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Novos
Talentos
No
final
da
década
de
1940,
um
número
de
novos
talentos
criativos
entendeu
o
que
Rodgers
e
Hammerstein
haviam
descoberto.
Isso
resultou
na
criação
de
vários
musicais
extraordinários
que
ficariam
no
gosto
do
público
durante
décadas.
Priscilla
Gilette
e
David
Brooks
cantam
Almost
Like
Being
in
Love
na
capa
do
programa
da
primeira
turnê
nacional
de
Brigadoon.
O
escritor
de
canções
da
Tin
Pan
Alley,
Frank
Loesser
ficou
conhecido
pelo
seu
hit
dos
tempos
de
guerra
chamado
Praise
the
Lord
and
Pass
the
Ammunition.
Seu
primeiro
musical
na
Broadway
foi
Where’s
Charley
(1948
–
792
perfs),
baseado
na
comédia
britânica
antiga
Charley’s
Aunt.
A
doce
balada
My
Darling
entrou
para
as
paradas
de
sucesso,
mas
foi
com
a
interpretação
de
Ray
Bolger
da
canção
Once
in
Love
With
Amy
que
causou
uma
sensação
–
graças
a
um
feliz
acidente.
Uma
noite
no
início
da
temporada,
Bolger
escutou
a
plateia
rindo
discretamente
enquanto
ele
cantava
esta
canção.
Parece
que
na
plateia
havia
uma
criança
cantando
com
ele.
O
veterano,
ao
invés
de
reclamar,
incentivou
a
jovem
criança
a
cantar
com
ele,
e
logo
toda
a
plateia
se
juntou
ao
coro.
Encantados,
todos
exigiram
encores,
literalmente
parando
o
show.
Este
sing-‐along
se
tornou
uma
parte
permanente
do
show,
catapultando
Where’s
Charley
para
um
estado
bem
sucedido,
e
dando
a
Bolger
seu
momento
mais
memorável
nos
palcos.
• O
musical
Lost
in
the
Stars
(1949
–
273
Perfs),
do
compositor
Kurt
Weill
e
o
escritor
Maxwell
Anderson,
examinava
o
pesadelo
do
apartheid
sul
africano
muito
antes
do
assunto
ser
difundido.
• Miss
Liberty
(1949
–
308
Perfs)
de
Irving
Berling
com
livro
do
vencedor
do
Pulitzer
Robert
E.
Sherwood,
contava
a
história
de
um
repórter
de
jornal
tentando
identificar
a
mulher
que
posou
como
modelo
para
a
estátua
da
liberdade.
A
partitura
incluía
Give
Me
Your
Tired
e
Let’s
Take
an
Old
Fashioned
Walk.
• O
compositor
Jule
Styne
e
o
letrista
Leo
Robin
transformaram
o
romance
popular
de
Anita
Loos
de
1925
numa
comédia
musical
de
grande
sucesso.
Gentlemen
Prefer
Blondes
(1949
–
740
perfs)
ou,
Os
Homens
Preferem
as
Loiras,
como
ficou
conhecido
no
Brasil
depois
do
filme
de
1953
estrelado
por
Marilyn
Monroe
e
Jane
Russell,
era
um
musical
integrado,
mas
com
comédia
despretensiosa
suficiente
para
ser
classificado
como
comédia
musical.
No
papel
de
Lorelei
Lee,
a
melindrosa
faminta
por
diamantes
com
coração
de
ouro
puro,
Carol
Channing
fez
sua
fama,
parando
o
show
com
sua
arrebatadora
interpretação
de
Little
Girl
from
Little
Rock
e
Diamonds
are
a
Girl’s
Best
Friend.
Ivor
Novello
em
The
Dancing
Years
com
Roma
Beaumont
e
Mary
Ellis
(nas
escadas).
Desta
forma,
Novello
emplacou
show
atrás
de
show,
celebrado
por
uma
legião
de
fãs
(mulheres)
que
sequer
imaginavam
que
seu
ídolo
era
homossexual.
Com
uma
mistura
de
afeição
e
inveja,
o
amigo
de
longa
data
(e
concorrente
na
profissão)
Noel
Coward
certa
vez
disse
que
“as
duas
coisas
mais
adoráveis
no
teatro
britânico
são
o
perfil
de
Ivor
e
a
minha
mente”.
A
quase
ininterrupta
lista
de
musicais
de
sucesso
de
Novello
incluía:
O
musical
que
mais
tempo
ficou
em
cartaz
no
West
End
durante
esse
período
foi
Me
and
My
Girl
(1937
–
1.646
perfs
em
Londres),
a
história
de
um
pobre
cockney
que
herda
o
título
e
a
fortuna
de
um
nobre.
