Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Página 1
ECM SEMIOLOGIA MÉDICA: GERAL
Página 2
ECM SEMIOLOGIA MÉDICA: GERAL
Página 3
ECM SEMIOLOGIA MÉDICA: GERAL
Página 4
ECM SEMIOLOGIA MÉDICA: GERAL
Página 5
ECM SEMIOLOGIA MÉDICA: GERAL
Intensidade (Grau):
o Febre Leve ou Febrícula: até 37,5o C;
o Febre Moderada: de 37,5 a 38,5o C;
o Febre Alta ou Elevada: de 38,5 a 41,5o C;
o Hiperpirexia: acima de 41,5o C – causa comum
de convulsões em crianças.
Duração:
o Febre prolongada de origem obscura: Quando a
febre perdura por 14 dias ou mais sem definição
diagnóstica. Doenças que causam este tipo de
febre: tuberculose, septicemia, malária,
endocardite infecciosa, febre tifóide,
colagenoses, linfomas e pielonefrite.
Modo de Evolução:
o Febre Contínua: Permanece sempre acima do
normal (sem apirexia) com variações de até 1o C.
Ex.: Febre tifóide, tuberculose, pneumonia,
gripe.
o Febre Irregular ou Séptica: Registram-se picos
muito altos intercalados por temperaturas
baixas ou períodos de apirexia. Não há qualquer
caráter cíclico nestas variações. Ex.: Septicemia,
abscessos pulmonares, empiema vesicular,
tuberculose, e fase inicial da malária.
o Febre Remitente: Permanece sempre acima do
normal (sem apirexia) com variações maiores
que 1o C. Ex.: Septicemia, tuberculose,
pneumonia.
o Febre Intermitente: Febre cíclica caracterizada
por períodos de apirexia. Pode ser: diária,
biquotidiana, terçã, quartã.
o Febre Recorrente ou Ondulante: Caracteriza-se
por período de temperatura elevada que dura
dias ou semanas seguido de período de apirexia
que também dura dias ou semanas. Ex.:
Brucelose, doença de Hodgkin e outros linfomas.
Término:
o Em crise: com desaparecimento súbito. Ex.:
Malária;
o Em lise: com normalização gradual da
temperatura.
Página 6
ECM SEMIOLOGIA MÉDICA: GERAL
Página 7
ECM SEMIOLOGIA MÉDICA: GERAL
o Neurônio I: Corpo celular no gânglio da raiz manutenção da homeostase, como a pressão arterial e
dorsal. Penetra na medula e faz sinapse com o a temperatura.
neurônio II no corno posterior do H medular.
o Neurônio II: Corpo celular na coluna posterior Opióides naturais: β-endorfina (derivada da POMC);
(lâmina V de Rexed). Seus axônios seguem do metencefalina; leuencefalina; dinorfina.
mesmo lado e do lado oposto e ascendem no
funículo lateral, constituindo o tracto espino- Supressão Artificial da Dor: Pode ser feita pela
reticular (que acompanha o tracto espino- administração de opióides artificiais (morfina) em
talâmico lateral), e termina em sinapses com regiões de modulação da dor (substância cinzenta
neurônios III da formação reticular. periaquedutal, núcleos da rafe ou corno dorsal da
o Neurônio III: Corpo celular na formação medula).
reticular. Da formação reticular, partem fibras
retículo-talâmicas que terminam nos núcleos Componente Afetivo-motivacional:
intralaminares do tálamo. Pode haver mais de
uma sinapse na formação reticular. É o responsável pelas manifestações
o Neurônio IV (ou +): Corpo celular nos núcleos neurovegetativas que acompanham a dor (vômitos,
mediais e intralaminares do tálamo. Axônios sudorese, náuseas e palidez), especialmente a dor
projetam-se para diversas áreas do córtex visceral.
