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Chagas – DEE/UFCG

Distúrbios de Tensão em Redes Elétricas - Exercícios

Questões Teóricas

1. Cite as causas e características das sobretensões atmosféricas.


2. Em caso de surto atmosférico, explique o que poderá ocorrer nos isolamentos auto-regene-
rativos caso a máxima tensão de suportabilidade dos mesmos seja excedida.
3. Diga o que significa índice ceráunico, curvas isoceráunicas e mapa isoceráunico.
4. Descreva de modo sucinto os sistemas de aterramento usados em prédios, usinas,
subestações e linhas de transmissão.
5. Cite os principais cuidados que se deve ter em reação ao cabo de descida dos para-raios.
6. Diga o que são e para que servem os cabos OPGW (Optical Ground Wire).
7. Cite as vantagens e desvantagens dos para-raios tipo haste, de carboneto de silício e de óxido
de zinco.
8. Explique de modo sucinto o que é coordenação de isolamento.
9. O que é nível básico de Isolamento (NBI)?
10. Cite as causas e características das sobretensões de manobra.
11. Explique o que é tensão de restabelecimento transitória e descreva de modo sucinto as suas
formas de solicitação sobre o meio de extinção do arco de um disjuntor.
12. Explique o que é corrente subsequente, a qual surge durante o processo de interrupção de
corrente por um disjuntor.
13. Explique o que é defeito quilométrico. Por que ele pode provocar solicitações dielétricas
mais intensas que um defeito próximo ao disjuntor?
14. Explique as consequências da abertura não simultânea das fases em um disjuntor num
circuito trifásico.
15. Explique o que é TCTRT e cite as quatro formas de definição dessa grandeza.
16. Explique o que são chopping currents e diga por que elas podem causar grandes estresses
no meio dielétrico de um disjuntor.
17. Descreva as principais formas de atenuação das sobretensões de manobra.
18. Como as sobretensões de manobra ocorrem nas subestações isoladas a SF6?
19. Cite as causas e características das sobretensões sustentadas.
20. Na especificação de um para-raios, cite a precaução a ser tomada em relação às sobre-
tensões sustentadas.
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21. O que são faltas intermitentes (arcing faults ou arcing grounds), em inglês?
22. Em relação à forma de aterramento do neutro, como operam os geradores e os sistemas de
distribuição de concessionárias e os sistemas industriais?
23. O que é fator de aterramento num sistema trifásico?
24. Descreva o que ocorre quando um gerador perde carga subitamente. Qual a forma de
atenuar os efeitos decorrentes?
25. O que é efeito Ferranti? Em que caso o mesmo ocorre de forma mais pronunciada? O que
normalmente é feito para evita-lo?
27. O que é ferroressonância?
28. Quais as principais causas e consequências da ferroressonância?
29. Quais as principais formas de prevenção e mitigação da ferroressonância?
30. Comente acerca da susceptibilidade do fenômeno de ressonância linear nos sistemas de
distribuição de concessionárias e de indústrias.

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Simulações Computacionais

As simulações a seguir devem ser realizadas através do Simscape / Matlab. Os resultados


obtidos devem ser analisados e comentados.
O script a seguir, em linguagem Matlab, fornece arquivos dos sinais de tensão em formato
.dat, além de permitir o traçado dos oscilogramas mediante o citado aplicativo. Em todas as
simulações, o aluno deverá usar esse script como modelo para apresentar os gráficos das
formas de onda obtidas.

1. Considere o circuito da Fig. 1, o qual representa o equivalente monofásico de um sistema


trifásico de 138 kV. O fenômeno a ser analisado é a interrupção de corrente provocada por
um curto-circuito trifásico nos terminais do disjuntor. Os dados do circuito são os seguintes:
▪ Um = 112,7 kV,  = - 90o (tensão de pico e ângulo de fase da tensão de Thévenin do sistema
alimentador).
▪ R = 0,8 Ω, L = 12,6 mH (resistência e indutância de Thévenin).

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▪ C = 1 µF (capacitância distribuída total do sistema).


▪ Tempo transcorrido para a abertura do disjuntor: 2 ms.
▪ Tempo total de simulação: 0,2 s.

