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1510600515ebook - A Nova NBR 5419 PDF
1510600515ebook - A Nova NBR 5419 PDF
1ª Edição
ISBN 978-85-910927-4-1
CDD – 551.5632
INTRODUÇÃO
A norma NBR 5419, que trata de SPDA – Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféicas, foi revisada e
publicada em 2015. A pergunta mais comum de ouvir é: mudou muita coisa? A resposta é: sim. Depois vem
a segunda pergunta: o que mudou? Pode-se dizer que a maior mudança foi a filosofia do projeto. A norma
agora é mais abrangente, considera todos os efeitos das descargas atmosféricas. Até a edição de 2005 a
norma considerava somente o efeito das descargas sobre as estruturas, pelo impacto direto do raio. Na
edição de 2015 a norma passou a considerar os efeitos das descargas para as estruturas (nesta parte as
mudanças não foram tão grandes), para pessoas e para os equipamentos. Devido a este aumento de
escopo, pode-se dizer que com a revisão nasce o profissional PDA – Proteção contra Descargas
Atmosféricas. 4
Outra mudança foi a introdução da análise de risco para a decisão sobre a necessidade de adotação de
cada parte do PDA. O termo »medida de proteção« passa a ser adotado na norma, ficando claro agora
que é necessária a adoção de medida de proteção quando na análise de risco for encontrado um risco
maior que o risco tolerável. É certo que isto é um fator de complicação, mas é certo também que esta
metodologia é muito mais rigorosa que a metodogia adotada até a edição de 2005.
Outra pergunta que é muito frequente refere-se à obrigação do eletrodo de aterramento ter resistência
máxima de 10 Ω, e a resposta para é: nunca foi obrigatório que a resistência do eletrodo de aterramento
fosse no máximo 10 Ω. Para certificar-se desta afirmação, basta fazer uma leitura cuidadosa no item 5.1.3.1.2
da norma de 2005.
Este Ebook apresenta de forma condensada as quatro partes da edição de 2015 da ABNT NBR 5419. Se
durante a leitura surgir alguma dúvida, não hesite em contatar-nos!.
Índice
Introdução 4
Capítulo 2 10
Capítulo 3 – Inspeção 17 5
Capítulo 4 – Adequação 41
A NOVA NBR 5419
PARTE 1
Apresenta as regras e diretrizes para a proteção
contra descargas atmosféricas, fornecendo os
PARTE 3
subsídios necessários para a aplicação das demais
Apresenta os requisitos para proteção de uma estrutura
partes na proteção contra descargas atmosféricas.
contra danos físicos por meio de um SPDA – Sistemas de
Proteção contra Descargas Atmosféricas – e para proteção
de seres vivos contra lesões causadas pelas tensões de
PARTE 2 toque e passo nas vizinhanças de um SPDA. Estes
Apresenta os requisitos para análise de risco em requisitos são aplicáveis a projeto, instalação, inspeção e
7
uma estrutura devido às descargas atmosféricas manutenção de um SPDA para estruturas sem limitação
para a terra, fornecendo um procedimento para a de altura e a medidas para proteção contra lesões a seres
avaliação dos riscos. A partir da quantificação do vivos causadas pelas tensões de passo e toque
risco e sua comparação com o limite superior provenientes das descargas atmosféricas.
tolerável, este procedimento permite avaliar se as
medidas de proteção adotadas reduzem o risco
ao limite ou abaixo do limite tolerável. PARTE 4
Fornece informações para o projeto, instalação,
inspeção, manutenção e ensaio de sistemas de proteção
elétricos e eletrônicos (Medidas de Proteção contra
Surtos - MPS) para reduzir o risco de danos
permanentes internos à estrutura devido aos impulsos
eletromagnéticos de descargas atmosféricas (LEMP).
A NOVA NBR 5419
1.1 TERMINOLOGIA
A NBR 5419 sempre utilizou o termo estrutura, que é um termo genérico que define um elemento a
ser protegido pelo SPDA. São exemplos de estrutura: edificações, prédios, árvores e massas metálicas
(antenas, guarda corpos, etc.).
Neste Ebook é mantida esta mesma terminologia para manter a generalidade da aplicação
dos conceitos da NBR 5419, embora em muitas aplicações o termo edificação fique mais claro.
2 EFEITOS DAS DESCARGAS
A descarga atmosférica é uma descarga elétrica de origem
atmosférica entre nuvem e terra, podendo ter um ou mais
componentes. A descarga pode ser:
Descendente, quando a descarga atmosférica iniciada por um
líder descendente de uma nuvem para terra, ou
Ascendente, quando a descarga atmosférica iniciada por um
líder ascendente de uma estrutura aterrada para uma nuvem
Direta à estrutura,
Próxima à estrutura, 10
Qualquer tipo de descarga atmosférica pode causar falhas dos sistemas eletroeletrônicos
devido às sobretensões resultantes do acoplamento resistivo e indutivo destes sistemas
com a corrente da descarga atmosférica. Mas somente as descargas atmosféricas diretas à
estrutura ou a uma linha conectada à estrutura podem causar danos físicos (ao
patrimônio) e perigo à vida.
O mau funcionamento dos sistemas eletroeletrônicos não é coberto pela ABNT NBR 5419, mas pela ABNT NBR 5410.
A norma considera como ferimentos a seres vivos apenas os risco devido ao choque elétrico, embora se saiba que
os seres vivos possam se ferir de outras maneiras.
A NOVA NBR 5419
Um parâmetro importante na escolha do PDA adequado é o risco, que é definido pela norma como “o valor da
perda média anual provável (pessoas e bens) devido à descarga atmosférica, em relação ao valor total (pessoas e bens)
da estrutura a ser protegida”. A metodologia para quantificação deste risco é a análise de risco apresentada na Parte 2
da norma. 12
AS MEDIDAS NÃO ANULAM OS EFEITOS DAS DESCARGAS, MAS REDUZEM O SEU POTENCIAL DE DANO.
A NOVA NBR 5419
Na análise de risco a norma decompõe o risco em componentes, que depende da fonte e do tipo de dano,
da seguinte forma:
perda de vida humana (incluindo ferimentos permanentes);
perda de serviço ao público;
perda de patrimônio cultural;
perda de valores econômicos.
Os componentes de risco a serem considerados para cada tipo de perda são os seguintes: 14
R = RA + RB + RC + RM + RU + RV + RW + RZ
Onde:
RA - componente de risco de ferimentos a seres vivos por uma descarga na estrutura
RB - componente de risco de danos físicos na estrutura por uma descarga na estrutura
RC - componente de risco de falha dos sistemas internos por uma descarga na estrutura
RM - componente de risco de falha dos sistemas internos por uma descarga perto da estrutura
RU - componente de risco de ferimentos a seres vivos por uma descarga na linha conectada
RV - componente de risco de danos físicos na estrutura por uma descarga na linha conectada
RW - componente de risco de falha dos sistemas internos por uma descarga na linha conectada
RZ - componente de risco de falha dos sistemas internos por uma descarga perto da linha
A NOVA NBR 5419
Procedimento para avaliar a necessidade de proteção
Valores típicos de risco tolerável RT
Quando se tratar das perdas de: vida
humana (incluindo ferimentos permanentes),
serviço público ou patrimônio cultural, a
definição do valor do risco tolerável deve ser
feito por alguma autoridade, com
competência para esta definição. Em casos
onde não existir estas definições, a norma
apresenta alguns valores representativos de
risco tolerável RT.
Tipo de perda 𝑹𝑻 (𝒚−𝟏 )
15
Perda de vida humana ou ferimentos
10−5
permanentes
Perda de serviço ao público 10−3
Perda de patrimônio cultural 10−4
IMPORTANTE
O conjunto de medidas de proteção quem compõem o sistema 17
completo de PDA é o seguinte:
As medidas de proteções consideradas na
medidas de proteção para reduzir danos a pessoas devido a ABNT NBR 5419 são comprovadamente
choque elétrico eficazes na redução dos riscos associados às
medidas de proteção para redução de danos físicos descargas atmosféricas.
NÍVEL DE PROTEÇÃO
O nível de proteção define a eficiência de um SPDA, indica a probabilidade com a qual um SPDA protege a
estrutura contra os efeitos das descargas atmosféricas ou a taxa de redução do risco de danos físicos
provocados por uma descarga em uma estrutura. O nível de proteção também garante o dimensionamento
adequados dos valores especificados em projeto.
O nível de proteção indica também a classe do SPDA e ambos têm a seguinte codificação: I, II, III ou IV.
A probabilidade de uma descarga causar danos físicos a uma estrutura, em função da classe do SPDA (ou do
nível de proteção) é dada pela tabela a seguir:
20
.
A NOVA NBR 5419
Componente condutivo não instalado especificamente para proteção contra descargas atmosféricas, mas que pode ser
integrado ao SPDA ou que, em alguns casos, pode prover a função de uma ou mais partes do SPDA. São exemplos de
componentes naturais:
captor natural (estrutura e telhas metálicas);
descida natural (perfis metálicos configurando os pilares de sustentação);
eletrodo de aterramento natural (armaduras do concreto armado providas de continuidade elétrica).
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A NBR 5419-3 estabelece no item 5.1.3 que os componentes naturais feitos de materiais condutores, os quais devem
permanecer dentro ou na estrutura definitivamente e não podem ser modificados, por exemplo, armaduras de aço
interconectadas estruturando o concreto armado, vigamentos metálicos da estrutura etc., podem ser utilizados como
componente natural do SPDA, desde que cumpram os requisitos específicos da norma. Outros componentes metálicos
que não forem definitivos à estrutura devem ficar dentro do volume de proteção ou incorporados complementarmente
ao SPDA.
A NBR 5419 cita mais de um vez que o uso de componentes naturais devem ser estimulados e
priorizados, evidentemente desde que atendidas as condições estabelecidas na norma.
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No caso de estruturas de concreto armado pré-fabricado deve ser realizada uma ligação
entre os elementos de concreto pré-fabricado adjacentes, para garantir a continuidade
elétrica de o conjunto.
IMPORTANTE
Para estruturas novas medidas complementares, visando garantir essa continuidade elétrica desde o início da obra,
podem ser especificadas pelo projetista do SPDA em trabalho conjunto com o construtor e o engenheiro civil.
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3.2 SPDA Externo
O sistema de proteção contra descargas atmosféricas externo é a parte do SPDA que
tem a função de interceptar, conduzir e dispersar a corrente da descarga atmosférica
na terra, para realizar esta função, o sistema é composto de:
subsistema de captação
subsistema de descida e
subsistema de aterramento
IMPORTANTE
Um SPDA não atrai a descarga atmosférica, também não impede a ocorrência das descargas
atmosféricas. ele intercepta a descarga com o subsistema de captação.
24
A norma classifica o SPDA externo, quanto a sua integração elétrica com a estrutura,
como:
isolado ou
não isolado.
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Quando a circulação de corrente pela estrutura causar um perigo adicional, como é o
caso de estruturas com paredes ou cobertura de material combustível e de áreas com
risco de explosão e fogo, deve ser considerado a instalação de um SPDA externo
isolado. Normalmente nestes casos os efeitos térmicos e de explosão no ponto de
impacto, ou nos condutores percorridos pela corrente da descarga atmosférica,
podem causar danos à estrutura ou ao seu conteúdo, por isto os componentes do
SPDA externo devem ser colocados fora da área de risco.
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Quando não é possível ou desejável usar elementos naturais, o subsistema de captação pode ser composto por
qualquer combinação dos seguintes elementos:
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hastes (incluindo mastros);
condutores suspensos;
condutores em malha.
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- Método de proteção
Máximo afastamento dos 28
Raio da esfera rolante – R Ângulo de proteção
Classe do SPDA condutores da malha
(m) α°
(m)
I 20 5x5
II 30 10 x 10
III 45 15 x 15
*
IV 60 20 x 20
IMPORTANTE
Embora o ângulo de proteção ainda seja considerado na normalização a sua utilização deve ser restringido a casos
excepcionais, além de sobredimensionar a instalação este método é desprovido de significado físico.
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Uma malha de condutores é considerada pela norma brasileira como método de captação
adequado para proteger estruturas (tipicamente edificações) horizontais e planas. São exemplos
desta aplicação os galpões. As dimensões de malha depende da classe do SPDA.
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A NOVA NBR 5419
Componentes naturais
Desde que atendam as condições estabelecidas pela NBR 5419, as seguintes
partes de uma estrutura podem ser consideradas como captores naturais e
partes de um SPDA:
chapas metálicas cobrindo a estrutura a ser protegida (telhados e coberturas)
ou componentes metálicos da construção da cobertura (treliças, ganchos de
ancoragem, armadura de aço da estrutura etc.), abaixo de cobertura não
metálica,
partes metálicas que estejam instaladas de forma permanente, tais como:
ornamentações, grades, tubulações, coberturas de parapeitos;
tubulações metálicas e tanques na cobertura. 31
Espessura t Espessura t’
Classe do SPDA Material
(mm) (mm)
Chumbo - 2,0
Aço (inoxidável,
galvanizado a 4 0,5
quente)
I a IV
Titânio 4 0,5
Cobre 5 0,5
Alumínio 7 0,65
Zinco - 0,7
A NOVA NBR 5419
IMPORTANTE
Quanto maior for o número de condutores de descida, instalados a um espaçamento regular em volta do perímetro
interconectado pelos anéis condutores, maior será a redução da probabilidade de descargas perigosas facilitando a
proteção das instalações internas.
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Distâncias
Classe do SPDA
(m)
I 10
II 10
III 15
IV 20
NOTA É aceitável uma variação no espaçamento dos condutores de descidas
de ± 20%.
A NOVA NBR 5419
IMPORTANTE 34
.
Um aspecto importante a ser lembrado é o esforço que as várias comissões de estudo da ABNT estão
fazendo para estabelecer que o eletrodo de aterramento é único para todas as instalações.
Vale lembrar que na edição de 2014 a NBR 5410 declarou que o eletrodo de aterramento é uma
infraestrutura da edificação e não da instalação, e a NBR 5419 que o eletrodo deve ser comum e
atender à proteção contra descargas atmosféricas, sistemas de energia elétrica e sinal
(telecomunicações, TV a cabo, dados etc.)
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Para estas condições, e somente para estas condições, a norma apresenta uma solução,
que é um arranjo consistindo em condutor em anel, externo à estrutura a ser protegida,
em contato com o solo por pelo menos 80 % do seu comprimento total, ou elemento
condutor interligando as armaduras descontínuas da fundação (sapatas). Estes eletrodos
de aterramento podem também ser do tipo malha de aterramento. Embora 20 % do
eletrodo convencional possa não estar em contato direto com o solo, a continuidade 37
elétrica do anel deve ser garantida ao longo de todo o seu comprimento.
IMPORTANTE
A nova edição da norma não estabelece mais nenhum número como referência de resistência de aterramento.
Diferente do que muitos acreditam o valor máximo da resistência de aterramento nunca foi estabelecido em
nenhuma edição da norma.
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IMPORTANTE
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Em uma área classificada, com risco de explosão, um centelhamento é sempre perigoso. Nesse caso, são
necessárias medidas de proteção adicionais.
O centelhamento perigoso entre diferentes partes pode ser evitado por meio de:
ligações equipotenciais (SPDA não isolado), ou
isolação elétrica entre as partes (SPDA isolado).
