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2° SEMESTRE DE 2010
2° SEMESTRE DE 2010
Aprovado em ___/___/___
Wellington Coelho
Professor Orientador do TCC
2° SEMESTRE DE 2010
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTO
RESUMO
SUMÁRIO
Resumo......................................................................................................................... 06
Introdução..................................................................................................................... 07
Justificativa................................................................................................................... 07
Objetivo........................................................................................................................ 08
Histórico....................................................................................................................... 08
Fundamentação teórica................................................................................................. 09
Desenvolvimento.......................................................................................................... 25
Aço carbono................................................................................................................. 25
Aços Liga..................................................................................................................... 26
Processo de soldagem MIG/MAG............................................................................... 27
Controle de qualidade na fabricação de estruturas metálicas....................................... 32
Defeitos mais comuns encontrados na fabricação de estruturas metálicas de aço
carbono através da soldagem MIG/MAG.................................................................... 34
Conclusão..................................................................................................................... 45
Bibliografias................................................................................................................. 45
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INTRODUÇÃO
JUSTIFICATIVA
OBJETIVO
O TCC no curso Técnico em Mecânica tem como propósito colocarmos em prática todo o
aprendizado adquirido durante o curso na área mecânico-industrial.
HISTÓRICO
Uma vez que as normas consideram a soldagem como um processo especial e que devem ser
levados em consideração todos os parâmetros e suas características, há a necessidade de um
controle rígido e sistemático destes parâmetros.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Nestes termos a soldagem é entendida, segundo Fernando Laureti Thomaz da Silva (Coleção
Tecnologia SENAI, 1997, pág. 13) como a técnica de unir duas ou mais partes, assegurando
entre elas a continuidade e as características mecânicas e químicas do material.
A série de Normas NBR ISO 9000 para Sistemas de Qualidade considera a soldagem como
processo especial que, dependendo da complexidade da construção soldada, requer métodos
de controle que podem abranger as atividades de projeto, de seleção de materiais, de
fabricação e de inspeção a fim de garantir que a qualidade especificada seja alcançada.
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No que concerne a atividade de inspeção de soldagem é importante que esta atividade seja
desenvolvida por profissional devidamente qualificada e certificado, cuja sistemática
encontra-se na Norma Brasileira ABNT NBR-14.842. É ela que estabelece critérios e a
sistemática para a qualificação e certificação de inspetores de soldagem, e descreve as
atribuições e responsabilidades para os níveis de qualificação estabelecidos.
Vários são os fatores que deves ser levados em consideração para atender as normas e
requisitos de fabricação de Estruturas Metálicas em Aço Carbono através do processo de
soldagem MIG/MAG. Tais fatores contribuem de maneira significativa para a qualidade do
produto, como: normas do projeto, metalurgia dos aços carbonos, soldabilidade, velocidade de
aquecimento, velocidade de resfriamento, diluição, contração, dilatação, repartição térmica,
profissionais, local de soldagem, posição, inspeção, segurança, qualificação dos profissionais,
instrumentos de medição, controle de deformações, ensaios não destrutivos, consumíveis,
simbologia de soldagem e fatores externos.
3. Cavidade alongada – Vazio não arredondado com a maior dimensão paralela ao eixo
da solda, podendo estar localizado:
(a) na solda – situada ao longo do centro do cordão (Figura A)
(b) na raiz da solda (Figura B)
11. Falta de Fusão – Fusão incompleta entre a zona fundida e o metal de base, ou entre
passes da zona fundida, podendo estar localizada:
(a) na zona de ligação (Figura A)
(b) entre os passes (Figura B)
(c) na raiz da solda (Figura C e D)
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13. Inclusão de escória – Material sólido não metálico retido no metal de solda ou entre o
metal de solda e o metal de base podendo ser:
(a) alinhada (Figura A e B)
(b) isolada (Figura C)
(c) agrupada (Figura D)
24. Porosidade alinhada – Conjunto de poros dispostos em linha, segundo uma direção
paralela ao eixo longitudinal da solda.
28. Rechupe interdendrítico – Vazio alongado situado entre dendritas da zona fundida.
29. Reforço Excessivo – Excesso de metal da zona fundida, localizado na face da solda.
32. Solda em ângulo assimétrico – Solda em ângulo, cujas pernas são significativamente
desiguais em desacordo com a configuração de projeto.
33. Trinca – Tipo de descontinuidade planar caracterizada por uma ponta aguda e uma alta
razão comprimento e largura.
