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Mídia e Política no Brasil: estudos e perspectivas

Antonio Albino Canelas Rubim e Fernando Antônio Azevedo∗

Índice lógica de indústria cultural e de uma ambi-


ência comunicacional no país, simultanea-
1 A Pré-História dos Estudos Sobre Mí- mente reprimiu as interações possíveis en-
dia e Política no Brasil 1 tre política e mídia, sejam aquelas já pre-
2 O Impacto das Eleições Presidenciais 3 sentes no período anterior aos Golpes de 64
3 Panorama Atual: Lugares, Pesquisa- e 68, sejam as novas modalidades de rela-
dores e Temáticas 6 cionamento possibilitadas pela acelerada ex-
4 Agenda de Pesquisa 8 pansão das mídias, em especial a televisão.
5 Bibliografia 12 Este impedimento da política livremente
se realizar na sociedade e em seus novos
espaços (virtuais) de sociabilidade, engen-
Os estudos de comunicação e política no drados pelas mídias, determinou, por conse-
Brasil têm história recente no Brasil. Este guinte, que a eclosão significativa desta te-
texto pretende, de modo não exaustivo, ras- mática de estudos guardasse uma íntima co-
trear seus itinerários, indicar suas tendências nexão com a redemocratização do país e,
e, despretensiosamente, sugerir uma agenda em especial, com os embates eleitorais, que,
de pesquisa para investigar este objeto de es- neste novo contexto, se realizam em uma so-
tudo que se constitui no lugar de convergên- ciedade na qual a comunicação se tornou am-
cia entre a política e a comunicação. biente constitutivo da sociabilidade.
De imediato, pode-se evocar a situação
político-econômica da país como um dos
eixos determinantes da emergência recente 1 A Pré-História dos Estudos
destes estudos. A ditadura militar se possi- Sobre Mídia e Política no
bilitou, através de uma política de comuni- Brasil
cação específica, o desenvolvimento de uma

Os estudos de comunicação num formato
Antonio Albino Canelas Rubim é Professor de
contemporâneo surgem no país nos anos
Comunicação da Universidade Federal da Bahia e
Presidente da Associação Nacional dos Programas de 70, mas semelhante afirmativa não deve ser
Pós-Graduação em Comunicação – COMPÓS. Fer- feita em relação às análises de mídia e polí-
nando Antônio Azevedo é Professor de Política de tica. Nos anos 70, em particular no seu pe-
Universidade Federal de São Carlos. Esta comuni- ríodo inicial, estes estudos eram quase ine-
cação foi apresentada no IV Congresso Latinoameri-
xistentes. Dentre estas poucas exceções po-
cano de ciencias de la comunicación - 1998.
dem ser citados: a significativa contribui-
2 Antonio Rubim e Fernando Azevedo

ção de Gabriel Cohn para a análise das co- dos exemplos lembrados para demonstrar a
nexões entre comunicação, teoria e ideolo- intensa politização dos estudos e de modo
gia (COHN,1973), a investigação a partir de simultâneo a persistência da ausência de tra-
um modelo quantitativo, acerca da política balhos sobre novas modalidades de interação
no noticiário do Jornal do Brasil e Última entre mídia e política, as quais permaneciam
Hora entre 1960 e 1971 empreendida por Lu- bloqueadas pelo autoritarismo estatal brasi-
cila Scavone, Maria Belloni e Cléa Garbayo leiro.
(SCAVONE,1975) e a análise de discurso re- Aliás, as controversas relações entre o pe-
alizada por Haquira Osakabe, voltada para ríodo ditatorial e a comunicação permanece
preocupações teóricas e para a análise em- como temática revisitada mesmo por traba-
pírica de discursos de Getúlio Vargas (OSA- lhos desenvolvidos posteriormente. Dois de-
KABE,1978). les, uma tese de doutoramento e uma disser-
A ampliação dos espaços democráticos no tação de mestrado, podem ser citados: Mo-
final da década de 70 e no início dos anos dos de olhar o discurso autoritário no Brasil
80 permitiu o surgimento de inúmeras inves- (1968-1978): o noticiário de primeira página
tigações nas fronteiras alargadas da temática na imprensa e a propaganda governamental
comunicação e política. Duas vertentes de na televisão (MATOS,1989) e Ditadura & se-
estudos então se esboçaram, sem que isto dução. Redes de comunicação e coerção no
significasse necessariamente afinidades teó- Brasil - 1969/1974 (WEBER, 1994).
ricas. Antes conformavam espécies de sub- Não por acaso, um balanço sobre a pes-
temáticas, articuladas pela preocupação do- quisa em comunicação no país, realizado em
minante de pensar as mídias como aparelhos congresso no começo dos anos 80 e trans-
de luta política e principalmente ideológica. formado posteriormente em livro, além de
Deste modo, a atenção voltava-se para a arti- não destacar comunicação e política como
culação entre comunicação e regimes autori- área específica, traz muito poucas indicações
tários; classes dominantes e setores subalter- de trabalhos produzidos ou em andamento
nos. acerca da temática (MELO,1983).
Livros como A censura política na im- A campanha pelas "Diretas, já"(1984) e o
prensa brasileira 1968-1978 de Paolo Mar- fim da ditadura (1985) certamente aparecem
coni (MARCONI,1980); Comunicação de como primeiros momentos que põem em
massa sem massa e Televisão e capitalismo movimento, ainda que sutilmente, a mutação
no Brasil (CAPARELLI,1980 e 1982, res- significativa dos estudos brasileiros de mí-
pectivamente); Estado Novo: ideologia e dia e política, sintonizando-os com as ques-
propaganda política (GARCIA,1982); The tões características das sociedades ambienta-
impact of the 1964 revolution on brazilian te- das pelas mídias.
levision (MATTOS,1982); O discurso sufo- Este ponto de mutação está expresso em
cado e Imprensa e capitalismo (MARCON- alguns livros e artigos publicados no pe-
DES FILHO,1982 e 1984, respectivamente); ríodo. Dentre eles cabe destacar A máquina
além dos coletivos Comunicação e classes do narciso. Televisão,indivíduo e poder no
subalternas (MELO,1980) e Comunicação e Brasil, no qual Muniz Sodré reflete acerca
ideologia (NEOTTI,1980) podem ser alguns das repercussões da mídia na contempora-

