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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA

Portal Educação

CURSO DE
DESIGN DE INTERIORES

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

AN02FREV001/REV 4.0

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CURSO DE
DESIGN DE INTERIORES

MÓDULO I

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

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SUMÁRIO

MÓDULO I
INTRODUÇÃO
1 HISTÓRIA DO DESING DE INTERIORES
2 DESIGN DE INTERIORES E ESTÉTICA
2.1 CONCEITO DE BELO: PERCEPÇÃO, PROPORÇÃO E HARMONIA
2.2 AS CORES E A PSICOLOGIA
2.2.1 Harmonia para ambientes internos, sensações que as cores proporcionam
(calor x frio)
2.2.1.1 Teoria das Cores Aplicada ao Design de Interiores

MÓDULO II
3 DESIGN DE INTERIORES PARA RESIDÊNCIAS E COMÉRCIOS
3.1 DESIGN DE INTERIORES RESIDENCIAL
3.2 DESIGN DE INTERIORES COMERCIAL
4 CARACTERES DO DESIGN DE INTERIORES: COMO PERSONALIZAR E
PLANEJAR A DECORAÇÃO
4.1 QUESTÕES IMPORTANTES PARA SE INICIAR O PROJETO
4.1.1 Estilos e Tendências
4.1.2 Estudo do Espaço e Princípios Ergométricos
4.1.2.1 Circulação e Medidas: Relação Homem / Objetos E Mobiliário
4.1.2.2 Regras de ergonomia para projetar ambientes
4.1.2.3 Medição de ambientes e cálculo de área
4.1.3 Iluminação Artificial e Natural
4.1.4 Conforto Ambiental
5 INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO
5.1 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE PROJETOS
5.2 ESTUDO DE ESCALAS E COTAS (MEDIDAS)
5.3 MATERIAIS PARA DESENHO
5.4 PADRONIZAÇÃO DAS PRANCHAS

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5.4.1 Caligradia técnica
5.4.2 Margens, Selos e Carimbos
6 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
6.1 TIPOS DE LINHAS E CONVENÇÕES APLICADAS EM PLANTAS BAIXAS
6.2 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE ELEMENTOS CONSTRUÍDOS
6.2.1 Paredes
6.2.2 Portas e janelas
6.2.3 Escadas
6.2.4 Representação e Simbologia de Diversos Elementos de Projetos (pergolados,
lareira, desníveis, louças sanitárias, móveis)
6.2.5 Representação de Paginação de Piso
6.2.6 Decoração de plantas baixas

MÓDULO III
7 TECNOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES APLICADAS AO PROJETO DE DESIGN
DE INTERIORES
7.1 TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE
7.2 MATERIAIS DE REVESTIMENTO PARA PISO, TETO E PAREDE
7.3 APLICAÇÕES E RESTRIÇÕES: MATERIAIS MAIS ADEQUADOS A CADA TIPO
DE AMBIENTE E CLIMA
7.3.1 Áreas Molhadas e Áreas Secas
7.4 COMPOSIÇÃO DE AMBIENTES COM MISTURA DE MATERIAIS E DEMAIS
REVESTIMENTOS NA DECORAÇÃO
8 DISPOSIÇÃO NOS AMBIENTES: A ORGANIZAÇÃO DOS OBJETOS E
MOBILIÁRIO
8.1 BREVE HISTÓRICO DO MOBILIÁRIO
8.2 DESIGN DE INTERIORES E PROJETOS DE MARCENARIA
8.3 ESTUDO DA DISPOSIÇÃO DOS MÓVEIS E CIRCULAÇÃO NOS AMBIENTES
8.4 ALTERNATIVAS DE DISTRIBUIÇÃO DE MOBILIÁRIO PARA AMBIENTES
8.5 ARTIGOS DE DECORAÇÃO
8.5.1 Tecidos, Cortinas e Tapetes

MÓDULO IV

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9 PLANEJANDO ESPAÇOS PARA PESSOAS
9.1 COMO CAPTAR O PERFIL DO CLIENTE
10 TECNOLOGIA PARA DESIGN DE INTERIORES
10.1 SOFTWARES MAIS UTILIZADOS
11 FLEXIBILIDADE PROJETUAL: A BASE DE UM BOM PROJETO DE
INTERIORES
11.1 AMBIENTES INTEGRADOS
11.2 PANOS DE VIDRO
11.3 VARANDAS
11.4 PAISAGISMO
12 ELABORAÇÃO, ACABAMENTO E APRESENTAÇÃO DO PROJETO
12.1 TIPOS DE SERVIÇOS E HONORÁRIOS
12.2 COMO CONQUISTAR E FIDELIZAR CLIENTES
12.3 COMO SER UM PROFISSIONAL DE SUCESSO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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MÓDULO I

INTRODUÇÃO

O Design de Interiores é uma arte! Arte de planejar ambientes de acordo


com padrões estéticos e funcionais; de harmonização dos espaços, móveis, objetos
e acessórios. É uma busca constante pela conciliação do conforto, da praticidade e
da beleza.
Falar sobre Design é uma tarefa árdua, posto ser uma área muito
abrangente e em franco desenvolvimento. A cada dia nascem novas ideias, novas
tendências, novos materiais e novos rumos para a área de Design de Interiores.
Trazer todos os assuntos pertinentes a ele nesse curso não passaria de uma grande
e limitada pretensão, pois a forma como o Design se expressa é tão ampla e
complexa que vai muito além do bom gosto ou de ideias esboçadas em um papel. O
verdadeiro sentido do Design promove não apenas o mero ato de se planejar
ambientes, mas também compete a organização, intervenção, revitalização e
reestruturação dos espaços internos.
O principal objetivo desse curso é que você adquira conhecimentos sobre
projetos de interiores de forma ampla e específica, para todos os tipos de ambientes
que projetar. Desejamos que construa um olhar crítico sobre harmonização,
equilíbrio, estética e, sobretudo, criatividade, característica indispensável a um bom
Designer de Interiores. Espera-se que você, aluno, desenvolva uma visão bifocal.
Como? Que ela seja suficientemente ampla, pois só assim será capaz de projetar
ambientes como um todo! -, e que essa visão também seja específica, a ponto de
fazê-lo (a) pensar nos pormenores que enriquecem o projeto de interiores (tais como
detalhes dos ambientes, paginação de piso, iluminação, etc.).

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Vamos iniciar o nosso curso falando sobre a História Mundial do Design de
Interiores. Você está pronto (a) para “embarcar” nessa aventura? Acredito que sim!
Desejamos muito sucesso no seu aprendizado. Bons Estudos!

1 HISTÓRIA DO DESING DE INTERIORES

Não se sabe ao certo quando realmente a história do Design de Interiores


iniciou. Sabe-se somente que essa é uma arte tão antiga quanto a Arquitetura e que
remonta aos tempos mais antigos, em que já era notável a preocupação com a
organização dos espaços internos. A decoração de interiores, os móveis e os
acessórios fizeram-se notáveis nas civilizações em todo o mundo, desde os tempos
mais antigos até os nossos dias.
O crédito para o nascimento do design de interiores é frequentemente
atribuído aos antigos egípcios, que decoravam suas humildes cabanas com
mobiliário simples, tais como cadeiras e mesas reforçadas por peles de animais ou
tecidos. Já havia a presença de pinturas, murais, esculturas e vasos decorativos.