IMPORTANTE
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Os meios de interligação podem ser:
direto: condutores de ligação, onde a continuidade elétrica não seja garantida pelas
ligações naturais;
indireto: dispositivos de proteção contra surtos (DPS), onde a conexão direta por
meio de condutores de ligação não possa ser realizada;
indireto: centelhadores, onde a conexão direta por meio de condutores ligação não
seja permitida.
IMPORTANTE
Devem ser considerados os efeitos causados quando uma equipotencialização é estabelecida com sistemas
internos para fins de proteção, pois uma parte da corrente da descarga atmosférica pode fluir por tais
sistemas. Em razão disto no passado se preferia manter alguns sistemas internos em aterramentos separados.
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4. MPS
As descargas atmosféricas são fenômenos de altíssima energia, podendo liberar
centenas de megajoules. Quando comparadas com os milijoules que podem ser
suficientes para causar danos aos equipamentos eletrônicos sensíveis em sistemas
eletroeletrônicos existentes nas estruturas, fica claro que medidas adicionais de
proteção são necessárias para proteger alguns destes equipamentos.
A mudança de uma zona para outra, ou a fronteira de uma ZPR, é definida pelas
medidas de proteção empregadas para a redução da severidade do surto.
A fronteira entre as zonas de uma ZPR não é necessariamente uma fronteira física (por
exemplo, paredes, chão e teto). Mas são medidas capazes de reduzir surtos
conduzidos nas linhas que adentram as zonas de proteção contra os raios (ZPR), como
por exemplo, instalação de um sistema coordenado de DPS e/ou blindagem
eletromagnética.
As zonas de proteção contra raios (ZPR), em relação a estrutura, são divididas em:
zonas externas e
zonas internas.
IMPORTANTE
A NOVA NBR 5419 Podem ser definidas ZPR adicionais em função da
suportabilidade dos equipamentos protegidos, incluindo
As zonas externas, pertencentes ao grupo ZPR 0, são divididas zonas internas localizadas (por exemplo, Rack e invólucros
em: metálicos dos equipamentos).
ZPR 0A zona onde a ameaça é devido à descarga atmosférica
direta e a totalidade do campo eletromagnético gerado por
esta descarga;
ZPR 0B zona protegida contra as descargas atmosféricas
diretas, mas onde a ameaça é causada pela totalidade do
campo eletromagnético.
Barramentos de equipotencialização
Os barramentos de equipotencialização são componentes físicos onde são
realizados a função de reduzir a diferença de potencial que podem aparecer em
uma estrutura, a eles normalmente são ligados:
a) os condutores de energia e sinal que adentram uma ZPR (diretamente ou por
meio de DPS adequados);
b) o condutor de proteção PE (fio terra);
c) componentes metálicos dos sistemas internos (por exemplo, gabinetes,
invólucros, racks);
d) a blindagem magnética da ZPR na periferia e dentro da estrutura.
47
A realização dos barramentos de equipotencialização não é tratada pela NBR
5419, ela pode ser uma barra protegida ou exposta fixada diretamente na
estrutura ou pode ser ainda a barra terra de um painel ou quadro de
distribuição.
5. INSPEÇÃO DE UM SPDA
A norma estabeleceu inspeções no SPDA com o objetivo de
assegurar que:
O SPDA esta de acordo com projeto realizado em
conformidade com norma;
Todos os componentes do SPDA estão em boas condições e
são capazes de cumprir suas funções; que não apresentem 49
corrosão, e atendam às suas respectivas normas;
Qualquer nova construção ou reforma que altere as condições iniciais
previstas em projeto além de novas tubulações metálicas, linhas de
energia e sinal que adentrem a estrutura estão incorporadas ao SPDA
externo e interno.
Para que o objetivo das inspeções seja alcançado, a norma estabeleceu inspeções que devem ser realizadas em uma
intervenção (construção ou manutenção) no SPDA:
durante a construção da estrutura;
após a instalação do SPDA, no momento da emissão do documento como construído “as built”;
após alterações ou reparos, ou quando houver suspeita de que a estrutura foi atingida por uma descarga atmosférica
A NOVA NBR 5419
A norma também estabeleceu inspeções durante a vida do SPDA, para garantir que ele
continua cumprindo o objetivo que dele se espera:
inspeção visual semestral apontando eventuais pontos deteriorados no sistema;
periodicamente, realizada por profissional habilitado e capacitado a exercer esta
atividade, com emissão de documentação pertinente, em intervalos determinados,
assim relacionados:
• um ano, para estruturas contendo munição ou explosivos, ou em locais expostos à
corrosão atmosférica severa (regiões litorâneas, ambientes industriais com
atmosfera agressiva etc.), ou ainda estruturas pertencentes a fornecedores de
serviços considerados essenciais (energia, água, telecomunicações etc.);
• três anos, para as demais estruturas. 50
6. DOCUMENTAÇÃO DE UM SPDA
A norma estabelece a documentação técnica que deve ser gerada no projeto, atualizada na
execução e mantida na manutenção, que é composta de:
verificação de necessidade do SPDA (externo e interno), além da seleção do respectivo nível de
proteção para a estrutura;
desenhos em escala mostrando as dimensões, os materiais e as posições de todos os componentes
do SPDA externo e interno;
quando aplicável, os dados sobre a natureza e a resistividade do solo; constando detalhes relativos à
estratificação do solo, ou seja, o número de camadas, a espessura e o valor da resistividade de cada 51
uma;
registro de ensaios realizados no eletrodo de aterramento e outras medidas tomadas em relação a
prevenção contra as tensões de toque e passo. Verificação da integridade física do eletrodo
(continuidade elétrica dos condutores) e se o emprego de medidas adicionais no local foi necessário
para mitigar tais fenômenos (acréscimo de materiais isolantes, afastamento do local etc.),
descrevendo-o.
IMPORTANTE
Sobre o autor:
Engenheiro Eletricista (UFU - 1981);
Mestre em Engenharia Eletrônica (ITA -1988);
Diretor da Mi Omega;
Coordenador da Comissão da ABNT responsável pela norma NBR 14039 "Instalações elétricas de média tensão de 1,0 a
36,2 kV";
Coordenador da Comissão da ABNT responsável pela elaboração da norma de subestações pré-fabricada de alta tensão;
e coordenador de grupos de trabalho da Comissão da ABNT responsável pela norma NBR 5410 "Instalações elétricas de
baixa tensão";
Membro da Subcomissão Técnica de Instalações Elétricas de Baixa Tensão do Comitê Brasileiro de Avaliação da
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conformidade, na elaboração da Regra específica da certificação das instalações elétricas no Brasil;
Professor da matéria de Legislação e Normas Técnicas do curso de Especialização em Instalações Elétricas Prediais da
UFG;
Palestrante da ABNT para divulgação da norma de instalações elétricas de baixa tensão NBR 5410;
Elaborou os comentários das Normas Brasileiras de instalações elétricas de baixa e média tensão, respectivamente: a NBR
14039: 2003 e a NBR 5410:2004;
Colaborador e colunista da Revista Eletricidade Moderna;
Autor de diversos trabalhos técnicos na área de instalações elétricas de baixa e media tensão.
Sobre a empresa:
A Mi Omega é uma empresa de projetos de engenharia que iniciou suas atividades em outubro de 1993, na área de
instalações elétricas, passando em 2008 a atuar nas diversas áreas da engenharia.
Uma empresa que possui o know-how tecnológico e as competências necessárias para atender plenamente as necessidades
dos clientes, dando sempre a certeza de uma boa solução.
Uma empresa que possui o know-how tecnológico e as competências
necessárias para atender plenamente as necessidades dos clientes, dando
sempre a certeza de uma boa solução.
miomega.com.br