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Cuidados de Enfermagem

nas alterações mais


comuns

Módulo 9 – Enfermagem Médico-cirúrgica


Aula 1

FOCAS CRISTIANO EG-6


Competências

Após a discussão deste tema os alunos deverão


ser capazes de:

 Conceituar(conceitua) e identificar as causas de


hipertermia/hipotermia, edema e dor
 Avaliar o utente identificando os principais sinais e
sintomas das alterações na temperatura corporal
(Hipertermia, Hipotermia) que possibilitem a
prestação dos cuidados de enfermagem
essenciais;
 Identificar o material, EPI necessário e prestar os
cuidados de enfermagem ao utente com
hipertermia/ hipotermia, dor e edema (verbos)
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Competências
Após a discussão deste tema os alunos deverão
ser capazes de:

 Diferenciar a dor aguda da crónica;


 Identificar os factores associados com a dor e edema;
 Especificar as intervenções de enfermagem para o
alívio da dor;
 Diferenciar a confusão mental aguda da crónica;
 Identificar os factores associados a confusão mental
aguda;
 Especificar as intervenções de enfermagem no utente
em confusão mental aguda.

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Alterações da
temperatura corporal

Hipertermia & Hipotermia

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Temperatura corporal
 A termorregulação é um conjunto de
mecanismos desencadeados pelo organismo
para manter o corpo à temperatura compatível
com a vida;
 A termorregulação gere o calor ganho e o
calor perdido pelo corpo afim de manter a
temperatura corporal constante;
 Hipertermia  aumento da temperatura
corporal (acima do normal);
 Hipotermia  diminuição da temperatura
corporal (abaixo do normal).
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Classificação da temperatura corporal

Classificação Valores
Hipotermia < 36ºC
Normal
(Normotermo) 36 - 37,4ºC

Hipertermia >37.5ºC

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Chuva de ideias
 Quais são as causas de
hipertermia e hipotermia?
 Quais os sinais e sintomas
de um paciente com
hipertermia ou hipotermia?

 Quais as complicações que


o paciente com hipertermia
ou hipotermia pode
apresentar em caso de falta
ou atraso no tratamento (e
conduta de enfermagem)?
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Hipertemia
 Causas:
 Exposição a ambientes com temperatura elevada;
 Factores que impedem o mecanismo de perda de
calor (ex:algumas patologias, como a Malária);
 Prática excessiva de actividade física;
 Desidratação;
 Intoxicações diversas;
 Drogas como fenotiazinas, depressores,
miocárdicos, barbitúricos, anfetaminas, etc;
 Por agentes patológicos. Ex: Malária, Meningite,
pneumonias, etc.

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Hipertemia
 Sinais e sintomas
 Sudorese
 Confusão Mental
 Câimbras
 Náuseas e Vômitos
 Taquicardia
 Taquipneia
 Ansiedade
 Perda de coordenação motora
 Calafrios/tremores, astenia,
alucinações.

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Hipertermia
 Complicações:
 Insuficiência respiratória
 Insuficiência renal aguda
 Insuficiência hepática
 Lesão Intestinal Isquêmica
 Pancreatite
 Trombocitopenia
 Hemorragia gastrointestinal/epistaxes
 Coagulação intravascular disseminada
 Lesão cerebral (convulsões, rigidez à morte)
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Hipertermia
 Cuidados de enfermagem:
 Identificar a causa/factor;
 Reduzir a quantidade de roupa no corpo;
 Ventilar o corpo do utente;
 Seleccionar e aplicar uma das seguintes medidas de
arrefecimento corporal:
 Aplicar toalha molhada
 Aplicar compressas frias entre as virilhas, axilas e pescoço;
 Dar banho com água morna.
 Administrar líquidos orais frios;
 Administrar antipirético prescritos;
 Monitorar os sinais vitais;
 Em casos graves fazer lavagem gástrica gelada.
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Hipotermia
 Causas:
 Exposição intensa ao
frio;
 Exposição a chuvas e
ventos frios;
 Demasiada aplicação da
técnica de arrefecimento
corporal;
 Intoxicação alcoólica (ou
medicamentosa);
 Distúrbios metabólicos
(hipoglicemia,
hipotireoidismo).
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Hipotermia
 Sinais e Sintomas:
 Tremores;
 Esfriamento das mãos e pés;
 Pele palida e fria
 Fracasso nos membros;
 Dificuldade em respirar/(dispneia);
 bradicardia;
 Edema facial;
 Aumento da diurese;
 Nos casos graves: perda de memória, perda de controle
dos membros superiores e inferiores, inconsciência,
perda
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pupilas dilatadas e morte.
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Hipotermia
 Complicações:
 Arritmias cardíacas;
 Edema doe pulmão;
 Infarto do miocárdio;
 Anúria
 Acidente vascular cerebral;
 Paragem cárdio-respiratória
 Morte.

