e ter fracassado algumas vezes foi que recordei ter lido um artigo
intitulado “Caminho para a Mente”, escrito por Robert Goughlan, e que apareceu

61
na E dição Internacional d e Li fe (2 5 d e a bril de 19 60). Movimentei-me c om
dificuldade en tre a vasta coleção de rec ortes referentes à hipnose, que acumulara
durante os a nos, e li como o s a mericanos estavam c olocando um d edo so b o
controle ideomotor (o in consciente), usando isso c omo um a esp écie de d etector
psíquicQouadnadm
oe ntira
rec eb.i o c liente que em seguida se a presentou, pus em prática o q ue
tinha lido, e depressa estabeleci c ontrole ideomotor d o p rimeiro dedo d a m ão

esquerda, da seguinte maneira:


“Dentro de algun s segun dos, quando eu disser a palavra “Agora”, sua mente inconsciente
estará tomando o controle do p rimeiro dedo d e sua m ão esquerda, e sem qualquer esforço
de sua p arte irá tornando o primeiro dedo d e sua m ão esquerda m uito, m uito leve. Na

verdade, o primeiro dedo d e sua m ão esquerda ficará tão leve, q ue sem que você faça coisa
alguma co nscientemente, o primeiro dedo d e sua m ão esquerda irá se levan tando do b raço
da cadeira…”
O primeiro dedo d a m ão esquerda resp ondeu à sugestão, e desse momento
em diante eu soube q ue a hipnodiagnose e a hipnoanálise, feitas c om precisão em
determHia
nvaidaoap
inodnatoa,lgpuondseoria m ser
bstá culoem
s apserem
reendid
a faassta
nodo
futuro
s. Eu.p recisava encontrar
uma fo rma d e fic ar seguro, p elo menos no q ue me d izia respeito, d e q ue o cliente

não estava tentando c olaborar em d emasia a meu respeito, lev antando


conscientemente o dedo. O tempo e a experiência deram-me resp osta a isso,
reunida à in formação que me fo i d ada p elos p rofissionais que tinham c omeçado a
usar o p rocesso, d epois de a ssistirem a uma d emonstração p or ocasião d e um d os
cursosJádqe ufime adgeorsem
a adavongao . o uso d ele para todos o s p aciente, seria oportuno la nçar
uma v ista de o lhos à forma p ela qual é usa do, d e p rincípio ao fim d o tra tamento. A
estória de um h omem de v inte e dois anos, que me p rocurou p or causa de um a
séria gagueira que se havia manifestado depois que ele sofrera operação d o
apêndQ icuea, nadoosndoeszvaim
nooss dpe la
idp
ardim
e,edira
á um
veza, eu
b od
a ivsse
isãa oodcalien
téctn
eicqau.e ia fazer um teste
rápido d e seu p oder de c oncentração, para saber se suas rea ções me p ermitiriam
determinar o método de in dução a ser usado para ajudá-lo a se relaxar, alcançando
o estado que chamamos de hipnose.
Disse-lhe q ue sentasse bem ao fun do da p oltrona, c om os p és pousados
diretamente no c hão, joelhos juntos, e então sen tei-me d iante dele e coloquei em
seu colo uma a lmofada solta, p reta, esp onjosa. P edi-lhe, então, que pusesse ambas
as m ãos, as p almas para baixo, sobre a almofada, e se c oncentrasse em seus dedos,
enquaD netopooiss fo
quseseele
mofezvenisso
do dpeovragumar pmaira sen
nuto tir aantex
, lev tei tsua
ura ámsãpoera do md
direita aeterial.
sobre a
almofada e disse-lhe que deixasse a mão esquerda tornar-se completamente inerte.
Bem! Agora eu quero que se concentre em seus dedos. Olhe para eles todo o tempo.
Enquanto estiver se concentrando em seus dedos, e porque se concentra tão bem, d entro de
alguns segun dos sen tirá que um dos seus dedos começará a crispar-seXXI e a saltar p or si
mesmo.

XXI
Crispar: 1. Encrespar, franzir. 2. Contrair 3. Contrair-se espasm odicamente. (SMJ).

62
Sim, enquanto você estiver concentrado em seus dedos, e tornando-se consciente deles, um
de seus dedos saltará um bocadinho.

Quando p ercebi a c rispação de um d edo, felicitei o cliente pela sua


capacidade d e c oncentração, e instruí-o para que fixasse os o lhos num ponto nas
costas d e sua m ão esquerda, que eu toquei, a fim de m elhor marcar o lugar exato.
Então, coloquei minha mão cerca d e sete p olegadas acima d a d ele, com os d ois
primeiro s dedos estendidos.
Agora, enquanto você se concentra sobre esse ponto, q uero que respire funda e
ritmadamente… E a cada resp iração que tomar sua mão esquerda vai se to rnando cada vez
mais leve. E, co nforme sua m ão esquerda vai se to rnando cada vez m ais leve a cada
respiração que você toma, sua mão esquerda vai se erguen do devagar de so bre a almofada,
até junto de m eus dedos. Na verdade, é como se meus dedos fossem ímãs, atraindo
delicadamente sua mão esquerda para cima, cada vez mais alto, na direção deles…
Essa sugestão d e lev itação d as mãos fo i c ontinuada até que a mão do c liente

chegou a umas duas p olegadas acima d a a lmofada, e n esse estágio eu lhe p edi q ue
desviasse os o lhos e passei minha mão entre seus olhos e a almofada, a fim d e
rompeOr oclseu
ienteolsur
harpfix
reeno. deu-se ao v er sua mão erguendo-se sem esforço
consciente, e depois dessa demonstração esta va preparado para aceitar a h ipótese
de queOsua
próxmimeontpeain con
sso scioen
era te fiz
bter coenra
troaleqid
uilo
eo.motor so bre o primeiro dedo d e sua
mão esquerda e, d esde q ue isso aconteceu, a cena esta va preparada para o começo
da hipnodiagnose.
Jack: é p ossível que alguma co isa lhe aco ntecesse no p assado, que depois veio a trazer-lhe o
problema p resente, ou p odemos estar em caminho errado e seu p roblema p resente nada
mais é senão um hábito-padrão do p assado, que adquiriu força. Nenhum de n ós, a esta
altura, sabe a resp osta, mas sua mente inconsciente sabe, e vamos tratar de q ue ela nos diga

Dueal
q ntro
é, dtan
e algun
to a vsosegun
cê comdosaeu
mvo
imu
. d izer a palavra “agora”, e se realmente alguma co isa lhe
aconteceu no p assado, trazendo-lhe o p roblema q ue tem agora, sua mente inconsciente
saberá que alguma co isa aconteceu, e é capaz de n os dizer, levantando o primeiro dedo d e
sua mão esquerda quando eu disser a palavra “agora”.
Contudo, Jack, se nada aconteceu em seu passado para causar o problema presente, o
primeiro dedo de sua mão esquerda permanecerá perfeitamente imóvel…

O dedo erg ueu-se, mas como a essa a ltura havia quase expirado o tempo
reservado p ara a sessão, preparei o término d a h ipnose, removendo primeiro o
controle inconsciente do seu d edo, e depois dando-lhe um a sug estão p ara fortalecer
sua confiança.
Dentro de algun s segun dos esta sessão estará term inada, e quando você abrir os o lhos se
sentirá muito feliz. E terá toda a razão de se sen tir feliz, porque agora sabe q ue alguma co isa
aconteceu no p assado, resultando no p roblema p resente, e, tudo co rrendo bem, eu
conseguirei descobrir o que causou isso , e p oderei desfazer essa interferência para sempre.
Porque você sabe q ue agora estamos no cam inho para resolver seu problema, e porque tem
esse sentimento íntimo d e felicid ade, a partir de ago ra até a próxima co nsulta irá sentir-se
mais calmo, mais relaxado e m ais confiante. E, co mo conseqüência dessa sensação de
clama, de relax amento e de co nfiança, verá que está falando com m aior lib erdade, mais fácil

63
e mais naturalmente. E a cada d ia que passa você irá notando que está falando com m aior
liberdade, mais fácil e mais naturalmente, e isso o fará sentir-se mais feliz, e ainda mais
calmo, mais relaxado e mais confiante.
E quando nos encontrarmos de n ovo, n a p róxima sem ana, e estivermos prontos p ara
começar a nossa sessão, relax ará ainda mais depressa do q ue hoje, e irá mergulhando cada
vez mais profundamente em relaxamento…
Na semana seg uinte tornamos a nos encontrar, e ele contou-me, encantado,

que se havia sentido m uito melhor e que houvera melhora sensível em sua fala, m as
que não queira perder tempo em conversa fiada, o q ue nos levou, portanto, a
começDaer paohisipdneofa zer
dia gnaoin
se.dução e restabelecer o controle ideomotor d o d edo, fiz
Jack rec ordar que tínhamos m otivo p ara creditar q ue algo, ou p ossivelmente mais
de um ep isódio, teria a contecido n o p assado, e q ue íamos d escobrir quando esse
acontecimento específico ocorrera.
…vou co ntar devagar de vin te e dois até zero. E sses são os an os de sua vid a, e quando eu

mencionar o ano ex ato em que algo lhe aco nteceu, trazendo depois o problema q ue vem
tendo, sua m ente inconsciente saberá que algo aconteceu quando você estava com essa
idade, e pode d izer isso a você e a mim, levan tando o primeiro dedo d a m ão esquerda m uito
rapidamente. Mas apenas quando eu mencionar o ano exat o.

Fui contando d evagar, sem que houvesse reação, até alcançar o n úmero dez,
quando o d edo erg ueu-se. Anotei essa idade, pedi a o c liente que deixasse cair o
Subbre
dedo so seq
oüben
ratçem
o deantce,adoedira
ed, oeerg
conueu-se
tinuei aà cmoennta
çãr.o de quatro, três, dois e zero.
Com essa s id ades anotadas, comecei a regressão h abitual, sugerindo-lhe q ue
quando eu d issesse “quatro” ele v oltaria ao tem po em que era um menino d e q uatro
anos, e recordava um in cidente específico q ue mais tarde c ausaria o seu problema.
No interesse da exatidão, e para garantir que o que ele recordasse seria o
incidente real, usei o primeiro dedo da mão esquerda como detector de mentiras.

De c ada v ez que eu disser “quatro” o in cidente que você tev e a os quatro anos
de d íade vai se tornando mais claro e mais vívido “— d isse-lhe eu — ” e q uando
estiver recordando o incidente que teve p arte importante no p roblema q ue está

tendo agora, e só en tão, o primeiro dedo d e sua m ão esquerda esta rá se erguendo.


Jack p ôde o bter rapidamente a revivescênciaXXII d os episódios d istantes e,
embora nenhum deles fosse traumático, no v erdadeiro sentido d a p alavra,
significando “choque”, todos tin ham um d enominador comum: c ada um d eles
relacio“E
nauvesta
a-sevcaorea
m olm
meendto
e eso
c louç
maandten
o, te
ativ
nãaodpeofa
dilaarfa
enlaqrua
”— nto
diso
sseluçJaavca
k,ddeem
poeisdoq.ue
recordou o que acontecera quando tinha dois anos.
A cada sem ana, a gagueira se mostrava menos pronunciada, e em n osso
quarto encontro eu estava preparado, m as sem muita vibração, para levá-lo de
volta aInotelec
proctesso
ualmednote,
nasc imte
sen ian-tm
o.e de todo consciente de que Sigmund Freud
declarara que o nascimento poderia ser suficientemente traumático para trazer a
XXII
Revivescência: (Revivescer: reviver.) (SMJ).

64
uma criança o estado de ansiedade, e que Otto Rank fora mais longe, ao dizer que o
trauma do nascimento era o início de todas as neuroses.
Eu lera o liv ro Hypnotherapy with Children ( Hipnoterapia com Crianças),
escrito pelo psiquiatra inglês Dr. Gordon Ambrose, no q ual h avia o relato de um
estudo-piloto que fizera na d écada in iciada em 1950, c om um grupo d e c rianças
asmátic
OaDsr. .Ambrose fez cada criança voltar à época em que havia nascido, e
15

permitiu que revivesse a fantasia de novo nascimento, mas, sob hipnose, elas
tinham sido instruídas de que quando deixassem o útero poderiam respirar
livremO enresulta
te. do dessa experiência foi q ue, ao tem po em que o médico esc reveu
seu livro, n enhum de seus jo vens p acientes manifestara qualquer sinal de sua
antiga asma.
Freud e Rank tin ham a presentado teorias, e o Dr. Ambrose não tentou lev ar
as c rianças a recordar o que estava acontecendo quando rea lmente nasciam, e isso
era o que eu queria fazer. Queria que Jack rev ivesse seu nascimento e me d issesse o
que acLoignutec
ei ium
a nagqra
uvela
adoorc,aesiã
fizoc. om que Jack voltasse a um ano de idade. (O que se
segue é uma condensaçãoXXIII.)
Dentro de alguns segundos vou dzer i “zero”, e quando eu disser “zero” você voltará ao
tempo imediatamente anterior ao seu nascimento.
É como se estivesse numa agrad ável gruta aquecida. Sente-se muito confortável, são e
seguro. E assim q ue estiver de v olta àquela gruta aquecida, o primeiro dedo d e sua m ão
esquerda se levantará para que eu o saiba…
Bom! Agora você está seguro, no útero de sua mãe, dentro da gruta aquecida, e diante de
você
Vo hánum
u co tar a“Ufresta
m”, “dpoeis”,
quen a.
“três”, e enquanto eu contar você vai sair, através daquela fresta,
para a boca da gruta. Está nascendo.
E, conforme vai sendo puxado para baixo, para a luz da vida, está recordando, está
revivendo, e está me contando tudo quanto lhe aconteceu.”

Jack noã só agiu fisicamente como se estivsse e nascendo, msa foi


comentando durante todo o tempo, sem parar.
De inc
í io, não podia respirar, porque tinha alguma coisa sobre o rosto.

(Tratava-se de um capuz.)
Ele não conseguia chorar.
“Estão me pondo na água” — disse ele.
S
“Aeiu
ndcaorp
nãoompoostra
ssovresp
a-seiraatrivdoid ura,nnteão
reito top
dosso
o tem
chpooraem
r.” que falava, m as logo
depois descobriu que podia gritar, e com toda a força d e sua v oz, a nunciou: “Posso
respirar, agora. P osso chorar. É uma sen sação m aravilhosa. É m aravilhoso ser
capaz de resp irar. O ar está , fin almente, enchendo meus pulmões. Isso é
maravilhoso. Sinto-me vivo.”
repuxaOmeanrto deos felicd
múiscaudlo em
e s fa seu roto
ciais. s pouco durou, e foi subtituíd s o plo
e
15
(Staples Press, Londres, 1961) pp. 104-105.
Hypnotherapy with Children
XXIII
Condensação: (Condensar: 1. Tornar denso ou mais denso. 2. Resumr,
i sintetizar. 3. Tornar-se
denso.) (SMJ).

65
“Alguma c oisa me está a contecendo. T odo o m eu corpo está fo rmigando.
Penso que vou enlouquecer. Faça alguma c oisa. Fa ça alguma c oisa, p or favor” —
soluçou ele.
“Segure-me. Segure-me. Não m e d eixe c air” — conseguiu dizer, enquanto
sua respiração to rnava-se reprimida, e seu corpo in teiro ficou rígido e b loqueado
numa D puora
siçnãteo. mais de mia
e hora Jack prm e aneceu bloqueado, em estado

catalépOtic
esta
o, sem
do hippondóetricm
o odveim
h áenmtaurito
osddeeixdaora
s seq
de ex
uer.
istir. Ele fora apanhado p or
uma c atarseXXIV q ue tudo in vadira, e tud o q uanto pude fa zer foi seg urá-lo e
continuar falando com ele, confiantemente — algo que eu não sentia.
Eventualmente, ele relaxou, e vi que já conseguia respirar melhor do que
jamais o fizera.
No que a mim se referia, a rev ivescência do tra uma d e p arto realizada p or
Jack, reunida a o tra balho feito p elo Dr. Gordon Ambrose, tendiam a p rovar a
declaração de R ank d e q ue o ato de n ascer pode la nçar os fun damentos d e futura s
neuroses. Além disso, c onfirmava, também, o tra balho in icial feito p elo falecido D r.
Wilhelm Reich, que apresentara a teoria de q ue as n euroses podem ficar
bloqueadas n uma p arte do c orpo e a d e eu, a n ão ser que a tensão m uscular fo sse
relaxada, os sintomas não desapareceriam.
Contudo, para voltar a o fim d e n ossa quarta sessão, Jack e eu to mamos um a
xícara de c afé, coisa de q ue bem estávamos p recisando, e conversamos so bre o que
acontecO ecra.
liente viu onde esta vam a s ra ízes de sua g agueira e, embora
positivamente se recusasse a permitir retorno à quela experiência, g arantiu-me q ue
nunca se sentira tão v ivo. Contudo, ficara bastante impressionado, e em lug ar de
voltar O
pasra
d oseu apuatira
is disc rtammen
o sto
a creso lveim
ontec u eqnute
osp,rm
eferia ir ãveerna
as a m ãompãôe.
de c onfirmá-los o u
negá-los. Não d esejando d eixar o caso sem solução, d ecidiram ir a té a povoação
onde m Peorg
rauvnatm
araemvear aessa
parteira queeira
enferm asasistira
posenotapdaarto
se. podia recordar o nascimento
de Jack e, se podia, o que acontecera então de diferente.
Sem qualquer pergunta mais que trouxesse sugestões, a senhora, q ue devia
ter feito muitas c entenas de p artos a través dos anos, contou c omo J ack n ascera
com um capuz sobre a cabeça e, n ão podendo chorar, foi m ergulhado,
alternadamente, em água quente e em água fria.
O resultado dessa imersão a lternada fo i q ue Jack c omeçou a respirar
normalmente, mas então, sua respiração se a bateu, e ele ficou cataléptico c erca d e
trinta minutos, durante os q uais ela massageara seu corpo, tentando rela xar-lhe o s
múscuDlousra
. nte a semana seg uinte o cliente não gaguejou, e na q uinta sessão fiz
com que voltasse no tem po, à la A mbrose, e permiti que tivesse um nascimento

imaginOário
ca, so
quedfo
e i nJc
aorm
k afo
l.i ineg
t ralmente descrito para ilustrar a técnica do
hipnodiagnóstico e, embora sirva a esse propósito, há o perigo de que as pessoas
XXIV
Catarse: 1. Purgação; purificação. 2. Psiq. Liberação de pensamentos, idéias, etc. que estavam
reprimidos no inconsciente, seguindo-se alívio emocional. (SMJ).

66
que o lêem tenham a imressã p o d e qeu sintomas sim ilares podem ser
diagnosticados e tratados em pouco mais de um mês.
Se a o m enos isso fosse verdade, mas não é. A simples detecção d a id ade n ão
significa q ue todos p ossam rec ordar os in cidentes específicos durante uma
regressão h ipnoanalítica. O censor c rítico a inda pode sup rimi-los, se sentir que a
mente consciente não é bastante forte para encarar o q ue possa haver de
desagradável, e quando isso a contece, o hipnoanalista deve rec orrer a outros
estrataMgéem
todaos efic
para azten
é usa
tar rvae“esc
ncerrita
a resistên
automáctica
ia. ”, mas muitos h ipnoterapeutas sã o
cautelosos em rela ção a isso , p orque os esp iritualistas a firmam que esse é um meio
usado pelos mortos para se comunicarem com os vivos.
Encontramos p essoas que acreditam ter sua s m ãos c ontroladas p or um
autor m orto, q ue as usa p ara escrever os liv ros q ue planejara e que não completou
antes de morrer.
Pinturas têm sido atribuídas a artistas mortos, e partituras foram compostas
por grandes mestres que morreram há séculos.
Os p sicólogos d ão a tudo isso um a in terpretação in teiramente diferente.
Consideram q ue o conteúdo d e to da escrita automática v em da m ente inconsciente,
Em d efesa dessa opinião, referem-se ao fa to de q ue um paciente, em estado
hipnótico, pode produzir escrita automática através do uso da sugestão.
No que se refere à finalidade d este trabalho, a escrita automática é um a
extensão n atural d o c ontrole ideomotor d a m ão e do b raço, e fic a fo ra do c ontrole
consciente. Portanto, q uando um p aciente não pode rec ordar um incidente passado
em idade rec uada, ex plica-se-lhe q ue em lugar de lev ar a mente inconsciente a
tomar P co an
ratro lecdeertez
ter umaddeedqou , “v
eo am
coons,tro
agleodrae,seja
lev ád-la
o foai esta
tomabrelec
o c oindtoro
, alesdmaemsm
ãoaq
s ue
vinosctruç
ê usa n o rm a lm e n t e p a ra esc r ev e r”.
ões verbais são d adas tal c omo ex plicamos antes (à página 16 ) e só depois
que se consegue a levitação da mão a sugestão é fornecida:
Quando eu disser a palavra “agora” você estará abrindo os olhos, e tomará de mim um bloco
e um lápis.
Pousará a ponta do lápsi sobre o bloco, e sua mão, que está controlada por sua mente
inconsciente, começará a escrever sem qualquer esforço de sua parte.

