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Pré-Vestibular Popular na Engenharia - UFF

Profa: Nathália
PROPOSTA DE REDAÇÃO

TEXTO I
1 em cada 4 crianças já sofreu ofensas na internet; cyberbullying desafia pais
Pesquisa do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), de outubro, mediu o comportamento online de jovens.
Os dados revelam que, de cada quatro crianças e adolescentes, um foi tratado de forma ofensiva na internet, o que
corresponde a 5,6 milhões de meninos e meninas entre 9 e 17 anos. O porcentual cresce ano a ano: passou de 15% em
2014 para 20% em 2015 até chegar a 23% no ano passado (2016).
“Nesse dado (sobre ofensas online), a criança ou adolescente foi exposto a um risco, mas não necessariamente
teve alguma sequela”, pondera Maria Eugenia Sozio, coordenadora da pesquisa TIC Kids Online Brasil.
Em casos de agressão na escola, o jovem encontra refúgio em casa. “No cyberbullying, não. Onde quer que ele vá, a
agressão vai junto”, diz Luciana. Outro problema é a gravidade das ofensas, encorajadas pela distância física da vítima.
Também é comum que as agressões partam de pessoas da mesma faixa etária e que fazem parte do convívio.
Para a pedagoga e psicopedagoga clínica e institucional Denise Aragão, as ofensas podem afetar até o
desempenho na escola. “As crianças ficam preocupadas em se defender e perdem o desejo de aprender.”
O uso crescente dos smartphones pelos jovens, com acesso cada vez mais particular, desafia a mediação dos pais.
Apesar de 23% das crianças e adolescentes terem relatado à pesquisa que foram vítimas de ofensas na internet, só 11%
dos pais disseram que os filhos passaram por incômodos. A falta de intimidade de adultos com a tecnologia – enquanto as
crianças são nativas digitais – ajuda a explicar a dificuldade das famílias em identificar riscos.
(Disponível em:
http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,1-em-cada-4-criancas-ja-sofreu-ofensas-na-internet-cyberbullying-desafia-pais,7000212272
1​ Acesso 06/05/2018)

TEXTO II
Sarahah, o ‘aplicativo da sinceridade’ que fomentou o cyberbullying
Nesse ano, um novo aplicativo chamado “Sarahah” (“sinceridade” em árabe) apresentou sua versão em inglês.
Prometia ser um veículo anônimo para o envio de críticas construtivas às equipes nos locais de trabalho. Desde então
atraiu 300 milhões de usuários e chegou ao primeiro lugar das listas de downloads da “loja de aplicativos” da Apple em
mais de 30 países. Os usuários, entretanto, já começaram a informar que estão recebendo mensagens intimidatórias e
obscenas.
Os criadores do “Sarahah” dizem que o aplicativo permite aos usuários “obterem uma reação sincera por parte de
seus amigos e seus colegas de trabalho” com a finalidade de “ajudar as pessoas a desenvolverem-se por si mesmas ao
receberem comentários construtivos anônimos”. (...) Como é natural, seu fundador, Zain al Abidin Tawfiq, de 29 anos e
natural da Arábia Saudita, sabia que o aplicativo poderia ser utilizado para assédio e incluiu características de filtragem e
bloqueio para evitar um uso distorcido. Mas como a empresa só tem três funcionários, não pode moderar milhões de
mensagens por dia.
Se na opinião de alguns usuários o “Sarahah” e outros aplicativos de sinceridade semelhantes trazem um apoio
que estimula a autoestima, também é verdade que o cyberbullying ocorre em grande quantidade, já que as pessoas
aproveitam o anonimato para dizer sem nenhum risco a seus amigos e colegas de classe tudo o que não se atreveriam a
dizer-lhes frente a frente.
Aplicativos como este dão ao usuário a sedutora oportunidade de averiguar o que as pessoas pensam “realmente”
dele, combinada com a tentação ao emissor de ser brutalmente cruel com alguém que “mereceu”. Em um estudo sobre o
“Ask.fm” e o “Formspring”, aplicativos semelhantes de perguntas e/ou respostas anônimas, adolescentes entrevistadas se
dividiam naquelas que culpavam os assediadores por enviarem “ódio” e as que culpavam principalmente o receptor por
registrar-se no serviço. É notável que a tendência é culpar as vítimas por registrarem-se em serviços desse tipo.
(Adaptado do site ​https://brasil.elpais.com/brasil/2017/08/23/tecnologia/1503483935_042542.html​ Acessado em: 06/05/2018)
TEXTO III

Fonte Tic Kids Online 2016  


Disponível em: 
http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,1-em-cada-4-criancas-ja-sofreu-ofensas-na-internet-cyberbullying-desafia-pais,7000212272
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Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija
texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema ​A
propagação do cyberbullying na sociedade brasileira​, apresentando proposta de intervenção que respeite os
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de
seu ponto de vista.

Observações:
- Seu texto deve ser escrito na modalidade padrão da língua portuguesa.
- O texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narração.
- O texto com até 7 (sete) linhas escritas será considerado texto em branco.

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