Você está na página 1de 56

DIMENSIONAMENTO

BOMBAS
MOTORES HIDRÁULICOS
TUBULAÇÕES
Dimensionamento Bombas
Após o término do dimensionamento dos atuadores e verificação da vazão induzida,
devemos então tomar como referência para a vazão da bomba, a maior vazão
induzida calculada, que normalmente será a vazão induzida de retomo (Qir).
Nesse caso, assume-se que:

Qir≥ QB > Qia


Portanto, para o exemplo anterior, a vazão da bomba que deve ser utilizada como
referência de projeto no catálogo do fornecedor deverá ser de 41 l/min.

Sintetizando então, para dimensionar a bomba de um sistema hidráulico, basta que


utilizemos as equações abaixo a fim de determinar os limites máximo e mínimo de
vazão e buscar no catálogo do fornecedor a bomba que satisfaça nossas
necessidades, tendo uma vazão que seja no máximo igual ou menor que a maior
vazão induzida calculada.
Dimensionamento Bombas
Se no projeto houver a necessidade de utilização de atuadores sincronizados, ou
seja, dois ou mais atuadores sendo acionados simultaneamente no avanço e/ou
retomo, as suas vazões induzidas de retomo devem ser somadas, bem como as
de avanço. A vazão da bomba será então no máximo igual ou menor que a soma
das vazões induzidas no retomo e maior que a soma das vazões induzidas no
avanço.

Havendo a necessidade de utilização de um ou mais motores hidráulicos no


projeto, nesse caso, sendo a vazão requisitada por eles maior que a dos
atuadores, deve a bomba ser dimensionada pela vazão dos motores.

Entretanto, não podemos esquecer a questão da pressão da bomba. Ao


selecionarmos uma bomba para nosso projeto, devemos considerar que ela
forneça e suporte no mínimo a pressão de trabalho necessária ao atuador de
maior solicitação quanto à pressão (cilindro hidráulico ou motor), mais a perda de
carga da linha de pressão do sistema (tema a ser estudado). Assim:
Dimensionamento Bombas
Concluímos então, que a escolha da bomba é a última etapa a ser feita no
dimensionamento de nosso projeto, uma vez que necessitamos conhecer ainda a
perda de carga gerada na linha de pressão.

PB ≥ PTb + Perda de Carga na Linha de Pressão

Escolha da Bomba

Outros dados ainda podem auxiliar quando da escolha da bomba nos catálogos dos
fabricantes, e esses dados são obtidos pelo cálculo do tamanho nominal.
.
Dimensionamento Bombas
Cálculo do Tamanho Nominal

Volume de absorção (cilindrada)

Momento de torção absorvido

Potência Absorvida
Dimensionamento Bombas
• Vg = Volume de absorção [cm3/rotação]

• Mt = Torque absorvido [N.m]

• n = Rotação [900 a 1800 RPM]

• ηV = Rendimento volumétrico [0,91 — 0,93]

• ηmh =Rendimento mecânico — hidráulico [0,82 — 0,97]

• ηt= Rendimento total [0,75 — 0,90] = (ηV x ηmh )

• QB = Vazão da Bomba [l/min]

• N = Potência absorvida [kW]


Dimensionamento Bombas
Exercício Exemplo

Para a bomba de QB = 32,6 l/min, supondo que esteja acoplada a um


motor elétrico com n = 1750 rpm, calcule o deslocamento (Vg), a potência
(N) e o momento de torção (Mt). Considere P = 100 bar, v = 0,92 e mh
= 0,87

1000 ⋅ QB 1000 ⋅ (32,6 l min ) cm3


Vg = = = 20,24
n ⋅η v (1750rpm ) ⋅ 0,92 rotação

QB ⋅ ∆P (32,6 l min ) ⋅100bar


Mt = = ≅ 37,5 N ⋅ m
100 ⋅η mh 100 ⋅ 0,87

Mt ⋅ n (37,5 N ⋅ m ) ⋅ (1750rpm )
N= = ≅ 6,87 KW
9549 9549
Dimensionamento Bombas
A seguir é apresentado um exemplo de tabela de seleção de bombas
comerciais (REXROTH).
Concluindo o exercício, de acordo com essa tabela, a bomba a ser utilizada
poderia ser do tipo G2 – Tamanho Nominal 022, cujas características são:

