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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

SERVIÇO SOCIAL

ALBA ALENCAR GOMES


DELMÁRIA CARLOS TEIXEIRA CAVALCANTE MOTA
DEUSLÂNIA CAVALCANTE MOTA DA SILVA
ROSEANE DE ARAÚJO FARIAS

O DIRECIONAMENTO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS PARA A


CONQUISTA DE DIREITOS

Garanhuns-PE
Maio- 2018
ALBA ALENCAR GOMES
DELMÁRIA CARLOS TEIXEIRA CAVALCANTE MOTA
DEUSLÂNIA CAVALCANTE MOTA DA SILVA
ROSEANE DE ARAÚJO FARIAS

O DIRECIONAMENTO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS PARA A


CONQUISTA DE DIREITOS

Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do


Paraná- UNOPAR, como requisito parcial para a
obtenção da nota no curso de Graduação em Serviço
Social.
Orientador:
Amanda Boza Gonçalves
Maria Angela Santini
Maria Lucimar Pereira
Rosane Ap. Belieiro Malvezzi
Tutor eletrônico: Juliana Caetano Silveira
Tutor de sala: Gleslain de Lima Silva

Garanhuns-PE
Maio- 2018
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3
2. A história dos movimentos sociais .......................................................................... 4
3. As raízes históricas do surgimento das políticas sociais no Brasil. ......................... 7
4. A mobilização dos movimentos sociais frente às conquistas de Direitos. ............... 9
5. Política setorial de álcool e outras drogas. ............................................................ 11
6. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 13
7. REFERENCIAS ..................................................................................................... 14
1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho abordou o caminho para a construção de políticas


públicas em consonância com a busca dos direitos para uma plena cidadania, com
destaque para os movimentos sociais. Os movimentos sociais se constituem de
elementos de resistência e posicionamento político da sociedade e este trabalho tem
como objetivo elucidar reflexões acerca desses movimentos sociais, seu processo
de organização e mobilização.
É sabido que todos os cidadãos não goza apenas do direito, o mesmo deve
também saber de todos os seus deveres. Desta forma, além das instituições
democráticas a existência dos movimentos sociais tem papel fundamental para a
sociedade civil enquanto meio de manifestação e reivindicação. É destacado,
através da luta a implantação e implementação das políticas sociais, salientando a
participação dos movimentos no processo de conquistas e direitos sociais.
A importância da participação dos movimentos sociais na política para o
fortalecimento da democracia, no processo de inclusão social e na conquista de
direitos, visando o bem comum.
Como já dito acima em relação às políticas sociais, um dos programas de
maior importância nesse grupo é a atuação da política setorial de álcool e outras
drogas, sua origem, linha do tempo e corrente da situação no Brasil.
O presente estudo está divido em três capítulos em seu desenvolvimento para
melhor entender o assunto em questão, são eles: (1) a história dos movimentos
sociais; (2) as raízes históricas do surgimento das políticas sociais no Brasil; (3) a
mobilização dos movimentos sociais frente às conquistas de direitos e política
setorial de álcool e outras drogas.
2. A HISTÓRIA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS

No contexto histórico os movimentos sociais no Brasil são marcados pelas


lutas e reivindicações populares. E pode ser definidos com expressão da
organização da sociedade civil, formando ações coletivas onde os indivíduos têm
como objetivo alcançar mudanças sociais, pelo qual debate político dentro de um
determinado contexto na sociedade. Alguns exemplos ilustrados como movimentos
populares, sindicais e organização não governamental (ONGS).
Portanto no século XVI no país tivemos algumas lutas populares como
Confederações dos Tamoios (1562), Insurreição Pernambucana (1645), até
Inconfidência Mineira (1789), Guerra dos Canudos (1896), a Revolução
Constitucionalista (1932) dentre outros, grandes lutas em busca de liberdade para
atingir um objetivo comum.
Os movimentos sociais são marcados por três principais momentos; metade
século XIX, o segundo na segunda metade XIX e por finas duas décadas século XX.
No primeiro momento XIX surgem movimentos sociais no Brasil, mais amplamente
nas zonas rurais e urbanas, onde era centralizados produção no campo e o
gerenciamento das atividades na zona urbanas, foram de extrema importância para
história, grupos não organização, mas resistente como Revolução Pernambucana
(1817), a Cabanagem (1838) Pará, Guerra dos Farrapos (RS), a Sabinada (1838)
entre outros.
Na segunda parte XIX as lutasse modificaram devido às demandas e as
contradições de classe, desigualdade social onde viviam em situação precária, pelo
qual fortaleceram com a chegada de imigrantes que já haviam lutado nos seus
países de origem, alguns exemplos da década 1920; os messiânicos, Revolto militar
e movimentos das camadas média da população.
Em 1930 e 1940 observam-se vários conflitos na cena social brasileira, mas
foram perdendo forças via repressão pelo ex-presidente Getúlio Vargas, portanto foi
uma década que o Estado investiu políticas sociais de proteção dos trabalhadores.
Mas os movimentos sociais se expandiram com plena força na década 1970,
pelo qual lutavam contra governo autoritário da época, os estudantes tiveram um
papel muito importante junto com parte da população, dentro das universidades
onde almeja a conquista de direitos sociais, que mais tarde depois de persistência foi
conquistada com a Constituição Federal 1988 conhecida como 'Carta Cidadã’, que
busca a queda governo ditatorial que oprimiam a população, ausência de direitos,
criaram novas leis que controlava a liberdade da sociedade como AI5 onde punia
arbitrariamente os inimigos dos regimes.
Onde o governo militar reprimiram os movimentos sociais com muita
agressividade, torturas assim várias pessoas que se oponha a ditadura até foram
exilados em outros países neste período.
O movimento Indígena do século XX foi muito importante para conquista e
reconhecimento da sua tradição e seus direitos.
A Constituição Federal 1988 é março importante onde os indivíduos
organizados por meio dos movimentos adquiriu uma participação relevantes, que
abrange dentre eles; saúde, políticas públicas, assistência social para todos, tendo
assim seus direitos reconhecidos, diante de lutas para obter Estado Democrático.
Os Conselhos Gestores de Políticas Públicas é uma forma de intensificar e
institucionalizar a comunicação entre sociedade e governo, que são canais
autônomos ligados ao poder Executivo, formado por membros da sociedade e poder
público, deste modo gestores fiscaliza e delibera verbas para execução de políticas
públicas com eficiência para população e com a sua participação, incluindo e dando
amparo os menos favorecidos.
Citamos também a organização conhecida como Central Única dos
trabalhadores (CUT) onde os trabalhadores retomam ao movimento. As Diretas já
foram maior movimento político no país, com participação de milhões de pessoas
nos comícios onde buscava as eleições diretas e redemocratização o país.
Na década de 1990 movimentos se expandiram, frutos de descontentamento
da sociedade com situação do país, onde adquirimos direitos com Constituição, mas
devido o neoliberalismo os direitos sociais foram fragilizado, pois não investimento
nas políticas públicas, nesta época se fortaleceu os movimentos de mulheres,
movimento LGBT com a participação a cada ano cresce de simpatizantes,
movimento Negro entre outros.
Nesta mesma década surgiu movimento estudantil, conhecido 'Caras
Pintadas' contra o governo vigente, a favor do impeachment do ex-presidente
Fernando Collor de Mello devido denúncias de corrupção do mesmo é suas medidas
econômicas impopulares.
As principais ações coletivas rurais como Movimento dos Sem Terra (MST), o
Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento das Mulheres
Agricultora(MMA), outros movimentos globalizados que se consolidou e teve um
crescimento até os dias atuais como Movimento de pessoas com deficiência,
Igualdade racial, Igualdade de gêneros e feminista.
Atualmente a tecnologia tem um papel fundamental para ação coletiva, as
redes sociais são comunicação direta entre indivíduos em pró de um objetivo de
forma rápida e eficaz, agregando um número maior de manifestantes, portanto a
capacidade de articulação com governo torna-se direta.
O movimento Passe Livre que ocorreu em 2013, busca-se isenção da
passagem de transporte coletivo, com argumento que todos temos direito de ir e vir
assegurado por lei, desta maneira incluir as pessoas que não tem meios para pagar.
As raízes dos movimentos sociais e a busca dos indivíduos por igualdade de
direitos, salientando que vivemos em um Estado Democrático, onde desigualdade
social fere princípios, desde modo ação coletiva torna-se uma ferramenta importante
para almejar melhoria para sociedade civil, cujo direito é garantido por lei na
Constituição Federal e esse movimentos só é possível com participação da
população.
Desde os idos mais remotos da humanidade, mesmo nas sociedades mais
primitivas ou mesmo entre os animais, a busca pelo alívio da dor e pela cura das
doenças sempre foi tentada.

