Autores: Rafael Siqueira Macedo crp-05/41338; Clystine Abran de Oliveira Gomes crp
05/15048
alcançados através das teorias que compõem a psicologia clínica, como também na
melhora da qualidade de vida dos pacientes. O que chamamos de hipnose serve para
preexistentes nos indivíduos. A hipnose pode funcionar como uma enorme ajuda para
e de resposta. A hipnose é uma técnica sofisticada de comunicar ideias num estado mais
A autoscopia demostra ser uma das técnicas mais eficiente que utiliza de visualização
para acessar os recursos internos do paciente para alcançar seus próprios objetivos
descritos por Ferreira (2008) mostram que a imaginação está diretamente relacionada a
ativação do sistema imunológico, na superação do desconforto no tratamento das
interna em transe hipnótico que é um estado ampliado de consciência. Pode ser hétero ou
Objetivo: O presente estudo realizou uma pesquisa bibliográfica que envolveu estudos
psiconeuroimunomodulação.
com os pacientes, observamos que a hipnose pode ser uma ferramenta auxiliar útil na
maioria dos casos de pacientes tratados na psicologia clínica, em particular nas doenças
Considerando a hipnose como uma técnica auxiliar da psicologia clínica, novas pesquisas
Ideias centrais:
surpreendentes dessa relação. Como no caso de uma cliente que chegou ao consultório
com alergias que causavam manchas por quase todo seu corpo. Ao entrar em contato
com as técnicas de RMP, em poucos meses, a cliente estava livre de suas alergias. Visto
que uns dos objetivos da cliente era, também se livrar das alergias seus objetivos foram
Supondo serem os processos cognitivos responsáveis por toda a ativação dos processos
como, através do pensamento, acessar esses processos fisiológicos? Sabemos hoje, que
Epstein (2009) relata que, atualmente a medicina acidental vem começando a explorar as
são dois exemplos desse esforço. Muitos estudos sobre hipnose, demostram mais
entre a mente e o corpo e vice-versa) apareceu na literatura médica pela primeira vez em
1964, quando Solomon e Moos publicaram o artigo Emotions, imminity and disease: A
spectative theorical integration. É um termo ainda muito recente no meio cientifico e muito
Aplicada (IBHA), tive a oportunidade de conhecer pessoalmente o Dr. João Jorge Cabral
Nogueira, o qual em 1981, introduz o termo Autoscopia, com o seu trabalho intitulado de
Foi onde consegui encontrar a resposta para a questão anteriormente colocada. Como,
através do pensamento, acessar esses processos fisiológicos? Através da Autoscopia, é
simples assim.
Fundamentada na teoria ideomotora de Bernhein que dizia: “Toda ideia sugerida tende a
fazer-se ato”, muito embora essa lei seja ainda hoje atribuída a Willian James, que de
maneira perspicaz introduz a seguinte assertiva: “Uma ideia, a menos que seja inibida,
que é: a soma de modificações orgânicas que estão por baixo de toda atividade psíquica.
sentada na cadeira e tem a capacidade de se imaginar outra pessoa dentro dela, como se
autoscopia (uma técnica integrativa) quer dizer: visão própria, interna, representa a
Pensar em como podemos provocar esses fenômenos, como, irritações na pele, induzir a
queimaduras e remoção de verrugas nos leva a imaginar ir mais além. Como ir além e,
por exemplo, ao invés de remover uma simples verruga, seria possível remover um tumor,
tumores e outros milagres da medicina que não poderiam ser explicados pela física
Embora muitos relatos sobre a eficácia possam ser considerados fúteis, por se tratar de
relatos pessoais em primeira mão, eles são tão importantes e autênticos quanto dados
recolhidos pelos métodos científicos. (Epstein, 2009)
Utilizando-se da analogia de Goswami 2009, onde, a consciência usa os campos
morfogenéticos para construir formas biológicas, assim como um arquiteto usa o projeto
para construir uma casa. E mais adiante Goswami, complementa essa analogia dizendo
que: “Um arquiteto conecta os módulos físicos por meio de visualização e pensamento.