Vg = 22,4 cm3/rotação
P = 100 bar
Qef = 38,4 l/min
N = 8,16 KW
Dimensionamento Bombas
Dimensionamento Motores
Hidráulicos
Momento de Torção aplicado
Mt = F ⋅ R
1,59 ⋅Vg ⋅ ∆P ⋅η mh
Mt =
100

Número de RPM
v
n=
2π ⋅ R

Potência de Saída
W
N=
Mt ⋅ n Q ⋅ ∆P
= ⋅ηt ou ainda N= [watt ]
9549 600 t
W = F ⋅ S ⋅ cos θ
Dimensionamento Motores
Hidráulicos
Vazão Absorvida
Vg ⋅ n
Q=
1000 ⋅η v
600 ⋅ N
Q=
∆P ⋅ηt

Pressão

20 ⋅ π ⋅ Mt
∆P =
Vg ⋅η mh
Dimensionamento Motores
Hidráulicos
W – trabalho [N·m]
F – força necessária para mover a massa [N]
N – potência [KW]
Vg – volume de absorção [cm3/rotação]
S – deslocamento [m]
t – tempo [s]
– ângulo entre a força F e o plano em que ocorre o deslocamento S
Mt – momento de torção aplicado
v – velocidade de deslocamento linear da carga [m/min]

v – rendimento volumétrico [0,8 – 0,9]

mh – rendimento mecânico-hidráulico [0,8 – 0,95]

t – rendimento total [0,7 – 0,85] t = mh · v


Dimensionamento Motores
Hidráulicos
QB – vazão da bomba [m]
R – raio da polia [m]
P – diferencial de pressão entre a entrada e a saída [bar]
n – rotação [rpm]
Dimensionamento Motores
Hidráulicos
Exercício Exemplo
Dimensionar o seguinte motor hidráulico:
carga: 500 Kg
diâmetro da polia: 20 cm
deslocamento da carga: S = 15 m
tempo para o deslocamento: t = 10 seg
constante de gravidade: g = 9,81 m/s2
rendimento mecânico-hidráulico: mh = 0,92
rendimento volumétrico: v = 0,95
Dimensionamento Motores
Hidráulicos
Solução
Mt = F ⋅ R
Momento de torção
m
Mt = 500 Kg ⋅ 9,81 2 ⋅ 0,1m = 490,5 N ⋅ m
s

S
v t
n= =
2πR 2πR
Número de RPM
15m
10 s
n= 60s ⋅ min = 143rpm
2π ⋅ 0,1m

Mt ⋅ n
N=
9549 Potência
N=
(490,5 N ⋅ m )(143rpm ) = 7,34 KW
9549
Dimensionamento Motores
Hidráulicos
Para o cálculo da vazão é necessário consultar o catálogo do fabricante
(próximas duas tabelas apresentadas).
Devemos procurar um motor que possibilite o torque calculado. Encontraremos o
motor tamanho nominal 90, em que a pressão de 350 bar oferece um torque de
501 N·m, já a pressão de 400 bar, um torque de 572 N·m. O volume de absorção
será Vg = 90 cm3/rotação.

Vg ⋅ n
Q=
1000 ⋅η v
cm3
90 ⋅ (143rpm )
rot l
Q= ≅ 15
1000 ⋅ 0,85 min
Dimensionamento Motores
Hidráulicos
Dimensionamento Motores
Hidráulicos
Dimensionamento Motores
Hidráulicos
20 ⋅ π ⋅ Mt
∆P =
Vg ⋅η mh
Pressão
20 ⋅ π ⋅ (490,5 N ⋅ m )
∆P = 3
≅ 372bar
cm
90 ⋅ 0,92
rot

A seguir é mostrada uma possibilidade de circuito para essa aplicação.


