Você está na página 1de 28

N-2232 REV.

B ABR / 2007

CONTEC SC-17
VÁLVULA GAVETA - REQUISITOS
Tubulação SUPLEMENTARES

2a Emenda

Esta é a 2a Emenda da Norma PETROBRAS N-2232 REV. B e se destina a modificar o seu


texto na parte indicada a seguir.

- Capítulo 2:

Exclusão do termo “A ser publicada” na norma PETROBRAS N-2827.

- Itens 5.1.8, 5.1.9 e 5.1.10:

Alteração em seu conteúdo.

- 5.1.11:

Incluído.

- 5.2.1, 5.5.1, 5.7 e 5.8.3:

Alteração em seu conteúdo.

- TABELA 3:

Alteração em seu conteúdo.

Nota: As novas páginas das alterações efetuadas estão localizadas nas páginas
originais correspondentes.

_____________

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 1 página


N-2232 REV. B AGO / 2006

VÁLVULA GAVETA -
REQUISITOS SUPLEMENTARES

Especificação
Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.
Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o
responsável pela adoção e aplicação dos seus itens.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
CONTEC eventual resolução de não segui-la (“não-conformidade” com esta Norma) deve
Comissão de Normalização ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo
Técnica Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos:
“dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da
PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos:
“recomendar”, “poder”, “sugerir” e “aconselhar” (verbos de caráter
não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].
Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 17 CONTEC - Subcomissão Autora.

Tubulação
As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o
item a ser revisado, a proposta de redação e a justificativa técnico-econômica.
As propostas são apreciadas durante os trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S.A. - PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa
autorização da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação
pertinente, através da qual serão imputadas as responsabilidades
cabíveis. A circulação externa será regulada mediante cláusula própria de
Sigilo e Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelas
Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias, são aprovadas pelas Subcomissões Autoras - SCs
(formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as Unidades da Companhia e
as suas Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos representantes das
Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS está sujeita a
revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada 5 anos para
ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas em
conformidade com a norma PETROBRAS N-1. Para informações completas sobre as Normas
Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 17 páginas, Índice de Revisões e GT


N-2232 REV. B AGO / 2006

SUMÁRIO

1 OBJETIVO........................................................................................................................................................... 3

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES............................................................................................................... 4

3 DEFINIÇÕES....................................................................................................................................................... 5

4 CONDIÇÕES GERAIS ........................................................................................................................................ 7

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS DE PROJETO ...................................................................................................... 8

6 INSPEÇÃO, ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO ........................................................................................................... 13

7 MARCAÇÃO ...................................................................................................................................................... 16

8 PRESERVAÇÃO, CONDICIONAMENTO, EMBALAGEM E TRANSPORTE .................................................... 16

9 DOCUMENTAÇÃO DE PROJETO FABRICAÇÃO............................................................................................ 16

FIGURAS

FIGURA 1 - VÁLVULA GAVETA DE AÇO FUNDIDO FLANGEADA E PARA SOLDA DE TOPO, HASTE
ASCENDENTE.................................................................................................................................... 3

FIGURA 2 - VÁLVULA GAVETA DE AÇO FORJADO, ROSQUEADA OU COM ENCAIXE PARA SOLDA, HASTE
ASCENDENTE.................................................................................................................................... 9

TABELAS

TABELA 1 - PADRÕES CONSTRUTIVOS DAS VÁLVULAS GAVETA INDUSTRIAIS ........................................... 3

TABELA 2 - JUNTA DE VEDAÇÃO DA LIGAÇÃO CORPO COM O CASTELO ..................................................... 9

TABELA 3 - MATERIAL DOS ESTOJOS/PARAFUSOS E PORCAS DA UNIÃO CORPO-CASTELO.................. 12

2
N-2232 REV. B AGO / 2006

1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma estabelece os requisitos suplementares de projeto e fabricação, bem como
as condições gerais de fornecimento, inspeção e aceitação para válvulas gaveta de
aço-carbono, aço-liga e aço inoxidável de construção fundida ou forjada, para uso em
instalações de Exploração, Produção, Refino e Transporte, naqueles serviços e materiais
previstos nas normas PETROBRAS N-76, N-2668 e na especificação técnica de materiais
de tubulação da área de Exploração e Produção ET-200.03.

1.2 As válvulas objeto desta Norma correspondem às classes de pressão ASME 150, 300,
600, 900, 1500 e 2500; e 800 da norma ISO 15761 (API 602).

1.3 As válvulas objeto desta Norma estão definidas na TABELA 1.

TABELA 1 - PADRÕES CONSTRUTIVOS DAS VÁLVULAS GAVETA


INDUSTRIAIS

Material do Corpo / Extremidades da Válvula

Aço Forjado Aço Fundido ou Forjado

ES Flange ou Solda de Topo

DN 1/2” - 1 1/2” 2” a 24” 2”a 16” 2”a 12” 26” a 42"

Classe 800, 1500 2500 150 a 900 1500 2500 150 a 600

Norma Norma Normas


Uso Norma ISO 10434
ISO 15761 ASME ASME B16.34 e
Geral (API 600)
(API 602) B16.34 ASME B16.47

1.4 No caso de conflito de requisitos entre esta Norma e as normas citadas no Capítulo 2, a
prevalência é desta Norma.

1.5 Esta Norma se aplica a projetos iniciados a partir da data de sua edição e também a
instalações/equipamentos já existentes, quando da sua manutenção ou reforma.

1.6 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

3
N-2232 REV. B AGO / 2006

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contêm prescrições válidas


para a presente Norma.

PETROBRAS N-12 - Acondicionamento e Embalagem de Válvulas;