E o que sua mão estará escrevendo serão todos os detalhes do incidente que ocorreu quando
você tinha… anos, e mais tarde veio a ter parte no problema que está tendo agora…
Inicialmente, as p alavras esc ritas sã o fo rmadas lenta e desajeitadamente,
ligadas umas às o utras, sem pontuação, mas quando o p aciente aceita o fato de ter
entregHuáe, oaicnodnat,ro
oule,
traoex
látpen
is sm
ãoovdea-se
m em
smais deproessa
a resp . eomotriz, q ue o famoso
sta id
psiquiatra australiano, D r. Ainslie Meares, médico, chama de “H ipnopictografia”, e
muitos p acientes acham preferível isso à escrita automática, porque não implica em

escrevEesrsa
inctéc
idennictes
a taqm
uebéqm
uerem
requer
quqeuepearm
mãaonedçoamminesq
anteuec
esteja
idos.sob c ontrole
inconsciente, mas, em lugar de a m ão escrever, sugere-se que ela desenhe algo, faça
um projeto, o u sim plesmente rabisque, “e o que for o d esenho, o p lano ou o

67
rabisco, revelará, de certa forma, parte do problema que surgiu quando você
tinha… anos de idade”.
Repetimos que essa análise de rabiscos não é um desenvolvimento novo no
campoCodamafreq
nálise.
üência, o s p sicanalistas p edem a seus pacientes que tragam a o
consultório qualquer rabisco q ue tenham feito in advertidamente entre as sessõ es, e
então esses m esmos analistas ten tam d ecifrar a s g aratujasXXV p ara encontrar m ais

algumAadpiferen
sta noçapen
robtre
lema ahiqpuneopeles
ictoginra
dficiaae
ma. análise de ra biscos está em que o
hipnoanalista não tenta tirar q ualquer conclusão d os desenhos q ue vê. Ele diz ao
paciente:

“Dentro de algun s segun dos… você estará abrindo os o lhos e olhando para o desenho que
mantém diante dos olhos. E quando olhar para o desenho, verá n ele parte de seu p roblema.
Irá dizer-me o que vê…”
Continuando a fazer comparações entre o psico e o hipnoanalista, o que cada
um de nós sonha pode ser muito revelador.
Freud chamou a a tenção p ara isso quando d isse que “sonhos são o
verdadeiro caminho para o inconsciente”, e desde en tão a a nálise dos sonhos
tornou-se parte integrante da doutrina freudiana ortodoxa.
Segundo os teó ricos freudianos, as fa ntasias q ue temos quando d ormimos,
nossos so nhos, permitem que descarreguemos todas a s en ergias rep rimidas,
resultantes de a nseios, desejos e tem ores, que reprimimos durante o dia. A ra zão d e
serem nossos so nhos muitas v ezes desvirtuados, parecendo não ter qualquer lógica,
é que os im pulsos rep rimidos têm que se disfarçar a fim de p assar p elo censor
crítico.
sonho U pomdeexesp
emeplhloarqum proebnlem
ue rec temaeq
nuteecnhãaomfo
oiureso
a m ilnvhidaoadten
uraçnãte
o moodstra
ia. rá como um
Uma senhora sonhava. Essa senhora tinha vinte e poucos anos e esta va
apaixonada p or um homem casado. Nã o p odiam v er-se com demasiada freqüência,
devido a s c ircunstâncias d o rela cionamento e, por isso, ela sen tiu-se fisicamente
atraída p or outro homem do lug ar em que trabalhava. Para a moça, esse era um
verdadeiro dilema. Queria conservar seu primeiro amor e ser-lh e fiel, m as também
gostavCoa dmaaaptra çãogqem
assa uedsen
os dtia
iaspela
elo se
seu sencotleg
ia caulp
deadtra baen
a e, lhotã
. o, sonhou certa noite
que tinha engendrado um encontro entre os d ois homens, e que eles discutiram
amargamente para saber qual deles deveria ser o único objeto de seu amor.

os dois,
Acmoradsandão ,ptev
odiea arec
imoprd
ressã
ar quoaldde eq
les
ue esc
foraolhfoera
rça, daafinaal.fazer uma escolha entre
Seu sonho p ermitira que algo d e sua a nsiedade se d issipasse, mas a moça
não estava conscientemente pronta a tomar um a d ecisão firm e, e, por isso, seu
censor crítico não permitia que ela recordasse qual fora o homem escolhido.
Desde a m orte de Freud tem h avido m uita pesquisa sobre sono e sonhos, e a
evidência resultante confirma sua p rimeira teoria16. Contudo, isso não anulou a
desc
XXV
onfiança a mplamente espalhada q uanto à análise dos sonhos, que ainda se
Garatuja: 1. Careta. 2. Desenho m alfeito. 3. Rabisco. (SMJ).
16
REM, publicada pelos Laboratórios Roussel Ltda., W embley Park, Middlesex, pág. 28.

68
difunde pela profissão m édica, porque o material do so nho tem d e ser in terpretado
por outro ser humano, que pode p rojetar seus p róprios m edos e desejos n essa
interpretação, com a resultante perda da objetividade.
A hipnoanálise evita uma a rmadilha d esse tipo. Jamais faz q ualquer
tentativa p ara interpretar o so nho a lheio. P ermite que o paciente faça isso por si
mesmP o.ara um médico, considerar q ue qualquer sonho é im portante para o

problema d e seu p aciente, mesmo q ue seu treinamento ofereça in dicações


positivas, é agir de m aneira arbitrária, q ue não tem lugar no rela cionamento
terapêutico. Nem é necessário, p ara ele, basear-se em seu instinto. S ó o sin al
ideomS oe
toum
r poadineddiceaterm
çãoianfairm ativa
r se o qse
ue aoppresen
acientate, osen
p atceien
é tim
e dpeovrta
e ser
nte.in struído p ara
reviver o sonho d urante a hipnose, com o acréscimo d e um a sug estão: “Mas
enquanto estiver sonhando saberá o que o sonho rea lmente significa, no q ue se
refere ao seu problema, e poderá dizer-me, depois, qual é esse significado.”
Quando a in terpretação d o so nho fo r d ada, é muito habitual o paciente
perguntar a o tera peuta: “A cha q ue é realmente isso que o sonho sig nifica?” S empre
me rec usei tanto a afirmar como a n egar, mas resolvia o caso perguntando: “Eu n ão
sei, mNo
as pqoudeem
meocsodnecsc
ernoe
b,rir.
rarQ uer
am enisso ?” E
te uso fanztã
eroin
, usa
terpvra no
eta va
çõ em
s deenso
te o
nhidoesoamesm
otoro.,

mas estruturo sonhos específicos, como fo rma d e o bter a lembrança de in cidentes


esquecVo
idlo
tasnoduo adeo uso
tra
ndestó
ar arsiacdaeusa
p ascid
ene tsin
e, ht om
uvaesum , so
sub jacfren do de a gorafobia, que
entes.
se apresentou p ara tratamento. E ra um homem extremamente tenso, q ue
considerava necessário ter mão forte sobre suas em oções, em qualquer ocasião. Ele
tinha certeza d e q ue, se fosse levado a p erder por uma v ez o controle sobre si
mesmo, ficaria louco. Depois de o uvi-lo dizer isso, seu tera peuta não esperou o bter
resposta
Conaseg
travués do um
iu-se ideolev
moeto r, pdooishsa
esta bó
ip n iaticqou,eenum
ão airia
sugda r resulta
estã o pós-hdoip. nótica lhe foi

dada:
Desde ago ra, até a próxima vez em q ue nos encontrarmos, você terá um sonho. Sonhará
quando adormecer, ou q uando estiver dormindo, o u q uando estiver acordando. M as o que
sonhar será revelador, de certa forma, quanto a uma parte do problema que está tendo.
Porque esse sonho é im portante, quando estiver acordando irá lembrar-se de cad a
pormenor dele, muito claramente. E porque o sonho é tão vívid o, compreenderá a sua
importância, e poderá contar-me o q ue sonhou, na p róxima vez em q ue nos encontrarmos.
No próximo en contro ele contou-me q ue acordara no m eio da n oite, depois
do m ais vívido so nho, no q ual era um a c riança d e o ito anos, e a cidade em q ue vivia
estavaEsen do so
m seu pensa
hodele
amen te vbaonmubmaradberig
esta adoaapnetia
laéareo
via,çdãeoita
aldem
o nãu.m beliche, “duro
de m edo”, enquanto ouvia as b ombas esto urando em to da a volta. O a brigo fa zia

com que ele se sentisse como q ue numa a rmadilha. Desejava escapar daquele ruído
Conmfesso
e correr, as taumqbuéemaosaabcia
ordqauredse
o rea
salíism
sseopdaorasofonrhaopsen
odetia
riatoser
da a
mten
ortos.ão e h orror
que sentira quando c riança, mas, apesar d e ter o p ijama encharcado de suo r, a
sensação d e a lívio havia sido trem enda. P odia ver, agora, q ue a sua agorafobia atual

69
trazia em si um medo idêntico ao que sentira durante o bombardeamento na
guerra.
Tivemos então uma conversa em nível consciente sobre os acontecimentos
surg idos dim
surpreen euedviearific
tamaen
r qtuee atondtes do mdecsen
os era ompca
adráea mento do seu sino
veis. t ma, e não nos
Por diferentes razões ele sentia que todo o seu futuro estava ameaçado.
Queria escapar, mas não tinha para onde ir. Sentia-se como que numa armadilha!

Uma forma m uito mais rápida d e usa r a a nálise de so nho estrutura do é


empregar a distorção do tem po em hipnose, segundo as lin has d o tra balho feito
p elos D rs.(D
Hypnosis L.isto
F. Co
rçãoopedroeTM
em. Hp.oEem
rickH soin o s e) (W
p,nresum idoillia
emm s &livWroilktime
seu insDistortion
, Baltimoinre, USA,
1954).
Pouco se sa be sobre a mecânica mental en volvida p ara mostrar c omo e p or
que o tempo pode ser d istorcido em esta do hipnótico. Uma explicação possível,
pelo que possa valer, é que estamos c ondicionados p ara regular n ossas v idas pela
passagem dos segundos, minutos e h oras, e que o tempo é um expediente artificial,
no queSecoesta
ncern e aoosup
v isã báesic o fun
rsim cioandaam
plific den to dpooser
o tem conhtém
um a
anlgou.m grão d e v erdade,
isso pode ex plicar a reação q ue muitos d e n ós temos quando, ao a cordar, depois de
termos nos deitado cansados, sentimos a impressão d e q ue só havíamos d ormido

por alguns m inutos, e não por horas. Nesse caso a profundidade d e so no obtida
Deix
pode ter toar na
ddoode
inla
opdeorasua
ntesto
c odnasaidceorançsõceiên
s teó
ciarcicoans,dic
sua
ionaapdlic
ad ao
çãtem
o tera
pop. êutica fo i
demonstrada num curso adiantado de h ipnose, realizado em Leeds, no a no de
1970.
Um m édico q ue assistia ao c urso, c omentou q ue não adiantava nada, para
ele, conseguir qualquer dos livros rec omendados n a lista d e leitura , p ois que desde
sua inSfâenucidaeja
domlev
aisacnotandsoeginudira
icaler
va um
q ueliv ro abtléoqoueio
seu fim.mental em rela ção à leitura

completa de um liv ro estava relacionado com alguma ex periência anterior, e ele


concordou em atuar c omo v oluntário para uma a nálise de so nho em d istorção do
tempo.
“sonhoD”, uiaraso
ntenhaar,
hiponuoter
se, um
dissera m-lh
a série dee so
qunehoqs,uaend
ooqo
uu
evele
issesoanphaala
ssevrarev
-gaetilh
lariao por
que tinha problemas com a leitura.
“Você está, agora, em tempo hipnótico, p ortanto pode so nhar tão longamente quanto
quiser, mas em tempo real, e esse é o tempo em que estou, estará sonhando durante

Assim, qtausegun
sessen ando eu
dodsi.sser a palavra “sonho” você sonhará por todo o tempo que quiser, no
tempo hipnótico, m as quando eu disser “pare”, seu sonho, ou so nhos, terminarão, e vo cê
recordará o que sonhou.”

Um m inuto depois, ainda em hipnose, ele contou a to dos o s p resentes ao


curso três sonhos separados, todos b izarros e a parentemente não relacionados c om
o probFo i adaqduoeaesta
lem o mévdaicsen
o, ddeopso
ois,nddaodiso.minutos de tempo atual, real, mas, como
estava sob hipnose, esse período seria tão longo quanto o necessário para ter os

70
mesmo três so nhos. Disseram-lhe, também, q ue assim como tiv era os so nhos
saberia o que eles significavam, e p oderia dizer qual era esse sig nificado q uando
ouvisse a palavra “pare”.
No início dos dois minutos ele m ostrou sin ais de in tensa agitação, c omo se
quisesse abrir os o lhos, e depois, quando o s d ois minutos es esta vam esc oando,
começPoeurgaunso
tardrir.
o sobre se sabia o que significavam seus sonhos, desatou a rir, e

exclamSoouub : “A
e-se,
quele
enfilh
tãoo, qdua e,
mqãe
uannãdoom
c reiadneçixao,ufoara
caabar
umdheoler
spiotaliv
l praora
.” ter o braço
lancetado. Fo ra preparado para a pequena c irurgia, e estava sentado, len do um
livro, à espera da chegada do médico.
Como se sentia muito profundamente preso à história, e esta va quase no fim
do liv ro, n ão ouviu nem percebeu que o médico c hegara. Q uando p ercebeu, o
medico estava lancetando seu braço.
Concordou em que a experiência não fora dolorosa, mas sentiu-se de tal
forma sobressaltado e assustado pelo imprevisto daquilo que gritou.
O hipnotizador perguntou se ele, o m édico, vira se o incidente estava
relacionado com sua dificuldade p ara a leitura. E le respondeu: “Naturalmente.
Tenho tido m edo d e term inar a leitura de um liv ro, n ão fosse algo d esagradável
suceder.”
com pOrazver,
olun
attéároiofim
ta,mum
bémlivarod.quiriu a certeza de que, para o futuro, poderia ler
S u m ário

71
8
“ C U R A ” E C O N T R O LE

A idéia de p rocurar um a nalista pode p rovocar rea ção fo rte e adversa,


quando a h ostilidade se ex pressa através da a doção d e um a a bordagem marcada
pela energia mental: “Todos deviam p oder distinguir seus próprios p roblemas” —
ou d eclarando q ue a terapia é uma in vasão d a lib erdade p essoal: “Eu n ão contaria a
ninguém os segredos do meu passado.”
Essa relutância é raramente expressa por aqueles que se sentem vítimas de
um estado de a nsiedade q ue interfere com sua capacidade d e g ozar os p razeres da
vida c otidiana. P elo contrário, estã o m ais do q ue dispostos a v er e compartilhar
com outros sua s ex periências p assadas, contanto que haja uma b oa oportunidade
de encCo
onntra
tudrem
o, oaslqgu
ume maalív
nitoêm
. uma v isão a ssim deformada d a a nálise, deveriam
ser conscientizados n o sen tido d e q ue nem sempre é necessário que o hipnoanalista

sondeÀos vpa essa


zes,dao odroigpeamciden
o sin
te, taonmtes
a, oquuoe in
umcidsin
enttoem
qaueplh
ossa
e d eser
u caausa
livia, d oe.h á m uito
deixou de ser im portante, e o sintoma se autoperpetuou, devido à ex pectativa e à
ansiedade. “Isso aconteceu no p assado, e esto u seg uro de q ue acontecerá outra vez,
a g o r a .”
Em tais casos, sabe-se que, se a preocupação puder ser dissipada sob
hipnose, o sintoma cederá espontaneamente.
Para mostrar c omo isso rea lmente acontece, não há m uito tempo um jovem
escreveu a um hipnoterapeuta para indagar se ele p oderia ajudá-lo a dominar um
problem
Exaplsex
icavuaa,l.em sua carta, q ue estava casado havia seis meses, mas não
conseguira consumar o casamento, p orque, de c ada v ez que ele e sua mulher
estavam p reparados p ara relações sexuais, ele perdia a ereção antes de p oder

penetraOrhaipvnaogtera
inap. euta havia tratado com um grande n úmero d e h omens q ue
sofriam d e v árias fo rmas de im potência, e sua experiência lhe d izia que a maioria
deles necessitava de h ipnoanálise. E aí, estava a dificuldade, porque o jovem vivia a
considerável distância de sua casa, e teria de fazer uma longa viagem semanal.
Conseguiram c hegar a um acerto. O h ipnoterapeuta concordou em receber o
moço p ara uma c onsulta inicial, durante a qual ten taria se certificar d e q ue a
hipnose poderia ajudar. Se o futuro se a presentasse esperançoso, ele a rranjaria
uma fo rma d e o jo vem se tratar c om um profissional q ue morava em sua
localidade.
72
Durante a consulta, depois de ouvir uma descrição completa do problema, o
hipnoterapeuta explicou o que é a hipnose, antes de induzir ao estado hipnótico.
Uma vez sob hipnose, o moço recebeu esta sugestão:
Agora você sabe q ue pode en trar em estado h ipnótico e, como resultado d esse
conhecimento, v ocê também sabe q ue pode ser ajud ado n o sen tido d e d ominar seu
problema presente. Portanto, nada deve preocupá-lo.
Porque a hipnose é um agradável estado d e relax amento, d a p róxima vez q ue precisar
entrar em hipnose relaxará ainda mais rapidamente do q ue hoje, e irá, mesmo, mais
profundamente para o relaxamento.
Sem qualquer tentativa em rela ção à tera pia, a sessã o term inou, e foram
feitos a rranjos p ara que o moço c onsultasse seu novo h ipnoterapeuta na sem ana
seguinte.
O moço fo i à c onsulta, m as não precisou d e q ualquer tratamento, p orque na
mesma n oite, depois de sua c urta sessão d e h ipnose, conseguira, fa cilmente, e sem
pensar n aquilo, m anter sua ereção e completar o a to sexual. Tivera, ta mbém,
relaçõR
esesulta
sexudaoiss, m
em
aiscoaudamum
enoas dsem
as neolhites subsã
antes seq
o ü entües.
freq entemente obtidos com o
velho molhador de cama: o enurético.
Quando c riança, o enurético p ode ter tid o n ecessidade d e m olhar a cama,

para chamar a a tenção, ou d evido a um a a nsiedade n ão expressa, m as, com a


passagem do tem po, a ra zão o riginal foi reso lvida, ou rep rimida, e tudo q uanto
permaOneen
ceuurétic
foi oum
m apis
advreãlh
oodqeuheácboito
nhin
ecciofonitro
umlahdom
. em de q uarenta e três anos,
que me d isse ter molhado a c ama em to dos o s d ias d e sua v ida, e que sua mulher
finalmNã
entoe,usei
havaiahpipendoidaonáqlise.
ue fiz
Eemsse
lug a
alrgduisso
ma cdoeisa
i-lheaum
esse resp
a sug eito
estã o.p ós-hipnótica
para que, por mais profundamente que estivesse adormecido, durante a noite,
quando d esejasse ir ao sa nitário, sua m ente inconsciente saberia dessa necessidade
e o acordaria. E le não molhou a cama n aquela noite, e cinco anos d epois ainda se
levantEavoa,fapteolade
mqan
uheãc,ecrta
oms o
c opnija mõaes
diç sec
quoe. se tornaram “fun cionalmente
autônomas” respondem à sugestão d ireta ou p ermissiva, deu lugar a considerável
controvérsia dentro das fileiras dos hipnotizadores médicos.
Há m uitos m édicos que acreditam n a n ecessidade d e se d esentranhar a
gênese de to dos o s sin tomas e, se um a ten tativa é feita , a penas para tratar d o
referido sin toma, ele p ode ser sub stituído p or outra queixa ig ualmente angustiosa.
O autorizado D r. William S . K roger, médico, diz que a evidência não
confirma esse rec eio, e susten ta que a remoção do sin toma tem seu lugar na
hipnosTealv
meezda
icvae17rd
. ade esteja a lguresXXVI, entre as d uas fa cções extremas. Minha
razão p ara tomar um a p osição central está no fa to de ter v isto muitos c asos q ue

eram sim ples padrões de h ábitos p ara mascarar um c onflito mais profundo e,
depois que o hábito foi ro mpido, o conflito emergiu na c ompreensão c onsciente.
17
Clinical & Experimental Hypnosis , pág. 336, J. B. Lippincott Company, Filadélfia e Montreal, 1963.

XXVI
Algures: Em algum lugar. (SMJ).

73
Um c avalheiro usou a h ipnose para romper o hábito de fum ar, mas depois
que deixou de ser um fum ante tornou-se cada v ez mais consciente da b arreira
sexual que existia entre sua esposa e ele, voltando à hipnoanálise.
Uma senhora de trin ta e poucos anos uso u a h ipnose para ser ajudada n o
desejo de p arar d e fum ar, depois que seu médico lh e d isse que isso era essencial,
dadasOahs ip
conn
odtiziçaõdes
or dqeueseu
ela tó
foriacxo.nsultar p assou um a p orção de tem po fazendo

sutis perguntas p essoais, enquanto tentava decidir se a cliente teria alguma


necessidAo afim
de dpesic
um a ghicora
oló a dceheg
fumouar.à subjetiva decisão de que ela era dona de uma
personalidade bem-equilibrada e livre de qualquer ansiedade.
Usou sugestão direta, permissiva, aquela do “daqui por diante você não tem
necessidade, nem razão, nem desejo de fumar”, isso durante três dias consecutivos.
A senhora parou de fum ar, e durante um curto período de tem po sentiu-se
justificadamente orgulhosa por ter conseguido d eixar de ser um a fum ante. Essa
satisfação tev e v ida fug azXXVII, quando c ompreendeu que estava adquirindo uma
compulsão p ara comer, mesmo q uando n ão tinha fome. Não ta rdou para que
sentisse um desejo ardente e constante de c omer, e o resultado foi q ue depressa
estava com o peso aumentado e isso tornou-se um perigo p ara sua saúde, tanto
quanto o hábito de fumar.
hipnotS
izearia
dores
injusto
no cpam
ara
por n
deaste
supproessã
nto sem
o do fum
dizeo,ae
lgten
o sotabrredeosctra
obtrairmpen
orto
qufeito
e hompelo
nss
como meu pai podem declarar que tiveram oitenta por cento de sucesso.
Pode h aver muitas ra zões para que comecemos a fumar cigarros. Podemos
precisar d e um a rtifício (chupeta) em n ossa boca, para que tenhamos sen sação d e
segurança. Contudo, se chega um m omento em que sentimos confiança, e estamos
capacitados p ara enfrentar q ualquer acontecimento confiadamente, e vamos ao
hipnotizador para romper o hábito, h á um a b oa possibilidade d e q ue deixemos de
ser fumantes sem qualquer efeito adverso. T ambém é possível que quando
começamos a fumar fôssemos adolescentes e comparássemos o fato de fum ar
cigarros c om o de ter m aturidade d e a dulto. S e essa fo i a n ossa motivação, q uando
alcançamos a id ade a ceita como a dulta essa motivação já não seria válida, mas o
padrão d e h ábito continua, p orque o estamos refo rçando constantemente. Se
estamos n essa categoria e vamos consultar um h ipnotizador, talvez nossa visita seja
Como pode o h ipnotizador saber quando usa r a sug estão d ireta sobre o
frutífera.
sintoma? P ode usa r o sin al ideomotor, e deixar que a mente inconsciente do c liente
lhe in forme se a a nálise é necessária para descobrir o que existe sob a n ecessidade
de fum ar, em lugar de seg uir em frente e tênar romper o hábito sem se preocupar
com oOfuturo
Dr. Mdilto
o pnaHci.en
E rtic
e.kson, de P hoenix, A rizona, está atacando outros
problemas médicos de â ngulo inteiramente diferente, e fazendo-se pioneiro no

desenvolvimento e emprego d o “sin toma de sub stituição”, que agora está sendo
usadoEpmorccee
rto caaso
ntsen s ds eselec onadnoasi,s,oem
profiissio Dr.toEdric
o koso
mnunãdoo.tenta produzir uma “cura”.
Em lugar de fazer isso, ele substitui o sintoma por outro mais aceitável.

XXVII
Fugaz: 1. Que foge rápido. 2. Pouco duradouro; fugidio, fugitivo. (SMJ).