cerebral, e não apenas para a área somestésica
no giro pós-central. Componente Cognitivo-avaliativo:
Obs.: Para abolir dores profundas de origem visceral, É o componente da dor que depende de
são necessárias cordotomias bilaterais, visto que parte experiências passadas e sofre influências sociais,
das fibras não cruzam. culturais e religiosas. É o componente que confere
individualidade às manifestações dolorosas. A
Modulação: Capacidade de o SNC suprimir a sensação intensidade da dor depende de uma série de fatores:
de dor quando conveniente. intensidade do estímulo álgico; grau de atenção (a
atenção acentua a dor); estado emocional (o medo, a
Teoria do Portão Espinhal: Segundo essa teoria, há um apreensão e a ansiedade intensificam a dor); e
mecanismo espinhal de inibição da dor a partir de uma aspectos culturais e religiosos. Assim, o mesmo
estimulação tátil local. Segundo essa teoria, a ativação estímulo doloroso pode ser considerado intenso por
de uma fibra Aβ estimula um interneurônio inibitório um indivíduo e leve por outro ou mesmo pelo mesmo
na substância gelatinosa da medula (lâmina II de indivíduo, quando submetido ao mesmo estímulo em
Rexed), que, por sua vez, inibe o aferente secundário circunstâncias distintas.
(neurônio de projeção) da via da dor, suprimindo os
sinais provenientes das C e Aδ. 3. Classificação Fisiopatológica da Dor:
Portão Alto da Dor: O encéfalo pode suprimir as Dor nociceptiva: Deve-se à ativação dos nociceptores e
aferências de sinais dolorosos para o sistema nervoso à transmissão dos impulsos pelas vias nociceptivas até
através da ativação do sistema de analgesia. Os as regiões do SNC onde tais impulsos são
núcleos periventriculares do hipotálamo ativam a interpretados.
substância cinzenta periaquedutal, que envia axônios o Características:
para os núcleos magno da rafe e reticular - Começa simultaneamente ao início da
paragigantocelular no bulbo, que, por sua vez, estimulação, a qual pode ser usualmente
projetam axônios descendentes que vão aos cornos identificada;
dorsais da medula e ativam interneurônios inibitórios, - A remoção do fator causal provoca alívio da
que deprimem a atividade dos aferentes secundários dor;
da via da dor. Nessa situação, detecta-se aumento da - Nenhum déficit sensitivo é identificado;
concentração de opióides endógenos no líquor. A - A distribuição corresponde a das fibras
analgesia pode ser revertida pela administração de nociceptivas estimuladas;
naloxone (antagonista opióide). - Pode ser espontânea ou evocada (quando
desencadeada por determinada atividade);
Obs.: A dor pode ser provocada tanto pela ativação das - Pode ser localizada (dor somática superficial)
vias nociceptivas como pela lesão das vias ou difusa (dor somática profunda e dor visceral).
modulatórias (supressoras), o que torna a dor
semelhante a outras funções envolvidas na
Página 8
ECM SEMIOLOGIA MÉDICA: GERAL
Dor neuropática: Decorre de lesão, de qualquer tipo, Dor somática superficial: É a forma da dor nociceptiva
infligida ao SNP ou SNC. Também denominada: dor por decorrente da estimulação de nociceptores do
injúria neural, dor por desaferentação (privação de um tegumento. É bem localizada e de qualidade bem
neurônio de suas aferências), dor central (quando distinta (picada, pontada, rasgando, queimor), na
secundária às lesões do SNC). dependência do estímulo aplicado. Sua intensidade é
o Características: variável e, de certa forma, proporcional à intensidade
- Pode começar simultaneamente à ação do do estímulo.
fator causal, mas, mais freqüentemente, ocorre
após dias, semanas, meses ou mesmo anos; Dor somática profunda: É a forma de dor nociceptiva
- A remoção do fator causal usualmente não é conseqüente da estimulação de nociceptores dos
possível, por não estar mais atuante ou por ser músculos, fáscias, tendões, ligamentos e articulação. É
impossível interromper sua atuação; uma dor difusa, de localização imprecisa, profunda,
- A maioria apresenta déficit sensitivo no local descrita como dolorimento. Sua intensidade é
exato da dor; proporcional ao estímulo causal, mas, geralmente,
- Pode ser espontânea (constante ou mais leve que a dor somática superficial.
intermitente) ou evocada.