PETROBRAS N-76 - Materiais de Tubulação Para Instalações de Refino e
Transporte;
PETROBRAS N-133 - Soldagem;
PETROBRAS N-1591 - Ligas Metálicas e Metais - Identificação Através de
Testes Pelo Imã e Por Pontos;
PETROBRAS N-1598 - Ensaio Não-Destrutivo - Partículas Magnéticas;
PETROBRAS N-1693 - Critério Para Padronização de Material de Tubulação;
PETROBRAS N-2668 - Válvulas Industriais;
PETROBRAS N-2827 - Homologação e Validação de Projetos de Válvulas
Industriais;
ET-200.03 - Especificação Técnica de Materiais de Tubulação da
Área de Exploração e Produção da PETROBRAS;
ISO 10434 (API 600) - Bolted Bonnet Steel Gate Valves for Petroleum and
Natural Gas Industries;
ISO 14313 (API 6D) - Petroleum and Natural Gas Industries - Pipeline
Transportation Systems - Pipeline Valves;
ISO 15761 (API 602) - Steel Gate, Globe and Check Valves for Sizes DN 100
and Smaller, for the Petroleum and Natural Gas
Industries;
API STD 589 - Fire Test for Evaluation of Valve Stem Packing;
API STD 600 - Bolted Bonnet Steel Gate Valves for Petroleum and
Natural Gas Industries;
API STD 602 - Steel Gate, Globe and Check Valves for Sizes DN 100
and Smaller for the Petroleum and Natural Gas
Industries;
ASME Boiler and Pressure Vessel Code - Section VIII Div. 1;
ASME B1.20.1 - Pipe Threads, General Purpose (Inch);
ASME B16.5 - Pipe Flanges and Fittings NPS 1/2 Through NPS
24 Metric/Inch Standard;
ASME B16.10 - Face-to-Face and End-to-End Dimensions of Valves;
ASME B16.11 - Forged Fittings, Socket-Welding and Threaded;
ASME B16.25 - Buttwelding Ends;
ASME B16.34 - Valves-Flanged, Threaded and Welding End;
ASME B16.47 - Large Diameter Steel Flanges;
ASTM A 105/A 105M - Standard Specification for Carbon Steel Forgings for
Piping Applications;
ASTM A 182/A 182M - Standard Specification for Forged or Rolled Alloy and
Stainless Stell Pipe Flanges, Forged Fittings, and
Valves and Parts for High-Temperature Service;
ASTM A 193/A193M - Standard Specification for Alloy-Stell and Stainless
Stell Bolting Materials for High-Temperature Service;
ASTM A194 /A194M - Standard Specification for Carbon and Alloy Steel Nuts
for Bolts for High Pressure or High Temperature
Service, or Both;
ASTM A 216/A 216M - Standard Specification for Steel Castings, Carbon,
Suitable for Fusion Welding, for High-Temperature
Service;
ASTM A 217/A 217M - Standard Specification for Steel Castings, Martensitic
Stainless and Alloy, for Pressure-Containing Parts,
Suitable for High-temperature Service;

4
N-2232 REV. B AGO / 2006

ASTM A 262 - Standard Practices for Detecting Susceptibility to


Intergranular Attack in Austenitic Stainless Steels;
ASTM A 320/A 320M - Standard Specification for Alloy-Steel and Stainless
Stell Bolting Materials for Low-Temperature Service;
ASTM A 350/A 350M - Standard Specification for Carbon and Low-Alloy Steel
Forgings, Requiring Notch Toughness Testing for
Piping Components;
ASTM A 351/A 351M - Standard Specification for Castings, Austenitic, for
Pressure-Containing Parts;
ASTM A 352/A 352M - Standard Specification for Steel Castings, Ferritic and
Martensitic, for Pressure-Containg Parts, Suitable for
Low-Temperature Service;
ASTM A 774/A 774M - Standard Specification for As-Welded Wrought
Austenitic Stainless Steel Fittings for General
Corrosive Service at Low and Moderate Temperatures;
ASTM A 997 - Standard Practice for Investment Castings, Surface
Acceptance Standards, Visual Examination;
ASTM B 841 - Standard Specification for Electrodeposited Coating for
Zinc Nickel Alloy Deposits;
ASTM B 849 - Standard Specification for Pre-Treatments of Iron or
Steel for Reducing Risk of Hydrogen Embrittlement;
ASTM B 850 - Standard Guide for Post-Coating Treatments of Steel
for Reducing Risk of Hydrogen Embrittlement;
ASTM B 584 - Standard Specification for Copper Alloy Sand Castings
for General Applications;
MSS SP-51 - Class 150LW Corrosion Resistant Cast Flanges and
Flanged Fittings;
MSS SP-55 - Quality Standard for Steel Castings for Valves,
Flanges, Fittings, and Other Piping Components -
Visual Method for Evaluation of Surface Irregularities;
MSS SP-91 - Guidelines for Manual Operation of Valves.

3 DEFINIÇÕES

Para os propósitos desta Norma são adotadas as definições indicadas nos itens 3.1 e 3.2.

3.1 Nomenclatura

Deve ser adotada a nomenclatura conforme indicada nas FIGURAS 1 e 2.

5
N-2232 REV. B AGO / 2006

1 PORCA DO VOLANTE

2 VOLANTE

3 BUCHA DA HASTE

4 PARAFUSO DE OLHAL

5 PREME GAXETA (PEÇA ÚNICA)

6 PINO DO PARAFUSO DE OLHAL

7 PRISIONEIRO

8 TAMPA OU TAMPA CASTELO

9 GAXETA

10 JUNTA DE VEDAÇÃO

11 HASTE

12 CUNHA OU GAVETA

13 ANEL DE VEDAÇÃO DO CORPO

14 CORPO

ROSQUEADA OU
ENCAIXE PARA SOLDA

FIGURA 2 - VÁLVULA GAVETA DE AÇO FORJADO, ROSQUEADA OU COM


ENCAIXE PARA SOLDA, HASTE ASCENDENTE

3.2 Internos (TRIM)

Denominação dada ao conjunto formado pela haste, pela contravedação da haste, pela
superfície de assentamento da gaveta e pela superfície de assentamento do anel de sede.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Classificação

Para efeito desta Norma, as válvulas podem ser classificadas conforme o tipo de
extremidades, de gaveta e de acionamento.

4.1.1 Quanto ao tipo de extremidades as válvulas classificam-se em:

a) flangeadas;
b) solda de topo;
c) solda de encaixe;
d) roscadas.

7
N-2232 REV. B AGO / 2006

4.1.2 Quanto ao tipo de gaveta as válvulas classificam-se em:

a) gaveta tipo cunha inteiriça (“solid one-piece wedge gate”);


b) gaveta tipo cunha flexível (“flexible one-piece wedge gate“);
c) gaveta tipo cunha articulada (“split wedge gate“);
d) gaveta tipo disco duplo (“double-disc gate“).

4.1.3 Quanto ao tipo de acionamento da válvula classificam-se em:

a) válvulas não motorizadas, acionadas através de volante com ou sem


mecanismo de redução;
b) válvulas motorizadas, acionadas através de sistemas eletromecânicos,
hidráulicos ou pneumáticos.

4.2 Condições de Fornecimento - Garantia de Fabricação

A garantia de fabricação deve atender ao estabelecido nas “Condições Geral de


Fornecimento de Material da PETROBRAS”.

4.3 Requisitos Básicos para Pedido de Compra

4.3.1 Os pedidos de compra de válvulas padronizadas devem utilizar as especificações de


materiais e dados construtivos, conforme as normas PETROBRAS N-76 ou N-2668 ou
ET-200.03, e solicitar os certificados de teste ou outros requisitos adicionais de qualidade
que possam ser requeridos.

