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COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS.
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COBRAMSEG 2010: ENGENHARIA GEOTÉCNICA PARA O DESENVOLVIMENTO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE. © 2010 ABMS.
Tabela 1. Composição química da cal utilizada. laboratório, todo o solo coletado foi,
Componentes Teor primeiramente, homogeneizado, objetivando
CaO 74,0
alcançar cerca de 80% das partículas passando
na peneira de 4,8 mm, o que o enquadrou nas
MgO 0,7
exigências de normas técnicas para a execução
SiO2 1,5 de camadas solo-cimento e solo-cal, no campo.
Perda por calcinação 22,0 A esse material homogeneizado se denominou
CaO disponível 70,0 solo nas condições de campo. Por outro lado, se
denominou solo nas condições de laboratório
Ca(OH)2 disponível 92,0
àquele que foi destorroado e passado
CaO na base não volátil 92,0 integralmente na peneira de 4,8 mm, de modo a
CaO não-hidratado máximo 1,0 representar as condições de preparação de
Umidade em excesso máxima 1,0 amostras em laboratório.
O programa de ensaios de laboratório
envolveu a caracterização geotécnica dos dois
Tabela 2. Composição química do cimento utilizado. tipos de amostras produzidas na etapa anterior,
Componentes Teor (%) bem como a realização de ensaios de
SiO2 21,87 compactação (ABNT, 1986b), para a
determinação dos parâmetros γdmax e wot das
Al2O3 5,65
amostras e destas após a adição isolada de
Fe2O3 3,22 cimento e de cal, utilizando-se os teores de
CaO 57,29 estabilizantes de 1%, 2% e 3%, o tempo entre
MgO 2,68 mistura e compactação de 1 h, a energia de
SO3 2,89
compactação do Proctor intermediário,
trabalhando-se com a média de três repetições.
K2O 0,71
Cal Livre 1,57
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
2.3. Metodologia
3.1. Caracterização Geotécnica do Solo
O estudo foi direcionado à análise da influência
de procedimentos de laboratório e de campo nos Na Tabela 3, encontram-se informações sobre a
parâmetros de compactação do solo em estudo caracterização geotécnica do solo em estudo,
melhorado com cimento Portland e com cal englobando a distribuição granulométrica
hidratada, isoladamente. O programa de ensaios (ABNT, 1995), limites de liquidez e de
de laboratório englobou a caracterização plasticidade e massa específica dos grãos, bem
geotécnica do solo em estudo, através da como a classificação segundo os sistemas TRB
realização dos seguintes ensaios: grãos de solos (Transportation Research Board) e USC
que passam na peneira de 4,8 mm – (Unified Soil Classification), de acordo com o
determinação da massa específica (ABNT, prescrito pelo DNIT (2006). Dos dados
1984a); análise granulométrica (ABNT, 1984b); apresentados na Tabela 3, depreende-se que o
limite de liquidez (ABNT, 1984c); e, limite de solo em estudo é de textura argilo-areno-siltosa,
plasticidade (ABNT, 1984d). com IP de 39%, considerado superior àqueles
Ao se coletar a amostra de solo na jazida de de solos residuais maduros típicos da Zona da
empréstimo, observou-se que a mesma Mata Norte de Minas Gerais que,
continha, também, torrões com diâmetro pedologicamente, são classificados como
máximo de, aproximadamente, 10 cm. No Latossolos Vermelho-Amarelo.
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Tabela 4. Umidade ótima (wot) e peso específico aparente seco máximo (γdmax), para as misturas dos estabilizantes com
o solo em estudo com 80% e com 100% passando na peneira de 4,8 mm.
Solo com 80% passando na peneira de 4,8 mm Solo com 100% passando na peneira de 4,8 mm
Cal Cimento Cal Cimento
Teor Teor (%)
wot γdmax wot γdmax wot γdmax wot γdmax
(%) (%) (kN/m³) (%) (kN/m³) (%) (kN/m³) (%) (kN/m³)
0 29,25 14,70 29,25 14,70 0 29,25 14,65 29,25 14,65
1 29,44 14,56 28,99 14,75 1 29,85 14,70 29,23 14,73
2 28,77 14,73 28,80 14,75 2 29,85 14,60 28,78 14,77
3 28,78 14,70 29,17 14,78 3 29,92 14,60 29,08 14,80
Figura 1. Influência do teor dos estabilizantes e dos procedimentos de preparação das amostras no peso específico
aparente seco máximo do solo em estudo.
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Figura 2. Influência do teor dos estabilizantes e dos procedimentos na umidade ótima das amostras de solo.
Tabela 5. Diferenças percentuais entre os parâmetros ótimos de compactação obtidos a partir de amostras de solo com
80% e com 100% passando na peneira de 4,8 mm.
Diferenças percentuais, tendo a amostra com 100% passando na peneira de 4,8 mm
como referência
Cal Cimento
Teor (%) wot Γdmax wot Γdmax
1 -1,37% -0,95% -0,82% +0,14%
2 -3,62% +0,89% +0,07% -0,14%
3 -3,81% +0,34% +0,31% -0,14%
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significativas nas amostras de solo preparadas (2006). ET-DE-P/005 Sub-base ou base de solo-cal.
nas condições de laboratório e de campo. São Paulo, SP, 20 p.
DNER – DEPARTAMENTO NACIONAL DE
Com relação às misturas preparadas com ESTRADAS DE RODAGEM (1997a). DNER-ES
amostras de solo nas duas condições referidas, 305/97 Pavimentação – base de solo-cimento. Rio de
as variações observadas foram de pequena Janeiro, RJ, 10 p.
monta, com um máximo de 3,81% na umidade DNER – DEPARTAMENTO NACIONAL DE
ótima das misturas solo-cal e inferior a 1% nos ESTRADAS DE RODAGEM (1997b). DNER-ES
302/97 Pavimentação – sub-base de solo melhorado
parâmetros ótimos de compactação das misturas com cimento. Rio de Janeiro, RJ, 9 p.
solo-cimento. DNIT – DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-
ESTRUTURA DE TRANSPORTES (2006). Manual
de pavimentação. Diretoria de Planejamento e
AGRADECIMENTOS Pesquisa, Coordenação Geral de Estudos e Pesquisa,
Instituto de Pesquisas Rodoviárias, IPR - Publicação
719, Rio de janeiro, RJ, 274 p.
Os autores vêm expressar os seus
agradecimentos à Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de Minas Gerais
(FAPEMIG), pelo apoio financeiro ao presente
projeto, através do Processo TEC APQ-0830-
5.07/07, e pela concessão de bolsa de iniciação
científica para o primeiro autor, bem como à
Universidade Federal de Viçosa (UFV), onde
foi realizado o presente trabalho.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS