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Crescendo com o Mestre

A Visão da Igreja e a Liderança Cristã

Nível III
UMA MENSAGEM PARA O LÍDER
Orientações
Apreciado líder,
Agradecemos sua disposição para participar como mestre orientador da série de formação
“Crescendo com o Mestre”. Sem dúvida, sua tarefa e responsabilidade serão
recompensadas pelo Senhor conforme a sua vontade. Estamos certos de que no
desenvolvimento deste maravilhoso ministério de ensino e formação, você será edificado
juntamente com os demais participantes.

Por favor, siga as seguintes recomendações:

1. Prepare-se espiritualmente em oração antes, durante e depois de cada reunião.


2. Você achará neste manual, doze (12) temas bíblicos, teológicos e de ensinamentos
fundamentais para a vida cristã, que esperamos sejam desenvolvidos no curso das
seguintes doze (12) semanas; este material se planejou como formação do caráter do
novo líder que participa depois de ter estado “Aos pés do Mestre” e o nível I e II de
“Crescendo com o Mestre”.
3. Estude muito sério e responsavelmente o tema planejado para compartilhar segundo
este guia. Lembre-se de que a improvisação não é abençoada por Deus.
4. Fique pronto para iniciar o tema em seu tempo. Lembre-se de que não deve
ultrapassar o tempo especificado. Estas lições estão organizadas para serem
desenvolvidas numa só reunião; tente fazer assim, mas se não conseguir concluí-la,
faça na seguinte reunião, mas tente ajustar-se ao estabelecido.
5. Prepare-se pedagogicamente, faça de seu ensino algo agradável e profundamente
significativo, não leia o tema em público, mas exponha-o com naturalidade e
manifestando seu domínio do mesmo.
6. Sempre devemos dar lugar à obra espontânea do Espírito Santo, que pode agir
sobrenaturalmente, mas lembre-se de que sempre que possível, devemos ajustar os
tempos para desenvolver cada tema, incluindo o ensino, a oração e a ministração.
7. Faça aplicações praticas, seja dinâmico e antes de tudo, permita que o Senhor faça a
obra em cada pessoa. Sempre que puder, forma organizada e ágil, realize com o grupo
as atividades reflexivas que estão expostas.

Deus o abençoe!
CONTEÚDO
PRIMEIRA UNIDADE:2FORMANDO O CARÁTER DO LÍDER SEGUNDO A VISÃO
CELULAR DA IGREJA-

TEMA 1: O Desafio de Converter-nos em Discípulos ......................................................... 2

TEMA 2: A Grande Comissão e o Privilégio de Fazer Discípulos ........................................ 7

TEMA 3: Discípulos que Fazem Discípulos ....................................................................... 12

TEMA 4: Seguindo o Estilo de Discipulado de Jesus......................................................... 17

SEGUNDA UNIDADE:-A ESTRATÉGIA:-O PLANO DO MESTRE.-ALCANÇANDO


O MUNDO PARA CRISTO-

TEMA 5: Evangelizar, uma Maneira Prática de Cumprir a Grande Comissão................... 20

TEMA 6: Aprendendo a Comunicar de Forma Efetiva o Evangelho ................................... 26

TEMA 7: A Consolidação do Novo Crente ......................................................................... 30

TEMA 8: O Grupo Pequeno ou de Comunhão: O Que É? Como o Desenvolver com


Sucesso? .......................................................................................................................... 35

TEMA 9: Formas Práticas de Ajudar a Outros ................................................................... 41

TEMA 10: O Modelo Pastoral de Deus: O Curso de Ação para os Grupos Pequenos ou
Grupos de Comunhão ....................................................................................................... 46

TEMA 11: O Trabalho em Equipe: União de Forças .......................................................... 53

TEMA 12: O que a Bíblia diz Sobre o Ministério ................................................................ 60

Título original: “Creciendo con el Maestro Nivel III:


A Visão da Igreja e a Liderança Cristã”
Iglesia Casa de Oración del Nazareno
Cali, Valle del Cauca, Colombia

Tradução: Martha Brochero


Contato: martha.brochero@gmail.com

Revisão do português: Girlhane Virginio Alves


Contato: gir.alves2000@gmail.com
Crescendo com o Mestre III – A Visão da Igreja e a Liderança Cristã

PRIMEIRA UNIDADE:

FORMANDO O CARÁTER DO LÍDER SEGUNDO A VISÃO


CELULAR DA IGREJA

TEMA 1: O Desafio de Converter-nos em Discípulos

Objetivo: Compreender que o chamado de Deus a converter-nos em discípulos, é um ato


divino que produz bênção.

Base Bíblica:

Mateus 16:24-27

INTRODUÇÃO

Ser um discípulo de Cristo supõe um grande desafio. A Bíblia ensina que Jesus escolheu e
chamou a 12 discípulos para que o acompanhassem enquanto cumpria com a tarefa de
seu ministério. Durante três anos caminharam juntos, compartilhando experiências e
lugares, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do Diabo (Atos 10:38). Mantiveram
um relacionamento tão estreito que através do exemplo do Mestre, os discípulos
adquiriram costumes e inclusive conheceram o pensamento de Jesus no cotidiano de seus
dias. O Mestre se dedicou a fazer de seus discípulos pessoas realmente sábias, santas,
obedientes e apaixonadas por fazer a vontade do Pai.

I. Convertendo-me em um Discípulo

O processo mediante o qual posso converter-me num discípulo descansa em duas


premissas:

1. A transformação do SER.

O SER é a essência do indivíduo. Nesta área reside o caráter, a personalidade, os


pensamentos e os hábitos. O plano de Deus para um discípulo consiste, em primeiro lugar,
em alterar sua essência. Inicialmente no sentiremos incapazes para converter-nos em
discípulos de Cristo, mas enquanto o Espírito Santo age no coração do cristão, este

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adquire a imagem de Deus. Antes que se nos encomende uma tarefa, o Senhor deverá
primeiro nos ensinar a pensar de sua maneira (Lucas 22:24-27; Romanos 12:2).

Jesus convocou a pessoas comuns. Realmente, o perfil de seus discípulos não era um
pouco admirável. Porém, cada discípulo tinha seus próprios rasgos de personalidade que o
faziam particular e ao que parece, isso foi o que motivou a Jesus a chamá-los.

Por exemplo, Pedro era um homem impulsivo e arriscado; João, pelo contrário, é
conhecido como o apóstolo do amor. O mais provável é que sua personalidade refletira
suavidade e ternura. Porém, a característica que Jesus encontrou em seus discípulos foi
que eram moldáveis e ensináveis .

2. A capacitação para FAZER.

Uma vez que Jesus interveio na transformação de seus discípulos, os enviou para que eles
reproduzissem todas as boas ações que Ele lhes tinha ensinado. Não só os instou a não
esquecerem o que aprenderam, mas também, os desafiou a pôr em ação os princípios do
Evangelho.

Envolver-nos no serviço ao Senhor é um privilegio, mas imitar a Jesus e modelar os


princípios da Palavra de Deus demanda uma grande responsabilidade. Há formas simples
e eficazes de praticar os princípios do Evangelho fazendo a obra de um discípulo:

 Visitar ao enfermo.
 Testemunhar de Cristo aos perdidos.
 Guiar a outros ao amor de Deus.

II. O Chamado que Deus faz a todo Discípulo

Deus faz um chamado especial a algumas pessoas que Ele escolheu para os diversos
ministérios: “E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para
evangelistas e outros para pastores e mestres” (Efésios 4:11). Este chamado é para quem
vai ficar tempo integral no ministério. Porem há um chamado que Deus faz a todos os
santos. Efésios 4:12 diz que os ministros tem sido escolhidos para “com vista ao
aperfeiçoamento dos santos para o desempenho de seu serviço, para edificação do corpo
de Cristo”. Um discípulo de Cristo deverá responder ao chamado de participar na obra do
ministério.

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Está é a natureza desse chamado:

 Chamados a ser luz nas trevas. Deus nos chamou a ser os representantes de
Cristo aqui na terra; somos a única Bíblia que muitos leram (Mateus 5:14-16; II
Coríntios 5:20).
 Chamados a pregar o evangelho. Anunciar o evangelho não é só falar de Cristo,
mas também manifestar através de nossas atitudes, a fé que vive em nosso
coração. (Marcos 16:15; Atos 1:8).
 Chamados a fazer discípulos. Fazer discípulos é preparar outros para o serviço
ao Senhor. Um discípulo é alguém que se converte num imitador de Cristo (Mateus
28:19).
 Chamados a ensinar. Uma das formas como podemos servir aos demais, é
convertendo-nos em guias para eles (Mateus 28:20; II Timóteo 2:2).

III. Perfil de um Discípulo (I Timóteo 3:8-13)

1. Características de sua vida interior:

Honesto. Uma pessoa honesta é aquela que valoriza a verdade e guarda coerência entre
o que diz e o que faz. Há pessoas que se gabam de sua fé, mas seu estilo de vida
contradiz os princípios éticos da Palavra de Deus.

Sincero. A sinceridade é a capacidade de ser totalmente transparente, evitando a toda


custo a hipocrisia.

Irrepreensível. Não tem atitudes pelas quais seja necessário chamar a atenção. O líder
deve gozar de bom testemunho dentro e fora da Casa de Deus, sendo exemplo em tudo.

Esposo de uma só mulher. Deve dar exemplo de moralidade. Sua vida sentimental deve
ser ordenada e digna de imitar. A pessoa casada deve respeitar o seu esposo ou esposa e
guardar-se da imoralidade sexual. Igualmente, o solteiro deve cuidar seu comportamento
sentimental, sendo estável emocionalmente e honrando ao Senhor no comportamento com
sua namorada (o). O namoro de um líder deve ser exemplar.

Não dado ao vinho. Não podemos conceber a um líder de Deus bêbado, pois esta
condição viola os preceitos de Deus para o cristão (Romanos 13:12; I Coríntios 5:11;
Gálatas 5:19-21; Efésios 5:18; I Pedro 4:1-5).

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Não cobiçoso. Seria muito perigoso que um servo de Deus desejasse tanto o dinheiro,
que estivesse disposto a fazer qualquer coisa, até chegar ao ponto de ser desonesto, com
o objetivo de consegui-lo. Deve ser alguém exemplar na área financeira. É desonesto pedir
dinheiro emprestado e não pagar, emitir um cheque sem fundos, solicitar um crédito e logo
não pagar. O líder não deve pedir dinheiro emprestado ao grupo ou Casa de Oração.

Guardar a fé com uma consciência limpa. Pelo fato de sermos luz diante dos demais, é
necessário que com muita diligência e responsabilidade, vivamos e guardemos os
princípios eternos das Escrituras Sagradas, sem que estes sejam alterados pelos nossos
desejos ou formas particulares de pensar.

2. Características de sua vida familiar:

Um bom governador de sua própria casa. (I Timóteo 3:12). O apóstolo Paulo não pede
que o discípulo seja um bom trabalhador, um bom estudante ou um empresário de
sucesso, senão que governe bem sua casa. A família é a primeira instituição criada por
Deus, portanto, se somos bons com ela, seremos efetivos em qualquer área da vida,
incluindo o trabalho.

“...pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?” (I
Timóteo 3:5). Os pais têm que ter seus filhos em sujeição, as mães devem cumprir sua
função de ajuda idônea, os filhos devem desempenhar bem sua função, respeitando,
obedecendo e honrando os seus pais. Como discípulos de Cristo, devemos:

 Honrar o pacto do casamento (Mateus 19:5-6).


 Edificar nossas famílias e prover para suas necessidades (I Timóteo 5:8).
 Valorar os nossos filhos como um presente de Deus (Salmos 127:3).

3. Características de sua vida na igreja:

Não seja neófito. Há pessoas que apesar de levar muitos anos com o Senhor, não tem
amadurecido e seguem sendo crianças espirituais; essas pessoas não são aptas para
servir na obra. A pessoa que vai servir não pode ser um recém-convertido ou alguém
imaturo, mas uma pessoa madura em sua fé em Cristo. Se não for, sempre existe o perigo
de que seja preso pelo diabo e caia ante o desânimo ou ceda ao orgulho: “para não
suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo.” (ver. 3:6). A maturidade
vem como resultado de nossa submissão a Deus, e à disposição a que Ele opere em
nossa vida.

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ATIVIDADE REFLEXIVA PARA A VIDA DIÁRIA

Esforce-se por crescer à imagem de um discípulo de Cristo. Um verdadeiro discípulo


trabalha constantemente para ser semelhante o seu Mestre.

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TEMA 2: A Grande Comissão e o Privilégio de Fazer Discípulos

Objetivo: Conhecer o plano de Deus para a salvação da humanidade e o privilégio


de preparar novos discípulos para a obra redentora.

Base Bíblica:

Mateus 28:16-20

INTRODUÇÃO

No Evangelho segundo Mateus, encontramos a Grande Comissão: "Ide, portanto, fazei


discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito
Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou
convosco todos os dias até a consumação do século" (Mateus 28:19-20).

A Grande Comissão foi o ultimo grande desafio que Jesus deu a seus discípulos. A
atribuição de fazer discípulos em todas as nações da terra, batizando-os e ensinando-os a
obedecer, não foi exclusivamente para os 12 apóstolos, pois a Bíblia ensina claramente
que esse é um encargo para todos os crentes.

A missão principal da igreja, isto é, de todos os crentes, é estabelecer o Reino de Deus na


terra através da pregação de sua Palavra, a conversão dos que não conhecem o
evangelho e a formação do caráter de Cristo neles para uma vida de santidade. O Senhor
não quer que ninguém se perca no inferno, senão que todos tenham a oportunidade de
arrepender-se em vida e desfrutar da eternidade no céu (II Pedro 3:9). Por isso, não
podemos pensar que a Grande Comissão é algo que fizeram os cristãos do passado ou
algo que só alguns fazem atualmente. Todos os cristãos, em todas as partes do mundo,
devem ser fieis a Deus procurando a salvação dos perdidos até Jesus voltar.

