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CURSO DE
DESIGN DE INTERIORES
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
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CURSO DE
DESIGN DE INTERIORES
MÓDULO I
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
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do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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SUMÁRIO
MÓDULO I
INTRODUÇÃO
1 HISTÓRIA DO DESING DE INTERIORES
2 DESIGN DE INTERIORES E ESTÉTICA
2.1 CONCEITO DE BELO: PERCEPÇÃO, PROPORÇÃO E HARMONIA
2.2 AS CORES E A PSICOLOGIA
2.2.1 Harmonia para ambientes internos, sensações que as cores proporcionam
(calor x frio)
2.2.1.1 Teoria das Cores Aplicada ao Design de Interiores
MÓDULO II
3 DESIGN DE INTERIORES PARA RESIDÊNCIAS E COMÉRCIOS
3.1 DESIGN DE INTERIORES RESIDENCIAL
3.2 DESIGN DE INTERIORES COMERCIAL
4 CARACTERES DO DESIGN DE INTERIORES: COMO PERSONALIZAR E
PLANEJAR A DECORAÇÃO
4.1 QUESTÕES IMPORTANTES PARA SE INICIAR O PROJETO
4.1.1 Estilos e Tendências
4.1.2 Estudo do Espaço e Princípios Ergométricos
4.1.2.1 Circulação e Medidas: Relação Homem / Objetos E Mobiliário
4.1.2.2 Regras de ergonomia para projetar ambientes
4.1.2.3 Medição de ambientes e cálculo de área
4.1.3 Iluminação Artificial e Natural
4.1.4 Conforto Ambiental
5 INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO
5.1 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE PROJETOS
5.2 ESTUDO DE ESCALAS E COTAS (MEDIDAS)
5.3 MATERIAIS PARA DESENHO
5.4 PADRONIZAÇÃO DAS PRANCHAS
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5.4.1 Caligradia técnica
5.4.2 Margens, Selos e Carimbos
6 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
6.1 TIPOS DE LINHAS E CONVENÇÕES APLICADAS EM PLANTAS BAIXAS
6.2 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE ELEMENTOS CONSTRUÍDOS
6.2.1 Paredes
6.2.2 Portas e janelas
6.2.3 Escadas
6.2.4 Representação e Simbologia de Diversos Elementos de Projetos (pergolados,
lareira, desníveis, louças sanitárias, móveis)
6.2.5 Representação de Paginação de Piso
6.2.6 Decoração de plantas baixas
MÓDULO III
7 TECNOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES APLICADAS AO PROJETO DE DESIGN
DE INTERIORES
7.1 TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE
7.2 MATERIAIS DE REVESTIMENTO PARA PISO, TETO E PAREDE
7.3 APLICAÇÕES E RESTRIÇÕES: MATERIAIS MAIS ADEQUADOS A CADA TIPO
DE AMBIENTE E CLIMA
7.3.1 Áreas Molhadas e Áreas Secas
7.4 COMPOSIÇÃO DE AMBIENTES COM MISTURA DE MATERIAIS E DEMAIS
REVESTIMENTOS NA DECORAÇÃO
8 DISPOSIÇÃO NOS AMBIENTES: A ORGANIZAÇÃO DOS OBJETOS E
MOBILIÁRIO
8.1 BREVE HISTÓRICO DO MOBILIÁRIO
8.2 DESIGN DE INTERIORES E PROJETOS DE MARCENARIA
8.3 ESTUDO DA DISPOSIÇÃO DOS MÓVEIS E CIRCULAÇÃO NOS AMBIENTES
8.4 ALTERNATIVAS DE DISTRIBUIÇÃO DE MOBILIÁRIO PARA AMBIENTES
8.5 ARTIGOS DE DECORAÇÃO
8.5.1 Tecidos, Cortinas e Tapetes
MÓDULO IV
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9 PLANEJANDO ESPAÇOS PARA PESSOAS
9.1 COMO CAPTAR O PERFIL DO CLIENTE
10 TECNOLOGIA PARA DESIGN DE INTERIORES
10.1 SOFTWARES MAIS UTILIZADOS
11 FLEXIBILIDADE PROJETUAL: A BASE DE UM BOM PROJETO DE
INTERIORES
11.1 AMBIENTES INTEGRADOS
11.2 PANOS DE VIDRO
11.3 VARANDAS
11.4 PAISAGISMO
12 ELABORAÇÃO, ACABAMENTO E APRESENTAÇÃO DO PROJETO
12.1 TIPOS DE SERVIÇOS E HONORÁRIOS
12.2 COMO CONQUISTAR E FIDELIZAR CLIENTES
12.3 COMO SER UM PROFISSIONAL DE SUCESSO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MÓDULO I
INTRODUÇÃO
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Vamos iniciar o nosso curso falando sobre a História Mundial do Design de
Interiores. Você está pronto (a) para “embarcar” nessa aventura? Acredito que sim!