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Mídia e Política no Brasil 3

neidade e, em particular, da televisão sobre ficativo. Muitas vezes, esta possível aproxi-
o indivíduo, a sociedade e a política. Os im- mação só acontece enquanto discussão das
pactos de uma sociedade de ambiência mi- políticas (democráticas) de comunicação. A
diática, já conformada no país, sobre as con- reversão deste caráter somatório começa a
figurações de uma política em transição co- ocorrer em torno dos meados da década de
meçam então a ser esboçadas. 80. Para isto, contribui o artigo de Ro-
Outros textos buscam também analisar berto Amaral Vieira e César Guimarães de-
a nova situação. Um deles, o de Gisela nominado "A televisão brasileira na transi-
Swetlana Ortriwano, sintomaticamente in- ção. Um caso de conversão rápida à nova or-
titulado "Televisão e abertura: ensaio ge- dem"(VIEIRA,1986). Seguem-se a ele neste
ral"(MARCONDES FILHO, 1985), tenta percurso para as novas questões os artigos
pensar as novas modalidades de conexão em presentes no nono número da revista: "The
formação. Neste contexto também se ins- State, television and political power in Bra-
crevem os livros, publicados em 1985: Co- zil"(LIMA,1989) e principalmente "Meios
municação: teoria e política (MELO,1985- de comunicação de massa e eleições (um ex-
I) e Comunicação e transição democrática perimento brasileiro)", também de Amaral e
(MELO, 1985-II). Guimarães (VIEIRA,1989), que contempla
Com dificuldades, certamente oriundas do o tema das eleições, tão importante para os
inusitado da situação, livros posteriormente posteriores estudos neste campo.
buscam tematizar esta nova situação da inte-
ração entre política e mídia, agora livre dos
2 O Impacto das Eleições
entraves do período autoritário, e subsumi-
das às lógicas oriundas da política em tran- Presidenciais
sição, da indústria cultural e suas "gramáti- Sem dúvida, a eleição presidencial de 1989,
cas". Dentre estes livros podem ser reme- realizada depois de 29 anos sem eleições di-
morados: Opinião pública e debates políti- retas para presidente, aparece como aconte-
cos e Pesquisas eleitorais no debate da im- cimento detonador de um boom imediato e
prensa (THIOLLENT, 1986 e 1989, respec- posterior de reflexões sobre o enlace mídia e
tivamente); Virada eletrônica. O marketing política. Pode-se afirmar que este aconteci-
político na tv (VIANNEY,1987) e Política, mento eleitoral, ao fazer emergir em toda sua
o palco da simulação (BRUM,1988), além potência estas novas conexões entre mídia e
do artigo "Campanha política e meios de co- política, começa verdadeiramente a confor-
municação: a vitória de Jânio em São Paulo, mar um campo de estudos sobre comunica-
1985"(SILVA,1986). ção e política no país, perpassado por olhares
A trajetória da revista Comunicação & Po- sintonizados com esta nova circunstância de
lítica, fundada em março/maio de 1983, tam- sociabilidade acentuadamente midiatizada.
bém pode ser acionada para elucidar esta A rememoração de alguns textos quase
passagem. Em seus primeiros cinco núme- que escritos no calor da hora demonstra o
ros a revista parece trabalhar a comunica- impacto da eleição de 1989 sobre a produção
ção e a política como preocupações parale- acadêmica. A revista Comunicação & Po-
las, que nunca se encontram de modo signi-

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4 Antonio Rubim e Fernando Azevedo

lítica, em duas edições publicadas em 1989 tro do labirinto: um estudo sobre a competi-
e 1990, traz quatro artigos sobre a temática. ção eleitoral na tv (CARVALHO,1994); Cul-
No seu número nove aparece o texto "Comu- tura política e imaginário. Eleição, cultura
nicação, espaço público e eleições presiden- política e comunicação: a eleição presiden-
ciais", na qual a mídia, em especial as tele- cial de 1989 (GUIMARÃES,1995); Política
novelas, já emergem como componentes im- e televisão: o horário gratuito de propaganda
portantes da construção do cenário político eleitoral e A batalha da presidência: o horá-
(RUBIM,1989). Na edição de número 11, a rio eleitoral na campanha de 1989 (ALBU-
revista publica quatro artigos, que têm des- QUERQUE,1991 e 1996, respectivamente) e
dobramentos posteriores desta área de estu- Construindo o significado do voto: retórica
dos: "O presidente na televisão. A cons- da propaganda política pela televisão (SOA-
trução do sujeito e do discurso político no RES,1996), além de inúmeros artigos em re-
guia eleitoral"(FAUSTO NETO,1990); "Te- vistas e capítulos de livros dedicados a esta
levisão e política: hipótese sobre a eleição temática.
presidencial de 1989"(LIMA, 1990); "Co- No interregno entre as eleições presiden-
municação e política: enigma contemporâ- ciais de 1989 e 1994, o episódio do impe-
neo"(RUBIM,1990) e "Pedagogias de despo- achment do presidente Collor produziu uma
litização e desqualificação da política brasi- nova quantidade de estudos, imediatos e pos-
leira"(WEBER,1990). teriores, que contribuíram para a continui-
A lista das reflexões imediatas, sem uma dade do delineamento desta área acadêmica.
preocupação exaustiva, pode ser acrescida Novamente, sem preocupação de produzir
dos seguintes textos: "Indústria da comu- uma listagem exaustiva, podem ser recorda-
nicação: personagem principal das eleições dos os textos: "Museu nostálgico: guerri-
brasileiras de 1989"(LINS DA SILVA,1990); lheiros udenistas"(BUCCI,1992); "Deveras,
Como ganhar uma eleição (FIGUEIREDO e uma fabulação do real?"(CASTRO,1993);
FIGUEIREDO,1990); A cena persuasiva da "O espetáculo da crise: os media e
propaganda política (VALLE,1990) e "Po- o processo de impeachment contra Col-
lítica e cultura no Brasil contemporâneo: lor"(ALBUQUERQUE,1993); "Política em
a experiência das eleições presidenciais de tempos de media: impressões de cri-
1989"(PEREIRA,1991). ses"(RUBIM,1993); "A cara pintada da po-
Este impacto certamente não se circuns- lítica"(WEBER,1993); "Vozes do impeach-
creveu ao entorno temporal das eleições, mas ment"(FAUSTO NETO,1994); O impeach-
permitiu posteriormente a emergência de no- ment da televisão (FAUSTO NETO,1995)
vos estudos atentos ao tema da eleição (inau- e Imprensa e poder: ligações perigosas
guradora) de 1989. Dentre estes trabalhos, (JOSÉ,1996).
muitos deles dissertações e teses, podem A eleição de 1994, apesar dos limites im-
ser lembrados: The role of television ’free- postos pela legislação eleitoral no uso da mí-
time’ in Brazil: a study of the 1989 pre- dia pelos partidos e candidatos (IMPRENSA
sidential election in a comparative pesrpec- OFICIAL,1993 e RUBIM,1994-I), como por
tive (SOUSA,1993); Eleições 89: a razão e a exemplo a proibição da utilização de exter-
sedução das elites (AGUIAR,1993); O cen- nas e de truncagens, permitiu o desenvol-

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Mídia e Política no Brasil 5

vimento de um novo conjunto de reflexões, tos apresentados no grupo de trabalho "Co-


consolidando a instalação do objeto e campo municação e poder", então formado.
de estudos mídia e política, em uma configu- Um ano depois, em novembro de 1991, o
ração mais recente, no universo acadêmico grupo de trabalho, agora também vinculado
brasileiro. a recém criada Associação Nacional de Pro-
Elencar todo o conjunto de atos e falas gramas de Pós-Graduação em Comunicação
acadêmicos acionados para esta consolida- (COMPÓS), realiza uma reunião específica
ção certamente extrapola as fronteiras deste em Salvador. Os 17 trabalhos apresentados
rápido panorama que se tenta traçar. Sem no evento foram reunidos em Anais e sete
dúvida, inúmeros foram os trabalhos apre- deles publicados em número especial e mo-
sentados em encontros e os artigos publica- nográfico (27) da revista Textos de Cultura e
dos em diversas revistas, além das disserta- Comunicação.
ções defendidas e dos livros publicados (AL- Em novembro de 1992, durante o primeiro
MEIDA,1996) sobre as conexões entre mídia encontro anual da COMPÓS, realizado na
e eleições de 1994. Dentro deste contexto, UFRJ, foi realizada a mesa-redonda "Comu-
duas vertentes de estudos começam a se afir- nicação e política na atualidade", sendo cri-
mar. Uma delas enfatiza os estudos do dis- ado durante a reunião o grupo de trabalho
curso político-eleitoral e outra a questão dos em "Comunicação e política". O GT tem
cenários político-eleitorais. Na bibliografia sua reunião inaugural em agosto do ano se-
deste artigo, busca-se indicar, mesmo que de guinte durante o segundo encontro anual da
modo incompleto, os textos localizados so- COMPÓS, realizado na UFBA. Desde então
bre estas temáticas. tornou-se um dos grupos de trabalho mais or-
A emergência da temática da comunica- ganizados e ativos da Associação e um dos
ção e política, sob o impacto das eleições pólos de aglutinação de estudiosos de comu-
presidenciais, não só propiciou uma prolife- nicação e política no país. Em suas cinco
ração de estudos e publicações como estimu- reuniões de trabalho já foram apresentados
lou a constituição de espaços de intercâmbio por volta de 60 "papers"produzidos por mais
acadêmico acerca do assunto. de 30 pesquisadores de inúmeras instituições
Talvez a primeira destas oportunidades de universitárias brasileiras. Os principais tex-
debate específico tenha sido permitida pelo tos apresentados tem sido selecionados e pu-
I Simpósio Nacional de Pesquisa em Co- blicados nos livros anuais editados pela en-
municação, realizado pelo Centro Brasileiro tidade: Comunicação e cultura contemporâ-
de Estudos Latino-Americanos (CBELA), neas (1993); Brasil. Comunicação, cultura
em novembro de 1990, na Escola de Ar- e política (1994); A encenação dos sentidos.
tes e Comunicações da Universidade de São Mídia, cultura e política (1995); O indivíduo
Paulo. A revista Comunicação & Política, e as mídias (1996) e Mídia & Comunicação
do CBELA, em sua conhecida edição intitu- (1997).
lada "Comunicação e poder. Televisão e elei- Além deste encontro anual da COMPÓS e
ções presidenciais", quase que se constitui de seu GT especializado, os estudiosos da te-
em uma publicação monográfica destes tex- mática têm apresentado "papers"em diversos
lugares acadêmicos, em especial em grupos

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6 Antonio Rubim e Fernando Azevedo

de trabalho nas reuniões anuais da Associa- Este conjunto de atividades e encontros,


ção Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação ao criar pólos de gravitação, conhecimento
em Ciências Sociais (ANPOCS) e realizado e interlocução entre os pesquisadores bra-
alguns seminários voltados especialmente a sileiros, vem permitindo que a área desen-
este tema. volva uma mínima organização, imprescin-
Dentre eles podem ser destacados: o semi- dível para sua afirmação como espaço aca-
nário Voto é marketing?, realizado em 1993 dêmico e interdisciplinar e para seu reconhe-
na Escola de Comunicação da UFRJ, cujos cimento entre nós como campo relevante de
textos e debates estão publicados em Voto estudos.
é marketing? (AZEVEDO,1993); o I Semi-
nário sobre Mídia e política, realizado pelo
3 Panorama Atual: Lugares,
GT "Mídia e política"do Mestrado de Ciên-
cia Política da UNB em junho de 1994; o Pesquisadores e Temáticas
seminário Política, cultura e mídia: a expe- A retrospectiva realizada até agora indica o
riência brasileira, promovido pelo Núcleo de descompasso de atenção, interesse e colabo-
Estudos e Pesquisas Sociais do Mestrado de ração das disciplinas envolvidas na consti-
Sociologia da Universidade Federal do Ce- tuição deste campo interdisciplinar no Bra-
ará, em setembro de 1994 e ainda neste ani- sil. Isto fica nítido quando se compara, por
mado ano, em dezembro, o I Encontro Naci- exemplo, a preocupação dos comunicólogos,
onal de Estudos sobre Comunicação e Polí- apesar do caráter recente dos estudos de co-
tica, com a temática central "Mídia e eleições municação no país, e a pouca presença de in-
de 1994", promovido pelo Programa de Pós- vestigações e intervenções oriundas das Ci-
Graduação em Comunicação e Cultura Con- ências Sociais e, em particular, na Ciência
temporâneas da UFBA. Seus trabalhos foram Política, apesar da tradição e do desenvol-
publicados nas revistas Textos de Cultura e vimento acadêmico e institucional alcançado
Comunicação (número 33) e Comunicação por estas disciplinas no Brasil.
& Política de abril/junho de 1995. Para além deste dado significativo de com-
Neste ano de consolidação e de muitos posição desigual do campo interdisciplinar, o
acontecimentos na área de estudos de comu- panorama apresentado aponta alguns lugares
nicação e política também foi realizado pela institucionais, embrionários que sejam, de
Faculdade de Comunicação da UFBA o ci- aglutinação e elaboração acadêmicas. Estes
clo de debates Mídia e política e o Curso de lugares, sem dúvida, devem funcionar como
Especialização em Comunicação e Política. abrigos e estímulos para a produção de estu-
Para concluir esta retrospectiva de organi- dos e pesquisas que estão sendo atualmente
zação e intercâmbio acadêmicos, certamente desenvolvidos e que irão dar contornos mais
incompleta, cabe lembrar que, em maio de consistentes ao campo.
1996, a PUC-SP, durante a VIII Semana de A Escola de Comunicação da UFRJ situa-
Ciências Sociais, História, Geografia e Re- se como um destes lugares. Apesar de uma
lações Internacionais, realizou um grupo de certa diversidade de enfoques e orientações
trabalho dedicado à temática Mídia e polí- teóricas, a Escola tem se caracterizado pela
tica.