4.3.2 Nos casos de válvulas especiais, os pedidos de compra devem conter adicionalmente
ao item 4.3.1 as condições operacionais que impliquem em soluções particulares (fluído e
contaminantes, temperatura, pressão e limpeza com vapor).

4.3.3 A organização desses dados descritivos deve ser conforme o Padrão de Descrição de
Material (PDM) da PETROBRAS.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS DE PROJETO

5.1 Corpo, Tampa, Castelo ou Tampa-Castelo

5.1.1 Para dimensão face a face utilizar as seguintes normas:

a) válvulas flangeadas e para solda de topo, utilizar a norma ASME B16.10;


b) para dimensões face a face acima dos diâmetros padronizados pela
TABELA 1, é necessário acordo entre PETROBRAS e fabricante;
c) as dimensões face a face de válvulas roscadas e encaixe para solda devem
estar de acordo com os padrões do fabricante.

8
N-2232 REV. B AGO / 2006

5.1.2 As extremidades devem atender as seguintes normas:

a) extremidades flangeadas: ASME B16.5 para diâmetros ate 24”, ASME B16.47
série A para diâmetros de 26” até 36” e ASME B16.47 série B para diâmetros
de 38” até 60”; para flanges classes 600 e 900 as dimensões dos flanges de
38” até 60” devem ser iguais às do ASME B16.47 série A;
b) extremidades roscadas: conforme ASME B1.20.1 NPT;
c) extremidades para solda de topo: conforme ASME B16.25;
d) extremidades com encaixe para solda: conforme ASME B16.11.

5.1.3 As válvulas forjadas de 1/2” a 1 1/2” podem ter o flange de ligação corpo/tampa
quadrado, com junta de vedação circular.

5.1.4 As guias do corpo e da gaveta devem ser projetadas para minimizar o desgaste da
sede de vedação e manter o alinhamento entre a gaveta e a haste, em qualquer orientação
em que a válvula for instalada. A folga total entre as guias deve ser no máximo de:

a) válvulas de diâmetros até 1 1/2” - 1 mm;


b) válvulas de diâmetros de 2” a 2 1/2” - 2 mm;
c) válvulas de diâmetros de 3” a 8” - 4 mm;
d) válvulas de diâmetros de 10” a 16” - 6 mm;
e) válvulas de diâmetros acima de 16” - 8 mm.

5.1.5 Devem ser previstos ressaltos sem furo no corpo e na tampa (castelo ou
tampa-castelo) das válvulas fundidas nas posições A, B, E, F, G e H, conforme a Figura 3 da
norma ISO 10434 (API 600).

5.1.6 A espessura dos flanges do corpo e do castelo deve ser calculada conforme o código
ASME Sec. VIII Division 1.

5.1.7 A junta de vedação da ligação corpo/castelo ou tampa deve ser conforme a


TABELA 2.

TABELA 2 - JUNTA DE VEDAÇÃO DA LIGAÇÃO CORPO COM O CASTELO

Grafite Flexível com


Inserção Metálica
Classe Espiralada Fja
para Juntas não
Circulares
150 X - X
300 X - -
600 X X -
800 X - -
900 X X -
1 500 X X -
2 500 - X -

9
N-2232 REV. B AGO / 2006

5.1.8 Quando utilizada junta espiralada (ver TABELA 2) esta deve ser com espirais de AISI
304 ou 316 (quando o material do corpo da válvula é mais nobre que o aço inoxidável
tipo 304) com enchimento de grafite flexível, padrão da norma ASME B16.20. A sede deve
manter a junta confinada e a altura do ressalto deve ser equivalente ao anel centralizador da
norma ASME B16.20.

9-A
N-2232 REV. B AGO / 2006

5.1.9 Requer-se o aperto controlado dos flanges do castelo, devendo o fabricante informar
os valores dos respectivos torques nos certificados de conformidade.

5.1.10 Acabamento da face dos flanges conforme as normas ASME B16.5 ou ASME
B16.47.

5.1.11 Exceto se especificado em contrário, válvulas flangeadas devem ter os flanges


integrais ao corpo. Quando forem admitidas construções soldadas, estas somente podem
ser utilizadas na válvula forjada com solda com penetração total e inspeção por radiografia
total (100 %).

5.2 Sistema de Engaxetamento

5.2.1 As gaxetas devem ser de grafite flexível reforçadas com fios de 1)INCONEL®, com, no
mínimo, 5 anéis, não sendo preciso o uso de buchas de carbono nas extremidades.

5.2.2 Especificação padronizada para as gaxetas:

a) confeccionadas com anéis pré-moldados ou de material trançado;


b) de grafite flexível expandido, 99 % mínimo de pureza, com reforço de fio de
INCONEL®, de alta resistência;
c) de seção quadrada;
d) isenta de qualquer ligante ou aglomerante ou aditivo;
e) com certificado de teste de incêndio (“fire test”) conforme a norma
API STD 589.

5.2.3 Os anéis de gaxeta devem ser montados observando-se o material, dimensões e


emendas defasadas de 90°.

5.2.4 A cada 2 anéis colocados, deve-se dar um pré-aperto.

5.3 Preme Gaxetas ou Sobreposta

5.3.1 A sobreposta deve ser sempre com parafusos, não se aceitando a opção roscada.

5.3.2 O flange da sobreposta e a sobreposta devem ser uma única peça do mesmo material
do corpo, podendo ser flange e sobreposta unidos por solda ou fabricadas a partir de uma
única peça. O diâmetro da parte superior do furo passante deve ser maior, de modo a não
permitir que num aperto desigual venha prender ou danificar a haste.

1)
INCONEL® é o nome comercial do tipo adequado à fabricação de liga metálica de boa resistência à corrosão,
tensão de ruptura e estabilidade térmica. Esta informação é dada para facilitar aos usuários na utilização desta
Norma e não significa uma recomendação do produto citado por parte da PETROBRAS. É possível ser utilizado
produto equivalente, desde que conduza a resultado comprovadamente igual.

10
N-2232 REV. B AGO / 2006

5.4 Haste

5.4.1 Para válvulas forjadas conforme a norma ISO 15761 (API 602) e fundidas conforme a
norma ISO 14313 (API 6D) (acima de 24”), o comprimento da haste deve atender também
aos requisitos da norma ISO 10434 (API 600).

10-A
N-2232 REV. B AGO / 2006

5.4.2 Para as válvulas fundidas, o material da bucha da haste deve ser em bronze
ASTM B584 Gr C86400, no mínimo, quanto a resistência mecânica. Para as válvulas
forjadas, adicionalmente, pode ser aceito material da bucha em aço inoxidável 13 % Cr.