2. Considere o circuito da Fig. 2, o qual representa o equivalente monofásico de um sistema


trifásico de 230 kV. O fenômeno a ser analisado é a interrupção de corrente provocada por
um curto-circuito trifásico a curta distância do disjuntor (defeito quilométrico). Os dados do
circuito e da simulação são os seguintes:
▪ Um = 187,8 kV,  = - 90o (tensão de pico e ângulo de fase da tensão de Thévenin do sistema
alimentador).
▪ R1 = 0,28 Ω, L = 19,5 mH (resistência e indutância de Thévenin do sistema alimentador).
▪ C1 = 8 µF (capacitância distribuída da seção 1 do sistema).
▪ R2 = 0, 06 Ω, L2 = 1,59 mH (resistência e indutância do trecho de linha).
▪ C2 = 24 nF (capacitância distribuída do trecho de linha).
▪ Tempo transcorrido para a abertura do disjuntor: 0,02 ms.
▪ Tempo total de simulação: 20 ms.

3. O circuito da Fig. 3 ilustra o processo de energização de uma linha de 230 kV e 100 km de


comprimento, a qual é solicitada por uma sobretensão causada por energização realizada
mediante chaveamento do disjuntor no lado de baixa tensão do transformador de 100 MVA,
69 /230 kV, o qual é do tipo núcleo de três colunas, com o primário ligado em delta e o
secundário em estrela com neutro solidamente aterrado, com curva de magnetização linear
(representada sem saturação). Os dados do circuito e da simulação são os seguintes:
▪ U = 69 kV,  = 0o (tensão RMS fase-fase e ângulo de fase da tensão de Thévenin do sistema
alimentador).
▪ RT = 0,18 Ω, XT = j 2,64 Ω (resistência e reatância de Thévenin do sistema alimentador).
▪ R1 = 0,098 Ω/km, X1 = 0,510 Ω/km, Y1 = 3,252 µS/km (resistência, reatância e admitância de
sequência positiva da linha, por km).
▪ R0 = 0,532 Ω/km, X0 = 1,541 Ω/km, Y0 = 2,293 µS/km (resistência, reatância e admitância de
sequência zero da linha, por km).
▪ Rp = 0,01523 pu, Lp = 0,1977 pu (resistência e indutância do enrolamento primário do
transformador).
▪ Rs = 0,00508 pu, Ls = 0,0659 pu (resistência e indutância do enrolamento secundário do
transformador).
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▪ Rm = 636,7 pu (resistência de perdas no núcleo de ferro do transformador).


▪ L0 = 0,5 pu (indutância de sequência zero do caminho de retorno do fluxo no núcleo).
▪ [ 0,0; 0.0739, 0.1309; 7.5889, 13.44 ] (conjunto de ordenadas da curva de magnetização
linear, em termos de valores de pico de corrente e fluxo, expressas em pu).
▪ ts = 16,67 ms, Ron = 0,01 Ω, Rsn = 1 MΩ, Csn = ∞ (tempo de chaveamento do disjuntor,
resistência dos contatos, resistência e capacitância do snubber).
▪ Tempo total de simulação: 0,3 s.

4. Repetir a simulação do item anterior, considerando agora a curva de magnetização saturável


descrita pelas coordenadas fornecidas a seguir (corrente excitação de pico – fluxo de enlace
de pico), em (pu).
[ 0, 0; 0.0739, 0.1309; 0.0983, 0.1964; 0.1205, 0.2618; 0.1405, 0.3273; 0.1597, 0.3928;
0.1767, 0.4582; 0.1938, 0.5237; 0.2093, 0.5891; 0.2248, 0.6546; 0.2404, 0.7200; 0,2589,
0.7855; 0.2885, 0.8510; 0.3395, 0.9164; 0.4282, 0.9819; 0.6177, 1.0473; 1.1673, 1.1128;
3.5766, 1.1783; 7.5889, 1.2110 ]

5. No circuito da Fig. 4 é mostrado um trecho de 300 m de comprimento de uma linha de


distribuição de 75 kVA, 13,8 kV/220 V, no extremo receptor da qual acha se instalado um
transformador trifásico ligado em delta-estrela com neutro aterrado e com secundário em
vazio. É suposta a abertura da fase a, o que ocasiona o fenômeno de ferroressonância. O
sistema alimentador de 13,8 kV possui potência de curto-circuito de 800 MVA e relação X/R
(reatância/resistência de Thévenin) igual a 7. Os demais dados do sistema e da simulação
são os seguintes:
▪ R1 = 0,6726 Ω/km, X1 = 0,1793 Ω/km, C1 = 0,224e-6 µF/km (resistência, reatância e
capacitância de sequência positiva da linha, por km).
▪ R0 = 1,6793 Ω/km, X0 = 0,6332 Ω/km, C0 = 0,124 µF/km (resistência, reatância e capacitância
de sequência zero da linha, por km).
▪ Rp = 59.417 Ω, Lp = 0,31673 H (resistência e indutância do enrolamento primário do
transformador).
▪ Rs = 0,0053 Ω, Ls = 2,68 x 10-5 H (resistência e indutância do enrolamento secundário do
transformador).
▪ Rm = 2 x 106 Ω (resistência de perdas no núcleo).
▪ L0 = 10,103 H (indutância de sequência zero do caminho de retorno do fluxo no núcleo).

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▪ Conjunto de ordenadas da curva de magnetização linear, em termos de valores de pico de


corrente e fluxo, expressas em A e V.s, respectivamente: [ 0, 0; 0.0038199, 36.29; 0.01515,
41.93; 0.029709, 46.95; 0.0589, 51.918; 0.11395, 56.94; 0.2374, 62.588 ].
▪ ts = 33,33 ms, Ron = 0,01 Ω, (tempo de abertura da fase a do disjuntor e resistência dos
contatos). Sem resistência e capacitância de snubber).
▪ Tempo total de simulação: 0,3 s.

6. Repetir a simulação do item anterior, considerando agora a abertura das fases a e b.

7. O circuito da Fig. 6 refere-se ao exemplo apresentado na apostila Distúrbio de Tensão em


Redes Elétricas (item 5.6 – Ferroressonância – Um Estudo de Caso). O mesmo trata de uma
situação de ferroressonância ocasionada pela abertura de um disjuntor próximo a três
transformadores de potencial indutivo de 75 VA, 230/√3 kV / 115 V, ligados em estre-
la/estrela, com neutros aterrados, numa subestação de 230 kV. Neste caso, é constatado
que é possível obter resultados realísticos mediante representação do sistema por um
circuito monofásico equivalente. Os dados do circuito e da simulação são os seguintes:
▪ Um = 187,8 kV,  = - 90o (tensão de pico e ângulo de fase da tensão de Thévenin do sistema
alimentador).
▪ R = 0,115 Ω, L = 8,75 mH (resistência e indutância de Thévenin do sistema alimentador).
▪ C1 = 1,2 nF (capacitância de equalização equivalente do disjuntor).
▪ C2 = 3,5 nF (capacitância distribuída total do sistema).
▪ Rp = 6920,4 Ω, Lp  0 (resistência e indutância do enrolamento primário do TPI).
▪ Rs = 5,77 Ω, Ls =  0 (resistência e indutância do enrolamento secundário do TPI).
▪ R2 = 163,2 Ω, L2 = 0,268 H (resistência e indutância da carga no secundário do TPI).
▪ Conjunto de ordenadas da curva de saturação do TPI, em termos de valores de pico de
corrente e fluxo, expressos em A e V.s, respectivamente: [0, 0; 0.006, 300; 0.02, 500; 0.05,
590; 0.1, 650; 0.18, 680; 0.3, 700; 0.6, 728; 1, 745; 1.5, 760; 2, 770; 3, 785; 4, 798; 6, 815; 10,
835; 20, 863].
▪ Resistência de perdas no núcleo Rm = 157 x 106 Ω.
▪ ts = 33,33 ms, Ron = 0,01 Ω, (tempo de abertura do disjuntor, resistência dos contatos). Sem
resistência e capacitância de snubber).
▪ Tempo total de simulação: 0,4 s.

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Figuras

Fig. 1. Circuito referente à simulação 1.

Fig. 2. Circuito referente à simulação 2.

Fig. 3. Circuito referente às simulações 3 e 4.


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Fig. 4. Circuito referente às simulações 5 e 6.

Fig. 5. Circuito referente à simulação 7.

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