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Mídia e Política no Brasil 7

predominância de estudos que se organizam cas, envolvendo as interações atuais entre os


em torno do discurso político que perpassa campos da política e das mídias, o problema
a mídia. Nestes estudos, inscritos em pers- dos espaços público e virtual, a ética, as no-
pectivas semiológicas, linguísticas e de aná- vas (e possíveis) configurações e impasses da
lise de discurso, destacam-se Antônio Fausto política, o funcionamento do jornalismo e da
Neto, bem como o professor Milton José propaganda e a questão da democracia. Den-
Pinto, orientador de muitas das dissertações tre outros localizam-se no programa os pes-
defendidas nesta área. quisadores Antonio Albino Canelas Rubim e
No contexto fluminense, o trabalho de Wilson Gomes.
Afonso de Albuquerque (UFF), centrado na Preocupações assemelhadas, ainda que
compreensão da relação entre política e te- com perspectivas teóricas não necessaria-
levisão, principalmente a propaganda elei- mente aproximadas, com os padrões mi-
toral, ocupa um peculiar espaço, pois sua diáticos da política estão presentes igual-
inscrição teórica distancia-se daquela predo- mente nos textos de pesquisadoras como Ma-
minante na UFRJ, trazendo ao debate um ria Helena Weber (UFRGS), Ceres Castro
conjunto de estudiosos vinculados à tradição e Vera França (UFMG) e Rejane Vasconce-
anglo-saxônica e buscando uma interlocução los (UFC). A Universidade Federal do Ce-
mais íntima com autores oriundos das Ciên- ará, por sinal, em seu Programa de Douto-
cias Sociais e Política. rado e Mestrado em Ciências Sociais tem re-
Aliás, os estudos dos discursos político- alizado algumas incursões no campo da co-
midiáticos, como um dos territórios mais sig- municação e política através de alguns tra-
nificativos de análise das interações contem- balhos de Irlys Barreira, Glória Diógenes e
porâneas entre comunicação e política, têm Márcia Vidal, baseados, por vezes, em estu-
incidência em diversos outros lugares e pes- dos de discurso e voltados para a compreen-
quisadores. Podem ser lembrados, entre ou- são de fenômenos da política cearense.
tros, os estudos de discurso realizadas por es- Também fora da área de comunicação, o
tudiosos como, por exemplo: Murilo Soares Núcleo de Estudos sobre Mídia e Política da
(UNESP), Celi Pinto (UFRGS), Tereza Hal- UNB tem se destacado no campo, concen-
liday (UFRPE) e Elias Gonçalves (UFBA). trando suas investigações nos relacionamen-
A linha de pesquisa "Mídia e política"do tos entre mídia e comportamento eleitoral.
Doutorado e Mestrado do UFBA, entretanto, Tais estudos têm a peculiaridade de sempre
não se inscreve predominantemente neste estarem orientadas pela hipótese do cená-
horizonte teórico-temático. A preocupação rio de representação da política (CRP), for-
majoritária no Programa contempla a refle- mulada por Venício Lima e aplicada em es-
xão sobre as transformações em curso na tudos empíricos pelos componentes do Nú-
sociabilidade contemporânea, compreendida cleo, dentre eles o pesquisador Mauro Porto.
como Idade Mídia, porque impregnada e Ainda na UNB, o Mestrado de Sociologia re-
configurada por redes midiáticas, e suas res- centemente abrigou a dissertação Política e
sonâncias sobre o enlace entre comunicação mídia: uma trilha na compreensão socioló-
e política. Neste ambiente importa o desen- gica de Daniella Rocha, que analisa a produ-
volvimento teórico e investigações empíri-

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8 Antonio Rubim e Fernando Azevedo