74
Se im aginarmos um paciente que se apresente para a terapia, c om um
desagradável e perturbador tique facial (repuxamento), seu médico p oderia
sugerir-lhe, enquanto estivesse em estado hipnótico, que, para o futuro, sem pre
que necessitasse de um p equeno esp asmo m uscular, em lugar de c ontrair os
músculos d a fa ce, repuxando-os, sentiria os m úsculos d o d edo g rande d o seu p é
esquerd
Esosamtéc
ovneica
ndop-o
sedeinser
conatro
dalpata
velm
da peanra
te.assistir a asmáticos a fim de q ue deixem

de ser d ependentes de seu in alador, dar-lhes algum controle sobre sua dificuldade
de respAnira
tes
r eden
e incdurta
uzir àa hdip
unraoçsãe,
o éde
exseus
plicadaotaqquues.
e a asma n ão-orgânica n ão é, em si
mesma, uma d oença, e sim um a fo rma d e ten são q ue ataca, e virtualmente paralisa,
os tub os bronquiais, e contrai o s m úsculo do p eito a tal p onto que os p ulmões não
podem expandir-se como é necessário.
A sugestão q ue se apresenta a esses doentes é a de q ue, quando sen tirem a
chegada d a c onstrição à resp iração, sua mão não-dominante se fechará
automaticamente, tornando-se um punho.
E enquanto sua mão se vai fechando, to da a compressão vai desaparecendo de seu p eito.
Está sendo transferida p ara baixo, pelo seu braço, e ch egando à sua mão. E ntão, estará certo
de q ue toda a tensão se foi d e seu p eito para a sua mão. E q uando estiver seguro de q ue
pode d e n ovo respirar facilmente, sua mão irá relaxando, e a ten são acumulada fluirá p ara

fora da p onta de seus d edos, para o ar. Estará relaxando completamente, e continuando a
respirar com liberdade, fácil e naturalmente.
Depois que os p aciente se convencem de q ue isto funciona, o utras sug estões
são feita s, dizendo que, como resulta do desse controle, estão p assando p or
períodUom
s ca
prdoacesso
vez mdaeistra
lotnagmoen
s, tem
o mqauise resp iram
revoluc ionnáorrm
io aresulto
lmente.u das experiências
do Dr. Erickson com a distorção de tempo.
Ele viu que podia ajudar pessoas que sofriam d e d ores constantes de c abeça
a viver sem as p rolongadas enxaquecas e n áuseas, que com grande freq üência os
levavaDmeppeanraden
a cdaomda freq
numüên
qucaia
rtode esc uroa, tp
sses aoqrues
umddeiena oxuaq
muec
ais.a, o Dr. Erickson
sugere que sempre que sintam o c omeço d a en xaqueca, deitem-se imediatamente e
tornem a entrar em esta do hipnótico. Desse momento em diante estarão em
“tempo hipnótico” e, com isso, p odem ter sua enxaqueca p or quanto tempo
precisarem, m as no tem po real o a taque só terá durado um minuto. Q uando o s
sessenta segundos se esc oam, a dor de c abeça e o s sin tomas c omplementares terão
desaparecidos, e assim eles podem levantar-se, sentindo-se saudáveis e relaxados18.
Aqnuicom
Erickso na a Inglaterra
resp um
osta id eommoétd
oircao, paestev e ccoolm
ra “en inaanex
hebr” doten
o scãoondcoeito bqásic
s ata ues.o de
Com seus p acientes em hipnose, e depois de ter p osto um de seus d edos sob
controle inconsciente, primeiro diz-lhes que a cada d ia que passa eles irão se

sentindo mais calmos, mais relaxados, mais confiantes.


“É possível, como resultado de você sentir-se mais relaxado, eu não precise ter sua
enxaqueca por um período tão longo como aquele em que tem sofrido.

18
Publicado na Edição Internacional de Life, 25 de abril de 1960.

75
Naturalmente, não saberá, em nível consciente, por quanto tempo precisa ter os ataq ues,
mas sua mente inconsciente saberá, e nós vamos perguntar à sua mente inconsciente se
podemos encurtar a duração de suas enxaquecas.
Se sua m ente inconsciente concordar em que, daqui por diante, suas enxaquecas precisam
durar apenas quatro horas, então o primeiro dedo d e sua m ão esquerda se levan tará para
mostrar-lhe, e a mim, que você não as necessita por maior espaço de tempo…”
Quando o dedo dá a confirmação, o médico reforça as sugestões de calma e

relaxaM
maen
s tnoã, oese
ducraonnte
tenatsasessõ
em deeix
s aseg
r a cuo
inisa
tesa“en
ssimco.lS
hee”fo
o rapto
assív
que epl,ara
sugum
eremqiu
neuto.
períodos c ada v ez maiores de tem po decorrerão en tre os a taques, até que,
finalmente, eles desapareçam.
O que esse médico h ipnotizador está fazendo pode n ão ser o que todo o
mundo classifica como “c ura”, mas um número c rescente dos que ouvem os b oatos
sobre o seu trabalho estã o m ais que dispostos a d izer: “Mande-me p ara “o
encolhedor”, a fim de se “encolhido”19.

S u m ário

19
A expressão “encolhido” corresponde, aqui, à palavra inglesa “shrink”. “Shrink” é expressão de gíria
para psiquiatra.

76
9
U S O M É D I C O DA HI P N O S E

A tentativa d e en umerar to das a s c ondições que se podem beneficiar c om o


uso da h ipnose exigiria não um capítulo, n em mesmo um liv ro, m as vários
volumes.
Em c apítulos a nteriores foi m ostrado que o molhar a cama, a asma
funcional, como c ontrária à asma o rgânica, a insônia, a o besidade, a acne, as
neurodermatites, a enxaqueca, a gagueira, o s esta dos a nsiosos, etc. p odem
responder à hipnose. E coluna a pós c oluna d e sin tomas p sicossomáticos poderiam
ser compiladas.
caso dM
o eidsm o ncaasvadlh
oso oen
eiroçaqsuoergtev
âneictrês
as aghriapvnes
osecrpises
ode cter
ardpíaac
peals.importante, como no
O cardiologista que foi c hamado deu ao p aciente pouca esp erança d e
recuperação e, p ara agravar o m au funcionamento cardíaco, o d oente mostrava-se

extremamente agitado. S egundo ele, não podia respirar d ireito, e isso to rnava o
Um
sono im poh pn o
sisív etl.izador leigo foi chamado para ensinar o paciente a se relaxar, e
restaurar o padrão normal de sono.
Sem sequer mencionar a p alavra “hipnose”, porque isso poderia ter
agravado a tensão em lug ar de a liviá-la, o h ipnotizador disse acreditar q ue o
relaxamento facilitaria a respiração, e que, por sua vez, isso fa cilitaria ao p aciente o
gozo de algum sono.
Usando um a téc nica p ermissiva d e in dução, o p aciente foi en sinado so bre
como rela xar, a respiração to rnou-se mais fácil e ele começou a cochilar. O sono
verdadeiro, p rofundo, c ontinuava a esquivar-se, entretanto. E p or uma ra zão m uito
boa, q ue o paciente jamais ousaria colocar em p alavras. Ele receava ter outra crise
cardíaca e, se ela v iesse enquanto dormia, p ensava não ter possibilidade d e a lertar
a enferm
Paraeira
dodmainnaorite.
esse receio foi d ada a o d oente uma sug estão: a de q ue, se ele
se relaxasse, poderia entregar-se, ocasionalmente, a um sono profundo, n ormal,
mas que nada d everia preocupá-lo, p orque se sentisse o mais leve d esconforto no
peito iria acordar imediatamente e tocar a c ampainha para chamar a en fermeira.
acordaDvuara
sonbteressa
os lpta
oucdoo.s dias que se seguiram o paciente adormecia, mas logo
Isso era o início, e o hp i notizador explorou o cso a , dz i endo que ele
continuaria a dormir por períodos cada vez maiores, em cada ocasião em que

77
adormecesse, mas teve o cid u ado de enaf tizar que “se sentisse qualquer
desconforto no peito acordaria”.
Nenhuma d as sugestões teve a fin alidade d e ten tar c orrigir as c ondições do
coração, que tinham lev ado o p aciente ao h ospital. A meta era o relaxamento, a o
lado da c rença de q ue a capacidade d e rela xar fa ria com que se sentisse mais feliz,
melhoAr peesa
fisicr adm
o ednetsa
e nmim
ais
adfo
orrte.
prognóstico inicial, o paciente recuperou-se. E hoje,

muitosAahniopsno
dsep
eota
is,mabiénm
dafoestá
i n ecveissá
vo eria
atnivoos. estágios fin ais do c âncer, para afastar a
dor, depois que as d rogas p erdem sua potência. I sso foi c onfirmado p elo Dr.
William J . B ryan, o fundador d o American Institute of Hypnosis , de L os Angeles.
Disse ele, quando estev e em D enver, Colorado: “P acientes em fase final de c âncer
podem aprender a auto-hipnose a ponto de ig norarem a dor. Um d os meus
pacientes foi D ick P owell, o ator, cujos últim os dias se p assaram d e m odo
agradável.”
Nessas circunstâncias de doença orgânica, a hipnose não pretende substituir
o trataCitei
mentesses
o ortoddooxisoex
reg ularo,smpaasrapomdoestra
trem serr um adojun
a s en rmteosmduific
itouútil.
ldades que
envolvem a tentativa d e d ocumentar o nde e q uando a h ipnose pode ser utiliz ada n a
pratica m édica, e na esp erança d e q ue me d esculparão se m e lim ito a doenças m ais

geraisAqim
uepaoftlig
ênecmia gsex
ranudael nno
úmho
emroedme tem
pesso
sidaos.c lassificada c omo a p raga
silenciosa do séc ulo vinte, e é mais predominante do q ue mostram a s esta tísticas. E
há um a b oa razão p ara que poucos dos homens q ue são im potentes estejam
preparados p ara confessar isso e p rocurarem tratamento: é q ue em nossa
sociedade, dominada p elo machismo, dizer “sou im potente” é coisa vista como
perda Edsatemso
asc ulin
frim enidtoadsilen
e. cioso é uma tra gédia, p orque, na v asta maioria, o s
casos d e im potência são d evidos a fatores psicológicos, ao c ontrário de fa tores
fisiológ
Coico
ns,
tudeo,esses
antescadso
e spsã
rososeg
, pourta
ir nto
o , asen
ponsta
ívreiscoà
mho ipesse
noterapproia.
blema pode ser
dominado, devemos compreender que ele toma três formas separadas:

Perda da ereção do pênis


Ejaculação prematura
Incapacidade de ejacular, mesmo que
a ereção seja mantida.

A incapacidade d e eja cular é a fo rma m enos conhecida d a im potência


masculina. Realmente, muitos h omens se g abam de sua c apacidade d e c ontinuar
realizando o ato sexual d urante quarenta e cinco minutos, e mesmo p or mais
tempo. E m lug ar de se sen tirem penalizados, seus companheiros ten dem a aplaudir
o que consideram um sin al de v irilidade, procuram d escobrir o segredo q ue lhes
Embcoora
permitiria mpnetir
ão em
se sem
possaelhap
nresen
te matra
artoreg
na.ras in flexíveis como sen do
universalmente aplicáveis, descobriu-se que há d uas c ausas p rincipais para esse
problema sexual em particular.

78
Ou o h omem condicionou-se para a impotência por um longo p eríodo,
interrompendo temporariamente o ato sexual a c ada v ez que se sentia perto de
ejacular, até chegar ao está gio em que a ejaculação to rnou-se impossível, ou ele tem
um medo in consciente de eja cular e p erder o controle de si p róprio no
paroxismoXXVIII d o o rgasmo. Se se tra ta desse último c aso, en tão o p rofissional n ão
tem diante de si a penas um problema sex ual, pois isso é apenas um sinal externo d e
confusão da personalidade que deve ser investigada.
de ejacUula
m çhãoomperm
emdaetura
vint.e e poucos foi consultar um hipnoterapeuta e queixou-se
“Segundos d epois de ter in serido m eu pênis, ejaculo” — d isse ele ao
profissional. “Nada posso fazer para evitar isso . T entei cremes, força d e v ontade,
tudo, mas nada funciona.”
Durante a hipnoanálise ele recordou como, em sua adolescência, costumava
ter relações sexuais ocasionais, na cozinha da casa de sua namorada.
“Quase sempre seus pais entravam na saa l vizinha enquanto fazíamos
aquilo” — recordou ele.
“Eu estava sempre com medo de sermos apanhados no ato, mas minha
namorada queria sempre que fizéssemos amor, cada vez que eu ia à casa dela.
Lembro-me, agora! Eu sempre desejava acabar com aquilo o mais depressa
possível…”
que nãRoetin
cebheancdoomtera
quepiasedepraeo
pociup
o, apranrao aqnuim
e se
ar seu
referia
egoà, sua
deprvessa
ida sex
om ua
oçl.o percebeu
Nem todos os casos de ejaculação prematura estão ligados a uma experiência
sexual do passado. Um medo generalizado de fracasso pode causar isso.
O homem que tem medo d e fa lhar, ou d e ser in adequado, p ode ter um
pensamento inconsciente: “Se eu a cabar d epressa, en tão p rovarei que sou h omem
de verd adoes, e
Vim anntes
ão phoarvqeuráe tem poho
certo pmara
emfrancãaoscsa
onr.”
seguia manter sua ereção
(Capítulo 8), mas um negociante de m eia-idade, que me v eio consultar, precisou d e
hipnoa“Co
nálise.
nsigo a ereção, mas de cada vez que vou inserir, perco-a.”
Como muitos o utros h omens q ue compartilham do m esmo d ilema, pensava
ser impotente só com a sua mulher, e para provar a si p róprio que nada h avia de
errado com sua virilidade, arranjou um a jo vem atraente, sensível, e tentou ter
relações sexuais com ela. O s resulta dos fo ram o s m esmos, só que depois dessa
experiência ele ficou certo de q ue não havia mais esperanças para o seu caso, e,
para não correr o riso de se sen tir novamente como um to lo, ten tou a ceitar o fa to
de se ter d estruído sex ualmente quando m ais jovem, a través do uso d emasiado do
sexo. Por motivos pessoais, ele não concordou em se submeter ao p rocesso
habitual h ipnoanalítico, mas consegui descobrir que essa condição era devida a
alguma c oisa que acontecera no p assado. D iante disso dei-lhe um a sug estão p ós-

hipnótica: “De a gora até a próxima v ez em que nos encontrarmos, você esta rá
recordando, v ividamente, o que lhe a conteceu no p assado e lhe está c ausando o
proXXVIII
blema atual.”
Paroxismo: 1. Med. Estágio duma doença em que os sintomas se manifestam com maior
intensidade. 2. A maior intensidade; o auge. (SMJ).

79
Uma semana d epois o cliente voltou e m e c ontou c omo, havia quatro anos,
encontrara-se com uma m ulher no b ar de um h otel. Beberam m uito e então
voltaram para o apartamento dela, e foram para a cama.

desejoCo mouaciosmtinfreq
s sex hamüên ciaenatacdoon,tec
aum meas depois
sua capdaecidter
adebesex
biduoal m
buaito álcool, seus
ixara.
Tentou c onseguir a ereção. S ua companheira tentou v ários m étodos p ara
levá-lo a colocar-se à altura da o casião, mas a resposta foi n ula. E ntão, num

momento de c ompreensível frustração, ela estourou: “Você não agüenta mais nada.
Esse é o seu problema, companheiro. Vo cê quer é ir para casa, esq uecer que existe
sexo, Ee sse
sa pdôerca
larm
açeãxo
ersope
blo
re ja
a sua
rdimp, octên
uidcaia
nd, eo m
daasisflo
om edo la tente de q ue sexo
res.”
demais na m ocidade c ause impotência na m eia-idade fo ram o tra uma sufic iente
para deixar profunda e duradoura marca no seu inconsciente.
Meu cliente mostrou-se avesso a aceitar q ue algo tã o sem im portância e
transitório pudesse ter tido efeito tã o d uradouro sobre ele e duvidou bastante
quando eu ex pressei a certeza de q ue estava a caminho de um a rec uperação sex ual.
Depois de ten tar a nimar sua confiança, dei-lhe a sug estão d e q ue qualquer
dia, n um futuro nada d istante, ele teria uma ereç ão que sustentaria sem qualquer
pensamento nem esforço e, q uando c ompreendesse que não iria perdê-la, h averia
confiança para ter e gozar uma relação sexual normal.
tentariaAntes
ter q ue çsa
rela õeíssse
sexduoaim
s,eumcaosnesp
sultó rior, iafiz
era , pcaom qutem
cien e meentp
e,roamtetesse
é que aqusug
e neãstã
o o
hipnótica funcionasse.
No nosso próximo encontro o homem não podia esperar para me dar as
notícias:
“Peter! Funcionou! Na manhã seguinte do d ia em que estive a qui, na sem ana
passada, a cordei-me c om uma ereç ão, m as pensei comigo m esmo: “Não v ai durar”,
e fui p“Q
arauaonbdaonterm
heiroin, eai d
fim
e fadzeer
faazer
baarbbaaarbinad. a continuava a ereção. Gritei p ara
minha mulher: “Volte para a cama, amor” e fizemos amor. Tudo v ai bem, d esde
então.”
va g in a P
umrobólem
rgãaosinsex
ternuoa,isnãnoa se
muolhbeserv
r sãaomtasin
mbaéismde
prm
edaoumfun
inacniotes,
nammen
as,
to sen
sexduo
al,ae
muitas m ulheres permanecem parceiras in ativas durante as rela ções sexuais. Essa
passividade esc onde o problema, e desencoraja a mulher no sen tido d e p rocurar
tratamento.
Tem havido n umerosos lev antamentos e rela tórios so bre a frigidez feminina
e, embora tal c oisa seja suspeita em muitos q uadrantes, eles mostraram q ue o
conceito popular d a m ulher frígida c omo to talmente despida d e q ualquer desejo
para gMozuaita
r sasmrela
ulheçres
õesnsex
ão puoadiseé
merra
reladxo
a.r d urante o ato sexual, e atravessam a
vida sem ter um o rgasmo. Contudo, isso não quer dizer que estejam in conscientes

de q ue alguma c oisa, d entro delas, as está p rivando de a lcançar o c límax. Q uerem


gozar o sexo, mas não podem. S eus parceiros n ão as a judam a resolver o problema.
Por algum motivo, o homem se sente frustrado se a mulher não tem orgasmo. Isso
o faz sen tir-se inadequado, e freq üentemente, quando p ergunta à esposa: “Vo cê
conseguiu?”, depois de ter eja culado, ela m entirá, d izendo: “S im, q uerido.” Desde
80
que começou a dizer mentiras, torna-se muitíssimo difícil para ela confessar que
jamais teve um orgasmo e dizer que vai consultar um médico.
Há o utras m ulheres que têm necessidade d e rela ções sexuais, uma
compulsão, mas não gozam o sexo. Elas, à sua maneira, v iolentam o h omem, já q ue
estão aEphen
á,aasinindtaeressa
, a s n indfaosmem tercaoso, rqguaesm
anía o tãrela
têm o dçeõpersessa
sexuqauiasncto
omlhum
es fo
hropmoessív
m el.
depois do o utro, p orque andam à procura do m acho que as sa tisfaça e as lev e a o

orgasmo. O que a ninfomaníaca não compreende é que jamais encontrará seu


super-homem sexual, porque o problema está d entro dela, em sua p rópria feição
Qguicaal ,ém
psicoló aacisausa
do qduoes n
bolosqfa
ueio sex
toss ex uaioss.na mulher?
tern
Sem ser dogmático, considero que a incapacidade de gozar relações sexuais
pode ser atribuída a três causas principais:
Experiências sexuais precoces, que foram traumáticas.
Ter sido educada por pais ou tutores para creditar que o ato sexual é sujo, e
portanto deve ser evitado a todo custo.
Mulheres que se sentiram in seguras em rela ção a si m esmas durante a maior
parte de sua s v idas, e sempre mantiveram sua s em oções sob réd ea curta, n ão
desejando rev elar sua v erdadeira natureza a o utros, para não se sentirem como
tolas ao serem rejeitadas, como resultado de confiarem.
algumP a aara
ssistên
as quceia,estã
locaoliznanpdroimeetra
irazden
essa
do à
s caoteg
nscoiên
riacsia
, aohtra
ipnuomaanásex
liseuaplo.de ser de
Uma paciente que não podia corresponder durante as rela ções sexuais, sabia
que não era, rea lmente, uma p essoa fria , e a o rigem reportava-se à puberdade,
quando fo ra apanhada p or sua mãe numa o casião em q ue estava se masturbando.
Disseram-lhe q ue espécie de jo vem viciosa ela era, e fo i o brigada a p rometer,
com a mão sobre a Bíblia, q ue jamais tornaria a fazer coisa tão v iciosa. E la, p orém,
continuou a m asturbar-se, mas parava antes do esp asmo, saía da c ama, ajoelhava-
se e pedia a Deus que a perdoasse. Depois de a lgum tempo ela não sentia mais
qualquer necessidade d e p razer e estímulo sexual. Tinha suprimido to da a emoção
relativIsso
a aonsex
ão o . nifica q ue o trauma b ásico esteja sem pre localizado n a in fância.
sig
Tive n umerosas c lientes que foram v iolentadas em sua n oite de n úpcias, e mais de
uma d elas d escobriu, depois disso, q ue não podia responder aos seus maridos,
porque ele era o violentador, mas pôde gozar o sexo com um amante.
Uma paciente resumiu sua reação à in iciação sex ual n estas p alavras: “Ele me
fez segurar o seu p ênis, que cheirava horrivelmente mal. Depois disso, d e c ada v ez
que eu via um pênis, ou mesmo pensava sobre isso, tinha náuseas.”
Mulheres a quem ensinaram q ue o sexo é a lgo d egradante, podem ser
reeducadas pela hipnose para ver que se trata de um a fun ção b iológica n ormal, e
que entre duas p essoas que têm bom relacionamento torna-se uma b ela
experiência.
Mas, mesmo q uando se tra ta com essas p acientes, a hipnoanálise tem, c om
freqüência, d e ser em pregada, porque suas p rimeiras a titudes, que foram
condicionadas, são fo rtalecidas pelos a tos sex uais posteriores. Cada um desses atos
tem de ser explorado em nível consciente, e então comentado conscientemente.

81
Para a mulher que sente que nunca deve a bandonar-se nem perder o
império sobre o que quer que esteja acontecendo, ta mbém há esp erança. O
tratamento tende a ser mais complexo, e de m ais longa d uração, e o terapeuta deve
tentar a lib ertação d a p ersonalidade p or inteiro, liv rando-a das inibições
restrinO
gidim
ora
posr.tante no uso da hipnoterapia para o tratamento da frigidez é olhar
para além dos nomes, e ver o que está implicado por ambos os termos.
animaçãoO… di”cio ário
venm dadepfin
alae vfrig dez icdoam
ra ifríg , oqusendon“friez
e sig : friez
ifica a“geladaa doeu aen
feiç
rigãoe:cifalta
da depelo frio:
fria: geladamente rígida ” (os itálicos são meus).
A hipnose é um estado de relaxamento, portanto o oposto completo de estar
“frígida”.
Por causa dessa polaridade é q ue muitas m ulheres, que se referem a si
próprias c omo sen do sexualmente frígidas, descobrem, d epois que aprendem como
relaxar a ten são m uscular, que a rigidez do c orpo desaparece, e que estão
capacitadas p ara relaxar e g ozar as rela ções sexuais, sem que qualquer sugestão
especA ífica
nteslhdeesdseja
eixad
raadáarea
. da g inecologia, p ode ser in teressante para as leito ras e
seus maridos, o saberem como a h ipnose tem sido utiliz ada em c asos d e
esterilidade não-orgânica.

Quem quer que leia jornais não pode d eixar de ter n otícia dos tremendos
avanços que têm sido feito s c om drogas q ue capacitam a s m ulheres aparentemente
estéreis a ter filhos, e a hipnose não deve ser v ista como um a a lternativa p ara as
drogasEsdto
a ufertilid
seg uaroded,em q uaes to
codmosonaólgsocoqnuheecpoedmeoser
s peten
lo m
taednooasnum
tesa d
meulalhse. r que
desejava ter um filho, e que, embora ela e o marido fo ssem examinados por
médicos sem que fosse encontrada qualquer razão o rgânica p ara a esterilidade, o
bebê tã
Deoplo ngdaemm
ois enutito
e desp
eseja eradro, naãno anpdaoreceerez
ela u. ando, finalmente o casal resolveu

que nãDoep diadepaassa


notro lgunr som
resto
esesddaep
viodisa d
sem
a adum
oçãofilh
, ao,esp
e reso veugra
osa len advo
idtoau.
r uma criança.
Isso é um fato muito comum, e p sicólogos c línicos chegaram à c onclusão d e
que uma v ez que a esposa achou agradável a maternidade, e pôde en frentar a s
exigências feita s p ela presença de um a c riança, p erdeu seu medo in consciente de
ser mãe. Relaxou-se, e concebeu.
Usando isso como base, a hipnoanálise pôde descobrir o que é esse medo
inconsciente.
Com a p assagem dos anos, tenho visto muitas c lientes, e todas tin ham
medos não reconhecidos e não solucionados. Como a senhora que
inconscientemente não estava preparada para ter um filho, pois receava que o
marido a a bandonasse. Em n ível consciente ela não tinha essa apreensão. Ambos se
amavam m uito, m as, quando ela era c riança, o p ai a tinha abandonado e à sua m ãe,
e o raciocínio inconsciente dessa cliente era: “n unca deixarei que um filho m eu
passeQpuealandmoeesses
sma amngeúdstia
os rep
qureimtiv
ideosqusã
anodtra
op zid
apoasi àdsup
eixoeurfíc
a cie,
asatrin
.”ta e cinco por
cento das mulheres estéreis que tiveram rela ções sexuais tornaram-se grávidas logo
depois.

82
Muitas fo rmas de a lergias resp ondem à hipnoterapia, e ta mbém essa
reivindicação deve ser q ualificada. Isso não significa q ue a hipnose impeça q uem
quer que seja de ser a lérgico a o p ólen, à p oeira, o u a q ualquer outra coisa. O q ue o
terapeuta pode fa zer, é descobrir por que o paciente precisa manifestar o s sin tomas
quandEosestá
se é em
um cpoonnttaotodecovm o qaulta
ista emqu
enertequcoenotro
afvete.
ertido, e quando eu o mencionei
a um grupo de estudantes, houve uma explosão de indignados protestos.

não era
Exresulta
pliqueinqteuedehm
aveia
u ex
algaugm
era
a d“ev
o en
idêtusia
ncia”smao m
poestra
la apr lic
quae
çãao méindhicaa odbaserv
hipnaçoãso
e.
O que eu disse foi q ue se aceitamos q ue algumas pessoas sejam a lérgicas a
pêlos d e g ato, a o fen o, à poeira, etc ., podemos com segurança im aginar que sempre
tiveram essa alergia, que ela não brotou da noite para o dia.
Se essa h ipótese era aceitável, eu perguntava: “P or que esses sintomas
alérgicos não estavam p resentes desde o n ascimento?” E, em seg undo lugar: “Que
ativou esses sintomas?”
Uma das senhoras d o g rupo a inda não podia aceitar a p remissa que eu
estava apresentando, e anunciou q ue era alérgica à p oeira e sempre tinha uma fo rte
crise d“E
e esp
quainrro
dosdqeusc
an droiufaqzuiae atinchaamessa
ob a. alergia?” — indaguei.
“Quando me casei” — foi a resposta.

Dado o fa to de esta rmos funcionando n uma d iscussão em g rupo eu n ão quis


fazer nenhuma p ergunta, m as tanto ela como a s d emais pessoas presentes
Houvdeera
compreen ta mbaésig
m oncific
aso de
açã oum
do dqu
ipeloela
m ado de un. iversidade q ue tinha a febre-
issera
do-feno, coisa que realmente o perturbava. Foi c onsultar um h ipnoanalista, que
descoE
brsiu
saoaqlerg
ue iaatse
ivain
vaicaiaa
ralerg
quaian.do ele tin ha onze a nos e esta va na ép oca d e
exames. Sua mãe, que era viúva, estava ansiosa para que ele passasse, mas o
menino tin ha suas d úvidas a esse respeito. E m lug ar de c onfessá-las, perturbando a
mãe, fic
Quoaunto
domlhae
dop eprg
elaunfeb
tarrae-d
m poo-fen
r quoeaplg unisa
rec s driaater
s aanq
tes dopsrim
uele exeairo
meas.taque,
confessou q ue fora coisa útil, porque, se falhasse no ex ame, poderia dizer: “Mamãe,
não foi culpa minha. Eu estava doente na ocasião.”
Desde o m omento da c ompreensão c onsciente do p orquê do uso d a feb re-
do-feno c omo m ecanismo d e d efesa contra um possível fracasso, o s sin tomas
cessaram de ser ativos.
Sem desejar la nçar qualquer reivindicação, m as quanto ao ex tenso uso da
hipnose pela profissão m édica, é suficiente que eu diga q ue toda a doença cria certo
grau d“A
e qten
ui sestá
ão eo dmeaaioprreen
v alosrãdoa h
e:ipnose. Relaxamento, a ceitação, paz de esp írito,
podem ser alcançados em q uase qualquer dos níveis hipnóticos. Mesmo um a
maneira calma d e fa lar, sem aparente ou in tencional h ipnose, funciona nesse

sentido.”
S u m ário

83
10
U S O D A HI P N O S E N A OD O N T O L O G I A

Embora os d entes possam ser ex traídos depois que se produziu a hipnose,


isso é raramente usado pelos d entistas, se é que chegam a usar. Eles contentam-se
em aplicar os a nestésicos e analgésicos de c ostume, porque são seg uros e efic ientes
e, sendo assim, lim itam o uso d a h ipnose ao rela xamento de seus p acientes durante
o tratamento oral.
Os q ue têm apreensões reais quanto a ir a um dentista, e fic am tensos, com
dificuldade d e a ceitar seja o q ue for, inclusive a h ipnose, poderiam ser a uxiliados
para se relaxar quando sentam na cadeira do gabinete dentário.
Para apreciar c omo a h ipnose efetiva p ode a gir dominando essa tensão, é
necessário reexaminar a definição de h ipnose a que chegamos no in ício deste livro:
“É um estado de rela xamento em que o censor c rítico d a m ente foi a fastado em
maior ou menor grau.”
Vamos a gora transferir nossa observação para a cirurgia dentária, e
imaginar que podemos ver um paciente sentando-se na c adeira, a s m ãos a garrando
os b raços d essa mesma c adeira, e o c orpo rígido, enquanto se defende contra a dor
esperaSdeap. udéssemos perguntar a esse h omem de fic ção se ele g ostaria de rec eber
um anestésico a ntes que o dentista começasse a trabalhar em sua boca, ele diria
“sim”. Se ta mbém lhe p erguntássemos se tem conhecimento de q ue o anestésico
evitaria que ele se sentisse incomodado, d e n ovo ele c oncordaria. M as
permaneceria tenso, p orque, inconscientemente, estaria esperando sen tir dor, e seu
medo d a d or em expectativa d ominaria completamente seu conhecimento
conscQ ien
ueteestá
de qauceoo traeta
ntec nmdoen
cotomnesse
ão seria
homdeomlo?roso.
Seu censor c rítico fo i a fastado e ele está numa ex altada situação d e

sugestionabilidade — a uto-hipnose — e o dentista que tiver um bom conhecimento


da d inâmica d a h ipnose pode c onverter esse estado de sug estionabilidade em
verdadTeuira
do qhiupannoto é nsem
se, ecessá
quarlio
quper
ara
peord
daendte
ista
temé pe
org
. untar: “Acredito que posso
ajudá-lo a se relaxar. Gostaria disso?” como p oucas são a s p essoas que sequer
sonhariam em rec usar esse o ferecimento, q uando o c onsentimento é dado o
dentista
Quparnodcoedaedvra
ogpuideiam enteaaboum
essa rdadgoesmmnéoto
s dcousrso
des in
qudeuçdãeoi em
ao rela xas mpen
vário ontto
o.s do
país, alguns dentistas fizeram ouvir suas dúvidas quanto a conseguirem obter

84
hipnose real através de uma simples manobra, e sugeriram que apenas relaxariam
o paciente.
Eu lh es disse que essa questão era p uramente acadêmica, porque tudo
quanto desejavam á ria um paciente relaxado quando d essem a injeção, e q ue se
conserUvm
asdse
enrela
tistaxqaudeo adsusistia
ranteemo tra
Newtamcen
asttle
o. a um curso Tyne, levou isso a efeito.
Usou, também, um m étodo de in dução ao rela xamento destinado a c rianças,

quando lh es pedia que fechassem os o lhos e fizessem de c onta que estavam


assistindo ao seu p rograma predileto na telev isão. Em um a c arta ele escreveu:
“Tenho uma p equenina q ue estava muito feliz vendo televisão en quanto eu passava
o motor em
anteriores seu d
, sem ente,
uso damh
aispn
euosta
e,mabqéuela
m lhepdeeqiuum
enaininajeç
deãsm
o. aNas
iaraduas
quavisitas
ndo lhe dei a
injeção” 20.
Outra dentista, depois de a ssistir a um curso semelhante, em Leeds, reparou
que um de seus p acientes, um motorista de c aminhão p ara longas distâncias,
estava muito apreensivo.

do tratUasmoen
u ato,téc ica do relaxamento, e quando o paciente abriu os olhos, ao fim
dinsse:
“Que fez comigo d esta vez, q ue foi d iferente? Não sen ti a espetada da a gulha
e, se não senti desta vez, a sen hora pode fa zer o que quer que tenha feito hoje, para

o futuro
O,apsoprq
ecuto
emo aqis
ueimeu
podrta
etesto
nte daéhaipangoulh
se,aem
.” odontologia, en tretanto, n ão é a
técnica usa da, m as a maneira pela qual é a presentada ao p aciente, bem como a s
palavras usadas antes e durante o verdadeiro tratamento.
Se o d entista usar a s p alavras “d or”, “doer”, ou “lig eira picada”, e falar em
injeção, tud o isso a trai lem branças desagradáveis; e tão d epressa essas lem branças
são ev ocadas, desaparece o rela xamento. Isso a conteceu com um bom amigo m eu,
Michael Rostron, que tinha dominado a a uto-hipnose a ponto de p oder produzir
analgesia hipnótica quando precisava.
Quando so ube q ue precisaria obturar um d ente, Michael disse ao d entista
que não havia necessidade d e lh e d ar a injeção, p orque ele poderia fazer com que
seu roD
sto
epnoaisddaesen
a lgtuisse,
m temsem isso
p o, e p o.ssivelmente por estar esp antado com a maneira
despreocupada c om que seu paciente se recostava à cadeira enquanto ele usava o
motor, o dentista indagou: “Tem certeza d e q ue não está sentindo nenhuma d or?”
Até esse momento Michael nada sen tira de in cômodo. P elo contrário, esta va
deixando correr alegremente o tempo com agradáveis divagações. Quando o uviu
mencionar a p alavra “dor”, seu censor c rítico fic ou imediatamente alerta. E ele
tornou-se
Alémcaddea vpo
erz dm
uzaiis
r cboen
nséfic
cieno terela
daxadm
oren
emto, sua
a bhp
iocnao.se também controla o
excessivo fluxo da saliva. Isso se faz quando o dentista sugere:

“Taplvez
ex licar ven
o quhe
a causa
a sentirisso
qu.e sua boca produz muita saliva, no momento, e eu gostaria de lhe

20
A criança e seus pais ficaram tão contentes com o que aconteceu que o caso foi contado na imprensa
nacional.

85
Quando comemos alguma co isa, nossas glândulas salivares trabalham para ajudar nossa
digestão. P roduzem uma um idade, um fluido, que nos ajuda a d igerir o alimento mais
facilmente.
No momento, suas g lândulas salivares estão trabalhando fora de tem po, p orque não
conhecem a diferença eu há en tre o alimento colocado em sua b oca e os m eus instrumentos.
Mas você conhece essa diferença. E porque conhece e sabe q ue não tem comida n a b oca,
porque não tem necessidade d e en golir alimento algum, d escobrirá que suas glândulas
salivares não têm necessidade n em motivo para continuarem a produzir muita saliva. E, já
que suas glândulas não têm necessidade d e p roduzirem tanta saliva, sua boca vai se
tornando mais seca, e permanecendo bastante seca enquanto eu estiver trabalhando nela.”
Muito mais embaraçoso para o cliente é o “Reflexo de Náusea”, o desejo de
vomitar, assim que qualquer instrumento é colocado na boca.

ser coO
ntro
fallaec
doidaotra
Dvaés
ve dEelmum
an sim
dempoles
nstro
estra
u em
tagem
uma.de seus cursos como isso pode
Usando um m édico c omo c obaia, ele, a ntes de m ais nada, conseguiu outro
médico p ara testar o reflex o d a n áusea e, tendo obtido resp osta, p ediu a seu
paciente:
…segure este lápis fortemente, com am bas as mãos, e continue segurando-o fortemente,
tanto tempo quanto puder, todo o tempo. E nquanto continuar segurando fortemente o
lápis, verá que não pode vo mitar. Portanto, segure o láp is com fo rça, e verá que não pode
vomitar.

(Essas não foram as palavras exatas do Sr. Elman, mas eu dei essa versão
através de um médico que assistiu ao curso.)
Teste idêntico foi novamente feito pelo médico, mas na segunda vez o reflexo
estavaOaSusen e.an aplicou os p rincípios d a h ipnose, sem aplicar o estado
r. Etlm
hipnótico. Levou seu paciente a se concentrar, conscientemente, no a garrar o lá pis,
e isso ocupou o censor c rítico, permitindo que a sugestão d eslizasse para o
inconsciente.
Se ele estivesse trabalhando com o paciente de um dentista, sob verdadeira
hipnose, o lápis seria supérfluo, e estas palavras se mostrariam suficientes:
“Percebo q ue você sente náuseas quando coloco alguma co isa em sua boca, e essa é uma
reação perfeitamente normal. Isso significa que você tem o desejo inconsciente de cusp ir o
que considera como material alheio em sua boca. Contudo, agora que compreende porque
isso tem acontecido, já que está se relaxando tão bem e sabe q ue apenas estou tiran do o
molde d e suas gen givas (Raios X, etc.), n ão tem necessidade d e ten tar expelir o que está em
sua boca. Em vez d isso, vai se co nservar completamente calmo e relax ado, respirando
livremente, facilmente e naturalmente, livre de d esconforto durante todo o tempo em que
eu estiver trabalhando…”
O rangimento de d entes não é habitualmente reconhecido c omo um
problema d entário, m as isso tanto pode in comodar a p essoa q ue percebe q ue está
continuamente rangendo os d entes como, em última a nálise, pode c ausar d anos
gravesEsasa
os cdoenndtes
içãoe ra
àsragm
enen
giv
teas.
responde a uma sugestão direta “de que de agora
em diante você não terá necessidade nem motivo para continuar rangendo os

86
dentes”. Ao contrário, a razão pela qual a pessoa sente essa necessidade de iniciar
esse padrão de hábito, deve ser trazida à tona, e, então, poderá ser dominada.
Uma conseqüência mais alarmante e perturbadora das extrações de dentes
pode ser
Sobo csa
ircnugnrsatâ
mnen
citaosex essiv
n ocrm e prreq
ais,oisso olonugeradqouedosealcvoélo
olqoue
XXIX
debnre
so táariog.engiva um
chumaço d e a lgodão para absolver o sangue, e, embora dê resulta do, é c oisa de
desagradáveis efeitos sec undários. O paciente tende a sondar o algodão com a

línguaQ, euahnádum
o a hgiopsto
nosdeeésa
usangduaeem
coaclohm
adboinn
aaçãbooccoam
, toodaonestésic
o tempo.h abitual, a
hemorragia é consideravelmente reduzida, sem que qualquer sugestão esp ecífica
seja feita, e esse fen ômeno fo i o bservado h á m uito tempo, n a d écada in iciada em
1840, q uando o D r. James Esdaile, médico esc ocês que trabalhava n a Ín dia,
realizou centenas de o perações cirúrgicas sob h ipnose-mesmerismo, conforme era
então chamada, como único anestésico.
Em lugar de deixar a coisa ao acaso, é melhor dizer:

“A
É ngeocessário
ra seu deqnute osaiu
sanegue
ém uitodunran
flua atural que o tem
te algum sanpgo
ue, msaia,
as nãpoara
hádneeixcessid
ar limpaodeodalvéo
e q ueloflua
.
por muito tempo. P ortanto, d entro de alg uns segun dos, o sangue já terá fluído d e m aneira
suficiente, e cessará de fluir. E o san gue que permanece no alvéo lo vai formando um
coágulo são, que ajudará o alvéolo a se curar mais rapidamente.”

De acordo com um simpósioXXX especial sobre hemofiliaXXXI, publicado no


The Journal of the American Institute of Hypnosis 21 parece que a hipnose pode
também ser usada para controlar a hemorragia em diversos tipos de hemofilia.
Antes de c oncluir este breve rela tório sobre hipnose no tra balho d entário,
considero que devo m encionar o q ue pode ser feito p ara assistir às p essoas que têm
dificuldade para usar dentaduras.
Embora eu não tenha conhecimento de o dontologia, tiv e c erto número de
clientes que não conseguiam h abituar-se ao uso d os dentes falsos, e alguns d eles
queixaAvoam
ou-se
vir d e qurec
isso e, oard
o eci-m
oloceadrem as doen
o reflex dtaad
nura s, sen
áusea , e tdiaem -se
i-lh es naam
usea
esmdaos.
explicação que dera para aquela sensação. Na maior parte das vezes isso foi o
suficiente.

O hipnotizador de p alco, o australiano Martin St. James, contou-me a


estória de um h omem com esse problema, que foi p rocurá-lo depois de um
espetáculo que ele dera na A ustrália. E le hipnotizou o homem rapidamente, e
disse-lhe q ue daquele momento em diante estaria relaxado e pronto a usar a
dentadCouranhsem
eci umquaplu
qnuheraddoescdeopnefo rtoa. sFun
sso queciotin
nohu
a.mMcaesrteza
nemdtoe dqouseosua
s c asso
desntaduras
resp o n d em c o m essa fa c ilid a d e .
não eram bem feitas, e gastavam enormes somas de dinheiro indo de dentista a
XXIX
Alvéolo: 1. Cavidade pequena. 2. Célula do favo de mel. 3. Anat. Designação genérica de pequenas
dilatações
XXX
Simpem
ósio:form a de de
Reunião saco. (SMJ).
cientistas, escritores, etc., para discutir determinado(s) tema(s). (SMJ).
XXXI
Hemfilia:
o Distúrbio de coagulação sanguínea, de caráter hereditário, e em que surgem,
espontaneamente ou como decorrência de traumtism a os, mesmo leves, hemrragias o subcutâneas, em
membranas mucosas, articulações, etc. (SMJ).
21
Abril, 1966. Publicado em Sunset Boulevard, 8833, Los Angeles, Califórnia, 90069.

87
dentista para fazer novos trabalhos. Com essa s p essoas recorri á hipnodiagnose e à
análise, e uma sen hora tinha a idéia inconsciente de q ue só os id osos usa vam
dentaduras. Ela não queria ser velha; assim, naturalmente, rejeitava-as.
No estado hipnótico eu en fatizei o fato de q ue quando ela era jo vem o
material usa do nas dentaduras fa zia com que elas p arecessem mesmo a rtificiais, e
toda gente percebia isso. H oje isso já não acontece. Na verdade, hoje, quem quer
que não tenha dentes pode ser c onsiderado velho, porque o contorno d e seu ro sto
se defo
Serm
guain
, ddaonadreed
o-lheucum
açãaospvecrbtoal,neu
adalhneaptural,
edi q ueeen
abvrisse
elhecoisdo .lhos e olhasse
para o espelho q ue coloquei diante dela. E q ue reparasse quanto parecia velha sem
qualquer dente. Devido a essa sug estão d e q ue pareceria mais velha, ela concordou
que realmente pareceria. D epois de ter n ovamente fechado os o lhos, pedi-lhe q ue
colocasse a dentadura. E ntão, fiz com eu se olhasse de n ovo a o esp elho e v isse
quanto parecia mais jovem. E la concordou em que houvera uma tra nsformação
completa, e sen tiu-se mais do q ue disposta a usar a d entadura constantemente,
para o futuro.
S u m ário

88
11
U S O S NÃ O - M É D I C O S

“Onde p osso encontrar um h ipnotizador qualificado?” Essa é uma p ergunta


que se apresenta a todos o s q ue, tendo lido so bre os p ossíveis benefícios d a
hipnose, que poderiam receber, querem tentar essa forma de terapia.
Com ex ceção dos médicos e dentistas q ue a estão usa ndo, e são em p equeno
número, n ão anunciando isso p or motivos profissionais, não há leig os
“qualificados”, embora tenha havido ten tativas para dar a hipnotizadores leigos um
status profissional.
Nos Estados Unidos, o grupo maior e mais ativo que trabalha nesse sentido é
a AssoAcia
peçã o paam
sso raaPisroam
tivoaçn
ãoessa
da Hinipsntituiç
ose ãÉotic
éaH, acrry
omAsed
rones,em Irvin
e ele mgato , New
ntném Jesrsey.
curso de
treinamento de três d ias, para leigos, através dos Estados U nidos. Tanto quanto
pude o bservar, quando estiv e n a A mérica d o No rte, qualquer pessoa p ode fa zer o

curso de A rons. Não h á ex igências q uanto a um mínimo d e esc olaridade. Essa


omissão ó bvia é em parte remediada pelo fato de q ue simplesmente por fazer esse
curso o estudante não pode ser a utomaticamente aceito pela Associação como um
“HipnoPtéc
aranic
seodDipiplolommaar,doos”.estud antes devem comparecer diante de m embros
instruídos da b ancada examinadora, e p rovar n ão apenas sua habilidade n a
aplicação d a h ipnose, mas também provar q ue estão in tegralmente senhores das
leis gerais que governam a hipnose no respectivo Estado.
Além disso, h á um a ten tativa b astante primitiva, através de m embros d a
banca examinadora, p ara extirpar os tip os pouco rec omendáveis, que poderiam
levar oAq
dueles
escrédqiu
toe àfinhaiplm
noesne.
te recebem o certificado, d evem aceitar a a desão a o
Código d e É tica que define q ual a esp écie de a núncio pelos jo rnais é eticamente

aceitável e quais as c ondições não-médicas com as q uais têm permissão d e se


envolvAer.
Associação está p reparada — e faz isso — p ara expulsar m embros q ue de
alguma fo rma v iolem seu Código, mas isso tem pequeno im pacto verdadeiro sobre
o hipnotizador relapsoXXXII, porque a Associação n ão é reconhecida p ela Associação
Médica A mericana, portanto o hipnotizador pode c ontinuar o perando c omo o fa zia
antes.

