Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Eguns Ou Egunguns Asese
Eguns Ou Egunguns Asese
EGUNS OU EGUNGUNS
Os negros iorubanos originários da Nigéria trouxeram para o Brasil o culto dos seus
ancestrais chamados Eguns ou Egunguns. Em Itaparica (BA), duas sociedades
perpetuam essa tradição religiosa.
Os cultos de origem africana chegaram ao Brasil juntamente com os escravos. Os
iorubanos - um dos grupos étnicos da Nigéria, resultado de vários agrupamentos tribais,
tais como Keto, Oyó, Ijexá, Ifan e Ifé, de forte tradição, principalmente religiosa - nos
enriqueceram com o culto de divindades denominadas genericamente de orixás.(1 - Por
motivos gráficos e para facilitar a leitura, os termos em língua yorubá foram
aportuguesados. Ex.: orisá = orixá.)
Esses negros iorubanos não apenas adoram e cultuam suas divindades, mas também
seus ancestrais, principalmente os masculinos. A morte não é o ponto final da vida para
o iorubano, pois ele acredita na reencarnação (àtúnwa), ou seja, a pessoa renasce no
mesmo seio familiar ao qual pertencia; ela revive em um dos seus descendentes. A
reencarnação acontece para ambos os sexos; é o fato terrível e angustiante para eles não
reencarnar.
Os mortos do sexo feminino recebem o nome de ìyámí Agbá (minha mãe anciã), mas
não são cultuados individualmente. Sua energia como ancestral é aglutinada de forma
coletiva e representada por ìyámí Òsóróngá, chamada também de Iá Nlá, a grande mãe.
Esta imensa massa energética que representa o poder de ancestralidade coletiva
feminina é cultuada pelas "Sociedades Geledê", compostas exclusivamente por
mulheres, e somente elas detêm e manipulam este perigoso poder. O medo da ira de
ìyámí nas comunidades é tão grande que, nos festivais anuais na Nigéria em louvor ao
poder feminino ancestral, os homens se vestem de mulher e usam máscaras com
características femininas, dançam para acalmar a ira e manter, entre outras coisas, a
harmonia entre o poder masculino e o feminino.
Além da Sociedade Geledê, existe também na Nigéria a Sociedade Oro. Este é o nome
dado ao culto coletivo dos mortos masculinos quando não individualizados. Oro é uma
divindade tal qual ìyámí Òsóróngá, sendo considerado o representante geral dos
antepassados masculinos e cultuado somente por homens. Tanto ìyámí quanto Oro são
manifestações de culto aos mortos. São invisíveis e representam a coletividade, mas o
poder de ìyámí é maior e, portanto, mais controlado, inclusive, pela Sociedade Oro.
Outra forma, e mais importante de culto aos ancestrais masculinos é elaborada pelas
"Sociedades Egungum". Estas têm como finalidade celebrar ritos a homens que foram
figuras destacadas em suas sociedades ou comunidades quando vivos, para que eles
continuem presentes entre seus descendentes de forma privilegiada, mantendo na morte
a sua individualidade. Esse mortos surgem de forma visível mas camuflada, a
verdadeira resposta religiosa da vida pós-morte, denominada egun ou Egungum.
Somente os mortos do sexo masculino fazem aparições, pois só os homens possuem ou
mantém a individualidade; às mulheres é negado este privilégio, assim como o de
participar diretamente do culto.
Esses Eguns são cultuados de forma adequada e específica por sua sociedade, em locais
e templos com sacerdotes diferentes dos dos orixás. Embora todos os sistemas de
sociedade que conhecemos sejam diferentes, o conjunto forma uma só religião: a
iorubana.
1
No Brasil existem duas dessas sociedades de Egungum, cujo tronco comum remonta ao
tempo da escravatura: Ilê Agboulá, a mais antiga, em Ponta de Areia, e uma mais
recente e ramificação da primeira, o Ilê Oyá, ambas em Itaparica, Bahia.
