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Oficina - 2009 [LIDERANÇA CRISTÃ: A CLAREZA, O RENOVO E A MISSÃO]

LIDERANÇA CRISTÃ: A CLAREZA, O RENOVO E A MISSÃO1.


Você pode até ser bom líder para os homens, mas ser um líder de Deus são outros 500!
Nós temos diante de nós uma realidade desafiadora de "construir" uma nova geração de
lideres cristãos: mulheres e homens de Deus, que respiram Sua Palavra que cultivam
intimidade com Ele que sabem discernir Sua vontade nos acontecimentos mais
corriqueiros da vida.

1 – A CLAREZA:
- O Chamado e a sua resposta - Um chamado "natural", “desafiador", profundo,
excêntrico, místico???? Como saber? Como discernir? (ITm1:12-19). È preciso ter
clareza, trazer a memória e perseverar firmemente!
“Conhecimento é para compromisso”.
A resposta ao chamado depende muito da nossa disposição para servimos a Deus a ao
próximo ( Compromisso vertical e horizontal ).

- O líder e a oração: o seu termômetro.


“Muita oração, muita poder, pouca oração pouco poder, nenhuma oração nenhum
poder".
"A questão não é orar até que Deus nos ouça o que lhe pedimos, mas até entender
aquilo que Ele nos pede" (Sóren Kierkegaard).

a) Eu e meus pecaditos, um convite a humildade.


"eu" não posso ser líder espiritual, não posso conduzir o Povo de Deus, se não tiver a
capacidade de reconhecer o pecado em mim primeiramente. Não é o pecado dos outros
que interessam primeiramente, mas o seu próprio pecado.
b) Precisa-se de intercessores que “vistam a camisa”.
Talvez tivéssemos que gastar muito tempo falando da vida apaixonada de Neemias,
Moisés, Josué, Davi e tantos outros lideres que a Bíblia apresenta. Uma coisa iríamos
encontrar neles "paixão" pelo povo que eles lideravam. Como líderes estudantis,
assessores e diretorias do movimento temos que orar apaixonadamente, pelos estudantes
e pelo movimento que fazemos parte.

- Os custos da liderança.
“Ninguém lhe prometeu um mar de rosas”
a) Auto-sacrifício.
O auto-sacrifício é parte do preço que deve ser pago diariamente (Lc.9:23). Fugir do
auto-sacrifício é fugir do próprio cristianismo. Todas as pessoas chamadas por Deus
para liderar o seu povo caracterizaram-se pela prontidão para renunciar preferências e
privilégios pessoais, para sacrificar desejos legítimos e até naturais, por amor a Deus e
ao próximo.
1
Judson Augusto Oliveira Malta, Coord. de Comunicação da ABU NE, Presidente da ABU Aracaju,
Graduado em Geografia pela U.F. de Sergipe. Texto para a oficina em Liderança Cristã,
judsonmalta@ufs.br
1 Liderança Cristã: a Clareza, o Renovo e a Missão
Aliança Bíblica Universitária do Brasil.
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b) Solidão. Na verdade, a tarefa de liderar requer uma disposição para caminhar no


deserto, sabendo que o “Senhor está comigo”.
Pela sua própria natureza, o líder está numa condição de solidão, ele precisa está à
frente de seus seguidores, tem visão na frente, deve estar preparado para caminhar
sozinho quando for necessário.
c) Pressão e Perplexidade – Aqueles que nunca se viram numa posição de liderança
poderiam pensar que uma experiência maior, e uma comunhão mais longa com Deus,
resultariam em maior facilidade para discernir-se a vontade de Deus, em situações
perplexas.

2 – O RENOVO: como perseverar?


O trabalho que fazemos como líderes cristãos, pode levar-nos ao esgotamento, que é
muito mais do que cansaço físico, é algo profundo e, portanto, difícil de tratar.
De um modo geral todo trabalho tende a esgotar-nos, por uma razão simples, somos
finitos e o trabalho consome nossas energias. Se não estamos enganados, o trabalho
cristão concentra, dentro de sua estrutura, fatores adicionais que podem contribuir para
nosso esgotamento.
São pessoas como nós que Jesus faz o seu convite: “Vinde a mim, todos os que estais
cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (MT 11:28).
Deus diz a Moisés: “A minha presença irá contigo, e eu te darei descanso” (ÊX
33:14).
A possibilidade de refrigério e renovação não se limita a um dia, nem a certo lugar, nem
a ausência de atividade física. Está ligada a presença de Deus. Portanto, o seu
„descanso‟ sempre está disponível pois, se dá no relacionamento com Cristo, que nos
mostra o Pai V.27. Sua fonte é espiritual, porém, se derrama em toda a extensão de
nossa atividades cotidianas.
Jesus nos dá conhecimento do Pai, e diz que esse produz descanso para nossas almas.
O discipulado que Jesus oferece, ao contrário do que os judeus oferecem, traz descanso.
Não na inatividade, mas por um jugo novo para o serviço, que não é pesado. Quando
nosso discipulado é uma fonte de esgotamento e ansiedade e carga excessiva,
precisamos perguntar o que tem acontecido da nossa relação com Jesus.
Como Jesus nos dá descanso nessa relação com ele?
1. Remove o jugo da lei de nosso ombros.
Vivemos, num mundo de pressões. Sofremos todo tipo de cobrança, em casa, na
igreja, na Escola, na Universidade, na repartição de trabalho.
2. Jesus toca na fonte de esgotamento em nossas vidas.
O que nos leva ao esgotamento no trabalho?
Ansiedade. Nosso desempenho no ministério, como líderes, é fonte de grande ansiedade
e nós sabemos, que nada consome mais energia e nos cansa tanto como a ansiedade
profunda e persistente. O trabalho se converte em um peso .
Os temores que somamos ao ministério.
3. Jesus remove lenta e progressivamente de nossas almas, o jugo do ativismo.

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Podemos estar ativos dada nossa necessidade compulsiva de estar ocupados,


alimentados por uma idéia distorcida de Deus.
Podemos estar ativos com a energia que o descanso e a renovação de Jesus
trazem a nosso interior.

3 - A MISSÃO - Dicas de liderança para liderança.

- Liberte-se do perfeccionismo e dos números, você está aqui para servir a Deus e não
para cumprir metas de produtividade!
- Esqueça as grandes obras, mas busque a integridade, a simplicidade e a constância.
- Lembre do contexto estrutural.
ABU não é igreja, não se pode dizimar para a ABU e nem ser líder sem respeitar as
bases de fé e ser MEMBRO de uma igreja (Obs: não gostamos de troca-troca de igreja,
não há igreja(institucionalmente) perfeita, apesar dos problemas tenha certeza do
chamado de Deus e persevere em Cristo e na comunhão dos irmãos).
- A abu é interdenominacional.
- Cuidado com debates doutrinários ou outros sem sentido, a missão de levar a
Cristo deve ser o centro e foco de tudo (I Timóteo 1:3-7).
- Respeite opiniões diferentes e evite escandalizar, somos um grupo muito diverso,
precisamos discernimento no agir, no falar e no calar (Paulo, prega a judeus e gentios
como?).
- Cuidado na escolha de lideres (A ninguém imponhais.... ), com o tempo os frutos
apareceram e você saberá discernir as boas árvores.
- Lembre-se da nossa condição financeira, nada de projetos megalomaníacos!
- O movimento estudantil é por sua estrutura muito cíclico como o próprio nome já
diz, portanto, precisamos de constante capacitação e divulgação para a entrada de novos
missionários, a fim de que o evangelismo não pare.
- Entenda que sempre haverá muito trabalho a fazer. Sempre haverá necessidades
e oportunidades que superam nossa capacidade para responder a elas. Como podemos
descansar quando constantemente há o algo mais para fazermos? Prioridades e
urgências.
- Levamos sempre o trabalho conosco. Nossa missão não acaba no encerramento da
reunião do sábado, ou do núcleo. Temos sempre a responsabilidade de orar, de pensar
estrategicamente, de planejar como será o próximo encontro, os treinamento, etc. Essa
atividade toda, pode e, algumas vezes produz muita ansiedade e desgaste emocional e
espiritual.
- Celebre a disciplina e exercite a dependência a Cristo: não podemos esquecer da
oração, da vida devocional, da comunhão com Deus e de outros elementos de nossa
espiritualidade que servirão de amortecedores de nosso cansaço físico e espiritual.
Bibliografias
Bíblia toda, com foco em Timóteo, Jonas e Neemias.
Jeriel Santos. “LIDERANÇA CRISTÃ - um estilo de vida”. E “LIDERANÇA ESPIRITUAL – Responsabilidade e desafios”.
John Stott. Desafio da Liderança Cristã. ABU Editora.
Eugene Peterson. A vocação Espiritual do Pastor.

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