XXXII
Relapso: Adj. 1. Que reincide em erro. 2. Bras. Que falta a seus deveres. (SMJ).

89
A situação d o R eino U nido é c omparável à que existe do o utro lado do
Atlântico, com esta exceção: n os Estados U nidos os h ipnotizadores leigos estão
proibidos, por lei, de em preender o tratamento de q ualquer condição médica, a não
ser que tenham p ermissão d o m édico, que será o responsável, ao p asso que a lei
britânica perm
O esta doitedoqsueneoghóicpin
osotn
izaadInogrlatra te oestã
terra queoqem
uer q
deutrim
e seja
ent.oXXXIII do futuro da
hipnose, bem como dos clientes, que de nada desconfiam.

Um ex emplo dos perigos que podem resultar d essa falta de c ontrole: minha
atenção fo i c hamada para um homem que assistiu a uma d emonstração d e
fenômeno h ipnótico, leu alguns liv ros so bre o assunto, e en tão in stalou-se como
hipnotizador de tem po parcial. Dentro de a lgumas semanas, ele estava tentando
tratar um d oente maníaco-depressivo, através de sug estão d ireta de q ue o doente
nuncaNa madisécse
adsen
a in itciria
iaddaeem 19
prim id6o0. foi feita um a ten tativa p ara estabelecer na
Inglaterra um “Instituto de H ipnose Ética”, nas mesmas linhas d o I nstituto para
Promoção da Hipnose Ética, dos Estados Unidos.
Membros d esse Instituto foram ex aminados quanto ao seu c onhecimento e
competência, e tiveram d e c oncordar em que limitariam sua s a tividades hipnóticas
ao a uxílio a pessoas que desejassem dominar a falta de c onfiança, removendo a
tensão p or ocasião d e ex ames, removendo o medo d o d entista, o terror d o p alco, a
assistir esportistas e a en sinar auto-hipnose para desenvolvimento pessoal. Esses e
outros c asos, considerados n ão-médicos, foram rela cionados n uma “A utorização”
que os h ipnotécnicos eram o brigados a exibir na p arede d e seus esc ritórios p ara
mostraCo r amoo
s aclestrita
ientes aqduesãe poodàiasm
regtra
rata
s rlim
coita
mreles.
ia as fo ntes de ren da de m uitos
hipnotizadores leigos, poucos entre eles acharam q ue valia a pena a derir. Outro
fator q ue limitou o n úmero de m embros d o In stituto foi o fa to de ele n ão ter, nem
pretender ter nunca, um p rograma de trein amento para leigos. Preferia, a ntes,
oferecer certa medida d est atus à s c entenas de h ipnotizadores que já trabalhavam.
nem alO caresulta
nçou seusdo fooibqjetiv
ue oos.“Instituto de Hipnose Ética” não deu em coisa alguma,
Antes dessa tentativa, houve a fo rmação da A ssociação B ritânica de
Hipnoterapia, em L ondres, que começou a operar m ais ou m enos nas mesmas
linhas. Essa Associação a inda existe, e desenvolveu um programa de três a nos d e
treinamento, q ue deve ser o m ínimo d e esc olaridade ex igida, equivalente à
admissão em fa culdade. Seus estudantes recebem instrução q uanto à teoria da
hipnose subjacente, instruções práticas d e m etodologia, e, a inda mais importante,
recebem compreensão quanto à psicologia dinâmica.
Hoje, a Associação B ritânica d e H ipnoterapia compilou um a lista d e
profissionais leigos em vários p ontos d o p aís, e esses nomes e endereços estão
prontaH máente um daisppo
o
r npívoesta
is prec
araeqnuteempq arauer seque esta
façabelec
contearto um
coma sua sed
A“sso ciaeçã.o d
22
e

Hipnoanalistas”, a fim de treinar tanto profissionais como leigos na aplicação da


XXXIII
Detrim ento: Dano, prejuízo. (SMJ).
22
Também houve outras tentativas para formar sociedades de hipnotizadores leigos, mas a maioria delas
tinham sido uma forma de vender cursos por correspondência, e hipnotismo não pode ser ensinado dessa
maneira.

90
hipnodiagnose e na h ipnoanálise. Embora esse corpo esteja a inda no está gio de
planejamento, a in tenção é a d e q uem quer que deseje ser aceito como trein ador de
hipnoanálise deve esta r d e p osse de um g rau rec onhecido o u sim ilar q ualificação
educacional. E como n as corporações psicanalíticas freudianas, junguianas e
adlerianas, pretende-se que todos o s trein adores tenham p assado pela hipnoanálise
pessoTal.enho sido eu um d os instigadores do em briônico “In stituto de H ipnose

Ética”, sinto, a inda, q ue hipnotizadores leigos poderiam retirar um a ren da


adequada se deixassem em paz a esfera médica, e se concentrassem em aplicações
não-mNaédimcaas.ioria dos países ocidentais, há m ilhões de h omens e m ulheres que
gostam d e jo gar g olfe, e golfe é um dos muitos esp ortes de c ompetição p essoal, que
produz tensão, e essa tensão tem grande parte no desempenho do jogador.
Cada golfista já teve a ex periência de jo gar d e m aneira relaxada e confiante
quando está fa zendo um roun d p or prazer, mas quando jo ga uma p artida seu jo go
se desorganiza. Conforme d isse um amigo: “Sinto-me m uito bem quando esto u
batendo na b ola, n o c ampo, m as se me p userem um marcador de p ontos n a m ão já
me paIrec
ssoese
qudeánpãoorqcuoend
sig o nfatezer
ura a pnaartid
daadoireito .” joga automaticamente. Não
g olfista
está sob p ressão, e consente que sua mente inconsciente faça o jogo por ele. Sua

memória trabalha fo ra do â ngulo que a bola percorre e dia aos músculos o q ue


devem fazer e qual a q uantidade d e fo rça ex igida p ara colocar a b ola onde ela
deveriaEnesta
tão vr.eAmm
a epnatrtid
e cao.nA
scten
ienstã
eonse
ãoinéscinhuaam, cad
oan fo
arto
mm e aarnpeacrte.
essidade e o d esejo
de v encer se tornam dominantes. O golfista tenta melhorar seu b alanço n atural,
mas não consegue, porque o desejo de a lterar o b alanço já p rovado é feito através
do m edo d o fra casso e, como o n ovo b alanço n ão foi trein ado, não pode ser
automEástic
seo.é outro exemplo da “L ei de E feito Adverso” q ue está sendo ativada, e

essa chamada lei é baseada sobre um fato observável, que diz que quanto mais
tentamos n os forçar para fazer alguma c oisa, c om medo d e fra casso ou d e p erder a
motivaTçoãdoa, essa
mais tendifíc
sãil ose torgnoalfe
, em a ta refao. utros jo gos c ompetitivos, pode ser
e em
diminuída o u elim inada a través da sug estão h ipnótica. E m fev ereiro de 19 65, n o
Campo d e Go lfe Huddle Park, em J ohannesburg, Á frica d o S ul, Lawrie Fouchee
precisou d e trin ta e três put ts p ara cobrir nove b uracos, e essa foi, mais ou m enos, a
sua média. E ntão, foi lev ado a o esta do hipnótico p elo psicólogo Dr. Brian No rgarb,
que lhe d isse que ele jogaria de m aneira mais relaxada e mais segura.
Imediatamente depois, jogou n os mesmos nove b uracos, novamente, e dessa vez
pôde lev
O Sarr. aFobuoclahee
a enactrahorunaemleselhnuom
ra surp
notárveen
el, edisso
entefoniúcm
oenro
firmda
eddoenzuem
ssete put ts.
a c arta
que o Dr. Norgarb me esc reveu, datada de 11 d e fev ereiro de 19 68: “Co nforme o

assunto lhe in teressa, essa ex periência foi lev ada a efeito n um campo de p rática d e
nove b uracos, e os resulta dos sã o, portanto, a lgo n otável, pois significa um m ínimo
de d istância de put tingXXXIV, entre os b uracos, de c erca d e v inte pésXXXV, e alguns
exigiriam quarenta, para embocar.”
XXXIV
Putting: (pu-tinn) s. colocação; ato de pôr. (SMJ).

91
O condicionamento hipnótico n em sempre demora muito a se fazer sentir, e
os g olfistas p odem se ver agradavelmente surpreendidos com a rapidez de sua
resposta.
No dia 4 de fev ereiro de 19 66, p ediram-me q ue fizesse uma d emonstração d e
hipnose, aplicada a o g olfismo, no p rograma “Olhe p ara o Norte”, da telev isão B BC.
Como tínhamos tem po limitado à nossa disposição, o p razo para as sug estões era
de a proximadamente dois minutos. Um d os voluntários era o S r. Denis Watkins,
um jogador d e h andicapXXXVI d ezoito. E stive c om ele uma sem ana d epois e ele
disse: “É impossível, realmente, mas mesmo d epois de um a c urta sessão d e h ipnose
eu joguei uma p artida m ais relaxada e mais confiante do q ue nunca jogara antes, e
isso foi n otado, p orque meu parceiro comentou o fa to.” e acrescentou: “Não p ode
ter sido a h ipnose. Deve ter sid o a in tenção d e jo gar m elhor que me fez jo gar
assim.”
demonsNo trarGolf
o poDten ciaRange
riving l da hi,pdneoJseohancJearccaob
dse ,cem
inqüen
Nortbarec
mkem
, Bblro
acsk. pool, tornei a
Durante dois minutos e m eio eu lhes dei sugestões para efeito de q ue
quando sa íssem para o campo profusamenteXXXVII ilum inado, antes de d irigir a bola,
deveriam d ecidir, mentalmente, onde d esejavam q ue ela fosse ter. Então, ao
dirigirem a bola, esq ueceriam tud o e to dos e se c oncentrariam, aos olhos de sua s
mentes, sobre o lugar onde q ueriam q ue a bola fosse parar. Garanti-lhes, também,
que teria
Ummrep
umórter
baladnoçoLancashire
relaxadEvening
o e coPost
nfianesta
te, cvoamproesen
tacot.e e escreveu, sob o
título “Cobaias do golfe Vendidas para a Hipnose”, o que aconteceu:
…Imediatamente houve um a c orrida d e to dos p ara apanhar os ta cos e a s
bolas d e g olfe, a fim de ser feita um a sessã o n o c ampo profusamente iluminado e
saber Ucommesp
o fun
eracio
nçnoaso
riagaolfista
experiên
apóscia
oo . utro alcançou seu p onto com incrível
exatidão, n a d ireção de m etas d istantes. Então a lguns d eles disseram a o rep órter
do Pos t o q uanto sentiram q ue a hipnose havia beneficiado seu ímpeto de a ção…
O Sr. Tom Rafferty, trinta e quatro anos, de M ossom L ane, Norbreck,
jogando c om um handicap v inte e quatro comentou: “Acho q ue a minha
concentração n o ím peto do jo go é espantosa. Na da me d istrai. De c erta forma eu
me sin to amplamente confiante quanto a conseguir bater apropriadamente a bola,
onde qNauer
tura
qulm
eeeu
nte,
jogaue”
hip23n.ose não dá a o g olfista um aumento de h abilidade. Isso
tem de ser a dquirido c om a prática. O q ue ela faz é p ermitir que a senhora ou o
cavalheiro joguem com a sua melhor capacidade to das a s v ezes. Isso foi esc larecido
há a lguns a nos p or meu pai, Henry Blythe, quando lh e p erguntaram se ele

XXXV
Pés: (Pé: 10. Unidade de medida linear anglo-saxônica, equivalente a cerca de 30,48cm do sistema
métrico decimal.). Vinte pés seriam então: 609,6cm, (6m, 9cm, e 6mm) e quarenta pés seriam: 1219,2cm,
(12m, 19cm, e 2mm). (SMJ).
XXXVI
fraco). v.Handicap : (hén-dikép)pôr
Pôr obstáculos; s. Desvantagem imposta a um competidor forte (dando vantagem ao mais
embaraço. (SMJ).
XXXVII
Profusamente: (Profusão: sf. 1. Superabundância. 2. Esbanjamento, desperdício.); (Profuso: adj. 1.
Que se espalha em abundância. 2. Copioso, abundante.). (SMJ).
23
Lancashire Evening Post , datado de 23 de fevereiro de 1966. Outras experiências foram relatadas em

Golfing, janeiro e maio, 1966.

92
hipnotizaria todo o time do Gloucester City, time de futebol, de forma que ele
pudesse vencer, no jogo próximo, ganhando a Taça da Associação de Futebol.
Ele disse ao tim e q ue quando en trasse em campo jogaria para vencer, com o
melhor de sua c apacidade. Realmente, o Gloucester City venceu aquele jogo, m as
perdeu quando en controu um tim e c ujos m embros tin ham m ais capacidade d o q ue
os jogA
adnotes
resdedd
o eCity.
ixar a área de esp ortes pessoais competitivos, que está aberta

para o hipnotizador leigo, devemos aceitar q ue a maioria dos esportistas n unca


chega a c ompreender qual é seu p otencial c ompleto. Q uase todos eles restrin gem
sua capacidade in tegral a través de a utodúvidas. Em a tletismo p ensava-se, antes,
que uma m ilhaXXXVIII em sub -quatro-minutos seria im possível devido à fra gilidade
do c orpo h umano. Então, o Dr. Roger Bannister correu uma m ilha em m enos de
quatro minutos. Mostrou a o utros q ue isso era possível, e o resultado é que os
atletasMdeenchio neico
oje dnetninouvaom
aen
“Lteei dem
o Eufla
eito Adverso
m esse exe”m
, ppolo
is. ela trabalha c ontra o
golfista. E la também pode ser v ista quando estud antes têm de p assar p elos ex ames,
seja de q ue nível for. Dada a im portância do resulta do e o medo d o fra casso
possível, um estudante pode ter tra balhado m uito duramente para se preparar, mas
quando se v ê sen tado, c om a folha d o ex ame d iante de si, to das a quelas h oras d e
esforçado estud o se m ostram in úteis. Sua mente cessa de tra balhar de m odo
apropriado. É c omo se sua m emória tivesse sido in teiramente apagada e, quanto
mais ele se esforça p ara recordar fatos m emorizados antes, mais difícil isso se
torna. Para fazer as c oisas a inda piores, se isso é possível, mal o estudante deixa a
sala de ex ames, e a tensão d iminui, sua memória começa a fun cionar d e n ovo e ele
consegCouemrec orda
o isso acr otondtec
aseafreq
s resp
üenotsta
emsen
qtue,
e elhceofug
m taira msaestud
nto lgunsam
ntoes,
mehnátomsuaito
ntes.
s
educadores que acreditam n ão darem os ex ames uma in dicação ex ata do q ue o
aluno rea lmente sabe sobre o assunto e, sendo assim, a cham que os ex ames
deveriam ser sup rimidos e substituídos por uma a valiação c ontínua, d entro do
processoUm eddiaucoacsistem
ional. a de exames talvez desapareça, mas até lá a hipnose pode
ajudar o estudante.
A tensão ta mbém distorce o d esempenho quando a p essoa fa z ex ame p ara
dirigir automóvel. Um a prendiz pode sen tir-se confiante e competente enquanto
dirige m ilhares de m ilhas com um motorista competente, que ele conhece, sentado
a seu lado, m as assim que o examinador entra no c arro e ele tem que te nt a r d irigir
de a cordo c om o Código d as Estradas, surgem erros so bre erros. De n ovo essa
ansiedade p ode ser d iminuída o u elim inada p ela hipnose, e ela tem sido usa da
dessaAfo presa
mardduorapnrotetesto
muito s apnoorsum
feito , naMmeamiobrro
ia ddooP
s aprla
aíses
mendto
o,m
ou ndro
Co onoel
cidMeanrc
taul.s
Lipton, que dirigiu ao g overno um a p ergunta sobre se seria perigoso uma p essoa

hipnotizada dirigir um carro em estrada pública, não há tal perigo.


XXXVIII
Milha: sf. Medida itinerária inglesa e norte-americana, equivalente a 1.609m. (Milha Marítima:
Náut. Unidade de distância usada em navegação, igual ao comprimento de um minuto de meridiano terrestre,
e que foi convencionalmente fixada em exatos 1.852m.). (SMJ).

93
O que levou o Coronel Lipton a lev antar o a ssunto foi um a n otícia de jo rnal
segundo a qual H enry Blythe usa ra a hipnose para ajudar uma sen horita a passar
no ex ame d e m otorista. O Co ronel Lipton, ao q ue parece, não sabia que a senhorita
não estava em estado hipnótico en quanto dirigia. A ntes de fa zer o teste, tinha
ouvido d e m eu pai que estaria calma e rela xada enquanto dirigisse, e que se
lembraria de to das a s reg ras d o Có digo d as Estradas, guiando d a m elhor maneira
que lhe fosse possível.
Se essa m oça fo sse má m otorista, p oderia ainda ser ameaça na estra da
mesmo se tiv esse sido h ipnotizada m ilhares de v ezes, porque a sugestão h ipnótica
não lhe d aria a experiência de estra da nem aumentaria seu conhecimento, e d e
qualquFoerrma nsim
eira ilaela
r d efa
a lnhsied
ariaandoeteste.
fic a d isfarçada sob o n ome d e “ pânico d o p alco”
e muitas estrela s d o p alco e d a tela , ta nto da tela g rande c omo d a p equena, têm
usado hipnose para ajudá-las a ter m elhor desempenho. M as esse medo n ão fica
circunscritoXXXIX a a tores e atrizes. As p essoas de q ualquer setor d a v ida p odem ter
dificuldades quando sã o c hamadas a se ex pressarem ou a fa lar d iante de um g rupo.
Os jo vens n uma sa la de a ula podem ter esse problema, e sua fortalecida
relutância quanto a falar p ode ser m al interpretada por alguns p rofessores, que
consideram essa s c rianças c omo estúp idas. Longe disso. A c riança deseja poder
falar. Sabe o q ue quer dizer, ainda assim o medo d e q ue a possam to mar p or tola
evita qNum
ue aesropsaolasvara
tosres
seja têm
md usa
itasd.o a hipnose para facilitar o a prendizado d e um
roteiro. Fred die Davis, mais afetuosamente conhecido c omo “Ca ra de P apagaio”,
depois de um tip o d ivertido p or ele criado para o seu espetáculo, a chou a hipnose
útil quando era c hamado a aparecer, como c onvidado, a um espetáculo da
televisã o. die estava de tra balho a té os o lhos, com o verão em B lackpool e o utros
Fred
compromissos; assim, fo i v er um hipnotizador e recebeu a sugestão p ós-hipnótica
de q ue poderia aprender sua parte rapidamente e recordá-la quando estiv esse
dianteSdeagsucnâdm
o aum
rasa n
daota
telev
queisã
aop.areceu no Daily Mail, Freddie Davis pôde
representar a p arte e o episódio que foi lev ado a o v ídeo-tape pela primeira vez, sem
ensaio.
Embora eu concorde em q ue o hipnotizador leigo n ão se ceva en volver com
os esp etáculos tea trais, e outros d o g ênero, p essoas de to das a s id ades os ro deiam,
com problemas referentes à concentração e exercício exato da m emória, e a ssim
esses hipnotizadores podem ajudá-los, em vários n íveis. Portanto, o h ipnotizador
que não é médico n ão precisa depender de c ondições médicas para sobreviver
financeiramente. Seu escopoXL é lim itado apenas pelos lim ites de sua im aginação, e
se ele não pode libertar sua imaginação, deve procurar um hipnotizador.
S u m ário

XXXIX
Circunscrito: adj. 1. Lim itado, restrito. 2. Que tem limites determinados. (SMJ).
XL
Escopo: (ô) sm. Alvo, mira; intenção. (SMJ).

