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Escola de Engenharia
Departamento de Mecânica - DEMEC
Notas de Aula
Julho de 2012
1
Sumário
2
4.1.4 Exemplos............................................................................................................................. 70
4.2 ÁLGEBRA DE BLOCOS.................................................................................................................... 71
4.2.1 Sistemas em Paralelo.......................................................................................................... 71
4.2.2 Sistemas em Realimentação ................................................................................................ 72
4.2.3 Sistemas em Somatório ....................................................................................................... 73
4.2.4 Exemplos............................................................................................................................. 74
4.3 EXEMPLOS RESOLVIDOS ............................................................................................................... 76
4.4 LISTA DE EXERCÍCIOS ................................................................................................................... 78
5 RESPOSTA DE SISTEMAS LTI .................................................................................................. 79
5.1 RESPOSTA TRANSITÓRIA E RESPOSTA EM REGIME PERMANENTE ................................................. 79
5.1.1 Valor Final ......................................................................................................................... 80
5.1.2 Erro de regime estacionário ............................................................................................... 80
5.2 RESPOSTA DE SISTEMAS DE 1ª ORDEM ........................................................................................... 81
5.3 RESPOSTA DE SISTEMAS DE 2ª ORDEM ........................................................................................... 84
5.4 RESPOSTA DE SISTEMAS DE ORDEM SUPERIOR .............................................................................. 89
5.5 EXERCÍCIOS PROPOSTOS ............................................................................................................... 89
6 AÇÕES BÁSICAS DE CONTROLE ............................................................................................ 92
6.1 AÇÃO DE CONTROLE DE DUAS POSIÇÕES OU “LIGA-DESLIGA” ...................................................... 93
6.2 AÇÃO DE CONTROLE PROPORCIONAL (P) ..................................................................................... 93
6.3 AÇÃO DE CONTROLE INTEGRAL (I) ............................................................................................... 95
6.4 AÇÃO DE CONTROLE PROPORCIONAL-INTEGRAL (PI)................................................................... 97
6.5 AÇÃO DE CONTROLE PROPORCIONAL-DERIVATIVA (PD) ............................................................. 97
6.6 AÇÃO DE CONTROLE PROPORCIONAL-INTEGRAL-DERIVATIVA (PID) .......................................... 99
6.7 REJEIÇÃO A DISTÚRBIOS ............................................................................................................... 99
6.8 POSSIBILIDADE DE ESCOLHA DOS POLOS ..................................................................................... 101
6.9 EXERCÍCIOS PROPOSTOS ............................................................................................................. 103
7 CRITÉRIOS DE DESEMPENHO .............................................................................................. 105
7.1 TEMPO DE ACOMODAÇÃO ........................................................................................................... 106
7.2 TEMPO DE PICO ........................................................................................................................... 111
7.3 MÁXIMO SOBRESSINAL ............................................................................................................... 112
7.4 TEMPO DE SUBIDA....................................................................................................................... 113
7.5 EXERCÍCIOS PROPOSTOS ............................................................................................................. 115
8 ESTABILIDADE .......................................................................................................................... 116
8.1 DEFINIÇÕES BÁSICAS .................................................................................................................. 116
8.1.1 Estabilidade segundo as entradas e saídas ...................................................................... 116
8.1.2 Estabilidade segundo as respostas às condições iniciais ................................................. 117
8.1.3 Estabilidade segundo os polos.......................................................................................... 117
8.2 CRITÉRIO DE ESTABILIDADE DE ROUTH ...................................................................................... 119
8.2.1 Casos Especiais ................................................................................................................ 121
8.2.2 Aplicações em Sistema de Controle .................................................................................. 122
8.3 ESTABILIDADE RELATIVA ........................................................................................................... 125
8.4 EXERCÍCIOS PROPOSTOS ............................................................................................................. 127
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................ 129
3
Prefácio
Ementa:
Programa:
Semana: Data: Assunto:
1 20/09 Introdução aos Sistemas de Controle
2 25/09 Modelagem de Sistemas Mecânicos Translacionais
3 27/09 Transformada de Laplace
4 02/10 Teoremas da Transformada de Laplace
5 04/10 Transformada inversa de Laplace
6 09/10 Diagrama de Blocos
7 11/10 Diagrama de Blocos
8 16/10 1ª Prova
9 18/10 Modelagem de Reservatórios
10 23/10 Linearização e Sistemas Pendulares
11 25/10 Resposta de sistemas
12 30/10 Resposta de sistemas
13 01/11 Ações Básicas de Controle
14 06/11 Ações Básicas de Controle
15 08/11 2ª Prova
16 Representação em Espaço de Estado
17 Representação em Espaço de Estado
18 Critérios de Desempenho
19 Critérios de Desempenho
20 Estabilidade
21 Estabilidade
22 20/11 3ª Prova
23
4
Critérios de Avaliação:
1ª Prova P1 25%, 2ª Prova P2 25%, 3ª Prova P3 25%, 4ª Prova P4 25%
Caso 2: Fazendo a P4: Ela substituirá a média aritmética em P4, além disso, caso a P4 seja maior que
P1, P2 e P3, ela substituirá também a menor das notas.
Exemplo:
P1 P2 P3 P4 Nota Final
Caso 1: 20 25 15 25
20 15
20 20+25+15+20 = 80
3
Não substitui P3
Caso 2 16 0 20 020
16
12
(não fecha com 60)
3
16+15+20+15 = 66
Fazendo P4: 15 (maior que P2, então
substitui P2)
5
1 Introdução aos Sistemas de Controle
Este sistema automático sem monitoração é muito difícil de ser encontrado na prática,
em geral os sistemas automáticos possuem um sistema de sensores para fornecer informação
da situação atual do processo automático. Por exemplo, no caso da embaladora, haverá
sensores que darão informação do posicionamento do produto, se há produto e qual a posição
dele, etc. Outro exemplo é o portão automático em que sensores informam a posição do
portão, se há a presença de um objeto na frente, etc. Portanto, um sistema automático é
constituído por,
6
Figura 1-3: Sistema Automático com rede de sensores
Neste caso, o processamento digital colhe as informações e processa para uma tomada
de decisão para aplicação da ação. São utilizados para isso a lógica combinatória, na qual a
saída é formada por uma cominação da entrada, e a lógica sequencial, onde as saídas são
formadas pela combinação das entradas e das saídas ocorrendo um sequenciamento de
atuações. O sistema automático não corrige o sistema. Exemplos deste caso podem ser as
máquinas automáticas que possuem controle via CLP.
7
Uma forma conveniente de entender um processo de controle de sistemas é descrito
abaixo, onde o ambiente computacional adquire os dados provenientes do sensor, compara
com uma resposta desejável, calcula uma correção através do controlador, gerando assim a
chamada lei de controle que é implementada no sistema mecânico através do atuador. Note
que neste tipo de estratégia ocorre rejeição à distúrbios, pois espera-se que a resposta obtida
seja sempre igual à resposta desejada.
8
1.2 Exemplo de um sistema de controle típico
9
1.3 Definição de Sistema de Controle com relação aos sinais
Controlar um sistema pode ser entendido como ajustar a entrada U(s) automaticamente
por um sistema de controle M(s) para a resposta Y(s) seja igual à definida por R(s). Esta
compreende o sistema de controle mais simples possível.
Supondo uma caixa d’agua, o controle de nível de água pode ser feito de duas formas
ou por um sistema controlado ou por um sistema automatizado. A escolha vai depender do
tipo de fornecimento de água.
Quando a água é fornecida através de uma bomba, opta-se pelo sistema automático,
isto é, dentro da caixa d’agua ha dois sensores de nível, uma para nível baixo para ligar a
bomba e outro para nível alto desligando a bomba. Neste caso não há rejeição a distúrbios,
pois o sistema não mantem o nível de água constante.
10
2 Modelagem de Sistemas dinâmicos
A modelagem dinâmica de um sistema ou processo consiste em escrever sua equação
dinâmica utilizando algum método matemático, como por exemplo, 2ª lei de Newton ou
Lagrange.
Sempre que isso for feito, deve-se ter em mente que a passagem do modelo físico para
o modelo matemático envolve uma série de restrições ou condições de modelagem impostas.
Isto é feito para facilitar a modelagem ou para impor determinadas condições necessárias para
a compreensão de um determinado fenômeno físico.
A modelagem sempre será feita baseada nos Graus de Liberdade do sistema. Os graus
de liberdade são definidos pelo número de movimentos independentes que o modelo pode
fazer.
Em geral, toda modelagem envolve a definição do par dual que define o tipo de
modelo a ser feito, por exemplo, em sistemas mecânicos é o Deslocamento e Força e Rotação
e Momento, em sistemas elétricos é a voltagem e corrente.
11
Figura 2-8: Sistema Massa-Mola-Amortecedor
12
Figura 2-10: Diagrama de Corpo Livre do Massa-Mola-Amortecedor. Direção esquerda
Comparando a Eq. (1) com a Eq.(2) observa-se que a única diferença é a direção da
força externa f(t). Como exemplo de resposta para o deslocamento da massa M, assumindo
massa M = 2 kg, C = 1 Ns/m e K = 5 N/m, a reposta y(t) para uma entrada f(t) = 10 N para as
Eqs (2.1) e (2.2), as posições y(t) da massa M em função do tempo pode ser observada na
figura abaixo.
3 -0.5
Deslocamento y(t) [metros]
2.5 -1
2 -1.5
1.5 -2
1 -2.5
0.5 -3
0 -3.5
0 5 10 15 20 25 30 0 5 10 15 20 25 30
Tempo [Segundos] Tempo [Segundos]
(a) Eixo positivo DIREITA – Eq. (2.1) (b) Eixo positivo ESQUERDA – Eq. (2.2)
Figura 2-11: Resposta do sistema Massa-Mola-Amortecedor para f(t) = 10N
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1. Só pode ocorrer movimento de translação na direção horizontal. Isso significa que
não pode haver movimento de rotação e o móvel não pode se descolar da base de
apoio;
2. Apesar da mola e amortecedor estarem deslocados, a aplicação das suas forças é
feita no mesmo ponto, não causando momento, o mesmo acontece com as forças
externas;
3. As constantes de rigidez, os coeficientes de amortecimento e a massas são
constantes ao longo do tempo;
4. As molas e os amortecedores inicialmente não estão tensionados, o sistema está em
repouso;
5. As forças de inércia, das molas e dos amortecedores são consideradas lineares;
6. Não há restrição quanto ao estiramento das molas e dos amortecedores, isto
significa que não há fim de curso;
7. Os eixos inerciais estão colocados em cima do CG (Centro de Gravidade) das
massas.
Neste caso, o DCL precisa ser feito para cada massa. As forças de reação de cada
amortecedor e mola são colocadas assumindo um deslocamento positivo fictício para a massa
em analise enquanto as outras massas estão paradas. Assim, observam-se as reações das molas
e amortecedores em sentidos opostos ao eixo coordenado considerado. Como regra geral, os
deslocamentos ou velocidades são colocados assumindo a coordenada atual subtraída da
coordenada à qual a força está conectada se as direções das duas coordenadas são iguais,
então se tem para as massas os seguintes DCLs apresentados na figura abaixo.
14
(b) Massa M2
Observe que apesar das forças possuem os mesmos sentidos as coordenadas estão em
oposição, significando que no somatório as forças estão em oposição. Aplicando o somatório
de forças em cada bloco encontra-se
15
Uma forma de verificar se as equações estão corretas é verificar se a matriz de massa é
diagonal, a matriz de amortecimento e rigidez deve possuir a diagonal principal positiva, os
termos fora da diagonal principal devem ser todos negativos e a matriz deve ser simétrica.
Estas Verificações são válidas para conjunto de massas-molas-amortecedores quando todos os
eixos inerciais possuem a mesma direção positiva.
Com a mudança de direção do eixo inercial y, deve-se verificar as novas direções das
forças do móvel ao qual ele está referenciado, neste caso a massa M2. Além disso, quando as
coordenadas possuírem sentidos opostos, elas deverão ser somadas nas forças. Desta forma, a
nova configuração das forças fica como apresentado na figura abaixo.
(b) Massa M2
16
Para a massa M1,
M1x C1x K1x C3x y K3x y C5x z K5x z u1
17
As considerações feitas acima são todas aceitas e utilizadas em modelos mais
avançados. As condições mais difíceis de serem cumpridas são a n°7 e n°8. Na prática a força
da mola só é linear na região central de deslocamento, quando chega próximo ao fim de curso,
a rigidez se torna cúbica aumentando assim a força da mola. Assim, a principal restrição é o
contato do pneu com o solo para uma situação real.
Sendo que,
Construindo DCL para as duas massas e assumindo que a força de controle u(t) será
positiva quando afasta as massas e negativa quando aproxima as massas e o distúrbio da via é
positivo no mesmo sentido dos deslocamentos das massas, encontra-se a figura abaixo.
18
Figura 2-17: DCL da Suspensão Ativa de ¼ de veiculo
M s 0 y s ( t ) C C y s (t ) K K ys (t ) 1 0 u(t )
0 (2.5)
M n y n ( t ) C C y n ( t ) K K K p y n ( t ) 1 K p w ( t )
Considere o reservatório apresentado abaixo. Nele, inicialmente entra Q(t) e sai Q(t), o
liquido permanece em uma altura H dentro do reservatório devido à resistência R. A
modelagem será feita supondo a variação em torno desta condição inicial.
19
Considerando que o fluxo seja laminar, então,
dH H
R
dQ Q
h(t) h(t )
R q o (t) (2.7)
q o (t) R
dh ( t )
C h ( t ) Rq i ( t )
dt
A equação acima relaciona a variação na entrada qi(t) com a variação da altura h(t).
Aplicando a transformada de Laplace para encontrar a função de transferência,
H(s) R
Q i (s) RCs 1
20
Q o (s) 1
Q i (s) RCs 1
1
Q o (s) H(s)
R
Resistência R1,
h1 ( t ) h 2 ( t ) h (t) h 2 (t)
R1 q12 ( t ) 1 (2.8)
q12 ( t ) R1
Resistência R2,
h 2 (t ) h (t)
R2 q o (t ) 2 (2.9)
q o (t ) R2
dh1 ( t )
C1 q i ( t ) q12 ( t ) (2.10)
dt
dh 2 ( t )
C2 q12 ( t ) q o ( t ) (2.11)
dt
21
As equações (2.8) a (2.11) formam o conjunto de equações diferenciais para o
conjunto de reservatório.
22
Figura 2-23: Diagrama de blocos das equações do reservatório – juntas - c
Desta forma,
1
Q o (s)
R 1C1s 1R 2 C 2s 1
1
Q i (s) 1 1 2
R 2 C1s R 1C1R 2 C 2 s R 1C1 R 2 C 2 R 2 C1 s 1
R 1C1s 1R 2 C 2s 1
2.3 Linearização
Entrada Saída
X1(t) Y1(t)
X2(t) Y2(t)
X1(t) + X2(t) Y1(t) + Y2(t)
αX1(t) + β X2(t) αY1(t) + β Y2(t)
A Série de Taylor para uma variável, supondo a função f(x) em torno da posição x = a,
é dada por,
f L x f (a ) f ( x ) x a
d
dx x a
g(θ) = cos(θ)
23
1.1
Cos()
1.05 linear
0.95
Cos()
0.9
0.85
Valor Exato
5% de erro
0.8
0.75
0.7
-40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40
[Graus]
g(θ) = sen(θ)
24
2
1.5
1 Exato
0.5
Sin()
0
Sin()
linear
-0.5
-1 Erro 5%
-1.5
-2
-100 -80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80 100
[Graus]
g(x) x 2 sinx
Então,
2
g L ( x ) sin 2x sin( x ) x 2 cosx x x
4 4 4 4
Chegando a,
2 2
2 2
x
2
2 2
32 4 32 4
25
Função G(x)
3
2 Ponto exato
1
Valores de g(x)
-1 não-linear
linearizada
-2 5% de diferença
-3
-4
-2 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2
x
2.3.2 Multivariável
f L x, y, z f (a , b, c) f ( x, y, z) x a
x ( x , y , z ) ( a , b ,c )
f ( x, y, z) y b f (x, y, z) z c
y ( x , y , z ) ( a , b ,c )
z ( x , y , z ) ( a , b ,c )
A linearização pode ser feita por partes. Para isso, deve-se observar quais sãos os
termos não lineares. Iniciando pela 1ª equação, o termo não linear é dado por
cos x sin .
26
cos x sin sin
x
cos x sin sin x cos
Resultando em,
2
2
x 1 2 x 1
2 2
3 2 6 2
x 1 2
2 2 2 4
Para a exponencial,
2x
e 2e 2 x
x
Resultando em,
e2 x e2 2e2 x 1 e2 2x 1
Observe que nesta linearização foi considerado que a derivada multiplicada pela
coordenada não pode ser linearizada, por isso considerada como zero.
27
2.4 Sistemas Pendulares Simples
m m
M L M g sin 0
3 2
m m
M L M g 0
3 2
Neste modelo, foi desprezado os efeitos da fricção entre a haste e o apoio, observa-se
pela equação de movimento que não aparece o termo da derivada de θ.
28
2.4.2 Pêndulo Invertido
29
L
x CGh ( t ) x ( t ) sin ( t )
2
L
x CGh ( t ) x ( t ) ( t ) cos ( t )
2 (2.16)
L
x CGh ( t ) x( t ) ( t ) cos ( t ) 2 ( t ) sin ( t )
2
x CGM ( t ) x( t ) L ( t ) cos ( t ) 2 ( t ) sin ( t )
L
y CGh ( t ) cos ( t )
2
L
y CGh ( t ) ( t ) sin ( t )
2 (2.17)
L
y CGh ( t ) ( t ) sin ( t ) 2 ( t ) cos ( t )
2
y CGM ( t ) L ( t ) sin ( t ) 2 ( t ) cos ( t )
As equações de movimento são encontradas substituindo (2.16) em (2.13) e então em
(2.12), assim,
L
Mx( t ) m x( t ) ( t ) cos ( t ) 2 ( t ) sin ( t )
2
M x( t ) L ( t ) cos ( t ) ( t ) sin ( t ) u ( t )
2
m M x( t )
L
2
L2
cos m 2M cos ( t ) cos ( t ) 2 ( t ) sin ( t )
4
(2.19)
m 2M g sin 0
L
2
30
m M x(t ) m L (t ) u(t ) (2.20)
2
L2
I h I M m 2M ( t ) m M x( t ) m 2M g 0
L L (2.21)
4 2 2
mL
m M x( t ) 0 0 x ( t ) u ( t )
m M
2
m 2M g
m 3M ( t ) 0 ( t ) 0
L 2
2 3 2
(Verificar solução)
L L
x CGh ( t ) x ( t ) sin ( t ) x CGh ( t ) x ( t ) ( t )
2 2
L L
x CGh ( t ) x ( t ) ( t ) cos ( t ) → x CGh ( t ) x ( t ) ( t )
2 2
L
x CGh ( t ) x( t ) ( t ) cos ( t ) 2 ( t ) sin ( t )
2
L
x CGh ( t ) x( t ) ( t )
2
31
As Variáveis de Estado de um sistema dinâmico são aquelas que constituem o menor
conjunto de variáveis capaz de determinar o estado desse sistema dinâmico.
32
(n) ( n 1)
y (t ) a1 y (t ) a n 1 y (t ) a n y(t ) u(t )
x 1 ( t ) y( t )
x ( t ) y ( t )
x (t )n1 2
( n 1)
x n ( t ) y ( t )
x 1 ( t ) y ( t ) x 2 ( t )
x ( t ) y( t ) x ( t )
2 3
( n 1)
x n 1 ( t ) y ( t ) x n ( t )
Ou na forma de estado,
x 1 ( t ) 0 1 0 0 x 1 ( t ) 0
x (t) 0 0 1 0 x 2 ( t ) 0
2
0 u ( t )
x ( t ) 0 0 0
1 x n 1 ( t )
n 1
x n ( t ) a n a n 1 a n 2 a 1 x n ( t ) 1
x1 ( t )
x (t )
y(1) 1 0 0 2
x n ( t )
Y(s) 1
n n 1
U(s) s a 1s a n 1s a n
33
My(t ) Cy (t ) Ky(t ) f (t )
Vetor de estados,
x1 ( t )
x(t )21
x 2 ( t )
Relação do vetor de estado com as variáveis do problema,
x (t )
x(t )21 1
y( t )
x 2 ( t ) y ( t )
Equações de estado devem ser definidas de tal forma que do lado esquerdo seja a
derivada dos estados e do lado direito apenas os estados, isto é, não pode haver derivadas dos
estados do lado direito das equações de estado. Assim,
x 1 (t ) y (t ) x 2 (t )
C K
x 2 ( t ) x 2 ( t ) x1 ( t ) f ( t )
M M
x 1 ( t ) 0 1 x ( t ) 0
K C 1 u(t)
(2.22)
x 2 ( t ) M M 1
x (t ) 1
Como o objetivo é medir a entrada y(t) ela é dada pelo estado x1(t), assim,
x ( t )
y( t ) 1 0 1 (2.23)
x 1 ( t )
34
Exemplo 2: Suspensão Ativa, equação de movimento,
M s 0 y s (t ) C C y s (t ) K K ys (t ) 1 0 u(t )
0
M n y n ( t ) C C y n ( t ) K K K p y n ( t ) 1 K p w ( t )
Equações de estado,
x 1 ( t ) y s ( t ) x 3 ( t )
x 2 ( t ) y n ( t ) x 4 ( t )
Como,
Ms ys (t ) Kys (t ) y n (t ) Cy s (t ) y n (t ) u(t )
Então,
x 3 ( t )
K
x1 (t ) x 2 (t ) C x 3 (t ) x 4 (t ) 1 u(t )
Ms Ms Ms
E,
M n y n (t ) Ky n (t ) ys (t ) Cy n (t ) y s (t ) K p y n (t ) w(t ) u(t )
Então,
K
x 4 ( t )
K
x 2 (t ) x1 (t ) C x 4 (t ) x 3 (t ) p x 2 (t ) w (t ) 1 u(t )
Mn Mn Mn Mn
Na forma matricial,
0 0 1 0 0 0
x 1 ( t ) 0 0 0 1 1 x ( t ) 0 0
x ( t ) K C x 2 ( t ) 1
0
2 K C
u(t)
M s x 3 (t ) M s w ( t )
x 3 ( t )
Ms Ms Ms
x 4 ( t ) K K Kp C C x ( t ) 1 Kp
4
M n Mn Mn M n M n M n
Para a resposta, assumindo que é necessário medir apenas o deslocamento yn(t) e ys(t)
35
x1 ( t )
y1 ( t ) 1 0 0 0 x 2 ( t ) 0 0 u ( t )
y 2 ( t ) 0 1 0 0 x 3 ( t ) 0 0 w ( t )
x 4 ( t )
A matriz D é uma matriz nula, foi indicada apenas por conveniência para ser
observado a sua dimensão.
Para demostrar o potencial da modelagem de estado, será feita uma saída na qual são
apresentados os deslocamentos, velocidades e acelerações tal que,
y1 ( t ) y s ( t )
y ( t ) y ( t )
2 n
y ( t ) y ( t )
y(t )61 3 s
y 4 ( t ) y n ( t )
y 5 ( t ) y s ( t )
y 6 ( t ) y n ( t )
Neste caso, as acelerações são dadas pelas próprias equações de estado, sendo escritas
nas saídas como,
1 0 0 0 0 0
1 0
y ( t ) 1 0 0 0 0
y ( t )
2 0 0 1 0 x1 ( t ) 0 0
y 3 ( t ) u(t )
0K 0 0 1 x 2 ( t ) 0 0
K C C x 3 (t) 1
0
4
y ( t ) w ( t )
y5 (t ) M s Ms Ms M s x 4 ( t ) M s
K Kp C 1 Kp
y 6 ( t ) K C
M n Mn Mn M n M n M n
Assim, a saída é composta por uma combinação linear das variáveis de estado.
Observe que se as variáveis de estado ficar ordenadas como sendo as variáveis lineares e
depois suas derivadas, ou como neste caso, deslocamento e velocidade, assim como foram
escolhido originalmente, isto é,
x1 ( t ) y s ( t )
x ( t ) y ( t )
x (t )41 2 n
x 3 (t ) y s (t )
x 4 ( t ) y n ( t )
Curiosidade: Partindo da Equação original, que pode ser escrita na forma compacta como,
36
Mx(t) Cx (t) Kx(t) f (t)
Dividindo pela massa,
ys (t ) y s ( t )
u(t )
u(t )
Onde, x d ; x v ;
y n ( t ) y n ( t ) w ( t )
M 0 C C K K 1 0
[ M] s ; [C] ; [K ] ; [f (t )]
0 Mn C C K K K p 1 K p
O problema está na escolha dos estados para eliminar as derivadas da entrada nas
equações de estado. Uma maneira é fazendo a definição dos estados conforme,
x1 y 0 u
x 2 y 0 u 1u x 1 1u
x 3 y 0 u 1u 2 u x 2 2 u
x n x n 1 n 1u
37
0 b 0
1 b1 a 1 0
2 b 2 a 11 a 2 0
3 b 3 a 1 2 a 21 a 3 0
n 1 b n 1 a 1 n 2 a n 21 a n 1 0
x 1 x 2 1u
x 2 x 3 2 u
x n 1 x n n 1u
x n a n x1 a n 1x 2 a1x n n u
Para encontrar a equação acima ver problema A.2.6 do Ogata. Com estas definições, a
representação em espaço de estado fica,
x 1 ( t ) 0 1 0 0 x1 ( t ) 1
x (t) 0 0 1 0 x 2 ( t ) 2
2
u(t)
x ( t ) 0 0 0
1 x n 1 ( t ) n 1
n 1
x n ( t ) a n a n 1 a n 2 a 1 x n ( t ) n
x1 ( t )
x (t )
y( t ) 1 0 0 2 0 u
x n ( t )
3s 2 2
G(s)
2s 3 4s 2 6s 8
38
Para a comparação com a formulação proposta, deve-se dividir a função de
transferência por 2, assim,
3 / 2s 2 1 b1s 2 b 3
G(s) 3
s 2s 2 3s 4 s 3 a1s 2 a 2s a 3
Assim,
0 0
1 3 / 2
2 23 / 2 3
3 1 2 3 33 / 2 5 / 2
x 1 ( t ) 0 1 0 x1 ( t ) 3 / 2
x 2 ( t ) 0 0 1 x 2 ( t ) 3 u ( t )
x ( t ) 4 3 2 x ( t ) 5 / 2
3 3
x1 ( t )
y( t ) 1 0 0x 2 ( t )
x (t )
3
39
Chegando a,
CsI A B D
Y(s) 1
U(s)
Onde I representa a matriz identidade de ordem “n”. Como Y(s) possui dimensão “m” e U(s)
possui dimensão “r”, então são geradas “ m r ” funções de transferências sendo que todas
possuem os mesmos denominadores que são formados por (sI - A)-1. Deve-se verificar se
ocorre cancelamento entre polos e zeros.
x 1 ( t ) 2 3 / 2 2 x1 ( t ) 2
x 2 ( t ) 2 0 0 x 2 ( t ) 0 u ( t )
x ( t ) 0 0
3 1 x 3 ( t ) 0
x1 ( t )
y( t ) 3 / 4 0 1 / 4x 2 ( t )
x (t )
3
1
1 0 0 2 3 / 2 2 2
CsI A B 3 / 4 0 1 / 4 s 0 1 0 2 0 0
Y(s) 1
0
U(s) 0 0 1 0 0 0
1
1
s 2 3 / 2 2 2
3 / 4 0 1 / 4 2 s 0 0
Y(s)
U(s) 0
1 s 0
Invertendo a matriz,
1
2 3s 4
s 2s 2
2 0
3 / 4 0 1 / 4 3
Y(s) 1
2s s 2
2s 4
U(s) s 2s 3s 4
2
2 s2 s 2 2s 3 0
Resolvendo as multiplicações,
40
2
Y(s)
3
1 3s 2 2
7s 8 s 2 4s 3
U(s) s 2s 2 3s 4 4 8 4 0
0
Resultando em,
Y(s) 3s 2 2
3
U(s) 2s 4s 2 6s 8
Curiosidade: Observe que esta função de transferência gerou outra representação em espaço
de estado. Isso significa que a representação em espaço de estado não é única. Existem
algumas representações de espaço de estado padrões, são elas as Formas Canônicas
Controlável, Observável e de Jordan.
Se for possível escreve a forma canônica observável, significa que todos os estados do
sistema são conhecidos a qualquer instante de tempo, isto é, os estados podem ser medidos e
previstos. Em outras palavras, qualquer informação do sistema pode ser obtida a qualquer
instante de tempo.
41
(a) (b)
(c)
42
2.7.3 Linearização
gx, y xy
2
para (x,y) = (-1,1)
gx, y, z e sinyz
x 2
para (x,y,z) = (1,0,-1)
4u3uu
2
e21 x1 1 ln 2x1 11 2x 2
2 4 5
x 2
1 x 2
2 2
43
3 Transformada de Laplace
A vantagem na utilização da transformada de Laplace para se estudar a resposta de
sistemas consiste no fato que a transformada de Laplace transforma uma equação diferencial
em uma equação algébrica, onde é aplicada a entrada e então calculada a transformada inversa
de Laplace para obter a resposta temporal.
Deve-se observar que sempre que possível, será mantido o formalismo matemático
para obtenção dos resultados. Porém, o foco principal não é a obtenção da transformada ou
transformada inversa de Laplace, mas apenas a sua aplicação na obtenção das respostas
temporais. Sendo assim, o objetivo será criar uma tabela de consulta com as principais
transformadas e utilizá-las.
3.1 Definição
Lf ( t ) F(s) f ( t )e st dt (1)
0
Onde
f(t) é a função temporal sendo que f(t) = 0 para t < 0;
s é a variável complexa;
L é o operador da transformada;
F(s) é a transformada de Laplace de f(t).
Função Exponencial:
44
Ae t t0
f (t )
0 t0
e s t
L Ae t
Ae t
e dt A e
st s t
dt A
A 0
1
A
0 0 s 0 s s
Função Degrau:
A t 0
f (t )
0 t 0
e st 1 A
LA Ae dt A
st
A 0
0 s 0 s s
1 t 0
1( t )
0 t 0
Note que ela não é definida para t = 0, sua transformada é dada por,
e st
L1( t ) 1( t )e dt e dt
st st 1 1
0
0 0
s 0
s s
Função Rampa:
At t 0
f (t )
0 t0
45
LAt Atest dt A test dt
0 0
Aplicando integral por partes, sendo que,
b b
udv uv vdu
b
a
a a
Então, fazendo,
e st
u = t → du = dt e dv est dt → v
s
LAt A te dt A t
st
dt A t 2
0 s 0 0 s s 0
s 0
Desta forma,
e st
A
LAt A 2
1
A 0 2 2
s 0
s 0
s
Função Senoidal:
A sin t t 0
f (t)
0 t0
Aplicando a definição,
LA sin t A sin t e st dt
0
sin t
1 jt
2j
e e jt
46
A
1
LA sin t A sin t e st dt A e jt e jt e st dt e jt e st dt e jt e st dt
0
0
2j 2j 0 0
A 1 1 A s j s j A 2 j A
2 j s j s j 2 j s 2
2j s 2
s 2
Função Cossenoidal:
A cost t 0
f (t)
0 t0
cost
1 jt
2
e e jt
A jt st
LA cos t A cos t e dt A e e e dt e e dt e jt e st dt
st 1 jt jt st
0
0
2 2 0 0
A 1 1 A s j s j A 2s As
2 s j s j 2 s 2
2 s 2
s 2
3.2.2 Propriedades
L[αf(t)+βg(t)] = αL[f(t)]+βL[g(t)]
Sendo α e β constantes.
Função Transladada:
A função transladada é definida por f t 1t com t < α. As funções f(t), f(t)1(t)
e f t 1t são apresentadas abaixo.
47
Figura 2-31: Função transladada
Lf t 1t f t 1t e st dt
0
0
Lf t 1t e
f e
s
d e F(s)
0
Onde α é o tempo de translação e F(s) é a Transformada de Laplace de f(t).
A
t 0 t t0
0
f (t)
0 t 0, t 0 t
f t
A A
1( t ) 1( t t 0 )
t0 t0
48
Então, aplicando a transformada de Laplace,
Função Impulso:
A
tlim 0 t t0
0 t0
0
f (t)
0 t 0, t 0 t
Como a altura é A/t0 e a duração é t0, a área delimitada pelo impulso é igual a A.
Então, aplicando o limite na transformada da função pulso,
A
Lf t lim
1 est 0 L
As
lim A
' Hôpital
t 0 0 t s
0
t 0 0 s
1 t 0
t
0 t 0
Na forma defasada,
1 t t 0
t t 0
0 t t 0
A função impulso unitário pode ser entendida como a derivada da função degrau
unitário ou que a função degrau unitário é a integral da função impulso unitário.
L e t f ( t ) e t f t estdt f t e s t dt F(s )
0 0
49
Observa-se que o resultado é a substituição de “s” por (s + α) na transformada de
Laplace de F(s).
3.2.4 Teoremas
d
L f ( t ) sF(s) f (0)
dt
Para demonstrar o teorema da derivação real, deve-se integrar por partes a integral de
Laplace, fazendo,
d e st
u = f(t) → du f ( t )dt e dv e st dt → v
dt s
Então, tem-se,
e st e st d
0 f t e st
dt f ( t )
s f ( t ) dt
0 0 s dt
f (0) 1 d
F(s) 0 f ( t ) e st dt
s s 0 dt
d
dt f (t )e
st
dt sF(s) f (0)
0
d2
L 2 f ( t ) s 2 F(s) sf (0) f (0)
dt
d
Onde f (0) f ( t ) é o valor de df(t)/dt calculado em t = 0. Para provar faz-se,
dt t 0
d
f ( t ) g( t )
dt
Então,
50
d2 d
L 2 f ( t ) L g( t ) sG(s) g(0)
dt dt
d
sL f ( t ) f (0)
dt
s F(s) sf (0) f (0)
2
dn n 2 n 1
L n f ( t ) s n F(s) s n 1f (0) s n 2 f (0) s f (0) s f (0)
dt
L f (t) F(s) f 1 (0)
s
s
Onde F(s) = L[f(t)] e f-1(0) é a integral de f(t) avaliada em t = 0. Para mostrar esta
propriedade,
f (t )e
st
dt integrando por partes,
0
e st
u f (t )dt du f (t )dt e dv e st dt → v
s
Então,
e st e st
s 0
st
f ( t ) e dt L f ( t ) f ( t ) f ( t ) dt
0 0 s
1 1 1 1
0 f ( t ) f ( t )e st dt f 1 (0) F(s)
s t 0 s0 s s
Deve-se observar se lim f ( t ) existe. Ele irá existir se as raízes do denominador de F(s)
t
possuírem parte real menor que zero. Para demostrar, parte-se da transformada de Laplace da
derivação real e aplica-se o limite de s→0,
51
d
lim L f ( t ) lim f ( t )e st dt limsF(s) f (0)
d
s0
dt s0 0 dt s0
Como o limite pode ser trocado de posição com a integral e lim e st 1 ,
s0
f () f (0) limsF(s) f (0)
f (t)dt f (t )
0
0 s0
Então,
f (0) limsF(s)
s
Onde F(s) = L[f(t)]. Para provar, aplica-se o limite de s→∞ na transformada da derivada real,
d
lim L f ( t ) lim f ( t )e st dt limsF(s) f (0)
d
s
dt s 0 dt s
Como o limite pode ser trocado de posição com a integral e lim e st 0 ,
s
Ltf ( t )
d
F(s)
ds
L t 2f (t) d2
ds 2
F(s)
Em geral,
L t n f ( t ) 1
n dn
ds n
F(s)
52
d st
Para demonstrar, como test e , então,
ds
Ltf ( t ) tf ( t )e st dt f ( t )
ds
d st d
ds 0
d
e dt f ( t )e st dt F(s)
ds
0 0
t t
t
L f t gd F(s)G (s)
0
t t
L f t gd f t gde st dt
0 0 0
t t
L f t gd f t 1t e st dt gd
0 0 0
Como já foi visto, fazendo uma mudança de variável tal que λ = t – τ, assim,
t t t
L f t gd f 1 e s
d gd f e s
d gd
0 0 0 0
Abrindo a exponencial,
t t
L f t gd f e s d ge s d F(s)G(s)
0 0 0
Observe que todo sistema quando calculado a sua resposta a uma determinada entrada,
o que se está fazendo é aplicando a Integral de Convolução.
53
3.2.5 Resumo
s
cos(t )
s 2
2
e at f ( t ) F(s a )
Deslocamento Temporal
e as F(s)
f t a 1t a
d
tf(t) F(s)
ds
n
tnf(t) 1n d n F(s)
ds
Valor Final: lim f ( t ) lim sF(s)
t s0
F(s) f 1 (0)
Integral: f (t)dt s
s
df ( t )
Derivada: sF(s) f (0)
dt
2
d f (t)
s 2 F(s) sf (0) f (0)
dt 2
54
3.3 Transformada Inversa de Laplace
B(s)
F(s)
A(s)
Onde A(s) e B(s) são polinômios em s. Na expansão de F(s) em frações parciais é importante
que a maior potência de s em A(s) seja maior que a potencia de s em B(s),
Se não for o caso, a divisão polinomial deverá ser feita. Como tanto A(s) quanto B(s)
possuem raízes, uma distinção deve ser feita,
Resultando em,
55
Pegando apenas os numeradores, então,
A(s + 1) + B(s + 2) = s + 3
Então,
1 2
G(s)
s 1 s 2
1 1
L1 G(s) g( t ) L1 2L1 e t 2e 2 t para t ≥ 0
s 1 s 2
2s 12 As B
F(s) 2
s 2s 5 s 2s 5
2
A
LA sin t LA cost
As
e , aplicando a propriedade da
s 2 s 2
multiplicação por exponencial,
L e t f (t ) F(s ) , fazendo f(t) o seno e o cosseno,
L e t sin t
e L e t cos t
s
s
2
2
s 2 2
Assim, o 1º procedimento é completar o quadrado do denominador da seguinte forma,
s 2 2s 5 s 1 4
2
56
O ajuste deve sempre ser iniciado pelo cosseno e depois ajustado o seno,
2s 12 2s 12 2s 12
F(s)
s 2s 5 s 1 4 s 1 4 s 12 4
2 2 2
Para o termo à direita representar a transformada inversa de e t cost e e t sint
é necessário que,
s 1 2
F(s) 2 5
s 1 2
4 s 12 4
Assim, a transformada inversa de Laplace fica,
s 1
L1 F(s) f ( t ) 2L1 2e cos2t 5e sin 2t para t ≥ 0
1 2 t t
5L
s 1 4 s 1 4
2 2
Caso2b: Polos são complexos conjugados distintos, mas tratado como raízes distintas.
Então,
2s 12 1 j5 / 2 1 j5 / 2
F(s)
s 2s 5 s 1 j2 s 1 j2
2
f (t ) 1 j5 / 2e1 j2 t 1 j5 / 2e1 j2 t
e j cos jsin
57
Então,
3s 2 2s 1 As 1 Bs 1 C
2
A B C
H(s)
s 13 s 1 s 12
s 13
s 13
Do numerador,
3s 2 2s 1 As 1 Bs 1 C
2
Igualando os termos de s3 → A = 3
Fazendo s = -1 → C = 3(-1)2 + 2(-1) + 1 → C = 2
Dica: A equação é válida para qualquer valor de s.
Fazendo s = 0 → A + B + C = 1 → B = -3 -2 + 1 → B = -4
Então,
3 4 2
H(s)
s 1 s 12
s 13
Para resolver as duas transformadas à direita, deve-se saber que,
Le t
f (t ) F(s ) , mas fazendo f(t) = t, assim,
Lt
1
→ L e t t
1
s 2
s 2
Procedendo da mesma forma para a transformada de Laplace de t2,
L t2
2
→ L e t t 2
2
s 3
s 3
Então,
58
3 1 2
L1 H(s) h ( t ) 3L1 4L1 2
L1 3
s 1 s 1 s 1
Resultando em,
h(t ) 3e t 4te t t 2 e t 3 4t t 2 e t
As
F(s)
s 2
A transformada inversa de Laplace é dada por,
f (t ) Aet 1 t
Para demonstrar,
As A
F(s) L Aet L Atet A
A
s s
As
2
s 2
s 2
Caso a transformada de Laplace seja na seguinte forma,
As
H(s)
s 3
A transformada inversa de Laplace é dada por,
f ( t ) Aet t t 2
2
Para demonstrar,
As A
F(s) L Atet LA t 2 e t
A
A
As
2 s s s s 3
2 3 3
As 2
H(s)
s 3
59
A transformada inversa de Laplace é dada por,
2 2
f ( t ) Ae t
1 2t t
2
Para demonstrar,
F(s) AL e t 2AL tet A 2
2
L t 2 e t
2A A 2 As 2As A 2
2
A As2
s s 2 s 3 s 3 s 3
Caso 4 – Numerador maior ou igual ao denominador
s 3 5s 2 9s 7
G(s)
s 1s 2
Toda vez que o grau do numerador for maior ou igual ao grau do denominador, uma
divisão polinomial deve ser feita. Como neste caso o numerador possui grau maior que o
denominador, a divisão polinomial deverá ser feita da seguinte forma,
s 3 5s 2 9s 7 s3 2 1
G(s) s2 s2
s 1s 2 s 1s 2 s 1 s 2
d
g( t ) ( t ) 2( t ) 2e t e 2 t
dt
60
3.4.1 Solução de Equações Diferenciais
A força não foi substituída por ser um caso em que deve ser tratada à parte, isto é,
substituído o valor depois que for aplicada a transformada de Laplace, assim,
Encontrando,
2 s 2 Y(s) sy(0) y (0) 3sY(s) y(0) 5Y(s) F(s)
10
A transformada de Laplace da força degrau 10 é F(s) , então,
s
2 s 2 Y(s) sy(0) y (0) 3sY(s) y(0) 5Y(s) F(s)
Chegando a,
2s 2
3s 5 Y(s)
10
Y(s)
10
s 2s 3s 5 s
2
Y(s)
10
A
Bs C
A 2s 2 3s 5 Bs 2 Cs
2s 2 3s 5 s s 2s 2 3s 5 2s 2 3s 5 s
Do numerador
A 2s 2 3s 5 Bs 2 Cs 10
Fazendo s = 0 → 5A = 10 → A = 2
Termos de s2 → 2A + B = 0 → B = -4
Termos de s → 3A + C = 0 → C = -6
61
2 4s 6 2 2s 3
Y(s) 2
s 2s 3s 5 s 3 5
s2 s
2 2
31 3
s
2 2s 3 2 3 4 4 4
Y(s) 2
2 2
2
s 3 31 s 3 31 2 31 3 31
s s s
4 16 4 16 4 16
3
t 31 6 4 t 31
3
y( t ) 2 2e 4
cos t e sen t para t > 0
4 31 4
2
Deslocamento (m)
1.5
0.5
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Tempo (sec)
2 s 2 Y(s) sy(0) y (0) 3sY(s) y(0) 5Y(s) 0
2 s 2 Y(s) s 1 0 3sY(s) 1 5Y(s) 0
62
Chegando a,
2s 3
2s 2
3s 5 Y(s) 2s 3 Y(s)
2s 3s 5
2
Como pode ser observado, a diferença entre a transformada inversa de Laplace neste
caso e a transformada inversa de Laplace anterior é 1/2, então,
3
t 31 3 4 t 31
3
y( t ) e 4
cos t e sen t para t > 0
4 31 4
0.8
Deslocamento (m)
0.6
0.4
0.2
-0.2
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Tempo (sec)
Assumindo o mesmo sistema e agora fazendo a resposta para uma entrada f(t) = 10 N
e a condição inicial y(0) = 1 m, a resposta simplesmente é a soma das duas respostas obtidas,
assim,
3
t 31 3 4 t 31
3
y( t ) 2 e 4
cos t e sen t para t > 0
4 31 4
63
Considerando o sistema linear invariante no tempo, definido pela seguinte equação
diferencial,
n n 1 m m1
a 0 y (t ) a1 y (t ) a n 1 y (t ) a n y(t ) b 0 x (t ) b1 x (t ) b m1x (t ) b m x(t )
Lsaída
Função de Transferência G(s)
Lentrada CondiçõesIniciais nulas
Supondo um sistema com a sua equação de movimento dado abaixo. Determinar a sua
função de transferência e calcular sua resposta c(t) para uma entrada u(t) degrau unitário.
Neste caso, o nome G(s) foi escolhido aleatoriamente. A Resposta ao degrau unitário é
calculada conforme procedimento abaixo,
C(s) 2s 1 2s 1 2s 1 1
2 C(s) 2 R (s) C(s) 2
U(s) s 3s 2 s 3s 2 s 3s 2 s
Observando que os polos desta função de transferência são polos puramente reais,
assim, a decomposição em frações parciais é feita da seguinte forma,
64
Fazendo s = 0 → 2A = 1 → A = 1/2;
Fazendo s = -1 → B(-1)(-1+2) = 2(-1)+1 → B = 1;
Fazendo s = -2 → C(-2)(-2+1) = 2(-2)+1 → C = -3/2;
Assim,
1/ 2 1 3/ 2 1 3
C(s) c( t ) e t e 2 t para t ≥ 0
s s 1 s 2 2 2
Apesar da função de transferência significar que as condições iniciais são nulas, pode-
se calcular a sua resposta passando de função de transferência para equação diferencial e
então aplicando novamente a transformada de Laplace.
Y(s) 2s 3
Supondo a seguinte função de transferência: H(s) 2
X(s) s 4s 4
2s 3
Y(s)
2
X(s) s 4s 4
s 2 4s 4 Y(s) 2s 3X(s)
L1 s 2 Y(s) 4L1 sY(s) 4L1 Y(s) 2L1 sX(s) 3L1 X(s)
3s 12
s 2
4s 4 Y(s) 3s 12 0 Y(s)
s 4s 4
2
65
Observe que os polos são reais e iguais, então,
3s 12 s 1
Y(s) 3 12
s 4s 4
2
s 22
s 22
Lembrando que L e t t 1
e L e t 1 t
s
, então,
s 2
s 2
y(t ) 3e 2 t 1 2t 12te2 t 3e 2 t 1 2t para t ≥ 0
66
iv. Resposta y(t) à entrada u(t ) 1 2 e 3t sin3t ;
c. Para a letra b, aplicar o teorema do valor final e encontrar lim y( t ) .
t
X(s) s 1
G(s) 2
Y(s) s 5s 6
3. Para a equação abaixo, calcular a resposta y(t) à uma entrada x(t) degrau unitário.
y(t ) 5y(t ) 18y(t ) 34 y(t ) 20 y( t ) u(t ) 5 u(t )
4. Para a Função de Transferência abaixo, calcular a resposta c(t) a uma entrada r(t) impulso
unitário.
C(s) s2 s 1
H(s) 2
R (s) 2s 3s 6
5. Para a Função de Transferência abaixo, calcular a resposta z(t) para uma entrada
v( t ) e 2 t ;
Z(s) s 1
F(s) 3
V(s) s 3s 2 3s 1
67
4 Diagrama de Blocos
Diagrama de blocos é uma forma de acoplar as funções de transferência de uma forma
satisfatória facilitando a interpretação do sistema de controle. Além disso, a visualização das
iterações entre os sistemas torna-se mais fácil.
O objetivo será sempre encontrar uma forma geral para os blocos chamada de Função
de Transferência em Malha Fechada com apenas um numerador e denominador que
represente todo do diagrama de blocos.
Na representação em Diagrama de Blocos o fluxo dos sinais é dado pela direção das
setas que representam os sinais, os blocos representam as funções de transferência. Para a
solução deve-se obedecer as seguintes regras básicas,
As equações devem acompanhar o fluxo ou sentido das linhas ou setas que são os
sinais;
Deve-se sempre iniciar em sinais e terminar em sinais, portanto, deve-se sempre
iniciar em linhas e terminar em linhas passando ou não por blocos que são as funções
de transferência;
U(s) C(s)
G (s) e H(s)
X(s) U(s)
68
Assim,
C(s) = H(s)U(s) como U(s) = G(s)X(s)
Então,
C(s)
C(s) = H(s)G(s)X(s) → G (s)H(s)
X(s)
→
Figura 5-32: Blocos em Série
Caracterizado pela entrada ser a mesma para os blocos. Observe que a soma pode ser
negativa para qualquer um dos blocos. Supondo,
U1 (s) U (s)
G (s) e 2 H(s) e C(s) = U1(s) + U2(s)
X(s) X(s)
Então,
C(s)
C(s) = G(s)X(s) + H(s)X(s) = [G(s) + H(s)]X(s) → G(s) H(s)
X(s)
→
Figura 5-33: Blocos em Paralelo
Neste caso, ocorre um laço, a saída é somada com a entrada antes de entrar novamente
no bloco. Na figura abaixo a realimentação é unitária, representada apenas por uma linha. A
origem do nome “Malha Fechada” vem da presença do laço de realimentação.
69
Substituindo (II) em (I),
C(s) G(s)
C(s) = G(s)[R(s) – C(s)] → [1 + G(s)]C(s) = R(s) →
R (s) 1 G(s)
4.1.4 Exemplos
70
Supondo o diagrama de blocos acima, tem-se que,
71
Para o sistema abaixo,
F(s)
C(s) 1G(s)M(s)E(s) = [F(s) + G(s)]M(s)E(s)
G(s)
M(s) M(s)G(s)
C(s) G(s) E(s) E(s)
1 M(s)F(s) 1 M(s)F(s)
72
M(s)G (s) M(s)G (s)
C(s) E(s) E(s)
F(s) 1 M(s)F(s)
1 M(s)G (s)
G (s)
1 M(s)G(s)
C(s) M(s)G(s)E(s) E(s)
1 M(s)F(s) 1 M(s)F(s)
C(s) G(s)M(s)
R (s) 1 M(s)F(s)
73
C(s) G (s)M(s) G(s)M(s)
R (s) F(s) 1 M(s)F(s)
1 G(s)M(s)
G (s)
C(s) 1 G(s)M(s)
G(s)M(s)
R (s) 1 M(s)F(s) 1 M(s)F(s)
4.2.4 Exemplos
74
Figura 5-47: Blocos exemplo 03 – Movendo Paralelo – Etapa 1
Desta forma,
Desta forma,
75
C(s)
M(s)G(s)
F(s) G(s) M(s)G(s) F(s)
R (s) 1 M(s)F(s) 1 M(s)F(s)
Rearranjando,
76
1 H 2G 2G 3 1 H1G1G 2 G1G 2G 3 1 H1H 2G 2 C(s) G1G 2G 3R(s)
Chegando a,
C(s) G1G 2 G 3
R (s) 1 H1G1G 2 H 2 G 2 G 3 G1G 2 G 3
Resolvendo a realimentação,
77
Multiplicando por G3(s) e resolvendo a realimentação,
Resultando em,
G 1G 2 G 3
C(s) 1 H 1G 1 G 2 H 2 G 2 G 3 G 1G 2 G 3
R (s) G 1G 2 G 3 1 H 1 G 1 G 2 H 2 G 2 G 3 G 1G 2 G 3
1
1 H 1G 1G 2 H 2 G 2 G 3
78
5 Resposta de Sistemas LTI
Y(s) 25
G(s) 2
U(s) s s 25
1 2 3 11 3 11
t
y( t ) 1 e 33 cos t 11 sin t
33 2 2
Como tempo tendendo ao infinito, lim y(t ) 1 , utilizando o teorema do valor final,
t
25 1 25
lim y( t ) lim sY(s) lim sG(s) U(s) lim s 1
t s0 s0 s0 s s 25 s 25
2
Neste caso, observa-se que uma parte da resposta permanece e uma parte da resposta
desaparece com o tempo. A parte que desaparece com o tempo é chamada de resposta
transitória e a parte que permanece de resposta em regime permanente ou resposta
estacionária.
A resposta em regime permanente não precisa ser constante com o tempo, por
exemplo, calculando a resposta y(t) para uma entrada u(t) = sen(15t),
3 11 3 11
t
sin 15t cos15t
200 15 5
y( t ) e 2 33 cos t 401 11 sin t
1609 1609 17699 2 2
79
Resposta ao Degrau Unitário Resposta ao sen(5t)
1.8 0.5
1.6 0.4
1.4 0.3
1.2 0.2
Amplitude
1 0.1
0.8 0
0.6 -0.1
0.4 -0.2
0.2 -0.3
0 -0.4
0 2 4 6 8 10 12 14 15 0 2 4 6 8 10 12 14 15
Tempo [s] Tempo [s]
25 25 25
G ( j15)
j15 j15 25 225 j15 25 j15 200
2
O valor final está relacionado ao valor final, na forma de uma constante. Resposta em
regime permanente ou resposta estacionária está associada à conduta do sistema quando
tempo tender ao infinito.
80
5.2 Resposta de sistemas de 1ª ordem
K s
H(s) e
s 1
Onde K é o ganho
τ é a Constante de Tempo
θ é o atraso de transporte
1 1
K 1 1
C(s) K K
s 1 s s s 1 s s 1
t
c( t ) K1 e para t ≥ 0
c() K1 e K 1 e 1 K0,632
Isto significa que a constante de tempo pode ser definida como o tempo necessário
para que a resposta do sistema alcance 63,2% da resposta em regime permanente ou regime
estacionário. Isso desde que o sistema não tenha atraso de transporte.
t
d 1 1
c( t ) e
dt t 0 t 0
t = 1τ c(1τ) = 63,2%
t = 2τ c(2τ) = 86,5%
t = 3τ c(3τ) = 95,0%
81
t = 4τ c(4τ) = 98,2%
t = 5τ c(5τ) = 99,3%
K
Inclinação 1/T
63,2% de K
0 T 2T 3T 4T 5T
1 1 1 2 1
C(s) 2
s 1 s 2
s 2
s s 1 s s s 1
t
c( t ) t e
para t ≥ 0
t
t
e( t ) r ( t ) c( t ) t t e
1 e
t
lim e( t ) limr ( t ) c( t ) lim 1 e
t t t
82
5T
r(t) = t
Erro de Estado
Permanente
4T
3T
c(t)
2T
0
0 T 2T 3T 4T 5T 6T
K K s
H1 (s) e H 2 (s) e
s 1 s 1
63,2% de K
H1(s)
H2(s)
0 Theta T T+Theta
83
t
c1 ( t ) K1 e para t ≥ 0
t
c 2 ( t ) K1 e para t ≥ θ
Outra representação para c2(t) é dada utilizando o degrau unitário defasado do atraso
de transporte,
t
c 2 ( t ) K1 e 1t para t ≥ 0
Kn
G(s)
s 2 n s 2n
2
Onde K é o ganho
ζ é o fator de amortecimento
ωn é frequência natural em rad/s
Como o atraso de transporte apenas desloca no tempo a resposta, ele não será
considerado neste caso. Além disso, a frequência natural zero voltaria para o sistema de 1ª
ordem, então, a principal influencia vem do fator de amortecimento que altera os polos do
sistema. As analises abaixo serão feitas utilizando o degrau unitário.
K2n
Função de Transferência: G (s)
s 2 2n
K2n 1 1
c( t ) K1 cosn t
s
C(s) K 2
s n s
2 2
s s n
2
84
50 200
G1 (s) e G(s) 2
s 25
2
s 100
4
3.5
3
G1(s)
2.5 G2(s)
1.5
0.5
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3
K2n
Função de Transferência: G(s)
s 2 2 n s 2n
K2n 1 1 s 2 n
C(s) K 2
s 2 n s n s
2 2
s s 2 n s n
2
1 s 2 n 1 s 2 n
K K
2
2
s s n n 1 s s n d
2 2 2
Rearranjando,
1 s n d
C(s) K n
2
s s n d d s n d
2 2 2
1 s n n d
K
s s n d 1
2 2
s n 2 d2
n
c( t ) K 1 e n t cosd t sin d t para t ≥ 0
1 2
85
Que pode também ser escrita como,
e n t sin t tg1 1
2
c( t ) K 1 para t ≥ 0
1 2 d
Característica da resposta: Sistema oscila com frequência ωd, mas a oscilação decai
com a exponencial. Observe que o decaimento é exatamente a parte real dos polos e a
oscilação é a parte imaginária dos polos. Além disso, a parte real dos polos é responsável pelo
sinal da exponencial, se for positiva, as oscilações aumentarão com o tempo e se for negativa,
as oscilações diminuirão com o tempo. Assumindo os sistemas abaixo, observe que K = 2 e
ωn = 5 rad/s, mas os fatores de amortecimento são 0.1 e 0.5.
50 50
G 3 (s) e G 4 (s) 2
s s 25
2
s 2.5s 25
0.7
G3(s)
0.6 G4(s)
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0
0 2 4 6 8 10 12
K2n K2n
Função de Transferência: G(s)
s 2 n s 2n s n 2
K2n 1 1 s 2n 1 s 1
C(s) K K 2
s n s s s n s s n
2 2 2 n
s n
2
86
c(t ) K 1 e n t 1 n t 2n e n t t K 1 e n t 1 n t para t ≥ 0
K2n K2n
Função de Transferência: G(s)
s 2 2 n s 2n s s1 s s 2
K2n 1 1 n 1 n 1
C(s) K
s s1 s s 2 s s 2s1 2 1 s s1 2s 2 2 1 s s 2
n n
c( t ) K 1 e s1t e s 2 t
s1 2 2 1 s2 2 2 1
para t ≥ 0
n e s1t e s2 t
K 1
2 2 1 s1 s2
Característica da resposta: Sistema não oscila. Perceba que a resposta geral é mesma
para dois sistemas de 1ª ordem cuja entrada de um seja a saída do outro, chamado de sistemas
em série. Observe que o decaimento é exatamente a parte real dos polos. Além disso, a parte
real dos polos é responsável pelo sinal da exponencial, se for positiva, a resposta aumentará
com o tempo e se for negativa, a reposta diminuirá com o tempo. Supondo os três sistemas
abaixo com K = 2; ωn = 5 rad/s, mas os fatores de amortecimento são 1 e 2.
50 50
G 5 (s) e G 6 (s) 2
s 10s 25
2
s 20s 25
87
0.5
0.45
0.4
0.35
0.3
G5(s)
0.25
G6(s)
0.2
0.15
0.1
0.05
0
0 1 2 3 4 5 6
Então,
9 3 27
C(s)
2 2 2
s 9 s 9 s 9 2
Para proceder com a transformada inversa de Laplace, deve-se saber que,
2s
Lsin t e Lt sin t
s
2 2
s 2 2 2
E,
s 2 2
Lcost
s
e Lt cos t
s 2 2
s 2 2
2
Calculando a transformada de Laplace de,
3 s2 9
Lsin 3t Lt cos3t 2
1 3 1 3 27
2 2 2 s 9 2 s 9
2 2
s 9
2
2
Então,
c( t ) sin 3t t cos3t
1 3
para t ≥ 0
2 2
88
5.4 Resposta de sistemas de ordem superior
De modo geral, pode ser observado que a resposta do sistema depende da entrada e do
tipo de polos. Polos complexos conjugados fazem o sistema oscilar, polos puramente reais
geram apenas exponenciais. Assim, sistemas de ordem superiores, isto é, 3ª ordem, 4ª ordem,
etc. A resposta geral será uma composição de exponenciais puras e temos com exponenciais
multiplicando termos oscilantes.
(a) (b)
7
a) G (s) e 3s
5s 1
2
b) G (s) e 5s
3s 1
89
Exercícios do Ogata – sistemas de 1ª e 2ª ordem
B.5. – 1, 8, 27
90
91
6 Ações Básicas de Controle
Controlar um sistema significa alterar o seu desempenho de forma satisfatória através
da adição de elementos externos, chamados de controladores ou reguladores.
Sistema sem controle, muitas vezes chamado de malha aberta, pode ser observado na
figura abaixo, quem ajusta a reposta do sistema c(t) é o operador ajustando a entrada u(t).
92
De modo geral, a posição do controlador em relação à planta a ser controlada depende
do conhecimento do programador do sistema de controle. Aqui será estuado o controlador
PID que é o sistema de controle clássico mais utilizado em sistemas industriais em que
envolve o controle de uma entrada e de uma saída.
Considerando controlador M(s) tal que a entrada seja e(t) e a saída seja u(t). No
controle de duas posições o sinal u(t) permanece em um determinado valor máximo ou em um
valor mínimo, dependendo se o sinal de erro atuante for negativo ou positivo.
U p / e( t ) 0
u(t) 1
U 2 p / e( t ) 0
93
O controle Proporcional (P) a relação entre a lei de controle e o erro do controlador é
apenas uma constante de proporcionalidade Kp,
u(t ) K p e(t )
U(s)
Kp
E(s)
Onde Kp é o ganho Proporcional.
9
Com H(s) = 1 (sensor ideal), M(s) = Kp (controle Proporcional) e G(s) .
s 3s 9
2
Observa-se que, sistema de 2ª ordem padrão sem erro estacionário para uma entrada
padrão,
2n
Função de Transferência: G(s) 2
s 2 n s 2n
Polos complexos conjugados: s1,2 = - ζωn ± jωd com d n 1 2
c( t ) 1 e n t cosd t sin d t para t ≥ 0
1 2
94
Frequência Natural ωn 3 3 1 Kp
Fator de amortecimento ζ ½ 1
2 1 Kp
Frequência Natural Amortecida ωd 3 3
3 3 4K p
2 2
Resposta em regime permanente 1 Kp
para uma entrada degrau unitário 1 Kp
Erro estacionário para uma entrada 0 1
degrau unitário 1 Kp
t
u ( t ) K I e( t )dt
0
U(s) K I
E(s) s
Influência da Ação Integral: Para verificar a influencia da ação integral, toma-se como
exemplo o controle proporcional de um sistema de 2ª ordem padrão com erro estacionário
para uma entrada degrau unitário conforme,
95
9/ 2
Com H(s) = 1 (sensor ideal), M(s) = KI/s (controle integral) e G (s) .
s 3s 9
2
Observe que foi adicionado um polo ao sistema em malha fechada tal que o erro
estacionário para uma entrada de grau unitário foi eliminado. Contudo, assumindo K I = 0.5,
obtêm-se para os polos do sistema,
Desta forma, verifica-se que a medida que KI aumenta, o sistema tende a ficar mais
oscilante e menos amortecido, se KI aumentar muito, pode acontecer do sistema ficar sem
amortecimento e até mesmo aparecerem polos com parte real positiva. A partir da simulação
abaixo, verifica-se que a medida que KI aumenta, o erro estacionário é eliminado mais rápido.
1
Amplitude
0.8
0.6
0.4
0.2
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Tempo (sec)
96
Em geral o controle integral sozinho raramente é usado, opta-se normalmente pelo
controle Proporcional-Integral.
t
1
t
u ( t ) K p e( t ) K I e( t )dt K p e( t ) e( t )dt
0 Ti 0
U(s) 1
K p 1
E(s) Ti s
A forma acima é a mais usada quando ambos os controladores são usados. Para
entender o significado de Ti, assume-se que a entrada e(t) é um degrau unitário, portanto,
K p Ti K p 1 K p K p
U(s)
Ti s s s Ti s 2
Kp
u(t ) K p t para t ≥ 0
Ti
Observe que quando t = 0, u(t) = Kp, quando t = Ti, u(t) =2 Kp. Isso significa que Ti
representa o tempo necessário para o controle integral dobrar a sua ação.
d
u ( t ) K p e( t ) Td e( t )
dt
97
K p Td s 1
U(s)
E(s)
0.8
Amplitude
0.6
Td = 0.001
0.4
Td = 0.1
Td = 0.5
0.2
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5
Tempo (sec)
98
6.6 Ação de Controle Proporcional-Integral-Derivativa (PID)
d 1
t
u ( t ) K p e( t ) Td e( t ) e( t )dt
dt Ti 0
1 K p Td Ti s K p Ti s K p
2
U(s)
K p Td s 1
E(s) Ti s Ti s
99
20
Supondo M(s) controlador PID com Kp = 3; Td = 0.1 e Ti = 0.5, G (s) .
s s 25 2
Observe que G(s) possui frequência natural 5 rad/s e fator de amortecimento 0.1 e apresenta
uma resposta em regime permanente 0.8 para uma entrada degrau unitário.
Para analisar a rejeição a distúrbios do controlador PID, faz-se a malha fechada, mas
para um sistema com duas entradas e uma saída.
Chegando a,
1 M(s)G(s)
C(s) D(s) R (s)
1 M(s)G(s) 1 M(s)G(s)
1 1 1
C(s) D(s)
1 M(s)G (s) 0.15s 1.5s 3
2
20 s
1
0.5s s s 25
2
2
0.5s s s 25 1
0.5s s s 25 20 0.15s 1.5s 3 s
2 2
Verificando o erro estacionário,
lim r ( t ) c( t ) lim sR (s) C(s) lim s 0
0.5s s 2 s 25 1
0
t s0 s0
2
2
0.5s s s 25 20 0.15s 1.5s 3 s
100
2.5
Sem Controle
Controlador PID
2
1.5
0.5
0
0 2 4 6 8 10 12
Tempo [s]
Para escolher os polos com o controlador PID deve-se lembrar que são três constantes
para serem estabelecidas, para que o sistema em malha fechada não apresente erro
estacionário haverá a necessidade da presença do integrador.
9 10
Supondo o sistema abaixo, com G (s) e H(s)
s s9
2
s 10
Encontrar os valores das constantes do controlador PID para que o sistema em malha
fechada possua os seguintes polos com frequência natural 5 rad/s e fator de amortecimento
0.5.
Observe que G(s) é de 2ª ordem e H(s) é de 1ª ordem, como o PID aumentará em uma
ordem, o sistema em malha fechada será de 4ª ordem, assim,
101
K p Td Ti s 2 K p Ti s K p 9
C(s) M(s)G (s) Ti s s s9
2
R (s) 1 M(s)G (s)H(s) K p Td Ti s K p Ti s K p
2
9 10
1
Ti s s s 9 s 10
2
9K p Td Ti s 2 Ti s 1 s 10
T ss s 9s 10 90K T T s T s 1
i
2
p d i
2
i
9K T T s T s 1s 10 2
p d i i
Ti
Kp
Ti Td s 2 Ti s 1 s 10
9
4
s 11s 3 19 90K p Td s 2 90 90K p s 90K p / Ti
Montando o denominador cujos polos devem possuir frequência natural 5 rad/s e fator
de amortecimento 0.5, assim,
901 K p 250 K p
250 160 16
1
90 90 9
16
90K p 90K p 90
625 Ti 9 160 32
Ti 625 625 625 125
75 19 56 7
19 90K p Td 75 Td
90K p 160 20
102
Deve ser observado que apenas uma pequena variação em um dos termos acarreta uma
não localização dos polos. Portanto, para este caso não foi possível especificar qual a
localização dos polos, contudo, a resposta alcançada melhora o desempenho final do sistema
como pode ser observado na figura abaixo.
1.2
1
Amplitude
0.8
0.6
0.4
0.2
0
0 2 4 6 8 10 12
Tempo (sec)
103
d) Para os itens (a) e (b), qual será o lim u ( t ) para uma entrada degrau unitário?
t
2. Para o diagrama de blocos abaixo, obter o erro estacionário, para um controlador M(s)
Proporcional-Integral-Derivativo (PID), com Kp = 3, Td = ½s, Ti=1s, para uma
entrada r t , sendo Gs , Hs e Ds
2 1 3 2
.
5 s2 s 1 s3
4. Para o diagrama de blocos acima, qual o valor K para que o sistema em malha fechada
não apresente erro estacionário para uma entrada degrau unitário? M(s) Proporcional –
Integral - Derivativo (PID), com Kc = 4, Td = 2 e Ti = 3.
Gs 2 , Hs e Fs
K 2 2
.
s 2s 2 s3 s2
Exercícios do Ogata
5.B. 23
104
7 Critérios de Desempenho
Com frequência, as características de desempenho de um sistema de controle são
especificadas em termos da resposta transitória a uma entrada degrau unitário. Dentre elas
tem-se,
1. Tempo de Atraso (td): Tempo requerido para que a resposta alcance metade de
seu valor final pela 1ª vez;
2. Tempo de Subida (tr): Tempo requerido para que a resposta passe de 10 a 90% ou
de 5 a 95% ou 0 a 100% do valor final. Para sistemas de 2ª ordem subamortecidos,
o tempo de subida de 0 a 100% é normalmente utilizado. Para os sistemas
superamortecidos e sistemas de 1ª ordem ou sistemas que não apresentam
oscilações em sua resposta, o tempo de subida de 10 a 90% é o mais utilizado.
3. Tempo de Pico (tp): Tempo requerido para a resposta do sistema atingir o 1º pico
de sobressinal.
4. Máximo Sobressinal (Mp): Representa o valor máximo de pico da curva de
resposta, isto é, o maior valor acima do valor final, subtraído do valor final da
resposta. Como este é um valor absoluto é dependente da entrada, usualmente é
apresentado a %Mp, isto é,
c(máximo ) c()
%M p 100%
c()
5. Tempo de Acomodação (ts): Tempo necessário para a resposta do sistema
alcançar e permanecer dentro de uma faixa, usualmente 2% ou 5%, em torno do
valor final. Esta constante é utilizada para determinar a estabilização do sistema,
isto é, ela marca a passagem entre o regime transitório e o regime permanente.
105
7.1 Tempo de Acomodação
3
H(s)
s5
Ele possui uma constante de tempo τ = 1/5 segundos. Para uma entrada tipo degrau,
pois neste caso independe da amplitude do degrau e da constante de ganho que é 3/5.
Já o seguinte sistema,
3 0.7s
H(s) e
s5
A constante de tempo ainda é τ = 1/5 segundos, mas como possui atraso de transporte
θ = 0.7 segundos, ele deve ser levado em conta no calculo do tempo de acomodação, então:
0.6 0.6
System: H System: H
0.5 Settling Time (sec): 0.599 0.5 Settling Time (sec): 1.3
Amplitude
Amplitude
0.4 0.4
0.3 0.3
0.2 0.2
0.1 0.1
0 0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2
Tempo (sec) Tempo (sec)
e n t sin t tg1 1
2
c( t ) K 1 para t ≥ 0
1 2 d
106
Como a exponencial decai uma taxa 1/ζωn, então, pode-se aproximar o tempo de
acomodação conforme,
25 12s 25
G1(s) e G 2(s) 2
s 4s 25
2
s 4s 25
2.5 1.05
G1(s) G1(s)
1.04
G2(s) G2(s)
2
Exponencial 1.03 X: 2.039
Y: 1.02
1.02
1.5
1.01
1 1
0.99 X: 1.679
Y: 0.98
0.5
0.98
Critério de 2% 0.97
0
0.96
-0.5 0.95
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5
Tempo (sec) Tempo (sec)
Figura 5-52: Exemplo de tempo de acomodação com critério de 2% para sistemas de 2ª ordem
Deve ser observado que para o sistema não padrão, vai depender do numerador, isto é,
para um numerador conforme apresentado abaixo, o tempo de acomodação sobe para 3.29
segundos.
100s 25
G3(s) 2
s 4s 25
107
1.05
G1(s)
1.04 G3(s)
1.03 X: 3.286
Y: 1.02
1.02
1.01
0.99
0.98
0.97
0.96
0.95
1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5
Tempo (sec)
Onde c(t) é a reposta do sistema, a, b e α são constantes e ϕ(t) é o termo oscilante, que pode
existir ou não. Definindo um erro tal que,
O problema é saber o tempo em que ocorre o maior valor do termo oscilante dentro do
tempo de decaimento. Mas fazendo uma aproximação do |ϕ(t)| pelo maior valor em módulo
que a função pode atingir, chamado de M, então,
0.02a 0.02a
e ts t *s ln t *s 1 ln 0.02a
*
bM b M
bM
1 bM
t *s ln
0.02a
108
Deve ser observado que esta equação satisfaz o proposto originalmente, mas o tempo
de acomodação real será dado por,
t s t *s
25
G1(s)
s 4s 25
2
A solução, denominada de c(t), para uma entrada degrau unitário é dada por,
5 21 2 t 21
c( t ) 1
21
e sin 21t tg1
2
para t ≥ 0
5 21
Para a aplicação da metodologia, a = 1, b , α = 2 e M = 1, então,
21
5 21
1 bM 1 21
*
t s ln t s ln
*
t *s 2 t s 2
0.02a 2 0.02
Tabela de exemplos de M
ϕ(t) M
2 sint 3 5
2 sint 3 5
2 sint 3 5
3 2 sin t 5
Quando a solução apresenta várias partes, ela pode ser desmembrada em várias
soluções simples e comparados os tempos de acomodação para cada uma delas. Então,
supondo uma solução da seguinte forma,
Desmembrando conforme,
c1 (t ) a b1e 1t 1 (t ) e c 2 ( t ) a b 2 e 2 t 2 ( t )
1 b1 M1
Para c1(t): t *s1 ln
1 0.02a
109
1 b2 M2
Para c2(t): t *s 2 ln
2 0.02a
Aplicando a metodologia,
e 4 cos5t 3 , assim,
1 1 2 t
Para c1(t): c1 ( t )
2 2
1
1 b M 1 7
t s1 ln
* 1 1
t s1 ln
* 2 t *s1 2.929
1 0.02a 2 0.02 1
2
e 3 cos5t 1 , assim,
1 1 3 t
Para c1(t): c 2 (t)
2 3
1
1 3
b M 4
1 t *s 2 1.631
t *s 2 ln 2 2
t s 2 ln
*
2 0.02a 3 0.02 1
2
0.55
0.54
0.53
0.52 X: 2.261
Y: 0.51
0.51
0.5
0.49
0.48
0.47
0.46
0.45
0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4
110
Figura 5-54: Exemplo de tempo de acomodação com critério de 2% para sistemas de ordem
elevada
System: G
1.5 Peak amplitude: 1.78
Overshoot (%): 256
At time (sec): 0.513
Amplitude
0.5
-0.5
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3
Tempo (sec)
Tempo de pico para sistemas de 1ª ordem padrão: Como não ocorre sobressinal,
não se aplica.
Tempo de pico para sistemas de 2ª ordem padrão: Vai depender das características
do sistema. Se for superamortecido não se aplica, se for subamortecido, a resposta padrão é
dada por,
c( t ) K 1 e n t cosd t sin d t para t ≥ 0
1 2
c( t ) K n e n t cosd t sin d t
d
dt 1 2
d
Ke n t d sin d t cosd t
1 2
111
Agrupando os termos,
d 2
d
c( t ) Ke n t
n cos t n sin t 0
dt
1 2 d
1 2 d
d
n 1 cos t
2
d sin d t 0
n 1 2 d
1 2
Então,
sin d t p 0
d t p k para k = 0, 1, 2, ...
tp segundos
d
Deve ser lembrado que a fórmula acima só é válida para sistemas de 2ª ordem padrão.
c( t ) K 1 e n t
cos d t
sin d t
para t ≥ 0
1 2
112
n
c( t p ) K 1 e d cos d sin d
d 2
1 d
Então,
n
c( t p ) K 1 e d
Como a resposta em regime permanente é K,
n
n
M p c( t p ) c K 1 e d
K Ke d
Como é um valor que dependa da entrada, pois foi utilizada a resposta ao degrau
unitário, o mais conveniente é calcular a %Mp, assim,
n
c( t p ) c d n
Ke d
%M p 100% e 100%
c K
Tempo de subida para sistemas de 1ª ordem padrão: Como o sistema não apresenta
sobressinal é mais comum utilizar uma porcentagem da amplitude. Supondo um critério de
10% a 90%, isso é o tempo de subida é o tempo necessário para a resposta do sistema passar
de 10% para 90%, sendo assim da reposta de um sistema de 1ª ordem padrão à entrada degrau
unitário,
t
c ( t ) K 1 e para t ≥ 0
113
t1
t 2 t1 tp
e 0.9
t2
e
9 e 9 t p ln 9
0.1
e
c( t ) K 1 e n t cosd t sin d t para t ≥ 0
1 2
Resposta para c(t) = 100% c(∞): K K 1 e n t cosd t s sin d t s
1 2
cosd t s sin d t s 0
1 2
1 1 1 2
1 tgd t s 0 t s tg
1 2 d
Neste ponto, deve-se tomar muito cuidado devido ao negativo dentro do arco tangente,
pois se deve observar a física do problema. Como está sendo calculado um tempo, ele deve
ser positivo, assim pela trigonometria,
tg tg
Portanto,
1 1 1 2 1 1 1 2 1 1
ts tg tg n tg
d d n d
114
Onde β é a relação entre a parte imaginária e a parte real do polo.
1 1 3 t
o c( t ) e e t e 2 t
3 3
e 4 cos(4t ) sin(4t )
40 10 t
o c( t )
17 17
e 16 cos(4t ) 21sin(4t ) e 10 cos(5t ) 33 sin(5t )
100 25 t 10 2 t
o c( t )
493 1394 1189
o Para o gráfico do item 5.6.1 exercício (1) letra (a)
o Para o item 5.6.1 exercício (3) letra (b)
115
8 Estabilidade
Estabilidade possui várias interpretações físicas e por isso pode ser definida de
diversas maneiras. Como interpretação física estabilidade tem-se a figura abaixo.
O sistema é representado por uma cuia com uma bola. No Sistema Estável, a bola
pode ser solta em qualquer parte da cuia que, devido ao atrito com a parede, a bola sempre
tenderá parar no centro da cuia desde que a energia inicial não seja capaz de joga-la para fora.
No Sistema Instável, a bola está poiada exatamente no topo da cuia, neste caso,
qualquer movimento que se faça com a cuia a bola tenderá a cair. Deve ser observado que
uma das aplicações do sistema de controle é a transformação de um sistema Instável em um
sistema assintoticamente estável.
116
saídas não limitadas. Esta verificação só será capaz de ser feita se houver uma varredura da
entrada em frequência.
Um sistema é dito Instável se para uma perturbação passageira a sua resposta não
permanecer limitada.