O egun é a morte que volta à terra em forma espiritual e visível aos olhos dos vivos. Ele
"nasce" através de ritos que sua comunidade elabora e pelas mãos dos Ojé (sacerdotes)
munidos de um instrumento invocatório, um bastão chamado ixã, que, quando tocado na
terra por três vezes e acompanhado de palavras e gestos rituais, faz com que a "morte se
torne vida", e o Egungum ancestral individualizado está de novo "vivo".
A aparição dos Eguns é cercada de total mistério, diferente do culto aos orixás, em que o
transe acontece durante as cerimônias públicas, perante olhares profanos, fiéis e
iniciados. O Egungum simplesmente surge no salão, causando impacto visual e usando
a surpresa como rito. Apresenta-se com uma forma corporal humana totalmente
recoberta por uma roupa de tiras multicoloridas, que caem da parte superior da cabeça
formando uma grande massa de panos, da qual não se vê nenhum vestígio do que é ou
de quem está sob a roupa. Fala com uma voz gutural inumana, rouca, ou às vezes aguda,
metálica e estridente - característica de egun, chamada de séègí ou sé, e que está
relacionada com a voz do macaco marrom, chamado ijimerê na Nigéria.
As tradições religiosas dizem que sob a roupa está somente a energia do ancestral;
outras correntes já afirmam estar sob os panos algum mariwo (iniciado no culto de
egun) sob transe mediúnico. Mas, contradizendo a lei do culto, os mariwo não podem
cair em transe, de qualquer tipo que seja. Pelo sim ou pelo não, egun está entre os vivos,
e não se pode negar sua presença, energética ou mediúnica, pois as roupas ali estão e
isto é egun
O eku dos Babá são divididos em três partes: o abalá, que é uma armação quadrada ou
redonda, como se fosse um chapéu que cobre totalmente a extremidade superior do
Babá, e da qual caem várias tiras de panos coloridas, formando uma espécie de franjas
ao seu redor; o kafô, uma túnica de mangas que acabam em luvas, e pernas que acabam
igualmente em sapatos; e o banté, que é uma tira de pano especial presa no kafô e
individualmente decorada e que identifica o Babá.
2
O banté, que foi previamente preparado e impregnado de axé (força, poder, energia
transmissível e acumulável), é usado pelo Babá quando está falando e abençoando os
fiéis. Ele sacode na direção da pessoa e esta faz gestos com as mãos que simulam o ato
de pegar algo, no caso o axé, e incorporá-lo. Ao contrário do toque na roupa, este ato é
altamente benéfico. Na Nigéria, os Agbá-egun portam o mesmo tipo de roupa, mas com
alguns apetrechos adicionais: uns usam sobre o alabá mascaras esculpidas em madeira
chamadas erê egungum; outros, entre os alabá e o kafô, usam peles de animais; alguns
Babá carregam na mão o opá iku e, às vezes, o ixã. Nestes casos, a ira dos Babás é
representada por esses instrumentos litúrgicos.
Existem várias qualificações de egun, como Babá e Apaaraká, conforme sus ritos, e
entre os Agbá, conforme suas roupas, paramentos e maneira de se comportarem. As
classificações, em verdade, são extensas.
Nas festas de Egungum, em Itaparica, o salão público não tem janelas, e, logo após os
fiéis entrarem, a porta principal é fechada e somente aberta no final da cerimônia,
quando o dia já está clareando. Os Eguns entram no salão através de uma porta
secundária e exclusiva, único local de união com o mundo externo.
Os ancestrais são invocados e eles rondam os espaços físicos do terreiro. Vários amuxã
(iniciados que portam o ixã) funcionam como guardas espalhados pelo terreiro e nos
seus limites, para evitar que alguns Babá ou os perigosos Apaaraká que escapem aos
olhos atentos dos ojés saiam do espaço delimitado e invadam as redondezas não
protegidas.
Os Eguns são invocados numa outra construção sacra, perto mas separada do grande
salão, chamada de ilê awo (casa do segredo), na Bahia, e igbo igbalé (bosque da
floresta), na Nigéria. O ilê awo é dividido em uma ante-sala, onde somente os ojé
podem entrar, e o lèsànyin ou ojê agbá entram.
O espaço físico do salão é dividido entre sacro e profano. O sacro é a parte onde estão
os tambores e seus alabê e várias cadeiras especiais previamente preparadas e
escolhidas, nas quais os Eguns, após dançarem e cantarem, descansam por alguns
momentos na companhia dos outros, sentados ou andando, mas sempre unidos, o maior
tempo possível, com sua comunidade. Este é o objetivo principal do culto: unir os vivos
com os mortos.
3
Nesta parte sacra, mulheres não podem entrar nem tocar nas cadeiras, pois o culto é
totalmente restrito aos homens. Mas existem raras e privilegiadas mulheres que são
exceção, como se fosse a própria Oyá; elas são geralmente iniciadas no culto dos orixás
e possuem simultaneamente oiê (posto e cargo hierárquico) no culto de egun - estas
posições de grande relevância causam inveja à comunidade feminina de fiéis. São estas
mulheres que zelam pelo culto, fora dos mistérios, confeccionando as roupas, mantendo
a ordem no salão, respondendo a todos os cânticos ou puxando alguns especiais, que
somente elas têm o direito de cantar para os Babá. Antes de iniciar os rituais para egun,
elas fazem uma roda para dançar e cantar em louvor aos orixás; após esta saudação elas
permanecem sentadas junto com as outras mulheres. Elas funcionam como elo de
ligação entre os atokun e os Eguns ao transmitir suas mensagens aos fiéis. Elas
conhecem todos os Babá, seu jeito e suas manias, e sabem como agradá-los.
Este espaço sagrado é o mundo do egun nos momentos de encontro com seus
descendentes. Assistência está separada deste mundo pelos ixã que os amuxã colocam
estrategicamente no chão, fazendo assim uma divisão simbólica e ritual dos espaços,
separando a "morte" da "vida". É através do ixã que se evita o contato com o Egun: ele
respeita totalmente o preceito, é o instrumento que o invoca e o controla. às vezes, os
mariwo são obrigados a segurar o egun com o ixã no seu peito, tal é a volúpia e a
tendência natural de ele tentar ir ao encontro dos vivos, sendo preciso, vez ou outra, o
próprio atokun ter de intervir rápida e rispidamente, pois é o ojê que por ele zela e o
invoca, pelo qual ele tem grande respeito
Finalizando a conversa com os fiéis e já tendo visto seus filhos, Babá-egun parte, a festa
termina e a porta principal é aberta: o dia já amanheceu. Babá partiu, mas continuará
protegendo e abençoando os que foram vê-lo.
Esta é uma breve descrição de Egungum, de uma festa e de sua sociedade, não
detalhada, mas o suficiente para um primeiro e simples contato com este importante
4
lado da religião. E também para se compreender a morte e a vida através das
ancestralidades cultuadas nessas comunidades de Itaparica, como um reflexo da
sobrevivência direta, cultural e religiosa dos iorubanos da Nigéria.
OS EGUNS
Os textos litúrgicos aqui apresentados fazem parte do jogo de Ifá, no qual seu senhor e
oráculo, a divindade Orumilá, nos ensina mitos e tradições que foram mantidos através
do próprio jogo. Esses conhecimentos, transmitidos a todos oralmente, hoje se tornaram
verdadeiras escrituras sagradas (atualmente, vários pesquisadores já registraram em
livros as lendas colhidas oralmente entre os iniciados).
Através deles entendemos o porquê de certos ritos e preceitos usados e conservados no
dia-a-dia dos cultos. Vários textos explicam o mesmo fato ou se complementam, e à
vezes de forma diferente e aparentemente contraditória; mas isto é reflexo de se terem
originado em diferentes regiões. De uma forma ou de outra, porém, chegam aos mesmos
fundamentais conceitos religiosos.
