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TFG Casa PDF
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CASA PALETE
PROJETO RESIDENCIAL FLEXÍVEL
COM SISTEMA CONSTRUTIVO
ALTERNATIVO
Arquiteto e Urbanista.
Natal/RN
2014.2
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais e familiares por ajudarem de alguma forma na conclusão dessa etapa da
vida.
Ao meu orientador Professor Marcelo Tinoco pela sua paciência, entusiasmo e suas
ideias criativas nos momentos difíceis.
Aos amigos e colegas de curso que me acompanharam nos croquis e nas risadas
durante esse longo trajeto.
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RESUMO
4
LISTA DE FIGURAS
5
Figura 31. Interior da Casa Nua.....................................................................................36
Figura 32. Exterior da Casa Nua.....................................................................................36
Figura 33. Primeira proposta..........................................................................................38
Figura 34. Segunda proposta..........................................................................................38
Figura 35. Esboço da terceira proposta..........................................................................39
Figura 36. Estudos de flexibilidade.................................................................................39
Figura 37. Volumetria da terceira proposta...................................................................40
Figura 38. Planta baixa da terceira proposta..................................................................40
Figura 39. Volumetria da quarta proposta.....................................................................41
Figura 40. Planta baixa da quarta proposta....................................................................41
Figura 41. Maquete física do módulo.............................................................................42
Figura 42. Expansibilidade através da combinação dos blocos......................................43
Figura 43. Inserção de outros componentes construtivos.............................................44
Figura 44. Adaptabilidade através de painéis móveis....................................................45
Figura 45. Movimentação dos painéis pivotantes..........................................................45
Figura 46. Fundação.......................................................................................................46
Figura 47. Painel Wall da Eternit....................................................................................47
Figura 48. Aplicações dos painéis Wall...........................................................................47
Figura 49. Instalação da placa cimentícia.......................................................................48
Figura 50. Perfis metálicos utilizados na junção dos painéis..........................................49
Figura 51. Processo de montagem do painel..................................................................50
Figura 52. Painel fixo......................................................................................................50
Figura 53. Estrutura interna do painel móvel.................................................................51
Figura 54. Tipo de tirante utilizado no projeto...............................................................51
Figura 55. Painel pivotante central.................................................................................51
Figura 56. Pino pivotante com capacidade de 150 kg....................................................51
Figura 57. Painel porta....................................................................................................52
Figura 58. Detalhe da dobradiça lida ao palete..............................................................52
Figura 59. Painel janela...................................................................................................52
Figura 60. Painel de OSB.................................................................................................53
Figura 61. Lã de PETISOSOFT..........................................................................................54
Figura 62. Aplicação de Osmocolor Stain na madeira....................................................55
6
Figura 63. Cobertura com telha termoacustica..............................................................56
Figura 64. Dimensões da telha.......................................................................................56
Figura 65. Localização do bairro de Tiro, Natal/ RN.......................................................57
Figura 66. Localização do terreno no bairro de Tirol......................................................57
Figura 67. Vista de topo com as curvas de níveis e dimensões do terreno................58
Figura 68. Maquete topográfica do terreno...................................................................58
Figura 69. Vistas do terreno e do entorno....................................................................59
Figura 70. Mapa da Zona de gabarito.............................................................................60
Figura 71. Quadro do controle de gabarito....................................................................61
Figura 72. Quadro de áreas mínimas..............................................................................62
Figura 73. Dimensionamentos dos ambientes...............................................................62
Figura 74. Zoneamento...................................................................................................63
Figura 75. Direção dos ventos predominantes...............................................................63
Figura 76. Vista 01..........................................................................................................64
Figura 77. Vista 02..........................................................................................................64
Figura 78. Escritório........................................................................................................65