Dor visceral: É a dor nociceptiva decorrente da
Obs.: O componente constante da dor neuropática, ao estimulação dos nociceptores viscerais. É uma dor
contrário da dor nociceptiva, tende a ser agravado pela difusa, de difícil localização, profunda, descrita como
interrupção cirúrgica das vias da dor, pois tais dolorimento. Tende a acentuar-se com a solicitação
procedimentos acentuam a desaferentação. funcional do órgão acometido.
Dor mista: Decorre dos dois mecanismos anteriores. Dor referida: Sensação dolorosa superficial localizada a
Ocorre, por exemplo, em certos casos de dor por distância da estrutura profunda cuja estimulação
neoplasias malignas, quando a dor se deve tanto ao nóxica é responsável pela dor. Obedece a distribuição
excessivo estímulo dos nociceptores quanto à dermatomérica. A explicação mais aceita para esse
destruição das fibras nociceptivas. fenômeno é a convergência de impulsos dolorosos
viscerais e somáticos para neurônios nociceptivos
Dor psicogênica: É uma dor de origem puramente comuns no corno dorsal da medula (lâmina V de
psíquica, sem nenhum substrato orgânico. Rexed). Como os estímulos álgicos somáticos
o Características: superficiais são muito mais comuns e apresentam
- Tende a ser difusa, generalizada e imprecisa. maior representação cortical, o córtex está
Quando localizada, a topografia tende a condicionado a interpretar estes estímulos como
corresponder à da imagem corporal que o superficiais.
paciente tem da estrutura que julga doente, por o Dor na face medial do braço (T1) em pacientes
exemplo, uma dor torácica paraesternal com IAM;
esquerda caso o paciente ache que o órgão o Dor epigástrica ou periumbilical (T6-T10) na
acometido é o coração; apendicite;
- Muda de localização sem qualquer razão o Dor no ombro (C4) em doença diafragmática ou
aparente; irritação do nervo frênico.
- Quando irradiada não segue o trajeto de
qualquer nervo; Dor irradiada: É a dor sentida a distância de sua
- Intensidade variável e dependente das origem, porém obrigatoriamente em estruturas
condições emocionais do paciente, embora ele inervadas pela raiz nervosa ou nervo cuja estimulação
negue; nóxica é responsável pela dor.
- É comumente descrita de forma dramática pelo
paciente; 5. Semiologia da Dor:
- Relação do início da dor com um
acontecimento negativo na vida do paciente; Decálogo da Dor:
- Apresenta sinais e sintomas de depressão e o Localização;
ansiedade crônicas associados; o Irradiação;
Pacientes são neuroticamente fixados em sua o Qualidade ou tipo;
dor, e utilizam-se de dezenas de medicamentos. o Intensidade;
o Início e Duração;
4. Classificação Anatômica da Dor: o Evolução;
o Relação com funções orgânicas;
Página 9
ECM SEMIOLOGIA MÉDICA: GERAL
Página
10
ECM SEMIOLOGIA MÉDICA: GERAL
Onde DC é o débito cardíaco, 𝑃𝐴𝑚 é a pressão arterial Diferença pressórica entre os membros superiores: A
média, e 𝑅𝑉𝑃 é a resistência vascular periférica. pressão arterial deve ser medida nos dois braços. Uma
diferença de pressão acima de 10 a 15 mmHg sugere
Note que a pressão arterial utilizada no cálculo é compressão ou obstrução arterial do lado de menor
a pressão arterial média. pressão. Possíveis causas: coarctação da aorta;
A pressão arterial média é a média das pressões síndrome do desfiladeiro cérvico-axilar; doença
arteriais medidas a cada milissegundo durante certo vascular periférica.