Utilizando como exemplo uma bola em uma superfície plana onde se aplica um
empurrão, que pode ser entendido como uma perturbação passageira. Se não houver atrito, ela
nunca irá parar. Então, um sistema instável. Mas se houver atrito ela irá parar em um ponto
fora da posição original. Ela não oscilou em torno da posição original nem parou no mesmo
ponto. Difícil de ser classificada.
Contudo se para o mesmo caso da bola ela fosse presa à superfície por um elástico que
a puxe de volta, com atrito seria o caso do sistema assintoticamente estável e sem atrito seria
o caso do sistema marginalmente estável, mas nunca o instável.
Para entender este fenômeno deve-se imaginar a bola em uma superfície plana se
deslocando em uma única direção. A bola pode ser equacionada como uma inércia J, o
amortecimento com b e o elástico como uma rigidez K, o empurrão como um delta de Dirac
δ(t), assim,
G s
1
Bola
Js 2
Gs
1
Bola + Atrito
Js bs2
Gs 2
1
Bola + Atrito + Elástico
Js bs K
117
Hs
K
Sistema de 1ª ordem padrão
s 1
1
Polo s
t
Resposta ao degrau unitário c( t ) K 1 e
O que faz a resposta permanecer limitada é o sinal negativo da exponencial que vem
do sinal negativo do polo.
K2n
Sistema de 2ª ordem padrão Gs 2
s 2 n s 2n
Resposta ao degrau unitário ct K 1 e n t cosd t cosd t
1 2
Neste caso, o que mantém a resposta limitada é também a exponencial negativa que se
origina do sinal da parte real dos polos. Se o amortecimento for zero,
K2n
Sistema de 2ª ordem padrão Gs 2
s 2n
Polos s jn
Sendo assim, um sistema que não tenha amortecimento ele será classificado como
marginalmente estável por manter a oscilação indefinidamente. Então, as raízes da equação
característica ou polos do sistema são indicativos da sua estabilidade. Deve ser lembrado que
a resposta é uma soma das influencias de cada polo. Supondo um sistema cujas raízes são na
forma s j , então,
Se todos os polos possuem parte real menor que zero, 0 , o sistema é
Assintoticamente Estável;
Se pelo menos 1 polo possui parte real nula, 0 , e os demais polos possuírem
parte real menor que zero, 0 , o sistema é Marginalmente Estável;
Se pelo menos 1 polo possui parte real maior que zero, 0 , o sistema é Instável;
118
Um polo com parte real nula, devido ao transitório, gera oscilações em sua frequência
natural que não são eliminadas pelo amortecimento sendo assim, não importa quantos polos
existam, basta que apenas um polo possua parte real nula haverá a oscilação presente na
resposta global. Ele é dito marginalmente estável, pois será estável para todas as frequências
de entrada exceto aquela que contenha a frequência natural do polo marginalmente estável, se
isso acontecer a resposta do sistema crescerá indefinidamente.
(s+4)(s+5)
a) (s+1)(s+2)(s+3) Assintoticamente Estável
(s+4)(s+5)
b) (s+1)(s−2)(s+3) Instável
(s−2)(s+5)
c) (s+1)(s+2)(s+3) Assintoticamente Estável
(s−2)(s+5)
d) (s+1)(s−2)(s+3) Assintoticamente Estável
(s−4)(s+5)
e) (s +2s+5)(s+2)(s+3)
2
Assintoticamente Estável
(s−4)(s+5)
f) (s −2s+5)(s+2)(s+3)
2
Instável
(s−4)(s+5)
g) (s +2s−5)(s+2)(s+3)
2
Instável
(s−4)( s+5)
h) (s +5)(s+2)(s+3)
2
Marginalmente Estável
(s−4)(s+5)
i) (s −5)(s2 +3s+7)
2
Instável
( s−4)(s+5)
j) (s −5)(s 2+3s+7)
3
Instável
119
O critério de estabilidade de Routh permite determinar se um polinômio possui raízes
com parte real negativa ou positiva sem que aja a necessidade de fatorar o polinômio.
Supondo um polinômio de 9ª ordem, os passos para a implementação do critério de
Estabilidade de Routh são,
S9 a0 a2 a4 a6 a8
8
S a1 a3 a5 a7 a9
7
S b1 b2 b3 b4
6
S c1 c2 c3 c4
S5 d1 d2 d3
S4 e1 e2 e3
S3 f1 f2
S2 g1 g2
S1 h1
S0 i1
a 1 a 2−a 0 a 3 a a −a a a a −a a a a −a a
b1= b 2= 1 4 0 5 b3= 1 6 0 7 b 4= 1 8 0 9
a1 a1 a1 a1
b1 a 3−a 1 b 2 b a −a b b a −a b b1 a 9−a1 0
c 1= c 2= 1 5 1 3 c 3 = 1 7 1 4 c 4= =a9
b1 b1 b1 b1
Este procedimento deverá ser repetido até que os elementos de cada linha seja
todos iguais a zero.
120
O Critério de Estabilidade de Routh afirma que o número de raízes com parte real
positiva será igual ao número de mudanças de sinal dos coeficientes da 1ª coluna, isto é,
a 0 , a 1 ,b 1 , c 1 , d 1 , e 1 , f 1 , g 1 , h1 , i1>0
Exemplo Verificar se o seguinte polinômio possui raízes com parte real positiva utilizando o
critério de Routh,
s 4+2s3+3s2+4s+5=0
S4 1 3 5
S3 2 4
S2 b1 b2
S1 c1
S0 d1
S4 1 3 5
S3 2 4
S2 1 5
S1 -6
S0 5
121
Sendo assim, pode-se afirmar que, para aplicações em sistemas de controle, isto é,
onde o desejável são sistemas assintoticamente estáveis é necessário que a 1ª coluna do
critério de estabilidade de Routh seja sempre positiva, qualquer outra situação indicará
sistemas instáveis ou Marginalmente estáveis.
Exemplo 1: Supondo o sistema de controle abaixo. Para um controlador PI, com Kc = 3, quais
os valores de Ti que o sistema em malha fechada seja assintoticamente estável?
5 10
G(s)= H (s)=
s +3s+5 e
2
s+10
1 5
) 2
3(1+
C ( s) M (s )G( s) Tis s +3s+5
= =
R(s) 1+M (s)G (s) H (s) 1 5 10
1+3(1+ ) 2
Tis s +3s+5 s+10
C ( s) (s+10)15(Tis+1) (s+10)15(Tis+1)
= =
R(s) Tis(s 2+3s+5)(s+10)+150(Tis+1) Tis4+13Tis 3+35Tis 2 +200Tis+150
S4 Ti 35Ti 150
S3 13Ti 200Ti
S2 b1 b2
S1 c1
S0 d1
(13Ti)(35Ti)−(Ti)(200Ti) 255
b1= = Ti b =150 d =150
13Ti 13 2 1
122
255
Ti(200Ti)−(13Ti)(150)
13 25350
c 1= =200 Ti−
255 255
Ti
13
5
G(s)=
s +2s +3s 2+4s+5 e H (s)=1
4 3
5Kc
C ( s) M (s)G(s) s +2s +3s 2+4s+5
4 3
5Kc
= = = 4
R(s) 1+M (s)G (s) 5Kc s +2s +3s 2+4s+5Kc+5
3
1+ 4
s +2s +3s +4s+5
3 2
S4 1 3 5Kc+5
S3 2 4
S2 b1 b2
S1 c1
S0 d1
(2)(3)−(1)(4)
b1= =1 b =5Kc+5 d =5Kc+5
2 ; 2 ; 1 ;
(1)(4)−(2)(5Kc+5)
c 1= =−10Kc−6
1
123
c1 > 0 → – 10Kc – 6 >0 → Kc < -0,6
d1 > 0 → 5Kc + 5 >0 → Kc > - 1
C (s ) 5
= 4
U (s ) s +2s +3s 2+4s
3
5Kc
C ( s) s +2s 3+3s 2+4s
4
5Kc
= = 4
R(s)
1+ 4
5Kc s +2s +3s 2+4s+5Kc
3
S4 1 3 5Kc
S3 2 4
S2 b1 b2
S1 c1
S0 d1
(2)(3)−(1)(4)
b1= =1
2 b2 = 5Kc; d1 = 5Kc
124
(1)(4)−(2)(5Kc)
c 1= =4−10Kc
1
Escolhendo Kc = 0.1, obtém-se a resposta abaixo para uma entrada ao degrau. Esta
não é a melhor solução, pois o sistema final possui um tempo de acomodação grande.
Contudo, esta é uma resposta viável onde foi demonstrado o conceito de controlar um
sistema.
Step Response
1
0.9
0.8
0.7
0.6
Amplitude
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Time (sec)
125
Um método para fazer isso é deslocar o eixo do plano s e aplicar o critério de
estabilidade de Routh. Para isso, deve-se fazer a seguinte substituição,
S=Z-σ
Fazendo a substituição S = Z - 1
2Z3 +5Z2 +Z -2
S3 2 1
S2 5 -2
S1 b1
S0 c1
b1 = 1/5 e c1 = -2
Portanto, uma mudança de sinal significa que há um polo do lado direito do plano Z
como consequência há um polo à direita de s = -1 no plano s.
126
8.4 Exercícios Propostos
a) G(s)
s 1s 2 b) Z(s)
s 3s 4
s 3s 4s 5 s 1s 2 16
Y(s)
s 2 d) V(s)
s 1s 2
s 3s 2 2s 5 s 3s 2 2s 2
c)
Y(s)
s 1 f) G(s)
s 1s 2
s 3s 2 5
e)
s 1s 2s 2
3) Qual o valor de lim c( t ) para a função de transferência abaixo, considerando r(t) a
t
entrada degrau unitário. Verificar se o limite existe.
C(s) 3
7
R (s) s 2s 3s 4s 3 5s 2 6s 7
6 5
2
a. Para G(s) , H(s) 1 e M(s) controlador PD. Quais os
s 6s 11s 6
3 2
2
b. Mostrar que G(s) é uma função de transferência instável,
s 7s 4s 12
3 2
5
c. Supondo G(s) , H(s) = 1, controlador M(s)
2s 17s 38s 15
3 2
127
d. Com G s , Hs
1 6
e M(s) um controlador Proporcional-Integral
s8 s6
PI com Kc = 10. Quais os valores de Ti para que o sistema em malha fechada
possua todos os pólos com parte real menor que -1?
2s 1 10K
e. Com M(s) = 1, G (s) e H(s) , determinar quais os valores
s s4
2
s 10
de K para que a malha fechada possua todos os pólos com parte real < -1?
C(s) s2 s 1
3
R (s) s 4s 2 7s K 2 7K 6
Exercícios do Ogata,
128
9 Referências Bibliográficas
1. K. Ogata. Engenharia de Controle Moderno. 5ª Edição. Prentice Hall. 2011.
2. R.C. Dorf, R.H. Bishop. Sistemas de Controle Modernos. 11th Ed. LTC. 2009.
3. G.F. Franklin, J.D. Powell,and Emami-Naeini. Feedback control of Dynamic Systems.
Prentice Hall, 1988.
4. C.L. Phillips, R.D. Harbor. Feedback Control Systems. 9th Ed. Prentice-Hall. 2001.
5. J.J. Distefano III, A. R. Stubberud. Schaum’s Outline of Theory and Problems of
Feedback and Control Systems. 2nd Ed., Schaum’s Outline Series, McGraw-Hill. 1990.
129