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FIGURA 1 – PAINEL DECORATIVO EGÍPCIO

FONTE: Disponível em: <http://camilabuenodesign.wordpress.com/tag/decoracao-egipcia/>. Acesso


em: 22 nov.2012.

Esse estilo rudimentar decorativo contrastava com os ricos ornamentos de


ouro, belíssimas relíquias encontradas em sarcófagos como o do rei Tutankhamon.
Toda a riqueza e luxo desses ornamentos demonstravam ostentação, domínio e
poder das camadas mais elevadas do antigo Império Egípcio.
Séculos mais tarde, a civilização Grega fundamentou toda a sua expressão
sobre a arte egípcia da decoração de interiores, e houve um notável aprimoramento
nessa área. Os móveis outrora rústicos e feitos ao acaso passaram a ocupar grande
parte da preocupação de seus feitores: sua elaboração passou a ser feita com mais
esmero, e alguns móveis mais finos já traziam detalhes em metais nobres, tais como
o marfim e a prata.

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Os romanos deram um passo a mais no desenvolvimento do design de
interiores, pois foram os pioneiros em se preocupar com o conforto dos espaços.
Pela primeira vez, deu-se grande ênfase na combinação da estética com o conforto
dos ambientes.
Com o tempo, a decoração dos espaços internos tornou-se imprescindível,
sinônimo de riqueza e status social. Pode-se dizer que o mobiliário romano foi
inovador, pois o móvel começa a ser percebido não apenas como um utilitário, mas
como adereço ornamental. Eram feitos de pedra, madeira ou bronze.

Nesse período é que se popularizou o uso de


almofadas, cortinas e tapeçarias diversas.
Interessante à ressalva de que tanto romanos
quanto gregos utilizavam vasos decorativos,
pisos de mosaico e pinturas murais ou afrescos
para embelezar os espaços interiores.

FIGURA 2 – ESTILO DECORATIVO GRECO-ROMANO

FONTE: Disponível em: <http://larcereja.com.br/tag/estilo-greco-romano.> Acesso em: 22 nov.2012.

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FIGURA 3 – ESTILO DECORATIVO GRECO-ROMANO CLÁSSICO

FONTE: Disponível em: <http://larcereja.com.br/tag/estilo-greco-romano>. Acesso em: 22 nov. 2012.

Após esse período de esplendor e riqueza ornamental, houve um movimento


brusco com a austeridade provocada por guerras constantes na Europa Medieval e
a ascensão da Igreja. A "Idade das Trevas" foi um tempo de retaliação e estagnação
da expressão, e isso se refletiu diretamente no mundo das Artes, da Música, das
Letras, da Arquitetura e, consequentemente, do Design de Interiores. As casas,
outrora tão ricamente ornamentadas, agora traziam painéis de madeira sombrios,
mobília mínima e nada mais que pudesse ostentar algum tipo de capricho ou
requinte. Os ditames impostos sobre essa mobília inexpressiva atingiu até mesmo as
classes mais elevadas da época, que se limitou a utilizar pouco ou nenhum toque
decorativo. Os tecidos floridos, as tapeçarias, a estamparia dos papéis de parede e
demais pinturas - tão comuns no estilo decorativo greco-romano, praticamente
desapareceram, e só havia cores suaves e tecidos simples à disposição.

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FIGURA 4 – AMBIENTES ESCUROS E MOBILIÁRIO INEXPRESSIVO
DA IDADE DAS TREVAS

FONTE: Disponível em:


<http://www.angelfire.com/hi5/interactive_learning/NormanConquest/Monasteries.htm.> Acesso em:
22 nov.2012.

Apenas no século XII, com o fim da Idade das Trevas, é que a Europa voltou
a introduzir cores e ornamentação em suas casas com a chegada do Estilo Gótico.
Esse estilo foi criativo e inovador, ao trazer o uso da captação da luz natural por
feixes, “rasgos” na alvenaria, abóbadas vitrificadas e pátios abertos.

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FIGURA 5 – USO DA ILUMINAÇÃO NATURAL PRESENTE NO PERÍODO
GÓTICO. CATEDRAL DE VALÊNCIA – ESPANHA

FONTE: Disponível em: <http://www.guiarte.com/fotos-usuarios/2329.html.> Acesso em: 22 nov.


2012.

Nos séculos 15 e 16, o Renascimento propôs um foco renovado sobre o


design de interiores. Houve uma otimização e notáveis avanços nessa área, em que
arquitetos criaram espaços com elaborados elementos decorativos. Pisos e painéis
em mármore, recortes, paginação complexas de piso, nichos de madeira embutidos,

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pinturas perspectivadas e móveis sofisticados confeccionados dos melhores
materiais podiam ser encontrados nos palácios reais, vilas e capelas da Europa.
Esse estilo decorativo das Vilas Italianas prolongou-se ainda após o
Renascimento, e as contribuições do estilo italiano barroco logo se tornou popular
em toda a Europa. O Barroco utilizou-se generosamente do mármore colorido,
vitrais, tetos e cúpulas pintados e colunas retorcidas. No século 18 houve o
favorecimento do estilo Rococó, demonstrando particular apreço para as porcelanas
asiáticas, desenhos florais, móveis confeccionados em materiais elegantes, como
madrepérola e casca de tartaruga. Até o final do século 18, o estilo Neoclássico
predominava, ou seja, um desdobramento do desenho clássico da antiga Roma,
fazendo uso generoso do bronze, seda, veludo e cetim. Assim, o Design de
Interiores volta a ganhar toda a monumentalidade e riqueza ornamental como nos
períodos iniciais de sua história.
O estilo Neoclássico predominou até o início dos anos 1800, quando na
Europa e América uma nova tendência surgiu, trazendo mais liberdade e ecletismo
ao design de interiores. O Estilo Vitoriano (1835 – 1903) marcou uma era muito
importante para a cultura europeia. A Rainha Vitória da Grã Bretanha presenciou em
seu reinado o apogeu das artes, das ciências e da tecnologia, quebrando
definitivamente o elo entre as tradições do passado e as inovações da modernidade.
O estilo vitoriano influenciou diretamente os objetos, móveis, roupas, tecidos,
grafismo, artes, arquitetura, paisagismo e design de interiores. Sua influência
chegou a muitos outros continentes e durou mais de um século.

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FIGURA 6 – ESTILO VITORIANO (1835 – 1903)

FONTE: Disponível em: <http://www.estagiodeartista.pro.br/artedu/histodesign/2_design_secxix.htm>.


Acesso em: 22 nov.2012.

