Você está na página 1de 3

Informativo para Análises de Naftas

Naftas são solventes refinados de hidrocarbonetos, geralmente produzidos pela indústria de petróleo, e
possuem composição variável. A naftas podem abranger até 200 hidrocarbonetos alifáticos (alcanos), cicloalifáticos
(cicloalcanos) e aromáticos, muitos deles sem um TLV recomendado.
Nestes casos, a ACGIH determina a forma de calcular o limite de exposição com base na composição da
mistura, através de fórmula descrita na seção de substâncias químicas, anexo H, página 99 – ACGIH 2014.
Este procedimento é aplicado para as naftas comerciais, identificadas no método NIOSH 1550 ou
identificadas pelo laboratório1.

Para solicitar a análise de naftas o interessado deve surgir um dos três passos abaixo:
1. Informar qual nafta utilizada no processo avaliado
A identificação pode ser feita através de FISPQ, da tabela ao final da NIOSH 1550 ou da tabela abaixo. O
interessado solicita a análise diretamente pelos tipos de naftas definidos. O interessado deve calcular o
limite de exposição com base nos resultados e na fórmula descrita no anexo H.

2. Enviar a FISPQ para o laboratório


Quando a nafta utilizada não for compatível com as naftas descritas na tabela abaixo, o interessado deve
enviar a FISPQ para o laboratório. A composição do produto e a análise serão realizadas de acordo com as
especificações do fabricante. O interessado deve calcular o limite de exposição com base nos resultados e
na fórmula descrita no anexo H.

3. Enviar uma amostra do produto para o laboratório


Quando não for possível identificar a nafta, deve-se enviar uma amostra do produto. O laboratório irá
determinar o tipo de nafta descrito na tabela abaixo que melhor se aproxima da composição. O interessado
deve calcular o limite de exposição com base nos resultados e na fórmula descrita no anexo H.

1
Óleos lubrificantes possuem ponto de ebulição muito elevado e por isso não se enquadram na classificação descrita no anexo H. Combustíveis
derivados de petróleo, hidrocarbonetos insaturados e solventes refinados com TLV-TWA definido devem ser avaliados separadamente.
Hidrocarbonetos com toxicidade significativamente maior que o da mistura total, como o Benzeno e o n-Hexano, também devem ser avaliados
separadamente.
Número de Tipos de Determinações que
Nafta CAS
Carbonos Hidrocarbonetos serão realizadas 2

Trimetilbenzeno e isômeros
25551-13-7
Alquilbenzeno (AB-9) C9 Aromáticos Xilenos
64742-95-6
Cumeno

Nonano, isômeros
Decano, isômeros
Undecano, isômeros
Alcanos
Espíritos Minerais C9 - C12 Dodecano, isômeros 8052-41-3
Aromáticos
Trimetilbenzeno e isômeros
Naftaleno3
Cumeno

Pentano e isômeros
Alcanos Hexano e isômeros
Éter de Petróleo (Benzina) C5 - C6 8032-32-4
Cicloalcanos Ciclopentano
Ciclohexano

Octano e isômeros
Nonano e isômeros
Decano, isômeros
Alcanos
Nafta de Alcatrão C8 - C10 Etilbenzeno 8030-30-6
Aromáticos
Estireno
Xileno, isômeros
Naftaleno3

Hexano e isômeros
Heptano e isômeros
Alcanos
Nafta de Petróleo C6 - C8 Octano e isômeros 8002-05-9
Cicloalcanos
Metilciclohexano
Ciclohexano

Heptano e isômeros
Octano e isômeros
Nonano e isômeros
Decano e isômeros
Undecano e isômeros
Alcanos Metilciclohexano
Nafta VM & P C7 - C11 Cicloalcanos Tolueno 8032-32-4
Aromáticos Etilbenzeno
Xileno e isômeros
Estireno
Trimetilbenzeno e isômeros
Cumeno
Naftaleno3

Pentano e isômeros
Hexano e isômeros
Heptano e isômeros
Alcanos
Solvente de Borracha C5 - C8 Octano e isômeros 8030-30-6
Cicloalcanos
Ciclopentano
Ciclohexano
Metilciclohexano
1,24-Trimetilbenzeno
Xileno
Solvesso 100 C9 - C10 Aromáticos 64742-94-5
Cumeno
Naftaleno

1,24-Trimetilbenzeno
Xileno
Solvesso 150 C10 - C12 Aromáticos 64742-94-5
Cumeno
Naftaleno

2Quando outros hidrocarbonetos estiverem presentes na amostra, estes serão relatados separadamente e devem ser considerados no cálculo
do limite de exposição.

3ONaftaleno possui método diferente dos demais (NIOSH 5515) e sua validação requer análise em separado. Quando for identificado na
amostra, o laboratório recomendará nova amostragem específica para este agente.

Os combustíveis e solventes refinados abaixo possuem TLV-TWA definido pela ACGIH. E devem ser analisados separadamente
das naftas.

Número de
Faixa de Ebulição ACGIH TLV-TWA (2014) CAS
Carbonos

Aguarrás C9 - C12 150 – 210 ºC 100 ppm 8052-41-3

68334-30-5;
68476-30-2;
Diesel C10 - C28 200 – 350 ºC 100 mg/m3 (FIV) 68476-31-3;
68476-34-6;
77650-28-3

Gasolina C4 - C12 39 – 204 ºC 300 ppm 8006-61-9

8008-20-6;
Querosene C9 - C16 175 – 325 ºC 200 ppm (P)
64742-81-0
(FIV) – Fração Inalável e Vapor
(P) – Aplicação restrita às condições em que a exposição a aerossóis é insignificante.

Referências

ACGIH; TLVs e BEIs – 2014; Substâncias Químicas – Valores Adotados; tradução ABHO.

ACGIH; TLVs e BEIs – 2014; Substâncias Químicas – Anexo H: Método de Cálculo Recíproco para Certos Vapores de Solventes
Refinados Constituídos de Hidrocarbonetos; tradução ABHO.

NIOSH; NAPHTAS: METHOD 1550; Issue 2:15 August 1994.

NIOSH; POLYNUCLEAR AROMATIC HYDROCARBONS; METHOD 5515; Issue 2:15 August 1994

Você também pode gostar