94
12
O S PE R I G O S D A HI P N O S E

Sendo a hipnose um estado natural, enquanto oposto a um estado não-


natural, e sendo ademais um estado permissivo, mais do q ue subjetivo, os p erigos
da h ipnose foram a umentados d e m odo ex agerado. Co ntudo, isso não significa q ue
certos riscos deixem de existir em sua aplicação.
O primeiro perigo, se assim pode ser c hamado, é a p ossibilidade m uito real
de q ue, como resulta do do rela cionamento entre o profissional e o p aciente, as
pessoas incapazes de en frentar a v ida c otidiana construam a situa ção h ipnótica
como o portunidade d e p rocurar e p edir apoio por parte do h ipnotizador. Se essa
transferência de d ependência ocorre, torna o tra tamento muito mais difícil para o
paciente, para que ele faça os a justamentos n ecessários e se to rne c apaz de
enfrenFreud
tar. Asen
sim
co,nvtro
ai utoessa
rnar-se
tra num a cacrg
sferên iaappoasitiv
ra oa lo
mé gd
oin
coo.in ício de sua c arreira

hipnótica, quando um a p aciente, ao fim d e um a sessã o, imediatamente dirigiu-se a


ele e o beijou. Ele ficou horrorizado, e chegou à conclusão, devo a crescentar q ue
falsa, d e q ue quando um a m ulher concordava em en trar em esta do hipnótico isso
equivaUleria
m d eanum
tistaa qen
uetreg
traa
basex
lhauvaln. as Mi dlan ds fic ou igualmente chocado quando
uma m ulher beijou-o depois da h ipnose. Quando lh e p erguntou p or que fizera
aquilo, ela resp ondeu: “Foi m aravilhoso poder me rela xar d e n ovo d epois de to dos
esses anos, e estou c erta de q ue o senhor p ode m e a judar a ser pessoa m enos
tensa.”
O psicanalista acredita que a transferência positiva, isto é, o fato de se
apaixonar pelo terapeuta, o u a tra nsferência negativa, que é o ódio pelo terapeuta,
são p arte integrante da tera pia e algo d e q ue o paciente terá de se liv rar. O Dr.
Leonard Cohen disse que sempre conhecia quando sua s p acientes estavam c uradas,

porqueEmela
asnálhlise
e dpizrioalm
on: g“D
adoauto
eur,cqouner
cosa
rdabria
er?coEm
uonãpoonotoam
deovm
ista
ais.”
analítico, mas a
transferência positiva p ode ser ev itada na p rática m édica e d entária geral,
acrescentando uma sugestão mais ou menos nestes termos:

E agora que você está se relaxando realmente bem, e p orque está colaborando e se
relaxando bem, sab e q ue nós a estamos ajudando para resolver o seu p roblema. E porque eu
estou ap enas ajudando você a se ajudar, você não tem necessidade, nem motivo, n em
desejo, de se sentir dependente de mim…

95
A Associação Médica Britânica, no relatório da sua subcomissão obre “O Uso
Médico do Hipnotismo”, publicado em 1955, teve de fazer este comentário:

“Os p erigos d o h ipnotismo têm sid o ex agerados em alguns lugares. A sub comissão está
convencida, entretanto, d e q ue eles existem, esp ecialmente quando o hipnotismo é usad o
sem apropriada co nsideração, em p essoas que são, co nstitucionalmente, ou p or efeitos d e
doença, predispostas a reações psiconeuróticas graves, ou co mportamento anti-social…”

Interpreto esse parágrafo do rela tório como sig nificando que o hipnotismo é
perfeitamente seguro, c ontanto que cada p rofissional tra balhe d entro do c ampo de
sua competência. P orque a hipnose, na p rática geral, médica o u d entária, n ão
pretende substituir o papel do p siquiatra. Ela pretende ajudar os p acientes que
constantemente procuram a a tenção d o m édico p ara satisfazer a uma n ecessidade
psicológica, e não por serem psicóticos. Podemos ir até o ponto de d izer que a
hipnose é uma “m edicina p sicológica p reventiva”, e evita que os p acientes
neurótQicuoaslqse
uertop
rnrejuíz
em posicqóutic
e pousdeesse
neceassita
dvir do suso
de cduaidhaip
dnoosspesé
iqutra idoos.
iáztric à bailaXLI
por mal concebido e, em muitos casos, ridículo abuso e mau uso da sugestão.
Há um c aso relatado de um p rofissional q ue fazia uma c onferência e
demonstração d e h ipnose, na q ual in corporava vários tip os de fen ômenos
hipnóticos. Nessa ocasião, ele disse a seu paciente: “De a gora em diante você n ão
ouvirá nada. Não p ode o uvir absolutamente nada. O que quer que aconteça d aqui
por diante você n ão poderá ouvir.” Para demonstrar q uanto era eficaz essa
sugestão, o demonstrador d isparou um a p istola de tiro d e p artida m uito próximo
do o uvido d o p aciente, e não houve rea ção a o esto uro ruidoso. O h ipnotizador pode
ter-se sentido sa tisfeito com o auxílio visual, mas quando term inou a hipnose, o
paciente permaneceu sob h ipnose. Qual a ra zão d isso? O p aciente aceitara a
sugestão d e c ompleta surdez, e isso sig nifica q ue ele não estava preparado para
ouvir aEm vozsua
do hanipsied adaedopr.ara impressionar seus colegas, o hipnotizador esquece
notiz
d e faser
não zerasug estãvoz
minha o seletiv
…” o paâ. nSiecoele
qutivesse
e se segduito “Dm
iu: ja aqauiispteria
or diaancte
onvtec
ocêidnoa.dM
aoaus,vinráã,oa é
para surpreender, isso fez com que muitos d os médicos que assistiam à
demonstração fic assem subseqüentemente receosos d e usa r a h ipnose, não fosse
catástro
Um femidéêdnictic
oad easejo
contec
u saerber
cose
m eles.
poderia produzir amnésia seletiva n uma
paciente com o qual esta va trabalhando, e lh e d isse: “Quando a brir os o lhos, não se
lembrará de n ada d esde o m omento em que fechou o s o lhos e se relaxou. Não tem
lembrança d e n ada d o q ue aconteceu ou d o q ue eu disse.” Viu que conseguira obter
a amnésia, p orque a senhora de n ada se lem brou. Mas a perda d a m emória
preocupou-a tanto que ela passou a ter in sônia, e to rnou-se presa da a nsiedade a o
raspar o cérebro tentando rec ordar o que acontecera enquanto estava sob h ipnose.
Usando a h ipnoanálise, um psiquiatra fez com que um homem regressasse
aos cinco anos d e id ade. O trauma o riginal foi lo calizado e a energia represada, a
ele associada, foi p osta em liberdade. A sessão term inou então. Foi n a sem ana
seguinte que o paciente disse: “Esta foi um a sem ana en graçada, d outor. Parece q ue
da últim a v ez que estive a qui desenvolvi um a p ersonalidade d ividida. Há o casiões
XLI
Baila: sf. Desus. Baile. Vir à baila. Vir a propósito. (SMJ).

96
em que sinto que reagi como se fo sse uma c riança, novamente.” Mal o psiquiatra
ouviu isso soube q ual era a c ausa. E squecera-se de d izer ao p aciente, antes de
terminar a sessão p recedente: “E dentro de a lguns seg undos c hegaremos ao fim d o
relaxamento, m as quando isso a contecer você já n ão terá cinco anos d e id ade. Você
terá…Isso
anosp,roevesta
a qureá oaqpui
rofcissio
omignoalem …p…
não odee a
dedixaata
r cé……
oisa a”lguma ao acaso, quando
se trata de dar e remover sugestões. Nem pode pressupor nada.

Em o utra conferência-demonstração em q ue um médico esta va mostrando


aos seus colegas como o bter anestesia local, ele disse a seu paciente: “E agora está
perdendo toda a sensação a baixo d o p ulso e nada está sen tindo abaixo d o p ulso.”
Um teste d oloroso foi en tão feito p ara se certificar de q ue a mão perdera toda a
sensação, o que não havia acontecido. O paciente estava realmente sentado numa
poltrona, c om os b raços d escansando so bre os b raços d ela, e tin ha interpretado a
sugestão c omo sig nificando seu braço “abaixo d o p ulso” esta va livre de sen sação, e
não sua mão, p orque esta estava mais alta do q ue o pulso. A d olorosa experiência
que ele foi fo rçado a sup ortar teria sid o d esnecessária se a sugestão fo sse
especificamente destinada: “E agora toda a sensação está d esaparecendo de sua
mão esquerda. É como se sua m ão esquerda, desde o p ulso até a ponta dos dedos,
estivesse dormindo e não mais ligada a o seu c orpo. E quando tiv er certeza d e q ue
toda a sensação d esapareceu de sua m ão esquerda, quero que levante o dedo
indicaFodori ode
Dsua
r. Jom hnãCla rk, d opD
o direita epm
ara arta
e dm izen
er tqoudeenPãsoichoálo
qguiaalqduaer
U nsen
ivesrsid
açãaodeme d esua
M a n c h e ster,
mão esquerda.” o in v en t o r d a m á q u in a h i p n ó t ic a m e n c io n a d a n a p á g i n a 3 4 , q uem
observou que os h ipnotizadores sempre compõem sua sugestão n uma lin guagem
que é mais ou m enos infantil. Ele tinha razão, e o motivo é q ue a mente
inconsciente se mostra como um a c riança, e d eve rec eber instruções que não sejam
mal interpretadas. Neste capítulo, eu só m e referi a m édicos que cometeram
enganos n o uso d a h ipnose, e isso não quer dizer que os leig os não tenham ta mbém
suas c ulpas. Eles têm cometido, por falta de c onhecimento, m uito mais
disparatesXLII. Mas minha intenção fo i ilustra r q ue não há p erigos inerentes à
hipnose em si mesma, e qualquer perigo q ue apareça é c riado pelos h ipnotizadores,
e não pela hipnose.
S u m ário

XLII
Disparate: sm. asneira. (SMJ).

97
13
HIPNOSE E R EENCARNAÇÃO

Pode ser rec ebido c om surpresa o encontro de um c apítulo devotado à


reencarnação n um livro da n atureza d este, e isso parecerá ainda mais notável
àqueles em me c onhecem pessoalmente, porque estão in teiramente certos d e q ue
sempre, e positivamente, neguei que a hipnose tenha sequer remotamente alguma
coisa em comum com as c hamadas p ráticas o cultísticas e o m isticismo. Então, por
que fiz essa inclusão?
No espaço d e tem po em que venho fazendo mais de m il conferências d urante
as q uais tenho me referid o à reg ressão p ela hipnose, por muitas v ezes me
perguntaram: “É possível levar as p essoas a recuarem até que vivam existências
anterioTrees?
nho” certeza de que as pessoas que fazem essas perguntas foram levadas a
isso depois da publicação, na década iniciada em 1950, de um livro intitulado The

do Co lofor
Search ra d o, M oMurphy
Bridie rey Bern(Ostein
Cas,oq due B
cornidtin
iehM
auosrp ), eesc
phoyrm norres, da
ito p odr oum
s pohrip
umnoatizador
senhora em estado hipnótico, sobre uma ex istência anterior q ue vivera na Irla nda,
no século dezenove.
Naturalmente, o conceito de q ue vivemos antes não é novo. Várias relig iões
orientais, o Budismo e o H induísmo, aceitam isso im plicitamente, e místicos de
todas a s n ações têm estado certos d e q ue viveram a ntes, e têm dado d escrições
pormenorizadas do q ue lhes aconteceu. Descreveram a c ultura da ép oca e o m odo
de v ida, e, em certos c asos, o ambiente e o estilo de v ida d escritos fo ram p rovados
como h istoricamente corretos, embora o místico n ão tenha feito um estudo
particuAlarind aquele
vestig açãpoedrío
e dBoern
dastein
histó
tarm
iab
. ém não foi a primeira tentativa quanto ao
uso da hipnose como um método de enviar as pessoas a tempos pretéritos.

How toSAchieve
egundo Past
o faLife
lecidRecal
o Vo lslne(yCoM
maothA
iso
lcna,nd
çae rLL
osemAbnra
genles,
çasem
da sua
VidamPoanssa ),
ogrdaafia
em 1950 ele usava esse método.
Mathison d iz como d esenvolveu uma série d e sin tomas d epois de so fre um
grave revés em negócios, e verificando que não conseguia alívio com os
profissionais médicos ortodoxos, tornou-se um estudante de “d ianética”, em 1949,
para vNo
er se
anisso
o segouainjud
te aele
ria. inventou um instrumento chamado “Eletropsicômetro”
— uma série de aparelho de raios X psíquicos — pretendendo localizar na mente

98
inconsciente incidentes anteriores que estivessem causando rpoblemas à
personalidade.
Durante as ex periências c om o seu instrumento, M athison v iu que estava
obtendo respostas a firmativas à pergunta: “H á a lgo m ais em seu caso, c om o que
d evem
nesta os to
vida? ” mar c ontato, e q ue é ainda anterior ao momento de sua concepção
Depois de usa r seu a parelho d e ra ios X p síquicos para se certificar de q ue era

necessário empreender uma reg ressão a té a reencarnação, h ipnotizava seu p aciente


para qSueeus
vonlta
umsseeroasosinliv trasua
ícriosde zemviadbaun
. dância de casos desse gênero, mas dois
deles são suficiente para que se tenha uma idéia do que ele estava fazendo.
Um d esses casos fo i o d e um a jo vem e atraente mexicana, que trabalhava n o
laboratório de M athison, e estava constantemente se queimando no tra balho
quando m anejava um ferro de so ldar e em casa quando c ozinhava. Vo ltando so b
hipnose à uma fa se anterior d e sua v ida, ela disse a Mathison q ue era uma a traente
jovem espanhola que ia tentar v ida n ova n o No vo Mundo da A mérica E spanhola.
Em sua v iagem através do A tlântico, um incêndio irrompeu a bordo d o n avio a vela,
e o resultado, p ara ela, fo i fic ar muito queimada e d esfigurada. Isso significou que,
ao c hegar ao n ovo M undo, fo i rep elida p ela maioria dos membros d a c omunidade,
e o único marido que pôde arranjar foi um páriaXLIII, como ela própria.
necessid
Deapdoeisdde ese
ssaqurec
eimord
ar.ação e da terapia de sugestão, a moça nunca mais teve
O segundo caso refere-se a uma senhora idosa que sofria de entorpecimento
gélido da parte inferior da perna esquerda, e, segundo penso, de paralisia parcial.
Sob hipnose, ela regressou a n ovembro de 16 22, q uando era um h omem
chamado John Ga rwood, e saíra sozinho para a floresta recoberta de g elo,
procura
JonhdnoGa
carçwaopoadra
p ecrd
om er. e, com a passagem do tem po, fic ou tão frio q ue deu
eu-se
um passo em falso e caiu num riacho p arcialmente congelado, fic ando sua perna
esquerda g ravemente ulcerada pelo gelo. A cabou p or ser encontrado por um grupo
de a mistosos p eles-vermelhas, que o levaram p ara sua aldeia, o nde a p erna
esquerdAm a udlh
e eJr,ohrev
n fo
iviecnrduelm
o a aem
ntpeuta
am çãpou,tacodm
a.o John Garwood, gritou: “Oh! Minha
pobre perna! Nunca mais servirá para nada!”
Ao fim d a sessã o sua p erna p erdera a palidez e a insensibilidade, mas o
sintoma retornou alguns d ias d epois. Ela continuou seu tra tamento com Mathison,
e, afinal, sua perna se c urou, e ela foi fa zer uma p rolongada v iagem pela América
do Sul, a fim de comemorar a recuperação.
Sendo essa senhora uma d as descendentes dos primeiros c olonizadores da
América d o No rte, os q ue vieram n o n avio Mayflower, Volney fez com que ela
traçasse sua genealogia antes que saísse para a viagem. U m in cidente similar a o
que ela descrevera realmente havia acontecido. Houve, entretanto, d iscrepância XLIV
entre o que ela recordara e os fatos históricos.
XLIII
Pária: sm. 1. Na Índia, a mais baixa casta, constituída pelos indivíduos privados de todos os direitos
religiosos ou sociais. 2. Homem como que excluído da sociedade. (SMJ).
XLIV
Discrepância: sf. V. discordância. (SMJ).

99
John Ga rwood, seu ancestral, não sa íra para caçar so zinho. E ram sete a s
pessoas do g rupo, e quatro dentre eles pereceram. Contudo, ele foi sa lvo p or peles-
vermelhas e sua perna foi a mputada. As a notações localizadas d eclaram q ue “ele
não foi d e g rande utilid ade p ara si próprio e para a colônia, a pesar d e ter c asado e
criadoNoumqauefaamm
ília
im” se
24
. refere, essa estória não prova a existência de m emória
ancestral, ou d e reen carnação, p orque está dentro do â mbito do q ue a senhora em

questão tiv esse ouvido d a estó ria de J ohn Ga rwood, quando c riança, e h ouvesse
esquecEim
do resp
o faotosta
. a essa espécie de crítica, e para apoiar o uso do regresso à
reencarnação como parte da terapêutica hipnótica, Volney Mathison escreveu, no
Power and Glory of Sex (P oder e Glória do S exo):

Não há n ada a gan har com a rejeição d os fenômenos de um a vid a an terior, sob o p retexto de
que é “fictícia”. “Não-científica”, “metafísica”, ou co isa assim. O p resente escritor é d e
opinião, en tretanto, q ue os aco ntecimentos d a vid a p assada, se genuínos, podem ser
realmente transmitidos através de d ados nos genes e cromossomos, e que os d ados dessa
“vida p assada” que presumimos existir, são, p ortanto, an cestrais e genéticos. Na análise
final, os p rocessos d e eletrop sicometria têm o propósito de curar o p aciente perturbado, e se
a ativação de im agens m entais, ou “so nhos” de um a “vid a p assada” curam-no, então os
processos podem ser vistos como um sucesso25.

E tendo mencionado que Mathison in iciou sua s ex periências d epois de se ter


tornado estud ante de d ianética, sistem a c riado por L. R on Hubbard, e a gora
ampliado e incorporado à “Cientologia”, é imperativo, para mim, m encionar q ue,
embora seguidores da Cien tologia aceitem o fato de q ue vivemos antes, e de q ue
nossas v idas anteriores podem afetar n ossa existência presente, não acreditam n a
regressã
NooRàein
reen
o U cnaidro
n,aaçãpoubhliica
pnçóãtic
oad,eneThe
m nSearch
o usofor
daBridie
h ip n o se. d espertou
Murphy
tanto interesse que o Daily Express o fereceu 250 libras p or provas a utênticas d a
reencarnação, e entre os q ue tentaram fo rnecer essas p rovas esta va meu pai, Henry
Blythe.
Como paciente, Henry usou a Sra. Naomi Henry, uma dona de casa de
Exeter, Devon, q ue tinha trinta e dois anos, e era mãe de q uatro filhos. A primeira
série de ex periências tev e lug ar na c asa dela, n o d ia 28 d e m arço d e 19 56. a lém da
Sra. H enry, o Sr. Donald Gomery; d o Daily Express, e meu pai, três outros
observadores estavam p resentes quando a S ra. H enry, em estado hipnótico,
regressou, aparentemente, através da b arreira do tem po, a o a no de 17 90, q uando
era Mary Cohen, um a jo vem irlandesa de d ezesseis anos, que vivia numa fa zenda
nos arNa
redseg
oresunddaacsessã
idadeod, enoCo
d irak4. de a bril de 19 56, a S ra. H enry regressou
rapidamente à sua vida d o séc ulo dezoito, c omo M ary Cohen de d ezessete anos, e
quando lh e d isseram q ue se haviam p assado dez anos e a gora tinha vinte e sete, ela
contou q ue estava casada com Charles Gaul desde o s v inte e um anos, e que dele
tivera dois filhos, Pat e Will. Deu, também, c ertos p ormenores sobre a sua vida, e

24
Ambos esses casos foram integralmente descritos em How to Achieve Past Life Recalls.
25
Publicado por Mathison, em Los Angeles, 1956, pág. 76.

100
quando meu pai considerou que nada mais havia a rebuscar, disse-lhe que os anos
tinham passado e ela estava com cinqüenta anos.
A expressão fa cial d a p aciente modificou-se, e meu pai contou-me, mais
tarde, que ela realmente parecia mais velha, mas poucas foram a s in formações
obtidas, a não ser que seu marido se m anifestara como um p erfeito canalha, e já
não exQistia
uan.do lh e d isseram q ue estava com sessenta anos ela c omeçou a divagar, e

sua fala era a de um a v elha. Como os id osos, seus interesses estavam n o p assado.
Continuou a rep isar em q uanto era brutal seu m arido p ara com ela, e q ue homem
Elnele
horríve tãofo
Hrean. rM
yaBslyth
faleoud,isse
realqmueenote,
utro
qusedjá
eznaãnoopsose
diah avnidaamr p
diareito
ssa.do e
perguntou-lhe o q ue acontecera nesses últimos dez anos. Ela respondeu a algumas
perguntas, dizendo inclusive q ue sabia que não ia viver muito mais, e ficou
silenciosa.
O que aconteceu durante esse silêncio foi relatado por meu pai em seu livro
The Three Lives of Naomi Henry (A s três v idas de Na omi H enry):

Eu estava o lhando firmemente para ela, meus dedos no seu p ulso de sua m ão esquerda.
Ainda não havia resposta por parte de Nao mi, e, subitamente, senti que seu pulso parava,
sua respiração — claramente audível durante ambas as sessões — parou, todos o s traço s d e
cor d eixaram seu rosto. P arecia estar morta. Debrucei-me ain da mais perto e tentei
descobrir um traço de resp iração, m as nada h avia. A atmosfera da sala estava ten sa. Pude
sentir medo em m inha esposa e no taq uígrafo. D epois ambos co nfessaram que tinham
“Vo cêo está
ficad apavosalva,
rados.euResto coemntvo
apiduam ê.leiVoco
e, cfa cêmestá salva,
urgên salva,
cia, ao salva…
ouvid o de Nao
” mi:
Vagarosamente, seu pulso começou a bater de novo, sua respração i voltou, alguma cor
retornou ao seu rosto. Penso que se haviam passado cinco segundos…” 26

O interrogatório foi enãt o recomeçado, para saber com que idade ela
morrera como Mary Cohen.
A paciente não quis falar, e só depois de uma ordem positiva foi que ela disse
ter moO
rrid o comdsessen
resulta o dessatadream
seis
áticaaneosa d e idadde.ora experiência foi ter D onald
ssusta
Gomery escrito no Daily Express , datado de 2 8 d e a bril de 19 56, q ue todas a s
experiências q ue estavam sen do levadas a efeito, n essa mesma lin ha, em v árias
partes do p aís, deviam c essar d ali por diante. Citava o que fora transcrito quanto
aos acontecimentos d e E xeter, no d ia 4 de a bril, e continuava: “A quela mulher,
como v êem, tin ha “morrido” com sessenta e seis anos. Quando o h ipnotizador
perguntou-lhe o q ue estava fazendo quando tin ha setenta anos, ela compreendeu
que esta
O Svra. Go
“mm orta
ery”. esc
Foilanreec
ssa
eu oocqauseiãqoueu
eriaela
dizpear:ro
“Puoddee ser,
respciraonr.”tudo, que a
publicação d essa experiência induza o utros, não suficientemente qualificados, a
levar adiante experiências sim ilares sem supervisão a dequada, e isso terá efeito
prejudicial, talvez, sobre a pessoa hipnotizada…”
jornal,Meeu empai,bomrauitopundaeturalm
sse ceonm te, ficouder
preen basta eteodeed
q un saiptoorntacdon
oscidoem
raa
vadenceisã o dorio
cessá

26
Henry Blythe — As Três Vidas de Naomi Henry (The Three Lives of Naomi Henry) (Frederick Muller,
Londres, 1956), pág. 71.