PAREI AQUI
ORIGENS
De quatro em quatro dias (uma semana iorubana), Iku (a morte) vinha à cidade de Ilê Ifé
munida de um cajado (opá iku) e matava indiscriminadamente as pessoas. Nem mesmo
os orixás podiam com Iku.
Um cidadão chamado Ameiyegun prometeu salvar as pessoas. Para tal, confeccionou
uma roupa feita com várias tiras de pano, em diversas cores, que escondia todas as
partes do seu corpo, inclusive a própria cabeça, e fez sacrifícios apropriados. No dia em
que a Morte apareceu, ele e seus familiares vestiram as tais roupas e se esconderam no
mercado.
Quando a Morte chegou, eles apareceram pulando, correndo e gritando com vozes
inumanas, e ela, apavorada, fugiu deixando cair seu cajado. Desde então a Morte deixou
de atacar os habitantes de Ifé.
Os babalaôs (adivinhos e sacerdotes de Orumilá) disseram a Ameiyegun que ele e seus
familiares deveriam adorar e cultuar os mortos por todas as gerações, lembrando como
eles venceram a Morte.
5
que seus filhos ficassem na floresta e voltou à cidade. Contou o fato ao povo, e as
pessoas fizeram roupas para ele vestir seus filhos.
Desse dia em diante ele poderia ver e mostrar seus filhos a outras pessoas; as belas
roupas que eles ganharam escondiam perfeitamente sua condição de mortos. Alapini e
seus filhos fizeram um pacto: em um buraco feito na terra pelo seu pai (ojubô), no
mesmo local do primeiro encontro (igbo igbalé), ali seriam feitas as oferendas e os
sacrifícios e guardadas as roupas, para que eles as vestissem quando o pai os chamasse
através do ritual do bastão.
Seguindo um ritual, conforme Oyá brandia o ixã no solo o macaco pulava de uma
árvore e aparecia de forma alucinante, movimentando-se como fora treinado a fazer.
Deste modo, durante à noite, quando os homens por lá passavam, as mulheres (que
estavam escondidas) faziam o macaco aparecer e eles fugiam totalmente apavorados.
Cansados de tanta humilhação, os homens foram ter com um babalaô para tentar
descobrir o que estava acontecendo. Através do jogo de Ifá, e para punir as mulheres, o
babalaô lhes conta a verdade. Ele os ensina como vencer as mulheres através de
sacrifícios e astúcia.
Ogum foi o encarregado da missão. Ele chegou ao local das aparições antes das
mulheres. Vestiu-se com vários panos, ficando totalmente encoberto, e se escondeu.
Quando as mulheres chegaram, ele apareceu subitamente, correndo, berrando e
brandindo sua espada pelos ares. Todas fugiram apavoradas, inclusive Oyá.
Desde então os homens dominaram as mulheres e as expulsaram para sempre do culto
de egun; hoje, eles são os únicos a invocá-lo e cultuá-lo. Mas, mesmo assim, eles
rendem homenagem a Oyá, na qualidade de Igbalé, como criadora do culto de egun.
Convém notar que, no culto, egun nasce no bosque da floresta (igbo igbalé). No Brasil,
no ilê awo, ele nasce no quarto de balé, onde são colocadas oferendas de comidas e
realizadas cerimônias aos Eguns.
Oyá é também cultuada como mãe e rainha de egun, como Oyá Igbalé. E, como nos
6
explica a lenda, Oyá, a floresta e o macaco estão intimamente ligados ao culto, inclusive
em relação à voz do macaco como modo de o egun falar.
O conjunto homem-mulher dá vida a egun (ancestralidade), mas restringe seu culto aos
homens, os quais, todavia, prestam homenagem às mulheres, castigadas por Olodumarê
através dos abusos de Odu. Também por esta razão é que as mulheres mortas são
cultuadas coletivamente, e somente os homens têm direito à individualidade, através do
culto de egun
APOSTILA 01
*** PRIMEIRA PARTE,NAÇÃO KETU ***
OS EGUNS DO CANDOMBLE (JORGE ALBERTO VARANDA)
AXEXE
FALECIMENTO:
MATERIAIS USADOS E PROCEDIMENTO:
QUANDO O FALECIMENTO É SÚBITO OU POR ACIDENTE,EM QUE NÃO
TEMOS MUITO TEMPO,A PRIMEIRA INICIATIVA É RECORRER AO JOGO DE
BÚZIOS,POIS,PARA SE PREPARAR O AXEXÊ,TEMOS QUE TER A
ORIENTAÇÃO DE YFÁ,PARA SABERMOS COMO VAMOS MONTAR O
IGBALÉ,DE ACORDO COM A SITUAÇÃO DO CARGO DA PESSOA E A
HIERAQUIA QUE PERTENCE.
QUANDO A PESSOA ESTÁ ENFERMA E ESPERAMOS O DESENLACE A
QUALQUER MOMENTO TOMAMOS A INICIATIVA DE RETIRAR O
IGBÁ(ASSENTAMENTO) E COLOCÁ-LO INTEIRAMENTE NA http://xn--gua-
dla.SE FOR ORIXÁ AYABÁ COLOCAMOS ÁGUA DENTRO DO ÍGBA,SE FOR
7
ORIXÁ ABORÓ,O COLOCAMOS DENTRO DE UMA BACIA DE ÁGATA COM
ÁGUA COBERTA COM FOLHA DE AKOKÔ,O ORIXA OXALÁ E COBERTO DE
ACAÇAS BRANCOS.
• OJÁ BRANCO
• NAVALHA
• ATIN DE OXALÁ
• OBI OU OROGBO,DEPENDENDO DO ORIXÁ
• FOLHAS DE EGUM
• ABÔ
• UM POMBO BRANCO
• ACAÇÁS BRANCOS
• ECURÚS
• EBÔ
• ALGODÃO
• DOBURÚ
• 9 ATORIS DE AMOREIRA.
8
EGUM,TUDO ISTO COBERTO POR MUITAS FLORES PARA QUE NÃO FIQUE À
MOSTRA,È DESNECESSÁRIO RECOMENDAR QUE ESTA OBRIGAÇÃO
DEVERÁ SER FEITA EM CARÁTER RESERVADO LONGE DOS LEIGOS E
CURIOSOS.
“ OS APETRECHOS “
• AQUIDAVI
• POTE
• FOLHAS DE EGUM
• AREIA DE PRAIA
• DINHEIRO EM MOEDA CORRENTE PARA PAGAR O EGUN
• VELAS
• DANDÁ-DA-COSTA
• ATIN DE OXALÁ
• CACHAÇA
• CONHAQUE
• ACAÇÁS
• ACARAJÉS
• ECURÚS
• DOBURÚ
9
• ATORIS
• PALHA-DA-COSTA
• MARIWÕ
• QUARTINHA
• MEL
• AZEITE DOCE
• OVO CRU
• LENÇOL BRANCO
• PIMENTA-DA-COSTA
• OBI
• OROBÔ
• ANIMAIS PARA EXU E PARA A RUA
• ABANOS
• ATORIS DE AMOREIRA
*VELAS
*FIOS DE CONTA
*OS ORIXÁS QUE VÃO NO CARREGO
*PORÇÕES DE ABÔ
*COMIDAS DE ORIXAS
*ECURÚS,ACARAJES
*ACAÇAS
*DOBURÚ
*OMOLOCUM
*ATORIS DE AMORA
*9 PEÇAS AMARRADAS EM PALHA DA COSTA
*OBI OU OROBÔ
*ATINS
*ABÔ*EBÔ
10
PARA SABER QUEM HERDARÁ O ORIXÁ DO FALECIDO.GERALMENTE É UM
FILHO OU FILHA DA CASA QUE TAMBÉM POSSUA CARGO.
11
ANTES DO INICIO PROPRIAMENTE DO CERIMONIAL AS PESSOAS QUE
ENTRAM NO BARRACÃO USAM TRÊS RISCO NO ROSTO,EM CADA
FACE,FEITO DE CINZA.USAM NO PULSO ESQUERDO UMA PULSEIRA DE
MARIWÔ,AO INICIAR A DANÇA DO AXEXÊ TODOS OS
PRESENTES,VODUNCES DA CASA OU DE OUTROS TERREIROS TROCAM
DINHEIRO POR MOEDAS PREVIAMENTE RESERVADA PARA TROCA E
TODOS QUE VÃO DANÇAR(TIRAR O PÉ DO EGUM) PASSAM ESTAS MOEDAS
NO CORPO E JOGAM DENTRO DE UMA CUIA RESERVADA PARA TAL
FINALIDADE,REPETINDO-SE ESTE RITUAL DIARIAMENTE ATÉ O FIM DO
AXEXÊ.
12
“LOUVAÇÃO DOS ORIXÁS NO RITUAL DO AXEXÊ”
“ O MURACEBY LABAQUECEBÊ
O MURA CEBIÔ LABAQUECEBÊ
ORIAMOCUM O INÃ COIJO
ORIAMUCUNÃ LABAQUEINDÃ
ORIAMOJALAXAGUN Ô
ORIAMOCUM LABAQUEINDÔ
13
A) A ENTRADA NO CEMITÉRIO GERALMENTE SE USA AS SEGUINTES
CANTIGAS:
14
• ALGUIDARES
• UM LENÇOL PARA COBRIR TUDO.
• UMBAÚBA
• CANA-DO-BREJO
• COROANA
• AMORA
• MARIWO
• OLUMÃ
• ARRUDA
• MARIA PRETA
• AZEITE
• MEL
• OBI OU OROBÔ
• ATIN DE PEMBA RALADA,ETC...
15
ORIXÁS QUE NÃO SÃO DESPACHADOS,MODO COMO SE DESPACHA OS
ORIXÁS E O CARREGO,CANTIGA DE CARREGO”
• OXUM
• YANSÃ
• OBÁ
• EWÁ
• YEMANJÁ
• NANÃ
• OXUMARÉ
• OBALUAIYÊ
• OSSÃE
• OXOSSI
• OGUN
16
ESTA ORDEM É USADA SOMENTE NOS DIAS DA FUNÇÃO DO AXEXÊ
PROPRIAMENTE DITO.OBSERVEM QUE NÃO INCLUIMOS XANGO E OXALÁ
“ABIKÚ ORIOLELE
OMO ABIKÚ ORIOLELE
MORELE ADJA MOREWO”.(BIS)
“ORIMADAFÉ ORIMADAKE
ORIMADAFÉ ORIMADAKE”
17
TALABÊ OLOUWO MA KELOXÊ PAMORÔ
ARAIYÉ OKELOXÉ O PALABÊ
OMI TORODO KE U ALÉ OKE LOXÊ O PALABÊ
MA KE LOXÊ TALABÊ OLOWO MA KE LOXÊ POMORÓ
ARAIYÊ OKE LOXÉ O PALABÉ EMI TORODÓ HE U ALÉ
OKE LOXÉ O PALABÉ
IKÚ ARELE XALA IKÚ ARELA XALA
IKÚ ARELE XALA NA IKÚ ARELE XALA COXEBÉ”.
“ALUNKUERE ALANKUERE
ALANJUERE LANKUERE (BIS,DUAS VEZES)
MORO ENGENHO VELHO ALANKUERE
MORO NA BAHIA ALANKUERE
MORO EM SÃO PAULO ALANKUERE
MORO DE CACHOEIRA ALANKUERE
MORO DE RIO DE JANEIRO ALANKUERE
MORO DE BOGUM ALANKUERE
MORO DE GANTOIS ALANKUERE
MORO DE MARANHÃO ALANKUERE
ALNKUERE ALANKUERE ALANKUERE “..
18
QUALIDADE POSSÍVEL.BICHOS EM BOM ESTADO DE SAÚDE,SEM
ALEIJÕES,SEM NENHUMA ESPÉCIE DE PROBLEMA,PARA QUE O EGUN SE
SINTA SATISFEITO EM RECEBER SEU SACRIFUICIO PARA AFASTAMENTO,
COMPÕE-SE DOS SEGUINTES ANIMAIS:
SE O EGUN É DE IYAWÕ NÃO LEVA KONKÉN E SE DEREM A MESMA SERÁ
EXCLUSIVAMENTE POR DETERMINAÇÃO DO BABALORIXÁ.
SE EGUN É DE PAI-DE-SANTO OU MÃE-DE-SANTO,AÍ LEVA TUOD,OU SEJA:
• I BODE BRANCO
• 4 GALINHAS BRANCAS
• 1 POMBO BRANCO
• 1 KONKÉN BRANCA
SE A PESSOA E DE OXALÁ,E TUDO BRANCO
NESTA LISTA ESTÁ O BODE BRANCO,MAS TEM MUITAS CASAS QUE USAN
O AGUTÃ(CARNEIRO),EXCENÇÃO DAS CASAS DE JEJE,QUE NÃO ADOTAM
DE FORMA ALGUMA;ESTES NÃO PASSAM NEM NAS PORTAS DO
CANDOMBLÉ DESTA NAÇÃO,POIS E ANIMAL CONSIDERADO
SACRATISSIMO.PORTANTO “INTOCÁVEL” PARA QUALQUER RITUAL.
QUANDO A CASA NÃO TEM ILÉ-IBO-AKÚ,A MATANÇA E FEITA SOMENTE
COM UMA INCISÃO LATERAL ISTO SEM TIRAR O ORI DOS BICHOS E
TAMBÉM SUAS PATAS.
QUANDO A CASA DE CANDOMBLÉ TEM TUDO,AS MATANÇAS SÃO FEITAS
NESTE LOCAL E NOAXEXÊ DE 1 ANO O TIPO DE MATANÇA OBEDECERÁ A
UMA NORMA COMUM PARA EGUN E, NESSE CASO,SERÃO TIRADOS OS
ORIS,ASSIM COMO OS AXÉS.
19
PROCEDE-SE O SACRIFICIO DOS ANIMAIS E SÃO COLOCADOS EM CIMA
DOS RESTOS QUEBRADOS E BEZUNTADOS DE MEL,AZEITE DOCE, DENDE,
ÁGUA,CACHAÇA,TUDO EM CIMA DO CARREGO,JOGA-SE TAMBÉM UM
POUCO DE TERRA,E UM GRANDE CARREGO É PREPARADO,CHAMAMOS
“ERU” E BABALORIXÁS,OGANS E ORIXÁS “VIRADOS”,ASSIM COMO
YANSÃ,OBALUAIYÊ,NANÃ,SE TIVER NA HORA,DEVEM ACOMPANHAR
QUEM VAI LEVAR O EBÓ.
QUEM CARREGA ESTE EBÓ É “EXU ELÉRU” E QUANDO ELE SAI TODOS SE
LEVANTAM E SAÚDAM A SAÍDA DO ERU-IKÚ,LOGO APÓS,VIRAM-SE E
ESPERAM O REGRESSO DE COSTAS PARA A RUA,ENTÃO CANTAS-SE;
“GBÉ RÚ LE MÃ LÓ
EFIBÕ “.
(O CARREGO DA CASA ESTÁ SAINDO;CUBRAM-NOS)
20