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RESENHA DO LIVRO
A HISTÓRIA DAS COISAS
CARUTAPERA-MA
06/2018
MAYRON MARTINS DA SILVA
RESENHA DO LIVRO
A HISTÓRIA DAS COISAS
CARUTAPERA-MA
06/2018
A obra “A História das Coisas” busca trazer à tona questões ocultas ou negligenciadas
pela sociedade. Dentre estas, vale ressaltar a poluição, o trabalho escravo e o desperdício.
Não são descartados os mais simples, porém filosóficos, momentos da vida da escritora
Annie Leonard, que, através destes, busca aproximar seu público da verdade escondida por
muitos países e organizações ao redor do mundo. Neste sentido, ela destaca uma série de
recursos constantemente extraídos e dificilmente renovados e compensados adequadamente;
como, por exemplo, as árvores e a água.
A importância das árvores para os seres humanos ultrapassa datas definidas; pois
mesmo durante a “pré-história”, as mesmas já eram utilizadas para alimentar o fogo e nos
manter seguros e aquecidos. Contudo, a lenha não é responsável pelo maior uso deste recurso;
para tal, cabe a responsabilidade ao papel. São gastas toneladas absurdas de madeira, água e
produtos tóxicos para a fabricação de 1 tonelada de papel. O desperdício do mesmo contribui
significativamente para o desmatamento generalizado, ao passo em que são necessárias mais
árvores para suprir a demanda. No entanto, políticas buscam quebrar este ciclo de destruição
através do reflorestamento para uso comercial e da reutilização deste item. Isto é, aproveitar
papéis consumidos para a criação de novos.
Ainda que empresas e organizações adotem o modelo ecológico de reuso, a maior parte
do segmento da papelaria é advinda do meio vegetal. Como consequência do corte arbóreo
necessário para a produção, grandes áreas são devastadas e acabam perdendo sua defesa natural,
a flora. Por meio dela, controla-se o escoamento da água pluvial para os rios, assegura-se a vida
animal na região e também a dos povos nativos de um país, além do valor agregado à geração
de oxigênio ao planeta.
De modo semelhante, o desbarato da água não recebe o devido valor. Segundo Annie,
este bem torna-se um privilégio de uma parcela cada vez menor da população global. Além
disso, ela também menciona que “a água é o petróleo do século XXI”, relacionando sua
quantidade utilizável e importância para o ser humano. Uma pequena parte do aproveitamento
dela é realmente direta, isto é, consumo humano para hidratação; a maior porção é desperdiçada
na fabricação das “Coisas”. Em média, são utilizados 970 litros de água na confecção de uma
camiseta; para a obtenção de uma xícara de café, outros 136 litros, contando desde cultivo do
grão até o transporte através de caminhões, aviões e/ou navios. Nos Estado Unidos, o gasto
exorbitante deve-se a um item de beleza dos quintais, a grama. Esta é responsável pelo
desproveito de cerca de 750 litros deste bem por pessoa. O que equivale a mais da metade da
água utilizada nas residências.