John Ruskin, A.W. Pugin e o renomado arquiteto e designer William Morris


foram os precursores do design vitoriano, proclamando a importância da relação
entre arquitetura e design que existia na cultura clássica greco-romana e medieval.
Este saudosismo de tempos passados era parte da cultura romântica pertinentes ao
período vitoriano, período esse cheio de contrastes com o período posterior a ele: o
período da Revolução Industrial. A sociedade industrial orgulhava-se do progresso
material trazido pela revolução, pois se acreditava que assim estariam anuladas as
preocupações espirituais, considerada uma ameaça ao tecido social da época.
Esses mesmos pensadores (Ruskin, Pugin e William Morris) não concebiam
os novos ideais impostos pela Era Industrial, que exaltavam a beleza da produção
em larga escala e das máquinas. Para eles, a arte deveria ser uma imitação da
natureza, e, além disso, deveria ser um “retorno à vida em contato com a natureza”,

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pois essa era a única saída para a alienação das metrópoles, da fria e artificiosa
beleza do ferro, da produção industrial em série e da miséria causada pela
exploração e pelo trabalho mecanizado das fábricas
(http://www.estagiodeartista.pro.br/artedu/histodesign/2_design_secxix.htm).
Por mais que a Era Industrial incentivasse a racionalização do design e a
produção em massa, o gosto vitoriano ainda crescia no coração da burguesia
britânica do século XIX. Na arquitetura, na decoração, no paisagismo, nas artes
gráficas e nos objetos predominavam as formas orgânicas estilizadas de linhas
marcadas e os arabescos com decoração austera e volumes geométricos.
Essas ideias iniciaram o movimento conhecido como Arts and Crafts (Artes e
Ofícios), no qual 1861 os arquitetos William Morris, Philiph Webb e outros
associados estabeleceram um grande estúdio de design. Eles sustentavam o
propósito de restabelecer os laços entre o trabalho belo e o trabalhador, e voltar à
honestidade do design que a produção em massa negava. O estúdio de Morris e
Webb ficou conhecido pela ideia da casa como uma obra de arte total, com todos os
objetos desenhados pelos arquitetos e realizados por artesãos experientes, usando
métodos tradicionais e inspirados na natureza.
A missão social do movimento Arts and Crafts era:
 Dar solução aos males da Revolução Industrial;
 Melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores;
 Levar a cultura a todos;
 Restabelecer a união das artes e os ofícios perdidos desde o
Renascimento.
O movimento Arts and Crafts teve adesão não apenas da monarquia
vitoriana, mas também fez grande sucesso entre as classes mais elevadas.
Infelizmente, o sonho de oferecer peças de design único a todos não era
financeiramente viável, já que apenas os mais abastados poderiam ter esse luxo.
Ainda assim, o gosto pelos objetos Arts and Crafts cresceu e se estendeu na
Alemanha e Estados Unidos, onde se publicaram revistas especialistas no assunto,
atingindo um grande público feminino.

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FIGURA 7 - DESIGN DE INTERIORES PARA A REVISTA ARTS AND CRAFTS
DE MUNICH, ALEMANHA (1844)

FONTE: Disponível em: <http://www.estagiodeartista.pro.br/artedu/histodesign/2_design_secxix.htm>


Acesso em: 22 nov. 2012.

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FIGURA 8 - CATÁLOGO DE CADEIRAS THONET (ARTS AND CRAFTS)

FONTE: Disponível em: <http://www.estagiodeartista.pro.br/artedu/histodesign/2_design_secxix.htm>.


Acesso em: 22 nov. 2012.

As ideias do movimento Arts and Crafts, os ventos românticos e a veloz


modernização da Europa no final do século XIX inspiraram na França um movimento
ainda maior e mais abrangente. O movimento do Art Nouveau (1890 – 1918) iniciou-
se na França e se expandiu por toda a Europa convertendo-se em um estilo
internacional.
Esse movimento está estreitamente ligado às correntes artísticas de fim de
século que promoveram a imaginação, a expressão e o simbolismo na arte, mas
também à produção industrial em série e ao uso de materiais modernos como o
ferro, vidro e cimento. Diferente do movimento Arts and Crafts, o movimento Art
Nouveau estabeleceu uma articulação estreita entre arte e indústria, resultando em
uma alta qualidade estética dos objetos.

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FIGURA 9 E 10 - CARTAZES: TOULOUSE LAUTREC PARA JANE AVRIL E
ALPHONSE MUCHA PARA CIGARROS JOB

FONTE: Disponível em: <http://www.estagiodeartista.pro.br/artedu/histodesign/2_design_secxix.htm.>


Acesso em: 22 nov. 2012.

As linhas curvas, os arabescos, as formas orgânicas e geométricas e os


motivos florais que caracterizaram o estilo do movimento Arts and Crafts se fizeram
mais atrevidas e sensuais no Art Nouveau. Arquitetura, móveis, objetos, joias, roupa,
máquinas, móveis urbanos, tudo se vestiu de linhas onduladas. Era uma geração
que aceitava a máquina, mas a vestia de adornos floridos para naturalizá-la.
Todas essas características influenciaram diretamente a maneira de se
planejar os ambientes internos: estampas florais e sinuosas poderiam ser vistas em
cortinas, estofados e papéis de parede. A originalidade oriunda da sinuosidade das
composições orgânicas marcou presença no desenho dos móveis e objetos
decorativos. Grandes nomes destacaram-se no movimento Art Noveau, tais como o
arquiteto espanhol Gaudi, o artista francês Henry Tolouse Lautrec e o designer
gráfico e artista inglês Aubrey Beardslay, dentre outros.

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FIGURA 11 E 12 - Á ESQUERDA: GUSTAVE KLIMT, "HYGIEIA" (1907). À DIREITA:
AUBREY BEARDSLEY "O MANDO DO PAVÃO" (1894)

FONTE: Disponível em:<http://www.estagiodeartista.pro.br/artedu/histodesign/2_design_secxix.htm>.


Acesso em 22 nov. 2012. ano

Assim como o estilo Vitoriano, o Art Nouveau foi um sucesso exclusivo para
os nobres e ao consumo da burguesia ascendente. Apenas na virada do século XX,
com a iminência da Primeira Guerra Mundial, foi que esse movimento diminuiu a sua
força. Após a guerra, o Art Noveau centrou-se nos Estados Unidos, e na década de
20 derivou no estilo decorativo chamado Art Deco.
No Brasil, o estilo Art Nouveau, e posteriormente o estilo Moderno, chegou
ao país no começo do século XX com muitas novidades. O design Moderno
culminou até o início da década de 30 por meio da Bauhaus, a instituição de design
mais importante do século XX. Essa escola foi responsável por um enorme
desenvolvimento do movimento moderno por meio de melhores métodos de
produção e de materiais de melhor qualidade, como o metal tubular, o uso do aço e
do vidro. A eficiência funcional da Bauhaus tornou-se sinônimo de modernismo.

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Por volta de 1927, emergiu um Estilo Internacional do modernismo que se
distinguia pelo Essencialismo (ou “Minimalismo”), baseado no conceito moderno de
se obter o máximo pelo mínimo. Ligado ao design ambiental tentava encontrar
soluções inovadoras de design, usando o mínimo possível de energia e materiais.

FIGURA 13 – ESCOLA BAUHAUS

FONTE: Disponível em:<http://openbuildings.com/buildings/bauhaus-profile-2572>. Acesso em: 23


nov. 2012.