ção na área e busca uma alternativa teórica A discussão de uma agenda de pesquisa
distinta das teses brasilienses do CRP. deve permitir a criação de condições para
Para completar este quadro institucional reduzir descompassos, ampliar a interlocu-
e temático-teórico, cabe assinalar no âmbito ção interdisciplinar e inaugurar um itinerá-
das universidades brasileiras, o Laboratório rio mais consistente no sentido de conformar
de Mídia e Política da IUPERJ, dirigido pelo um campo comum de estudos. Nesta pers-
pesquisador Marcus Figueiredo, e o Cen- pectiva dois horizontes de discussão tornam-
tro de Estudos de Opinião Pública da UNI- se essenciais: o mapeamento da sua situação
CAMP, o qual tem tangencialmente estudado teórica e a identificação da agenda temática
a questão dos enlaces entre mídia e política inscrita no campo.
no país, a partir do lugar comum intitulado Uma pauta de pesquisa comum aos co-
"opinião pública". municólogos e cientistas sociais e políticos
deve envolver uma avaliação prévia não só
da agenda temática hoje efetiva e em pers-
4 Agenda de Pesquisa
pectiva, mas também do estado teórico e dos
Sem dúvida, o desenvolvimento recente, o recursos metodológicos atualmente mobili-
interesse tardio e a fraca interlocução en- zados. Com certeza esta não parece ser uma
tre cientistas sociais - em especial cientis- tarefa fácil de realizar pois, se os temas que
tas políticos - e comunicólogos, separados têm freqüentado os estudos apresentam-se
em mundos acadêmicos distintos, se consti- como passíveis de identificação e mesmo de
tuem num dos principais fatores impeditivos classificação, não se pode afirmar o mesmo,
à conformação de uma área temática inter- sem correr riscos de avaliação, em relação ao
disciplinar - compartilhada basicamente por rastreamento teórico e metodológico dos tra-
comunicólogos e cientistas políticos, mas balhos aqui considerados.
também por sociólogos, antropólogos, lin- Tal dificuldade provém da insuficiência de
guístas, semiólogos, filósofos, etc. - capaz de modelos teóricos anteriormente existentes;
viabilizar a convergência de abordagens ana- da já mencionada dispersão da produção e
líticas distintas; permitir a aquisição e uso sua existência recente; do caráter inovador
comum de linguagem, modelos e procedi- de inúmeras questões em cena, que exigem
mentos metodológicos que demonstrem afi- o uso de novas teorias e dispositivos me-
nidades e, finalmente, propiciar o desenvol- todológicos e da inexistência de um campo
vimento teórico acerca deste objeto comum. comum e interdisciplinar de pesquisa que
Evidentemente a inexistência deste campo possibilite a troca e a contraposição teórico-
de pesquisa interdisciplinar provocou prejuí- metodológicas mais nítidas.
zos para a compreensão mais rigorosa das re- Contudo - e apenas como um ponto de par-
lações existentes entre política e mídia. Esta tida para uma possível discussão mais apro-
situação terminou por gerar uma produção fundada sobre a questão - resume-se aqui
dispersa do ponto de vista institucional, te- as vinculações teóricas mais evidentes e re-
mático e teórico-metodológico nas áreas dis- correntes que a produção considerada neste
ciplinares afins, apesar dos pólos de agluti- texto adotou na trajetória que engloba o pe-
nação ora em constituição. ríodo pioneiro (anos 70 e 80) e o momento

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Mídia e Política no Brasil 9

seguinte que se desdobra até hoje (final dos A marca deste segundo momento
anos 80 e década de 90). manifesta-se em um complexo processo
Entre os anos 70 e 80, como já foi anotado de reconfiguração teórica e metodológica,
em outra passagem deste texto, os temas re- ainda pouco definido quanto às suas direções
tinham um território alargado, com alta per- predominantes. Mas a assimilação entre
meação da categoria ideologia, certamente, comunicação e ideologia torna-se bastante
na época, noção chave demandada para des- nuançada pela introdução de uma diversi-
nudar a presumida relação mídia e política. dade de outros processos, perspectivas e
A noção de indústria cultural, muitas vezes interesses de investigação. Assim, algumas
manuseada de modo negativo e algo distinto das orientações teórico-metodológicas
do universo de seus formuladores Theodor anteriores persistem, mas modificadas pelo
Adorno e Max Horkheimer, inscritos na Es- enfrentamento das novidades e pela novas
cola de Frankfurt; a teoria da hegemonia de aquisições teóricas.
Antonio Gramsci e a noção derivada e trans- Os estudos do discurso, por exemplo,
mutada dos aparelhos ideológicos de Estado sem abandonar obrigatoriamente as atitudes
(AIE) passam a inspirar os estudos de comu- semiológico-estrutural, sofrem acentuada in-
nicação e, em especial, aqueles localizados fluência dos procedimentos de leitura da cor-
no campo da mídia e política. Mesmo os es- rente intitulada "análise de discurso", espe-
tudos estruturalistas, em fortalecimento na- cialmente de tradição francesa, e das teorias
queles anos e com presença significativa nas da enunciação e da recepção. A produção da
áreas da semiologia e da linguística, privi- UFRJ em comunicação e política, por exem-
legiam esta impregnância da noção de ideo- plo, inscreve-se majoritariamente nesta pers-
logia nas reflexões acerca da comunicação. pectiva.
Na verdade, a recorrência a estas teses e teó- As teses gramscianas da hegemonia man-
ricos guardam íntima conexão com a recep- têm vigência em uma diversidade de estu-
ção positiva da Teoria Crítica e das obras de dos, por vezes de modo quase puro, por ve-
Gramsci, desde o final dos anos 60, e com a zes mitigadas com formulações posteriores,
ascensão do marxismo como paradigma do- como o cultural studies, cujos principais au-
minante no ambiente universitário brasileiro. tores Raymond Williams e Stuart Hall rece-
O momento seguinte, inaugurado em bem forte influência do próprio pensamento
torno do final dos anos 80, exige abordagens de Gramsci. O exemplo mais elaborado no
teórico-metodológicas que ensejem a com- Brasil da assimilação deste horizonte e da
preensão da nova situação das relações en- tentativa de, a partir dele e de outras contri-
tre mídia e política. Ele caracteriza-se pela buições afins, construir novos instrumentos
novidade da presença liberada da política no de análise (como a hipótese do CRP) está lo-
espaço virtual engendrado pelas mídias, in- calizado no Núcleo de Estudos sobre Mídia
clusive invadindo outros registros midiáti- e Política da UNB.
cos, como os ficcionais, e pelo impacto da Além destas teorias e autores, inúmeros
comunicação midiática na competição elei- outros estão presentes nos estudos de co-
toral (eleições de 1989 e 1994) e no processo municação e política do período em refe-
político (impeachment de Collor). rência. Jürgen Habermas certamente apa-

