Usando de cinco casos, a lógica simbólica faz a verificação dos enunciados através
da simbologia em cinco casos:
1º caso: a negação.
Começa-se pela obviedade: a negação de todo enunciado verdadeiro será falsa, na
mesma medida em que toda negação de todo enunciado falso será verdadeira.
p ~p
V F
F V
Tome-se por exemplo: o formato da lua (é comum tomar a lua por redonda).
Se, se diz que o exemplo 1 é verdadeiro, então, o segundo será necessariamente falso.
p ~p
V F
p (portanto, é verdadeiro)
p ~p
F V
~p (portanto, é falso)
2º caso: a conjunção.
Quando o enunciado se faz por meio de duas proposições que se juntam, tem-se, em
lógica, a chamada conjunção de proposições. Na conjunção se faz uso dos conectivos ()
para a ideia de que o enunciado todo seja verdadeiro ou falso. Aqui a lógica lança mão de
mais um símbolo, o “q” que substituirá a segunda proposição, porque para a primeira se
continuará a usar do “p”.
No caso da conjunção, o argumento será verdadeiro se ambos os conjuntivos forem
verdadeiros:
p q pq
V V V
V F F
F F F
F V F
Volte-se ao exemplo da lua: é comum tomar a lua por redonda e não ter nenhum habitante.
Ex.1: a lua é redonda e sem habitantes.
o argumento será verdadeiro tanto se admitir que a lua é, de fato, redonda e sem habitantes,
como se a lua não é redonda e tem habitantes, porque não será referenciado à lua que se
comumente conhece.
p q pq
F V F
o argumento é falso, porque o Brasil não é um país europeu, embora, de fato, tenha um
clima tropical.
3º caso: a disjunção.
Acontece algumas vezes de se ter possibilidade de algo ser verdadeiro, ainda que se tome
um ou outro caminho. Este é o caso da disjunção. Quando se fala em disjunção, fala-se em
alternativa, que pode ser inclusiva ou exclusiva.
p q pq
V V V
V F V
F V V
F F F
p q pq
V V V
V F V
F V V
p q | pq (portanto, é verdadeira)
p ~q | pq (portanto, é verdadeira)
~p q | pq (portanto, é verdadeira)
... e, porque se sabe que os alunos têm de vir à escola, não importando com qual camiseta
(branca ou azul); então...
p q pq
V V V
V F V
p q | pq (portanto, é verdadeiro).
p ~q | pq (portanto, é verdadeiro).
o único modo de isso se tornar inválido, ou falso, será o caso de os alunos não terem de vir
à escola ou nem teriam de usar a camiseta. Neste caso, a resposta seria:
p q pq
F F F
~p ~q | pq (portanto, é falso).
II- Disjunção exclusiva: De modo análogo ao da inclusiva, quando se pensa em exclusão,
pensa-se em tirar, em deixar de lado. Assim acontece na disjunção exclusiva, quando uma
proposição anula a outra, isto, se, se opta por uma, automaticamente, exclui-se a outra.
Nesse caso, o único modo de tornar o argumento falso é se ambas as proposições forem
igualmente verdadeiras ou igualmente falsas. Somente desse modo é que se invalida a
verdade.
Para a disjunção exclusiva, usar-se-á o símbolo “w”, que significa “ou”.
p q p wq
V V F
V F V
F V V
F F F
... e porque se sabe que ao se escolher uma salada tem-se de abrir mão da outra, então, não
se pode escolher a ambas, nem excluir a ambas também.
p q p wq
V V F
F F F
p q | p w q (portanto, é falso).
~p ~q | p w q (portanto, é falso).
p q pwq
V F V
p ~q | p w q (portanto, é verdadeiro).
p q pwq
F V V
~p q | p w q (portanto, é verdadeiro)
4º caso: a implicação (ou condicional).
Em diversas situações se diz que uma proposição é causa de outra proposição. Noutras
palavras: uma implica na outra. Este é o caso da implicação: na qual a proposição
antecedente não pode ser verdadeira e ter uma conseqüente falsa – e este será o único de
falsidade. Todos os demais casos terá valor verdadeiro.
p q p q
V V V
V F F
F V V
F F V
se, se admitir que Miguel é qualquer pessoa, ele deixará se um anjo, e assim se tem que...
p q pq
V F F
p ~q | p q (portanto, é falso)
p q p q
V V V
F V V
F F V
p q | p q (portanto, é verdadeiro).
~p q | p q (portanto, é verdadeiro).
~p ~q | p q (portanto, é verdadeiro).
basta que se admita que, para ser brasileiro, ser paulista não é condição suficiente, mas não
necessária para que o argumento seja verdadeiro. Pense que eu poderia ter nascido no
Ceará, na Bahia, no Paraná, e mesmo assim serei brasileiro.
5º caso: a equivalência (ou bi-implicação).
Se, na implicação, tem-se uma situação de mão única (a primeira implica a segunda), no
caso da equivalência, tem-se uma situação bicondicionalidade, porque se dá nos dois
sentidos.
Para a equivalência, usar-se-á o símbolo “”, que significa “se, e somente se”.
Ex.1: haverá a cassação a um político, se, e somente se, ele permanecer no cargo.