A
partitura
de
Noel
Gay
incluía
a
chiclete
Lambeth
Walk,
e
os
ingleses
lotaram
os
teatros
durante
a
maior
parte
da
Segunda
Guerra.
O
comediante
britânico
Lupino
Lane
triunfou
no
papel
principal
e
estrelou
em
vários
revivals.
Pra
variar,
os
produtores
acharam
que
Me
and
My
Girl
era
britânico
demais
para
a
Broadway.
Em
1985,
Londres
deu
as
boas
vindas
a
uma
versão
profundamente
revisada
estrelando
Robert
Lindsay.
Depois
de
um
novo
triunfo
em
Londres
(onde
ficou
em
cartaz
por
anos),
Me
and
My
Girl
finalmente
viajou
para
Nova
Iorque
em
1986,
e
acumulou
1.420
performances.
Parece
que
mesmo
os
ianques
mais
cabeça-‐dura
são
capazes
de
apreciar
coisas
boas!
South
Pacific
Ezio
Pinza
e
Mary
Martin
na
Playbill
da
primeira
montagem
de
South
Pacific
no
Majestic
Theatre
Com
um
elenco
de
peso:
Ezio
Pinza
e
Mary
Martin,
um
roteiro
minuncioso
e
uma
partitura
que
incluía
clássicos
como
Some
Enchanted
Evening,
Younger
than
Springtime,
Bali
Hai
e
I’m
in
Love
With
a
Wonderful
Guy,
South
Pacific
(1949
–
1.925)
provou
ser
uma
sensação,
criando
uma
demanda
por
ingressos
sem
precedentes.
Alguns
críticos
(sendo
específico,
os
mais
idiotas)
sugeriram
que
alguns
aspectos
do
livro
soavam
datados
para
as
plateias
da
época,
mas
nada
funciona
melhor
do
que
uma
partitura
repleta
de
genuíno
sentimento.
South
Pacific
era
incomum
por
várias
coisas.
Quase
não
havia
dança,
duas
histórias
de
amor
de
igual
importância
puxavam
o
roteiro,
e
a
tensão
dramática
não
acontecia
por
conta
de
um
antagonista
único
(o
famoso
“vilão”)
nem
por
conta
de
um
simples
desentendimento.
Ambas
as
histórias
de
amor
eram
contrariadas
por
conta
de
preconceitos
raciais
“cuidadosamente
ensinados”.
Esse
ódio
por
reflexo
levava
os
personagens
principais
a
se
distanciarem
das
pessoas
que
amavam.
No
caso
do
jovem
tenente
e
da
garota
nativa,
os
resultados
foram
trágicos,
mas
Nellie
e
Emile
ficam
unidos
no
final.
Os
Shuberts
utilizaram
bons
advogados
para
arrastar
a
briga
por
vários
anos,
mas
depois
de
uma
longa
sucessão
de
batalhas
judiciais,
o
governo
federal
venceu.
Os
Shuberts
foram
forçados
a
abrir
mão
do
seu
lucrativo
controle
de
reserva
e
vendas
de
ingressos,
e
também
tiveram
que
vender
vários
de
seus
teatros
em
todo
os
EUA.
Os
irmãos
continuaram
poderosos,
mas
o
seu
controle
sobre
o
teatro
comercial
fora
perdido.
Os
anos
40
viram
uma
vasta
mudança
no
teatro
musical,
tanto
como
forma
artística
como
quanto
negócio.
A
Segunda
Guerra
Mundial
reenergizou
a
economia
americana,
e
muitos
bons
musicais
apareceram
nesta
década,
particularmente
depois
que
Oklahoma!
(1943)
redefiniu
o
gênero.
Mas
os
custos
com
aluguel
de
teatro,
salários
mínimos
controlados
pelo
sindicato
e
publicidade
não
paravam
de
aumentar,
fazendo
com
que
shows
lucrativos
ficassem
cada
vez
mais
raros.
Então,
mesmo
durante
a
era
que
ficou
conhecida
por
muitos
como
“A
Era
de
ouro”,
a
quantidade
de
produções
na
Broadway
(com
raras
exceções)
iniciou
um
declínio
gradual
e
inevitável.
Este
declínio
passou
despercebido
na
década
que
se
seguiu.
Afinal
de
contas,
nos
anos
cinquenta,
o
Musical
da
Broadway
era
uma
das
maiores
e
mais
populares
entidades
de
todo
o
show
business.
Você
leu
o
texto
até
o
fim.
Que
orgulho!
E
melhor
ainda,
leu
os
dois.
Quando
eu
perguntar
em
sala
de
aula
se
você
leu
o
texto
você
deverá,
elegantemente
cruzar
as
pernas
(se
já
estiverem
cruzadas,
descruza
e
cruza
de
novo)
para
que
eu
saiba
quem
leu
o
texto
e
ficar
muito
feliz,
combinado?