34. Trinca de Cratera – Trinca localizada na cratera do cordão de solda, podendo ser:
(a) longitudinal (Figura A)
(b) transversal (Figura B)
(c) em estrela (Figura C)
37. Trinca irradiante – Conjunto de trincas que partem de um mesmo ponto, podendo estar
localizada:
(a) na zona fundida (Figura A)
(b) na zona afetada termicamente (Figura B)
(c) no metal de base (Figura C)
39. Trinca na margem – Trinca que se inicia na margem da solda, localizada geralmente
na zona afetada termicamente.
40. Trinca na raiz – Trinca que se inicia na raiz da solda, podendo estar localizada:
(a) na zona fundida (Figura A)
(b) na zona afetada termicamente (Figura B)
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41. Trinca ramificada – Conjunto de trincas que partem de uma trinca, podendo estar
localizada:
(a) na zona fundida (Figura A)
(b) na zona afetada termicamente (Figura B)
(c) no metal de base (Figura C)
42. Trinca sob cordão – Trinca localizada na zona afetada termicamente não se estendendo
à superfície da peça (Figura A) .
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Várias são as ferramentas lançadas pelo Controle de Qualidade no que tange a Fabricação de
Estruturas Metálicas em Aço Carbono, via processo de soldagem MIG/MAG com o objetivo
de atender as normas e os requisitos do produto, dentre elas podemos citar: Ensaio Visual e
Dimensional de Soldas, Ensaio Macrográfico, Ensaio de Dureza, Ensaio de Dobramento,
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Para o Ensaio Visual e Dimensional de Soldas em juntas soldadas é usado a Norma PR-
059/2004, que tem como critérios de aceitação:
2. Juntas de ângulo considerar inaceitável: Diferença entre pernas maior que 3,2mm,
Dimensões de pernas abaixo do valor mínimo indicado na tabela abaixo:
DESENVOLVIMENTO
1. Aço Carbono
O aço é uma liga ferro-carbono que contém geralmente entre 0,008% até 2,11% de carbono,
além de outros elementos que resultam dos processos de fabricação. É obtido a partir do ferro
gusa líquido que é produzido nos altos fornos das usinas siderúrgicas no setor da aciaria.
2. Aços Liga
Conforme o teor de elementos de liga, ou seja, elementos adicionados de maneira intencional
para conferir aos aços propriedades especiais, os aços podem ser subdivididos em:
Aço de Baixa Liga ( soma dos teores de liga inferior a 5%);
Aços de Média Liga (elementos de liga entre 5 e 10%); e
Aço de Alta Liga (com mais de 10% de elementos de liga).
A adição de elementos de liga tem por objetivo obter ligas, ou metais de base, com diferentes
finalidades e propriedades mecânicas, tais como:
Alterar as propriedades mecânicas;
Aumentar a usinabilidade;
Aumentar a temperabilidade;
Conferir dureza a quente;
Aumentar a capacidade de corte;
Conferir resistência ao desgaste;
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3.1 Fundamentos
Segundo a Norma ASME – Séc. IX a sigla do processo é GMAW – Gás Metal Arc Welding.
Marques, Modenesi e Bracarense entendem que a soldagem GMAW onde a união de peças
metálicas é estabelecida entre um eletrodo metálico nu, consumível, e a peça de trabalho.
Para a proteção da poça de fusão é usado um gás ou uma mistura de gases que podem ser
ativos ou inertes. No Brasil o processo é popularmente e comercialmente conhecido como
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MIG (Metal Inerte Gás) quando o gás para proteção usado é inerte ou MAG (Metal Ativo
Gás) quando o gás para proteção usado é ativo.
3.2 Aplicação
O processo GMAW é utilizado em diversas aplicações uma vez que pode ser utilizado em
todas as posições, ou seja: plana, horizontal, vertical e sobrecabeça. São indicados para a
soldagem de estruturas metálicas, tanques, reconstrução de peças desgastadas –
amantegamento, vigas e outras. Podem ser usados para a soldagem de materiais ferrosos e não
ferrosos, como alumínio, magnésio, cobre aço carbono e inoxidável. Como não é utilizado
fluxo, a possibilidade de inclusão de escória é mínima, mas pode ocorrer em função do silício
do arame eletrodo. Tem uma taxa de deposição de aproximadamente de 15 kg/h.
Os gases mais utilizados no processo de soldagem GMAW são o Argônio, CO2, Hélio e
misturas destes. São divididos em dois tipos: Gases Inertes (Argônio, Hélio e suas misturas) e
Gases Ativos (CO2, Oxigênio e Nitrogênio). Cada tipo de gás e misturas tem objetivos
diferentes e deve ser levadas em consideração pelo projeto.
Tabela de comparação das características de soldagem com os gases hélio e argônio puro.