Dimensionamento Motores
Hidráulicos
Dimensionamento Tubulações
Número de Reynolds

Para condutos de seções circulares, a relação é dada pela seguinte expressão:

v = velocidade do fluido para a tubulação em


v ⋅ dt questão [cm/s]
Re =
ν dt = diâmetro interno da tubulação [cm]
ν = viscosidade do fluido em Stokes [St]
Re = número de Reynolds (adimensional)
Dimensionamento Tubulações
Escoamento Laminar: linhas de fluxo apresentam-se uniformes, representadas
por números Re menores, correspondendo a uma influência maior da viscosidade
do fluido.
Escoamento Turbulento: linhas de fluxo apresentam-se desordenadas,
correspondendo a números Re elevados, portanto indicando a preponderância
das forças de inércia e também, indicativo de maior perda de carga.
Escoamento Indeterminado: limite crítico de escoamento, representa um
intervalo numérico em que é impossível determinar o comportamento do fluido,
pois ele se comporta tanto como laminar, quanto turbulento.
Dimensionamento Tubulações
Velocidades Recomendadas
A fim de obter a menor perda de carga possível e garantir um regime laminar no
escoamento do fluido, são aplicados alguns critérios empíricos amplamente
indicados. Um desses critérios é o da velocidade que supõe as seguintes
condições:
Comprimento da tubulação não superior a uma dezena de metros;
Vazões compreendidas entre os limites de 20 a 200 l/min;
Variações moderadas de temperatura.

Cumpridas essas condições, podem ser utilizadas no projeto e dimensionamento


dessas tubulações as velocidades recomendadas na tabela seguinte:
Dimensionamento Tubulações
Velocidades Recomendadas
Pressões que não constam na tabela, mas estão no intervalo [20 – 200 bar], são
calculadas por interpolação ou pela fórmula:

1
3,3
Veloc = 121,65 ⋅ P

OBS: sendo a pressão P em bar, a velocidade será em cm/s.


Dimensionamento Tubulações

Linha de Sucção: tubulação pela qual o fluido é succionado do tanque.


Compreende o comprimento de tubulação que vai do filtro de sucção que fica
submerso no tanque até a entrada da bomba hidráulica.

Linha de Pressão: tubulação que se inicia logo após a saída da bomba,


alimentando o sistema com as pressões necessárias ao funcionamento de seus
diversos componentes.

Linha de Retorno: tubulação pela qual o fluido é redirecionado ao tanque com a


finalidade de ter sua temperatura retornada ao normal a partir da circulação entre
as chicanas (aletas) existentes no interior do tanque.
Dimensionamento Tubulações

Circuito Hidráulico:
A – Linha de Sucção
B – Linha de Pressão
C – Linha de Retorno
Dimensionamento Tubulações
Diâmetro mínimo necessário à tubulação

Q = Vazão máxima do sistema [l/min].


Q v = Velocidade recomendada para a tubulação [cm/s]
dt =
0,015 ⋅ π ⋅ v dt = Diâmetro interno do tubo [cm].
0,015 = Fator de conversão.

Esse diâmetro dt obtido é apenas de referência. Existem tabelas com


diâmetros comerciais de tubos em catálogos de fabricantes.

dt comercial ≥ dt calculado
Dimensionamento Tubulações
Dimensionamento Tubulações
(Continuação)
Dimensionamento Tubulações

OBS: Nunca esquecer de, quando proceder ao cálculo da tubulação de pressão,


verificar na referida tabela se o tubo selecionado suporta a pressão à qual será
submetido.
Também pode ser utilizada a tabela de classificação Schedule de tubos, segundo
a norma ASTM A 120, também muito utilizada na indústria, e mostrada logo
abaixo.
Dimensionamento Tubulações
Dimensionamento Tubulações
Importante:

Uma vez selecionado o diâmetro comercial mais adequado, deve-se averiguar se


o escoamento por esse tubo será laminar ou não.

