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Os indicadores não financeiros tratam de uma metodologia de

mensuração do desempenho empresarial, formando a base para o planejamento


e execução estratégica da empresa, em conformidade com a missão e visão da
organização. Se desenvolvimento se deu para solucionar a insatisfação dos
executivos em seus sistemas de avaliação de desempenho e dos relatórios
gerenciais, que ocultavam os indicadores não financeiros, excluindo, assim, uma
parte das informações pertinentes à avaliação efetiva da empresa.

Os indicadores não financeiros possuem, em sua maioria, a capacidade


de transmitir informações com maior facilidade, para os diversos níveis de uma
organização. Exemplifica-se pela quantidade de funcionários que trabalham
diretamente na linha de produção, onde é maior a quantidade de produtos
defeituosos dentre outros indicadores sociais e ambientais enfatizados nos
Relatórios de Sustentabilidade.

Através dos indicadores não financeiros podemos medir o desempenho


operacional ligados à produtividade da empresa e à qualidade de seus produtos
e serviços. Geralmente, estão vinculados à estrutura do âmbito (setor) ao qual a
organização se insere. Os indicadores não-financeiros poderão auxiliar as
empresas a realizar projeções futuras.
A entidade avaliada neste trabalho foi a Suzano – papel e celulose, cujo
modelo de negócios é dividido em capital manufaturado, capital intelectual,
capital financeiro, capital humano, capital social e capital natural, todos
destrinchados em relação aos recursos, atividades, resultados e valor gerado em
cada tipo de capital. Este formato de modelo facilita a visualização dos
componentes não financeiros, bem como os resultados gerados por cada
elemento citado no relatório. De 2015 a 2017 a elaboração do relatório vem
sofrendo muitas melhoras na evidenciação dos indicadores.
Em 2015 o número de contratações foi de 1.373, com 981 desligamentos,
encerrando o ano com um total de 7.606 profissionais, sendo 85% homens e
15% mulheres. Já em 2016, o total de colaboradores ativos permanentes eram
de 7.762, sendo 87% de homens e 13% de mulheres. No fim de 2017 o quadro
de pessoal da Suzano encerrou com 8078 colaboradores, sendo 86% de homens
e 14% mulheres. Esses valores desconsideram os colaboradores terceirizados,
bem como o percentual de pessoas com necessidades especiais.
Outro indicador citado no relatório é o inventario de emissões de gases de
efeito estufa, que vêm reduzindo progressivamente, onde em 2015 eram de
1.596.608,27 tCO2e, em 2016 houve uma estabilização em relação ao ano
anterior, em virtude da produção de celulose também ter se mantido estável no
período, e em 2017 houve uma queda de 6,8% em relação ao ano anterior.
O quadro abaixo relaciona a distribuição dos fornecedores da Suzano.

O percentual de fornecedores acentuado nas regiões Sudeste e Nordeste


correspondem essencialmente ao percentual de colaboradores da Suzano
distribuídos nessas regiões, que representam, respectivamente, 49% e 45% do
quadro total, incluindo os funcionários que trabalham no exterior. Outro fator que
pesa nesta distribuição percentual dos fornecedores é a localização das
industrias da empresa, sendo 3 localizadas em São Paulo, uma no Maranhão e
uma na Bahia.
Um outro indicador é a distribuição proporcional da liderança contratada
localmente.
Como já antes citado, devido à localização das industrias da Suzano, a
alta administração se concentra nas regiões mais próximas às unidades
operacionais e táticas, em especial à região Sudeste, onde se instalaram as
primeiras industrias. Contudo este indicador pode demonstrar a não
verticalização da organização, segregando a diretoria e a gerencia executiva nas
regiões de negócios e proporcionando liberdade para as unidades gerenciais
funcionais nas outras regiões.
Outros indicadores são os de energia, relacionados ao consumo de
eletricidade e de combustíveis.

Esses indicadores demonstram os esforços que a Suzano tem tido com a


utilização de fontes de energias renováveis e biodegradáveis. Em relação ao
índice da eletricidade exportada, há uma mensuração da extensão do esforço de
economia de eletricidade através da biomassa gerada pela cana.
No tocante ao consumo de combustíveis, a Suzano vem reduzindo sua
utilização de fontes não renováveis, chegando a zerar os valores relativos à
Querosene iluminante. Esses números estão intimamente ligados aos trabalhos
de plantio de eucalipto, uma compensação que em 2017 ultrapassou 100
milhões de mudas semeadas.

As medidas de compensação também estão elencadas em outras


modalidades de uso da empresa. Um outro exemplo é a captação de água por
operação, indicador que sofre alterações mediante às condições climáticas do
ano, e que compromete diretamente às regiões de vazão média dos corpos
d’água, os rios Mucuri e Tietê, em especial, localizados em áreas de maior
concentração urbana.
Alguns desses valores não foram mencionados em relatórios anteriores à
2016, portanto não há como mensurar nem os valores em comparação a outros
anos, nem a importância dessa informação para o planejamento administrativo.
O indicador de destinação de áreas da companhia apresenta os totais e
subtotais de áreas utilizadas em setores operacionais e não operacionais.

Em um total de 843 mil hectares, 83% da área está ligada a atividades de


plantio e preservação da fauna e flora, assim como a avaliação e monitoramento
de espécies em áreas de conservação, as unidades de preservação de áreas de
alto valor de conservação e de reserva legal e áreas de proteção permanente.
Estes indicadores geram parcerias com as prefeituras para a compensação
quanto ao uso de matéria-prima explorada e para o combate à extração ilegal de
áreas de reserva legal.
A intensidade geral de emissões da Suzano reduziu 8,37%, entre 2015 e
2017. Com isso, a empresa emitiu menos gases de efeito estufa para a
atmosfera, mesmo com um aumento em sua produção.
A própria Suzano vem monitorando planos de ação de melhorias em
relação a critérios ambientais com resultado em uma avaliação de desempenho
realizados em seus fornecedores.
Outro segmento de indicadores não financeiros está atrelado à
rotatividade dos funcionários e satisfação em trabalhar na empresa. Dentre as
diversas extensões deste indicador de rotatividade, existe o relacionado por faixa
etária.

Nota-se a prevalência nas admissões em relação às demissões, bem


como a utilização do trabalhador experiente e com idade acima de 50 anos.

A Suzano faz avaliação de indicadores que relacionam a taxa de


frequência de acidentes entre colaboradores e prestadores de serviços. Este
indicador sintetiza as medidas de segurança do trabalho implantadas nos
setores industriais, principalmente, e nas diversas áreas de atuação da entidade.
Outros indicadores não financeiros são citados nos relatórios da Suzano
tais como media de horas de treinamento por colaborador, taxa de dias perdidos
entre prestadores de serviço, diversidade de faixa etária entre os níveis
funcionais e proporção da remuneração de mulheres em relação aos homens
por nível funcional.

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