5.5 Anel de Sede

5.5.1 Os anéis da sede de vedação devem ser roscados ou soldados no corpo. No caso de
anel roscado é obrigatório o uso de solda de selagem integral. Permite-se anéis da sede de
vedação fabricados do mesmo material do corpo desde que haja revestimento por depósito
de solda no material especificado para os internos, na superfície de vedação com espessura
mínima de 1,6 mm após usinagem. Para válvulas de diâmetros 1 1/2" e menores, os anéis
da sede devem ser roscados, prensados ou soldados no corpo da válvula.

5.5.2 A superfície de vedação deve ser retificada (32 RMS) de modo que permita a vedação
com desgaste normal da superfície de contato.

5.5.3 Para o roscamento dos anéis pode ser utilizado um óleo lubrificante leve, não sendo
permitido o uso de compostos selantes.

5.6 Gaveta

5.6.1 A gaveta deve ser do material especificado para o trim, admitindo-se o uso de material
de qualidade não inferior ao do corpo, desde que revestido com depósito de solda no
material especificado para os internos, na superfície de vedação (depósito com espessura
mínima de 1,6 mm após usinagem).

5.6.2 A superfície de vedação deve ser retificada (32 RMS) de modo que permita vedação
com desgaste normal das superfícies de contato.

5.7 Bucha de Contravedação

Para válvulas de 2” e maiores, no roscamento da bucha pode ser utilizado um óleo


lubrificante leve, não sendo permitido o uso de compostos selantes.

5.8 Volante

5.8.1 Os volantes devem ser raiados, com ressaltos externos para facilitar o encaixe da
chave de válvula, e permitir a utilização de chave confeccionada a partir de barra redonda
de 3/8” de diâmetro, nas válvulas menores que 1”.

5.8.2 Desde que não especificado em contrário, o sistema de acionamento das válvulas
deve seguir a padronização indicada na norma PETROBRAS N-1693.

5.8.3 Quando a válvula for acionada manualmente por alavanca, esta deve ser
dimensionada de tal forma que estando a válvula submetida à máxima pressão diferencial
da classe, o esforço dispendido pelo homem seja de, no máximo, 360 N e atender aos
requisitos da norma MSS SP-91.

11
N-2232 REV. B AGO / 2006

5.9 Parafusos

5.9.1 Os parafusos da união corpo-castelo devem ser, no mínimo, conforme as


especificações listadas na TABELA 3.

TABELA 3 - MATERIAL DOS ESTOJOS/PARAFUSOS E PORCAS DA UNIÃO


CORPO-CASTELO

Material dos Material das


Material do Corpo Revestimento
Estojos/Parafusos Porcas
ASTM A 105 Zinco níquel
ASTM A 193 Gr B7 ASTM A 194 Gr 2H
ASTM A 216 Gr WCB (Zn-Ni) ASTM
ASTM A 350 Gr LF2 CL 1 B 841, Classe 1,
ASTM A 352 Gr LCB Tipo B/E,
ASTM A 320 Gr L7 ASTM A 194 Gr 4L
ASTM A 350 Gr LF3 CL 1 Grau 5 a 8, com
ASTM A 352 Gr LC3 alívio de
tensões e de
ASTM A 182 Gr F11 CL 2 hidrogênio,
ASTM A217 Gr WC6 conforme
ASTM A 193 Gr B16 ASTM A 194 Gr 2H
ASTM A 182 Gr F5 normas ASTM
ASTM A 217 Gr C5 B 849 e ASTM
B 850
ASTM A 182 Gr F304
ASTM A 351 Gr CF8
ASTM A 182 Gr F316
ASTM A 351 Gr CF8M
ASTM A 193 Gr B8M ASTM A 194 Gr 8M Não Aplicável
ASTM A 182 Gr F317
ASTM A351 Gr CG8M
ASTM A 182 Gr F347
ASTM A351 Gr CF8C

5.9.2 Os estojos/parafusos e porcas devem ser revestidos com zinco níquel (Zn-Ni)
ASTM B 841, Classe 1, Tipo B/E, Grau 5 a 8, com alívio de tensões e de hidrogênio,
conforme normas ASTM B 849 e ASTM B 850.

5.9.3 Para materiais de estojos em ASTM A 320 Gr L7, quando o material do corpo da
válvula for ASTM A 350 Gr LF2 CL 1 ou ASTM A 352 Gr LCB é aceitável o teste de impacto
a -45 oC e para o material da válvula em ASTM A 350 Gr LF3 ou ASTM A 352 Gr LC3 é
aceitável o teste de impacto a -60 oC.

5.9.4 Os parafusos de união do corpo à tampa devem ser do tipo estojo-padrão


ASME B18.2.1, UNC-2A até 1” e UN-2A a partir de 1 1/8”, com porcas sextavadas padrão
ASME B18.2.2, no número mínimo de 4. O comprimento dos parafusos deve ter no
mínimo 1 e no máximo 3 fios de rosca além da porca.

12
N-2232 REV. B AGO / 2006

5.10 Placa de Identificação

5.10.1 As válvulas devem conter placa de identificação conforme indicado na norma


construtiva e atender as marcações e requisitos adicionais dos itens 5.10.2 e 5.10.3.

5.10.2 A placa de identificação deve ser fabricada em aço inoxidável austenítico, fixada
como segue:

a) para as válvulas fundidas, deve ser fixada ao flange de ligação do corpo ao


castelo;
b) para as válvulas forjadas, deve ser fixada ao volante por meio de sua porca;
c) o elemento de fixação da placa deve ser em aço inoxidável austenítico.

5.10.3 Além do exigido pela norma construtiva, a placa de identificação deve conter as
seguintes informações:

a) identificação desta Norma complementar: norma PETROBRAS N-2232;


b) especificação do material das gaxetas e junta de vedação;
c) temperatura máxima de utilização contínua (para válvulas em condições
especiais);
d) pedido de compra.

Nota: Estas informações podem estar contidas em uma placa adicional.

6 INSPEÇÃO, ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO

6.1 Geral

6.1.1 O inspetor, que representa o comprador, deve ter livre acesso às instalações do
fabricante, enquanto perdurar a inspeção das válvulas e o comprimento do contrato com o
comprador. O fabricante deve fornecer ao inspetor todas as facilidades para a execução da
inspeção. A menos que seja estabelecido em contrário, no contrato de fornecimento, todos
os ensaios e inspeções devem ser feitos no local de fabricação, antes da entrega do
material, devendo o inspetor ser avisado com antecedência, conforme previsto nas
“Condições Gerais de Fornecimento de Material da PETROBRAS”.

6.1.2 Quando especificado nos documentos de compra, pode haver inspeção durante a
fabricação, devendo, para tanto, o fabricante enviar o plano de inspeção para comentários e
indicação dos pontos de espera obrigatórios.

6.1.3 O material da gaveta tem como requisitos de aceitação a dureza requerida, a


composição química e a espessura de revestimento de 2)Stellite®, quando aplicável.