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rece como o mais referido deles, em espe- exemplo, aquelas mais próximas do compor-
cial por suas formulações sobre a "esfera pú- tamento eleitoral ou das análises da "opinião
blica"e por suas teses sobre a "ação comu- pública".
nicativa". Tais noções atravessam inúmeros Quanto a identificação da agenda temá-
estudos de comunicação e política brasilei- tica, ela deve não só servir para caracteri-
ros, seja para serem rejeitados ou assimila- zar os estudos já existentes, mas, simultane-
dos de modo crítico e consistente ou, por ve- amente, iluminar os territórios temáticos que
zes ainda, de modo apressado, sem o devido conformam o campo e as questões que de-
questionamento requerido pelo contexto teó- mandam esforços de investigações específi-
rico de origem destas noções. Dentre os fran- cas. Em uma aproximação certamente pre-
ceses, além das presenças de Jean Baudril- liminar pode-se propor as seguintes dimen-
lard e Paul Virilio, destaca-se Pierre Bour- sões: 1. comportamento eleitoral e mídias;
dieu, mais pela influência de sua noção de 2. discursos políticos midiatizados; 3. "es-
campo social, base teórica para a entendi- tudos produtivos da mídia"4. ética, política
mento do campo das mídias, que por suas e mídia; 5. mídia e reconfiguração do es-
teses acerca do "habitus"ou do "poder sim- paço público (formação da agenda, da opi-
bólico". nião pública e do imaginário social, cenários
A presença de autores anglo-saxãos ainda de representação, etc); 6. sociabilidade con-
aparece de forma tímida na literatura nacio- temporânea, mídia e política e 7. políticas
nal, com a exceção já assinalada dos traba- públicas de comunicações.
lhos de Afonso de Albuquerque; de mais al- 1. Apesar da crescente expansão dos es-
guns outros autores e daqueles marcados pe- tudos sobre mídia e comportamento eleito-
los cultural studies. No entanto, certa assimi- ral tanto na área da Ciência Política quanto
lação das teses da agenda-setting e newsma- na Comunicação, eles tendem, no primeiro
king permeiam muitos dos estudos aqui ana- caso, a subestimar o papel das mídias no
lisados sem alcançar, entretanto, um posição processo eleitoral e, no segundo caso, a
central como por vezes ocorre nos Estados superestimá-lo. Contudo, esta dimensão se
Unidos. Em zona de proximidade com as te- constitui numa das mais operativas linhas de
ses da agenda-setting, a reflexão de N. Luh- pesquisa desde as eleições presidenciais de
mann acerca da "tematização", filiada à tra- 1989 e certamente voltará a ganhar relevân-
dição teórica européia, também não teve uma cia estratégica no próximo ano quando ocor-
recepção compatível com a sua presença in- rerá mais uma eleição presidencial casada
telectual internacional. com eleições estaduais e renovação do Con-
O isolamento entre os estudos acadêmi- gresso Nacional. Ela aglutina temas que ar-
cos e as pesquisas voltadas para o mercado ticulam as mídias e vários aspectos do pro-
(institutos de pesquisa, agências de marke- cesso político, como a propaganda eleitoral,
ting e propaganda, etc.), sem dúvida, tam- a formação da agenda das mídias e a agenda
bém deve ser incluído como um dos fatores pública, o impacto da imprensa e da televi-
que dificultam um desenvolvimento mais rá- são na decisão do voto, etc.
pido deste campo de estudos, em especial, Promissora do ponto de vista temático e
em algumas dimensões temáticas, como, por contando com recursos metodológicos e ana-

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Mídia e Política no Brasil 11

líticos desenvolvidos e estatisticamente so- diência e suas repercussões no campo polí-