Figura 79. Sala de Estar/Jantar.......................................................................................65
Figura 80. Vista 03..........................................................................................................66
Figura 81. Vista 04..........................................................................................................66
Figura 82. Vista 05..........................................................................................................67
Figura 83. Vista 06..........................................................................................................67
Figura 84 .Vista 07..........................................................................................................68
LISTA DE TABELAS
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................................10
ARQUITETURA FLEXÍVEL................................................................................................23
Palettenhaus..............................................................................................................28
Estudos Gráficos........................................................................................................38
CONCEITO – FLEXIBILIDADE...........................................................................................43
Expansibilidade do edifício........................................................................................43
Adaptabilidade...........................................................................................................45
Estruturas...................................................................................................................46
Vedações....................................................................................................................49
Cobertura...................................................................................................................55
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PROGRAMA
Análise do terreno.....................................................................................................57
Condicionantes legais................................................................................................60
Programa de necessidades........................................................................................61
Pré-dimensionamento...............................................................................................62
Condições climáticas..................................................................................................63
PERSPECTIVAS................................................................................................................64
CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................69
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................70
ANEXOS..........................................................................................................................72
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INTRODUÇÃO
Os danos gerados pela prática da construção civil tradicional, seu processo produtivo
ineficiente e ultrapassado são descomunais. O consumo descontrolado de material
construtivo por não haver uma integração, uma compatibilização com os demais
elementos que o compõe o sistema construtivo, ocasiona no desperdício do material,
que acaba gerando uma quantidade enorme de resíduos. Os Resíduos sólidos gerados
na construção civil são os mais variados como tijolo danificado, restos de argamassa,
embalagens plásticas, papel, ferragem, terra, pedaços de madeiras, entre outros. Todo
este material sem um destino certo, jogados em lixões, em vias públicas, em rios
provocando diversos danos. Dessa forma, torna-se necessário o desenvolvimento de
práticas na construção civil mais adequadas aos princípios sustentáveis, que causem
menos danos ambientais, na adoção de métodos mais conscientes e alternativos,
utilizando materiais e técnicas construtivas novas.
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IMPACTO AMBIENTAL E CONSTRUÇÃO CIVIL
Um dos maiores problemas atuais em relação à construção civil diz respeito aos
impactos ambientais. Caracterizada como um dos setores que mais consomem
recursos naturais e geram grandes quantidades de resíduos, desde a produção dos
insumos utilizados até a execução da obra e a sua utilização.
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nem todo esse material é aplicado. Na atual conjuntura torna-se necessário propor
fontes alternativas com menos impactos ambientais, que apresentem resultados mais
satisfatórios em beneficio do usuário e ao meio ambiente. O uso de matérias não
convencionais na construção civil representa uma alternativa em substituição dos
métodos tradicionais como tijolo e concreto, por proporcionarem rapidez na execução,
salubridade e mínimo desperdício de materiais.
A casa projetada pelo escritório Poteet Architects localizada no Texas, EUA, foi
instalada em um container. O custo foi de 15% menor em comparação com uma
edificação tradicional e de baixo impacto ambiental. O projeto utilizou um container
marítimo em desuso, havendo a economia de recursos naturais que não foram
utilizados na construção da habitação como: areia, tijolo, cimento e água.
Reaproveitamento deste material para a construção de residências tem se tornado
mais simples com o desenvolvimento de novas tecnologias.
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Com tubos de papelão reciclado o arquiteto Shigeru Ban projetou uma casa de três
andares, no alto de uma montanha. Sobre os alicerces de uma antiga construção, a
casa combina tubos de papelão com tubos transparentes, proporcionando a entrada
de luz natural no ambiente interno. Além disso, os tubos podem ser trocados em caso
de danos. Os tubos foram utilizados tanto na vedação quanto na parte estrutural cujo
desempenho é comparado ao do bambu.
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Figura 04 – Orfanato de bambu.
Fonte: http://www.projetocontem.com.br
15
Caracterizada por uma plataforma de madeira na posição horizontal, sobre ela é
condicionada a carga para os devidos fins.
No Brasil, segundo um levantamento feito pela Associação Brasileira de
Supermercados (ABRAS) e Grupo Palete de Distribuição (GPD) foram encontrados
inúmeros modelos diferentes de paletes. O que prejudicava a logística de
movimentação e armazenamento de produtos pelos supermercados. Ficou
comprovada a necessidade da padronização do palete.
O palete PBR foi então introduzido no Brasil em 1990 pela (ABRAS) e por entidades
que fazem parte do Comitê Permanente de Paletização (CPP) assessorados pelo (IPT-
USP) Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Universidade de São Paulo. Os paletes PBR
têm medidas padronizadas de 1000 mm x 1200 mm, possuem número de peças
(tábuas superiores, tábuas intermediárias, tocos e tábuas inferiores) com quantidades
e medidas padrão. É produzido em madeiras de reflorestamento (Pinus e Eucalipto).
Segundo a GPD a capacidade de peso do paletes PBR é 1200 Kgs.
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Os paletes usados em transporte de cargas facilmente encontrado em comércio
atacadista e empresas de transporte. Após perderem a sua função original, são
descartados em aterros. Diante desta situação arquitetos e designers vêm
desenvolvendo novas funções para o reaproveitamento do material. A estrutura de
madeira transformou-se em matéria-prima para a confecção de diversas peças de
design.
O grupo francês Doobi utilizou paletes reciclados para a criação de mesa de centro
pintada a mão, com espaços para guardar revistas. A designer inglesa Nina Tolstrup, do
Studiomama, desenvolveu luminárias, pêndulos e cadeiras com paletes de madeira
reciclados.
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Figura 09 – Sofá feito com paletes.
Fonte: http://maispaletes.com/sofas-de-pallets-e-com-bracos/
18
As peças de madeiras também estão sendo usadas na arquitetura. O arquiteto alemão
Matthias Loebermann projetou em 2005 um pavilhão usando 1300 paletes
empilhados. A construção tem 8 metros de altura, 8 de largura e 18 de comprimento.
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A fachada da residência estudantil em Paris é composta de paletes. O arquiteto francês
Stephane Malka desenvolveu a fachada modular composta por centenas de paletes
unidos por dobradiças que lhe permitem se dobrar e articular.
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O escritório de arquitetura holandês Most Architecture criou um projeto para a
agência de publicidade Brandbase. O projeto era temporário e deveria ocupar a nova
sede da agência holandesa, com 245 metros quadrados. Para facilitar a composição do
layout e a mudança do ambiente no futuro, foram usados paletes de madeira
reciclados.
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Modulação como estratégia de projeto
A modulação contribui para a racionalização do processo construtivo, pois, garante
flexibilidade de combinação de elementos, além de contribuir para uma precisão
maior na definição e alcance de medidas. Também contribui para o aumento da
repetição de componentes e para a produção em série, já que, ao fixar uma medida
básica da qual as demais devem ser múltiplo ou mesmo submúltiplo, limita as
variações dimensionais para um mesmo elemento construtivo, eliminando assim o
desperdício de material.
Segundos dados estudos realizados por Yeang (apud, GREVEN & BALDAUF), que faz um
balanço dos insumos e produtos da construção civil, 40% das matérias-primas (por
peso) do mundo são usadas na construção de edificações a cada ano; 36% a 45% do
insumo de energia de uma nação é usado nas edificações e 20% a 26% do lixo de
aterros vem das construções.
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ARQUITETURA FLEXÍVEL
O diferencial do edifício flexível é definido por qualidades físicas que permitam uma
variação da sua configuração espacial (lay-out) ou por diversas maneiras de se
apropriar de um ambiente. Estas características podem ser elementos tais quais
divisórias móveis, portas de correr, paredes leves, detalhes como hierarquia e
geometria dos espaços, localização das aberturas e posicionamento do lote.
(DIGIACOMO, 2004, p. 17)
A arquitetura moderna e sua forma de projetar, a independências dos elementos que
compõe a obras arquitetônicas, e outras características geraram diversas
possibilidades de aplicação da flexibilidade. A associação da arquitetura moderna com
o conceito de flexibilidade é presente, em particular nos anos 20. Época que os
arquitetos modernos foram questionados de que forma a arquitetura se adequa as
mudanças que surgem ao longo da vida. (WEINSCHENCK, 2012)
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5. Mobiliário como divisória – O mobiliário se confunde com a parede e torna-se
polifuncional. O mesmo móvel utilizado na separação dos espaços, criando privacidade
e servindo como local para guardar diferentes objetos.
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Para uma melhor compreensão dos tipos de flexibilidades, serão apresentados alguns
exemplos de habitações flexíveis que utilizam os métodos citados. O arquiteto Steven
Holl desenvolveu na cidade de Fukuoka, Japão um edifício de apartamentos que
emprega o conceito de flexibilidade. Na edificação as divisórias podem ser
manipuladas pelos moradores estabelecendo configurações espaciais distintas em
relação ao dia e a noite, necessidade como isolar ou o integrar um ambiente.
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O projeto de Helmut Wimmar, em Viena, a flexibilidade é aplicada através da
associação de operadores ativos de divisão do ambiente interno, a organização central
das áreas molhadas, dos acessos e a ausência de componentes estruturais. A habitação
é caracterizada por quatro ambientes iguais de 16 m², agrupados entorno de um
núcleo fixo que contém o acesso a habitação e a área de serviço. A configuração
espacial da unidade vai depender das necessidades dos usuários. Com o auxílio de
páineis deslizantes a flexibilidade é permanente, de forma rápida e econômica a
habitação de adequa as mudanças surgidas.
26
27
Os estudos de referencias apresentados foram utilizados como influência na
concepção da proposta arquitetônica. Os projetos arquitetônicos escolhidos
apresentam características semelhantes com tema proposto, como a adoção de
sistema construtivo alternativo, a flexibilidade e suas estratégias, a estética e a forma.
Assim os projetos escolhidos foram a Palettenhaus dos estudantes Gregor Pils e
Andreas Claus Schnetzer, a Península House do arquiteto Sean Godsell e a Casa Nua do
arquiteto Shigeru Ban.
Palettenhaus
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Foram utilizados 800 paletes do tipo Euro-pallet (80 cm x 120 cm). Duas camadas de
paletes servem como as paredes da casa. Entre as paredes duplas passariam os apoios
estruturais, isolamento térmico e acústico, sistema hidráulico e elétrico entre as
camadas. Segundos os estudantes austríacos os espaços vazados podem ser
preenchidos com os mais diversos tipos de matérias isolantes, como celulose reciclada,
spray de espuma, ou palha. As janelas são instaladas nas laterais, e as duas
extremidades têm fachadas de vidro com uma porta deslizante. As divisões internas
também são divididas com paredes de palete. A casa foi projetada para ter um
aquecimento e um esfriamento de baixa demanda. A água da chuva é recolhida do
telhado para ser reaproveitada. O tempo de construção foi de apenas três dias e o uso
de poucas ferramentas.
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Figura 22 – Vista interna da Palettenhaus.
Fonte: http://www.designboom.com
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Peninsula House
Localizada na cidade de Sorrento na península de Mornington, à 120 km de
Melbourne, Austrália, essa residência situa-se em uma mata relativamente intocada
próxima à praia, acomodando-se em 2 níveis no terreno.
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Figura 25 – Flexibilidade da fachada.
Fonte: http://europaconcorsi.com
32
Figura 26– Interior da Península House
Fonte: http://europaconcorsi.com
33
Casa Nua
Casa Nua foi projetada pelo arquiteto japonês Shigeru Ban, em Kawagoe, cidade a
cerca de 30 minutos de Tóquio. O arquiteto construiu a casa para uma família de cinco
pessoas: um casal, dois filhos e uma avó. Os donos queriam um espaço onde todos
pudessem conviver livremente, sem separações, aprofundar os laços familiares. Ban
resolveu o problema desenhando uma construção linear sem paredes.
Os quartos são "caixotes" de madeira sobre trilhos com dimensões que variam de 5m²
e 7m². Cada volume que podem ir mudando de lugar, de acordo com o desejo da
família. Os cômodos fixos, como banheiros e cozinha, são protegidos por cortinas ou
portas leves, de correr.
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Figura 29 – Planta Baixa da Casa Nua.
Fonte: http://www.shigerubanarchitects.com/
35
Figura 31 – Interior da Casa Nua.
Fonte: http://www.shigerubanarchitects.com/
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37
O PALETE COMO ELEMENTO PRINCIPAL DA MODULAÇÃO E
DEFINIDOR DOS ELEMENTOS DE VEDAÇÃO
O projeto da Casa Palete foi elaborado a partir das dimensões do palete (1,20 m e 1,00
m), ficando assim estabelecido a modulação base. E através deste módulo foram
definidas as escolhas dos materiais e o sistema construtivo adotado.
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A terceira proposta apresenta um partido em forma de um cubo retangular. As
fachadas maiores seriam flexíveis, os painéis presente em toda a fachada girariam
sobre seus eixos.
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A proposta foi descartada, pois o partido ficou com aspecto estetico pesado, fugindo
da leveza que o palete apresenta. Além disso, devido a forma compacta do projeto
prejudicava a ventilação cruzada, dificultava a permeabilidade aos ambientes.
40
A quarta proposta, o partido mais longilíneo e estreito, esteticamente causa uma
sensação de leveza, além disso, os dois blocos lineares desalinhados possibilitam uma
melhor aplicação da flexibilidade aos ambientes, assim como favorece a ventilação
cruzada.
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forma da casa não agradava esteticamente, continuava “pesada”. Então, optou-se por
descartar a proposta e desenvolver outra. E daí surgiu a quinta e defenitiva proposta.
42
CONCEITO – FLEXIBILIDADE
Expansibilidade do edifício
A expansibilidade corresponde a uma estratégia de ampliação do espaço através do
acréscimo de blocos independentes modulados, na junção do bloco com o restante
ocorre a integração com o corpo homogêneo do edifício, consequentemente, ocorre a
mudança na configuração do edifício. Jorge (2012) classifica como ampliação exógena,
que seria a ampliação de organismos com a interferência na fisionomia do edifício.
Representa o acréscimo de corpos autônomos ou a extrusão das geometrias
existentes, com alteração nos limites da habitação.
43
Modulação do sistema construtivo
Por ser um projeto caracterizado como um sistema construtivo aberto cria a
possibilidade de mudança de componentes construtivos. Através da substituição de
dos módulos de palete por outros tipos de elementos que se encaixem na modulação
definida, como esquadrias, vidros, painéis e entre outros.
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Adaptabilidade
A possibilidade de adequação de usos no interior da unidade com o auxílio de painéis
móveis. Os ambientes internos são delimitados por painéis pivotantes, e manualmente
é possível a movimentação dos mesmos permitindo usar os espaços de diferentes
maneiras. A flexibilidade aplicada através desses elementos móveis possibilitam a
integração dos ambientes ou parte deles, ampliação de uma área ou subdividi-la para
criar um novo espaço, um novo uso.
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SISTEMA CONSTRUTIVO E MATERIAIS UTILIZADOS
Estruturas
Fundação
A habitação vai ser suspensa do solo para evitar contato direto da madeira e da
estrutura metálica com a umidade do solo. A fundação terá base de concreto e a
conexão com o perfil metálico será realizada através de uma chapa metálica com
auxílio de parafusos.
Figura 46 – Fundação.
Fonte: Arquivo pessoal
46
Piso
Para o piso optou-se pela placa cimentícia Wall, fabricada pela empresa Eternit®. De
acordo com as especificações técnicas, o produto é composto de miolo de madeira
laminada ou sarrafeada, contraplacando em ambas as faces por lâminas de madeira e
externamente por placas cimentícias em CRFS (Cimento Reforçado com Fio Sintético)
prensadas.
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Tabela 01 – Dimensões dos painéis Wall.
Fonte: Catálogo Técnico – Sistemas Construtivos ETERNIT
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Pilares e vigas
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elaborado apresenta 3,00 m de altura e 1,20 m de largura. Os painéis foram divididos
em dois tipos: painéis fixos e painéis móveis.
Painéis fixos
Os painéis fixos tem a função de fechamento, não possuem estrutura interna sendo
apenas parafusados nos perfis “T” pela parte interna da casa.
Painéis móveis
Os painéis móveis foram divididos em três tipos: o painel pivotante central, o painel
porta e o painel janela. Para haver a movimentação dos painéis foi criado um sistema
de tirantes com a função de estabilização, eles estariam conectados uns ao outros
através de chapas metálicas.
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Figura 53 – Estrutura interna do painel móvel. Figura 54 – Tipo de tirante utilizado no projeto.
Fonte: Arquivo pessoal Fonte: http://www.owa.com.br/
O painel pivotante central além dos tirantes na estrutura interna haverá também o
pino pivotante responsável pelo giro do painel, sua instalação deve ser feita na
parte superior e inferior do painel e anexados a estrutura da casa. O painel não é
utilizado como porta e sim como elemento controlador de ventos, iluminação solar
e integração com a área externa.
Figura 55 – Painel pivotante central. Figura 56 – Pino pivotante com capacidade de 150kg.
Fonte: Arquivo pessoal Fonte: http://www.virtualinox.com.br/
51
b. Painel porta
Para a elaboração do painel porta foram fixadas dobradiças em todo o painel para
possibilitar o giro. As dobradiças serão fixadas no palete no local aonde apresente o
bloco de madeira interno.
c. Painel janela
Para o painel janela o palete superior e inferior estarão fixados nos perfis metálicos “T”
por parafusos, e o palete central estará fixado às dobradiças ligadas ao perfil “T”. Com
esse sistema cria a possibilidade do giro do módulo central.
52
Tratamento dos painéis
Outros elementos foram adicionados aos painéis para um melhor funcionamento. A
vedação será feita através de painéis de OSB. Os painéis de OSB seriam cortados e
inseridos na parte interna do palete, o elemento seria utilizado também no
acabamento interno do painel, apenas nas áreas molhadas o acabamento interno será
com placa cimentícia da Eternit.
O OSB utilizado será da linha LP OSB Home Plus Estrutural, uma placa estrutural,
utilizada para contraventamento e fechamento externo e interno de paredes,
coberturas e lajes no Sistema CES, Construção Energitérmica Sustentável (Steel Frame
e Wood Frame).De acorco com as especificações técnicas, o material apresenta nas
camadas externas, resinas fenólicas e, nas internas, MDI, que garantem alta adesão
interna das tiras e uma resistência adequada para aplicações em ambientes externos.
As bordas são seladas nas cores laranja e amarela oque garante resistência à umidade.
Além disso, recebe aditivos a base de ciflutrina, inofensivo para o ser humano, e que
protege contra o ataque de cupins.
53
No isolamento acústico será utilizada a lã de PET ISOSOFT WALL fabricada pela
empresa Trisoft. De acordo com as especificações técnicas a lã pode ficar em contato
com a umidade sem mofar, sem deteriorar e sem perder suas propriedades. Disponível
em placa e manta. Desenvolvida como tratamento térmico e acústico em sistemas
drywall de paredes com placas de gesso/ cimentícia e construções a seco em steel
frame e wood frame.
54
Na preservação da madeira conta ações externas será utilizado o stain da linha
Osmocolor Stain fabricado pela Montana, além de desempenhar função fungicida,
protegendo as fibras da madeira contra fungos na superfície do acabamento.
Cobertura
A casa possui cobertura do tipo borboleta em dois trechos e nos outros trechos
apresentam o tipo uma água. Será utilizada a telha termoacústica ETERNIT® tipo
“sanduíche”, que é composta de duas placas de aço galvanizado de perfil trapezoidal e
miolo de EPS (poliestireno expandido).
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Figura 63 – Cobertura com telha termoacústica.
Fonte: Arquivo pessoal
56
PROGRAMA
Análise do terreno
O terreno escolhido está localizado no bairro de Tirol, na Região Administrativa Leste
da cidade de Natal/RN, e tem como limites o bairro de Petrópolis ao norte, o bairro de
Lagoa Nova ao Sul, ao leste o Parque das Dunas e o bairro de Cidade Alta ao Oeste.
57
da Silveira e a norte a R. Cel. Juventino Cabral. A topografia do terreno é praticamente
plana, em alguns pontos apresentam declividades, mas é irrelevante ao projeto.
58
Figura 69 – Vistas do terreno e do entorno.
Fonte: Acervo do autor
59
Condicionantes legais
O Plano Diretor de Natal define que os recuos mínimos para o lote sejam de 3,00 para
o recuo frontal e para lateral e fundos não são obrigatórios. O bairro de Tirol se insere
na Zona Adensável. Segundo ainda o PDN, o bairro corresponde a uma área sujeita a
Operação Urbana. De acordo com o Anexo I – Quadro 2, o bairro de Tirol está inserido
dentro da Área de Controle de Gabarito no entorno do Parque das Dunas. Segundo o
plano, as construções devem proteger o valor cênico e paisagístico, assegurar as
condições de bem estar e garantir a qualidade de vida e o equilíbrio climático da
cidade.
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Figura 71 – Quadro do controle de gabarito.
Fonte: Semurb
Programa de necessidades
O programa de necessidades não foi elaborado para nenhum cliente específico, pois o
objetivo deste trabalho não é esse, mas sim propor um método construtivo com
características racionais, buscando também a aplicação da flexibilidade. Como a casa é
constituída por divisórias móveis, os ambientes podem ter usos distintos dependendo
configuração destas divisórias. Então, foi estabelecido um programa de necessidades
dentre as possibilidades. A casa apresentaria dois quartos, escritório com acesso
independente, sala de estar/jantar, BWC, cozinha/área de serviço. A residência foi
zoneada em três áreas distintas: serviço, social e íntima.
61
Pré-dimensionamento
O pré-dimensionamento foi definido com base na modulação proposta pelos paletes,
ou seja, dimensões múltiplas de 1,20. Para o pré-dimensionamento foi consultado o
Código de Obras de Natal/RN com as dimensões mínimas permitidas.
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Condicionantes climáticos
Em relação a incidência solar dobre a edificação, buscou-se algumas estratégias. No
sentido Leste priorizou a disposição dos ambientes íntimos, no sentido Oeste priorizou
nesse sentido os ambientes de serviço como forma de proteção aos ambientes sociais.
Figura 74 – Zoneamento.
Fonte: Acervo do autor
63
PERSPECTIVAS
Figura 76 – Vista 01
Fonte: Acervo do autor
Figura 77 – Vista 02
Fonte: Acervo do autor
64
Figura 78 – Escritório
Fonte: Acervo do autor
65
Figura 80 – Vista 03
Fonte: Acervo do autor
Figura 81 – Vista 04
Fonte: Acervo do autor
66
Figura 82 – Vista 05
Fonte: Acervo do autor
Figura 83 – Vista 06
Fonte: Acervo do autor
67
Figura 84 – Vista 07.
Fonte: Acervo do autor
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
69
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A difícil arte de planejar. Tribuna do Norte, Natal, 23 de ago. 2008. Disponível em: <
http://tribunadonorte.com.br/noticia/a-dificil-arte-de-planejar/85354>. Acesso em: 10
de outubro de 2014.
ALBUQUERQUE, Karla Susanna Correia Cavalcanti de. Fachada flexível para casa
padronizada em condomínios. 2012. Dissertação de Mestrado Profissional em
Arquitetura, Projeto e Meio Ambiente do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura
e Urbanismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Acesso em: 15 de
setembro de 2014.
71
ANEXOS
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