2)
STELLITE® é o nome comercial do tipo adequado à fabricação de revestimentos endurecidos de obturadores e
sedes de válvulas. Esta informação é dada para facilitar aos usuários na utilização desta Norma e não significa
uma recomendação do produto citado por parte da PETROBRAS. É possível ser utilizado produto equivalente,
desde que conduza a resultado comprovadamente igual.

13
N-2232 REV. B AGO / 2006

6.1.4 Os requisitos de aceitação para o material da sede são: a dureza requerida, a


composição química e a espessura do revestimento de Stellite® ou outro, quando aplicável.

6.1.5 Quando especificado nos documentos de compra, o fornecimento deve ser


acompanhado de informações, tais como:

a) torque recomendado de aperto dos parafusos;


b) desenhos dimensionais;
c) manual de manutenção e operação;
d) certificado de matérias-primas.

6.2 Inspeção

A inspeção deve ser realizada conforme rotina de inspeção e requisitos de inspeção


contratuais PETROBRAS.

6.2.1 Inspeção Visual e Dimensional

6.2.1.1 Visual

O acabamento superficial do material utilizado deve ser conforme abaixo:

a) fundidos - conforme norma MSS SP-55;


b) forjados - conforme norma específica do material;
c) microfundidos - conforme norma ASTM A 997;
d) face dos flanges - conforme normas ASME B16.5 ou ASME B16.47, onde
aplicável.

6.2.1.2 Dimensional

O dimensional da válvula deve ser verificado de acordo com o projeto do fabricante e


demais requisitos desta Norma.

6.2.2 Ensaios

6.2.2.1 O pessoal que executa e avalia as atividades de ensaios não destrutivos, deve ser
certificado por uma entidade independente, que desenvolva sua atividade conforme o
Sistema Nacional de Qualificação de Pessoal em END da Associação Brasileira de Ensaios
Não Destrutivos - ABENDE e/ou PETROBRAS/ENGENHARIA/SEQUI, no âmbito nacional.
Os procedimentos devem ser aprovados por inspetor qualificado PETROBRAS nível III.

6.2.2.2 O ensaio por líquido penetrante deve ser executado obrigatoriamente antes e depois
da aplicação do revestimento, para garantir a sanidade da peça. Critério de aceitação: deve
ser conforme código ASME Sec. VIII Division 1 Appendix 8.

6.2.3.3 Para materiais revestidos com material duro, deve ser executada inspeção por
líquido penetrante, não sendo aceitas trincas. O critério de aceitação deve ser conforme
código ASME Sec. VIII Division 1 Appendix 8.

14
N-2232 REV. B AGO / 2006

6.2.3.4 Para as peças fundidas em ASTM A 217 C5 (5 % Cr, 1/2 % Mo) o fabricante deve
fornecer os seguintes certificados de inspeção:

a) composição química do corpo e castelo;


b) tratamento térmico;
c) ensaios realizados após reparos por soldagem (partícula magnética
fluorescente, tratamento térmico);
d) ensaio de partículas magnéticas conforme norma PETROBRAS N-1598 com
critério de aceitação conforme norma ASME B16.34;
e) ensaio de imersão ou aspersão com a solução No 2 da norma
PETROBRAS N-1591 (ácido nítrico a 85 %) em todo o corpo e castelo da
válvula; critério de aceitação: não deve ocorrer qualquer tipo de reação em
qualquer ponto da válvula (o que evidencia uniformidade na distribuição do
cromo no material).

6.2.3.5 Para as peças fundidas em ASTM A 351 Gr CF8 e Gr CF8M o fabricante deve
fornecer os seguintes certificados de inspeção:

a) composição química do corpo e castelo;


b) tratamento térmico de solubilização;
c) ensaio para verificação de sensitização à corrosão intergranular conforme
norma ASTM A 262 Prática E;
d) ensaio de líquido penetrante conforme requisito suplementar S6 da norma
ASTM A 351, com critério de aceitação conforme norma ASME B16.34.

Notas: 1) Não utilizar o material ASTM A 351 Gr CF8 ou CF8M para os serviços de
“hidrocarbonetos com ácido naftênico”; para estes casos usar o Gr CG8M;
2) Caso haja dificuldades do fabricante aceitar a execução do teste de
corrosividade intergranular, deve-se especificar o ASTM A 744 (que prevê este
ensaio como requisito suplementar) em lugar do ASTM A 351 (em que não há
previsão desse ensaio como requisito suplementar).

6.2.3.6 Prever no controle da fabricação o requisito de “teste por pontos”, para identificação
dos materiais do corpo e dos internos, exceto para o aço-carbono.

6.3 Reparos e Tratamento Térmico

Os defeitos encontrados nas válvulas durante a inspeção, que possam ser corrigidos com
solda, devem ser reparados de acordo com os requisitos da ASTM aplicável e norma
PETROBRAS N-133, com os procedimentos de soldagem e os ENDs previamente
qualificados. Quando for necessária a execução de tratamento térmico, o tratamento térmico
deve ser registrado em gráfico.

6.4 Testes de Pressão

6.4.1 Os testes de pressão devem ser de acordo com as normas construtivas. Os tempos
máximos de teste são até 1,5 vez o tempo definido pela norma construtiva, contados a partir
da estabilização da pressão.

15
N-2232 REV. B AGO / 2006

6.4.2 Os testes devem ser efetuados com as válvulas limpas, isentas de óleo ou graxa. O
teste de integridade deve ser realizado sem pintura.

6.4.3 O fluido utilizado para o teste hidrostático pode ser querosene ou água limpa isenta de
óleo, sendo permitido o uso de antioxidante e produto bactericida. Nesse caso, quando o
fluído de teste for a água para teste de válvulas em aço inoxidável austenítico ou
ferrítico-austenítico (duplex) deve ser usada água com teor de cloretos não superior a
30 ppm.

6.4.4 O fluído utilizado para o teste pneumático pode ser ar ou gás inerte.

6.4.5 A temperatura ambiente de teste não deve ser inferior a 15 °C.

6.4.6 As bancadas de teste devem ter, no mínimo, 2 manômetros calibrados, com a escala
tal que a pressão de teste fique entre 25 % a 75 % do fundo de escala. A periodicidade de
calibração deve ser de, no máximo, 6 meses. No caso de serem utilizados transmissores de
pressão microprocessados a periodicidade da calibração deve ser a recomendada pelo
fabricante do instrumento porém não superior a 12 meses.

7 MARCAÇÃO

As válvulas devem ser fornecidas sinetadas e com placa de identificação conforme as


normas construtivas, fabricadas em aço inoxidável austenítico e contendo as seguintes
informações adicionais. Em relevo no corpo:

a) logomarca do fabricante;
b) especificação do material do corpo;
c) diâmetro nominal;
d) classe de pressão.