I. Em que consiste a Grande Comissão?

A Grande Comissão consiste em pregar as boas novas em todo lugar da terra e nesta
tarefa, preparar para o Senhor novos discípulos, agora capacitados para ensinar a outros.
Não se baseia exclusivamente no anúncio do amor de Deus e da obra redentora de Cristo,
mas também, no desafio de ensinar e capacitar a humanidade para a vida (integralmente)
e o serviço a Deus (ministério).

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A Grande Comissão está fundamentada em quatro princípios ricos em significado, que


sugere imperativamente uma ação:

1. Ide, portanto... O imperativo “ide”, basicamente significa ir de um lugar a outro. A


mensagem por trás desse mandamento, é que somos responsáveis para que outros
possam escutar a mensagem de salvação. A vontade de Deus é que uma vez que
recebemos a mensagem de salvação, estejamos prontos para compartilhar com outros.

2. Fazei discípulos de todas as nações. Esta declaração sugere generalidade. A


missão de fazer discípulos não deve limitar-se a um espaço geográfico ou pressuposto
cultural, em consequência, é uma tarefa que deve realizar-se em qualquer lugar onde
houver pessoas. Não há uma nação que deva fazer mais discípulos que outra. O
desejo de Deus é alcançar o mundo, para que todos desfrutem da plenitude de Cristo.

3. Batizando-os. O batismo representa uma mudança de vida baseada no


arrependimento. Através do batismo manifestamos nossa necessidade de Deus e
declaramos abertamente, que pertencemos à grande família da fé. Fazer o batismo no
nome da Trindade deixa claro que nossas convicções e práticas cristãs estão sujeitas à
inspiração e ao cuidado do Pai, do Filho e do Espírito Santo, evidenciadas na vida
prática da igreja primitiva.

4. Ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. A natureza do


ensino é a transformação. Neste caso, consiste em transmitir o legado de Cristo e
através do modelo da inspiração, perseveramos em conservar e em praticar os
princípios eternos e verdadeiros da Palavra de Deus.

5. E eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século. Esta é uma
promessa de Cristo, que nos garante que enquanto cumpramos com a missão
encomendada, Sua Presença não nos abandonará. Portanto, o serviço a Deus é uma
labor que não fazemos sozinhos. Sua Presença nos guia e nos inspira para
compartilhar com os perdidos as boas novas de salvação.

II. A quem foi encomendada a Grande Comissão?

A Grande Comissão foi dada inicialmente aos discípulos que acompanharam Jesus
durante seu ministério. Posteriormente, a igreja recebeu através dos apóstolos e as
Escrituras, a tarefa de “ide” e buscar os perdidos, levando consigo a mensagem da vida
eterna. Há quem argumente que a Grande Comissão não foi dada à igreja diretamente,
porem, é evidente que a igreja é o corpo de Cristo e, portanto, é a responsável por cumprir

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com este chamado. “Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente membros desse
corpo” (I Coríntios 12:27).

A igreja é chamada a proclamar intencionalmente a mensagem de salvação a todo aquele


que está longe de Deus. Cada pessoa ou ministério, em qualidade de membro e parte do
corpo de Cristo, tem recebido um dom de Deus e/ou talentos para servir no cumprimento
da Grande Comissão. Todos têm algo para oferecer ao Senhor.

III. Onde se cumpriria a Grande Comissão?

O mandato da Grande Comissão não está limitado a um lugar, cultura ou raça: pelo
contrário, deve obedecer-se sem importar o espaço geográfico, convicções ou
pressupostos sociais e/ou culturais.

IV. O que espera o Senhor de seus seguidores e discípulos?

Um discípulo de Cristo é alguém que marca a diferença e que depois de entesourar em


seu coração a verdade, se determina a viver por ela. Um discípulo se caracteriza por ser:

 Obediente;
 Servo;
 Viver em santidade. “Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes erros,
será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor.” (II Timóteo 2:21);
 Consciente da Presença de Deus (Seu guia e direção);
 Manter um firme compromisso com a igreja;
 Amar a obra de Deus.

Um discípulo é também aquele que prepara outros novos discípulos. Não sou um discípulo
de Cristo pelo simples fato de crer n’Ele, senão porque guio a outros para que o
conheçam.

V. Algumas diferenças: Sou Simpatizante ou Discípulo?

Existe uma grande diferença entre um simpatizante e um discípulo. Um simpatizante é


aquele que pensa que conhecer Deus e aprofundar-se vagamente na vida cristã é algo
“curioso” e “interessante”. Frequentemente não está capaz e nem tampouco tem a
disposição de testificar e falar de sua fé. Seu nível de compromisso com a vida cristã e a
prática que ela implica, não é notável e pelo contrário, prefere agradar a outros a ter que
fazer o que é certo. “Seguia-o um jovem, coberto unicamente com um lençol, e lançaram-
lhe a mão. Mas ele, largando o lençol, fugiu desnudo.” (Marcos 14:51).

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Um discípulo é aquele que conscientemente tem tomado a decisão de converter-se num


imitador de Cristo, pagando o preço que isso implica. Caracteriza-se por seu compromisso
com a verdade, a lealdade e a integridade. Vive consciente de sua dependência ao Senhor
e sua norma de fé é a Bíblia. Um discípulo ama fazer a vontade de Deus acima de
qualquer coisa, e ama agradar ao Senhor antes que aos homens. Estando Jesus diante de
grandes dificuldades, falou da custosa decisão de converter-se num discípulo e convidou a
seus seguidores a pensar muito bem neste desafio, com as seguintes palavras: “Pois qual
de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despensa
e verificar se tem os meios para a concluir?” (Lucas 14:28).

VI. Como posso converter-me num Discípulo?

A seguir alguns conselhos práticos:

1. Peça-o a Deus em oração.

2. Determine-se. Converter-se num fiel seguidor de Cristo que guarda e cuida de sua fé
sob qualquer circunstância, requer uma decisão determinante.

3. Procure na igreja um líder/mentor/conselheiro que lhe ajude no seu processo de


crescimento. Talvez deva abandonar algumas práticas, costumes ou pensamentos
que não são saudáveis para você.

4. Faça um compromisso com a Bíblia. Um verdadeiro discípulo deve conhecer a seu


Mestre. A leitura da Bíblia lhe ensinará mais sobre a vida e o ministério de Cristo. Seu
caráter será transformado se receber com paixão a instrução de Jesus. “Toda Escritura
é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para
instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado
para toda boa obra.” (II Timóteo 3:16-17).

5. Estabeleça um compromisso com a família da fé. Um discípulo é consciente da


necessidade permanente de procurar e adorar a Deus. Esses períodos podem
acontecer num ambiente muito pessoal, mas também é importante participar na igreja
para ser edificado durante a adoração e reflexão na Palavra de Deus. "Não deixemos
de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto
mais quanto vedes que o Dia se aproxima." (Hebreus 10:25).

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ATIVIDADE REFLEXIVA PARA A VIDA DIÁRIA


Ore intencionalmente por seus discípulos. Peça a Deus em oração que lhe
permita servir a seus discípulos de tal forma que cresçam nos aspectos
pessoal, espiritual e familiar.

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TEMA 3: Discípulos que Fazem Discípulos

Objetivo: Conhecer os princípios bíblicos fundamentais para a preparação de


novos discípulos.

Base Bíblica:

I Coríntios 4:16-17

INTRODUÇÃO

O apóstolo Paulo disse: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (I
Coríntios 11:1). O apóstolo sabia que na medida em que imitasse a Cristo, outros
desejariam imitar-lhe. A tarefa de fazer discípulos consiste fundamentalmente em
reproduzir o caráter de Jesus em outros. Não se obriga ninguém a ser um discípulo, ao
contrário, é necessário guiá-lo pelo caminho da inspiração e do bom exemplo. Esta
verdade pode ser dita em outras palavras: terei tão bons discípulos, tanto como eu seja um
imitador de Cristo.

I. Como posso fazer novos discípulos?

Será que as pessoas podem falar de nós: “nunca esquecerei o que você fez por mim”, ou,
“você deixou uma marca inesquecível em minha vida”?
Quando nos dedicamos diligentemente à tarefa de fazer discípulos, conseguiremos
progressivamente ter influência sobre eles. Essa influência é um privilégio, mas também
uma responsabilidade. Portanto, teremos que ser muito cuidadosos com nosso ensino,
cuidando de nosso estilo de vida (Eclesiastes 10:1). Então devemos:

1. Ter vida exemplar (II Coríntios 3:1-2).


Como discípulos de Cristo, somos chamados a ser exemplo para os outros. Em nosso
coração está escrito o testemunho de Deus e a forma como vivemos, reflete
claramente o lugar que Ele tem em nossa vida. Se vamos fazer discípulos, primeiro
teremos que apercebermo-nos de responder obedientemente ao chamado de Deus e
viver em santidade.

2. Motivar os nossos seguidores (João 11:40).


De Deus provem o sopro de vida, porém, nós temos recebido por sua graça, o
privilégio de animar a outros. Isso significa que somos fonte de inspiração, valor e

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coragem. Jesus desafiou, motivou e exortou a seus discípulos a não abandonar o


caminho, os animou constantemente a perseverar por causa do Reino.

3. Ser tutores ou mentores (I Coríntios 4:17).


Um mentor é aquele que ajuda outros a alcançarem seu máximo potencial em todas as
áreas de sua vida. Um mentor guia seus seguidores e discípulos e os prepara para a
vida. Seu propósito é convertê-los em pessoas sábias, responsáveis e comprometidas
com a vontade de Deus.

4. Ser pais espirituais (Gálatas 4:19).


Deus quer que vejamos nossos seguidores como se fossem nossos próprios filhos.
Dessa forma, um pai espiritual não só influenciará a vida de uma pessoa, mas que seu
exemplo, repercutirá nas seguintes gerações. O apóstolo Paulo disse a seus
seguidores: “meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo
formado em vós” (Gálatas 4:19).

5. Ser multiplicadores. (II Timóteo 2:2)


A instrução do apóstolo Paulo a Timóteo, foi que ensinasse a outros, aquilo que ele lhe
tinha ensinado, para que desta maneira, os obreiros aumentassem e o evangelho se
estendesse por tudo o mundo.

II. O Preço de Discipular a Outros

O apóstolo Paulo em II Timóteo 2:3-7, motiva a seu discípulo Timóteo a não desanimar em
meio às dificuldades. Então usa três figuras comuns de seu entorno: o militar, o esporte e a
lavoura. Através delas, mostra a seu discípulo que não há glória sem cruz, que tudo o que
custa tem resultados bem sucedidos e que edificar a outros tem um preço: o sacrifício.

Quem discipula a outro, deve estar disposto a suportar:

 A provação. Algumas vezes, na tarefa de discipular a outros enfrentaremos


sofrimentos por fazer a obra de Deus (Mateus 5:11-12).

 A crítica. A intolerância e a crítica só demostram nossa imaturidade emocional. Ser


pessoas de influência e mais visíveis que outras, nos faz mais susceptíveis à crítica
das pessoas e à correção de nossos líderes.

 A fadiga. Ser uma pessoa de influência é muito esgotador e quando estamos


cansados, somos vulneráveis aos ataques do inimigo (I Reis 19:1-8). Porém, Deus nos

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prometeu descanso “... A minha Presença irá contigo, e eu te darei descanso.” (Êxodo
33:14; Salmos 23:2). Necessitamos aprender a viver no repouso de Deus e a desfrutar
a vida. Uma vida equilibrada requer descanso, alimentação saudável e a disciplina do
exercício físico.

 A rejeição. Ser nobre e servo numa sociedade que não valora este tipo de qualidades
pode nos converter, algumas vezes, em alvo de rejeição. A Bíblia diz que Jesus “Veio
para o que era seu, e os seus não o receberam” (João 1:11).

 O desânimo. Quando os planos não se desenvolvem como planejamos, facilmente


poderemos desistir e deixar que a desesperança nos derrube. Paulo sabia disso e não
permitia que o desânimo invadisse sua vida. “Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo
alcançado; mas uma coisa faço; esquecendo-me das coisas que para trás ficam e
avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da
soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” (Filipenses 3:13-14).

III. As Oito (8) Diretrizes do Discipulado.

No livro Plano Supremo de Evangelização, escrito por Robert E. Coleman, são


apresentadas as oito (8) diretrizes para o discipulado bíblico.

1. Seleção. O plano de Jesus consistiu em recrutar alguns homens que estivessem


dispostos a aprender e ser transformados pelas mãos do Mestre. Jesus sabia que, se
se dedicasse a eles, posteriormente se converteriam em pessoas que testemunhariam
o Reino de Deus. A seleção deve estar acompanhada de tempos de oração (Marcos
3:13-19).

2. Associação. Jesus selecionou uns poucos com o firme propósito de manter uma
relação intensa com eles. O sucesso de uma equipe de discípulos radica na qualidade
de seu relacionamento com seu mestre. Associar-nos significa unir esforços para
alcançar os mesmos propósitos (João 13:23).

3. Consagração. O grau de consagração de um discípulo não depende de Deus, mas


depende exclusivamente de sua própria decisão de viver para o Senhor e servir a seus
propósitos. Neste sentido, a consagração garante o fruto que desejamos (João 15:1-5).

4. Comunicação. Jesus se manteve a disposição para atender a seus discípulos. Esta


prática permite ver como é importante escutar nossos discípulos e confirmar-lhes
nosso interesse por eles (João 15:13-15).

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5. Demonstração. O ministério de Cristo com seus discípulos esteve cheio de


experiências compartilhadas. Jesus soube aproveitar cada oportunidade que teve para
ser um digno exemplo em qualquer circunstância em favor de seus discípulos (João
13:15-17).

6. Delegação – confiança. Delegar significa pôr nas mãos de outro uma


responsabilidade decisiva. O propósito de delegar não consiste exclusivamente em
liberar-nos das responsabilidades, mas facilitar lugar para o bom desenvolvimento de
nossos discípulos (Mateus 28:19-20; I Coríntios 12:12).

7. Supervisão - acompanhamento. Esse princípio não sugere que devemos julgar as


tarefas dos demais, mas ao contrário, é uma amostra do profundo interesse pela obra
de Deus, procurando que esta seja feita de forma certa, com excelência. A supervisão
da obra cristã, é mais que uma auditoria, é um gesto de solidariedade (Lucas 10:17-
20).

8. Reprodução – inspiração. A reprodução será o resultado de um bom trabalho de


discipulado. O desejo de Deus é que cada vez mais pessoas façam a sua vontade e
sigam o exemplo de Cristo, e para conseguir isso, cada pessoa precisa capacitar a
outra (João 15:1-17).

IV. O Papel de um Discípulo que Faz Discípulos

 Avaliar. É importante ajudar nossos seguidores a identificar seus pontos fortes e


fracos, e lhes animar a avaliar seu progresso, com o objetivo de assegurar-se de que
todos os tópicos de serviço cristão se trabalhem de forma bíblica.

 Incentivar. Devemos animar e motivar os nossos discípulos a aprender, ajudando-lhes


inclusive a encontrar oportunidades adicionais para formar-se e participar ativamente
em ministérios que se ajustem a seus dons.

 Facilitar. Para o crescimento de nossos discípulos, é necessário ajudar-lhes a tirar


suas próprias conclusões e aplicações, e não só falar-lhes o que devem saber ou fazer.

V. Requisitos para a Formação de Novos Discípulos

 Tempo. O líder tem que pagar o preço de separar tempo para ficar com seus
discípulos e ser parte de suas vitórias e fracassos. Um discípulo não se forma em
pouco tempo. Ao contrário, requer inclusive anos. Lembremos que Jesus passou (3)

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três anos com seus discípulos, e ainda depois de sua ascensão, continuaram sendo
formados.

 Perseverança. O líder não deve render-se. Um dos preços mais altos que o líder tem
que pagar é o de constância, persistência (Gálatas 6:9). Muitos desistem de procurar a
Deus porque seu líder rendeu-se no meio do caminho, se afastou do Senhor ou
abandonou a igreja. O chamado de ser líder é para toda a vida e exige fidelidade a
Deus, à igreja e aos discípulos.

ATIVIDADE REFLEXIVA PARA A VIDA DIÁRIA

Cada pessoa deve refletir diariamente, como está cuidando do seu lar e que tipo
de testemunho está dando aos de sua própria família, assim como pedir a Deus
em oração, que lhe ajude a liderar bem sua casa, para liderar bem na igreja do
Senhor.

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TEMA 4: Seguindo o Estilo de Discipulado de Jesus

Objetivo: Praticar os princípios fundamentais que guiaram o ministério de Jesus na


formação de seus discípulos.

Base Bíblica

Filipenses 2:5-11

INTRODUÇÃO

Se seguirmos a Jesus, Ele nos ensinará a ser mais efetivos em nosso trabalho com as
pessoas. Jesus ensinou aos discípulos os seguintes princípios:

1. Ser líderes servos. Podemos ser servos se tivermos certeza de quem nós somos.
Jesus sabia quem Ele era e aonde ia. Ele não se sentia obrigado a demonstrar o quão
importante que Ele era tentando impressionar a outros, nem se sentia inferior servindo
aos demais. Ele era um líder servo, porque estava seguro de quem Ele era.

2. Permitir que nosso propósito determine nossas prioridades. Jesus ensinou a


seus discípulos a pôr ordem em suas prioridades e como consequência, tudo os
demais seria acrescentado. Jesus lhe falou aos discípulos: “Então, lhes falou Jesus:
Em verdade, em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão
somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também
semelhantemente o faz” (João 5:19). Ele nunca agiu de forma independente. Seu
propósito era agradar a Deus e fazer sua vontade. Para isso Jesus desenvolveu
prioridades baseadas em propósitos, então Ele:

 Sabia como enfrentar as distrações (Mateus 11:2-27).


 Sabia como tratar a rejeição (João 6:66-67).
 Sabia como estar disposto a suportar a dor (Hebreus 12:2).

3. Viver o que pregamos. Jesus vivia de uma maneira tão íntegra que nem sequer seus
inimigos podiam achar alguma coisa para acusá-lo (Mateus 26:59-60).

4. Passar tempo com nossos discípulos. Jesus disse que suas ovelhas conheciam sua
voz e ele as conhecia pelo nome (João 10:3-4). Elas o conheciam e Ele as conhecia,
porque passava muito tempo com elas.

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Nosso chamado é as pessoas. Jesus ia aos lugares onde estavam as pessoas: a


sinagoga, as ruas, as feiras, os povos, as casas, etc. Jesus passou tempo com eles. As
pessoas não vão vir a nós, somos nós os que temos que ir a elas.

5. Ter tempo para descansar e recuperar forças.

 Jesus teve tempo para descansar e focar-se em Deus (Mateus 14:23).


 O Senhor também cuidou da sua equipe de trabalho, os doze, para que não se
frustrassem (Marcos 6:30-31).

6. Fazer um chamado a um compromisso maior. Jesus fez saber a seus discípulos


que tinham que pagar um preço:

 Falou-lhes que seriam perseguidos (Lucas 6:22).


 Foram desafiados a pagar o preço (Lucas 14:26-27).

7. Estar dispostos a enfrentar situações difíceis.

 Jesus corrigiu seus discípulos quando suas atitudes não eram boas (Lucas 9:46-
50).
 Jesus repreendeu abertamente o pecado e a hipocrisia (Lucas 11:43-44).
 Jesus rompeu com os costumes e as tradições para poder compartilhar às pessoas
o evangelho (João 4:9)
 Jesus não permitiu que as pessoas o manipulassem com ambições pessoais
(Mateus 20:20-23).
 Jesus não fugiu do sacrifício nem do sofrimento (Mateus 16:21).

ATIVIDADE REFLEXIVA NA AULA


Em grupo ou individual, escrita ou oral.

Pense por um momento em alguma situação difícil que tenha enfrentado sendo
líder de algo (colégio, empresa, clube, etc.). Como se sentiu e como administrou
essa situação?

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8. Encontrar o potencial de cada pessoa. Uma das características de um bom líder, é


poder ver o potencial que há nas pessoas e ajudá-las a desenvolvê-lo ao máximo.

 Jesus viu o potencial que tinha num endemoniado que libertou, para ir pregar o
evangelho a seu povo (Lucas 8:39).
 O Senhor viu o potencial numa mulher que tinha cinco casamentos e que naquele
momento estava vivendo em imoralidade, então a libertou e através dela o
evangelho foi pregado a todo o seu povo (João 4:39-42).
 Viu o potencial num pescador para convertê-lo num grande pregador do Evangelho
que levaria milhares de pessoas a Cristo (Mateus 4:18-20).

9. Formar uma boa equipe de trabalho para realizar o propósito de Deus. Jesus não
era um “Cavaleiro solitário”. A maneira como Jesus fundamentou seu ministério, foi
formando uma equipe e trabalhando com ela. Depois de orar, Jesus selecionou dentre
seus seguidores doze pessoas, passou tempo com eles, os amou, lhes ensinou, lhes
ministrou e ministrou com eles, e finalmente delegou a eles Seu poder para pregar,
ensinar e curar.

10. Aprender a delegar. Jesus não foi egoísta, mas envolveu intencionalmente seus
discípulos. Por exemplo, quando alimentou a cinco mil pessoas, Jesus delegou muitas
responsabilidades a seus discípulos (Marcos 6:38-43). Delegar é treinar e equipar a
outros para que façam as coisas em nosso lugar. O líder que tenta fazer tudo, vai ser
muito pouco efetivo e em pouco tempo vai se cansar.

ATIVIDADE REFLEXIVA PARA A VIDA DIÁRIA

Lembre-se de que cada dia como líder enfrentará situações difíceis, mas isso
não deve desanimá-lo, ao contrário, deve servir para fortalecer sua confiança e
compromisso com Deus.

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SEGUNDA UNIDADE

A ESTRATÉGIA:
O PLANO DO MESTRE
ALCANÇANDO O MUNDO PARA CRISTO

TEMA 5: Evangelizar, uma Maneira Prática de Cumprir a Grande


Comissão

Objetivo: Entender o sentido e o significado de nossa responsabilidade na evangelização


dos não crentes.

Base Bíblica:

Mateus 28:18-20

INTRODUÇÃO

Jesus disse: “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei
discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito
Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou
convosco todos os dias até a consumação do século.” (Mateus 28:18-20).

I. O que é o Evangelho?

1. É uma mensagem sobre o amor de Deus e seu propósito para nós (João 3:16;
10:10).

2. É uma mensagem sobre o pecado do homem e suas consequências (Romanos


3:23; 6:23).

3. É uma mensagem sobre Jesus Cristo, a única provisão de Deus para o pecado do
homem que se arrependeu (João 14:6; I Timóteo 2:5; Romanos 5:8).

4. É uma mensagem sobre a necessidade de receber Jesus Cristo como Senhor e


Salvador (João 1:12; Romanos 10:9; Apocalipse 3:20).

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II. A obra do Espírito Santo.

Jesus falou aos discípulos que antes de sair para pregar o evangelho, seriam revestidos do
poder do alto, pois Ele os batizaria no Espírito Santo (Lucas 24:49).

“mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas
testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos
confins da terra” (Atos 1:8).

“Eu, irmãos, quando foi ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus,


não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. 3E foi em fraqueza,
temor e grande tremor que eu estive entre vós. 4A minha palavra e a minha
pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em
demonstração do Espírito e de poder” (I Coríntios 2:1; 3-4).

Nossa responsabilidade é proclamar a mensagem de salvação em amor e permitir que o


Espírito Santo dê testemunho de nossa mensagem e que como resultado, se produz o
novo nascimento. Quando nós pregamos a Palavra de Deus, o Espírito Santo respalda
nossa pregação com sinais e prodígios (Marcos 16:20).

III. A Importância da Oração.

A oração prepara o caminho para que as pessoas possam receber a Cristo. Satanás cegou
o entendimento dos incrédulos para que não cressem (II Coríntios 4:4), mas Deus ordenou
que a luz resplandecesse nas trevas e quer que o evangelho resplandeça em nossos
corações (II Coríntios 4:6). Por isso, é necessário:

1. Fazer uma lista das pessoas que gostaríamos que conhecessem a Cristo e orar
diariamente por elas.

2. Orar pedindo ao Espírito Santo que mude o coração de pedra da vida deles, por um
coração de carne, sensível a sua Palavra (Ezequiel 36:26-27).

3. Pedir ao Espírito Santo que os convença da necessidade que têm de Deus, que
lhes dê convicção quanto aos seus pecados (João 16:8) e lhes dê entendimento
sobre as coisas espirituais (I Coríntios 2:14).

4. Pedir ao Espírito Santo que nos revele quando e como compartilhar-lhes o


evangelho.

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IV. A Importância de Nosso Exemplo

Demonstramos o evangelho através de nossa vida. Algumas vezes, a forma como agimos
não deixa que as pessoas ouçam o que estamos dizendo. Elas crerão em nossa
mensagem se verem que amamos a Deus e às pessoas. Devemos trabalhar com Deus,
procurando toda oportunidade para mostrar-lhe ao mundo o amor de Deus:

 Servindo. (Marcos 9:35). Mostrar amor ajudando aos outros em tudo o que
pudermos, procurando oportunidades para servir-lhes. Jesus disse que se algum
quer ser líder, deve estar disposto a servir aos demais.

 Sendo generosos. (Tiago 2:15-16). O amor prioriza a necessidade dos demais


sem se importar com a nossa.

 Considerando aos demais como superiores a nós. (Filipenses 2:3). Tratar as


pessoas com respeito e honra, sem cair em adulação de forma exagerada. Não
estamos adulando-as se falamos as coisas com sinceridade.

 Mostrando interesse na vida das pessoas. Em nossas conversações não


devemos falar dos outros, mas mostrar interesses nas vitórias, nas atividades e nas
coisas que apaixonam a outra pessoa. Devemos fazer com que as pessoas com
quem falamos se sintam importantes.

 Animando. (I Coríntios 13:7). O amor tudo crê, assim devemos crer nas pessoas,
animando-as com nossas palavras e ações, para que pessoas ordinárias se
convertam em pessoas extraordinárias.

 Agradecendo. (Romanos 1:8). Aprendamos a sermos pessoas agradecidas. O


apóstolo Paulo sempre agradecia àqueles com quem estava relacionado.

 Aprendendo a sorrir. (Provérbios 15:30). Os especialistas em crescimento de


igrejas dizem que se os membros de uma congregação só aprenderem a sorrir, a
igreja crescerá anualmente uns vinte por cento.

ATIVIDADE REFLEXIVA NA AULA


Em grupo ou individual, escrita ou oral.

 Por que é tão importante o estilo de vida de um crente como


testemunho para o mundo?
 Diante de quem somos testemunhas hoje?

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V. Métodos Evangelísticos

Existem muitos métodos que nos podem ajudar a apresentar de forma clara o evangelho.
Vamos estudar alguns deles:

1. A pergunta sobre o destino final.

Iniciamos uma conversação utilizando algum elemento em comum com a outra


pessoa. E quando sentimos que o momento é propício, dizemos, "Posso faze-lhe
uma pergunta?"

E a pergunta é: “Suponhamos que você morresse hoje, para onde iria?”

Se a pessoa disser: "para o inferno", “não sei”, ou “O Senhor sabe onde me vai
enviar”, então devemos compartilha-lhe o plano de salvação. Se disser: "para o
céu", então fazer a seguinte pergunta: "por que você crê que vai para o céu?" (em
outras palavras "o que é necessário fazer para ser salvo?"). Se a resposta não
estiver baseada no sangue de Jesus Cristo ou no sacrifício da cruz, é sinal de que a
pessoa não é salva, e devemos lhe apresentar o plano de salvação.

2. Apresentando o Plano de Salvação.

 Você deve saber que é pecador e que como tal está sentenciado à morte
eterna. (Romanos 3:23). É necessário que a pessoa seja consciente de seu
pecado para que o resto da apresentação dê resultado.

 Mas apesar de seu pecado, Deus lhe ama. “... Com amor eterno te amei; por
isso, com benignidade te atraí" (Jeremias 31:3). Deus lhe ama profundamente,
mas aborrece o pecado porque no céu não entrará “coisa alguma contaminada,
nem o que pratica abominação e mentira” (Apocalipse 21:27).

 Este dilema foi solucionado graças a Jesus Cristo, quem morreu em seu lugar,
e pagou por seus pecados (Romanos 5:8). Quando Cristo disse na cruz: "Está
consumado" (João 19:30), isso significou que tudo ficou: "Cancelado". Ele

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cancelou nossa dívida e destruiu a acusação que constava contra nós


(Colossenses 2:14).

 Você precisa receber ao Senhor Jesus Cristo em seu coração e arrepender-se


de seus pecados. (João 1:12).

 Quer receber a Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador? Você pode fazê-lo
com a seguinte oração:

"Senhor Jesus, reconheço que sou pecador, mas te peço que perdoes todos
meus pecados e entres em meu coração. Faz de mim a pessoa que tu queres
que eu seja e dá-me o presente da vida eterna. Recebo-te por fé em teu nome
Jesus. Amém".

3. Existem dois tipos de pessoas...

Toda pessoa que encontrarmos é uma oportunidade para compartilhar do Senhor.


É necessário aproveitar toda oportunidade que Deus nos dá e algumas formas são
através das seguintes perguntas:

 Você crê que Deus existe? (usar esta pergunta ou o que seja necessário para
romper o gelo).

 Qual é sua ocupação? ______________________ (Fazer a pergunta se não


for óbvia a ocupação da pessoa).

 Você sabia que há duas classes de excelentes _______________? (citar a


ocupação da pessoa). Uns são os que já entregaram sua vida para Jesus e os
outros são os que ainda estão por fazê-lo.

 Em qual classe está você?


Se a pessoa não é salva responderá, "sou da classe que ainda está por fazê-
lo", mas se a pessoa responde que "já entregou sua vida a Jesus", então diga:
“Que bom! Fico muito feliz! Façamos outra vez a oração de fé!".

 Onde Jesus está agora? É necessário que eles confirmem sua entrega ao
Senhor dizendo: "em meu coração".

 Você tem alguma necessidade pela qual gostaria que orássemos?


Podemos estar certos de que Deus vai responder a petição desta pessoa.

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 Gostaria participar de um estudo bíblico? Aproveitar a oportunidade para


envolver esta pessoa num grupo pequeno da igreja. Escrever o nome da
pessoa, o endereço de sua casa e o telefone de sua casa e/ou trabalho.

4. O Testemunho pessoal.

O Senhor Jesus nos dá a melhor definição de um testemunho pessoal quando


disse ao homem possesso por uma legião de demônios: "Jesus, porém, não lho
permitiu, mas ordenou-lhe: Vai para tua casa, para os teus. Anuncia-lhes tudo o que
o Senhor te fez e como teve compaixão de ti" (Marcos 5:19).

 O objetivo do testemunho pessoal é glorificar a Cristo, levando a outros a


aceitar a Jesus como Salvador (João 4:29).

 Em nosso testemunho devemos enfatizar aspectos importantes de nossa vida


antes de receber ao Senhor, como o recebemos e a mudança que Jesus Cristo
produziu em nossas vidas. Um exemplo é o testemunho de Paulo em Atos
22:3-21.

 O testemunho não deve passar de três minutos (exceto em ocasiões especiais).

 O testemunho deve ser apresentado de forma natural, sem exagerar nem tratar
de impressionar com uma história espetacular.

 Devemos lembrar que a diferença da mudança de vida se deve ao Senhor


Jesus e não que antes éramos maus e agora entramos para o grupo dos bons.

ATIVIDADE REFLEXIVA PARA A VIDA DIÁRIA

Faça uma lista das pessoas que você gostaria de falar do evangelho, ore por
elas e logo, peça a Deus a oportunidade de falar para elas e contar seu
testemunho.

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TEMA 6: Aprendendo a Comunicar de Forma Efetiva o Evangelho

Objetivo: Que o líder possa assimilar alguns princípios de comunicação efetiva, para
serem aplicados no desenvolvimento de seu ministério nos grupos pequenos da igreja.

Base Bíblica

Colossenses 4:6

INTRODUÇÃO

"A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes
como deveis responder a cada um" Colossenses 4:6.

“Em Icônio, Paulo e Barnabé entraram juntos na sinagoga judaica e falaram de


tal modo, que veio a crer grande multidão, tanto de judeus como de gregos.”
Atos 14:1.

"Nesse meio tempo, chegou a Éfeso um judeu, natural de Alexandria, chamado


Apolo, homem eloquente e poderoso nas Escrituras. Era ele instruído no
caminho do Senhor; e, sendo fervoroso de espírito, falava e ensinava com
precisão a respeito de Jesus, conhecendo apenas o batismo de João." Atos
18:24-25.

Deus quer que sejamos bons comunicadores. Que sempre tenhamos uma mensagem
ardendo em nosso interior e que saibamos como compartilhar a outros, produzindo
resultados em suas vidas. Vamos estudar como comunicar-nos efetivamente durante o
trabalho em nossos grupos pequenos:

1. Falar com convicção.

Paulo disse: "Pois não me envergonho do evangelho, porque é poder de Deus para
a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego"
Romanos 1:16.

2. Falar com um coração íntegro.

Se nosso coração é limpo isso é o que sairá de nossa boca. "...Porque a boca fala
do que está cheio o coração" Mateus 12:34b.

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"Por isso, também me esforço por ter sempre consciência pura diante de Deus e
dos homens." Atos 24:16.

3. Falar com transparência.

É necessário sermos honestos com as pessoas e transparentes a respeito de


nossa vida.

"Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para
salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal" I Timóteo 1:15.

4. Falar com clareza.

"Suplicai, ao mesmo tempo, também por nós, para que Deus nos abra porta à
palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual também estou algemado;
para que eu o manifeste, como devo fazer." Colossenses 4:3-4.

É importante que nossos ouvintes entendam o que lhes estamos comunicando, por
isso devemos:

 Preparar bem a mensagem que vamos compartilhar.


 Vocalizar bem as palavras.
 O volume da voz deve ser ajustado ao tamanho do auditório, nem muito alto,
nem muito baixo.
 A voz deverá ter uma velocidade adequada, a qual varia segundo o tema.
Falar rapidamente indica suspenso e entusiasmo, a velocidade lenta indica
tristeza ou solenidade; também falamos lentamente para enfatizar um assunto
ou um tópico.

ATIVIDADE REFLEXIVA NA AULA


Em grupo ou individual, escrita ou oral.

Os participantes deverão compartilhar opiniões sobre as estratégias que


conhecem para manter a atenção de um grupo de pessoas reunidas numa
classe.

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5. Falar usando ilustrações.

As ilustrações dão vida a nossas mensagens. Sempre devemos ilustrar o que


estamos dizendo, para ajudar a esclarecer o tema e o faz mais interessante.
Paulo ilustrou armas que temos para a guerra espiritual usando a vestidura e as
armas de um soldado romano. Paulo também citou uma frase de um poeta grego
em sua pregação aos filósofos em Atenas.

6. Falar usando uma palavra oportuna.

Falar as palavras corretas no momento oportuno.


"O homem se alegra em dar resposta adequada, e a palavra, a seu tempo, quão
boa é!" Provérbios 15:23.

7. Falar animando as pessoas de seu grupo pequeno.

Sempre procurar como animar e edificar as pessoas com nossas palavras.


"Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras... Consolai-vos, pois, uns
aos outros e edificai-vos reciprocamente, como também estais fazendo." I
Tessalonicenses 4:18; 5:11.

8. Falar provocando gozo e riso nos ouvintes.

Através do riso e do bom humor, a mensagem pode ser digerida como maior
facilidade.
"Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos" Filipenses 4:4

9. Falar usando aplicações práticas.

Falar de tal forma que as pessoas possam pôr em prática aquilo que temos
compartilhado. Não só precisamos saber o que temos que fazer, porque o temos
que fazer, senão também como fazer. Devemos ajudar às pessoas a encontrar
respostas e aplicações práticas às situações reais de sua vida.

10. Ouvir os membros de seu grupo.

Desta maneira podemos saber quais são as suas necessidades e ter mais
resultados ao nos comunicarmos com eles.

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ATIVIDADE REFLEXIVA PARA A VIDA DIÁRIA

Agora que você já sabe sobre a importância de uma boa comunicação, tente
pôr em prática esses princípios de forma habitual e nas relações diárias no
ambiente em que vive.

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TEMA 7: A Consolidação do Novo Crente

Objetivo: Entender a responsabilidade que temos como líderes no fortalecimento


espiritual dos novos crentes.

Base Bíblica:

I Coríntios 3:7-10

INTRODUÇÃO

Não só queremos evangelizar as pessoas, mas firmá-las e consolidá-las tanto em sua fé


como na igreja. Depois de ter certeza de que o novo crente aceitou a Cristo, iniciamos com
ele o processo de cuidado, atenção e contato continuado até que se sinta fortalecido e
animado a converter-se num discípulo de Cristo. A esse processo chamamos
consolidação.

I. O Que é Consolidar?

Consolidar é proporcionar firmeza e convicção. Converter algo provisório em definitivo ou


estável. É também garantir completamente, firmar mais e mais alguma coisa, por exemplo,
a amizade, um compromisso ou no sentido espiritual, a relação com Deus.

Quando consolidamos alguém na igreja, procuramos brindar a cada novo convertido o


cuidado para que:

 Permaneça firme em sua decisão de crer em Jesus e viver para Ele.

 Se reproduza nele o caráter de Cristo, para que sua vida cumpra com o propósito
de Deus que é dar fruto, que permaneça em todas as áreas de sua vida.

II. O Propósito da Consolidação

 Mostrar os benefícios de pertencer à família de Deus.

 Mostrar interesse por suas necessidades.

 Oferecer companheirismo.

 Regar a semente que foi plantada (I Coríntios 3:6).

 Ensinar-lhes sobre Cristo, de seu amor e da vida abundante que temos n’Ele.

 Envolvê-los nas atividades do Grupo Pequeno ou Grupo de Comunhão.

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III. O Trabalho da Consolidação

É necessário entender que nós somos colaboradores de Deus (I Coríntios 3:9) e que nosso
chamado consiste em ganhar e reter as pessoas até que elas tenham capacidade de fazer
o mesmo com outros (II Timóteo 2:2). Para fazer isso é indispensável:

 Orar pelas pessoas que estamos cuidando (Romanos 1:9).

 Separar tempo para estar com elas (Atos 19:8).

 Mostrar interesse por sua família. Paulo compartilhou a Palavra de Deus com o
carcereiro e com toda sua família (Atos 16:31-34).

 Sentir a carga por suas necessidades e problemas (Atos 17:16).

 Estar dispostos e disponíveis para eles.

Para que a consolidação seja efetiva, é bom ensinar a cada membro do grupo pequeno ou
grupo de comunhão as práticas descritas acima como um estilo de vida.

IV. Passos para uma Consolidação Efetiva

É recomendável que a pessoa nova seja consolidada pela mesma pessoa que a
evangelizou, pois existe com essa pessoa um relacionamento de confiança e amizade. Por
isso, é importante que cada membro de cada grupo pequeno ou grupo de comunhão saiba
como fazê-lo. Os líderes devem ter tempo para ensinar a seus discípulos a consolidar.

Para fazer esse processo devemos:

1. Constatar a Confissão de Fé.

Comprovar que a pessoa faça a oração de fé, uma vez que lhe seja apresentado o
“Plano de Salvação de Deus” para sua vida.

PLANO DE SALVAÇÃO:

a. O Amor de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu
Filho unigênito, para que todo o que n`Ele crê não pereça, mas tenha vida
eterna”. (João 3:16).

b. O Pecado do Homem: “o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de


Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”. (Romanos 6:23).

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c. Jesus Cristo: A única provisão de Deus para resolver o pecado do homem


“Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo
Jesus, homem”. (I Timóteo 2:5).

d. Necessidade de receber a Jesus Cristo como Senhor e Salvador: “Se, com


tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus
o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo”. (Romanos 10:9).

ORAÇÃO DE FÉ:

Nesta oração se deve reconhecer:

a. A necessidade de Deus.
b. A condição de pecador.
c. Um genuíno arrependimento.
d. A aceitação de Cristo como seu Senhor e único Salvador.

Exemplo: “Senhor Jesus, eu entendo que te necessito em minha vida, reconheço


que sou um pecador, e que meus pecados me afastam de Ti. Eu me arrependo de
todas minhas faltas e te peço humildemente que me perdoes. Acredito que teu
sangue derramado na cruz do Calvário é um sinal de amor e perdão para mim. Hoje
abro a porta de meu coração e te peço que entres e vivas nele, eu te recebo como
o único Senhor e Salvador de minha vida, amém.”.

2. Contato telefônico ou ligação.

Para que este contato seja eficaz, deve ser feito num período inferior a 48 horas
após a confissão de fé e tem como objetivo:

a. Mostrar o amor de Deus através de um verdadeiro interesse pela pessoa.


b. Ganhar sua confiança e amizade.
c. Preparar o caminho para uma visita.

Devemos procurar o lugar e a hora adequada para ligar, não queremos ser
inoportunos ou imprudentes. Por isso antes de ligar, devemos orar a Deus para que
nos dê graça e para interceder pelo pedido que cada pessoa deixou no cartão de
consolidação.

COMO FAZER A LIGAÇÃO:

a. Cumprimentar: Faça-o amavelmente e se identifique como membro da


igreja.

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b. Inicie a conversação: Fale que tem orado por sua necessidade e que quer
saber como está.
c. Identifique sua condição espiritual: Pergunte-lhe como está se sentindo
após de visitar a igreja.
d. Marque uma visita: Evite que seja na igreja.
e. Ore pela pessoa: Uma oração simples e curta.

3. Localizar o grupo pequeno ou grupo de comunhão.

Nas ligações e na visita, devemos contar às pessoas todos os benefícios de fazer


parte de um grupo pequeno ou grupo de comunhão. Eles poderão ser alocados no
grupo do líder que o está consolidando ou num dos grupos da igreja que fique mais
perto do lugar onde ela mora.

Uma boa estratégia para alocar as pessoas novas nos grupos, é designá-las a um
líder de nossa equipe ou rede que tenha um grupo pequeno ou de comunhão perto
do lugar onde a pessoa mora, isso fará com que a visita e a alocação sejam mais
rápidas e efetivas. Se sua rede não tem grupos pequenos ou de comunhão perto,
ligue para a igreja para saber se existe uma perto. Se não há grupos na área, é
uma oportunidade para abrir um.

4. Visita.

Jesus foi modelo de visitação. A visita representa o 90% da consolidação. A visita


deve ser feita na mesma semana da confissão para que seja mais efetiva. A visita
nos ajudará a:

 Conhecer sua condição espiritual.


 Levar a Presença de Deus a esse lar, dando-lhe a oportunidade à pessoa e
a sua família de ser ministrados segundo as suas necessidades.
 Não somente firmar o novo convertido, mas ganhar também sua família.
 Vinculá-lo às atividades da igreja.
 Ter a possibilidade de abrir um grupo pequeno ou de comunhão nesse
lugar.

Assim como a ligação, esta visita deve ser preparada em oração com seu
companheiro de visita (pois nunca deve fazer a visita sozinho, mas em
companhia de alguém mais, de dois em dois, assim como Jesus enviou seus
discípulos); prepare um tema bíblico curto para compartilhar com eles segundo o
que foi conversado por telefone, lembrando da petição de oração.

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Uma vez chegue, faça o seguinte:

1) Apresente-se.
2) Pesquise qual é a opinião sobre a reunião na igreja e sobre a situação da
pessoa.
3) Compartilhe o texto bíblico em no máximo 10 minutos.
4) Ore (pela família e pelos pedidos de oração que eles tenham).
5) Informe sobre as atividades da igreja (horários dos cultos, encontros,
campanhas, etc.) e tente envolvê-los.
6) Faça uma oração final deixando a paz de Deus nesse lar.

Marcar uma nova visita com os novos crentes, pois visitá-los novamente e em
curto tempo, garante ganhá-los mais depressa para Cristo.

5. Encontro.

Idealmente cada pessoa que participa de um encontro deve ter ido à igreja ou a um
grupo pequeno ou de comunhão por algumas semanas, pois isso fará do encontro
algo significativo para a pessoa.

Como líderes de consolidação temos a responsabilidade não somente de convidá-


los ao encontro, mas de estar atento de ligar para que participem do pré-encontro,
que é feito uma semana antes do encontro. Também temos que lhes informar com
antecedência a data do encontro para que possam separar o dinheiro que precisam
pagar.

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TEMA 8: O Grupo Pequeno ou de Comunhão: O Que É? Como o


Desenvolver com Sucesso?

Objetivo: Compreender o sentido e o significado dos encontros semanais com o Mestre e


treinar-se para obter as ferramentas necessárias para desenvolver com sucesso esta
tarefa.

Base Bíblica:

Atos 2:41-47

INTRODUÇÃO

O fluir de um grupo pequeno ou de comunhão deve ser natural, e deve refletir um


relacionamento sincero e cálido entre os membros que fazem parte dele. Além disso, deve
facilitar um ambiente de confiança e fôlego espiritual.

I. O Que é um Grupo Pequeno ou de Comunhão?

É um grupo pequeno integrado por pessoas que se reúnem uma vez por semana, com o
intuito de crescer integralmente através da oração e meditação focada na Palavra de Deus.

Seguem algumas vantagens dos grupos pequenos ou de comunhão:

 Permitem o pastoreio e seguimento individual.


 É um agente de cura, amor e perdão.
 Facilita a meditação e a vida em comunhão.
 Permite alcançar novos crentes.

II. Dirigindo uma reunião passo a passo.

1. Preparação antes do Grupo Pequeno ou de Comunhão.

 Estudar responsavelmente a lição correspondente.


 Preparar-se espiritualmente através das disciplinas espirituais como a oração e o
jejum.

2. Boas Vindas (5 minutos).

É muito importante a forma como começamos a reunião do grupo, porque prepara o


ambiente para a ministração.

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ATIVIDADE REFLEXIVA NA AULA


Em grupo ou individual, escrita ou oral.
Os participantes desta aula, que tem participado de um grupo pequeno ou
de comunhão, podem compartilhar de modo breve qual foi sua experiência e
de que forma isso tem abençoado sua vida.

3. Louvor e Adoração (5 minutos).

“falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos
e cânticos espirituais, dando graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso
Senhor Jesus Cristo.” Efésios 5:19-20.

 O motivo principal da reunião é glorificar ao Senhor.


 O louvor prepara o ambiente de uma reunião e convida para que a Presença de
Deus se manifeste.
 O louvor prepara nossos corações para receber a Palavra de Deus.
 O louvor derrota nossos inimigos.
 Esse tempo dever ser preparado com antecedência.

4. Palavra de Deus (35 minutos).

“Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos


mutuamente em toda sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos
espirituais, com gratidão, em vosso coração.” Colossenses 3:16.

 Romper o gelo. Fazer a atividade na qual todos possam participar, ou fazer uma
pergunta e permitir que todos tenham a oportunidade de respondê-la. Não devemos
permitir que isso consuma muito tempo da reunião, cada pessoa dispõe de trinta a
sessenta segundos para respondê-la.

 Ler o texto bíblico e introduzir o tema. (O material é fornecido pela igreja).

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 Fazer perguntas motivando a participação de todos. Podemos dirigir-nos a uma


pessoa em especial para envolvê-lo na discussão (interação), mas não devemos
obrigar-lhe a responder. Se a pessoa se sentir pressionada, poderá ficar
envergonhada.

 Em vez de ensinar, permitamos que as pessoas descubram as verdades.


Nosso trabalho é moderar, resumir e enfatizar certos pontos para que a discussão
seja interessante.

 Todos devem compartilhar.


Sugestões:
 Controlar as pessoas para que esperem sua vez.
 A participação das pessoas deve ser breve e respeitosa.
 A discussão não pode ser dominada por só uma pessoa.
 Permanecer no tema.
 Quando falarem, as pessoas devem dirigir-se a todos e não só ao líder.
 Não se deve ridiculizar a uma pessoa ou seu comentário.
 Sempre que possível, sentar-se em circulo. Evite que tenha pessoas
sentadas atrás de outras.
 Os assuntos tratados no grupo não devem sair dali.
 A discussão deve ser interessante, intensa e emocional.
 Se necessário, devemos reconhecer nossa ignorância sobre algum assunto.

5. Oração final (5 minutos)

Queremos que as necessidades de nossos discípulos sejam supridas e que sejam


cheios do Espírito Santo para que estendam o Reino de Deus fora do grupo.

a. Primeiro oramos pelas necessidades dos membros do grupo. Depois da


interação, é necessário ministrar. É essencial que entre os membros do grupo se
ministrem e animem. Algumas vezes é bom dividir em grupos menores para que
orem uns pelos outros. Devemos ser sensíveis quando as pessoas abrem seus
corações e compartilham suas necessidades.

b. Logo nos focamos em alcançar a outros. Orar pelos amigos e familiares que
ainda não são salvos, e por nosso país. Orar pelos missionários da igreja e por
outras nações.

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c. Finalmente, compartilhar a visão e as metas do grupo pequeno ou de


comunhão e planejar a seguinte reunião.

 Visão: Evangelizar os perdidos, consolidá-los, discipulá-los, reproduzir neles o


caráter de Cristo, convertê-los em líderes envolvendo-os no processo de
formação (Encontro, Discipulado, Grupos Pequenos ou de Comunhão e Redes
de Liderança).

 Metas: Alcançar maior quantidade de pessoas possíveis. É importante pôr


metas claras e medíveis. Projetar-nos para abrir novos grupos. Trabalhar para
que os membros cresçam através do discipulado bíblico na igreja.

 Planejamento. O que vai trazer cada pessoa? Quem vai trazer? É preferível ter
o grupo num só lugar, mas se por algum motivo não é possível, é necessário
planejar onde será a próxima reunião.

6. Comunhão, testemunhos e anúncios.

Esse tempo é uma boa oportunidade para se conhecer e fortalecer vínculos de


amizade. Muitas vezes, a melhor ministração de uma reunião, acontece quando as
pessoas passam tempo juntas e compartilham experiências ao redor de sua vida diária.

 Comida e comunhão.

A melhor forma de conhecer as pessoas e durante um pequeno lanche. Esse


tempo é uma boa oportunidade para descontrair-se e sentir-se à vontade. Muitas
vezes a melhor ministração de uma reunião, acontece quando as pessoas passam
tempo juntas.

 Anúncios e testemunhos.

Durante este período devemos:


 Dar as boas vindas formalmente aos novos.
 Anunciar os eventos futuros da igreja (Encontros, Níveis de Discipulados na
igreja e eventos especiais).
 Permitir e motivar as pessoas para que compartilhem seu testemunho de
louvor. Se há uma pessoa nova, esta é uma boa oportunidade para que
alguém compartilhe seu testemunho pessoal.

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III. Os 10 mandamentos do grupo pequeno ou de comunhão.

1. Não peça oferta, dízimo, semeadura, alianças, empréstimos ou qualquer tipo de


favor relacionado com dinheiro.
2. Não faça ministrações especiais, como: libertações, unção com óleo, batismos,
aconselhamentos com o sexo oposto, etc. Os grupos pequenos ou de comunhão
são para evangelismo e discipulado. Os sacramentos devem celebrar-se sob a
direção dos pastores ordenados.
3. Não demorar mais de uma hora na reunião. Os líderes devem respeitar as regras
definidas pela igreja.
4. Não usar o tempo da reunião para algo diferente de ensinar a Bíblia e orar pelas
necessidades dos membros do grupo. (Os líderes devem usar os temas
proporcionados pela igreja).
5. Não cancelar a reunião. O sucesso das reuniões depende significativamente da
continuidade.
6. Não deixar de convidar pessoas novas. Lembre que um dos principais propósitos
da reunião é o evangelismo.
7. Chegar pontualmente e bem-apresentado.
8. Seja um exemplo de santidade e maturidade cristã para os membros do grupo e
para os que ainda não são crentes.
9. Seja diligente na preparação da lição. Estude com excelência o tema de reunião e
peça a Deus autoridade e proteção através da oração.
10. Animar os membros do grupo para que participem do encontro e se congreguem
fielmente aos domingos.

IV. O Trabalho entre uma reunião e a seguinte.

O líder de um grupo, que acha que sua única responsabilidade é ter uma reunião
semanal, está completamente errado. Muitas vezes é mais importante o contato pessoal
e individual com as pessoas do grupo, que a mesma reunião. O que fazemos, entre
uma reunião do grupo e a outra reunião, determinará o crescimento e a saúde do grupo.
É necessário:

1. Orar pelos membros.


2. Manter contato permanente como os membros.
3. Cuidar e consolidar aos novos crentes.

O Senhor não só nos ordena sair a evangelizar às pessoas, mas também fazer delas
verdadeiros discípulos.

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"Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do


Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas
que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à
consumação do século". Mateus 28:19-20.

“Alguns dias depois, disse Paulo a Barnabé: Voltemos, agora, para visitar os
irmãos por todas as cidades nas quais anunciamos a palavra do Senhor, para
ver como passam”. Atos 15:36.

A meta da consolidação é ter um encontro face a face com as pessoas e ter certeza de
sua salvação. Se a pessoa entregou sua vida ao Senhor, então vamos envolvê-la em
nosso grupo pequeno ou de comunhão. Se a pessoa ainda não entregou sua vida ao
Senhor, vamos guiá-la em oração de confissão de fé e logo vamos envolvê-la em nosso
grupo pequeno ou de comunhão.

O contato inicial com uma pessoa nova deve fazer-se em menos de quarenta e oito
horas, pois durante esse período, seu coração ainda está sensível. Quanto mais tempo
passa antes de ter esse contato inicial, menos disposta estará a pessoa a continuar.

ATIVIDADE REFLEXIVA PARA A VIDA DIÁRIA

Que o novo líder comece seriamente a pensar e a orar, por um lugar


estratégico onde possa abrir um novo grupo, pode ser em seu lar ou no de
outra pessoa.

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TEMA 9: Formas Práticas de Ajudar a Outros

Objetivo: Que cada líder que sirva no ministério, cada líder que sirva num grupo pequeno
ou de comunhão, vincule seu trabalho com o desafio de ministrar à vida e às necessidades
das pessoas.

Base Bíblica:

II Coríntios 1:3-4

INTRODUÇÃO

Nos grupos pequenos ou de comunhão encontraremos pessoas com diversas


necessidades, que estarão procurando nossa ajuda e conselho. Cremos que Deus nos
capacita para que possamos ajudar a outros. Nenhuma pessoa tem todas as respostas,
mas podemos sinalizar Àquele que nos tem ajudado em todas nossas provações e
dificuldades e dar-lhes esperança por meio da Palavra de Deus.

“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de


misericórdias e Deus de toda consolação! É Ele que nos conforta em toda a
nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer
angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por
Deus.” II Coríntios 1:3-4.

I. Como podemos ajudar a outros?

1. Preparando-nos.
 Ninguém pode dar o que não tem recebido. Se não temos recebido
orientação e cura emocional, é muito difícil dar a outros.
 É necessário ter um relacionamento íntimo com o Senhor.
 Temos que permanecer cheios do Espírito Santo (Efésios 5:18).
 Devemos estar orando permanentemente pelas pessoas que fazem parte de
nosso grupo pequeno ou grupo de comunhão (Efésios 1:16).
 Estudar diariamente a Palavra de Deus para que a sabedoria divina oriente
nossas vidas e nos proveja das ferramentas para ajudar a outros (II Timóteo
2:15).
 Amar as pessoas.

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2. Guardando o conselho da Palavra de Deus.


 A verdade é a que liberta as pessoas (João 8:32).
 Ignorar a Palavra de Deus pode conduzir à escravidão (Oseias 4:6)
 Ajudar às pessoas para que elas tomem decisões, usando a Bíblia como
guia (Salmos 109:105, 130).

3. Mantendo-nos conectados com a liderança da igreja e submetidos aos seus


critérios de aconselhamento. (Hebreus 13:17).

4. Ouvindo a pessoa que estamos aconselhando.


Prestar atenção para saber onde está a pessoa espiritualmente.

 Escutar para poder discernir realmente qual é o problema; ouvir além do que
a pessoa está dizendo.
 Prestar atenção à linguagem corporal da pessoal.
 Ouvir ao Espírito Santo enquanto prestamos atenção à pessoa.

5. Dando esperança a quem estamos aconselhando. (I Pedro 5:2).

6. Guiando essa pessoa a Jesus, o Maravilhoso Conselheiro.


Não podemos permitir que a carga das pessoas fique sobre nossos ombros. Nossa
responsabilidade é guiar as pessoas ao Senhor (Isaias 9:6; I Pedro 5:7).

7. Ajudando-lhes a ter um relacionamento com o Espírito Santo. (João 14:16-17).

8. Ensinar ao aconselhado que ele é o responsável por seus atos e decisões. (II
Coríntios 5:10).

9. Confidencialidade.
Não devemos compartilhar com ninguém o que outros nos têm confiado. No
processo de perguntas, vamos ouvir muitos segredos e confidências que devem
ficar no altar do Senhor.

10. Sabedoria.
Não se deve dizer à pessoa: “Mas, você não pode sentir isso!” “Não é possível que
tenha passado isso com você!” “Como você consegue suportar tudo isso?” ”Há um
ódio terrível em você!”. Lembremos que nossa responsabilidade é aconselhar e
orientar, portanto evitemos julgar ou emitir juízos de valor.

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O certo é guiar a pessoa a um estado de consciência, no que possa expressar


voluntariamente seus sentimentos. Podemos usar perguntas semelhantes a: “Como
você se sentiu?” “Como você reagiu?” “isso o machucou muito?”. A resposta é a
verdade da pessoa e assim se deve aceitar. É importante que ela saiba que está
sendo escutada. Se Deus, através dos dons de revelação, nos faz saber algo sobre
a pessoa, se deve usar esse conhecimento com sabedoria, pois se não for, a
pessoa se bloqueará e não teremos resultados.

11. Levando a pessoa a confessar (se há pecado), arrepender-se e se acertar (I


João 1:9; Tiago 5:16).

ATIVIDADE REFLEXIVA NA AULA


Em grupo ou individual, escrita ou oral.

Pergunte aos participantes desta aula: Durante o tempo que você esta indo à
igreja, em que momentos e situações, você tem percebido que foi ministrado
pelos líderes dela? Ainda não teve essa experiência?

II. Objetivos do Aconselhamento.

1. Reduzir as emoções destrutivas, como ansiedade, agressividade, raiva, angústia,


de forma que as forças da pessoa possam ser dirigidas até a solução do problema.
2. Ajudar a pessoa a ver de forma objetiva seu problema e que com a ajuda de Deus
o resolva.
3. Conseguir que a pessoa se aceite e se valorize a si mesma.
4. Ajudar a pessoa aconselhada a melhorar seus relacionamentos interpessoais,
ensinando-lhes a libertar-se de seus sentimentos de culpa, a dominar sua
agressividade, a perdoar a outros, a aceitar as faltas de outros, a aprender a amar-
se e a amar aos demais.
5. Ajudar a pessoa a mudar sua atitude e logo mudar seu comportamento.
6. Apoiar a pessoa em momentos de crise ou angústia.
7. Ajudar a pessoa aconselhada a viver sua própria vida. Não deve acostumar-se a
depender do conselheiro.

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8. Motivar a pessoa a confiar em Deus e em si própria.


9. Ajudar-lhe em seus problemas espirituais.

III. Condições para Aconselhar.

1. Ser consciente de que necessita de ajuda. Esta é a condição indispensável para


aconselhar. É preciso uma participação total da pessoa.

 Deve desejar mudar.


 Deve respeitar e estimar ao conselheiro.
 Deve ter expectativas.
 Deve estar disposta a ser confrontada.
 Deve colaborar no processo, crendo, perdoando e obedecendo ao conselho de
Deus.

2. Dispor de um lugar adequado para fazer o aconselhamento. É importante


dispor de privacidade num lugar tranquilo onde tenha o mínimo de interrupções. É
conveniente um ambiente limpo e ordenado, com cadeiras confortáveis, suficiente
luz e uma temperatura agradável.

3. Uma sessão de aconselhamento cristão não deve durar mais de uma hora e
meia. É importante a pontualidade e não deixar a pessoa esperando; se isso
acontecer, a pessoa pode achar que não estamos interessados e pode causar um
bloqueio no aconselhamento. Não devemos dar a impressão de estar com pressa
ou de ter muitas coisas para fazer porque a pessoa se sentirá culpada, incomoda e
terá dificuldade para comunicar-se.

4. Enquanto ao comportamento do conselheiro, o qual contribui a criar um bom


ambiente; é importante pôr toda nossa atenção na pessoa, olhar seus olhos, evitar
ficar olhando papeis ou o dispositivo eletrônico, escrevendo numa folha ou
afundado na cadeira; isso passa a impressão de estar entediados ou mais
interessados em outras coisas.

5. É muito importante ter um caderno para ter o controle das pessoas que
atendemos. Devemos informar ao aconselhado o motivo pelo qual estamos
escrevendo: para orar de forma especifica por suas necessidades, para lembrar
detalhes, etc. Devemos escrever o dia da reunião, as diferentes tarefas que lhe
deixamos, os versículos que devem aprender, as conclusões da reunião e a data e
hora do próximo encontro.

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6. Preparação espiritual do conselheiro. Preparar-se espiritualmente, significa que


renunciamos a servir em nossas próprias forças e na confiança em nossas
capacidades, pedindo humildemente a intervenção de Deus em todo. Em oração,
lhe entregue ao Senhor a pessoa e seu problema. É muito importante, pedir-lhe ao
Espírito Santo que nos faça sensíveis às necessidades e aos sentimentos da
pessoa aconselhada, que nos revele a raiz do problema e nos oriente na solução.
Antes do encontro, devemos preparar e estudar o material que segundo as
necessidades emocionais e espirituais da pessoa, vamos compartilhar. Sempre
devemos dar a glória a Deus pelos resultados.

ATIVIDADE REFLEXIVA PARA A VIDA DIÁRIA

Durante o percurso da próxima semana, fique atento às pessoas ao seu


redor: observe seus comportamentos e se percebe que algum deles requer
seu acompanhamento, ofereça seu apoio e ministre-o; logo, fale conosco
sua experiência e como se sentiu fazendo esta função.

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TEMA 10: O Modelo Pastoral de Deus: O Curso de Ação para os


Grupos Pequenos ou Grupos de Comunhão

Objetivo: Conhecer e reproduzir através dos grupos pequenos ou grupos de comunhão,


os princípios fundamentais do modelo pastoral de Deus.

Base Bíblica:

Salmos 23:1-6

INTRODUÇÃO

O cuidado pastoral dos novos crentes deve ser feito pelos leigos da igreja. Efésios 4:11-12
diz que o Senhor constituiu umas pessoas como pastores, para capacitar ao povo de Deus
(os santos, os leigos), para que eles façam a obra do ministério e assim a igreja seja
edificada.

I. Conhecendo os princípios fundamentais do modelo pastoral de Deus.

A melhor estratégia para desenvolver o cuidado pastoral das pessoas novas, é através de
reuniões de grupos pequenos nos lares, lugares de trabalho ou de estudo. O salmo 23 fala
sobre o Senhor, nosso Pastor, e, esta passagem nos serve de guia para fazer um bom
trabalho pastoral através dos Grupos Pequenos.

“O Senhor é o meu pastor; nada me faltará”.

Esta porção da Escritura descreve a primeira função do pastor, a qual é suprir e


preencher todas as necessidades de suas ovelhas. Afortunadamente, o Senhor é o
Pastor e é Ele quem supre as necessidades. Nossa função é ver que nada lhes falte às
ovelhas e se algo falte, devemos dirigi-las ao Mestre. Somos um vínculo ou ligação
entre as ovelhas e o Bom Pastor.

“Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das


águas de descanso”.
O pastor deve prover alimento para suas ovelhas. Isso se consegue por meio da
oração e da leitura da Palavra. Nosso objetivo deve ser ter um rebanho robusto e bem
alimentado.

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“Refrigera-me a alma.”

Isso é encorajar e motivar em tempos difíceis. É parte de nosso trabalho encorajar ao


desalentado, animar ao desanimado e consolar ao enlutado. Muitas vezes quando
escutamos o motivo do desânimo de alguns, pensamos que isso não é para se
desanimar, mas devemos solidarizar-nos com a pessoa e dizer-lhe que
compreendemos seu problema, e logo confortá-lo e encorajá-lo a continuar em frente.

“Guia-me pelas veredas da justiça por amor de seu nome.”

O pastor guia seu rebanho, ele vai à frente de suas ovelhas (João 10:4). A melhor
forma de ensinar é através de nosso exemplo, assim que se quisermos que nossos
discípulos se submetam, devemos submeter-nos; se desejamos que aprendam a orar,
devemos orar mais, e se queremos que aprendam a adorar, eles devem ver-nos
adorar.

“Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal
nenhum, porque tu estás comigo”.

Devemos estar dispostos a dar nosso apoio nos momentos em que as ovelhas mais
precisam. Sempre devemos ter em nossos lábios palavras que inspiram confiança e
esperança.

“O teu bordão e o teu cajado me consolam.”

Uma das tarefas mais desagradáveis do pastor é corrigir e disciplinar. Nosso trabalho é
corrigir o deficiente, mas devemos fazê-lo com amor. Depois da disciplina, a ovelha
deve ficar mais estimulada para servir ao Senhor e à consagração a Ele, pois o cajado
consola.

“Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários”

Todos precisam ser estimulados. Os membros de nosso grupo estarão constantemente


expostos a críticas destrutivas, como: “você é feio”, “está muito magro ou gordo”, “não
serve para nada”, etc. É nosso trabalho como líderes dar um estímulo sincero às
ovelhas, fazendo-lhes perceber o quão úteis são na obra e deixando-lhes saber que
Deus não se esquece de seu trabalho.

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“unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda.”

O óleo na Bíblia era usado para ungir reis e sacerdotes e no Novo Testamento, é
símbolo do Espírito Santo. É responsabilidade de o líder vigiar para que seu grupo se
mantenha na plenitude do Espírito Santo, sendo um grupo saudável e em crescimento.

“Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha


vida”.

As pessoas que têm recebido os benefícios de um bom trabalho pastoral desfrutam do


bem e da misericórdia de Deus. Essas pessoas evangelizam facilmente, pois não têm
dificuldade para falar de um Deus que tem transformado suas vidas.

“e habitarei na Casa do Senhor para todo e sempre.”

As ovelhas pastoreadas sabem que têm vida eterna. O temor, a angústia e a incerteza
desaparecem quando a pessoa tem convicção de seu destino depois da morte (I João
5:13).

ATIVIDADE REFLEXIVA NA AULA


Em grupo ou individual, escrita ou oral.

Do que está escrito no Salmo 23, o que é o mais impactante para sua vida?
De que forma você crê que pode desempenhar uma função semelhante
como líder na igreja?

II. Aplicando o modelo pastoral de Deus através dos grupos pequenos ou


grupos de comunhão.

Uma das formas que a igreja do primeiro século preservou sua vitalidade e unidade foi
através das reuniões em casa.

“E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e


de pregar Jesus, o Cristo” Atos 5:42

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“As igrejas da Ásia vos saúdam. No Senhor, muito vos saúdam Áquila e
Priscila e, bem assim, a igreja que está na casa deles” I Coríntios 16:19

A igreja primitiva não só se reunia no templo para celebrar, mas também utilizavam as
casas dos crentes para que fossem centros de evangelismo e discipulado. Em nossa
sociedade, há pessoas que não têm o habito ou o interesse de ir a uma igreja para escutar
a Palavra de Deus, por esse motivo, os grupos pequenos ou de comunhão são
importantes, pois se convertem numa ponte de conexão entre a igreja e os não crentes,
abrindo as portas dos lares para que num ambiente informal possam conhecer o amor de
Deus.

Alguns princípios práticos:

a. A liderança compartilhada.

Moisés teve que aprender a ser um líder eficaz. No começo de seu ministério, teve
problemas com a pesada carga de todas as responsabilidades que tinha. Por ser o único
líder responsável, se converteu num homem muito ocupado, sobrecarregado e ineficaz.
Seu sogro, Jetro, foi visitá-lo e observou que Moisés tomava todas as decisões e julgava
todos os problemas que se apresentavam. Moisés ia a caminho ao desastre, até que Jetro
lhe ensinou como dirigir ao povo de Deus. Graças a esse conselho, Moisés escolheu
lideres de mil, de cem, de cinquenta e de dez pessoas. O “princípio de Jetro” é o principio
da liderança compartilhada.

 Todo o trabalho não tem que ser feito por uma pessoa sozinha.
 As pessoas não têm que esperar demasiado para serem atendidas.
 Todas as pessoas têm acesso à liderança da igreja.

Na igreja local, temos implantado o princípio de liderança compartilhada com o firme


propósito de facilitar o cuidado pastoral.

b. As responsabilidades são compartilhadas.

Neemias foi o líder escolhido por Deus para reconstruir os muros de Jerusalém. Ele tinha a
visão e sabia o que devia fazer. Em Neemias capítulo 3, vemos que ele organizou as
pessoas em pequenos grupos de trabalho e lhe entregou a cada grupo a responsabilidade
de reconstruir uma parte do muro.

Através da estratégia do Plano do Mestre, temos adotado o “princípio de Neemias”


dividindo as tarefas voluntárias da igreja em áreas de responsabilidade compartilhada.

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Cada grupo de trabalho se responsabiliza por atividades como servir de obreiros no serviço
dominical, consolidar os novos crentes, ligando e visitando suas casas, liderando grupos
pequenos ou de comunhão, e pastoreando sua equipe de doze discípulos.

c. Orando em grupo.

O princípio da oração em grupo foi ensinado por Jesus a seus discípulos, quando lhe falou:

“Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra,
concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á
concedida por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois o três
reunidos em meu nome, ali estou no meio deles.” Mateus 18:19-20.

d. A igreja é uma família.

No Novo Testamento encontramos o conceito de igreja como família, o que é difícil de ter
nas reuniões grandes da igreja, mas por meio dos grupos pequenos ou de comunhão,
podemos dar às pessoas os detalhes naturais de uma família como:

 Provisão.
 Proteção.
 Amor incondicional e atenção aos demais.
 Passar tempo juntos.
 Responsabilidades e funções.
 Rendição de contas.
 Ser moldados.
 Vínculos familiares.
 Ser equipados,
 Ser alimentados.

e. Somos mentores de outros.

“Depois, subiu ao monte e chamou os que ele mesmo quis, e vieram para junto
dele. Então, designou doze para estarem com ele e para os enviar a pregar e a
exercer autoridade de expelir demônios.” Marcos 3:13-15.

Jesus chamou doze e foi o mentor deles:

 Jesus selecionou sua equipe de discípulos.


 Jesus passou tempo com eles.

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 Jesus ensinou-lhes.
 Jesus lhes deu exemplo.
 Jesus lhes desafiou serem discípulos.
 Jesus deu sua vida por eles.
 Jesus lhes deu poder para o ministério.
 Jesus enviou os discípulos para pregar as boas novas.
 Jesus lhes supervisionou.

O apóstolo Paulo disse a Timóteo “E o que de minha parte ouviste através de muitas
testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a
outros” (II Timóteo 2:2). Paulo foi o pai espiritual de Timóteo e o discipulou para que depois
se convertesse num pastor responsável por influenciar a vida de muitas pessoas.

Os cristãos maduros devem ser mentores dos novos crentes, pastoreando-lhes com o
propósito de formar neles o caráter de Cristo. Nos grupos pequenos se gera um ambiente
adequado para mentorear e assumir um compromisso uns com os outros. Quando
cumprimos com excelência nossa tarefa de mentorear outros, eles terão a capacidade de
serem mentores no futuro, esta foi a ideia de Paulo para a multiplicação numérica e do
caráter cristão dentro das igrejas.

f. Todo membro da igreja é um ministro.

“Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros,


sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo. Pois,
em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer
gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito.”
I Coríntios 12:12-14

A igreja, com o passar dos anos, se tem desviado do sacerdócio exercido pelos crentes (I
Pedro 2:5; Apocalipse 5:10), a uma separação entre o clero e os leigos, onde os primeiros
são os que tem tudo o “ministério”. Porem, este não é o plano de Deus revelado no Novo
Testamento.

Uma das funções da liderança na igreja é equipar aos crentes para que todos façam a obra
do ministério (Efésios 4:11-12).

Os grupos pequenos ou de comunhão sob a liderança de um líder compromissado e


submetido, é o lugar propício para que as pessoas demostrem e desenvolvam seus dons
ministeriais.

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Jesus manteve um bom equilíbrio entre ministrar às necessidades a seus doze e fazer com
que eles se focassem em levar o evangelho aos perdidos. Assim também, o propósito dos
grupos não é somente ministrar a seus membros, mas também manter um foco
evangelístico, servindo ao mundo como faróis estratégicos, localizados nos lares,
empresas, escritórios, colégios, escolas, universidades, com o propósito de atrair os
perdidos para que conheçam ao Senhor.

ATIVIDADE REFLEXIVA PARA A VIDA DIÁRIA

. Cada dia separe um tempo a sós com Deus e em oração, peça que lhe ajude
a entender as preocupações e as necessidades de outros, como faz o Bom
Pastor do Salmo 23.

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TEMA 11: O Trabalho em Equipe: União de Forças

Objetivo: Compreender a importância de unir nossos dons, talentos, habilidades e


destrezas, para trabalhar como equipe na extensão do Reino de Deus.

Base Bíblica:

Êxodo 18:13-24

INTRODUÇÃO

O ministério de hoje é algo que vai além de só uma ação atrás do púlpito. Em outras
palavras, se requer mais que a pregação para levantar e amadurecer a igreja. As
condições da sociedade de nosso tempo demandam diversas capacidades para levar a
bom termo a obra de Deus, e, como dificilmente encontramos uma pessoa com todas as
capacidades, precisamos de uma equipe de trabalho para conseguir o objetivo.

“E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para
evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento
dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de
Cristo... 16de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de
toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio
aumento para a edificação de si mesmo em amor” Efésios 4:11-12, 16.

A melhor evidência da necessidade de formar uma equipe de trabalho é o exemplo de


Jesus e seus discípulos. O sucesso da estratégia de Jesus se arraigou no trabalho em
equipe, devido a que não descansou a responsabilidade nos ombros de uma só pessoa,
mas todos se sentiram parte do ministério de Jesus. Através da estratégia do Plano do
Mestre, todos somos parte do labor pastoral. Nosso labor é cuidar e preparar uma equipe
de trabalho que logo cuide e prepare outras equipes de trabalho.

Evidência bíblica da necessidade de formar uma equipe de trabalho.

Em Êxodo 18:13-24, encontramos o método do “líder solitário” que se encarrega de todas


as responsabilidades da obra.

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Consequências do método do líder solitário.

 "No dia seguinte, assentou-se Moisés para julgar o povo; e o povo estava em
pé diante de Moisés desde a manhã até o pôr-do-sol" (Ver. 13). Moisés queria
atender a toda a congregação.

 "O sogro de Moisés, porém, lhe disse: Não é bom o que fazes." (Ver. 17).
Estratégia equivocada.

 “... desfalecerás tanto tu...” (Ver. 18). Desfalecimento do líder, perdida a força, o
ânimo e a saúde.

 “... como este povo que está contigo..." (Ver. 18). O líder não poderá dar
atenção pessoal e como consequência, as necessidades das pessoas não serão
supridas oportunamente, causando fraqueza e desânimo.

 “... pois isto é pesado demais para ti..." (Ver. 18). Demasiado trabalho nos fará
sentir impotentes e inclusive desqualificados.

 “... tu só não o podes fazer." (Ver. 18). Trabalhar sozinho minimiza a capacidade
humana e reduz a efetividade para o cumprimento das metas. O modelo de Deus
propõe a unidade de forças.

Benefícios do líder que trabalha em equipe.

 "Ouve, pois, as minhas palavras; eu te aconselharei, e Deus seja contigo;


representa o povo perante Deus, leva as suas causas a Deus" (Ver. 19). O líder
deve concentrar seus esforços procurando a direção de Deus. Muitos líderes
cristãos terminam longe de Deus, por estar demasiados ocupados em "a obra de
Deus" (Atos 6:3-4).

 "ensina-lhes os estatutos e as leis e faze-lhes saber o caminho em que dever


andar e a obra que devem fazer." (Ver. 20). Através de uma equipe, muitos
podem ser formados na instrução e ensinamentos de Deus, simultaneamente.

 "Procura dentro o povo homens capazes, tementes de Deus, homens de


verdade, que aborreçam a avareza;..." Ver. 21. O líder deve rodear-se de uma
equipe de colaboradores certificados. Isso requer uma boa seleção e treinamento.
(Lucas 6:12-13, Marcos 3:13-15). Os benefícios que obtemos será a satisfação de
cumprir cabalmente do trabalho delegado.

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 “... põe-nos sobre eles por chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinquenta
e chefes de dez; para que julguem este povo em todo tempo." Ver. 21-22.
Delegar autoridade e responsabilidade.

 “... Toda causa grave trarão a ti, mas toda causa pequena eles mesmos
julgarão" Ver. 22. Só os assuntos graves serão levados à pessoa que está na linha
de autoridade acima de nós.

 “... será assim mais fácil para ti, e eles levarão a carga contigo. Se isto fizeres,
e assim Deus to mandar, poderás então suportar;..." Ver. 22-23. Bem-estar para
o líder.

 “... e assim também tudo este povo tornará em paz ao seu lugar" Ver. 23. Bem
- estar para a igreja e os objetivos serão alcançados.

ATIVIDADE REFLEXIVA NA AULA


Em grupo ou individual, escrita ou oral.

Compartilhem algumas experiências que vocês têm vivenciado enquanto têm


desenvolvido tarefas ou trabalhos sozinhos. Qual tem sido normalmente o
resultado?

I. Modelo de Trabalho: Líderes discipulando equipes de 12 pessoas.

O modelo de trabalho de Jesus consistiu basicamente na formação de 12 pessoas, a quem


treinou num ambiente de confiança e segurança. Jesus acreditou neles apesar das
limitações que tinham. No entanto, Ele os desafiou para que desenvolvessem sua fé,
fazendo coisas humanamente impossíveis. Jesus esteve muito atento ao comportamento
de seus discípulos, identificando seus erros e fraquezas, porém, isso não fez com que os
amasse menos. Conheçamos as implicações de discipular equipes de doze pessoas:

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1. Princípios Fundamentais.

a. Toda pessoa é um líder em potencial. Deus pode fazer de qualquer pessoa um


líder. Um exemplo é a equipe de trabalho de Davi (I Samuel 22:2).

b. Toda pessoa pode discipular a outras doze pessoas. Jesus trabalhou com doze
homens (para fazer um excelente trabalho como pastores devemos concentrar-nos
num grupo pequeno). Formar nossos “doze” pode ser um objetivo desafiante para
toda a vida.

c. Toda pessoa é ministrada para logo ministrar outros. A ministração e o ensino


são transferidos desde o pastor principal até as casas de oração evangelísticas.
Seguimos o princípio que Paulo deu a Timóteo (II Timóteo 2:2).

d. Uma pessoa é parte de uma “equipe de liderança” somente quando tem


começado seu próprio Grupo Pequeno ou de Comunhão. Parte do processo de
formação é treinar os membros do Grupo Pequeno para que eles comecem seu
próprio grupo e assim façam parte de nosso grupo de doze discípulos.

e. As equipes de liderança são mais efetivas se são homogêneos. Os grupos têm


mais sucesso quando são conformados com pessoas que já se relacionam ou tem
os mesmos interesses. Desta maneira, também podemos suprir as necessidades
específicas de cada pessoa.

2. Vantagens de liderar equipes de 12 discípulos.

a. Os relacionamentos não se quebram. Quando se começa um novo grupo


pequeno ou de comunhão, é mantido um relacionamento com o “grupo pequeno
matriz”. O novo líder permanece sob o cuidado, a formação e ensino de seu
mentor. Quando a pessoa inicia seu grupo, então ela faz parte permanente dos
doze de seu mentor.

b. As necessidades administrativas da igreja diminuem. Cria-se uma rede de


relacionamento entre as pessoas dentro da igreja, conformada pelos próprios
membros, permitindo uma mais ágil e rápida comunicação (Efésios 4:16).

c. Toda pessoa tem o potencial para chegar a ser líder de outras doze (12)
pessoas. Sobre o fundamento que um líder tem estabelecido seu grupo pequeno, é
possível edificar para a vida toda.

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3. Aceitando nosso compromisso como membro de um “equipe de


liderança”.

a. Assistência semanal às reuniões. Para pastorear um grupo de 12, requer-se que


seus membros se reúnam semanalmente. A reunião é um tempo em que se
compartilha a visão e o proposito é definido ou reiterado e o coração do pastor
principal é transmitido, desde sua própria “equipe de doze discípulos” para todos os
líderes ou discípulos que estão conectados. Mas o processo de discipulado
continua diariamente entre os membros e seus mentores. Qualquer que seja a
necessidade das pessoas, estas são atendidas diariamente. As pessoas da “equipe
de doze discípulos” se reúnem para serem edificadas e logo vão edificar a igreja.

b. Quais são os objetivos dos membros da equipe? O objetivo de vida de cada


membro é alcançar e influenciar a maior quantidade de pessoas possíveis. Para
que este objetivo seja realizável, é requerido:

 Ganhar ou evangelizar pessoas.


 Discipular a doze pessoas numa reunião de líder – discípulo.
 Ajudar a cada um de seus discípulos a começar seu próprio grupo pequeno de
evangelismo e a formar sua “equipe de doze discípulos”.

4. Nosso propósito como membros da liderança da igreja.

Todo crente é responsável diante de Deus de produzir fruto e multiplicar-se.

a. Ser frutíferos. (Mateus 25:24-27). Esta parábola conclui com o Senhor tirando o
talento ao servo que não gerou fruto e dando-lhe o talento ao que tinha dez. Isto
nos ensina que o Senhor espera que tenhamos fruto (em cada área de nossa vida:
pessoal, profissional, espiritual, etc.) e façamos coisas significativas e produtivas
para Ele e seu Reino (João 15:5; Mateus 5:16; Marcos 16:20).

Alguns conselhos para sermos frutíferos são:

 Nossa atitude determinará quanto vamos produzir.


 O crescimento pessoal deve preceder ao crescimento nos demais.
 Ajudar a outros a ter sucesso nos ajuda a nós mesmos a ter sucesso.
 Às pessoas não lhes importa saber quanto sabemos, mas sim quanto interesse
nós temos neles.
 Devemos viver o que ensinamos e ensinar o que vivemos.

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b. Multiplicação. A multiplicação é a função de todo crente de transferir a outra


pessoa o que Deus te feito em sua vida. Esta entrega de valores, caráter,
prioridades e fruto espiritual, é feita através do processo de formação. Jesus
reproduziu sua vida e seu ministério em seus discípulos, e logo lhes delegou todo o
trabalho do Reino, incluindo suas operações miraculosas (João 14:12).

5. Fazendo um compromisso para treinar e formar nossos discípulos como


Jesus fez.

a. Formar os discípulos em particular. (Mateus 17:1).

b. Ensinar-lhes a um nível privilegiado. (Marcos 4:10-11).

c. Mostrar-lhes como fazer as coisas (ensino pelo exemplo). (Lucas 8:1).

d. Compartilhar nossa vida com eles e ser transparentes. (Mateus 26:38).

e. Passar tempo com eles. (Mateus 26:20; Marcos 6:30-31).

f. Delegar-lhes responsabilidades de liderança. (Marcos 3:14-15).

g. Dar-lhes autoridade para fazer a obra. (Lucas 9:1).

h. Supervisionar. Os discípulos, depois de serem enviados, voltaram a reunir-se


para compartilhar suas experiências. (Lucas 9:23).

i. Exigir compromisso e sacrifício. (Lucas 18:28).

j. Pedir-lhes lealdade. (Marcos 8:35).

k. Servi-los. (João 13:3-7).

l. Perdoá-los. (João 16:32).

6. A importância dos bons relacionamentos entre todos os lideres da igreja.

Quando todos os líderes das diferentes redes da igreja entendem que fazem parte de uma
família somente e trabalham unidos, as forças e alcance se multiplicam (Lucas 5:6-7;
Deuteronômio 32:30).

Deus não vê à igreja como uma representativa quantidade de pessoas, mas como uma
comunidade que vive no estilo das melhores famílias.

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ATIVIDADE REFLEXIVA PARA A VIDA DIARIA

O líder, agora que tem conhecido qual é a estratégia de trabalho, deve refletir
muito bem sobre o compromisso que é esperado para ele assumir; logo deve
pensar seriamente e pôr-se em oração diante do Senhor, assim estará pronto
para dizer “Eis-me aqui, usa-me a mim”

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TEMA 12: O que a Bíblia diz Sobre o Ministério

Objetivo: Entender o que a Bíblia diz sobre o ministério e motivar a outros para
exercê-lo na igreja local.

Base Bíblica:

Mateus 25:35-36

INTRODUÇÃO

Ministério (Grego, “diákonos”, que significa “servir”), é usar o que Deus me tem dado para
servir a Ele e às necessidades de outros.

Nós ministramos ou servimos em três direções:

 Para o Senhor (Atos 13:2).

 Para outros crentes (Hebreus 6:10)

 Para não crentes (Mateus 5:13).

E também ministramos em três áreas de necessidade:

 As necessidades físicas das pessoas.

“Pois eu tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de
beber; foi estrangeiro, e vocês me acolheram; necessitei de roupas, e vocês me
vestiram; estive enfermo, e vocês cuidaram de mim; estive preso, e vocês me
visitaram.” Mateus 25:35-36 (NVI).

“E, se alguém der mesmo que seja apenas um copo de água fria a um destes
pequeninos, porque ele é meu discípulo, eu asseguro que não perderá a sua
recompensa”. Mateus 10:42 (NVI).

 As necessidades emocionais das pessoas.

“Exortamos vocês, irmãos, a que advirtam os ociosos, confortem os desanimados,


auxiliem os fracos, sejam pacientes para com todos.” I Tessalonicenses 5:14 (NVI).

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 As necessidades espirituais das pessoas.

“Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e
nos deu o ministério da reconciliação.” II Coríntios 5:18 (NVI).

“Nos o proclamamos, advertindo e ensinando a cada um com toda a sabedoria, para


que apresentemos todo homem perfeito em Cristo. Para isso eu me esforço, lutando
conforme a sua força, que atua poderosamente em mim.” Colossenses 1:28-29 (NVI).

I. O Propósito do Ministério.

Existem diferentes classes de serviço a Deus, mas o Senhor é o mesmo. O Espírito Santo
manifesta seu poder através de cada um de nós, para benefício do corpo de Cristo. Todos
vocês juntos, formam o corpo de Cristo e cada um é uma parte separada e necessária do
mesmo.

ATIVIDADE REFLEXIVA NA AULA


Em grupo ou individual, escrita ou oral.

Divida-se em grupos pequenos e faça uma reflexão sobre as fortalezas


(pontos fortes ou talentos) que cada um dos participantes considera que tem
para a edificação da igreja.

II. A Prioridade do Ministério.

1. Sou criado para o ministério.


“Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais
Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” Efésios 2:10

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2. Sou salvo para o ministério.


“que nos salvou, e chamou com uma santa vocação, não segundo as nossas
obras, mas segundo o seu próprio propósito e a graça que nos foi dada em
Cristo Jesus antes dos tempos eternos,” II Timóteo 1:9.

Somos Salvos Para Servir!

3. Sou chamado para o ministério.


“Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis como é digno da
vocação com que fostes chamados” Efésios 4:1.

“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo
adquirido, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das
trevas para a sua maravilhosa luz” I Pedro 2:9.

Não sou quem penso que sou. Realmente sou quem Deus diz que sou!
Essa é uma verdade que transforma vidas!
Minha identidade primaria é: Sou ministro de Jesus Cristo!

4. Sou equipado para o ministério.


“sendo hospitaleiros uns para com os outros, sem murmuração; servindo uns
aos outros conforme o dom que cada um recebeu como bons despenseiros da
multiforme graça de Deus” I Pedro 4:9-10

5. Sou autorizado para o ministério.


“Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no
céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os
em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo” Mateus 28:18-19.

“De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus


exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos
reconcilieis com Deus” II Coríntios 5:20

6. Sou encomendado para o ministério.


“tal como o Filho do Homem, que não vejo para ser servido, mas para servir e
dar a sua vida em resgate de muitos” Mateus 20:28

“E dizei a Arquipo: Cuida do ministério que recebestes no Senhor, para o


cumprires.” Colossenses 4:17

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7. Sou preparado para o ministério.


“E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para
evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento
dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de
Cristo” Efésios 4:11-12

8. Sou parte do corpo de Cristo que necessita de ministérios.


O ministério sempre funciona dentro do contexto de uma família – Igreja.
“Ora, vós sois corpo de Cristo, e individualmente seus membros.” I Coríntios
12:27

“Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque andavam desgarradas


e errantes, como ovelhas que não têm pastor. Então disse a seus discípulos:
Na verdade, a seara é grande, mas os trabalhadores são poucos.” Mateus
9:36-37

9. Sou responsável por meu ministério.


“Assim, pois, cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” Romanos 14:12

A Parábola dos Talentos. Mateus 25:14-30.

10. Serei recompensado por meu ministério.


“Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para
homens, cientes de que recebereis do Senhor a recompensa de herança. A Cristo,
o Senhor, é que estais servindo” Colossenses 3:23-24.

“Disse-lhe o seu senhor: Muito bem, servo bom e fiel; sobre o pouco foste fiel,
sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.” Mateus 25:23.

ATIVIDADE REFLEXIVA PARA A VIDA DIÁRIA

Cada participante deve assumir dois compromissos:


1. Continuar seu processo de crescimento e maturidade cristã;
2. Começar dar a outros do muito que o Senhor lhe tem concedido em relação
à formação; é tempo de dar de graça o que de graça temos recebido.

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Pacto de Caráter Cristão


(Fonte: Manual da Igreja do Nazareno 2013-2017 – páginas 33-35)

A identificação com a Igreja visível é o privilégio bendito e dever sagrado de todos quantos
estão salvos dos seus pecados e buscam ser completos em Cristo Jesus. É exigido de
todos que desejem unir-se com a Igreja do Nazareno, e assim andar em comunhão
conosco, que mostrem evidência de salvação dos seus pecados por um comportamento
santo e uma piedade vital; que estejam, ou ardentemente desejem estar, purificados de
todo o pecado inato; e que deem evidência da sua entrega a Deus:

PRIMEIRO.
Fazendo aquilo que se ordena na Palavra de Deus, que não só é a nossa
regra de fé como de prática, incluindo:

1. Amar a Deus de todo o coração, alma, entendimento e força, e ao próximo como a


si mesmo (Êxodo 20:3-6; Levítico 19:17-18; Deuteronômio 5:7-10; 6:4-5; Marcos
12:28-31; Romanos 13:8-10).
2. Trazer insistentemente à atenção dos perdidos as exigências do evangelho,
convidando-os para a Casa do Senhor e procurando alcançar a sua salvação
(Mateus 28:19-20; Atos 1:8; Romanos 1:14-16; 2 Coríntios 5:18-20).
3. Ser cortês para com todas as pessoas (Efésios 4:32; Tito 3:2; 1 Pedro 2:17; 1 João
3:18).
4. Ser útil àqueles que também são da fé, suportando uns aos outros em amor
(Romanos 12:13; Gálatas 6:2, 10; Colossenses 3:12-14).
5. Procurar fazer o bem aos corpos e às almas das pessoas; alimentando os famintos,
vestindo os nus, visitando os doentes e os presos, ministrando aos necessitados,
conforme permitirem as oportunidades e bens (Mateus 25:35-36; 2 Coríntios 9:8-10;
Gálatas 2:10; Tiago 2:15-16; 1 João 3:17-18).
6. Contribuir com dízimos e ofertas para o sustento do ministério, da igreja e da sua
obra (Malaquias 3:10; Lucas 6:38; 1 Coríntios 9:14; 16:2; 2 Coríntios 9:6-10;
Filipenses 4:15-19).
7. Participar fielmente de todas as ordenanças de Deus e dos meios da graça,
incluindo a adoração pública de Deus (Hebreus 10:25), o ministério da Palavra
(Atos 2:42), o sacramento da Ceia do Senhor (1 Coríntios 11:23-30); o estudo e
meditação das Escrituras (Atos 17:11; 2 Timóteo 2:15; 3:14-16); devoções
familiares e privadas (Deuteronômio 6:6-7; Mateus 6:6).

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SEGUNDO.
Evitando o mal de toda a espécie, incluindo:

1. Tomar o nome de Deus em vão (Êxodo 20:7; Levítico 19:12; Tiago 5:12).
2. Profanar o dia do Senhor participando em atividades seculares desnecessárias,
portanto, entregando-se a práticas que violam a sua santidade (Êxodo 20:8-11;
Isaías 58:13-14; Marcos 2:27-28; Atos 20:7; Apocalipse 1:10).
3. Imoralidade sexual, tal como relações pré-matrimoniais ou extra-matrimoniais, ou
relações do mesmo sexo; perversões de qualquer forma, frouxidão e conduta
imprópria (Génesis 19:4-11; Êxodo 20:14; Levítico 18:22; 20:13; Mateus 5:27-32;
Romanos 1:26-27; 1 Coríntios 6:9-11; Gálatas 5:19; 1 Tessalonicenses 4:3-7; 1
Timóteo 1:10).
4. Hábitos ou práticas que se sabem ser prejudiciais ao bem-estar físico e mental. Os
cristãos devem considerar-se templos do Espírito Santo. (Provérbios 20:1; 23:1-3; 1
Coríntios 6:17-20; 2 Coríntios 7:1; Efésios 5:18).
5. Disputar, pagar o mal com o mal, envolver em fofoca, caluniar, divulgar suspeitas
prejudiciais ao bom nome de outros (2 Coríntios 12:20; Gálatas 5:15; Efésios 4:30-
32; Tiago 3:5-18; 1 Pedro 3:9-10).
6. Desonestidade, lucros indevidos nos negócios, falso testemunho e obras
semelhantes das trevas (Levítico 19:10-11; Romanos 12:17; 1 Coríntios 6:7-10).
7. Entregar-se à vaidade de vestuário ou comportamento. O nosso povo deve vestir-
se com a simplicidade e modéstia cristãs que convêm à santidade. (Provérbios
29:23; 1 Timóteo 2:8-10; Tiago 4:6; 1 Pedro 3:3-4; 1 João 2:15-17).
8. Música, literatura e divertimentos que desonram a Deus (1 Coríntios 10:31; 2
Coríntios 6:14-17; Tiago 4:4).

TERCEIRO.
Permanecendo em comunhão sincera com a igreja, não invectivando contra
as suas doutrinas e costumes, mas estando totalmente submetido a elas e
ativamente envolvido no seu testemunho e expansão (Efésios 2:18-22; 4:1-3
11-16; Filipenses 2:1-8; 1 Pedro 2:9-10).

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PARABÉNS!

Você acaba de finalizar a serie “Crescendo com o Mestre”. Esperamos que estes
ensinamentos abençoem grandemente sua vida e especialmente que possa pôr em
prática cada um deles.

Aqui não acabou seu processo de formação. A igreja no seu “Plano do Mestre”
tem muito mais para você. Fale com seus líderes ou pastores e eles lhe orientarão
para continuar seu processo de formação. Não esqueça o convite para participar
dos Grupos Pequenos ou grupos de comunhão e faça parte, se ainda não faz
parte, de um dos nossos ministérios da igreja.

Está convidado a continuar preparando-te para servir melhor ao Senhor.

Deus o abençoe!

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