fisticados, esta é uma linha de investigação tico constitui um dos exemplo de questões a
não só competitiva (em relação a captação de ser desenvolvidas.
financiamentos individuais ou institucionais) 4. As reflexões acerca da ética, da co-
como apresenta grandes chances de se con- municação e da política e das suas inter-
solidar como uma das áreas acadêmicas mais faces encontram-se em situação contrária
dinâmicas. Diante da proximidade das elei- as dimensões descritas nos dois primeiros
ções de 1998, talvez fosse interessante discu- itens. Neste caso, o problema essencial a ser
tir inclusive a possibilidade efetiva de se arti- enfrentado manifesta-se pela quase inexis-
cular um projeto interinstitucional de alcance tência de esforços teórico-investigativos em
nacional que permitisse mapear a influência uma questão, sem dúvida, inquietante para a
da mídia na competição eleitoral e nas diver- sociedade contemporânea, que assiste a uma
sas regiões do país, a exemplo do que foi intensa relativização dos valores e da mo-
feito na célebre pesquisa eleitoral de 1974 ral em lugares sociais estabelecidos e uma
que praticamente inaugurou a moderna in- demanda acelerada de axiologias para novas
vestigação sobre partidos e eleições no Bra- modalidades de vivência sociais.
sil. 5. A emergência e mutações dos lugares e
2. Os estudos dos atos de fala políti- modalidades sociais de estruturação e funci-
cos, também uma linha de crescente inci- onamento da dimensão pública na sociedade
dência de análises, em uma situação de mai- atual têm estimulado o surgimento de diver-
ores convergências do trabalho analítico e sas formulações analíticas e teóricas. Neste
de intercâmbio de procedimentos de leitura ângulo específico os problemas mais mar-
- inclusive com áreas afins de competência cantes têm sido a ausência de diálogo e tro-
como a linguística, a semiologia, a semió- cas e de adequações necessárias a este inter-
tica, a retórica, etc - certamente lapidaria seu câmbio entre as contribuições teóricas pro-
instrumental teórico-metodológico e encon- venientes das Ciência Política, da Comuni-
traria resultados mais elucidativos acerca dos cação e da Filosofia Política.
discursos políticos midiáticos, de seus pro- Dentro desta dimensão, pode-se enfatizar
cessos de produção de significados e símbo- a linha de estudo dirigida especificamente
los, de seus protocolos de enunciação e ne- para a análise da formação e desenvolvi-
gociação de sentidos, bem como de seus sis- mento da "esfera pública"através da ótica
temas discursivos. da "publicização", o que envolve, entre ou-
3. Está agrupada nesta dimensão os vá- tros perspectivas possíveis, a reconstituição
rios aspectos ligados à gênese, estruturação, e compreensão da trajetória histórica da im-
funcionamento e a lógica operativa (o que prensa e da televisão brasileira e a análise
incluiria investigações baseados na hipótese da relação das mídias com os núcleos de po-
da agenda setting e do newsmaking) das di- der, dentro e fora do Estado, os partidos e os
versas mídias, impressas, eletrônicas e digi- grupos sociais, bem como o entendimento da
tais. Estudos sobre jornais e televisão, sob nova natureza da "esfera pública"numa soci-
o aspecto da organização e produção editori- edade mediatizada.
ais relacionados com a competição pela au- 6. Esta dimensão tem suas fronteiras alar-

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12 Antonio Rubim e Fernando Azevedo

gadas pelos dispositivos próprios da soci- de uma interlocução mais sistemática, apesar
abilidade contemporânea, a qual (re)define das iniciativas, entre estas áreas disciplinares
as hierarquias sociais e as relações de po- afins e igualmente entre o meio acadêmico e
der instaladas e em funcionamento na so- as entidades profissionais deste setor e, por
ciedade. Trata-se aqui de buscar entender fim, a reduzida elaboração teórica.
quais as (re)configurações, tensões e impas- Para acelerar esta trajetória de desenvol-
ses que caracterizam a realização dos cam- vimento e conformar de modo consistente
pos da política e da comunicação em uma este campo comum de estudos, será neces-
sociedade midiática. Esta linha de estudos sário adensar o número de projetos, investi-
requer a compreensão das mutações expe- gações e análises; adotar desenhos de pes-
rimentadas pela comunicação, pela política, quisa articulados a modelos teóricos e pro-
por seus componentes e suas conexões na cedimentos metodológicos mais orientados
atualidade. para a especificidade do objeto de estudo; re-
7. Nesta linha, que já vem sendo desenvol- forçar o repertório teórico e metodológico da
vida desde algum tempo na área de Comuni- área; ampliar as modalidades de intercâmbio
cação, se encaixa os estudos relativos à polí- entre os pesquisadores e fortalecer lugares
tica e a regulação governamental para o setor institucionais de ancoramento de grupos de
das comunicações (legislação, agências e ór- estudiosos. A interlocução entre as colabo-
gãos institucionais, processos de concessão rações acadêmico-intelectuais das diversas
de canais, etc.) e a análise do seu impacto no áreas disciplinares envolvidas, em especial
plano político, ideológico e na configuração os estudos de Comunicação e as Ciências So-
do mercado nacional ou regional de comuni- ciais e Política, aparece como dado primor-
cação. Exemplos de estudos que podem ser dial para permitir a tessitura deste campo in-
desenvolvidos dentro desta dimensão são os terdisciplinar de trabalho e pesquisa.
estudos de casos sobre os processos de to-
mada de decisão sobre legislações específi-
5 Bibliografia
cas, o que envolve a reconstituição da arena
decisória e o jogo dos atores envolvidos no AGUIAR, Carli B. Eleições 89: a razão e
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Em resumo, pode-se concluir este pe- doutoramento).
queno e preliminar esboço do panorama de
estudos de mídia e política no Brasil relem- AGUIAR, Carli B. A imprensa e as eleições
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sua configuração atual, mesmo sem esque- In: Comunicação & Política. Rio de
cer os avanços significativos acontecidos nos Janeiro, I (3): 179-194, abril/julho de
últimos anos. Assim podem ser lembrados 1995.
os seguintes aspectos: seu caráter recente; ALBUQUERQUE, Afonso de. Política e te-
o descompasso de interesses de suas disci- levisão: o horário gratuito de propa-
plinas afins; o ainda pequeno repertório nu- ganda eleitoral. Rio de Janeiro, Escola
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