Desejamos muito sucesso no seu aprendizado. Bons Estudos!
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FIGURA 1 – PAINEL DECORATIVO EGÍPCIO
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Os romanos deram um passo a mais no desenvolvimento do design de
interiores, pois foram os pioneiros em se preocupar com o conforto dos espaços.
Pela primeira vez, deu-se grande ênfase na combinação da estética com o conforto
dos ambientes.
Com o tempo, a decoração dos espaços internos tornou-se imprescindível,
sinônimo de riqueza e status social. Pode-se dizer que o mobiliário romano foi
inovador, pois o móvel começa a ser percebido não apenas como um utilitário, mas
como adereço ornamental. Eram feitos de pedra, madeira ou bronze.
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FIGURA 3 – ESTILO DECORATIVO GRECO-ROMANO CLÁSSICO
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FIGURA 4 – AMBIENTES ESCUROS E MOBILIÁRIO INEXPRESSIVO
DA IDADE DAS TREVAS
Apenas no século XII, com o fim da Idade das Trevas, é que a Europa voltou
a introduzir cores e ornamentação em suas casas com a chegada do Estilo Gótico.
Esse estilo foi criativo e inovador, ao trazer o uso da captação da luz natural por
feixes, “rasgos” na alvenaria, abóbadas vitrificadas e pátios abertos.
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FIGURA 5 – USO DA ILUMINAÇÃO NATURAL PRESENTE NO PERÍODO
GÓTICO. CATEDRAL DE VALÊNCIA – ESPANHA
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pinturas perspectivadas e móveis sofisticados confeccionados dos melhores
materiais podiam ser encontrados nos palácios reais, vilas e capelas da Europa.
Esse estilo decorativo das Vilas Italianas prolongou-se ainda após o
Renascimento, e as contribuições do estilo italiano barroco logo se tornou popular
em toda a Europa. O Barroco utilizou-se generosamente do mármore colorido,
vitrais, tetos e cúpulas pintados e colunas retorcidas. No século 18 houve o
favorecimento do estilo Rococó, demonstrando particular apreço para as porcelanas
asiáticas, desenhos florais, móveis confeccionados em materiais elegantes, como
madrepérola e casca de tartaruga. Até o final do século 18, o estilo Neoclássico
predominava, ou seja, um desdobramento do desenho clássico da antiga Roma,
fazendo uso generoso do bronze, seda, veludo e cetim. Assim, o Design de
Interiores volta a ganhar toda a monumentalidade e riqueza ornamental como nos
períodos iniciais de sua história.
O estilo Neoclássico predominou até o início dos anos 1800, quando na
Europa e América uma nova tendência surgiu, trazendo mais liberdade e ecletismo
ao design de interiores. O Estilo Vitoriano (1835 – 1903) marcou uma era muito
importante para a cultura europeia. A Rainha Vitória da Grã Bretanha presenciou em
seu reinado o apogeu das artes, das ciências e da tecnologia, quebrando
definitivamente o elo entre as tradições do passado e as inovações da modernidade.
O estilo vitoriano influenciou diretamente os objetos, móveis, roupas, tecidos,
grafismo, artes, arquitetura, paisagismo e design de interiores. Sua influência
chegou a muitos outros continentes e durou mais de um século.
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FIGURA 6 – ESTILO VITORIANO (1835 – 1903)
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pois essa era a única saída para a alienação das metrópoles, da fria e artificiosa
beleza do ferro, da produção industrial em série e da miséria causada pela
exploração e pelo trabalho mecanizado das fábricas
(http://www.estagiodeartista.pro.br/artedu/histodesign/2_design_secxix.htm).
Por mais que a Era Industrial incentivasse a racionalização do design e a
produção em massa, o gosto vitoriano ainda crescia no coração da burguesia
britânica do século XIX. Na arquitetura, na decoração, no paisagismo, nas artes
gráficas e nos objetos predominavam as formas orgânicas estilizadas de linhas
marcadas e os arabescos com decoração austera e volumes geométricos.
Essas ideias iniciaram o movimento conhecido como Arts and Crafts (Artes e
Ofícios), no qual 1861 os arquitetos William Morris, Philiph Webb e outros
associados estabeleceram um grande estúdio de design. Eles sustentavam o
propósito de restabelecer os laços entre o trabalho belo e o trabalhador, e voltar à
honestidade do design que a produção em massa negava. O estúdio de Morris e
Webb ficou conhecido pela ideia da casa como uma obra de arte total, com todos os
objetos desenhados pelos arquitetos e realizados por artesãos experientes, usando
métodos tradicionais e inspirados na natureza.
A missão social do movimento Arts and Crafts era:
Dar solução aos males da Revolução Industrial;
Melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores;
Levar a cultura a todos;
Restabelecer a união das artes e os ofícios perdidos desde o
Renascimento.
O movimento Arts and Crafts teve adesão não apenas da monarquia
vitoriana, mas também fez grande sucesso entre as classes mais elevadas.
Infelizmente, o sonho de oferecer peças de design único a todos não era
financeiramente viável, já que apenas os mais abastados poderiam ter esse luxo.
Ainda assim, o gosto pelos objetos Arts and Crafts cresceu e se estendeu na
Alemanha e Estados Unidos, onde se publicaram revistas especialistas no assunto,
atingindo um grande público feminino.
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FIGURA 7 - DESIGN DE INTERIORES PARA A REVISTA ARTS AND CRAFTS
DE MUNICH, ALEMANHA (1844)
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FIGURA 8 - CATÁLOGO DE CADEIRAS THONET (ARTS AND CRAFTS)
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FIGURA 9 E 10 - CARTAZES: TOULOUSE LAUTREC PARA JANE AVRIL E
ALPHONSE MUCHA PARA CIGARROS JOB
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FIGURA 11 E 12 - Á ESQUERDA: GUSTAVE KLIMT, "HYGIEIA" (1907). À DIREITA:
AUBREY BEARDSLEY "O MANDO DO PAVÃO" (1894)
Assim como o estilo Vitoriano, o Art Nouveau foi um sucesso exclusivo para
os nobres e ao consumo da burguesia ascendente. Apenas na virada do século XX,
com a iminência da Primeira Guerra Mundial, foi que esse movimento diminuiu a sua
força. Após a guerra, o Art Noveau centrou-se nos Estados Unidos, e na década de
20 derivou no estilo decorativo chamado Art Deco.
No Brasil, o estilo Art Nouveau, e posteriormente o estilo Moderno, chegou
ao país no começo do século XX com muitas novidades. O design Moderno
culminou até o início da década de 30 por meio da Bauhaus, a instituição de design
mais importante do século XX. Essa escola foi responsável por um enorme
desenvolvimento do movimento moderno por meio de melhores métodos de
produção e de materiais de melhor qualidade, como o metal tubular, o uso do aço e
do vidro. A eficiência funcional da Bauhaus tornou-se sinônimo de modernismo.
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Por volta de 1927, emergiu um Estilo Internacional do modernismo que se
distinguia pelo Essencialismo (ou “Minimalismo”), baseado no conceito moderno de
se obter o máximo pelo mínimo. Ligado ao design ambiental tentava encontrar
soluções inovadoras de design, usando o mínimo possível de energia e materiais.
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diretamente o custo final para a classe consumista. Lojas populares investem na
qualidade de seus produtos, e hoje já é possível se adquirir peças nobres e até
mobiliário planejado com valores acessíveis, e formas inúmeras de aquisição.
Conforme podemos ver, ao longo dos séculos e até os nossos dias uma série
de inovadores estilos surgiram e se foram, provando que o Design não está
reservado somente para casas ou pessoas nobres: pode-se dizer que hoje o design
de interiores atingiu as massas, e está cada vez mais acessível a todos.
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de Interiores, ou seja, essa seria a base de todos os conceitos aplicados a um
profissional.
Sem esses três pilares, desenvolver, planejar ou mesmo enxergar o Design
de Interiores tornara-se obsoleto. Dessa maneira, há a necessidade de se
desenvolver no profissional em Design de Interiores a capacidade perceptiva e
criadora apuradas, posto que as mesmas permitam aos indivíduos progredirem por
si mesmos de modo consciente. Essa conscientização dá-se a partir do despertar do
desenvolvimento criativo e perceptivo do ser humano, posto que o Design deva ser
pensado de forma planejada e sentida, não ao mero acaso da disposição de objetos,
mas considerando toda a problemática da percepção, proporção e harmonia e suas
relações com o meio.
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O Designer de Interiores deve perceber os ambientes e transformar estas
percepções em algo novo, com novas cores, novas texturas e formas visuais,
elaborando projetos com competência inovadora e criativa. É interessante a ressalva
de que a cada nova experiência artística o designer aprimora sua capacidade e
aptidão para processos criativos. Com isso, seu intelecto passa a armazenar e
associar elementos por meio de múltiplas etapas consecutivas, as quais produzirão
novas ideias e combinações infinitas.
Por isso é tão importante à busca constante por novidades, posto que a
capacidade de captação e interpretação de informações do cérebro é inteiramente
visual. Revistas, visitas a eventos e até pesquisas por materiais e ideias
relacionadas ao design de interiores enriquecem a mente e – acredite! – criam um
arquivo vasto e indelével em sua mente. Assim, em pouco tempo será possível criar
ambientes com muita criatividade e diversidade, tornando cada criação única, e o
melhor: a cada nova criação, novas ideias e conceitos já estarão para sempre
gravados em seu “arquivo” mental. A conjugação certa de elementos comuns ao
design de interiores tais como: móveis, objetos, tapetes e quadros, é a chave para a
composição de um ambiente verdadeiramente harmonioso e equilibrado.
O equilíbrio e a harmonia são o segundo grande passo para a produção de
um ambiente ideal, e vem logo após o profissional em design haver treinado seu
olhar e percepção, como acabamos de mencionar. É necessário enfatizar que esses
conceitos ficarão vívidos e claros à medida que você for trabalhando sua
criatividade, conhecendo materiais e texturas, e sabendo identificar e diferenciar o
estilo do excesso. Só com a prática em projetos é que você poderá ousar sem
medo, misturando diferentes materiais, fazendo um jogo de cores e formas e assim,
conseguirá com facilidade fugir de composições óbvias e monótonas.
Para ter excelência na arte de projetar e planejar ambientes, primeiramente
é fundamental que você conheça o espaço que você possui para decorar. Será um
ambiente de trabalho ou residencial? Para alguém mais clássico ou ousado,
moderno? E o tamanho do espaço? Grande ou pequeno? Essas perguntas básicas
poderão auxiliá-lo na concepção de suas primeiras ideias, pois a partir delas é que
você saberá evitar os excessos ou faltas em seu projeto.
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Nas fases iniciais da vida de um projetista, é comum que seus primeiros
projetos possuam muitos excessos, como móveis, objetos, cores e texturas
desnecessárias, ou até mesmo pode ser que o projeto fique vazio e desinteressante,
com poucos móveis e não muitos apelos decorativos. O equilíbrio na escolha de
cada detalhe de um projeto é indispensável no sucesso de sua
composição.
O que vale lembrar é: treine muito, muito mesmo o seu olhar! Pesquise
imagens na internet, busque em revistas... Invista tempo em olhar projetos de
profissionais que esteja há mais tempo no mercado, pois isso enriquecerá (e muito)
seu acervo de ideias. Observe com atenção cada projeto: Que tipo de textura e
revestimento foi utilizado? E as cores e tons? Combinam ou contrastam? Objetos
modernos podem ser usados com objetos antigos e repaginados? E as peças
exclusivas, planejadas? Como se portam nesse ambiente? Esses tipos de
observações amadurecem a pessoa como profissional, pois ideias vistas poderão
ser reformuladas e reaproveitadas em projetos posteriores. É como diz o velho
ditado: “Nada se cria, tudo se transforma...”!
E isso é muito válido em relação ao Design de Interiores! Além de ser um
atento observador, há alguns princípios que são a base de composição para todo
projeto em Design de Interiores, a saber:
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b) Harmonia – Seria um equilíbrio ideal entre o estilo sem excessos. As
formas, texturas, cores, iluminação, a distribuição dos móveis e objetos, os materiais
usados, devem atuar como um conjunto homogêneo e equilibrado. Nada deve faltar
ou sobrar no ambiente.
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sofás possuem o mesmo tom, e isso cria uma sensação de continuidade e equilíbrio
no espaço.
O mesmo vale para os adereços: Observe que o espelho do lado direito,
sendo uma peça de realce evidente, equilibra-se com a luminária alaranjada em seu
lado oposto. Peças totalmente diferentes, mas de igual valor de destaque, que
terminam por se equilibrar entre si. Por último, dois quadros idênticos ao fundo, que
concluem o equilíbrio do conjunto.
d) Unidade- Todo espaço planejado deve ser coerente, fazendo com que
todos os itens utilizados, desde texturas, cores, acabamentos, móveis, objetos e
complementos “conversem” entre si, como se cada item fosse parte de um todo.
e) Contraste – É interessante, desde que utilizado corretamente, pois
elementos contrastantes quando juntos são enriquecidos. Paredes escuras com
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molduras claras, tons lisos somados a estampas e texturas e cores contrastantes
são exemplos do uso de contraste na composição.
f) Centros de interesse – Alguns, senão apenas um objeto na composição
deve ser o centro das atenções. É interessante que não haja competição entre os
elementos de um projeto, por isso evite os exageros.
g) Variedade – Procure sempre trazer o máximo de variedade para o seu
projeto, mas com o mínimo de exageros. Como? Utilizando o seu bom gosto. Vale
sim a misturas de formas, texturas, cores e estampas, pois isso foge à monotonia.
Mas tudo isso com equilíbrio, sem que algo destoe demais do conjunto.
Observe com atenção o ambiente abaixo. Note como foram utilizados todos
os últimos três princípios aqui mencionados: contraste, centro de interesse e
variedade. A parede em tom azul escuro realça as molduras claras na parede, e
ainda destaca o sofá amarelo, centro de interesse desse projeto.
O tom amarelo do estofado “chama” o painel florido em tom de amarelo
queimado do lado direito da composição. Chão aparentemente de carpet estampado
somado a parede escura faz com que todos os objetos dessa sala, por singelos que
sejam, tornem-se destaque por serem de cor clara, como os vasos e a cortina.
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FIGURA 16 – AMBIENTE TRAZENDO OS PRINCÍPIOS DE CONTRASTE,
CENTRO DE INTERESSE E VARIEDADE
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2.2 AS CORES E A PSICOLOGIA
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passamos mais tempo no interior dos edifícios do que fora deles é que a questão do
conforto torna-se indispensável em matéria de Design de Interiores!
E por isso mesmo o cuidado ao escolher as cores de seu projeto deve ser
redobrado, dependendo da sensação que você deseja criar e do ambiente que irá
projetar. É comum vermos erros terríveis na escolha de cores, como por exemplo,
todas as paredes em tons muito fortes e vibrantes, o que inevitavelmente causará
sensação de desconforto. Combinações de cores que não se harmonizam também
causam o mesmo efeito negativo nos ambientes internos. Uma boa saída para evitar
essas situações é conhecer a teoria das cores aplicada ao Design de Interiores, e as
formas mais eficazes de se obter harmonia por meio de uma paleta crômica.
Vamos ver tudo isso nos próximos tópicos!
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FIGURA 17 – PALETA CRÔMICA
.
FONTE: Disponível em: <http://casa.abril.com.br/materia/cor-desperta-boas-sensacoes#2>. Acesso
em: 23 nov. 2012.
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Nesse caso, as paletas vizinhas seriam as das cores alaranjada (à esquerda)
ou vermelho escuro (à direita). Essas cores são facilmente equilibradas na
composição, uma vez que suas matrizes são próximas umas das outras.
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FIGURA 19 – HARMONIA UTILIZANDO CORES ANÁLOGAS DA PALETA
CRÔMICA
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2) Agora, caso deseje compor um ambiente mais ousado e contrastante,
escolha as nuances do lado oposto do ciclo, ou seja, as cores complementares. Por
exemplo: Caso escolha a paleta de tons roxos, o tom complementar (ou oposto)
seria o tom laranja claro. Esse tipo de harmonia trata-se de um fenômeno físico
surpreendente: exposto a uma cor, o olho busca automaticamente sua cor
complementar.
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estimulantes, excitantes e transmitem dinamismo, vitalidade e alegria. Já as cores
frias são mais ligadas à natureza, ao céu, às árvores e proporcionam sensação de
frescor, calma e tranquilidade.
CORES QUENTES
CORES FRIAS
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FIGURA 24 – PALETA DE CORES QUENTES E FRIAS
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Escurecimento: variação de matiz obtida pela adição de preto.
Clareamento: variação de matiz obtida pela adição de branco.
Saturação: Quanto mais cinza adiciona-se a cor mais neutra ela se torna.
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Agora que já conhecemos um pouco sobre o universo das cores, vamos nos
aprofundar ainda mais no conhecimento sobre o significado e as sensações
proporcionadas por cada cor, e sua aplicação em Design de Interiores!
BRANCO
O branco reflete paz, pureza, calma, inocência e dignidade. É uma cor
suave, e tem o poder de tornar um ambiente pequeno visualmente maior. Por ser
composto por todas as cores o branco reflete a luz, e é uma alternativa excelente
para ambientes com pouca luminosidade. Em Design de Interiores, a cor branca
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compõe ambientes sofisticados, iluminados e vivos. O branco possui ainda a grande
vantagem de realçar todas as outras cores associadas a ela.
Uma grande tendência hoje para quem deseja inovar, mas sem ousar tanto
são os tons off-white, ou seja, o branco com um leve toque de outros pigmentos.
Uma vantagem observada em relação ao off-white é que esse tipo de tonalidade
branca controla significativamente a claridade dos ambientes. Por exemplo, caso
alguém não abra mão do branco, mas esteja enfrentando um problema de
ofuscamento (ou claridade em excesso), os off-white podem ser a solução para esse
problema.
PRETO
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muito tempo que os Designers “descobriram” que a cor preta responde muito bem
aos ambientes de trabalho, comerciais e até mesmo residenciais, quando modernos
e sofisticados. Não é a toa que o preto em Design de Interiores remete a poder,
responsabilidade e imponência.
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FIGURA 28 – O PRETO COM BRANCO É UM CLÁSSICO NA DECORAÇÃO, E
REMETE A AMBIENTES SOFISTICADOS E ELEGANTES
CINZA
Por ser uma cor neutra, o cinza quando usado sozinho remete a tristeza,
angústia e desânimo. Porém, o cinza possui o poder de realçar com perfeição as
outras cores. Responde muito bem quando combinado com cores fortes e vibrantes,
como o roxo, o verde e o amarelo limão. Essas combinações e tantas outras
harmonias com o cinza remetem a sabedoria, requinte e sensatez.
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FIGURA 29 – AMBIENTE HIGH TECH OBTIDO COM ESCALA DE CINZAS
VERMELHO
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Em ambientes residenciais o vermelho também faz sucesso. Usado nos
quartos certamente vai torná-los mais estimulantes. Em salas, pode ser combinado
com outros tons neutros, como os brancos, beges e cinzas.
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brutalidade, crueldade, rancor, revolta e desconforto intenso podem ser algumas
possíveis reações.
LARANJA
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FIGURA 31 – BANHEIRO EXALA VITALIDADE E ALEGRIA COM DETALHES
LARANJA
AMARELO
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Apesar de vibrante, o amarelo é capaz de transmitir sensações variadas de
bem-estar, esperança e o sentimento de que tudo correrá bem. Outras sensações
obtidas pelo amarelo estão relacionadas ao brilho, jovialidade e alegria.
VERDE
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imagem da segurança, proteção e aconchego que muitos almejam criar em um
ambiente.
AZUL
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confiança, promove a devoção e a fé. O azul é uma cor popular associada ao dever,
à beleza e à habilidade.
ROXO/VIOLETA:
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tonalidade, pode criar também ambientes calmos e serenos. Dons artísticos,
tolerância e consideração estão associados às cores, roxa e violeta.
BEGE
Os tons beges (ou pastéis) são o grande coringa dos projetos de Design de
Interiores. Usado para equilibrar e também compor com maestria, os tons neutros
como beges e crus sempre são bem-vindos em composições sóbrias e clássicas, e
jamais saem de moda.
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Uma grande vantagem dos tons neutros também é que dificilmente alguém
irá “enjoar” de um projeto com esses tons. Beleza, nobreza, sofisticação e tradição
são algumas sensações transmitidas por essa cor admirável.
MARROM
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opostas e contrastantes, tais como esse verde pistache utilizado na composição da
sala de estar abaixo:
Tons rosa, desde os mais claros aos mais intensos, jamais passam
despercebidos em uma composição de design. Há muito tempo rotulada como uma
cor estritamente feminina e delicada, os tons rosa, pink e magenta ganharam forças
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no mundo do design, graças a descobertas de novas combinações e usos.
Independente do tom, os rosados expressam delicadeza, afetividade, calor e
energia.
Rosas amarelados (conhecidos como “rosa antigo”) entram na categoria de
tons pastéis, e figuram muito bem ao lado de tons escuros e pesados, como o azul
marinho ou marrom café. Rosas derivados da simples mistura de branco com
vermelho são clássicos na decoração de quartos de meninas. Se misturado a outras
cores, como o verde cítrico, por exemplo, traz um ar de alegria e frescor, e ainda sai
da linha do monótono e previsível.
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FIGURA 39 – TONS PINK E MAGENTA FOGEM DA DELICADEZA HABITUAL DO
ROSA
.
FONTE: Disponível em: <http://arkideias.com/2012/03/20/as-sensacoes-das-cores-na-decoracao/>
Acesso em: 30 nov. 2012.
FIM DO MÓDULO I
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