De modo análogo, ao conectar os módulos das formas biológicas, a consciência é guiada
pelos sentimentos dos correspondentes campos morfogenéticos correlacionados.”
Rupert Sheldrake (1981), (in NOGUEIRA, 2010), biólogo inglês, propôs a teoria de
campos morfogênicos ou morfogenéticos não locais, não físicos, para explicar como o
corpo vital fornece as matrizes das funções vitais, manutenção e reprodução de um ser.
A teoria dos campos morfogenéticos e a ressonância explicam como o ADN sabe que
deve duplicar-se como um órgão ou outro.
Esses campos dirigem a duplicação do código genético biológico e são os responsáveis
da especialização do ADN em órgãos diferentes e o mecanismo seria a ressonância
mórfica que ele denominou formação causativa.
Esses campos supõem uma memória coletiva, onde ficam armazenadas todas as
experiências de todas as espécies viventes, influindo sobre as condutas e
desenvolvimento da evolução daquelas espécies e por sua vez sendo influenciada por
esses campos. Essa influência se dá pela ressonância mórfica, conceito muito
semelhante ao de Sincronicidade de Jung (1970) in NOGUEIRA, 2010)
Sheldrake (1981 in NOGUEIRA, 2010) nos diz que graças a essa memória coletiva cada
experiência humana é armazenada no campo morfogenético. Esses campos podem ser
acessados através do estado ampliado de consciência.
Se a nossa consciência, nossa observação cria a matéria, a nossa bioquímica do corpo é
um produto da nossa consciência. Crenças, pensamentos e emoções criam as reações
químicas em cada célula do nosso corpo, então as células têm a memória holográfica de
nossa vida que pode ser acessada pela Autoscopia. A mente atua através da não
localidade, fora do espaço-tempo e pelo holograma onde tudo está contido, onde tudo
está disponível para ser acessado instantaneamente e pelos campos morfogênicos e
campos holoinformacionais onde tudo está acessível para ser mudado pelas matrizes
universais. (NOGUEIRA, 2010)
Se desejarmos ser bons terapeutas, necessitaremos estar abertos para os saltos
quânticos que ocorrem durante o espaço de encontro que é a sessão de terapia, e
acreditarmos que a sabedoria universal está dentro da mente do paciente, nossa função é
apenas facilitar o acesso a essa sabedoria pelo estado ampliado de consciência que é a
hipnose. (NOGUEIRA, 2010)
Referências:
Adler, Stephen Paul. Hipnose Ericksoniana: estratégias para a comunicação efetiva;
(tradução de Ana Terezinha Passarella Coelho) – Rio de Janeiro: Qualitymark, 2010.
Chopra, Deepak. A cura quântica: o poder da mente e da consciência na busca da saúde
integral; tradução de Evelyn Kay Massaro e Marcília Britto - São Paulo : Best seller, 1989?
Epstein, Gerald. Imagens que curam: praticas de visualização para a saúde física e
mental; tradução Jaqueline Valpassos. São Paulo : Ágora, 2009.
Ferreira, Marlus Vinícius Costa. Tratamento coadjuvante pela hipnose; São Paulo :
Atheneu, 2008.
Goswami, Amit. A janela visionária: um guia para a iluminação por um físico quântico;
Tradução Paulo Salles – São Paulo : Cultix, 2006.
Goswami, Amit. Evolução criativa das espécies: uma resposta da nova ciência para as
limitações da teoria de Darwin; tradução Marcello Borges – São Paulo : Aleph, 2009
Nogueira, João Jorge Cabral. Autoscopia: “uma viagem ao seu interior” - Rio de Janeiro:
Instituto AmanheSer, 1998.
Nogueira, João Jorge Cabral. Autoscopia: comunicação mente-corpo-quântica;
Monografia apresentada ao Curso de Pós Graduação em Hipnose Clínica das Faculdades
SPEI e IBHA como requisito para obtenção do título de Especialista - Rio de Janeiro,
2010.