As indústrias estavam em busca de uma estética muito peculiar ao


Modernismo, em que sua representação orgânica projetou-se desde a arquitetura
até o desenho de livros. Desde o mobiliário até o design sofisticado das joias, dos
objetos de uso cotidiano às esculturas decorativas. Isso proporcionou uma resposta
plástica coerente à exata necessidade de popularização do design.
Séculos mais tarde, somos testemunhas em nossos dias da total
popularização do design. As inovações tecnológicas possibilitaram o barateamento
do custo de materiais e a automatização da produção moveleira, reduzindo

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diretamente o custo final para a classe consumista. Lojas populares investem na
qualidade de seus produtos, e hoje já é possível se adquirir peças nobres e até
mobiliário planejado com valores acessíveis, e formas inúmeras de aquisição.
Conforme podemos ver, ao longo dos séculos e até os nossos dias uma série
de inovadores estilos surgiram e se foram, provando que o Design não está
reservado somente para casas ou pessoas nobres: pode-se dizer que hoje o design
de interiores atingiu as massas, e está cada vez mais acessível a todos.

2 DESIGN DE INTERIORES E ESTÉTICA

Desde os tempos mais remotos, é notável o interesse e preocupação do ser


humano em relação àquilo que efetivamente o agrada. Vislumbrando a história do
Design, é possível afirmar que sempre houve essa disposição ao questionamento do
belo, essa busca incessante pela compreensão e delimitação do conceito de beleza.
A estética movimentou a transposição da vida humana em todas as eras, como
mera criação, como um ideal ou como uma ruptura com padrões e conceitos
preconcebidos. Entender o conceito de beleza, da criação do belo foi e ainda é
tarefa para os mais brilhantes pensadores, que tentam em palavras demonstrar o
tão vasto e imensurável universo da estética.
Para Platão, o belo é o bem, a verdade, a perfeição; a estética existe em si
mesma, apartada do mundo sensível, residindo, portanto, no mundo das ideias. A
ideia suprema da beleza pode determinar o que seja mais ou menos belo.
Já para Aristóteles, o belo é algo inerente ao homem, posto que a arte é
uma criação particularmente humana e, como tal, não pode estar em um mundo
apartado daquilo que é sensível ao homem. Assim, a beleza atribuída a algo estaria
sujeita a critérios como a percepção, proporção e harmonia, tudo em sua justa
medida.
É interessante notar que tudo o que é relacionado aos termos percepção,
proporção e harmonia deve ser compreendido como um conjunto inerente e
indispensável para a formação e desenvolvimento do olhar crítico de um Designer

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de Interiores, ou seja, essa seria a base de todos os conceitos aplicados a um
profissional.
Sem esses três pilares, desenvolver, planejar ou mesmo enxergar o Design
de Interiores tornara-se obsoleto. Dessa maneira, há a necessidade de se
desenvolver no profissional em Design de Interiores a capacidade perceptiva e
criadora apuradas, posto que as mesmas permitam aos indivíduos progredirem por
si mesmos de modo consciente. Essa conscientização dá-se a partir do despertar do
desenvolvimento criativo e perceptivo do ser humano, posto que o Design deva ser
pensado de forma planejada e sentida, não ao mero acaso da disposição de objetos,
mas considerando toda a problemática da percepção, proporção e harmonia e suas
relações com o meio.

2.1 CONCEITO DE BELO: PERCEPÇÃO, PROPORÇÃO E HARMONIA

A base de todo e qualquer processo criativo inicia-se primeiramente pela


percepção. Sem a percepção, é impossível que haja qualquer processo criativo,
incluindo a criação de projetos de interiores. Mas, como desenvolver o olhar crítico e
a percepção?
O desenvolvimento da percepção é inerente ao ser humano: é uma busca
individual, pois cada pessoa vê o mundo do seu próprio jeito, e transcreve o que vê
a partir de suas compreensões e experiências. Na medida em que se coloca junto
ao mundo, de forma favorável ou não, cada pessoa experimenta novas sensações e
desafios, e assim terá condições para o seu desenvolvimento perceptivo. Logo, a
expressividade do Designer de Interiores deve ser a manifestação da
intencionalidade daquilo que sente e pensa. É a expressão das suas sensibilidades
estéticas, sentimentais e emocionais colhidas nas experiências e interações com o
mundo.
Para o Designer de Interiores, esse perceber, memorizar e imaginar as
coisas naturais é imprescindível, pois ele apreende as possibilidades sobre a forma,
ordenação e composição com objetos. Assim, podemos dizer que quanto mais
perceptivo o designer for relacionado ao mundo, mais criativo ele será.

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O Designer de Interiores deve perceber os ambientes e transformar estas
percepções em algo novo, com novas cores, novas texturas e formas visuais,
elaborando projetos com competência inovadora e criativa. É interessante a ressalva
de que a cada nova experiência artística o designer aprimora sua capacidade e
aptidão para processos criativos. Com isso, seu intelecto passa a armazenar e
associar elementos por meio de múltiplas etapas consecutivas, as quais produzirão
novas ideias e combinações infinitas.
Por isso é tão importante à busca constante por novidades, posto que a
capacidade de captação e interpretação de informações do cérebro é inteiramente
visual. Revistas, visitas a eventos e até pesquisas por materiais e ideias
relacionadas ao design de interiores enriquecem a mente e – acredite! – criam um
arquivo vasto e indelével em sua mente. Assim, em pouco tempo será possível criar
ambientes com muita criatividade e diversidade, tornando cada criação única, e o
melhor: a cada nova criação, novas ideias e conceitos já estarão para sempre
gravados em seu “arquivo” mental. A conjugação certa de elementos comuns ao
design de interiores tais como: móveis, objetos, tapetes e quadros, é a chave para a
composição de um ambiente verdadeiramente harmonioso e equilibrado.
O equilíbrio e a harmonia são o segundo grande passo para a produção de
um ambiente ideal, e vem logo após o profissional em design haver treinado seu
olhar e percepção, como acabamos de mencionar. É necessário enfatizar que esses
conceitos ficarão vívidos e claros à medida que você for trabalhando sua
criatividade, conhecendo materiais e texturas, e sabendo identificar e diferenciar o
estilo do excesso. Só com a prática em projetos é que você poderá ousar sem
medo, misturando diferentes materiais, fazendo um jogo de cores e formas e assim,
conseguirá com facilidade fugir de composições óbvias e monótonas.
Para ter excelência na arte de projetar e planejar ambientes, primeiramente
é fundamental que você conheça o espaço que você possui para decorar. Será um
ambiente de trabalho ou residencial? Para alguém mais clássico ou ousado,
moderno? E o tamanho do espaço? Grande ou pequeno? Essas perguntas básicas
poderão auxiliá-lo na concepção de suas primeiras ideias, pois a partir delas é que
você saberá evitar os excessos ou faltas em seu projeto.

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Nas fases iniciais da vida de um projetista, é comum que seus primeiros
projetos possuam muitos excessos, como móveis, objetos, cores e texturas
desnecessárias, ou até mesmo pode ser que o projeto fique vazio e desinteressante,
com poucos móveis e não muitos apelos decorativos. O equilíbrio na escolha de
cada detalhe de um projeto é indispensável no sucesso de sua
composição.