Supondo que na averiguação fique constatado um regime não laminar, deve-se


então ajustar o diâmetro comercial para o valor imediatamente menor, e que
satisfaça a condição de regime laminar.
Dimensionamento Tubulações
Exemplo
Dimensionar as tubulações de sucção, pressão e retorno de um sistema
hidráulico que terá uma vazão máxima de 60 l/min e pressão de 120 bar. Adote a
viscosidade do óleo como sendo ν = 0,45 St.

Solução

1. Tubulação de Sucção

Q 60[l min ]
dt = = = 3,57cm
0,015 ⋅ π ⋅ v 0,015 ⋅ π ⋅100[cm s ]

Diâmetro Comercial (tabela slides 28 e 27) dt = 3,80 cm


Dimensionamento Tubulações
2. Verificação do Escoamento

v ⋅ dt 100[cm s ]⋅ 3,80[cm]
Re = = = 844,4 Laminar
ν 0,45[St ]

3. Tubulação de Pressão
1
Veloc = 121,65 ⋅ P 3,3
= 121,65 ⋅120[bar ](1 3,3) = 519 cm s

Q 60[l min ]
dt = = = 1,57cm
0,015 ⋅ π ⋅ v 0,015 ⋅ π ⋅ 519[cm s ]

Diâmetro Comercial (tabela slides 27 e 28) dt = 1,60 cm


Dimensionamento Tubulações
4. Verificação do Escoamento
v ⋅ dt 519[cm s ]⋅1,60[cm]
Re = = = 1845,3 Laminar
ν 0,45[St ]

5. Tubulação de Retorno

Q 60[l min ]
dt = = = 2,06cm
0,015 ⋅ π ⋅ v 0,015 ⋅ π ⋅ 300[cm s ]

Diâmetro Comercial (tabela slides 27 e 28) dt = 2,14 cm

6. Verificação do Escoamento
v ⋅ dt 300[cm s ]⋅ 2,14[cm]
Re = = = 1426,7 Laminar
ν 0,45[St ]
Dimensionamento Tubulações
Perda de Carga na Linha de Pressão de um Circuito Hidráulico

Perda de Carga Distribuída


No regime laminar o fluido tem seu perfil de velocidades representado
por camadas que se deslocam umas sobre as outras como se fossem cilindros
concêntricos. A primeira camada adere à superfície interna do tubo, tendo
velocidade nula. As camadas seguintes têm um deslocamento relativo e
progressivo, de modo que a velocidade máxima coincide com o centro do tubo. O
atrito resultante desse deslizamento de camadas umas sobre as outras produz
uma perda de carga em forma de calor, pois parte da energia cinética será
dissipada em forma de calor devido ao atrito entre as camadas.

Perda de Carga Localizada


Gerada por singularidades (luvas, joelhos, curvas, registros, reduções,
etc) que possam aparecer em determinados pontos de uma tubulação. A maioria
das tabelas de fabricantes de conexões fornece essa perda de carga em
comprimento equivalente de tubulação.
Abaixo é apresentada uma tabela de comprimentos equivalentes para perdas de
carga localizada.
Dimensionamento Tubulações
Dimensionamento Tubulações
(Continuação)
Dimensionamento Tubulações
Fator de Atrito

Existe devido à temperatura do fluido e rugosidade interna do tubo. Quanto mais


rugoso for internamente o duto, maior dificuldade terá o óleo para escoar.
A figura mostra um detalhe ampliado microscopicamente da parede interna de um
duto de cobre. Os picos (rugosidade), na superfície interna da parede do tubo,
geram uma dificuldade (atrito) ao deslizamento do fluido. A velocidade nessa
interface é quase nula. O atrito gerado nessa interface e na interface das várias
camadas concêntricas de fluido durante o deslizamento, irá produzir a perda de
carga distribuída.
Dimensionamento Tubulações
Existem três expressões possíveis para obtenção do fator de atrito:

A equação para obtenção das perdas de carga distribuída e localizada em uma


tubulação com conexões (singularidades) é dada por:
= Fator de atrito (adimensional)
ρ = Massa específica do fluido em [kg/m3]
5 ⋅ Lt ⋅ ρ ⋅ v 2 v = Velocidade de escoamento do fluido recomendada [cm/s]
∆P = ψ ⋅ dt = Diâmetro interno do tubo comercial [cm]
dt ⋅1010 Lt = L1 + L2 = Comprimento total da tubulação [cm]
L1 = Comprimento da tubulação retilínea [cm]
L2 = Comprimento equivalente das singularidades [cm]
∆P = Perda de carga na tubulação (distribuída + localizada) [bar]
(5/1010) = Fator de conversão
Dimensionamento Tubulações
Perda de Carga nas Válvulas da Linha de Pressão

Perda de carga localizada, existente na linha de pressão, com valores


relativamente altos, que não podem ser desprezados, originada pelas válvulas
hidráulicas: válvula controladora direcional, válvula de seqüência, válvula
controladora de vazão e válvula de retenção.

Normalmente é encontrada no catálogo do fabricante na forma de um gráfico


(perda de carga x vazão).
Dimensionamento Tubulações
Procedimento Organizado

Para fins de organização e registro de memória de cálculo do projeto, é


conveniente organizar os dados em tabelas, como exemplificado em seguida.

Lt = L1 + L2

L1 = Comprimento da tubulação retilínea [cm]


L2 = Comprimento equivalente das singularidades [cm]
Dimensionamento Tubulações
Perda de Carga Total
∆PT = ∆P + dP
∆P = Perda de carga na tubulação (distribuída + localizada)
dP = Perda de carga nas válvulas da linha de pressão (tabelado)

A finalização do cálculo acontece se a seguinte condição for satisfeita:


PN > PTb + PT
PN = Pressão Nominal (pressão disponível a qual estabelecemos no início do projeto)
PTB = Pressão de Trabalho
∆PT = Perda de carga total

Não havendo vazamentos que ocasionem perda de pressão nas junções das
válvulas e conexões do circuito hidráulico, é possível dizer que o circuito
funcionará satisfatoriamente. Entretanto, na prática, os procedimentos são
divididos na quantidade de atuadores, obtendo a perda até cada atuador,
verificando se a pressão que chega nele é suficiente.
Dimensionamento Tubulações
Perda Térmica

Caracteriza-se pela perda de potência que pode ser vista em termos de taxa de
calor, gerada devido às perdas de carga. Essa taxa de calor propaga-se pelas
tubulações por meio do sistema, elevando a temperatura do fluido em movimento.
Daí a necessidade das chicanas (aletas) no interior do reservatório. Porém, se a
magnitude dessa taxa de calor atinge valores relativamente grandes e não
consegue ser dissipada na recirculação pelo tanque, tornar-se-á necessário o uso
de um trocador de calor, que pode ser dimensionado a partir dessa taxa de calor
conhecida. Assim:

q = 1,434 ⋅ ∆PT ⋅ QB

∆PT = Perda de carga total [bar]


QB = Vazão fornecida pela bomba hidráulica [l/min]
q = Perda térmica [Kcal/h]
1,434 = Fator de conversão
Dimensionamento Tubulações
Exercício Exemplo

Determinar a perda de carga total e perda térmica para o cilindro B do seguinte


circuito, verificando sua viabilidade quanto à condição final de funcionalidade.
Considere os dados listados em seguida:

Dados:
Válvula de controle direcional tipo J
Válvula de seqüência tipo DZ 10 P
Válvula de retenção tipo SV TN 10
Válvula controladora de fluxo tipo DRV 8
L1 = 5 m lineares com diâmetro externo de 5/8”
L2 = (1 tê de saída bilateral, 2 tês de passagem direta, 2 curvas 90º de raio
longo, 2 cotovelo 90º de raio médio)
-Vazão máxima do sistema = 45 l/m
- Tubos rígidos e temperatura variável
PN = 150 bar
PTB = 60 bar
Dimensionamento Tubulações
Dimensionamento Tubulações
Solução

1º Passo
Listar as perdas de carga por singularidades de conexões:
Dimensionamento Tubulações
2º Passo
Listar as perdas de carga por singularidades de válvulas:
Figura 10.6 – Válvula controladora direcional (catálogo REXROTH).
Já a figura 10.7 apresenta um gráfico de perda de carga para uma As figuras 10.8 e 10.9 apresentam dois tipos de válvula de
válvula controladora de vazão com retenção no sentido A para retenção, sendo uma simples e outra com desbloqueio
B, e retorno livre (sentido de B para A). hidráulico.

Figura 10.8 – Válvula de retenção simples (catálogo REXROTH).

Figura 10.7 – Válvula controladora de vazão com retenção (catálogo REXROTH).


A figura 10.10, apresentada em seguida, mostra o gráfico de
perda de carga para uma válvula de seqüência com comando
direto.

Figura 10.9 – Válvula de retenção com desbloqueio hidráulico


(catálogo REXROTH).

Figura 10.10 – Válvula de seqüência (catálogo REXROTH).


Dimensionamento Tubulações
3º Passo
Achar Lt: Lt = L1 + L2 = 500 + 319,99 = 819,99cm
4º Passo
Determinar a perda de carga na linha de pressão.

5 ⋅ Lt ⋅ ρ ⋅ v 2
∆P = ψ ⋅
dt ⋅1010
Determinar o fator de atrito

Diâmetro externo da tubulação = 5/8 ≅ 1,6 cm Diâmetro interno = 1,3 cm


(tabela de diâmetros de tubos comerciais)

Velocidade recomendada para o fluido:

= 121,65 ⋅ (150[bar ])
0 , 30303
v = 121,65 ⋅ P 3, 3
= 555,307 cm s
Dimensionamento Tubulações
Número de Reynolds:
v ⋅ dt 555,307[cm s ] ⋅ 1,3[cm]
Re = = = 1604,22
ν 0,45[St ]

Fator de atrito – tubos rijos e temperatura variável:


75 75
ψ = = = 0,04675
Re 1604,22

Determinar a Perda de carga

Determinar a perda de carga distribuída + localizada

∆P = ψ ⋅
5 ⋅ Lt ⋅ ρ ⋅ v 2
= 0,04675 ⋅
[ ]
5 ⋅ 819,99[cm] ⋅ 881,1 Kg m 3 ⋅ (555,307[cm s ])
2
= 4bar
dt ⋅ 10 10
1,3[cm] ⋅ 10 10
Dimensionamento Tubulações
5º Passo
Determinação da Perda de carga total do sistema
∆PT = ∆P + dP = 4 + 64 = 68bar
6º Passo
Verificação da Condição funcional do sistema
PN > PTb + PT
150 [bar] > 60 [bar] + 68 [bar]
150 [bar] > 128 [bar]

7º Passo
Cálculo da Dissipação térmica (perda de potência)

q = 1,434 ⋅ ∆PT ⋅ QB = 1,434 ⋅ 68[bar ] ⋅ 60[l min] = 5850,72 Kcal h


Dimensionamento Tubulações
Comentários sobre este problema

A observação atenta da solução final do circuito apresentado demonstra com


clareza a importância do conhecimento da perda de carga em um projeto
hidráulico. Note que, das válvulas envolvidas no projeto, a que maior perda de
carga apresenta é a válvula controladora de fluxo (55 bar para uma vazão de 45
l/min), sendo de grande importância na funcionalidade do sistema, pois é a
responsável pelo controle da velocidade com a qual o atuador se desloca, o que
vem justificar perfeitamente a magnitude da pressão nominal PN diante da
pressão de trabalho PTB (150% a mais).
Outro ponto importante a ser observado é o processo de solução, o qual
deve ser repetido para cada um dos atuadores pertencentes ao sistema. No caso
do problema proposto, deveríamos repeti-lo para o cilindro A, e quantos mais
houvesse.
Fim

Você também pode gostar