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Sérgio
1. (Unesp 2012) Cada cultura tem suas virtudes, seus vícios, seus conhecimentos,
seus modos de vida, seus erros, suas ilusões. Na nossa atual era planetária, o mais
importante é cada nação aspirar a integrar aquilo que as outras têm de melhor, e a
buscar a simbiose do melhor de todas as culturas. A França deve ser considerada
em sua história não somente segundo os ideais de Liberdade-Igualdade-
Fraternidade promulgados por sua Revolução, mas também segundo o
comportamento de uma potência que, como seus vizinhos europeus, praticou
durante séculos a escravidão em massa, e em sua colonização oprimiu povos e
negou suas aspirações à emancipação. Há uma barbárie europeia cuja cultura
produziu o colonialismo e os totalitarismos fascistas, nazistas, comunistas.
Devemos considerar uma cultura não somente segundo seus nobres ideais, mas
também segundo sua maneira de camuflar sua barbárie sob esses ideais.
(Edgard Morin. Le Monde, 08.02.2012. Adaptado.)
6. (Interbits 2012) Leia o trecho da música Canto para minha morte, de Raul
Seixas.
Qual será a forma da minha morte?
Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida.
Seixas, Raul. Canto para minha morte. In: Há 10 mil anos atrás. [LP] Philips, 1976.
Podemos dizer que a morte corresponde a um atributo universal dos seres vivos.
Entretanto, há diversas formas de abordá-la. Sobre a forma como a sociologia
aborda o tema, assinale a alternativa CORRETA.
a) A morte é a parte essencial da vida. Entretanto, a sociologia está comprometida em
fazer com que a morte violenta deixe de existir.
b) A sociologia considera que a morte pode ser representada e compreendida de
formas muito diversas, dependendo da cultura, da sociedade e da religião dos
indivíduos.
c) Não é a sociologia, mas a medicina e a biologia que devem estar preocupadas com o
problema da morte.
d) A sociologia está preocupada em fazer uma catalogação dos tipos de morte humana,
como o suicídio, o assassinato e o genocídio.
e) Todas as sociedades possuem medo da morte. É por isso que elas criaram a religião,
que é uma forma de controlar esse medo.
7. (Ueg 2012) “Não quero que a minha casa seja cercada de muros por todos os
lados, nem que minhas janelas sejam tapadas. Quero que as culturas de todas as
terras sejam sopradas para dentro de minha casa, o mais livremente possível. Mas
recuso-me a ser desapossado da minha por qualquer outra.”
GANDHI, M. Relatório do desenvolvimento humano 2004. In: TERRA, Lygia;
COELHO, Marcos de A. Geografia geral. São Paulo: Moderna, 2005. p.137.
A reivindicação dos direitos culturais das minorias, como exposto por Habermas,
encontra amparo nas democracias contemporâneas, na medida em que se alcança
a) a secessão, pela qual a minoria discriminada obteria a igualdade de direitos na
condição da sua concentração espacial, num tipo de independência nacional.
b) a reunificação da sociedade que se encontra fragmentada em grupos de diferentes
comunidades étnicas, confissões religiosas e formas de vida, em torno da coesão de uma
cultura política nacional.
c) a coexistência das diferenças, considerando a possibilidade de os discursos de
autoentendimento se submeterem ao debate público, cientes de que estarão
vinculados à coerção do melhor argumento.
d) a autonomia dos indivíduos que, ao chegarem à vida adulta, tenham condições de se
libertar das tradições de suas origens em nome da harmonia da política nacional.
e) o desaparecimento de quaisquer limitações, tais como linguagem política ou distintas
convenções de comportamento, para compor a arena política a ser compartilhada.
12. (Upe 2013) O Status social é o lugar ou posição, que a pessoa ocupa na
estrutura social. Isso implica direitos, deveres, prestígios e/ou privilégios, de
acordo com o valor que a sociedade atribui a cada posição ocupada pelo indivíduo.
Sobre esse assunto, assinale a alternativa que indica uma situação social em que o
status é atribuído.
a) João é filho de operário, pois seu pai é funcionário de uma fábrica têxtil.
b) Ana Maria optou por se casar com seu ex-noivo, pois não se sentia bem com o atual
namorado.
c) Paulo estudou e se formou técnico em mecânica, embora seus pais “desejassem” um
filho formado em medicina.
d) Adriana é militante de um partido político da cidade onde mora, pois tem as mesmas
ideias de transformação da sociedade.
e) Carlos conseguiu a vaga de emprego que esperava depois de aprovado na seleção.