Lembre que um ambiente com excessos demais passa


uma ideia de “poluição” e confusão, e até pode
comprometer a circulação de pessoas e tornar-se um
espaço cansativo. Por outro lado, um ambiente amplo
com poucos móveis corre o risco de tornar-se um
espaço frio e monótono.

O que vale lembrar é: treine muito, muito mesmo o seu olhar! Pesquise
imagens na internet, busque em revistas... Invista tempo em olhar projetos de
profissionais que esteja há mais tempo no mercado, pois isso enriquecerá (e muito)
seu acervo de ideias. Observe com atenção cada projeto: Que tipo de textura e
revestimento foi utilizado? E as cores e tons? Combinam ou contrastam? Objetos
modernos podem ser usados com objetos antigos e repaginados? E as peças
exclusivas, planejadas? Como se portam nesse ambiente? Esses tipos de
observações amadurecem a pessoa como profissional, pois ideias vistas poderão
ser reformuladas e reaproveitadas em projetos posteriores. É como diz o velho
ditado: “Nada se cria, tudo se transforma...”!
E isso é muito válido em relação ao Design de Interiores! Além de ser um
atento observador, há alguns princípios que são a base de composição para todo
projeto em Design de Interiores, a saber:

a) Ritmo - É a repetição de uma forma ou elemento, como cores que se


repetem, linhas, curvas, enfim, elementos que sugerem que há um “movimento” na
composição de um ambiente.

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b) Harmonia – Seria um equilíbrio ideal entre o estilo sem excessos. As
formas, texturas, cores, iluminação, a distribuição dos móveis e objetos, os materiais
usados, devem atuar como um conjunto homogêneo e equilibrado. Nada deve faltar
ou sobrar no ambiente.

FIGURA 14 – RITMO NAS FORMAS CIRCULARES QUE SE REPETEM EM


DIVERSOS ITENS E HARMONIA ENTRE OS ELEMENTOS

FONTE: Disponível em: <http://www.simplesdecoracao.com.br/dicas/principios-do-design-de-


interiores/>. Acesso em: 23 nov.2012.

c) Equilíbrio – A distribuição de móveis e objetos é basicamente parecida de


todos os ângulos. Observe o ambiente abaixo: um sofá em tom mais escuro torna-se
a peça principal nessa sala, enquanto os dois outros lances de sofás distribuem-se a
uma distância inversamente proporcional. Apesar de não serem peças idênticas, os

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sofás possuem o mesmo tom, e isso cria uma sensação de continuidade e equilíbrio
no espaço.
O mesmo vale para os adereços: Observe que o espelho do lado direito,
sendo uma peça de realce evidente, equilibra-se com a luminária alaranjada em seu
lado oposto. Peças totalmente diferentes, mas de igual valor de destaque, que
terminam por se equilibrar entre si. Por último, dois quadros idênticos ao fundo, que
concluem o equilíbrio do conjunto.

FIGURA 15 – ITENS EM HARMONIA E EQUILÍBRIO ENTRE OS ELEMENTOS

FONTE: Disponível em: <http://www.simplesdecoracao.com.br/dicas/principios-do-design-de-


interiores/>. Acesso em: 23 nov. 2012.

d) Unidade- Todo espaço planejado deve ser coerente, fazendo com que
todos os itens utilizados, desde texturas, cores, acabamentos, móveis, objetos e
complementos “conversem” entre si, como se cada item fosse parte de um todo.
e) Contraste – É interessante, desde que utilizado corretamente, pois
elementos contrastantes quando juntos são enriquecidos. Paredes escuras com

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molduras claras, tons lisos somados a estampas e texturas e cores contrastantes
são exemplos do uso de contraste na composição.
f) Centros de interesse – Alguns, senão apenas um objeto na composição
deve ser o centro das atenções. É interessante que não haja competição entre os
elementos de um projeto, por isso evite os exageros.
g) Variedade – Procure sempre trazer o máximo de variedade para o seu
projeto, mas com o mínimo de exageros. Como? Utilizando o seu bom gosto. Vale
sim a misturas de formas, texturas, cores e estampas, pois isso foge à monotonia.
Mas tudo isso com equilíbrio, sem que algo destoe demais do conjunto.
Observe com atenção o ambiente abaixo. Note como foram utilizados todos
os últimos três princípios aqui mencionados: contraste, centro de interesse e
variedade. A parede em tom azul escuro realça as molduras claras na parede, e
ainda destaca o sofá amarelo, centro de interesse desse projeto.
O tom amarelo do estofado “chama” o painel florido em tom de amarelo
queimado do lado direito da composição. Chão aparentemente de carpet estampado
somado a parede escura faz com que todos os objetos dessa sala, por singelos que
sejam, tornem-se destaque por serem de cor clara, como os vasos e a cortina.

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FIGURA 16 – AMBIENTE TRAZENDO OS PRINCÍPIOS DE CONTRASTE,
CENTRO DE INTERESSE E VARIEDADE

FONTE: Disponível em: <http://www.simplesdecoracao.com.br/dicas/principios-do-design-de-


interiores/>. Acesso em: 23 nov.2012.

h) Escala – Imprescindível para a composição de um projeto! Observe


sempre o tamanho do espaço a ser feito o projeto, pois disso dependerá a escolha
correta e a quantidade dos móveis, objetos decorativos, cores, texturas e tudo o
mais que for utilizar na composição.
i) Proporção – Esse conceito “anda de mãos dadas” com a escala.
Digamos, por exemplo, que você irá projetar uma sala, mas ela possui altura bem
elevada, ou seja, o “pé-direito” alto. Você deve diminuir visualmente essa altura
utilizando cor escura no teto. Outro exemplo: ambiente pequeno demais. Não pense
duas vezes: use cores claras, pois elas criam a ideia de que o espaço é maior. Da
mesma maneira, as cores escuras “estreitam” os ambientes, modificando a
percepção da proporção entre largura e comprimento.