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Hipotermia
 Cuidados de enfermagem
 Agasalhar o paciente, fechar as janelas e manter o ambiente
aquecido;
 Aplicar massagem corporal;
 Aquecer a cama com sacos de água quente;
 Trocar roupas e curativos húmidos;
 Ingestão de líquidos quentes;
 Não dar bebidas alcoólicas! Pois elas dão uma sensação
instantânea de aquecimento, porém, reduzem a temperatura do
corpo;
 Administrar soluções endovenosas aquecidas (37ºC);
 Administrar oxigénio;
 Monitorar a temperatura corporal.
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Exercícios de consolidação
 Diferencie hipertermia da hipotermia;
 Quais são as causas de hipertermia e
hipotermia?
 Quais são os sinais e sintomas de hipertermia e
hipotermia?
 Quais são as complicações resultantes da
hipertermia e hipotermia?
 Mencione os cuidados de enfermagem a prestar
ao utente com hipertermia e hipotermia

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Dor Aguda e Dor Crónica

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Chuva de ideias

 Qual a diferença entre a dor


aguda e a dor crónica?
 Quais os prejuízos da dor?

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Diferença entre a Dor Aguda e Crónica
 Dor Aguda  Dor Crónica
 De início recente ;  Persiste/intermitente
(dura de 0 a 1 mes) por um período longo,
 Resulta de uma em média 3 meses
doença, de um trauma (mais de 1 měs);
ou de uma lesão  Altera a qualidade de
(causa especifica); vida da pessoa
 Desenvolvimento (biológica, social,
rápido; profissional, afectiva,
 Após o diagnóstico e o e comportamental);
tratamento da causa,  Pode ser episódica;
geralmente cessa.
 Incapacita o indivíduo
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Principais prejuízos da dor
 Depressão, irritação,
ansiedade, tristeza;
 Fadiga e desconforto físico;
 Insónia;
 Ganho ou perda de peso;
 Diminuição da concentração;
 Diminuição da produtividade
no trabalho;
 Diminuição do apetite e da
ingestão de líquidos;
 Náuseas e vómitos;
 Redução do desejo sexual.
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Factores que influenciam a dor
 Mecanismos neurofisiológicos da dor;
 Transmissão da dor;
 Endorfinas e encefalinas;
 Influências culturais;
 Experiências prévias com a dor;
 (Medicamentos ou drogas);
 (Sexo).
 (Fonte da escala de avaliacao da dor abaixo)

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Escalas da avaliação da dor

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Cuidados de Enfermagem na dor
 (Identificar a causa/factor da dor)
 Assegurar ao paciente da sua preocupação em ajudá-lo a
controlá-la;
 Usar a escala de avaliação da dor para identificar a
intensidade e o desconforto;
 Avaliar e registar a dor e suas características (localização,
qualidade, frequência, duração e (intensidade);
 Administrar os analgésicos prescritos;
 Avaliar as respostas comportamentais do paciente;
 Identificar e incentivar estratégias de alívio da dor
(ex:posiçāo de conforto);
 Ensinar ao paciente novas estratégias para alívio da dor e
do desconforto;
 Ajudar o paciente a planificar e a participar de actividades.
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Cuidados de Enfermagem na dor
 Medidas não-invasivas:
 Relação enfermeiro-paciente e orientação  reduz a
ansiedade e aumenta a confiança;
 Estimulação cutânea  reduz a intensidade da dor.
Pode ser aplicada a pressão, vibração, calor, frio,
água e creme mentolado;
 Distracção  reduz a intensidade da dor e aumentar
a tolerância a ela;
 Relaxamento dos músculos esqueléticos  reduz a
intensidade da dor e aumentar a tolerância a ela;
 Imagens orientadas  uso de imaginação de alguém
especial para conseguir efeito positivo.
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Confusão mental aguda

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Confusão mental aguda
 É um distúrbio transitório da cognição e da
atenção acompanhada por distúrbios do ciclo
vigília-sono e do comportamento psicomotor.
 Causas:
 Tóxicas e Infecciosas;
 Traumáticas e estados de hipoperfusão;
 Uso de restrições físicas
 Alterações metabólicas;
 Causas diversas: a privação sensorial, insónia,
impactação fecal, retenção urinária e a mudança
de ambiente.
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Principais sinais e sintomas
 Obnubilação da consciência;
 Flutuação do nível de consciência;
 Desorientação, ilusões e alucinações;
 Sintomas neurológicos:
 Disfasia;
 Disartria;
 Tremor;
 Alterações motoras.
 Estado de excitação, alterações psicomotoras,
e hipervigilância.

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Cuidados de Enfermagem
 Administrar sedativos prescritos para manter o
utente (paciente) calmo;
 Aumentar a ingestão de líquidos;
 Administrar glicose endovenosa;
 Administrar vitaminas (via oral ou parenteral);
 Modificar o ambiente: reorientação, silêncio, boa
iluminação;
 Tranquilizar o paciente;
 Evitar limitações físicas;
 Nunca deixar estes utentes sem acompanhantes.
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