intervalo de tempo. Ela não é igual à média aritmética
entre as pressões sistólica e diastólica, porque a Diferença pressórica devido à posição corporal: Em
pressão arterial permanece mais próxima à diastólica pacientes que usam medicação anti-hipertensiva,
que à sistólica durante a maior parte do ciclo cardíaco. apresentam histórico de desmaio, ou suspeita de
Para cálculo aproximado, usa-se uma média hipovolemia ou hipotensão postural, mede-se a
ponderada das pressões sistólica e diastólica, pressão arterial com o paciente em três posições
admitindo-se peso 2 para a pressão diastólica. A (decúbito dorsal, sentado e de pé). Normalmente, a PA
pressão de pulso é justamente a diferença entre as tende a cair quando o paciente passa de uma posição
pressões sistólica e diastólica. de decúbito para a uma posição mais verticalizada,
mas essa queda é de poucos mmHg. Uma queda
2 ∙ 𝑃𝑑𝑖𝑎𝑠𝑡 + 𝑃𝑠𝑖𝑠𝑡 sistólica de 20 mmHg ou mais, principalmente quando
𝑃𝐴𝑚 = acompanhada por sintomas, indica hipotensão
3
ou ortostática (postural).
𝑃𝑝𝑢𝑙𝑠𝑜
𝑃𝐴𝑚 = 𝑃𝑑𝑖𝑎𝑠𝑡 + 3 Diferença pressórica entre os membros superiores e
inferiores: Devido à ação da gravidade, normalmente,
a pressão nos membros inferiores é cerca de 20 mmHg
Agora que revisamos os conceitos de pressão acima da pressão nos membros superiores. Quando a
arterial, vamos entender a semiotécnica de aferição da pressão nos membros superiores excede a pressão nos
pressão arterial. membros inferiores, a provável causa do fenômeno é
uma obstrução ou compressão ao enchimento das
SEMIOTÉCNICA: artérias ilíacas a partir da aorta. Causas prováveis:
1º) Método Palpatório: Com o braço do paciente coarctação da aorta; aneurisma dissecante de aorta;
estendido ao nível do coração, palpa-se o pulso radial e síndrome de Leriche (obstrução aterosclerótica na
infla-se o manguito gradualmente até que o pulso bifurcação aorto-ilíaca).
radial desapareça, sendo este nível de pressão a
pressão sistólica. É sempre aconselhável a realização Sons de Korotkoff:
do método palpatório antes do método auscultatório,
pois evita o desconforto decorrente de excessos SONS DE KOROTKOFF
desnecessários de pressão no manguito, e elimina os Fase Qualidade dos sons Base teórica
ocasionais erros gerados pelo hiato auscultatório. I ou Som súbito, forte, A pressão do manguito
2º) Método Auscultatório: Utilizando-se a campânula K1 bem definido, que iguala-se a pressão
(ou diafragma) do estetoscópio sobre a arterial aumenta em sistólica, ocorrendo
Página
11
ECM SEMIOLOGIA MÉDICA: GERAL
𝑃𝑠𝑖𝑠𝑡
𝑃𝑑𝑖𝑎𝑠𝑡 = 3 + (𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 10 − 20 𝑚𝑚𝐻𝑔)
Página
14
ECM SEMIOLOGIA MÉDICA: GERAL
Página
15
ECM SEMIOLOGIA MÉDICA: GERAL
Causas: Meningite; depressão respiratória novo período de apnéia. Esses ritmos são causados por
induzida por fármacos; AVE; TCE. qualquer condição que diminua a perfusão cerebral
cronicamente.
Temperatura Normal:
o Axilar – 35,5 a 37o C, com média de 36-36,5o C;
o Oral – 36 a 37,4o C;
o Retal – 36 a 37,8o C (mais próxima da
temperatura central);
o Variações comuns de temperatura:
- A temperatura aumenta após a alimentação;
- Pela tarde, a temperatura é 0,5o C superior;
- Depois da ovulação, a temperatura é maior em
cerca de 0,6o C.