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2.2 AS CORES E A PSICOLOGIA

No último tópico, salientamos que o uso das cores é um fator de grande


importância na composição de projetos de interiores. Com o uso adequado delas é
possível tornar um ambiente visualmente maior ou menor, mais ou menos ameno,
mais aconchegante ou menos high tech, por exemplo. Cada cor transmite
sensações diferentes, e podem ser utilizadas para acalmar, alegrar ou estimular,
trazendo equilíbrio e harmonia aos ambientes.
De fato, é impossível não perceber o quanto as cores causam um impacto
em nossas vidas, muito maior do que imaginamos. E é por isso mesmo que a Teoria
das Cores anda tão atrelada à Psicologia, que tenta explicar os fenômenos
sensitivos relacionados a elas.
Nesse curso não iremos focar especificamente as atribuições psicológicas
das cores e nem abordaremos sua fenomenologia. Nossa intenção aqui é
demonstrar, de forma bastante didática, como podemos utilizar as cores em nossos
projetos de forma a propiciar reações psicológicas positivas nos indivíduos. Por sua
expressividade, as cores têm a capacidade de, mais que qualquer outro elemento,
liberar as reservas criativas das pessoas. Utilizando-se disso e reconhecendo que
cada cor possui seu potencial de desencadear reações psicológicas nas pessoas,
você irá projetar ambientes muito melhores e mais específicos para seus futuros
clientes.
É importante lembrar que cada um de nós responde à cor de uma forma
particular. As pessoas tendem também a ser atraídas por certas cores em virtude de
alguns fatores determinantes, tais como seu tipo de personalidade, condições
circunstanciais de sua vida ou em seus desejos e processos mentais mais íntimos,
profundos e até inconscientes. Dessa maneira, pode-se afirmar que as cores têm
influências em nossos componentes físico, mental e emocional.
A importância das cores em interiores e sua influência em nossas vidas
tornam-se evidente também quando lembramos que, em média, passamos cerca de
dois terços do nosso tempo em ambientes internos. Pensando exatamente que

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passamos mais tempo no interior dos edifícios do que fora deles é que a questão do
conforto torna-se indispensável em matéria de Design de Interiores!
E por isso mesmo o cuidado ao escolher as cores de seu projeto deve ser
redobrado, dependendo da sensação que você deseja criar e do ambiente que irá
projetar. É comum vermos erros terríveis na escolha de cores, como por exemplo,
todas as paredes em tons muito fortes e vibrantes, o que inevitavelmente causará
sensação de desconforto. Combinações de cores que não se harmonizam também
causam o mesmo efeito negativo nos ambientes internos. Uma boa saída para evitar
essas situações é conhecer a teoria das cores aplicada ao Design de Interiores, e as
formas mais eficazes de se obter harmonia por meio de uma paleta crômica.
Vamos ver tudo isso nos próximos tópicos!

2.2.1 Harmonia para ambientes internos: sensações que as cores proporcionam


(calor x frio)

Você já observou com atenção uma Paleta Crômica, ou Paleta de Cores? O


“Ciclo Crômico” ou Paleta Cromática surgiu no século 18, e é uma ferramenta
bastante útil hoje.
Isaac Newton, cientista inglês, descobriu que a luz branca é composta por
um espectro de cores: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, índigo e violeta.
Newton organizou as cores em matizes crescentes (mais escuras) ou decrescentes
(mais claras), e fez com que a Paleta Crômica servisse de instrumento para
estabelecer combinações seguramente equilibradas.

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30
FIGURA 17 – PALETA CRÔMICA

.
FONTE: Disponível em: <http://casa.abril.com.br/materia/cor-desperta-boas-sensacoes#2>. Acesso
em: 23 nov. 2012.

Para utilizar a paleta de cores, é muito simples:


1) Caso deseje compor uma ambiente usando o efeito tom sobre tom, basta
escolher um jogo de cores do disco (tons de vermelho, por exemplo). Selecione uma
das tonalidades de vermelho, e então, escolha o jogo de cores vizinho (as chamadas
“cores análogas”) para compor a harmonia.

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Nesse caso, as paletas vizinhas seriam as das cores alaranjada (à esquerda)
ou vermelho escuro (à direita). Essas cores são facilmente equilibradas na
composição, uma vez que suas matrizes são próximas umas das outras.

FIGURA 18 – CORES ANÁLOGAS

FONTE: Disponível em: <http://design.blog.br/geral/teoria-basica-do-design-cor>Acesso em: 23 nov.


2012.

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32
FIGURA 19 – HARMONIA UTILIZANDO CORES ANÁLOGAS DA PALETA
CRÔMICA

FONTE: Disponível em: <http://arkideias.com/2012/03/20/as-sensacoes-das-cores-na-decoracao/.>


Acesso em: 23 nov.2012.

FIGURA 20 – CORES ANÁLOGAS

FONTE: Disponível em: <http://design.blog.br/geral/teoria-basica-do-design-cor>. Acesso em: 23 nov.


2012.

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33
2) Agora, caso deseje compor um ambiente mais ousado e contrastante,
escolha as nuances do lado oposto do ciclo, ou seja, as cores complementares. Por
exemplo: Caso escolha a paleta de tons roxos, o tom complementar (ou oposto)
seria o tom laranja claro. Esse tipo de harmonia trata-se de um fenômeno físico
surpreendente: exposto a uma cor, o olho busca automaticamente sua cor
complementar.

FIGURA 21 – HARMONIA COM CORES COMPLEMENTARES

FONTE: Disponível em: <http://www.designinteriores.com.br/design-de-interiores/o-uso-das-cores-na-


decoracao>. Acesso em: 30 nov. 2011.

Outro detalhe importante em relação à paleta crômica é a divisão das cores


em QUENTES ou FRIAS. As cores quentes lembram a luz do sol e o fogo. São mais

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estimulantes, excitantes e transmitem dinamismo, vitalidade e alegria. Já as cores
frias são mais ligadas à natureza, ao céu, às árvores e proporcionam sensação de
frescor, calma e tranquilidade.

CORES QUENTES

FIGURA 22 – CORES QUENTES E FRIAS

FONTE: Disponível em: <http://arkideias.com/2012/03/20/as-sensacoes-das-cores-na-


decoracao/>. Acesso em: 23 nov. 2012.

CORES FRIAS

FIGURA 23 – CORES QUENTES E FRIAS

FONTE: Disponível em: <http://arkideias.com/2012/03/20/as-sensacoes-das-cores-na-


decoracao/>. Acesso em: 23 nov. 2012.

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FIGURA 24 – PALETA DE CORES QUENTES E FRIAS

FONTE: Disponível em: <http://arkideias.com/2012/03/20/as-sensacoes-das-cores-na-decoracao/>.


Acesso em: 23 nov. 2012.

Apenas para fins de conhecimento, as cores estão divididas em três grupos:


Cores Primárias (cores naturais que não podemos obter por meio de misturas,
como o vermelho, azul e amarelo), Cores Secundárias (mistura de duas cores
primárias, como o verde, o violeta e o laranja) e as Cores Terciárias (cores obtidas
pela mistura de uma cor secundária com uma primária).
As cores ainda podem sofrer alterações que diferenciam suas propriedades
em relação a algumas características específicas, a saber:
 Matiz: é a cor pura, sem adição de branco ou preto.
 Intensidade: quanto mais intensa uma cor, mais “viva” ela é.

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 Escurecimento: variação de matiz obtida pela adição de preto.
 Clareamento: variação de matiz obtida pela adição de branco.
 Saturação: Quanto mais cinza adiciona-se a cor mais neutra ela se torna.

FIGURA 25 – PROPRIEDADES GERAIS DAS CORES

FONTE: Disponível em: <http://arkideias.com/2012/03/20/as-sensacoes-das-cores-na


decoracao/>. Acesso em: 23 nov. 2012.

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37
Agora que já conhecemos um pouco sobre o universo das cores, vamos nos
aprofundar ainda mais no conhecimento sobre o significado e as sensações
proporcionadas por cada cor, e sua aplicação em Design de Interiores!