8 PRESERVAÇÃO, CONDICIONAMENTO, EMBALAGEM E TRANSPORTE

As válvulas devem ser preservadas, acondicionadas e embaladas conforme norma


PETROBRAS N-12.

9 DOCUMENTAÇÃO DE PROJETO FABRICAÇÃO

9.1 As válvulas devem ter seu projeto homologado conforme norma PETROBRAS N-2827.

9.2 Para cada válvula ou lote o fornecedor deve apresentar um certificado de conformidade
contendo a seguinte documentação, quando aplicável:

a) relação dos materiais críticos rastreáveis;


b) registros de inspeção (dimensional, visual, END);
c) resultados dos testes realizados;
d) tratamento térmico aplicado;
e) registro de torques em parafusos;
f) registro de torque de acionamento;

16
N-2232 REV. B AGO / 2006

g) EPS utilizada (quando aplicável soldagem);


h) valores de dureza;
i) número do pedido de compra;
j) materiais de vedação.

9.3 Quando requerido “Data Book” no documento de compra, este deve conter os seguintes
documentos:

a) certificado de conformidade do fornecedor, conforme item 9.2 e todos os


documentos referenciados neste certificado;
b) Plano de Inspeção e Testes (PIT);
c) identificação e inclusão de todos os relatórios de inspeção PETROBRAS;
d) identificação e inclusão de relatórios de não-conformidades críticas.

_____________

17
N-2232 REV. B AGO / 2006

ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A
Não existe índice de revisões.

REV. B
Partes Atingidas Descrição da Alteração
Todas Revisadas

_____________

IR 1/1
N-2232 REV. B AGO / 2006

GRUPO DE TRABALHO - GT-17-06

Membros

Nome Lotação Telefone Chave


Carlos Gandara Carvalho TRANSPETRO/DT/SUP/TEC/TERMI 811-9252 BC07
Eduardo de Araujo Saad ENGENHARIA/IEABAST/EAB/SE 819-3302 SG6J
Fernando Costa S. Junior E&P-ENGP/IPMI/EISA 814-8799 K074
Gottfried Engelbert Wolgien
MATERIAIS/EMAT/PDR 819-1810 CWFN
Junior
Hernon Viana Filho E&P-ENGP/IPMI/EISA 814-2575 K0M8
João Batista Rosa E&P-UN-BA/ATP-S/PRGC 821-4321 RKCZ
João Bosco Santini Pereira AB-RE/ES/TEE 814-3159 DPQ0
Jorge Firmino Godoi E&P-UN-BC/ST/EMI 861-4271 ZN1R
Jorge Simões Henriques UN-REDUC/EN/PCM 813-2419 ED2C
Jorivaldo Medeiros CENPES/EB/EEQ 812-6227 BR15
Jose Duarte da Silva COMPARTILHADO/SERV 819-1812 EM7D
Luiz Carlos Almendra COMPARTILHADO/RSPS/CSA 851-6379 RC9D
Milton Correa E&P-UN-RIO/ATP-RO/ISUP 816-1633 FMC0
Paulo F. Scofield de Lemos ENGENHARIA/IETEG/ETEG/EDUT 819-3017 SG1E
Raul Fernando Pereira UN-REPAR/MI/EDE 856-2565 ARX9
Ricardo Peron Di Puglia ENGENHARIA/SL/SEQUI/ATFCM 819-3485 ENCT
Sergio Paulo R. de Souza E&P-UN-ES/ATP-JUB/CHT/OP-P-34 865-5212 EDM7
Walter Nunes Camara MATERIAIS/EDBS/ATF 819-1889 SMF7
Walter Ribeiro UN-REPLAN/EN/PCM 853-6263 RP3F
Wu Shin Chien UN-REPLAN/MI/EE 853-6707 RP3C
Secretário Técnico
Paulo Cezar C. Defelippe ENGENHARIA/SL/NORTEC 819-3079 EEM8

_____________
N-2232 REV. B AGO / 2006

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contêm prescrições válidas


para a presente Norma.

PETROBRAS N-12 - Acondicionamento e Embalagem de Válvulas;


PETROBRAS N-76 - Materiais de Tubulação Para Instalações de Refino e
Transporte;
PETROBRAS N-133 - Soldagem;
PETROBRAS N-1591 - Ligas Metálicas e Metais - Identificação Através de
Testes Pelo Imã e Por Pontos;
PETROBRAS N-1598 - Ensaio Não-Destrutivo - Partículas Magnéticas;
PETROBRAS N-1693 - Critério Para Padronização de Material de Tubulação;
PETROBRAS N-2827 - Homologação e Validação de Projetos de Válvulas
Industriais; [A ser publicada]
PETROBRAS N-2668 - Válvulas Industriais;
ET-200.03 - Especificação Técnica de Materiais de Tubulação da
Área de Exploração e Produção da PETROBRAS;
ISO 10434 (API 600) - Bolted Bonnet Steel Gate Valves for Petroleum and
Natural Gas Industries;
ISO 14313 (API 6D) - Petroleum and Natural Gas Industries - Pipeline
Transportation Systems - Pipeline Valves;
ISO 15761 (API 602) - Steel Gate, Globe and Check Valves for Sizes DN 100
and Smaller, for the Petroleum and Natural Gas
Industries;
API STD 589 - Fire Test for Evaluation of Valve Stem Packing;
API STD 600 - Bolted Bonnet Steel Gate Valves for Petroleum and
Natural Gas Industries;
API STD 602 - Steel Gate, Globe and Check Valves for Sizes DN 100
and Smaller for the Petroleum and Natural Gas
Industries;
ASME Boiler and Pressure Vessel Code - Section VIII Div. 1;
ASME B1.20.1 - Pipe Threads, General Purpose (Inch);
ASME B16.5 - Pipe Flanges and Fittings NPS 1/2 Through NPS
24 Metric/Inch Standard;
ASME B16.10 - Face-to-Face and End-to-End Dimensions of Valves;
ASME B16.11 - Forged Fittings, Socket-Welding and Threaded;
ASME B16.25 - Buttwelding Ends;
ASME B16.34 - Valves-Flanged, Threaded and Welding End;
ASME B16.47 - Large Diameter Steel Flanges;
ASTM A 105/A 105M - Standard Specification for Carbon Steel Forgings for
Piping Applications;
ASTM A 182/A 182M - Standard Specification for Forged or Rolled Alloy and
Stainless Stell Pipe Flanges, Forged Fittings, and
Valves and Parts for High-Temperature Service;
ASTM A 193/A193M - Standard Specification for Alloy-Stell and Stainless
Stell Bolting Materials for High-Temperature Service;
ASTM A194 /A194M - Standard Specification for Carbon and Alloy Steel Nuts
for Bolts for High Pressure or High Temperature
Service, or Both;
ASTM A 216/A 216M - Standard Specification for Steel Castings, Carbon,
Suitable for Fusion Welding, for High-Temperature
Service;
ASTM A 217/A 217M - Standard Specification for Steel Castings, Martensitic
Stainless and Alloy, for Pressure-Containing Parts,
Suitable for High-temperature Service;

