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N-2426 REV.

A JUN / 98

DESCARTE DE SOLUÇÕES
COM PRATA, CHUMBO
OU MERCÚRIO
Procedimento
Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.

Esta Norma é a Revalidação da revisão anterior.

Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do texto


desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o responsável pela
adoção e aplicação dos itens da mesma.
Requisito Mandatório: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve ser
CONTEC utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual resolução de
Comissão de Normas não seguí-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve ter fundamentos técnico-
Técnicas gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta
Norma. É caracterizada pelos verbos: “dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros
verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada (não-mandatória): Prescrição que pode ser utilizada nas


condições previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade
de alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário
desta Norma. É caracterizada pelos verbos: “recomendar”, “poder”, “sugerir” e
“aconselhar” (verbos de caráter não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática
SC - 34 Recomendada].
Cópias dos registros das "não-conformidades" com esta Norma, que possam contribuir
Meio Ambiente
para o aprimoramento da mesma, devem ser enviadas para a CONTEC - Subcomissão
Autora.
As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC - Subcomissão
Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o item a ser revisado, a
proposta de redação e a justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas
durante os trabalhos para alteração desta Norma.
“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO
S.A. - PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização
da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente,
através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A
circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e
Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação

As normas técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho –


GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelos
Representantes Locais (representantes das Unidades Industriais, Empreendimentos de Engenharia,
Divisões Técnicas e Subsidiárias), são aprovadas pelas Subcomissões Autoras – SCs (formadas por
técnicos de uma mesma especialidade, representando os Órgãos da Companhia e as Subsidiárias) e
aprovadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das Superintendências dos
Órgãos da Companhia e das suas Subsidiárias, usuários das normas). Uma norma técnica
PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser
reanalisada a cada 5 (cinco) anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As normas técnicas
PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a norma PETROBRAS N -1. Para
informações completas sobre as normas técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas
PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 5 páginas


N-2426 REV. A JUN / 98

PÁGINA EM BRANCO

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N-2426 REV. A JUN / 98

PREFÁCIO

Esta Norma PETROBRAS N-2426 REV. A JUN/98 é a Revalidação da Norma


PETROBRAS N-2426 REV. Ø OUT/92, não tendo sido alterado o seu conteúdo. Com
exceção do seu título.

1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma estabelece procedimentos para tratamento de soluções contendo metais
pesados, oriundos de resíduos de laboratório, para descarte na rede de efluentes líquidos da
unidade.

1.2 Esta Norma é aplicável aos seguintes metais pesados: prata, chumbo e mercúrio.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contêm prescrições válidas para a
presente Norma.

CONAMA - Resolução no 20, de 18 de junho de 1986;


PETROBRAS N-38 - Projeto de Drenagem e Pré-Tratamento de Despejos
Líquidos de Unidades Industriais;
PETROBRAS N-2346 - Ficha de Informações de Segurança sobre Produto
Químico;
PETROBRAS N-2350 - Classificação, Armazenamento Temporário e
Transporte de Resíduos Industriais e Comerciais;
ASTM D-3223 - Disposal of Mercury - Containing Wastes.

3 DEFINIÇÕES

Para os propósitos desta Norma é adotada a definição a seguir:

3.1 Metais Pesados

Entende-se por metais pesados as formas catiônicas Hg (II), Pb(II) e Ag(I).

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Sais de mercúrio, prata e chumbo podem ser retidos com mais segurança na forma se
sulfeto, em pH alto. Soluções ácidas devem ser neutralizadas e combinadas com rejeitos
alcalinos.

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4.2 O tiossulfato de sódio, usado para precipitar os metais pesados, não deve ser adicionado a
despejos acidificados devido à sua rápida decomposição a enxofre elementar, o que causa o
aumento do rejeito sólido obtido.

4.3 A conversão de sulfeto de mercúrio a metilmercúrio por bactérias deve ser evitada,
mantendo-se o pH acima de 10.

4.4 O volume total de resíduos a serem tratados não deve exceder à capacidade dos
equipamentos e vidrarias usuais do laboratório.

4.5 Os resíduos de que trata esta Norma não devem ser misturados com os demais resíduos de
laboratório.

4.6 No tocante às precauções de Segurança Industrial e Proteção ao Meio Ambiente, deve ser
observada a norma PETROBRAS N-2346.

5 PROCEDIMENTO

5.1 Combinar todas as soluções residuárias ácidas e diluir com igual volume de água.

Nota: Se houver presença de sólidos incrustados nos recipientes de estocagem de resíduos


líquidos contendo metais pesados, esses sólidos devem ser dissolvidos. Para tanto pode
ser usada uma solução de HNO3 1:1.

5.2 Ajustar o pH a um pouco acima de 07 (sete) adicionando vagarosamente uma solução de


NaOH (40 a 50% massa/volume), com agitação. Juntar os despejos neutralizados e os
alcalinos. Se o pH não estiver maior ou igual a 10 (dez), adicionar hidróxido de sódio (NaOH),
agitando até obter um pH entre 10 (dez) e 11(onze).

Nota: Esta operação pode elevar a temperatura do despejo.

5.3 Adicionar, com agitação, pequenas porções de solução de tiossulfato de sódio (Na2S2O3
40 a 50% massa/volume) à solução cáustica, enquanto ainda quente, até que não haja mais
formação de precipitado.

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5.4 Esperar o precipitado decantar. Certificar-se de que o pH é superior a 10; se necessário,


acrescentar solução de NaOH. Retirar alguns mililitros do sobrenadante, e adicionar um
volume igual de solução de tiossulfato de sódio. Se o líquido sobrenadante contiver ainda
metais pesados dissolvidos, um precipitado deve se formar rapidamente, indicando a
necessidade de continuar a se tratar a solução com tiossulfato de sódio.

5.5 Decantar e retirar o sobrenadante, descartando-o, atendendo a norma PETROBRAS N-38


e a legislação ambiental vigente, a nível federal (Resolução CONAMA 20/86), estadual e
municipal, a que for mais restritiva.

5.6 Lavar o precipitado duas vezes com água, contendo traços de NaOH. Deixar decantar e
descartar as águas de lavagem, segundo a seção 5.5.

5.7 Secar o precipitado primeiro ao ar e depois em estufa (temperatura máxima 110°C).


Estocar, descartar ou reciclar o precipitado seco de acordo com a norma PETROBRAS
N-2350.

Notas: 1) O papel de filtro, quando usado no tratamento dos resíduos contendo metais
pesados, deve ser descartado conforme a norma PETROBRAS N-2350.
2) Especial atenção deve ser dada à regulagem de temperatura da estufa, pois o sulfeto
de mercúrio volatiza a 583°C.

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