2.2.1.1 Teoria das Cores Aplicada ao Design de Interiores

Já vimos que a cor é capaz de alterar todo o contexto de um ambiente. Cada


cor possui a capacidade única de com a sua mera presença desencadear
sensações, as mais diversas possíveis, e cabe ao Designer de Interiores saber
aplicar essas cores adequadamente aos seus projetos.
Para ter sucesso na composição de um ambiente não basta apenas gostar
de uma cor do catálogo e logo aplicá-la ao ambiente desejado. É comum apaixonar-
se por uma cor quando se vê no mostruário, e em seguida frustrar-se pelo resultado
obtido na aplicação.
Como fazer para não errar? Uma dica interessante que pode ajudar na
escolha das cores certas em um ambiente é “experimentar” cada tom na parede.
Esse velho truque dá certo, e vale observar a área pintada durante o dia e à noite,
com iluminação artificial. Isso elimina qualquer dúvida que haja, pois se deve
considerar que o efeito na parede quase sempre é muito diferente que a cor
apresentada no catálogo de cores.
Gostaria de concluir esse módulo apresentando um vislumbre sobre as
cores e as sensações que elas transmitem, quando usadas nos ambientes.
Conhecer o potencial e as características de cada cor irá prepará-lo (a) para a
próxima etapa de seu conhecimento: o Projeto de Design de Interiores.

BRANCO
O branco reflete paz, pureza, calma, inocência e dignidade. É uma cor
suave, e tem o poder de tornar um ambiente pequeno visualmente maior. Por ser
composto por todas as cores o branco reflete a luz, e é uma alternativa excelente
para ambientes com pouca luminosidade. Em Design de Interiores, a cor branca

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compõe ambientes sofisticados, iluminados e vivos. O branco possui ainda a grande
vantagem de realçar todas as outras cores associadas a ela.
Uma grande tendência hoje para quem deseja inovar, mas sem ousar tanto
são os tons off-white, ou seja, o branco com um leve toque de outros pigmentos.
Uma vantagem observada em relação ao off-white é que esse tipo de tonalidade
branca controla significativamente a claridade dos ambientes. Por exemplo, caso
alguém não abra mão do branco, mas esteja enfrentando um problema de
ofuscamento (ou claridade em excesso), os off-white podem ser a solução para esse
problema.

FIGURA 26 – DECORAÇÃO EM TONS DE BRANCO

FONTE: Disponível em: <http://cafofofino.blogspot.com.br/2010/01/tenho-medo-de-branco-e-gosto


de-espelho.html> Acesso em: 30 nov. 2012.

PRETO

Essa cor, se utilizada de forma coerente, é ideal para compor ambientes


nobres, luxuosos e clássicos. A cor preta pode até tornar-se alegre e expressiva, e
quando combinada corretamente com outras cores pode até realçá-las. Não há

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muito tempo que os Designers “descobriram” que a cor preta responde muito bem
aos ambientes de trabalho, comerciais e até mesmo residenciais, quando modernos
e sofisticados. Não é a toa que o preto em Design de Interiores remete a poder,
responsabilidade e imponência.

FIGURA 27 – DECORAÇÃO PREDOMINANTE EM PRETO GANHA AR MODERNO


E JOVIAL COM DETALHES EM AZUL TURQUESA

FONTE: Disponível em: <http://www.dicasdiarias.com/curso-de-design-de-interiores/>


Acesso em: 30 nov. 2012.

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40
FIGURA 28 – O PRETO COM BRANCO É UM CLÁSSICO NA DECORAÇÃO, E
REMETE A AMBIENTES SOFISTICADOS E ELEGANTES

FONTE: Disponível em: <http://www.homeprojetosideias.com/search/design-de-interiores-


quartos/>. Acesso em: 30 nov. 2012.

CINZA

Por ser uma cor neutra, o cinza quando usado sozinho remete a tristeza,
angústia e desânimo. Porém, o cinza possui o poder de realçar com perfeição as
outras cores. Responde muito bem quando combinado com cores fortes e vibrantes,
como o roxo, o verde e o amarelo limão. Essas combinações e tantas outras
harmonias com o cinza remetem a sabedoria, requinte e sensatez.

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FIGURA 29 – AMBIENTE HIGH TECH OBTIDO COM ESCALA DE CINZAS

FONTE: Disponível em: <http://ibdidesign.blogspot.com.br/2010/11/curso-tecnico-em-design-de-


interiores.html>. Acesso em: 30 nov. 2012.

VERMELHO

O vermelho é uma das cores mais ecléticas e vibrantes em harmonia de


interiores. Força, vitalidade, sensualidade, paixão e calor são o que o vermelho
representa. Em móveis e objetos, o vermelho possui o poder de realçar formas, e
isso se deve ao fato de ser uma cor com muita força e peso visual. O “queridinho” de
ambientes ousados, o vermelho faz sucesso em ambientes comerciais como bares e
restaurantes, pois é capaz de estimular o apetite e criar ambientes extremamente
aconchegantes.

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Em ambientes residenciais o vermelho também faz sucesso. Usado nos
quartos certamente vai torná-los mais estimulantes. Em salas, pode ser combinado
com outros tons neutros, como os brancos, beges e cinzas.

FIGURA 30 – MODERNIDADE E ENERGIA PODEM SER CONSEGUIDAS COM A


BOA UTILIZAÇÃO DO VERMELHO

FONTE: Disponível em: <http://arkideias.com/2012/03/20/as-sensacoes-das-cores-na-decoracao/>


Acesso em: 30 nov. 2012.

Alguns aspectos favoráveis que o vermelho sugere são a motivação e o


estímulo, posto que essa cor estimula a vitalidade e energia e é um convite à
atividade, atenuando a inércia, a melancolia e a tristeza. Quer um ambiente alegre e
moderno? Aposte no vermelho!
Mas cuidado ao escolher o tom do vermelho. Há vermelhos nobres e
intensos, enquanto outras tonalidades mais “abertas” podem aludir à indecência,
vulgaridade e falta de polidez em certas ocasiões. O vermelho provoca reações
físicas nas pessoas, e por isso mesmo deve ser utilizado com cuidado. Raiva,

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brutalidade, crueldade, rancor, revolta e desconforto intenso podem ser algumas
possíveis reações.

LARANJA

Quase tão vibrante quanto o vermelho, os tons laranja exalam prazer,


êxtase, luminosidade, e lembram o próprio flamejar do fogo. Representa o calor, luz,
festa e euforia. Por esse motivo é uma cor excelente para ambientes comerciais, tais
como lojas despojadas, lanchonetes e restaurantes.
O laranja promove a criatividade, conforto, alegria e expressividade.
Comunicação, movimento e iniciativa geralmente são elementos dessa cor, posto
que o laranja energiza o corpo e ajuda nos processos de assimilação e distribuição.
Por promover toda essa energia, o laranja não é adequado para pessoas
facilmente irritáveis ou estressadas.

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FIGURA 31 – BANHEIRO EXALA VITALIDADE E ALEGRIA COM DETALHES
LARANJA

FONTE: Disponível em: <http://www.bbel.com.br/decoracao/post/laranja-na-decoracao-da-


casa.aspx>. Acesso em: 30 nov. 2012.