4
N-2232 REV. B AGO / 2006

5.1.2 As extremidades devem atender as seguintes normas:

a) extremidades flangeadas: ASME B16.5 para diâmetros ate 24”, ASME B16.47
série A para diâmetros de 26” até 36” e ASME B16.47 série B para diâmetros
de 38” até 60”; para flanges classes 600 e 900 as dimensões dos flanges de
38” até 60” devem ser iguais às do ASME B16.47 série A;
b) extremidades roscadas: conforme ASME B1.20.1 NPT;
c) extremidades para solda de topo: conforme ASME B16.25;
d) extremidades com encaixe para solda: conforme ASME B16.11.

5.1.3 As válvulas forjadas de 1/2” a 1 1/2” podem ter o flange de ligação corpo/tampa
quadrado, com junta de vedação circular.

5.1.4 As guias do corpo e da gaveta devem ser projetadas para minimizar o desgaste da
sede de vedação e manter o alinhamento entre a gaveta e a haste, em qualquer orientação
em que a válvula for instalada. A folga total entre as guias deve ser no máximo de:

a) válvulas de diâmetros até 1 1/2” - 1 mm;


b) válvulas de diâmetros de 2” a 2 1/2” - 2 mm;
c) válvulas de diâmetros de 3” a 8” - 4 mm;
d) válvulas de diâmetros de 10” a 16” - 6 mm;
e) válvulas de diâmetros acima de 16” - 8 mm.

5.1.5 Devem ser previstos ressaltos sem furo no corpo e na tampa (castelo ou
tampa-castelo) das válvulas fundidas nas posições A, B, E, F, G e H, conforme a Figura 3 da
norma ISO 10434 (API 600).

5.1.6 A espessura dos flanges do corpo e do castelo deve ser calculada conforme o código
ASME Sec. VIII Division 1.

5.1.7 A junta de vedação da ligação corpo/castelo ou tampa deve ser conforme a


TABELA 2.

TABELA 2 - JUNTA DE VEDAÇÃO DA LIGAÇÃO CORPO COM O CASTELO

Grafite Flexível com


Inserção Metálica
Classe Espiralada Fja
para Juntas não
Circulares
150 X - X
300 X - -
600 X X -
800 X - -
900 X X -
1500 X X -
2500 - X -

5.1.8 Requer-se o aperto controlado dos flanges do castelo, devendo o fabricante informar
os valores dos respectivos torques nos certificados de conformidade.

9
N-2232 REV. B AGO / 2006

5.1.9 Acabamento da face dos flanges conforme as normas ASME B16.5 ou ASME B16.47.

5.1.10 Exceto se especificado em contrário, válvulas flangeadas devem ter os flanges


integrais ao corpo. Quando forem admitidas construções soldadas, estas somente podem
ser utilizadas na válvula forjada com solda com penetração total e inspeção por radiografia
total (100 %).

5.2 Sistema de Engaxetamento

5.2.1 As gaxetas devem ser de grafite flexível reforçadas com fios de 1)INCONEL®, com
5 anéis ou 6 anéis, não sendo preciso o uso de buchas de carbono nas extremidades.

5.2.2 Especificação padronizada para as gaxetas:

a) confeccionadas com anéis pré-moldados ou de material trançado;


b) de grafite flexível expandido, 99 % mínimo de pureza, com reforço de fio de
INCONEL®, de alta resistência;
c) de seção quadrada;
d) isenta de qualquer ligante ou aglomerante ou aditivo;
e) com certificado de teste de incêndio (“fire test”) conforme a norma
API STD 589.

5.2.3 Os anéis de gaxeta devem ser montados observando-se o material, dimensões e


emendas defasadas de 90°.

5.2.4 A cada 2 anéis colocados, deve-se dar um pré-aperto.

5.3 Preme Gaxetas ou Sobreposta

5.3.1 A sobreposta deve ser sempre com parafusos, não se aceitando a opção roscada.

5.3.2 O flange da sobreposta e a sobreposta devem ser uma única peça do mesmo material
do corpo, podendo ser flange e sobreposta unidos por solda ou fabricadas a partir de uma
única peça. O diâmetro da parte superior do furo passante deve ser maior, de modo a não
permitir que num aperto desigual venha prender ou danificar a haste.

5.4 Haste

5.4.1 Para válvulas forjadas conforme a norma ISO 15761 (API 602) e fundidas conforme a
norma ISO 14313 (API 6D) (acima de 24”), o comprimento da haste deve atender também
aos requisitos da norma ISO 10434 (API 600).

1)
INCONEL® é o nome comercial do tipo adequado à fabricação de liga metálica de boa resistência à corrosão,
tensão de ruptura e estabilidade térmica. Esta informação é dada para facilitar aos usuários na utilização desta
Norma e não significa uma recomendação do produto citado por parte da PETROBRAS. É possível ser utilizado
produto equivalente, desde que conduza a resultado comprovadamente igual.

10
N-2232 REV. B AGO / 2006

5.4.2 Para as válvulas fundidas, o material da bucha da haste deve ser em bronze
ASTM B584 Gr C86400, no mínimo, quanto a resistência mecânica. Para as válvulas
forjadas, adicionalmente, pode ser aceito material da bucha em aço inoxidável 13 % Cr.

5.5 Anel de Sede

5.5.1 Os anéis da sede de vedação devem ser roscados ou soldados no corpo. No caso de
anel roscado é obrigatório o uso de solda de selagem integral. Permite-se anéis da sede de
vedação fabricados do mesmo material do corpo desde que haja revestimento por depósito
de solda no material especificado para os internos, na superfície de vedação com espessura
mínima de 1,6 mm após usinagem.

5.5.2 A superfície de vedação deve ser retificada (32 RMS) de modo que permita a vedação
com desgaste normal da superfície de contato.

5.5.3 Para o roscamento dos anéis pode ser utilizado um óleo lubrificante leve, não sendo
permitido o uso de compostos selantes.

5.6 Gaveta

5.6.1 A gaveta deve ser do material especificado para o trim, admitindo-se o uso de material
de qualidade não inferior ao do corpo, desde que revestido com depósito de solda no
material especificado para os internos, na superfície de vedação (depósito com espessura
mínima de 1,6 mm após usinagem).

5.6.2 A superfície de vedação deve ser retificada (32 RMS) de modo que permita vedação
com desgaste normal das superfícies de contato.

5.7 Bucha de Contravedação

Para roscamento da bucha pode ser utilizado um óleo lubrificante leve, não sendo permitido
o uso de compostos selantes.

5.8 Volante

5.8.1 Os volantes devem ser raiados, com ressaltos externos para facilitar o encaixe da
chave de válvula, e permitir a utilização de chave confeccionada a partir de barra redonda
de 3/8” de diâmetro, nas válvulas menores que 1”.

5.8.2 Desde que não especificado em contrário, o sistema de acionamento das válvulas
deve seguir a padronização indicada na norma PETROBRAS N-1693.

5.8.3 Volantes acionadores devem ser capazes de suportar um esforço não inferior a 360 N
e atender a norma MSS SP-91.

11
N-2232 REV. B AGO / 2006

5.9 Parafusos

5.9.1 Os parafusos da união corpo-castelo devem ser, no mínimo, conforme as


especificações listadas na TABELA 3.

TABELA 3 - MATERIAL DOS ESTOJOS/PARAFUSOS E PORCAS DA UNIÃO


CORPO-CASTELO

Material dos Material das


Material do Corpo Revestimento
Estojos/Parafusos Porcas
ASTM A 105 Zinco níquel
ASTM A 193 Gr B7 ASTM A 194 Gr 2H
ASTM A 216 Gr WCB (Zn-Ni) ASTM
ASTM A 350 Gr LF2 CL 1 B 841, Classe 1,
ASTM A 352 Gr LCB Tipo B/E,
ASTM A 320 Gr L7 ASTM A 194 Gr 4L
ASTM A 350 Gr LF3 CL 1 Grau 5 a 8, com
ASTM A 352 Gr LC3 alívio de
tensões e de
ASTM A 182 Gr F11 CL 2 hidrogênio,
ASTM A217 Gr WC6 conforme
ASTM A 193 Gr B16 ASTM A 194 Gr 2H
ASTM A 182 Gr F5 normas ASTM
ASTM A 217 Gr C5 B 849 e ASTM
B 850
ASTM A 182 Gr F304
ASTM A 351 Gr CF8
ASTM A 182 Gr F316
ASTM A 351 Gr CF8M ASTM A 194 Gr
ASTM A 193 Gr B8 CL 2 Não Aplicável
ASTM A 182 Gr F317 8TA
ASTM A351 Gr CG8M
ASTM A 182 Gr F347
ASTM A351 Gr CF8C

5.9.2 Os estojos/parafusos e porcas devem ser revestidos com zinco níquel (Zn-Ni)
ASTM B 841, Classe 1, Tipo B/E, Grau 5 a 8, com alívio de tensões e de hidrogênio,
conforme normas ASTM B 849 e ASTM B 850.

5.9.3 Para materiais de estojos em ASTM A 320 Gr L7, quando o material do corpo da
válvula for ASTM A 350 Gr LF2 CL 1 ou ASTM A 352 Gr LCB é aceitável o teste de impacto
a -45 oC e para o material da válvula em ASTM A 350 Gr LF3 ou ASTM A 352 Gr LC3 é
aceitável o teste de impacto a -60 oC.

5.9.4 Os parafusos de união do corpo à tampa devem ser do tipo estojo-padrão


ASME B18.2.1, UNC-2A até 1” e UN-2A a partir de 1 1/8”, com porcas sextavadas padrão
ASME B18.2.2, no número mínimo de 4. O comprimento dos parafusos deve ter no
mínimo 1 e no máximo 3 fios de rosca além da porca.

12
N-2232 REV. B AGO / 2006

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contêm prescrições válidas


para a presente Norma.

PETROBRAS N-12 - Acondicionamento e Embalagem de Válvulas;


PETROBRAS N-76 - Materiais de Tubulação Para Instalações de Refino e
Transporte;
PETROBRAS N-133 - Soldagem;
PETROBRAS N-1591 - Ligas Metálicas e Metais - Identificação Através de
Testes Pelo Imã e Por Pontos;
PETROBRAS N-1598 - Ensaio Não-Destrutivo - Partículas Magnéticas;
PETROBRAS N-1693 - Critério Para Padronização de Material de Tubulação;
PETROBRAS N-2827 - Homologação e Validação de Projetos de Válvulas
Industriais;
PETROBRAS N-2668 - Válvulas Industriais;
ET-200.03 - Especificação Técnica de Materiais de Tubulação da
Área de Exploração e Produção da PETROBRAS;
ISO 10434 (API 600) - Bolted Bonnet Steel Gate Valves for Petroleum and
Natural Gas Industries;
ISO 14313 (API 6D) - Petroleum and Natural Gas Industries - Pipeline
Transportation Systems - Pipeline Valves;
ISO 15761 (API 602) - Steel Gate, Globe and Check Valves for Sizes DN 100
and Smaller, for the Petroleum and Natural Gas
Industries;
API STD 589 - Fire Test for Evaluation of Valve Stem Packing;
API STD 600 - Bolted Bonnet Steel Gate Valves for Petroleum and
Natural Gas Industries;
API STD 602 - Steel Gate, Globe and Check Valves for Sizes DN 100
and Smaller for the Petroleum and Natural Gas
Industries;
ASME Boiler and Pressure Vessel Code - Section VIII Div. 1;
ASME B1.20.1 - Pipe Threads, General Purpose (Inch);
ASME B16.5 - Pipe Flanges and Fittings NPS 1/2 Through NPS
24 Metric/Inch Standard;
ASME B16.10 - Face-to-Face and End-to-End Dimensions of Valves;
ASME B16.11 - Forged Fittings, Socket-Welding and Threaded;
ASME B16.25 - Buttwelding Ends;
ASME B16.34 - Valves-Flanged, Threaded and Welding End;
ASME B16.47 - Large Diameter Steel Flanges;
ASTM A 105/A 105M - Standard Specification for Carbon Steel Forgings for
Piping Applications;
ASTM A 182/A 182M - Standard Specification for Forged or Rolled Alloy and
Stainless Stell Pipe Flanges, Forged Fittings, and
Valves and Parts for High-Temperature Service;
ASTM A 193/A193M - Standard Specification for Alloy-Stell and Stainless
Stell Bolting Materials for High-Temperature Service;
ASTM A194 /A194M - Standard Specification for Carbon and Alloy Steel Nuts
for Bolts for High Pressure or High Temperature
Service, or Both;
ASTM A 216/A 216M - Standard Specification for Steel Castings, Carbon,
Suitable for Fusion Welding, for High-Temperature
Service;
ASTM A 217/A 217M - Standard Specification for Steel Castings, Martensitic
Stainless and Alloy, for Pressure-Containing Parts,
Suitable for High-temperature Service;

Você também pode gostar