Característica Argônio Hélio
Condutividade Térmica Baixa Elevada
Tensão do Arco Menor Maior
Calor gerado no arco Menor Maior
Aplicações Chapas finas e Metais de baixa Chapas grossas e metais de alta
condutividade térmica condutividade térmica
Penetração central Maior que nas laterais Menor
Largura do cordão Mais estreito Mais largo
Transferência metálica Todos os tipos Globular ou curto circuito
Estabilidade do arco Boa Instável
Velocidade de soldagem Menor Maior
Efeito de limpeza na soldagem Maior Menor
de alumínio e suas ligas
Custo/volume de gás Menor Maior
Peso em relação ao ar 38% 14% do ar
Tabela - Fonte: Tabela de comparação das características de soldagem com os gases hélio e argônio puro.
Emílio, 1992.
Sentido de Soldagem
O sentido de soldagem diz respeito ao ângulo e direção da tocha. Considerando um sentido de
soldagem da direita para a esquerda (Empurrando) temos menor penetração e maior largura
do cordão de solda. Já um sentido de soldagem esquerda para a direita, com o mesmo grau de
inclinação da tocha, conforme abaixo, temos uma maior penetração, menor largura e maior
altura do cordão de solda.
Polaridade
Temos dois tipos de polaridade: direta e inversa. A polaridade direta é o tipo de ligação para
soldagem em corrente contínua, onde os elétrons deslocam-se do eletrodo para a peça. A peça
é considerada como pólo positivo e o eletrodo como pólo negativo. A polaridade inversa é o
tipo de ligação para soldagem com corrente contínua, onde os elétrons deslocam-se da peça
para o eletrodo. A peça é considerada como pólo negativo e o eletrodo como pólo positivo.
Modos de Transferências
Para a soldagem do processo GMAW é fundamental conhecer os modos de transferência, ou
seja, a forma como a gota se desprende do eletrodo para a poça de fusão. São eles:
Transferência globular
Segundo Quites, este tipo de transferência ocorre para valores mais altos de tensão. Neste
caso as gotas de metal se transferem para a poça de fusão antes que ocorra o curto circuito. O
diâmetro médio das gotas transferidas varia com a corrente e são geralmente maior que o
diâmetro do eletrodo.
Consumíveis
Os consumíveis para a soldagem pelo processo GMAW são especificados pela Norma AWS
A5.18 e prescreve os requerimentos para a classificação de eletrodos sólidos ou compostos e
varetas na soldagem de aço carbono. São escolhidos de acordo com o metal base a ser
soldado.
O ensaio visual e dimensional de solda é um ensaio não destrutivo básico. Qualquer ensaio de
soldagem deve vir precedido de uma avaliação visual. É utilizado para controlar, durante e
após a fabricação, os vários aspectos que poderão interferir na qualidade da solda desejada.
Procedimentos para o Ensaio
Segundo a Coleção Tecnologia SENAI de Soldagem, o local para a realização do ensaio deve
estar limpo, bem iluminado e deve ser feita em três etapas:
Após a verificação documental é feita a inspeção visual e dimensional das áreas a serem
soldadas. Nesta fase procura-se detectar descontinuidades que possam causar defeitos no
cordão de solda. Uma atenção especial a limpeza é feita nesta etapa. Não deve haver
impurezas como graxas, óleos.
2. Juntas de ângulo considerar inaceitável: Diferença entre pernas maior que 3,2mm,
Dimensões de pernas abaixo do valor mínimo indicado na tabela abaixo:
1. Abertura de arco.
2. Convexidade excessiva.
3. Deposição insuficiente.
4. Falta de Fusão.
5. Falta de Penetração.
6. Mordedura.
7. Penetração excessiva.
8. Porosidade.
9. Reforço Excessivo.
10. Respingos.
11. Sobreposição.
Falta de fusão. Tensão e/ou corrente de soldagem muito Aumentar a corrente. 13% 3%
baixa.
Usar CC+.
Polaridade errada;
Diminuir a velocidade.
Velocidade de soldagem muito baixa.
Eliminar a convexidade do cordão
Soldagem sobre um cordão convexo. anterior.
Respingos Uso de CO2 Use misturas Ar-CO2 ou Ar-O2 no lugar 35% 15%
excessivos de CO2.
Tensão do arco muito baixa. Aumentar a tensão do arco.
CONCLUSÃO
Desta forma concluímos que foi possível demonstrar que o controle de qualidade é uma
ferramenta de gestão de processos uma vez que fez o mapeamento dos defeitos e
descontinuidades existentes e indicou um Plano de Ação com o objetivo de diminuir ou,
em alguns casos, eliminar os defeitos e descontinuidades encontradas nos processos de
soldagem.
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BIBLIOGRAFIAS