Causas: Síndrome de Cushing; hiperfunção do córtex banqueta, e as mãos apoiadas no colchão para
adrenal; corticoterapia. melhorar um pouco a respiração (Sinal da
Ancoragem). Também pode considerar-se
Fácies da Paralisia Facial Periférica: Assimetria facial; ortopnéica a utilização de dois ou mais
impossibilidade de fechar as pálpebras; desvio da travesseiros para recostar-se na cama, na
comissura labial; apagamento do sulco nasolabial. tentativa de colocar o tórax mais ereto (Sinal do
Causas: Paralisia facial periférica. Travesseiro). Essas atitudes diminuem o retorno
venoso.
Fácies Miastênica (de Hutchinson): Ptose palpebral Causas: Insuficiência cardíaca, asma brônquica e
bilateral, o que obriga o paciente a franzir a testa e ascites volumosas.
levantar a cabeça. o Genupeitoral (de “prece maometana”):
Causas: Miastenia grave e outras miopatias que Paciente de joelhos com o tronco fletido sobre
comprometam os músculos da pálpebra superior. as coxas, enquanto a face anterior do tórax
repousa sobre o chão ou colchão. O rosto
Fácies Etílica: Olhos avermelhados e certa ruborização descansa sobre as mãos, também repousadas. A
da face, associada a hálito etílico, voz pastosa e sorriso atitude aumenta o retorno venoso.
meio indefinido. Causas: Derrame pericárdico (tamponamento
cardíaco).
Biotipo: o De Cócoras: Paciente agachado com os joelhos
flexionados, tronco curvado para frente e
Longilíneo ou Hipoestênico ou Leptossômico: apoiado nas coxas, com membros superiores
o Estrutura muscular delgada, com tendência à estendidos sobre o joelho. Apenas os pés tocam
magreza; o apoio. A atitude alivia parcialmente a hipóxia
o Envergadura proporcionalmente maior que o generalizada.
tronco. Os apêndices predominam sobre o Causas: Cardiopatia congênita cianótica (em
tronco; crianças).
o Tórax chato, com ângulo de Charpy fechado o De Decúbitos:
(inferior a 90º). Decúbito Lateral: É comum na dor de origem
pleurítica. Paciente prefere deitar-se em
Brevilíneo ou Hiperestênico ou Pícnico: decúbito lateral sobre o lado acometido, pois a
o Indivíduo mais atarracado, com tendência à posição diminui a movimentação dos folhetos
obesidade; pleurais e, consequentemente, diminui o atrito,
o Musculatura mais robusta, com predomínio do diminuindo a dor.
tronco em relação à envergadura; Decúbito Dorsal: Com pernas fletidas sobre as
o Ângulo de Charpy mais alargado, normalmente coxas e estas sobre a bacia. É atitude típica de
superior a 90º. processos inflamatórios pelviperitoneais.
Decúbito Ventral: Acompanhado do
Normolíneo ou Estênico ou Atlético: posicionamento de um travesseiro sob o ventre.
o Maior proporcionalidade entre a envergadura e É atitude típica da cólica intestinal.
o tronco; Obs.: decúbitos preferenciais com variados
o Ângulo de Charpy = 90º; graus de flexão da coluna podem indicar
lombalgias.
Posição e Atitude no leito:
Atitudes Involuntárias:
Atitude: Posição adotada pelo paciente no leito ou o Atitude Passiva: Paciente permanece na posição
fora dele, por comodidade, hábito ou com o objetivo em que é colocado no leito, sem que haja
de conseguir alívio para algum sintoma. Algumas contratura muscular.
posições são voluntárias e outras são involuntárias. o Ortótono: Paciente com tronco e membros
o Atípica: Sem valor diagnóstico; rígidos, sem se curvarem.
o Típica: Atitude voluntária ou involuntária o Opistótono: Paciente com contratura da
indicativa de determinada patologia ou grupo de musculatura lombar. O corpo se apóia na cabeça
patologias. e nos calcanhares, como um arco.
Causas: Tétano e meningite.
Atitudes Voluntárias: o Emprostótono: Paciente com o corpo formando
o Ortopnéica: Paciente permanece sentado à uma concavidade para frente (contrária ao
beira do leito com os pés no chão ou numa opistótono).