13. (Uel 2005) “A legislação penal do fim do século XIX determinava: a ociosidade
era considerada ‘crime’ e, como tal, punida. Reconhecida e legitimada abertamente, a
prática da repressão aos desempregados e subempregados – os pobres – ficava clara
no discurso dos responsáveis pela segurança pública e pela ordem nas cidades. O
controle social dessas camadas deveria ser realizado de forma rígida. Sidney
Chalhoub afirma que os legisladores brasileiros utilizam o termo ‘classes perigosas’
como sinônimo de ‘classes pobres’, e isso significa dizer que o fato de ser pobre o
torna automaticamente perigoso à sociedade [...]. A existência do crime, da
vagabundagem e da ociosidade justificava o discurso de exclusão e perseguição
policial às camadas pobres e despossuídas”.
(PEDROSO, Regina Célia. Violência e cidadania no Brasil: 500 anos de exclusão. São
Paulo: Ática, 2002. p. 24.)
O texto acima discute a configuração das classes sociais no Brasil, tomando como
referência as questões da cidadania e da violência.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar que, no
final do século XIX, no Brasil:
a) A ação dos poderes públicos no trato da questão social estava centrada na supressão
dos desníveis entre as classes sociais, condição básica para a emergência do Brasil
industrializado.
b) A herança colonial da estrutura social brasileira conduzia o poder estatal a reconhecer
como legítimas as lutas das classes populares no questionamento da estrutura política
oligárquica vigente.
c) O combate às “classes perigosas” obrigava os poderes públicos à implementação de
políticas de geração e distribuição de renda, reduzindo, assim, a influência do Partido
Comunista Brasileiro junto aos pobres.
d) O desemprego e a criminalidade referidos às classes populares eram vistos pelos
poderes públicos, menos como questão social e mais como questão de polícia,
dentro de uma concepção restritiva de cidadania.
e) A repressão policial restringia-se aos desempregados e subempregados, pois os
trabalhadores assalariados eram protegidos por uma legislação trabalhista que garantia,
por exemplo, aposentadoria e descanso remunerado.
14. (Upe 2013) As desigualdades sociais no Brasil têm muitas causas e geram várias
consequências. Historicamente, elas iniciaram seu desenvolvimento com a chegada
dos portugueses. A Sociologia vem estudando as diferenças sociais entre os
brasileiros, em diversos aspectos. Sobre esse assunto, assinale a alternativa
CORRETA.
a) As condições de miserabilidade da população estão ligadas prioritariamente aos
péssimos salários pagos.
b) A relação entre desigualdades e questões raciais no Brasil é um tema histórico. Por
essa razão, tornou-se preocupação dos estudos sociológicos a partir da década de 1990.
c) A noção da pobreza frente às desigualdades sociais no país revela concepções com
enfoques no aumento do enriquecimento, do desenvolvimento industrial e da privação
relativa.
d) Os programas assistenciais (Bolsa-Família, Fome Zero e outros tantos) do governo
brasileiro avançaram, mas os índices de pobreza não diminuíram.
e) O setor informal é outro fator indicador de condições de reprodução capitalista
no Brasil. Os camelôs e vendedores ambulantes são trabalhadores, que não estão
juridicamente regulamentados, mas que revelam a especificidade da economia
brasileira.
15. (Ufu 2000) De acordo com a teoria de Marx, a desigualdade social se explica
a) pela distribuição da riqueza de acordo com o esforço de cada um no desempenho de
seu trabalho.
b) pela divisão da sociedade em classes sociais, decorrente da separação entre
proprietários e não proprietários dos meios de produção.
c) pelas diferenças de inteligência e habilidades inatas dos indivíduos, determinadas
biologicamente.
d) pela apropriação das condições de trabalho pelos homens mais capazes em contextos
históricos, marcados pela igualdade de oportunidades.
Ela faz referência a uma forma de desigualdade. Acerca das características dessa
estrutura social, analise as alternativas e marque a CORRETA.
a) A hierarquização é rígida, baseada em critérios hereditários, profissionais, étnicos,
religiosos, que determinam as relações entre as pessoas.
b) A tradição é um elemento fundamental na definição das relações estabelecidas entre
os diferentes grupos.
c) A mobilidade de um estrato para outro nessa estrutura é possível, mas é controlada
pelos indivíduos que estão na hierarquia superior da organização.
d) As pessoas se diferem umas das outras pelo lugar ocupado por elas num sistema
historicamente determinado de produção social, de relação com os meios de
produção e por seu papel na organização social do trabalho.
e) A escolha do cônjuge deve ser feita exclusivamente no seio da organização social,
com base nos critérios hereditários.
17. (Ucs 2012) A sociedade brasileira obteve várias conquistas durante o período
da redemocratização e, ao longo desses anos, implantou mudanças positivas em
relação à cidadania e aos direitos civis dos brasileiros, porém [...] ainda há muito a
ser melhorado. Apesar do crescimento econômico e da diminuição do número de
pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza nos últimos anos, as desigualdades
sociais ainda são profundas e estão entre os principais problemas enfrentados pela
sociedade.
(PELLEGRINI, M. C. Novo olhar história. São Paulo: FTD, 2010, p. 263, v. 3. – Texto
adaptado.)