101
proteger os leitores, decidiu, depois de muita deliberaçãoXLV, continuar com sua
pesquisa sobre reencarnação.
Nas sessõ es posteriores, a Sra. H enry deu pormenores de a inda uma o utra
vida, no séc ulo dezenove, e no in ício do séc ulo vinte, como Cla rice H illier, e
também interpretou, se esta é a palavra correta, um a c ena d e m orte, e disse como,
na q ualidade d e Cla rice H illier, tinha sido sep ultada na sep ultura 207, em
Westbury-on-Trym, perto de Bristol.
MurphyMeas,The
apesa r deLives
Three todasof aNaomi
s inform
Henry adaaspônd
açõ,esnadd o elivser
ro The
encSearch
ontrafor
doBridie
para
corroborar e p rovar q ue Bridie Murphy, Mary Cohen ou Cla rice H illier tivessem
XLVI

um dia vivido so bre esta terra. P ortanto, a q uestão d o reg resso à reencarnação p ela
hipnose deve p ermanecer um enigma, e n ão devemos abrigar pensamentos
esperançosos, motivados pelo nosso desejo de o bter alguma p rova de q ue temos
vida a pós a m orte, e assim, ex pandir e distorcer as ev idências b astante delgadasXLVII
que temos em mãos.
Quando fa lo sobre esse assunto com as p essoas que desejam
desesperadamente acreditar n a reen carnação, elas se a garram à m orte de “M ary
Cohen” n a d écada in iciada em 1830 e na m aneira pela qual Na omi H enry começou
a “morrer” em 1956, c omo p rova mais do q ue suficiente para elas. Isso é uma p ena,
porque deixam de lev ar em consideração q ue muitas p essoas podem ter, e chegam
a ter, vTon
odtaode
s jáde
oum viomrrer.
os falar d e p essoas que morreram p or terem o coração
partido, depois de p erderem um ser amado, e sa bemos, igualmente, que o coração
orgânico n ão se parte em milhares de p edaços, mas que as p essoas, lentamente —
às vezes rapidamente — morrem porque perderam a vontade de viver.
Houve um a série d e c asos b em comentados d e a borígines africanos e
australianos q ue, sendo amaldiçoados p or um feiticeiro-curador, foram len tamente
se acabando a té que a morte os a rrebatou. Um d esses homens fo i ex aminado a ntes
de m orrer, e nada h avia de o rganicamente lesado, m as, como o a borígine
acreditava que a morte seria inevitável, nada d o q ue a moderna m edicina p udesse
fazer saEm lvum
ariaasua
o u ovuitra
da.ocasião to do médico tev e d e en frentar p acientes que
perderam o d esejo de v iver, que recusam en carar a v ida, e sob ta is circunstâncias o
médico n ão tem o poder de in tervir. Nas á reas rura is da In glaterra, q uando isso
acontece, dá-se esta explicação: “E le virou o ro sto para a parede”, e isso quer dizer
que o paciente voltou as costas à vida.
Contudo, minhas reserv as quanto à validade d a reen carnação hipnótica n ão
significa q ue não existam c asos em q ue a reencarnação p arece ser a ún ica
explica
Açã o ipsta
rev ossív
ameeric
l. ana Look , no ex emplar d atado de 2 0 d e o utubro de 19 70,
publica um fascinante artigo in titulado “Há O utra Vida A pós a M orte”, que conta
sobre uma p esquisa levada a efeito p or um eminenteXLVIII p siquiatra americano, o
XLV
Deliberação: (Deliberar: v.t.d., int. e p. 1. Resolver(-se), após exame, discussão. T.i. 2. Discutir,
examinar.) (SMJ).
XLVI
Corroborar: v.t.d. Confirm ar, comprovar. (SMJ).
XLVII
Delgado: adj. 1. Pouco espesso. 2. De reduzida grossura ou diâmetro. 3. Magro. (SMJ).
XLVIII
Em inente: adj2g. 1. Alto, elevado. 2. Excelente. (SMJ).

102
Dr. Ian S tevenson. Ele investigou muitas c entenas de c asos d esde q ue teve in ício
seu interesse pelo assunto, em 19 53. D evido à s reg ras sev eras q uem impôs p ara seu
programa de p esquisa, fo i fo rçado a d ispensar a m aioria daqueles casos, porém
conserDvaom
ueqsm
uaraenmtaaneeq ua
ira troeudecles
,m eticq ueodso
ism esa fiaamreg
bre quraessã
lquer outra
o em intcerp
reen arnra
eta
çãçoão.
hipnótica n ão significa q ue ela não possa ser usada por hipnoanalistas, com a
finalidade d e tra zer para o consciente as a titudes que o paciente é forçado a

reprimir. Jamais eu usaria isso pessoalmente, porque estou seg uro de q ue a


repressão p ode ser d ominada a través de m étodos m enos alarmantes, mas uma
estóriaFahçipaomtétic
os daemc on ta qráueco
stra ummohoisso
m empovdáec ser
onsulta
feitor.um h ipnoanalista e se queixe
de q ue nunca consegue estabelecer um relacionamento sexual sa tisfatório e
permanente com uma m ulher. Não a ceita a idéia de ser im potente, já que teve
relações sexuais até a ejaculação em muitas o casiões. Também é positivo q uanto ao
fato de n ão ter tendências h omossexuais, nem entregar-se a coisa alguma q ue se
pareça c om o relacionamento homossexual. Para fortalecer o que diz ele se dá a
grandes trabalhos para garantir ao tera peuta que os h omossexuais, e qualquer
sugestã“Mouito
de hboemm,ossex
qualuaalcid
haadeo nsen
a im
hoprrenqusea o u naoTV
seja , dãpor-o
seu lhbelem
náausea
?” —s. pode o
terapeuta perguntar.

“É fácil responder isso” — p ode o p aciente dizer. “Eu q uero ser igual a os
outros h omens. Quero ser capaz de a mar, de m e c asar e d e ter filh os. Mas, tal c omo
acontece a gora, é c omo se h ouvesse alguma c oisa dentro de m im que me im pede d e
fazer isso. P or isso quero que o senhor d escubra o que me está seg urando, e me
livre dO
issopr.o”cesso de h ipnodiagnóstico é p osto em ação, mas nada v em ao
consciente que possa responder pelo problema. O terapeuta considera, en tão, que o
paciente está sofrendo de a nsiedade a guda, devido a o rec eio de fra casso sexual, e
combina c om ele para que sejam feita s sessõ es de tera pia de rea lidade, a fim de
animaA r gseu
ora egveojaamboastidesse
o. paciente dois meses depois, só para descobrir que não
há modificações em seu ponto de vista.
Se o hp i noanalista quisesse usar a regessã r o à reencarnação hp i nótica,
poderia dizer:
Há uma teoria que afirma que as pessoas cujos sintomas não respondem ao tratamento que
já tentamos estão realmente sendo afetadas por um incidente ou experiência traumática que
aconteceu a um de seus ancestrais.
Segundo os que aceitam essa teoria, o incidente original foi passado através dos tempos, sob
a forma de memória ancestral, e jaz na profundeza do inconsciente.
Isso pode ser ou não ser correto. Não sei, mas se quisesse explorar mais esse ponto, estou
pronto a auxiliar. Acha que vale a pena?

dois caOmqinuheosacaobnerto
teces paara
segoutera
ir deppeuta.
ende da resposta recebida. Se for um “sim”, há
O primeiro é induzir à hipnose, estabelecer a resposta ideomotora em um
dos dedos, e depois fazer a pergunta:

103
É possível que o seu problema tenha sido causado pr o uma lembrança ou md e o
mergulhados profundamente em seu inconsciente.
Pode muito bem ser que se trate de alguma coisa que aconteceu a um de seus ancestrais, e a
lembrança do passado distante tenha passado para você.
Conscientemente, você não saberá se uma lembrança do passado está causando o problema,
mas sua mente inconsciente saberá a resposta, e poderá dizê-la, a você e a mim. E assim é
que poderemos descobrir…

ancestra
Sel: o hp
i noanalista quisesse usar a regessã
r o à reena
c rnação inid
c en t e
Dentro de alguns segundos, eu irei contando, lentamente, em contagem regressiva, através
do tempo.

“século
Co meçarei
dezopieto
lo”,século
“séculovin
dete,
zesseis”.
que é o nosso tempo presente, depois direi “século dezenove”,
E quando eu mencionar o século exato em que algo aconteceu para causar o seu problema
presente no século vin te, então, e só en tão, o p rimeiro dedo d e sua m ão esquerda se
levantará, rapidamente, e bem alto…

Volney Mathison n ão usava a resposta ideomotora, e a chava q ue nem


mesmo era n ecessário usar um d e seus eletro psicômetros. Em lug ar disso usava o
pêndulo de Chevrêul, como detector psíquico de mentiras.
Com o p aciente acordado, ele levava-o a sentar-se a uma m esa, c om o
cotovelo de um d os braços a poiado nela, e seg urando a p onta da c orrente ou fio
entre o polegar e o indicador, de fo rma q ue o pêndulo ficasse pendurado, m as não
tocasse
Enrea
tão lminesn te a m
truía o epsa
ac.iente para que se concentrasse sobre o pêndulo, e
sugeria
E:nquanto você olha para o pêndulo, sua mente inconsciente irá lentamente
girando na direção dos ponteiros do relógio…
Quando o giro se estabelecia:

Muito bem, e d aqui por diante, quando sua mente inconsciente desejar responder a uma
das minhas perguntas que eu vou fazer, como “sim”, ou afirm ativa, estará girando o
pêndulo em direção dos ponteiros do relógio, tal como está girando agora.
Quando ela quiser responder a uma p ergunta com um “n ão”, ou n a n egativa, estará girando
o pêndulo em direção contrária à dos ponteiros d o reló gio, assim . E ago ra que você está se
concentrando no p êndulo, sua m ente inconsciente está fazendo o giro de o utra maneira, na
direção contrária à dos ponteiros do relógio…
Só dp
e ois que esse padrão de respsta
o s era estaelec
b id o Mth
a ison

pergunSta
evoab: tiv
“Peosse
de cresp
onseg
osta
uir aofirm
regaresso
tiva, isso
a umera
a vóidtim
a aon; terio
mas,r se
a esta
receb
épiaoresp
ca?”osta
negativa, continuava perguntando, até descobrir por que a resposta afirmativa n ão
era possível. “Está receoso de eu p ossa ficar preso ao p assado, sem v oltar a o
presente?” “Poderá regressar a uma vida anterior em outra ocasião?”
Contudo, como esta mos tra tando d e um a estó ria hipotética, que vou
criando, ficaremos com a resposta ideomotora como n ossa ferramenta de
investigação, e faremos de c onta que o primeiro dedo d a m ão esquerda erg ueu-se
para mostrar que algo acontecera no século dezessete.

104
Sob hipnose, e tendo regressado ao século dezessete, o paciente pode contar
sua estória:

Há um so ldado co mbatendo na E spanha, e foi cap turado p elo inimigo, q ue é notório pelo
mau tratamento que dá ao s p risioneiros, mas o carcereiro-chefe é um homem grande,
co
Serppaurolen
u too,pprisio
erverso
neiro de seus camaradas e quer ter relações anais com ele. O prisioneiro
tenta lutar, mas não o consegue.

O carcereiro bate-lhe co m um cacete. D erruba-o no ch ão. E ago ra está despindo o


prisioneiro. O p risioneiro começa a lutar novamente. O outro homem bate nele até que não
consiga mais resistir. Agora o prisioneiro grita. Aquilo dói horrivelmente, ainda assim seus
No
gritodsianseguin te, isso
ão fazem nenaco
humna
tece de nçoa.
diferen voÉ. Éhhoorrível.
rrível porque ele nada p ode fazer. Isso aco ntece
dia após dia, até que ele já nem luta mais, e então o seu captor lh e d iz: “Depois disto você só
gostará de sexo assim. Nunca mais se interessará por mulheres.”
Eventualmente, a guerra termina, e o prisioneiro volta ao lar, mas sente-se de tal modo
envergonhado por aquilo a que foi submetido que nuca pôde se casar.

Se esse p risioneiro chegou a existir, é coisa de to do indiferente. O


importante é que o medo in consciente da h omossexualidade q ue o paciente não
conseguia encarar n o p resente, e o censor c rítico firm emente reprimido, foram
expostos c omo “lem brança a ncestral” e o terapeuta está de p osse de a lgo d efinitivo
sobre Aonqtes
ualdpeoddeeixtra
ar besta
alhaár.rea, justifica -se que se veja de q ue outras fo rmas a
hipnose e o oculto se têm casado, p orque esse infeliz casamento fez com que muita
gente duvidasse da h ipnose como in strumento científico p ara médicos e dentistas,
e fez com que outros v issem os h ipnotizadores como p ropiciadores místicos de
milagres.
Houve um famoso hipnotizador escocês, Alex Erskine, que trabalhou com
SirXLIX Arthur Conan Doyle, o afamado escritor e espiritualista, para ver se havia
alguma conexão entre a hipnose e o fenômeno espritua i lista. Em seu livro A
Hipnotist’s Case Book (Fichário de Casos de um Hipnotizador) Erskine escreveu:
“Algumas de m inhas ex periências a nteriores me lev aram a c rer que o
espiritualismo e a h ipnose são p ositivamente opostos…” 27, mas acrescentou q ue
nem ele nem Si r A rthur Conan D oyle poderiam ex plicar várias d as coisas q ue lhes
aconteceram.
em traPnosferên
r exem plod,e npaeqnusela
cia amen octaosiã
coomem
umquheom emArqth
Sir ueurera
e Eso
rskniânm
e besta
ulo. vam falando
Sob hipnose, o paciente pôde rev elar em q ue Sir A rthur estava pensando:
sua corrente de reló gio, p ouco c omum, q ue Erskine n ão podia ver porque estava

esc
LadyoLnd
Did
oa soesta
yle b o pvaaletó
naq. E ntão
uele moom
h ip
entootiz
.A adresp
or diosse
sta afooipqauceien teesta
ela quevvaisse
senota
nde
a em seu
quarto, e o p aciente pôde fa zer uma d escrição ex ata de tud o q uanto havia naquele
quarto. A essa a ltura Erskine p erguntou a Sir A rthur se podia instruir o paciente
para dizer o que La dy D oyle estava fazendo, m as Sir A rthur disse que isso não era
necessário, d e v ez eu ele já tinha visto e ouvido b astante. Foi um a g rande p ena,
porque não houve q ualquer evidência para confirmar a reivindicação d e E rskine, de
XLIX
Sir: (sâr) s. senhor; título de respeito. (SMJ).
27
Publicado pela Wilshire Book Company, 8721, Sunset Boulevard, Los Angeles, Califórnia, 1957.
L
Lady: (lêi-di) s. senhora; dona-de-casa; dama; esposa.

105
que a mente inconsciente — ele a chamava subconsciente — “podia ligar o espaço e
o tempo”.
Como o paciente já tinha mostrado que podia “ler” os p ensamentos d e Si r
Arthur Conan D oyle, é possível que tenha obtido telep aticamente a descrição do
quarto da esp osa do esc ritor. Mas se lhe tiv essem permitido d escrever o que a
senhora estava fazendo, e um a a notação q uando a o tem po exato pudesse ser
verificada junto deLa dy Doyle, a sessão teria sido mais significativa.
A telepatia poderia também explicar o que aconteceu quando m eu pai,
Henry Blythe, colocou a S ra. Na omi H enry, de o lhos vendados e in struiu seu “eu”
para deixar o corpo físic o e v ir ficar de p é a seu la do, d e fo rma q ue pudesse “ver” o
que se estava passando. Nisso ela teve rep etidos êxitos, tanto em sessões
particulares como d iante de a uditórios, no Ca mpo d e Féria s S t. Mary, em Brixham,
SouthEDxepvlic
on a.ção sim ilar ser viria para a ocasião, em 1960, em q ue Henry colocou o
Sr. Harry Jackman, h omem de trin ta e um anos, pai de c inco filhos, em hipnose, e
deu-lhe um reló gio de p ulso que pertencia a um homem presente, para ver se o
hipnotOizaSdro. Jpaocdkem
ria
andadrisse
alguqnusepoorm engoiores
reló erasoum
bre poresen
donot.e da esp osa do
proprietário, e en tão c omeçou a divulgar alguns reta lhos altamente confidenciais
da v ida p articular d o d ono d o reló gio, c oisas d esconhecidas de q uantos esta vam n a

sala. Ainda segurando o reló gio, o S r. Jackman foi en viado “para diante no
tempo”, e pediram-lhe q ue relatasse o que aconteceria ao d ono d a p renda durante
aquele período. S e essa s p redições , por falta de m elhor palavra, to rnaram-se
realidade, eu não sei, mas quando m eu pai mandou o p aciente “para trás n o
tempo”, o Sr, Jackman pode d escrever muitos d os acontecimentos rea is da v ida
daquele
Hehno
rymtaem
mb. ém deu ao S r. Jackman um objeto pertencente a um cirurgião-
dentista que estava na sa la com eles, e dessa vez o objeto revelou q ue o dentista
estava pensando em v ender parte de sua p róspera clínica, d e fo rma a p oder dedicar
mais tempo aos seus pacientes. O dentista ficou estupefato LI. Confessou q ue aquilo
que ouvira estava correto, c ontudo tin ha sido g uardado c omo a bsoluto segredo, a
fim deAqté
ueaíomresulta
uito bedmo, d
maassnaeteo
gocriia
açtelep
ões ántic
ãoafo
n sãse
o lapnrçejud
a q uicaalqduoer
. luz em casos d e
precognição , quando um a p essoa, sob h ipnose, é enviada para diante, no tem po,
LII

a fim de ver o que estará acontecendo no futuro.


Minha própria experiência com a precognição se deu há a lguns a nos, quando
meu pai me telefo nou p ara perguntar se eu o uvira, o u p odia descobrir através de
certos c ontatos m eus no jo rnalismo, se o primeiro cosmonauta soviético, major
Yuri Ga
Cognacrin
ord, aedi oem
ece
fara.
zer alguns in quéritos e d ei-lhe, depois, resposta telefônica.
Ninguém tinha idéia de q ue o habitualmente sorridente major estiv esse com a

saúde abalada, e, no eu a mim se referia, aquilo terminava a questão.


LI
Estupefato: adj. Pasm ado, atônito. (SMJ).
LII
Precognição: (pré = antes; anterior.) (Cognição: sf. 1. Ato de conhecer. 2. P. ext. Conhecimento,
percepção.) Logo: Prever; conhecer com antecedência. (SMJ).

106
Cinco dias d epois tive m otivos para cogitar n o q ue haveria atrás d a p ergunta
que meu pai fizera, p orque os jo rnais matutinos traziam um a p equena n otícia,
declarando q ue corriam b oatos, em Moscou, boatos d epois confirmados, de q ue o
major Ga garin estava doente e fora forçado a c ancelar a lguns d e seus
compro
Inm
icisso
ialmsenptúebltelefo
icos. nei para Henry, a fim de perguntar como sabia ele da
doença do cosmonauta antes que a imprensa o soubesse.

“Filho, eu hipnotizei o Sr. Harry Jackman, e q uando ele esta va


profundamente hipnotizado, disse-lhe q ue se haviam p assado seis dias n o tem po, e
que ele“Dlia
isse-lh
um joe rqnuael.ele lesse em voz alta qualquer item que julgasse interessante,
e ele leu uma pequena notícia sobre a doença do major Gagarin.”
Para fazer uma pequena digressãoLIII, essa não foi a única tentativa de Henry
para romper a barreira do tempo.
Durante uma d emonstração p ública q ue ele deu no Co lston H all, em Bristol,
e diante de um a c âmera de telev isão, colocou La dy E ve Stuart-Knill em hipnose e
disse-lhe q ue avançara quatro dias n o futuro , um a n oitada de sá bado, e q ue estava
vendo os resulta dos d o futeb ol sendo mostrados n a tela d e seu a parelho d e
televisão. Então, pediu a Lady S tuart-Knill que dissesse ao a uditório qual tin ha
sido a a tuação d o tim e lo cal, o Bristol Rovers, naquela tarde. Ela declarou q ue
tinha hMaavis
idotaem
rdep
,antae.
quela mesma semana, sua previsão revelou-se correta.
Henry ficou encantado, m as sabia que uma só ex periência não oferece a lgo
que seja prova concreta de q ue a barreira do tem po fora rompida. Centenas de
apostadores de futeb ol ficaram c onvencidos, entretanto, e v iram n ele o fazedor de
milagres de seus so nhos a se tornar realidade. Choveu correspondência em sua casa
de T orquay, pedindo-lhe q ue mandasse Lady S tuart-Knill avançar no tem po outra
vez para prever os resulta dos d e to dos o s jo gos d e futeb ol a serem realizados num
sábado específico. Em tro ca desse fornecimento de in apreciáveis informações, os
correspondentes ofereciam-lhe v árias p orcentagens d os ganhos q ue seguramente
teriam. Para não ficar atrás n essa corrida, um grupo d e n egociantes apresentou
uma p roposta para formarem um “Serviço d e P revisões para Apostas d e
Futebol”.Henry não aceitou n enhuma d as atraentes iscas que balançaram d iante
dele, e só estava interessado em ver que facetas in exploradas d o p otencial d a
hipnosAegh
ouram, pan
ara
asvpoolta
der ria
a omin e xplic
ser deásc
veol,bp
eo rqsu.e a telepatia não explica o q ue
rta
aconteceu a Alex Erskine q uando p erguntou a o jo vem filho d e um d iplomata
estrangeiro sediado em Londres, enquanto estava sob h ipnose, onde se en contrava
seu pai. Durante três horas o jo vem seguiu mentalmente o pai numa v iagem
através de L ondres, e Erskine c uidadosamente anotou to dos o s p ormenores,
incluindo o tempo exato, o s lug ares visitados e a d escrição d as pessoas com as
quais o diplomata se encontrou.
Ao fim d a sessã o-maratona, o ra paz n ão recordava n ada d o q ue dissera, m as
Erskine, ansioso para verificar a autenticidade d e sua s a notações, pediu ao p ai que
fosse vê-lo. O d iplomata confirmou que seu filho n ão tinha forma c onsciente de

LIII
Digressão: sf. 1. Desvio de rumo ou de assunto. 2. Excursão, passeio. 3. Subterfúgio, evasiva. (SMJ).

107
saber onde ele ia, naquela ocasião, nem com quem se encontraria, e confirmou,
também, que as anotações do hipnotizador eram exatas sob todos os aspectos28.
Embora eu concorde q ue tudo isso é fa scinante, e mostre a necessidade d e
experiências rig orosamente controladas a serem feita s n essas m esmas linhas, da
mesma m aneira pela qual v astos p rogramas d e p esquisas q uanto ao p oder da
psique estão sen do empreendidos na U nião S oviética e n a m aioria dos países da
Europa oriental, ainda afirmo q ue isso deve ser c ompletamente divorciado do
trabalho d o h ipnoterapeuta. Q ue as un iversidades instalem departamentos d e
pesquisa hipnótica, como fez a U niversidade d e M anchester para facilitar o
trabalho d o D r. John Cla rk e sua máquina, o Hipnotizador Simulado, e só
publiquem os resulta dos d e sua s ex periências d epois que eles tenham sid o
cuidadAotsa
é qm
ueenvteenahnaaalisa
alvdoora
s.da desse dia, será m elhor para o hipnotizador manter-
se com a hipnoterapia, e q ue os in teressados em fen ômenos psíquicos fiquem em
seu próprio campo. Isso n ão deve ser m uito difícil, porque Erskine esc reveu:
“Jamais, até agora, en contrei um paciente que pudesse, em transe hipnótico, fazer
o que não poderia fazer quando n ormalmente consciente, mesmo q ue soubesse
como faze-lo.”
S u m ário

28
Alex Erskine: A Hipnotist’s Case Book .

108
14
O F U TU R O D A H I P N O S E

Sem que pretenda reivindicar para mim o dom da c larividência, é possível


especular em c omo a h ipnose pode ser usa da no futuro , o bservando as v árias
experiências que já foram levadas a efeito.
Há a lguns a nos, um Sr. Harry Phillips, do S etor In ovador do D epartamento
de E ducação dos Estados U nidos, disse, numa reun ião d e p rofessores, em New
Jersey, que se sentia desapontado pelo fato de n ão haver maior p esquisa quanto à
utilização da h ipnose como a uxiliar d o en sino, nas salas d e a ula. Predisse, também,
que dentro de m eio-século todas a s esc olas esta duais serão em p arte residenciais, e
os estud anptes
A sur apdren
resa o Ddrerã
. Phoillip
sob s éesta
d e cde
orto
demhoipdnoosurp
se29.reendente em si mesma,
porque ao q ue parece, não levou em consideração a c onsiderável oposição, p or
parte de pais e de autoridades do ensino, a propósito do uso da hipnose.