Página
18
ECM SEMIOLOGIA MÉDICA: GERAL
Página
19
ECM SEMIOLOGIA MÉDICA: GERAL
cutânea com o polegar e o indicador, fazendo a seguir consistência variável. Apresenta diâmetro maior
certa tração, ao fim da qual se solta a pele. Avalia-se a que 0,5 cm.
elasticidade da pele à tração. Causas: furúnculo; eritema nodoso; hanseníase;
o Hipoelasticidade: Pode ser causada por uma cistos; neoplasias; sífilis; cisticercose.
desnutrição e/ou desidratação. o Tubérculo: Elevação sólida circunscrita de
o Hiperelasticidade: Síndrome de Ehlers-Danlos. diâmetro maior que 0,5 cm. Localizado na
derme. Pode apresentar consistência mole ou
Turgor: Capacidade da pele de reassumir sua forma e dura. A pele circunjacente pode ter coloração
posição após ser tracionada em prega. Para a normal ou pode estar eritematosa, acastanhada
avaliação, pinça-se uma prega da pele com o tecido ou amarelada.
subcutâneo e, a seguir, larga-se a prega. Normalmente, Causas: sífilis; tuberculose; hanseníase;
a prega se desfaz rapidamente. Uma prega que se esporotricose; sarcoidose; neoplasias.
desfaz lentamente traduz turgor diminuído, indicando o Placa: Lesão superficial elevada com 1 cm ou
desidratação. mais, frequentemente formada pela
coalescência de pápulas.
Lesões elementares: Denominam-se lesões o Vergão: Área superficial, ligeiramente irregular e
elementares modificações do tegumento cutâneo relativamente transitória de edema cutâneo
determinadas por processos inflamatórios, localizado.
degenerativos, circulatórios, neoplásicos, por Causas: picada de mosquito; urticária.
distúrbios do metabolismo ou por defeito de
formação. Segue abaixo uma lista das principais lesões
elementares da pele.
Página
22
ECM SEMIOLOGIA MÉDICA: GERAL
Bolha: Elevação da pele contendo líquido seroso em Atrofia: Adelgaçamento da pele com perda de seus
seu interior. Diferencia-se da vesícula pelo tamanho, sulcos normais, apresentando aspecto mais brilhante e
sendo maior que 1,0 cm de diâmetro. transparente do que o normal.
Causas: queimaduras; pênfigos; piodermites; alergias Causas: insuficiência arterial; estrias.
medicamentosas.
Esclerose: aumento da consistência da pele, que se
Pústula: Elevação da pele que contém líquido torna mais firme, aderente aos planos profundos e
purulento. difícil de ser pregueada com os dedos.
Causas: acne; impetigo; varicela; herpes zoster; Causas: esclerodermia.
queimaduras; piodermites.
Enchimento Capilar:
SEMIOTÉCNICA:
Pressiona-se o polegar contra a região a ser avaliada
durante alguns segundos, retira-se o dedo
rapidamente e observa-se o local comprimido. Em
condições normais, o tempo necessário para a
recuperação da coloração é de menos de 1 segundo.
Em casos de hipotensão e choque, a volta à coloração
normal é nitidamente mais lenta.
SEMIOTÉCNICA:
Avaliação da direção do fluxo sanguíneo: Comprime-
Figura 17 – Unhas de Lindsay se com as polpas digitais dos dois indicadores,
colocados rentes um ao outro, determinado segmento
da veia. Afasta-se as polpas digitais (por 5-10 mm),
mantendo a pressão que impede a passagem de
sangue, garantindo que o segmento venoso esteja
completamente vazio. Retira-se um dedo de uma
extremidade, mantendo-se o outro na outra
extremidade, e observa-se se houve enchimento do
vaso. Caso ocorra o enchimento, o fluxo vem da
direção do dedo retirado, caso contrário, vem no
sentido oposto. Repete-se a manobra retirando-se o
Figura 18 – Unhas de Terry outro dedo para confirmar o resultado.
Página
26
ECM SEMIOLOGIA MÉDICA: GERAL
Edema: