Você está na página 1de 1

O plástico oxibiodegradável trata-se de um plástico com tecnologia desenvolvida na Inglaterra,

pela empresa Symphony Plastics, que, teoricamente, funciona da seguinte maneira: para que ele
degrade antes do plástico convencional, adiciona-se, na composição desse tipo de plástico,
aditivos anti-oxidantes e pró-oxidantes, que garantem a oxidação do plástico. Isto significa que a
sua decomposição no ambiente é acelerada: ao invés de 400 anos, o processo de degradação
dura, aproximadamente, 18 meses. (SPITZCOVSKY, 2010)

As poliolefinas (principal constituinte do plástico de sacolinhas) se constituem de extensas


cadeias entrelaçadas e cruzadas de hidrocarbonetos simples. Essas grandes cadeias
possuem pesos moleculares relativamente altos, ou seja pouco solúveis.

Como os hidrocarbonetos não ficam umedecidos na presença de água, temos aí um


problema, as sacolas não se degradam pela ação da chuva ou quando são lançadas em rios
e mares. Esse fator impede que as sacolas plásticas se degradem (sumam) no meio
ambiente. Para que ocorra o oxibiodegradação do plástico são necessárias as seguintes
etapas:

- O plástico fica passível de se fragmentar (degradar) através da reação com o oxigênio. O


catalisador acelera a oxidação do polímero, causando sua “quebra” em moléculas menores
que, diferentemente do polímero base, podem ser umedecidas por água.

- As moléculas oxidadas são biodegradadas por micro-organismos existentes na natureza e


então convertidas em dióxido de carbono, água e biomassa (fonte de energia).

(SOUZA, 2010)

A degradação desse plástico ainda gera polêmica, segundo algumas instituições e especialistas
o plástico oxibiodegradável é uma opção melhor que o plástico convencional, porém segundo
alguns fabricantes de plástico comum e especialistas o plástico oxibiodegradável não é um bom
substituinte do plástico convencional, chegando a ser pior que ele.

Especialistas acadêmicos dizem que substituir por esse plástico não é uma boa opção. “Na
natureza, nada se perde, tudo se transforma. Não existe mágica. O aditivo presente nas sacolas
oxibiodegradáveis apenas quebra as moléculas desse material plástico em milhares de
pedacinhos invisíveis a olho nu. Na verdade, o plástico ainda está lá, mas em uma estrutura
diferente”, salienta Eloísa Garcia, gerente do Grupo de Embalagens Plásticas e Meio Ambiente
do Cetea – Centro de Tecnologia de Embalagem de São Paulo. (SPITZCOVSKY, 2010)

Para o professor de Engenharia Ambiental da Escola Politécnica da UFRJ – Universidade


Federal do Rio de Janeiro, Haroldo Mattos de Lemos, a conclusão é óbvia: “Substituímos uma
poluição visível – ou seja, as sacolinhas plásticas convencionais – por uma outra, que também é
danosa ao meio ambiente, só que invisível e, portanto, mais difícil de combater: o ‘farelo
plástico’. Ou seja, além de não resolver o problema, pioramos a situação”,
afirma. (SPITZCOVSKY, 2010)
A solução, segundo os pesquisadores, não está em substituir as sacolinhas por sacolas
oxibiodegradáveis, está na educação ambiental, em consumir conscientemente, usar menos sacolas
e reciclar.

SPITZCOVSKY, D. “O plástico oxibiodegradável é uma boa opção?” Planeta Sustentável. Disponível


em: < http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/desenvolvimento/plastico-oxibiodegradavel-uso-
sacola-plastica-descartavel-546601.shtml> Acesso em: 01/03/2016

SOUZA, L. A. "Plástico oxibiodegradável"; Brasil Escola. Disponível em


<http://brasilescola.uol.com.br/quimica/plastico-oxibiodegradavel.htm>. Acesso em 2

Você também pode gostar