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ESTRUTURAS DE AÇO E
PROTEÇÃO CONTRA O FOGO
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INTRODUÇÃO
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►► Saídas de emergência
►► Controle de fumaça
A compartimentação pode ser horizontal, quando se dedica a ►► Enclausuramento das escadas por meio de paredes e
impedir a propagação do incêndio entre ambientes do mesmo portas corta-fogo
pavimento. Nesse caso, utiliza dispositivos como:
►► Registros corta-fogo em dutos que intercomunicam os
pavimentos
►► Paredes e portas corta-fogo instaladas nos pontos em que
os cômodos se comunicam
►► Condições de exposição ao fogo - elemento estrutural isolado, integrado com parede, misto aço-concreto
►► Cenário do incêndio real - quantidade e distribuição da carga de incêndio, ventilação, elementos de vedação
►► Medidas de segurança contra incêndio - chuveiros automáticos, detecção de calor ou de fumaça, brigada contra incêndio
►► Aspectos relacionados ao combate - acessibilidade, fachadas de aproximação, qualidade do corpo de bombeiro ou brigada
(1) “Resistência ao Fogo das Estruturas de Aço”, de Mauri Resende Vargas e Valdir Pignatta e Silva, publicado pelo CBCA (Centro Brasileiro da Construção em Aço).
PARTE 2
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Podem ser secas (à base de lã de Com maior resistência mecânica, são São aplicadas somente em situações
rocha) ou úmidas (à base de gesso indicadas para edificações com mais de especiais, em obras externas.
e de fibras/vermiculita). São as mais 150 m de altura e são mais utilizadas no
utilizadas no Brasil. Hemisfério Norte.
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TINTA INTUMESCENTE
São revestimentos especiais para estruturas metálicas que
oferecem proteção passiva contra a ação do fogo. São
inertes em baixas temperaturas, mas proporcionam isolação
térmica através da intumescência (aumento de volume), que
ocorre em temperaturas de aproximadamente 230°C.
(2) Adaptado de “Resistência ao fogo das estruturas de aço” de Mauri Resende Vargas e Valdir Pignatta e Silva, publicado pelo CBCA (Centro Brasileiro da Construção em Aço)
AÇO PARCIALMENTE PROTEGIDO 14
Em alguns casos, é possível reduzir a espessura dos revestimentos de proteção térmica (tintas, argamassas)
ou mesmo dispensar por completo essa proteção. Para isso destacamos três soluções (3):
Pilares preenchidos com blocos Pilares preenchidos com concreto Vigas com cantoneiras presas à alma
Consiste no uso de blocos de concreto celular É possível atingir sessenta minutos de resistência Consistem em vigas com cantoneiras soldadas ou
autoclavado cimentados entre as mesas de perfis ao fogo quando o concreto moldado in loco é parafusadas na alma, suportando a laje de piso.
laminados. Permite atingir até trinta minutos de utilizado para preencher o volume entre as mesas Essa geometria protege a parte superior da viga
resistência. Períodos maiores de resistência podem do pilar. Para a fixação, são utilizados conectores de do incêndio, enquanto a parte inferior continua
ser conseguidos pela proteção das mesas expostas cisalhamento conectados à alma do perfil. exposta. A resistência ao fogo aumenta conforme as
com materiais de proteção antitérmica tradicionais cantoneiras são movidas para regiões inferiores da
(argamassas, tintas intumescentes). mesa, atingindo até sessenta minutos de resistência.
(3) “Princípios da proteção de estruturas metálicas em situação de corrosão e incêndio”, de Fábio Domingos Pannoni, publicado pela Gerdau.
PARTE 3
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O projeto arquitetônico é um dos fatores que interferem na escolha entre as duas soluções. Quando o objetivo é explorar a estética das estruturas
metálicas, deixando o material aparente, as tintas se destacam. Quando a ideia é proteger elementos embutidos acima de forros ou em garagens, a argamassa
assume o protagonismo. Com relação à resistência ao fogo, tanto a tinta intumescente quanto a argamassa projetada podem atender às determinações das
normas e legislações vigentes.
Segundo instruções do Corpo de Bombeiros e das normas técnicas vigentes, os elementos vitais para a estabilidade da edificação devem receber,
obrigatoriamente, algum material que melhore seu desempenho perante o fogo. Isso significa que itens não estruturais, como pergolados, marquises e escadas
simples podem ser isentos da proteção passiva. Essa liberação, contudo, deve ser atestada pelo projetista de estruturas responsável.
3 HÁ ALGUMA NORMA OU REGULAMENTAÇÃO VIGENTE PARA REVESTIMENTOS CONTRA O FOGO NO BRASIL?
Deve-se dar preferência às tintas intumescentes homologadas e aceitas pelo Corpo de Bombeiros de cada Estado. Outras referências
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técnicas importantes para subsidiar o uso dessas soluções são as normas ABNT NBR 14.323 - Dimensionamento de estruturas de aço de edifícios
em situação de incêndio – Procedimento, ABNT NBR 14.432 - Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações –
Procedimento, e ABNT NBR 5628 - Componentes construtivos estruturais - Determinação da Resistência ao Fogo.
Para definir a necessidade ou não de proteções passivas, é preciso saber se essa estrutura é caracterizada como rota de fuga ou escada de emergência.
Ela estará isenta de proteção passiva se não for rota de fuga e seu colapso não comprometer a estabilidade da edificação. Em se tratando de escada de
emergência, o projetista deverá verificar se há janelas ou aberturas que possam transferir calor ao usuário em caso de incêndio. Se isso se confirmar, será
preciso enclausurá-la por, no mínimo, o TRRF determinado para a edificação. Nesse cenário, os elementos da escada que sofrerem com a incidência de
energia precisam contar com proteção térmica.
5 QUAL A DURABILIDADE DAS TINTAS INTUMESCENTES PARA AS VÁRIAS ATMOSFERAS? DE QUANTO EM QUANTO TEMPO É NECESSÁRIO
FAZER MANUTENÇÃO DESSA PROTEÇÃO?
Respeitando as manutenções periódicas, a proteção passiva deve durar a vida útil da edificação. No caso das tintas intumescentes, a recomendação,
independente da agressividade de atmosfera, é reaplicar a tinta de acabamento (selante) a cada dois anos.
De forma alguma. Primeiro porque pela legislação brasileira, todas as estruturas, independente do material de que são constituídas, devem ser verificadas
em condição de incêndio. Depois porque o custo do revestimento contra o fogo, desde que adequadamente dimensionado, não trará impacto considerável no
orçamento da construção como um todo. Vale lembrar que o projeto arquitetônico é decisivo para otimizar os custos com proteções passivas.
7 QUAIS FATORES ELEVAM O RISCO E A GRAVIDADE DE INCÊNDIOS EM UM EDIFÍCIO?
A atividade desenvolvida no edifício, assim como o tipo e a quantidade de material combustível presente, são fatores que interferem no grau
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de risco de incêndio. Também é impactante a forma/arquitetura do edifício. Um edifício térreo com grande área de piso sem compartimentação
pode representar um risco maior de incêndio do que um edifício com diversos andares, de mesma atividade, subdivididos em muitos
compartimentos. Por fim, mas não menor importante são as condições de ventilação do ambiente, as propriedades térmicas dos materiais
constituintes das paredes e do teto, e os sistemas de segurança contra incêndio existentes.
8 QUAIS SÃO AS ESTRUTURAS ISENTAS DE VERIFICAÇÃO QUANTO À RESISTÊNCIA AO FOGO DE ACORDO COM A ABNT NBR 14.432?
As principais isenções são as edificações cuja área seja menor ou igual a 750 m² e aquelas com até dois pavimentos com área menor ou igual a 1.500m² e
que possuem carga específica de incêndio menor ou igual a 1.000 MJ/m². Também estão livres de verificações alguns tipos de garagens, galpões térreos com
carga específica de incêndio menor ou igual a 1.200 MJ/m², além de centros esportivos e estações/terminais de passageiros com altura menor ou igual a 23 m.
9 COMO DEVE SER A AVALIAÇÃO DE UMA ESTRUTURA DE AÇO APÓS A OCORRÊNCIA DE UM INCÊNDIO?
A avaliação é necessária para definir o grau de comprometimento e a possibilidade de recuperação, ou seja, se os materiais ainda apresentam condições
de atender ao Estado Limite Último (ELU) e ao Estado Limite de Serviço (ELA). Por meio de ensaios em laboratório e de campo verifica-se se as propriedades
mecânicas dos materiais constituintes dos elementos estruturais não foram alteradas ou reduzidas. Podem também ser realizadas inspeções técnicas e
verificações teóricas, além de modelagens computacionais para avaliação do comportamento estrutural. Somente após essa série de análises é possível indicar
o destino da estrutura.
10 A QUAIS TESTES AS PROTEÇÕES PASSIVAS DEVEM SER SUBMETIDAS PARA TER SUA QUALIDADE E EFICÁCIA COMPROVADAS?
No caso das argamassas projetadas, são aplicáveis testes de resistência ao fogo, de coesão, densidade, deflexão e corrosão, por exemplo. As tintas
intumescentes que atendem às normas UL (norte-americanas) devem suportar ensaios de resistência ao fogo após serem submetidas a simulações severas de
condições ambientais. Esses testes incluem envelhecimento acelerado e exposição a umidade elevada.
BIBLIOGRAFIA
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Web seminário “Proteção contra o fogo em estruturas metálicas”, por Vladmir Santos. Realização: Portal AECweb.
Patrocínio: Gerdau.
Disponível em: https://www.aecweb.com.br/webseminarios/tecnologia-e-construcao/fogo-em-estruturas-metalicas/fogo-em-estruturas-metalicas.html
“Princípios da proteção de estruturas metálicas em situação de corrosão e incêndio”, de Fábio Domingos Pannoni, publicado pela Gerdau.
Disponível em: https://www.gerdau.com/br/pt/productsservices/products/Document%20Gallery/manual-protecao-de-estruturas.pdf
“Resistência ao fogo das estruturas de aço”, de Mauri Resende Vargas e Valdir Pignatta e Silva,
publicado pelo CBCA (Centro Brasileiro da Construção em Aço).
Disponível em http://www.cbca-acobrasil.org.br
“Desempenho de edificações habitacionais. Guia orientativo para atendimento à norma ABNT NBR 15.575/2013”,
publicado pela CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).
Disponível em https://www.cbic.org.br/arquivos/guia_livro/Guia_CBIC_Norma_Desempenho_2_edicao.pdf
ABNT NBR 14.323:2013 – “Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto
de edifícios em situação de incêndio”
Redação Técnica:
Juliana Nakamura
Colaboração de texto:
Hosana Pedroso
Edição:
Arte e Diagramação:
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