Entretanto, a história demonstra que a sociedade, ao adquirir algum grau de


desenvolvimento, conhecendo melhor o organismo, suas enfermidades e
tratamentos, trata de normatizar a formação dos médicos e disciplinar o
exercício da Medicina (SOUZA, 2001, p. 39).

Para melhor entender sobre a história dos movimentos sociais, o próximo


capítulo irá aprofundar o surgimento das políticas sociais pelo Brasil.
3. AS RAÍZES HISTÓRICAS DO SURGIMENTO DAS POLÍTICAS SOCIAIS NO
BRASIL.

Não se pode dizer exatamente o período das primeiras identificações das


políticas sociais, mas pode-se afirmar que as mesmas surgiram na confluência dos
movimentos de ascensão do capitalismo provocado pela Revolução Industrial, das
elites sociais de classe e do desenvolvimento da intervenção estatal.
A Revolução Industrial teve início na Inglaterra no século XVIII no qual foi uma
época de muitas mudanças, como por exemplo, do artesanato da manufatura para a
produção pelas maquinarias. Este modelo de produção resultou na exploração dos
trabalhadores gerando descontentamento por meio de greves operárias. Essas
mobilizações começaram em prol da redução de longas jornadas de trabalho no qual
chegou até 16 horas diariamente e baixa remuneração. O Estado teve que intervir,
assumindo o papel de conciliador, obrigando-o o desenvolvimento de ações para
amenizar os conflitos entre as classes. Para Fabiros (1991, p. 08)

As políticas sociais ora são vistas como mecanismo de manutenção da


força de trabalho, ora como conquistas dos trabalhadores, ora como
arranjos do bloco no poder ou bloco governante, ora como doação das
elites dominantes, ora como instrumentos de garantias do aumento da
riqueza ou dos direitos do cidadão.

No Brasil a gênese e evolução das políticas sociais foram bem diferentes da


Europa, foi somente a partir de 1930 que foi introduzido um sistema de proteção
social pela via de implantação de algumas de alguns atos desenvolvidos pelo
Estado. Uma das mais importantes do século XX foi à aprovação da Lei Eloy Chaves
de 1923 por meio do Decreto Legislativo nº 4.682, onde essa política foi de suma
importância para a categoria profissional, pois além de criar importantes benefícios
foi também o ponto de partida para o crescimento de uma política de previdência
social no Brasil com a implantação das caixas de aposentadorias e pensões as
CAPS para trabalhadores das empresas ferroviárias como resposta as lutas sociais
tendo como objetivo principal a garantia dos direitos sociais.
Constam também no Brasil outro marcos importantes no que se referem às
políticas sociais e os direitos sociais. O quadro a seguir detalhará todas essa
importante conquistas.
Quadro 01: Conquistas Sociais
Anos Conquistas
1933  Criados os Institutos de Aposentadorias e pensões- IAPS
1942  Criação da LBA- Legislação Brasileira de Assistência-
coordenada pela primeira-dama para atender das famílias de
pracinhas enviadas para guerra
1943  Promulgação da Consolidação das Leis do Trabalho- CLT.
1960  Aprovação da Lei Orgânica da Previdência Social- LOPS
1963  Criado pelo governo federal o fundo de assistência do
trabalhador rural em resposta aos movimentos dos
trabalhadores rurais. A lei foi aprovada, mas não foi
implementada.
1966  Criado o INPS- Instituto Nacional de Providência Social, sendo
unificado de cima para baixo em um único organismo
contextualizado na política centralizada do governo federal que
nomeava inclusive governante.
1971  Ampliação da previdência ao trabalhador rural como o benefício
de meio salário mínimo (menor para outras categorias).
1988  Criada da Constituição Federal no Brasil, conhecida
mundialmente como constituição cidadã.
Quadro elaborado pelos autores

Conclui-se então que a política social é, portanto uma necessidade criada


pelo capitalismo, tendo o capital o Estado e o trabalho como os principais elementos
desde a sua gênese até a implementação. Em relação às políticas sociais no
contexto brasileiro entende-se que a mesma não nasceu com a atual configuração
vigente. O tripé da seguridade social é saúde, previdência e assistência, no qual foi
o longo trajeto percorrido na história. Foram bastante conquistados através de muita
luta que contribuiu de forma significativa.
4. A MOBILIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS FRENTE ÀS CONQUISTAS DE
DIREITOS.

A contribuição dos movimentos sociais a partir da década de 1970 para


implantação das políticas sociais dá-se mediante a mobilização da classe
trabalhadora que com sua capacidade de organização intervém nas ações do
Estado diante de um sistema capitalista opressor excludente e que atende aos
interesses da classe dominante.
Desde a sua gênese, os movimentos sociais têm tomado corpo, ganhando
frente, chamando para sua responsabilidade de questionar o modelo neoliberal.
Segundo Faleiros (1991 pág. 45- 89):
As políticas sociais são formas de manutenção da força de trabalho
econômica e politicamente articuladas para não afetar o processo de
exploração capitalista e dentro do processo de hegemonia e contra
hegemonia da luta de classes [...] as políticas sociais, apesar de
aparecerem como compensações isoladas para cada caso constituem um
sistema político de mediações que visam a articulação de diferentes formas
de reprodução das relações de exploração e dominação da força de
trabalho entre si com o processo de acumulação e com as forças políticas
em presença.

Com as expressões da questão social em níveis alarmantes a sociedade por meio


dos movimentos sociais, o Estado e o mesmo sistema capitalista resolvem articular-
se criando políticas, legislações e órgãos públicos capazes e condizentes de
atuarem como resposta a conflituosa e atual situação da população. Tem-se início
com a Constituição Federal de 1988, a Previdência Social toma corpo e alavanca
vários direitos aos cidadãos; a CLT corrobora neste mesmo sentido, ampliando os
direitos sociais.
Mediante a descentralização político-administrativa conjuntamente com as
legislações acima citadas, tem-se a efetivação da participação popular na busca de
direitos inerentes das expressões da questão social em cada município por meio de
conselhos, sindicatos e associações. Coadunando-se a este princípio organizativo
temos também o terceiro setor, as organizações não governamentais (ONG’S) em
busca de uma maior equidade e protagonismo social.
No que tange aos movimentos sociais, é sabido que os mesmo atuaram na
redemocratização política do país, seja na resistência ao autoritarismo burguês,
como também no combate as violações da cidadania e da privacidade.
Continuamente, obteve êxito na luta contra os exílios políticos adquirindo o direito a
anistia segundo a CF- 1988.
Segundo Gohn (2003, p. 15-16) “ao realizarem estas ações, projetam em
seus participantes sentimentos de pertencimento social. Aqueles que eram excluídos
de algo possam a sentir-se incluídos em algum tipo de ação de um grupo ativo”.
Para o autor os cidadãos ao se reunirem em prol de seus direitos, aglutinando-se
para o mesmo fim, sentem-se partícipes da ação.
Corroborando com a linha histórica de desenvolvimento dos movimentos
sociais que se desdobram em caminhos para as políticas públicas, trataremos a
seguir especificamente de políticas sociais em relação ao álcool e outras drogas.
5. POLÍTICA SETORIAL DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS.

A organização Mundial de Saúde (OMS) define droga nos seguintes termos:


“é toda substância não produzida pelo organismo que tem propriedade de atuar
sobre um ou mais de seus sistemas produzindo alterações em seu funcionamento”.
(BRASIL, 2011). Definição esta adotada pela Secretaria Nacional de Políticas sobre
drogas no Brasil.
Temos dois posicionamentos no que concerne a política de saúde aos
usuários de álcool e outras drogas. A vertente proibicionista que tem sua origem nos
Estados Unidos, no século XIX. Esta linha de pensamento dar ênfase a um modelo
mora-criminoso, como também patológico, constituindo-se numa visão autoritária de
intervenção, com vista a obtenção da abstinência, repressão ao consumo,
criminalização dos usuários e internamento em clínicas e comunidades terapêuticas.
Neste sentido, a Organização das Nações Unidas (ONU) reiterou em 2003 a
seguinte meta: “Um mundo livre de drogas- Nós podemos fazê-lo”. De acordo com
Perduca (2005, p. 61) “o proibicionismo é um conjunto de leis e politicas que não
deslancharam; na realidade, um conjunto de leis e políticas que falharam”.
A segunda vertente trata da questão numa perspectiva de redução de danos
com promoção a cidadania. Sua raiz ideológica originou-se na Europa mais
especificamente na Holanda e Reino Unido, consolidando-se na década de 1990.
Esta corrente de pensamento é enfática, pragmática mesmo, no sentido de que o
consumo de álcool e outras substâncias psicoativas fez-se presente na história da
humanidade e sempre fará.
No Brasil, num primeiro momento deu-se destaque ao direcionamento
proibicionista como combate ao uso de álcool e outras drogas nos moldes do modelo
americano. Posteriormente, é averiguado uma mudança no contexto a partir do ano
2000, onde passa-se a implementação da política de redução de danos. Tal política,
além do tratamento, recuperação, tem também a reinserção social como foco de
promoção a garantia dos diretos a cidadania. Articulando-se para tanto uma rede
assistencial integrativa da saúde e de assistência social, rompendo com as metas de
abstinência como única possibilidade terapêutica.
Nesta perspectiva, veremos a seguir o quadro que mostrará a linha do tempo
com os principais instrumentos legais nacionais para a superação das expressões
da questão social no que se refere ao álcool e outras drogas.
Quadro 02: linha do tempo com os principais instrumentos legais nacionais
para a superação das expressões da questão social no que se refere ao álcool
e outras drogas.

Ano Leis
Década 1930 Lei de Fiscalização de Entorpecentes (Decreto Lei nº 891/1938)
Década 1970 Lei nº 5.726/ 1971 e Lei nº 6.368/1976
1990 Estatuto da Criança e do Adolescente- ECA
2005 Política Nacional sobre Drogas- PNAD
2006 Lei de Drogas nº 11.343
2007 Política Nacional sobre o Álcool (Decreto n° 6.117)
2008 Lei Seca n° 11.705
2011 Programa Crack é possível vencer (Decreto n° 7.179)
2015 Lei n° 13.106
Quadro elaborado pelos autores

O Sistema Único de Saúde (SUS), dentre suas redes, instituiu a Rede de


Atenção Psicossocial- RAPS (Portaria n° 3.088/2011) a qual possui sete
componentes (destacados do anexo n° 01) com a finalidade de promover cuidados,
prevenção ao consumo, desenvolver ações intersetoriais, entre outros.
No que tange o SUAS, especificamente sua Rede de Atenção envolve o
Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Centro de Referência
Especializada de Assistência Social (CREAS), Centro para População de Rua
(Centro POP), Equipes do Serviço Especializado de abordagem Social, entre outros
(destacados no anexo n° 02) distribuídos no território nacional a desempenharem
um sistema capilar de apoio as famílias em situações de vulnerabilidade e risco por
violação de direitos associado ao consumo de álcool e outras drogas.
A reinserção, portanto, do usuário/dependente na sociedade, no seio familiar
sem segregação de veículos com as vulnerabilidades a que estar exposto, efetiva-se
através de políticas intersetorializadas (SUS- SUAS) pautando-se em ações de
prevenção, cuidado em uma visão geral do sujeito requerente de cidadania, segundo
as estratégias de redução de danos.
6. CONCLUSÃO

Deve-se estar atento para a visão de que não é a busca por direitos
individuais específicos, delimitados, unitários, e sim uma trajetória de mudança para
a pluralidade, a coletividade de direitos, ou seja, uma marcha que vem sendo
conquistados e exercidos pelos movimentos sociais no intuito de uma cidadania
operante, participativa, propositiva, que sabe o real significado das políticas sociais
que tem seu cerne atrelado aos fatores econômicos, políticos, ideológicos e sociais.
Mesmo diante de um Estado que age de modo pontual com políticas que
mudam de curso a cada mandato eletivo em detrimento de uma política social
sistemática, equânime, que enxergue o cidadão em seu contexto de vulnerabilidade,
deficitário de proteção social.
Devemos, portanto, dentro desta perspectiva de entendimento, primar pela
união das forças da sociedade (movimentos sociais) do governo (políticas públicas),
para diante das fragilidades existentes, buscar o caminho que melhor se adeque a
realidade brasileira na busca incessante por direitos inerentes aos cidadãos.
7. REFERENCIAS

ALVES, Vânia Sampaio. Modelos de atenção à saúde de usuários de álcool e


outras drogas: discurso políticos, saberes e práticas. Instituto de Saúde coletiva,
Universidade Federal da Bahia, Salvado, Brasil. 2013.

BRASIL, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Caderno de


orientações técnica: Atendimento no SUAS às famílias e aos indivíduos em
situação de vulnerabilidade e risco pessoal e social por violação de direitos
associado ao consumo de álcool e outras drogas. Brasília. 2016.

BRASIL. Lei n° 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de


Benefícios e da outras providências. . Acesso em: 05 de Maio de 2018;

BRASIL, Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas. Sistema Único de


Assistência Social e as Redes Comunitárias. Módulo 7. -7. Ed- Brasília. 2014.
GENEROSO, Claudiney. Classes e movimentos sociais. Londrina: Editora e
Distribuidora Educacional S.A., 2017. 200p.

FALEIROS, V. P. O que é política social. 5. ed. São Paulo: Brasiliense, 1991

GOHN, Maria da Glória. Movimentos sociais na contemporaneidade.


Universidade Estadual de Campinas Universidade Nove de Julho. 2003

MATEUS, Kergileda Ambrósio de Oliveira, Reginaldo Santos Pereira. Os


movimentos sociais e a luta pelo direito a terra. VIII Fórum Internacional de
Pedagogia. 2011

PERDUCA, Marcos. Vamos criminalizar a proibição! In: ACSELRAD, G. org.


Avessos do prazer: drogas, Aids e direitos humanos [online]. 2nd ed. rev. and enl.
Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2005, pp. 51-63.
PIANA, Maria Cristina. As políticas sociais no contexto brasileiro: natureza e
desenvolvimento. Editora: Unesp. 2009.

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