AMARELO

Associada à própria luz solar, o amarelo representa a energia, alegria, verão,


é a cor da luz, a cor mais luminosa do circulo cromático. Assim como o vermelho, o
amarelo possui a capacidade de realçar as formas de objetos e móveis em um
ambiente, devido à sua grande capacidade de expansão.
O uso dessa cor em halls, corredores e lugares com pouca iluminação é
interessante, pois além de iluminar, o amarelo também propicia a sensação de
expansão do espaço. Essa cor é associada ao intelecto, às ideias e à inquirição
mental, e não é a toa que muitos adotam o amarelo para “fazer as vezes” em seu
escritório particular.

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Apesar de vibrante, o amarelo é capaz de transmitir sensações variadas de
bem-estar, esperança e o sentimento de que tudo correrá bem. Outras sensações
obtidas pelo amarelo estão relacionadas ao brilho, jovialidade e alegria.

FIGURA 32 – SALA EXALA ALEGRIA E CONFORTO COM TONS DE AMARELO

FONTE: Disponível em: <http://casadecoradas.blogspot.com.br/2012/11/27-decoracao-2012-


Tendencias-em-Design-de-Interiores.html>. Acesso em 30 nov. 2012.

VERDE

O verde é uma cor muito bem-vinda a ambientes e regiões quentes. Essa


cor reflete frescor, calma, serenidade, estabilidade, saúde e bem estar. Com
facilidade os ambientes em tons verdes promovem o equilíbrio mental, a harmonia, e
sensação de repouso e relaxamento. Essa cor atenua as emoções, facilita o
raciocínio correto e amplia a consciência e compreensão. O verde é a própria

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imagem da segurança, proteção e aconchego que muitos almejam criar em um
ambiente.

FIGURA 33 – SALA DE ESTAR COM ARES DE FRESCOR, CONSEGUIDA COM


TONALIDADE VERDE CÍTRICA

FONTE: Disponível em: <http://www.mundodastribos.com/media-de-salario-de-um-designer-


de-interiores.html#>. Acesso em: 30 nov. 2012.

AZUL

O azul remete ao frio, ao mar, ao céu, e produz sentimentos como a paz, a


serenidade e harmonia. Assim como o verde, o azul transmite frescor e serenidade,
porém com um dinamismo maior que o verde. O azul transmite confiança, respeito,
tranquilidade e sofisticação e por fazer parte do espectro frio, por sua quietude e

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confiança, promove a devoção e a fé. O azul é uma cor popular associada ao dever,
à beleza e à habilidade.

FIGURA 34 – O AZUL PRODUZ AMBIENTES CALMOS, SERENOS E DE UMA


BELEZA PECULIAR

FONTE: Disponível em: <http://casa.abril.com.br/materia/cor-desperta-boas-sensacoes#2>


Acesso em 30 nov.2012.

ROXO/VIOLETA:

Tonalidades roxas, violetas e lilases são a figura clara de fantasia, mistério,


espiritualidade, sonho, misticismo e ao mesmo tempo, delicadeza. Dependendo da

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tonalidade, pode criar também ambientes calmos e serenos. Dons artísticos,
tolerância e consideração estão associados às cores, roxa e violeta.

FIGURA 35 – BANHEIRO AMPLO E SOFISTICADO ABUSA DAS TONALIDADES


ROXAS, VIOLETAS E LILASES NOS REVESTIMENTOS DE ARDÓSIA,
MÁRMORE, CERÂMICA E PASTILHAS

FONTE: Disponível em: <http://www.obravipblogs.com.br/dica-de-decoracao/dica-de-


decoracao-roxo-total/> Acesso em: 30 nov. 2012.

BEGE

Os tons beges (ou pastéis) são o grande coringa dos projetos de Design de
Interiores. Usado para equilibrar e também compor com maestria, os tons neutros
como beges e crus sempre são bem-vindos em composições sóbrias e clássicas, e
jamais saem de moda.

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Uma grande vantagem dos tons neutros também é que dificilmente alguém
irá “enjoar” de um projeto com esses tons. Beleza, nobreza, sofisticação e tradição
são algumas sensações transmitidas por essa cor admirável.

FIGURA 36 – DORMITÓRIO CLÁSSICO EM TONS NEUTROS ALUDE A


CONFORTO, ACONCHEGO E SOFISTICAÇÃO

FONTE: Disponível em: <http://essencialdesign.com/?page_id=24>. Acesso em: 30 nov. 2012.

MARROM

Assim como as matizes beges, o marrom proporciona a sensação de que


tudo é permanente, sólido e seguro. É a cor da estabilidade, principalmente quando
usada nos móveis e adereços. A cor marrom também aceita combinações com cores

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opostas e contrastantes, tais como esse verde pistache utilizado na composição da
sala de estar abaixo:

FIGURA 37 – COMPOSIÇÃO CLÁSSICA COM MOBILIÁRIO, ESTOFADOS E


PAINEL AMADEIRADO EM TONS DE MARROM CAFÉ FAZEM CONTRASTE COM
DETALHES E ILUMINAÇÃO EM VERDE PISTACHE

FONTE: Disponível em: <http://www.reformafacil.com.br/casa-cor-2011-sala-de-estar-e-galeria>


Acesso em: 30 nov. 2012.

ROSA / PINK / MAGENTA

Tons rosa, desde os mais claros aos mais intensos, jamais passam
despercebidos em uma composição de design. Há muito tempo rotulada como uma
cor estritamente feminina e delicada, os tons rosa, pink e magenta ganharam forças

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no mundo do design, graças a descobertas de novas combinações e usos.
Independente do tom, os rosados expressam delicadeza, afetividade, calor e
energia.
Rosas amarelados (conhecidos como “rosa antigo”) entram na categoria de
tons pastéis, e figuram muito bem ao lado de tons escuros e pesados, como o azul
marinho ou marrom café. Rosas derivados da simples mistura de branco com
vermelho são clássicos na decoração de quartos de meninas. Se misturado a outras
cores, como o verde cítrico, por exemplo, traz um ar de alegria e frescor, e ainda sai
da linha do monótono e previsível.

FIGURA 38 – COMPOSIÇÃO CLÁSSICA COM ROSA EM QUARTOS FEMININOS

FONTE: Disponível em: <http://arkideias.com/2012/03/20/as-sensacoes-das-cores-na-decoracao/>


Acesso em 30 nov. 2012.

Já os tons pink e magenta são dramáticos, modernos e estimulam as


pessoas, e em empreendimentos comercias, eleva as vibrações. O pink e o magenta
também são bem-vindos em ambientes residenciais e, quando combinado com
móveis mais modernos, deixam o ambiente com ar ousado e sofisticado. Adapta-se
muito bem com toques de preto, que traz muito glamour à composição.

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FIGURA 39 – TONS PINK E MAGENTA FOGEM DA DELICADEZA HABITUAL DO
ROSA

.
FONTE: Disponível em: <http://arkideias.com/2012/03/20/as-sensacoes-das-cores-na-decoracao/>
Acesso em: 30 nov. 2012.

FIM DO MÓDULO I

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