A maioria das mães e dos pais têm uma id éia distorcida so bre a hipnose,
idéia habitualmente recolhida n o n oticiário orientado para o sensacionalismo, e
isso resulta num antagonismo p ositivo à id éia de q ue seus filhos possam ser
expostos a um S vengali pedagógico, porque isso lhes parece ser um a fo rma d e
lavagemPorcseu
ereblard
aloa
, aGeo
s a urto
geridOardweesll,edduec“19
acio8n4a”.is estão c onscientes dessa atitude
dos pais, e para proteger o sistema esc olar c ontra ataques, detestariam m encionar o
uso das técnicas h ipnóticas por parte de q ualquer professor, numa sa la de a ulas,
fosse qual fosse o benefício que o estudante pudesse usufruir disso.
Apesar d essa estreiteza m ental, a hipnose educacional está fa zendo
progressos, e não fica fo ra do â mbito da p ossibilidade a v inda de um a ép oca em q ue
os p ais estejam p edindo que seus filhos recebam as v antagens d o h ipnotismo q ue
outras crianças estarão obtendo.
Em 19 66, n os Estados U nidos, uma ex periência controlada foi rea lizada p elo
Dr. Peter H. C. M utke, médico, o Dan-Ro, Sistema Co rretivo d e L eitura de S ão
Francisco, e da Fa culdade d o Co légio da P enínsula Monterey, para ver se o
processo da leitura p oderia ser acelerado, e a c ompreensão m elhorada através da
h ipnosOe.
leitura degr2up
24opadla
e vestud
ras poan esinudto
r tm e , hp nose taalca
ei seten e ncçinocuo um
pora cemnétdoiadedceom
acpelera
reençsããoo ddea

29
Relatado em Hypnosis Quarterly , Vol. XI, nº 4, 1967.

109
leitura, depois de cinco ou seis sessões, quando os estudantes que aprendiam pelo
método ortodoxo tiveram, em média, vinte e duas sessões30.
A importância da a celeração d a leitura n ão deve ser p osta de la do, p orque,
com a nossa tecnologia avançada, todos o s estud antes devem ler cada v ez mais
material im presso, e seu g rito universal é: “M ais livros p ara ler? Onde
enconNo
trarem
anoosptem
assapdoo?”foi noticiado pelo Independent Star-News, de Pasadena,

CalifórOnipar,ocfesso
omo ar hhipipnnootiz
seajá
doesta
r, Sr.vT
a asen
kehdio
tousa
Matsuk
da naowsub
a, húorbmioem
Adcaocm
hi,trin
detaTóaqnuoio
s.
de ex periência no m agistério, tin ha estado trabalhando durante três anos c om
hipnose, na sa la de a ula, ta nto para eliminar ansiedade c omo p ara melhorar o
desempenho acadêmico das crianças educacionalmente atrasadas.
Ele contou a o Independent Star-News , através do seu c orrespondente, que
usara a hipnose em cera de m il crianças, entre nove e c atorze a nos d e id ade, e que
houvera melhora marcante em todas a s c rianças a trasadas c om as q uais tratara,
uma o u d uas d elas ten do subido d o fun do das respectivas classes para o mais alto
posto.O Sr. Matsukawa fez um a d emonstração, mostrando c omo a m emória
melhorava como resulta do da sug estão h ipnótica, e disse que as c rianças que
tinham d ificuldade p ara aprender uma lín gua estrangeira ficavam capacitadas a

memorizar amplo vocabulário. O m esmo a contecia, a firmou ele, com a matemática


elemeQntuaar netooautra
crias nm
çastéria
quesestud
nas qauvaaim
s apim
aneom, ele
óriadera
escoinbgrred
iu qiuen
e tela
e vsita
ab l.sorviam o
equivalente a duas h oras d e estud o n ormal em dez minutos d e estud o h ipnótico.
Outras a firmativas do S r. Matsukawa sã o a d e q ue ele ajudou crianças a v encerem a
carêncAialgd
uenscpoanis
censãto
raex
çãaota
, emro
enmtepheoustis
barreira s cdoelo
à idéia cadafilh
seus s coosnatra o estud
pren deremo.sob
hipnose, disse ele, e teve q ue obter permissão p aterna a ntes de tra balhar com
qualquer das crianças. Declarou, também, q ue outras a utoridades do m agistério,
em Tóquio, n ão aprovaram o eu ele fa zia, m as que os p ais estavam tra zendo as
criançaOsSpr.aM
raaele,
tsukdaewa
toesta
dos voas “a
seto res
nsio sod
”,asevaessa
sta m
éeatró
papla
ovle.
ra correta, para fazer
sentir que ele não era o primeiro educador a desbravar c aminho nesse trabalho, no
Japão. E ssa honra pertencia a um assistente do p rofessor d e p sicologia educacional
da U niversidade K yushu, Kosaka Naruse, que tivera sucesso no uso d o h ipnotismo
em alunos que estavam sendo treinados em escolas técnicas de Kyushu.
Uma experiência em aprendizado h ipnótico tin ha sido lev ada a efeito em
Bergamo, Norte da Itá lia, antes que se publicassem as n otícias d o J apão, e a id éia
italiana era fazer a metade da c lasse ouvir o professor, como d e c ostume, enquanto
a outra metade, que era de ig ual c apacidade a cadêmica, a bsorveria a informação
sob rela
Sexgaum
nen
dota
o id
préoia
duz
doidaotua
pelm
laehnip
tend
oese.
saparecido New York Journal-American ,

descobriu-se que os q ue aprenderam so b h ipnose ultrapassaram seus c olegas nos


exames subseqüentes. E um subproduto inesperado, n o q ue se refere à escola, a os
30
Dr. Mutke, “ Increased Reading Compreension through Hypnosis” The American of Clinical Hypnosis ,
Vol. IX, nº 4, abril, 1967.

110
pais e aos alunos, foi o fato de que os que aprenderam sob hipnose tornaram-se
mais ajustados, psicologicamente.
À proporção que adquirimos conhecimento mais profundo da im portância
do rela xamento no p rocesso de a prendizado, torna-se mais possível esperar q ue os
professores primeiro relaxem seus alunos, antes das lições, vencendo assim as
objeçõAes corren
esse resptes coonfuturo
eito tra a hpipondoesjáe.ter c hegado, porque inúmeros rela tórios

estão c hegando agora ao O cidente, vindos d a B ulgária, so bre o trabalho d o D r.


Georgi L ozanov, d iretor d o In stituto de S ugestologia, p atrocinado p elo governo, em
Sofia, q ue, ao q ue alega, acelera o aprendizado em c inqüenta por cento, ta nto em
estudantes atrasados c omo em estud antes brilhantes sem levar em consideração a
idade.As a firmativas do D r. Lozanov têm sido v astamente testadas, tanto pelo
Instituto, a través de um a c omissão in stalada com esse propósito, c omo p or vários
corpos acadêmicos altamente respeitados, em toda a Europa Oriental.
Os estud antes não ficam sentados n as carteiras, mas reclinam-se em
cadeiras c onfortáveis, e uma a tmosfera relaxante, apropriada, é o btida a través de
luz baT
ixaamebm
émúsic
, e aa omceolo
ntdrá
iorsioad
. o q ue se faria numa sa la de a ulas n ormal, os
estudantes são so licitados a o uvir a música e a n ão prestar a tenção à v oz do

professor. Fazendo isso, o In stituto declara que os estud antes absorvem um curso
O aDnr.oLso
de dois , zem
anolín
v gdua
isse, repnegtid
estra am, ennote,
eira prqauze
o sua
de vSinutg
eedsto
iasp31ed
. ia nada tem em
comum com a hipnose e o aprendizado so b so no, m as é baseado em seu estudo d e
Ioga e do c ontato de m ente a mente. Suas n egativas podem ser devidas à sua
própria idéia do eu é a h ipnose, mas se pensarmos na in dução mental c riada pelo
Dr. John H artland (Capítulo 1) veremos que há um elo d efinitivo en tre as d uas
coisas. Na Sugestopedia os estud antes são so licitados a p assar sua m ente
consciente para a música. Na técnica H artland, o p aciente hipnótico é so licitado a
concentrar-se na c ontagem regressiva, mentalmente, de trez entos a té zero.
Enquanto os estud antes e pacientes ocupam seus censores críticos dessa maneira, o
material p edagógico o u a s sug estões hipnóticas podem ser passados p ara sua
mente/Em emcó
stá laria incnoãnoscim
ro eu ien
pote.
rta que o Instituto de S ofia esteja usando a h ipnose
aplicada; a fórmula de en sino é ún ica, e pode ter p rovado que alunos podem
“divagar em seu caminho para o conhecimento”.
O mesmo c onceito ocorreu a uma estud ante de a rte e música d o Co légio
Educacional de Y orkshire, há q uatro anos, e ela sugeriu ao p rofessor d e m úsica q ue
poderia ser vantajoso selecionar d iscos de m úsica c lássica que tocassem enquanto
eles se ocupavam na sa la de a rte. Pensava que isso tornaria os estud antes
familiarizados c om aquelas p eças musicais, e quando c hegasse a ocasião em q ue
realmente teriam d e to cá-las, isso se tornaria muito mais fácil. Sua idéia não foi
considOeuratra
daábrea
asta
onte
de séria
a hipnpoasra
e tem
merec
futuro
er quéaalqu
der
a cex
rimpieriên
nologciaiae
. da lei.

31
Sheila Ostrander e Lynn Schroeder, Psychic Discoveries Behind the Iron Curtain (Prentice-Hall, 1970)
[Trad. Bras.: Experiências Psíquicas Além da Cortina de Ferro , S. Paulo, Cultrix, 1974.]

111
O número de outubro de 1962 do Journal of the American Institute of
Hypnosis (Jornal do Instituto Americano de Hipnose) trouxe uma nota informativa
que dizia ter um membro do I nstituto, D r. T. E . A . D edenroth, m édico, ajudado
homens d a lei a id entificar um motorista que atropelara e fugira quando d e um
acidenUtemfa
a ttestem
a l. unha da c ena d o c rime n ão pôde rec ordar os p ormenores sobre o
veículo envolvido, quando in terrogada. T udo a contecera tão ra pidamente, mas

quando v oltou a o fa to, em esta do hipnótico, pôde d ar os d ados exatos q ue


conduzTrira
êsman
àopsrisã
d ep
oodis,
o coulpTexas
ado. Star Telegram32, de Fo rt Worth, p ublicava
pormenores de um a en trevista com um membro da J unta de A eronáutica Civil,
durante a qual um d os membros d isse que um psiquiatra de L os Angeles, o Dr.
Chaydor Mason, tinha usado hipnose para obter informação sobre um desastre de
aviação.
O piloto de um a vião en volvido n a c olisão p erdera a memória consciente do
vôo, e esta va, p ortanto, in capaz d e d ar à Junta de In quérito a sua versão d o
acidente; mas quando a ele v oltou, pôde rela tar tud o o q ue acontecera desde o
momento em que os p assageiros h aviam em barcado n o a vião, pormenores de vô o e
do próAprio ao
h ip n cid
seeta
ntme.bém tem sido usa da em várias o casiões, por ocasião d e c asos

criminosos, na A mérica d o No rte, para se certificarem de q ue o acusado é culpado,


e o caD
soesd
maeis
o vfaem
rãoosdoefo
19i o62d,oe “E
n osstra
ving
teum
lae
dses
or dq
euBeose
stoseg
n”. uiram, onze m ulheres de
Boston fo ram sex ualmente assaltadas e estra nguladas, e essa onda d e c rimes
sexuais espalhou um terror p aralisante entre as m ulheres da c idade. Então, Albert
H. D eSalvo, um homem de trin ta e três anos, que estivera internado n um hospício,
fez o que as p essoas consideraram um a c onfissão rid ícula. Não só c onfessou ter
matado as o nze m ulheres. Confessou, também, d ois outros a ssassínios q ue não
estavam rela cionados c om o inquérito da p olícia, e o estup ro de d uas m il mulheres.
Depois de lev ar em consideração a estó ria médica d e D eSalvo, e os n úmeros
envolvidos em sua confissão, poucas pessoas acreditaram q ue ele fosse o assassino.
Assim foi a té o dia 20 d e m arço d e 19 65, q uando o D iretor E xecutivo d o In stituto
Americano d e H ipnose, Dr. William J . B ryan, fez com que voltasse à ocasião d a
morte Tdoadmosuo
lhsepr odrm
eD eneo
Sres,
alvobdeirra
zianter
tessid
e hoorro
suaroun
sodséc
, foim
raamvpítim
ormaen. orizadamente
repetidos, e o Independent Press Telegram esc reveu: “A h ipnose, de h á m uito
usada para aliviar a ten são d as pessoas, ajudou a aliviar um a c idade in teira — e
seus 700.000 habitantes — do m edo m aciço, da h isteria que reinava p elo pânico33“.
Oafuturo
P rteirasdeaen hipferm
nose, em
eira meid
s reg icindaa,sta
stra pm béEmsta
elo é dsem limites.
o, selec io n a d a s, p o d e m
aprender os p rincípios d o p arto hipnótico, e terem seu conhecimento usado nas
Clínicas Pré-Natais e na seção de Maternidade dos hospitais.

Médicos que fazem estudos de p ós-graduação em a nestesiologia, a prenderão


como usa r a h ipnose em pacientes que estão p ara sofrer cirurgia, a fim de a liviar
mu32ito da tensão pré-operatória.
Núm ero datado de 5 de julho de 1965.
33
7 de janeiro de 1968.

112
Para ser justo com os a nestesistas d os dias p resentes, eles já usam sug estões
de rela xamento com seus pacientes, mas um anestesista me d isse, depois de ter
assistido a um c urso sobre hipnose: “Eu ten ho usado a hipnose há a nos, e não sabia
disso.QMuaasnd
doaqtoudi o
psoeles,
r diancteom
saebçerei
aremoaqusa
ue esto
ra h u faozsen
ipn e, dcoe,rto
e sisso
b enaejfíc
udiaorá
s mmaurgito
in.a” is
aparecerão. Menor quantidade d e a nestesia química será ex igida d urante a
operação; o choque e o desconforto pós-operatório diminuirão, e o processo natural

de curaA in
será
sônia
acaelera
indadaof.eta milhões de p essoas nas Ilhas Britânicas e as d rogas
soporíferasLIV sã o rec eitadas e c ustam m ilhões de lib ras. Porém, o m ais importante
são o s p erigos envolvidos. Os p acientes podem tornar-se dependentes de sua s
pílulas p ara dormir, e podem formar uma to lerância que os lev a, incidentalmente, a
tomar uma dose excessiva.
Seguramente, no in teresse da seg urança e d a ec onomia, n ão seria de m aior
benefício estabelecer-se clínicas para a insônia, q uando h ipnose de g rupo p udesse
ser estabelecida?
Da m esma m aneira, c línicas d e a sma, particularmente para crianças, terão
alta prioridade n a lista d e um futuro M inistro da S aúde. Elas ev itarão o so frimento
oculto, e ev itarão q ue muitos a smáticos se tornem dependentes de seus in alantes,
ou do uso regular da cortisonaLV.
A parte que a hipnose pode ter n a reso lução das condições psicossomáticas
está bem documentada, m as há, agora, um c rescente interesse na p arte que têm as
emoçõPes or m
soabisredaesum
doaen
d éçcaasdoarse
gântem feito p esquisas m édicas, observando a s
icas.
ligações possíveis entre a emoção e o câncer. Em 19 67 The Observer p ublicou uma
notícia, so b o título : “A s em oções podem estar lig adas ao c âncer”, e contava como o
Dr. David M. K issen, d iretor d a U nidade d e P esquisa Psicossomática no H ospital
Geral SdeouSestud
ul, emo Gla
levosu-o
gowa, in
acvred
estig araqu3e66ospaccan
itar ien tessocsom
cero docp
âunlm
cerãodoera
pumlmpãeosso
. as

que tenMdaia
ismtaardm
e,annoter
me psm
robolem s iem
n oatic árioo,cfo
ioindaaisdona
ãoporeso
io alovpidoons.to de v ista do D r.
Kissen nos Estados U nidos pelos D rs. A. H . S chmale e H. P . Ik er, do D epartamento
de P siquiatria e Medicina d a U niversidade d o Cen tro Médico d e R ochester, Nova
Iorque. Esses médicos entrevistaram q uarenta mulheres no d ia seguinte em que
tinham sid o testa das p ara câncer, mas antes que os resulta dos d os testes fossem
conhecidos.
O objetivo d e sua s en trevistas era a ssegurar-se de q uanta frustração
(desesperança) cada p aciente havia previamente experimentado em sua vida e,
usandO
o iesse
to dacsritério
quar,en
ten
tatapr apcried
enitzes
er qfoureap
maciid
en
enttes teria
ifica dasm ccoâ
mnocer.
as que teriam a
doença, e vinte e três em vinte e seis como as que não teriam.
O Dr. Schmale disse, de acordo com o The Observer , que estava dentro do

âmbito da possibilidade que aquelas detectadas pudessem ter um conhecimento


LIV
Soporífero: adj. e sm. Med. Diz-se de, ou substância que produz sono ou sopor (Sopor: (ô) sm. 1.
sonolência. 2. Sono profundo.); soporífico. (SMJ).
LV
Cortisona: substância química complexa presente no extrato do córtex das supra-renais. (SMJ).

113
inconsciente do crescimento maligno que existia em seu corpo, mas também era
possível que a frustração fosse fator de predisposição para a doença34.
Mais recentemente, um número crescente de esp ecialista ingleses em câncer
afirmou o quanto era importante o estado mental d o p aciente para a efetivação da
sua cuÀrap,ro
epoorm
çãeosm
quoepaon
deecser veard
essid daeddeeiro
traptar
arataonutotra
das m
doeen
nteçacsom
orogdâoniccoarp
s.o
adquire mais ampla aceitação, os h ospitais descobrirão q ue precisam d e p sicólogos

clínicos treinados em hipnodiagnose, e analistas p ara detectar q ue emoções


reprimidas, se alguma ex iste, estão lig adas aos sintomas d o c orpo. E então, talvez
com a orientação d e um p siquiatra, c omeçarão a d ar terapia de a poio para que os
pacienCotesntud
tenoh,avm
olta
ponndto sd odfuturo
e vistapm
ara
aiso sã
presen
os e tm
e,aaiscred ito qousepum
positiv araa d
o efuturo
claraç. ão
feita pelo Sr. M. S adove, médico, Diretor d e A nestesiologia dos Hospitais
Educacionais de P esquisa, d a U niversidade d e Illin ois, avalie a prática da h ipnose:
A Hipnose nunca pode n em deve sub stituir as d rogas; mas os p reparados
químicos também na se fa zem substitutos p ara a bondade e a compreensão. Algum
dia, n o futuro , m uitas d as nossas p resentes drogas m aravilhosas esta rão
esquecidas, mas as rela ções humanas envolvidas na h ipnose ainda serão
necessárias, tal c omo o fo ram d esde o s tem pos a ntigos, prontas p ara serem usadas
como a uxílio a quaisquer drogas, técnicas e p rincípios q ue então estiv erem em
vogaLVI…35
S u m ário

34
The Observer datado de 22 de janeiro de 1967 acrescenta este importante parágrafo: “Nenhuma das
investigações implica em que apenas fatores psicológicos sejam responsáveis pelo câncer, mas sugerem que
há alguma ligação entre a doença e certos estados emocionais.”
LVI
Voga: sf. 2. Divulgação. 3. Grande aceitação; popularidade. 4. Uso atual; moda. (SMJ).
35
“ Hypnosis in Anesthesiology”, The Illinois Medical Journal , julho 1936.

114
BIBLIOGRAFIA

Ambrose, G., Hypnotherapy with Children , Staples Press, Londres, 1961.


Blythe, H., The Three Lives of Naomi Henry , Frederick Muller, Londres, 1956.
Cooper, L. F. & Erickson, M. H., Time Distortion in Hypnosis , Williams & Wilkins, Baltimore, USA,
1954.

Elman, D., Findings in Hypnosis , Clinton, NJ, USA, (Privately Printed).


Erskine, A., A Hypnotist’s Case Book , Wilshire Book Co., Los Angeles, Calif., 1957.
Gordon, J. E., Handbook of Clinical and Experimental Hypnosis , Macmillan Company, NY, Collier-
Macmillan, Londres, 1967.
Hartland, J., Medical and Dental Hypnosis , Bailliere, Tindall & Cassel, Londres, 1966.
Kroger, W. S, . Clinical and Experimental Hypnosis, J. B. Lp i pincott Co., Filadélfia & Montreal,
1963.

Marcuse, F. L., Hypnosis — Fact and Fiction , Penguin Books Ltd., Harmondsworth, Middx., 1963.
Mathison, V., How to Achieve Past Life Recalls , Los Angeles, Calif., (Privately Printed).
Mcgill, O., Encyclopedia of Stage Hypnotism , Abbots Novelty Co., Collon, Michigan, USA, 1947.
Ostrander, S., & Schroeder, L., Psychic Discoveries Behind the Iron Curtain, Prentice Hall,
Englewood Cliff, NJ, USA, 1970. [Tradução brasileira publicada pela Editora Cultrix, SP.]
Roussel Laboratories Ltda., REM, Wembley, Middx.

115
Editora Pensamento

Rua Dr. Mário Vicente, 374


04270 São Paulo, SP

Livraria Pensamento

Rua Dr. Rodrigo Silva, 87


01501 São Paulo, SP

Gráfica Pensamento
Rua Domingos Paiva, 60
03043 São Paulo, SP

116
Outras obras de interesse:

C U R S O D E MA G N E T IS M O P E S S O A L — V.
Turnbull

M A G N E T IS M O P E S S O A L — Heitor Durville
M É T O D O DE HIPNOTI S M O — D i v e r s o s
autores

NO V A S P E R S P E C T IV A S DA
P A RA P S I C O L O G I A — Rhine e Brier
NOS S A S FO R Ç A S MEN T A IS ( 4 vols.) —
Prentice Mulford
A F ORÇA D O PE N S AME N T O — W. W.
A t k i ns o n

P A RA P S I C O L O G I A E I N C O N S C I E N T E
C O LE T IV O — Dr. Alberto Lyra
P A RA P S I C O L O G I A, P S I Q U I AT R I A ,
R E LI G I Ã O — Dr. Alberto Lyra
O S E X T O S E N T I D O — Rosalind Heywwod
H E I D E V E N C E R — Arthur Riedel
E D U C A Ç Ã O P E S S O A L — Diversos autores

Peça catálogo à
E D IT O R A PE N S A M E N T O

117
118

Você também pode gostar